VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013
Florianópolis - Santa Catarina - Brasil
INCIDÊNCIA DE SIFILIS CONGÊNITA EM UM HOSPITAL
MATERNO INFANTIL DE ITABUNA-BA
Nilza do Nascimento Cerqueira1
Maria Viviane Alves Cruz2
Dejeane de Oliveira Silva3
Pollyanna Alves Dias Costa4
Aracelly Oliveira Aragão5
INTRODUÇÃO: a sífilis é uma doença infecto contagiosa, sexualmente
transmissível, causada pelo Treponema pallidum. A sífilis congênita resulta da
infecção do feto pelo Treponema, ocorrendo pela disseminação através da
corrente sanguínea, transmitida pela gestante para o feto. Ocorre em qualquer
período gestacional sendo o risco maior para mulheres com sífilis primária ou
secundária. No Brasil, há uma elevada incidência entre Recém-nascidos (RN),
sendo imprescindível a prevenção e o controle em gestantes durante o prénatal. Mulheres com sífilis materna estão expostas a abortamentos, bebês
natimortos, partos prematuros, RN com sinais clínicos de Sífilis Congênita ou,
o mais frequente, RN que aparenta estar saudável e desenvolve sinais clínicos
posteriormente. OBJETIVOS: identificar a incidência de sífilis congênita em
RNs em um hospital materno infantil de Itabuna-Ba no período de setembro a
dezembro de 2012 e descrever as características sociodemográficas das
parturientes. MÉTODO: estudo descritivo com abordagem quantitativa, cujos
dados secundários foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de
Notificação(SINAN) e Sistema de Notificação sobre Nascidos Vivos(SINASC).
RESULTADOS: de setembro a dezembro de 2012, na maternidade em
estudo, nasceram 1249 crianças vivas, destes 23 (2%) tiveram sífilis congênita
notificadas. No mês de setembro foram 327 nascimentos e 5 casos de sífilis
congênita, outubro 342 nascimentos e 6 casos, novembro 301 nascimentos e
7 casos e dezembro 327 nascimentos e 5 casos de sífilis com média geral de
4,5 casos ao mês. O estudo revelou que a incidência de sífilis congênita foi de
dezoito casos para cada mil nascidos vivos do total da amostra no período
estudado. Quanto à distribuição por faixa etária, 11 mulheres tinham de 20 a
34 anos (47%). Apesar da adolescência ser fator de risco para sífilis, neste
estudo, apenas 08 (34%) eram adolescentes, ou seja, menores de 19 anos;
acima de 34 anos 4 casos (19%). Das 23 gestantes, 14 eram solteiras (61%) e
9 casadas (39%). Do total, 5 gestantes realizaram mais de seis consultas
(22%), 5 gestantes realizaram 1 a 3 consultas (22%), 11 gestantes realizaram
3 a 5 consultas (48%) e 2 gestantes não realizaram nenhuma consulta (8%).
15 mulheres tiveram partos vaginais e 8 delas, parto cesárea. Dos 23 RNs, 14
eram do sexo feminino e 9 do sexo masculino. CONCLUSÃO: Concluiu-se
que há uma alta incidência de sífilis congênita na maternidade estudada e que
um dos principais fatores de risco é a qualidade da assistência pré-natal.
Apesar de grande parte das mulheres terem sido assistidas, nota-se uma
baixa efetividade das ações voltadas à prevenção da sífilis congênita já que
houve um elevado número de casos notificados no momento do parto. Embora
o Ministério da Saúde crie programas de prevenção à saúde da mulher e da
criança com o objetivo de alcançar a meta de um caso de sífilis para cada mil
nascidos vivos, ainda são identificados aumento crescente dos casos de sífilis
congênita na região e no país.
Descritores: Sífilis Congênita,
Sexualmente Transmissíveis.
1
Sífilis,
Cuidado
Pré-natal,
Doenças
Discente do 9º semestre de Enfermagem da Faculdade de Ilhéus (e-mail:
[email protected]
2
Enfermeira. Mestranda em Saúde Pública. Faculdade de Ilhéus. [email protected]
3
Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Universidade Estadual de Santa Cruz.
[email protected]
4
Enfermeira. Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.
Universidade Estadual de Santa Cruz . [email protected]
5
Graduanda do 8º semestre de Fisioterapia. União Metropolitana de Educação
e Cultura – UNIME Itabuna-BA. [email protected]
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