Mensal | www.15Quinze.com | Ano I | Número 15 | Outubro 2009 | Director: Hugo Aguiar | Edição: Pedro Dias | Redacção: Raúl Testa
AUTORIZAÇÃO Nº DE01892009SNC/GSCCS
Raul Castro vence as
autárquicas
contra todas as sondagens e coloca o PS no
poder após 35 anos
Iniciou-se projecto
“Eu Desportivo”
IPL a Universidade
de Leiria?
Foto: Cristóvão Teles
Na prossecução do seu objecto social, a Associação
Fazer Avançar levou este sábado 30 crianças a
praticarem desporto no Centro Internacional de Ténis
de Leiria (CITL) no âmbito do “Eu Desportivo”.
Nuno Mangas em entrevista ao Quinze conversou acerca do assunto e
avançou que «Começam a estar reunidas as condições para no
futuro próximo virmos a ter uma instituição que tenha todas as
competências de uma universidade.»
foto: Cristóvão Teles
Gente da minha terra
“O Professor e Dirigente Associativo José Vitorino Guerra abre o jogo e confessa-se um apaixonado pela História do país e da cidade.
Com a frontalidade que se lhe reconhece, falou, sem papas na língua, de questões pertinentes como os problemas da nossa cidade,
ontem e hoje, e o estado actual do ensino português.”
2 | Quinze
Editorial
Outubro . 2009
Região
Um Mês e
Algumas Palavras
Quem também anda
a fazer mal às pessoas
é a Gripe A. Ao que
parece, alunos de Leiria
e Pombal já apanharam esse
vírus, e lá para o Natal a coisa
estará muito pior. Bem não
faz de certeza, mas será que
esta gripe não é apenas uma
gripe? Para uns é o Apocalipse,
para outros é o novo Ébola,
mas, no final de contas, esta
gripe acaba por se transformar
numa receita choruda para a
empresa farmacêutica que há
uns meses atrás não conseguia
vender o seu Tamiflu! Como o
elefante do Jumbo diria: “tu és
macaco!”. E não é mesmo?
João Gaspar
Hugo Aguiar
[email protected]
Parabéns Quinze
Comemoramos este mês um ano de Jornal
Quinze e o fecho de um ciclo.
Primeiro o medo, a tomada de decisão e
a construção do projecto. Num ápice o
medo torna-se na vertigem da liberdade,
a vertigem cria vontades e energias e
assim cresce o Quinze, um jornal sempre
autêntico, imparcial, gratuito e por tudo
isso, inovador.
Ao longo deste ano lutámos sempre para que
o Quinze fosse conhecido pela irreverência
e excelência dos seus conteúdos. Edição
após edição saiu para a rua, fruto do árduo
trabalho da nossa equipa e do apoio dos
nossos leitores, foi produzindo humildemente
os seus frutos e plantando sementes de
motivação. Assim, foi com agrado que vimos
aparecer novas publicações na região e
outras a acordarem de hibernação. Foi-nos
dito que fizemos acreditar que era possível
desafiar a hegemonia do Região de Leiria
e do Jornal de Leiria e avançar com novos
projectos.
Além disso, o Jornal deu um apoio
fundamental para a criação da Associação
Fazer Avançar, uma associação sem fins
lucrativos, constituída por jovens dinâmicos
cuja atitude participativa e sentido de
intervenção tem vindo a mostrar-se em tão
curto tempo de existência.
Fecha-se o ciclo e seguimos para novos
projectos, novas ideias com o orgulho natural
em termos contribuído para a mudança.
Um obrigado a todos os leitores por nos
terem acompanhado nesta viagem. Obrigado
às instituições e empresas que acreditaram
em nós na fase inicial do projecto e a
todas aquelas que nos escolheram já na
fase de desenvolvimento. Obrigado a
todas as Associações e personalidades que
colaboraram connosco. E por último um
bem-haja a todos os actores-membros da
nossa equipa.
“Alguém disse que não poderia ser feito, e
ele, com uma risada, respondeu que aquilo
talvez não poderia ser feito, mas que não
diria isso, até que tivesse tentado.” Edgard
A. Guest
As Caldas da Rainha vão
receber a 1ª Mostra EróticaParódica, organizada pela
Confraria do Príapo. Este
evento vai dar a conhecer aos
visitantes canecas, bonecos
e outros artigos de porcelana
eróticos,
puxando
pela
marotice de todos os turistas.
A novidade será a inclusão de
alimentos nessas exposições,
contudo, para a infelicidade
de muitos, a Carolina Salgado
estará muito ocupada para
poder ir para uma das vitrinas.
Seguranças de Leiria foram
presos por obrigarem, através
da violência, empresários da
noite a contratarem os seus
homens e serviços. Então, faço
aqui um aviso a todos os donos
de bares a ganhar resistência
à dor, porque se quiserem
segurança, primeiro têm que
saborear uns bons selos nas
bochechas.
As autárquicas já acabaram
e, enquanto escrevo esta
crónica, vejo as notícias que
dão como certa a vitória do
senhor Raúl Castro. Mas será
que é importante? A luta era
entre Raúl Castro do PS e Isabel
Damasceno do PSD, mas será
que a vitória de um e a derrota
do outro trarão novidade para
a nossa cidade? É certo que a
Câmara já precisava de uma
mudança de ares mas serão
tão diferentes? As políticas
são as mesmas, o desleixo
para com as pessoas também
e as promessas são abafadas
pelo nosso rico estádio (que
nos deixa de mãos atadas). A
única diferença estará mesmo
no partido que representam
e no sexo de cada um. Sendo
que, mesmo nesse último
item, tenho as minhas dúvidas
porque tem que se duvidar de
um homem que escolhe o roxo
como cor da sua campanha...
E é nisto que nós andamos.
Gripes
produzidas
em
laboratório, seguranças que
batem nos seus patrões,
canecas com pilas e umas
autárquicas que nada irão
mudar na nossa cidade. E
depois ainda dizem que o
mundo não está louco... Quem
me dera ser um alien!
Dor Crónica
por André Pereira
Hasta siempre, Isabel!
Provavelmente este é o
último artigo de opinião
que escrevo enquanto
leiriense. Não por iniciativa
própria, mas porque agora
o presidente da Câmara
é Raul Castro. E toda a
gente sabe a inclinação que
os Raul Castro têm para a
liberdade de expressão.
Mas até acho positiva a
sua escolha, porque é o
primeiro passo para Leiria
ficar mais parecida com
Cuba (o que faz com que
se poupe um dinheirão em
férias). Agora, se a Isabel
Damasceno
ganhasse,
colocava-se uma questão
importante: “quanto custa
mais um estádio?”
Gostaria de felicitar a SIC
que fez dezassete anos.
Isto significa que para o
ano o Carlos Cruz já pode
voltar a apresentar um
programa. No âmbito do
processo Casa Pia, vários
jornalistas estão a ser
acusados de terem violado
o segredo de justiça. O que
os distingue dos outros
arguidos é o facto de terem
violado apenas o segredo
de justiça.
No futebol, o Benfica está
imparável e tem já o ataque
mais mortífero da Europa,
logo a seguir ao Gangue da
Ribeira. Não é fácil competir com profissionais...
Notícia é também a dieta
que Pinto da Costa está
a fazer, praticando agora
uma alimentação à base
daquilo que passou a vida a
[email protected]
dar: fruta.
O que está a marcar a
agenda mediática é, sem
dúvida, a entrega do Nobel
da Paz a Barack Obama.
Depois de se tornar no
primeiro presidente negro
da história dos Estados
Unidos, Obama torna-se
agora no primeiro homem
a receber o Nobel da Paz
sem ter feito nada por isso.
Já o Nobel da Química
foi atribuído a dois norteamericanos e uma israelita.
Este é, seguramente, um
prémio que Cavaco Silva
e José Sócrates nunca
poderiam ganhar. Nunca
houve grande química
entre eles…
Não
posso
terminar
esta crónica sem dar os
parabéns ao Quinze, um
jornal que – só pelo nome –
captou a atenção de muitos
deputadoseapresentadores
de televisão no nosso país.
Quinze | 3
Outubro . 2009
Assim não, Leiria
Rodoviária decadente
Fernando Sá Pessoa
“Expresso com destino a
Coimbra, Viseu e Porto:
autocarro 3045, no final
da gare, e vai sair!”
Esta é uma expressão-tipo de quem entra
numa rodoviária, no caso a mostrar sinais de
decadência, como é a de Leiria. E, à medida
que vemos as camionetas partirem em
direcção a “cortes” e “azóias” ou a paragens
mais distantes, os que vão por algum tempo
experimentam a saudade sortida de um
“tirem-me daqui”. Porquê?! Não é difícil.
Se um pintor captasse o castelo pela
esguelha de quem está no parque do avião,
Do ponto de vista do utente, ele entra pela
bilheteira e, no raio de luz, antevê uma espera
tranquila. É que “falta meia hora para o
autocarro”, pensa, “o que não me chega para
fazer algo lá fora”. Acomoda-se. Porém, a luz
vai-se escapando nos passos do corredor e
ele, afunilado num entulho de autocarros,
vê a noite chegar mais cedo do que no norte
da Europa. Agora, sente-se desconfortável e
inventa uma ida à casa de banho. Má ideia.
certamente o quadro seria ambíguo. Ao
cimo, o charme de estampa entre as ameias;
mais em baixo, a fachada de um caco oco de
estética, dissonante do parque à sua volta.
Caco velho e feio.
As imediações deste cartão-de-visita que é a
rodoviária foram recuperadas, é certo, e hoje
temos uma continuação do Jardim arejada,
em vez dos espantalhos que recebiam
moedas a troco de mais um carro para a
vala comum. Devolveu-se vida à zona. Mas,
para quem vem de expresso, é óbvio, quando
chegam, que a entrada arranjada esconde
uma “morgue” na cidade…é mau de se ver:
aquele lugar ali enfiado, que antecede a
viagem, torna-se sofrido e cinzentão como
as cores que o pintam, e o artista inspira-se
na natureza morta. Já para o escritor, “corvos
estarão lá fora”, pressente, julgando ver
relâmpagos por entre as janelas partidas.
Leiria pode acolher, mas a gare não suspira
saudade. A recepção e o adeus a quem cá
vem não fazem jus ao que também temos
de bom. Digamos que é a ponta de uma
avenida plena de confusão. Creio que, se os
guerreiros visassem, lá do cume gracioso das
muralhas, uma coisa assim caduca, flechadas
teriam há muito sobrevoado o território. O
canhão fixou o alvo...”com destino à gare, e
vai sair!”
O chão, gasto e resignado, cansado de ser
pisado, como que afasta as pessoas para fora,
em uníssono com o microfone do pastor, que
aconselha os rebanhos à saída daquele lugar.
O tecto, caquético, com barbas do sujo, faz
o derradeiro ultimato e quase ameaça cair,
pelo que é melhor porem-se todos a andar.
E as paredes encolhem, zangadas, sufocando
quem se senta e faz tenção de ficar.
O fotógrafo só quererá a rodoviária, por
dentro e do lado do rio, se for a preto e
branco. O atleta que leva, do IPL ao estádio,
20 minutos, antecipa o desvio para não
passar lá. Os peixes, embora a recente
restauração do sítio, nadam enfadonhos na
sombra da rodoviária. As famílias passeiam,
mas prefeririam não ter a degradação
daquela margem. Os candeeiros, cerrada a
noite, avariam por vezes, com malícia...e a
fachada vandalizada das traseiras fundiu-se
já com o escuro.
Castro destrona Damasceno
Após várias décadas de poder social-democrata, Raul Castro conseguiu a
primeira vitória de sempre para o Partido
Socialista em Leiria. Após duas derrotas
autárquicas contra Isabel Damasceno, Raul
Castro conquistou a Câmara de Leiria por
alguns milhares de votos. Embora tenha
sido ajudado pelas guerras internas que
dividiram o PSD a nível distrital e pela
pouca vontade de Isabel Damasceno em se
voltar a candidatar, Raul Castro conseguiu a
maior vitória da sua carreira política por ter
feito uma campanha incansável, visitando
todas as pequenas localidades, atacando os
bastiões do PSD no concelho de Leiria.
Na edição passada, o jornal Quinze
entrevistou todos os candidatos (5) à
Câmara Municipal de Leiria e mostrou
aos leirienses as opiniões e projectos de
todas as candidaturas. Pesados os prós e os
contras, os leirienses fizeram a sua escolha e
puseram termo ao poder social-democrata.
Agora, Raul Castro tem pela frente o maior
desafio da sua vida, resolver os problemas
(alguns bem graves) da cidade de Leiria e
cumprir algumas promessas que foi fazendo
na campanha eleitoral.
Relativamente à vereação, o candidato
António Martinho (CDS/PP) conseguiu ser
eleito, ficando assim 5 vereadores para o PS,
outros 5 para o PSD e 1 para o CDS/PP.
4 | Quinze
Outubro . 2009
Entrevista a Nuno Mangas,
Presidente do IPL
por Sandra Duarte
É o novo presidente do IPL. Quais são os
objectivos para um futuro próximo?
Sou o presidente eleito do Instituto. Ainda
falta a homologação das eleições pelo
senhor Ministro.
Apresentei no âmbito da minha candidatura
um programa de acção, para os próximos
quatro anos, centrado em seis orientações
programáticas.
A primeira é uma acção centrada nos
estudantes, nos docentes e nos funcionários
não docentes.
A segunda é uma orientação das nossas
actividades para a aprendizagem ao longo
da vida. As pessoas têm necessidade de
aprender de forma contínua. Voltar à escola,
à universidade ou ao politécnico tem de ser
cada vez mais uma realidade do nosso diaa-dia. O IPL tem essa preocupação e reflexo
disso mesmo é o ensino a distância, o ensino
pós-laboral, o M23, os CETs e os mestrados.
São um conjunto de actividades pensadas
não só para o estudante que faz um percurso
normal mas também para as pessoas que
já estão inseridas no mercado de trabalho
e que têm necessidade de actualizar e
incrementar os seus conhecimentos.
Uma terceira orientação tem o seu enfoque
na internacionalização. Estamos muito
empenhados na mobilidade internacional
dos membros da comunidade académica e
na realização de projectos em conjunto com
parceiros internacionais.
A quarta orientação relaciona-se com a
empregabilidade de todos os que fazem
a sua formação no Instituto e também
com a ligação ao tecido empresarial, quer
ao nível dos estágios e da procura do
primeiro emprego, quer da realização de
projectos, de prestações de serviços e do
desenvolvimento de novas áreas do saber
que sejam do interesse para as empresas.
A quinta orientação relaciona-se com a
investigação, a inovação e a transferência
de conhecimentos. O meu objectivo é
impulsionar ainda mais as actividades já
existentes. O IPL é das instituições, na região
centro, que tem mais vales de Inovação e de
Investigação e Desenvolvimento. É o nosso
objectivo continuar com a política que
consiste em prestar serviço às empresas e
em realizar projectos conjuntos.
A última orientação do meu programa
é a preocupação com a qualidade,
monitorizando e avaliando tudo aquilo que
fazemos. Devemos estimular a melhoria
contínua.
No início deste ano, o IPL pediu ao
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior para se abrir o processo de
discussão prévia necessário para averiguar
a possibilidade de transformação do IPL
em Fundação. Na sua opinião, o futuro
passa mesmo pela Fundação IPL?
Vai depender do que resultar das
negociações com o Ministério. Só depois
de uma avaliação rigorosa do que implica
a passagem a Fundação, poderemos ter
uma opinião formada. Posso dizer que
relativamente às três instituições que já
passaram a Fundação, parece uma opção
muito interessante de um ponto de vista dos
resultados obtidos. No caso do IPL, o meu
compromisso é ser rigoroso e ambicioso
nessa negociação. Depois disso, apresentarei
os resultados à comunidade académica e ao
órgão competente, o Conselho Geral, que
decidirá a passagem, ou não, a Fundação.
Enquanto não conhecermos os resultados
da negociação, não é possível dizer que
vamos por este caminho.
Acha que a diferença entre universidade
e instituto esbater-se-á?
Noto que há cada vez mais uma tentativa de
diferenciar politécnicos e universidades em
termos legislativos. Hoje as competências
são limitadas pela lei mas são um pouco
forçadas. Actualmente, há um esbatimento
cada vez maior entre o que distingue um
bom politécnico e uma boa universidade.
Não
vejo
como
necessária
essa
diferenciação. Em certos países, nem existe.
Não deve ser o nome a limitar a actuação do
Instituto. É uma situação que vai ter que ser
alterada. Acho que quando as instituições
tiverem competências para o exercício de
determinadas funções, devem exercê-las
independentemente da sua designação.
Ao nível de estruturas físicas, as escolas
do IPL já são superiores a muitas
universidades portuguesas. O que
queremos saber é se há condições ao
nível da investigação para termos uma
universidade em Leiria?
Começam a estar reunidas as condições
para no futuro próximo virmos a ter
uma instituição que tenha todas as
competências de uma universidade. A parte
mais importante é a qualificação do corpo
docente e o desenvolvimento de projectos
e de unidades de investigação. Quando
estiverem reunidos os requisitos que a lei
exige, defendo que o IPL deve transformarse em universidade. No entanto, é bom que
tenhamos presente que não podemos fazer
isso antes de estarmos preparados para o
efeito.
A ESTG é a “menina dos olhos” do IPL?
É uma escola importante mas todas as
escolas são importantes no Instituto.
Fazem todas parte de um conjunto que se
complementa ao nível da formação e da
investigação. Cada uma das nossas escolas
desempenha o seu papel, complementandose. A ESTG, pela sua dimensão e pelo seu
número de alunos, talvez tenha um maior
destaque nas actividades do IPL mas, na
minha perspectiva, todas as escolas estão
em pé de igualdade. Faz sentido potenciar
cada uma das suas valências e dar-lhes
condições para o seu desenvolvimento. Não
há uma menina dos olhos do IPL mas sim
cinco escolas de qualidade nas suas áreas
de intervenção.
Quais as grandes dificuldades do IPL?
Sendo uma instituição jovem, temos
apostado muito na qualificação do nosso
corpo docente. O facto de muitos professores
estarem a fazer o doutoramento limita
um pouco a nossa actividade. No entanto,
se hoje é uma dificuldade, amanhã será
seguramente um ponto forte. Obviamente
do ponto de vista financeiro, temos sempre
limitações. Se tivéssemos mais recursos,
evidentemente faríamos mais. Precisávamos,
em Leiria e não só, de mais instalações.
Actualmente as que temos já são escassas
face a todas as áreas de intervenção. Porém,
procuramos não deixar de fazer nada por
termos essas limitações.
O que é que um estudante garante ao
optar pelo IPL?
Ao entrar no Instituto, o estudante tem logo
a promessa de muito trabalho. Só assim
conseguirá ter uma formação sólida que
lhe permita estar preparado para aceder
ao mercado de trabalho e ter uma carreira
profissional interessante. O IPL tem a
sorte de estar inserido numa região muito
dinâmica do ponto de vista empresarial e
onde se criam oportunidades de trabalho
que não se limitam apenas a esta zona
do país. Hoje temos diplomados pelo IPL
praticamente em todo o mundo.
Concorda que a praxe é a melhor opção
para a integração dos alunos?
Depende do sentido que damos ao termo
praxe. Se nos referirmos de facto a um
conjunto de acções integradoras, faz sentido.
Porém, se for uma prática vexatória que
coloca em causa a dignidade do estudante,
não faz sentido nenhum.
Da nossa parte procuramos sensibilizar os
estudantes mais velhos para esta vertente da
praxe académica e estabelecemos os limites
temporais em pode acontecer de forma a
prejudicar o menos possível o percurso
lectivo. Não sei se a praxe é a melhor via
para a integração dos estudantes, mas é uma
via se for bem exercida e bem praticada.
Na sua opinião, a ligação entre a cidade
de Leiria e o IPL poderia ser mais forte?
Pode ser sempre mais forte. Já se deram
passos muito significativos nessa área.
Sinto que o Instituto está cada vez mais
inserido na cidade. Basta circular por Leiria
em Agosto e durante o período de aulas
para percebermos que estamos perante
diferentes realidades. Lançámos há pouco
tempo o programa «Geracções», que é mais
um passo nesse sentido. É um projectopiloto, que procura que os estudantes
fiquem alojados em casa de pessoas de idade
e que incentiva a entreajuda entre gerações.
Temos também a iniciativa do 60+ que
promove a inserção de pessoas, na maioria
já aposentada, nas nossas actividades. Há
portanto uma ligação já muito grande entre
a instituição e o dia-a-dia da cidade. Porém,
podemos sempre fazer mais.
O que pode a região esperar do IPL nos
próximos anos?
A nossa área de influência vai para além
do distrito de Leiria e já abrange concelhos
circundantes. O nosso compromisso com a
região é que o Instituto seja um agente activo
no seu desenvolvimento sócio-económico
e cultural. Enquanto única instituição de
ensino superior público na região, sentimos
que temos uma responsabilidade adicional
nesse processo.
?
Quinze | 5
Outubro . 2009
Leiria à Lupa
Estará o IPL preparado para ser
Universidade
Por Pedro Pereira
O Quinze lançou-se mais uma vez pelas ruas de Leiria à procura de opiniões. Analisámos novamente Leiria à Lupa
e desta vez tentámos saber o que alunos, ex-alunos e professores pensam do ensino superior na nossa cidade.
Há muito que se fala que Leiria já merecia uma Universidade e que o IPL tem dado cartas não só a nivel nacional
mas também internacional. Necessidade ou prestigío, seria muito bom que o IPL se tornasse Universidade, mas
estará preparado?
«Em
meu
parecer
está
decididamente a caminhar nessa
direcção.
O IPL compreende um conjunto
de Escolas Superiores para
especialização
profissional
e
científica,
designadamente:
ESECS, ESTG, ESAD, ESTM e
ESSLEI (à semelhança de qualquer
Universidade e suas Faculdades).
Enquanto aluna do instituto
devo testemunhar as óptimas
condições de trabalho que nos são
dadas, os laboratórios altamente
equipados, a exemplar Biblioteca
José Saramago preparada e
estruturada de forma a garantirnos um bom espaço de estudo/
pesquisa, e ainda os serviços
de acção social destinados os
estudantes mais carenciados. Para
ser Universidade falta somente
que 50% dos docentes possuam
o grau de Doutor. Acrescendo aos
que já o detêm, a grande maioria
encontra-se
presentemente
a
frequentar/concluir
programas
de doutoramento, o que me leva
a crer que, até ao próximo ano, o
instituto já terá ultrapassado essa
barreira. Nessa altura o IPL estará
finalmente preparado para ser a
Universidade de Leiria. »
Tânia Sousa
Estudante do IPL
Como ex-aluno do IPL, a minha opinião
é a de que está preparado para fazer
essa passagem, não só pelas excelentes
condições ao nível das infra-estruturas
(auditórios, biblioteca, cantinas, etc...) mas
também pela diversidade e qualidade
nos materiais de apoio às Unidades
Curriculares práticas (nomeadamente nos
cursos de Engenharia).
Esta minha opinião ficou consolidada ao
entrar no mundo do trabalho, visto que
em conferência com alguns colegas de
trabalho, verifiquei que apesar de ter tido
formação num denominado “Politécnico”,
esta encontra-se ao nível de formações
como as de universidades tão prestigiadas,
como é o caso do Instituto Superior Técnico
de Lisboa, visto que a componente prática
que nos é incutida no IPL (consolidada
também com a parte teórica necessária)
dá-nos mais algum “Know-How” prático,
o que nos permite no mundo do trabalho
estar ao mesmo nível de pessoas com
formações tiradas numa Universidade.
Julgo que com a conclusão do processo de
reestruturação do Campus Universitário de
Leiria (onde se encontram neste momento
a ESTG e Escola de Enfermagem) o IPL
ficará com todas as condições necessárias
para se tornar Universidade, um objectivo
há muito desejado por docentes e alunos
do Instituto.
Nélson Alves
Recém-Licenciado IPL
Sendo docente do IPL tenho constatado
de perto o investimento feito no apoio à
formação do seu corpo docente na obtenção
do grau de Doutor. O empenhamento de
todos naquele objectivo tem contribuído para
os níveis de qualidade do ensino ministrado
e para a investigação realizada - elementos
fundamentais para a missão de qualquer
instituição de ensino superior.
A questão da dicotomia Universidade/
Politécnico é uma discussão que, a meu ver,
Rui Patrício
Professor do IPL
deve estar centrada menos na nomenclatura
e mais nas condições objectivas que devem
ser cumpridas pelas instituições para
que possam conceder títulos académicos
e acederem a recursos financeiros,
independentemente de serem Universidades
ou Politécnicos. E, a esse nível, penso que
estamos bem posicionados para enfrentar os
desafios futuros que vierem a ser colocados
atendendo à qualidade dos recursos
humanos, aos recursos físicos existentes
e à qualidade da gestão do Instituto. A par
dos recursos internos atrás referidos é
importante referir que o IPL se insere numa
região com forte dinamismo económico e que
lhe reconhece um papel determinante para
o seu desenvolvimento futuro, constituindo
elementos adicionais a ter em conta para o
futuro desenvolvimento do próprio IPL.
6 | Quinze
Outubro . 2009
Gente da minha terra
Entrevista com Professor Vitorino
Por Fernando Sá Pessoa e João Gaspar
O Professor e Dirigente Associativo José Vitorino Guerra
abre o jogo e confessa-se um apaixonado pela História do
país e da cidade. Com a frontalidade que se lhe reconhece,
falou, sem papas na língua, de questões pertinentes como
os problemas da nossa cidade, ontem e hoje, e o estado
actual do ensino português. Para quem o ensino da História
deve estar na génese de uma sociedade, o cidadão José
Vitorino (pois fez questão de falar enquanto tal) aponta
críticas ao poder, que não a tem fomentado ao longo dos
anos: o desinteresse da população pela História é mito.
Saiba o que pensa um cidadão activo cujas ideias, prontas e
afiadas, lhe valem o respeito e reconhecimento em Leiria.
Sabemos que é um apaixonado pela
História. Mas o que é que lhe dá mais
prazer, transmitir o gosto pela História
ou estudá-la?
Não se pode fazer uma coisa sem a outra.
Ou seja, não se pode ter gosto por alguma
coisa sem a estudar. A não ser que seja uma
relação meramente intuitiva. Para se ensinar
História é preciso conhecer a História,
portanto, é preciso investigá-la para a
poder transmitir e divulgar . É preciso ter
informação e poder geri-la. Sem se conhecer
a História é impossível ensiná-la.
Assume-se um contador de histórias?
Um contador de histórias não é um
historiador. Contá-las é apenas o primeiro
passo dentro da divulgação histórica, por
isso é que todos nós gostamos de histórias,
filhas da tradição oral, quando somos
pequeninos. Mas para além das histórias
infantis, gosto sobretudo da História que
permite compreender o Homem, a sua
tragédia e a sua grandeza, na sua vivência
pessoal e colectiva, e não propriamente as
histórias da carochinha, apesar de a sua
interpretação também ser fundamental.
Ou seja, estou mais interessado na história
enquanto ramo do conhecimento humano,
enquanto ciência do ponto de vista político,
estrutural, económico e geográfico. Isso
é o que me interessa na História, tornar
inteligível e aprender com o passado da
existência humana.
O que é que faz de Leiria interessante
no panorama histórico? Temos algum
episódio que o fascine particularmente?
Há muitos... Leiria está
integrada
num País com mais de oito séculos de
história e, naturalmente, viveu diferentes
acontecimentos e participações, desde a
Idade Média, nas guerras civis, nas lutas
liberais, nas lutas contra os invasores, como
nas invasões francesas. Por outro lado,
Leiria também participou no nosso frustrado
processo de industrialização, no século XIX.
Tem uma imprensa multissecular. Existe
muita história, mesmo antes da formação
da nacionalidade, desde a pré-história,
como o documentam diversos achados.
A presença romana foi muito importante.
Por aqui viveram árabes e judeus, estes
com um importante contributo na difusão
da tipografia. Tivemos o mais antigo
moinho de papel, industriais inovadores,
militares e políticos de dimensão nacional,
monumentos diversos, muitos dos quais em
estado de abandono. O drama é que não
se conhece muito. Há uma certa perda de
memória, como, também, se verifica a nível
nacional. As pessoas não conhecem a sua
própria memória colectiva e, quando assim
é, passam pelas coisas sem as reconhecer,
perdem identidade. Ora, Leiria viveu a
história nacional como outras comunidades.
Temos uma história rica, tal como outras
cidades portuguesas.
"Há uma
perda de
memória pela
história de
Leiria"
Foi Presidente da Comissão Instaladora
da Associação de Defesa do Centro
Histórico de Leiria. Na sua opinião, quais
as requalificações prioritárias no Centro
Histórico?
Há duas questões fundamentais no centro
histórico. A primeira é o repovoamento e,
para ele existir, tem de haver recuperação
do edificado e um plano estratégico para a
sua revitalização. O Centro Histórico deve
continuar a ser um centro plural, como foi
no passado. Os centros das cidades sempre
foram plurais, onde habitava uma população
heterogénea, havia serviços, comércio,
artesanato, jovens, velhos, ricos e pobres. Por
isso, os centros não podem ser destinados
apenas a um determinado tipo de núcleo
populacional. Por outro lado, é preciso que
haja incentivos para atrair novos moradores
que o povoem. A base da insegurança que,
muitas vezes, as pessoas sentem, está no
despovoamento. E, nos nossos dias, muitas
cidades portuguesas apresentam diversos
sinais de desertificação e de degradação do
edificado. Por outro lado, existem muitos
proprietários descapitalizados e é muitas
vezes mais fácil, e com menores custos,
adquirir casa nos subúrbios. As pessoas
abandonaram os centros. Até porque muitas
vezes estes não lhes ofereciam condições
adequadas de vida.
se fazer alguma coisa, não se pode deixar
que as coisas corram por si próprias.
E acha que a câmara podia assumir essa
responsabilidade?
Naturalmente, a Câmara tem um papel
fundamental na recuperação do edificado.
Tem de definir um plano estratégico,
elaborar planos de pormenor, linhas de
intervenção e recuperação, de acordo com
a lei geral do país. Para além da Câmara é
preciso o apoio do Estado e, ainda, seduzir
investimentos privados e criar novos
pólos de atractividade. É preciso repovoar,
resolver os problemas do estacionamento
e das acessibilidades, inovar e recuperar
com gosto e bom senso. Torna-se, ainda,
necessário um plano de recuperação do
património arquitectónico e monumental.
Existem diversos monumentos que estão
abandonados e em adiantado estado
de degradação. Têm de ser protegidos
e acarinhados, dando-lhes até novas
funcionalidades. É preciso instalar novos
serviços, dinamizar o comércio local,
criar linhas de crédito, definir regras e
desburocratizar. Portanto, tudo isto é uma
questão política e uma questão prioritária
para a vida da cidade e da sua própria
imagem. Acho que é uma vergonha Leiria
ter um Centro Histórico nas condições em
que está. A política deve orientar-se pela
resolução dos problemas e este tarda em
encontrar uma solução. Há muita coisa para
fazer e muitos bons exemplos a seguir, a
nível nacional e internacional. Tem é que
E quanto ao aproveitamento da Casa
do Bispo pela Zara, acha que isso é a
deturpação dos valores históricos?
Hum...não sou grande simpatizante da
estética da obra, mas acho que os edifícios
devem e podem ter, ao longo da sua
história, diferentes funcionalidades. E,
portanto, não me choca nada que o edifício
seja recuperado para uma funcionalidade
completamente diferente daquela para que
foi criado. Agora, tem de haver um diálogo
entre a qualidade estética do que se quer
construir e aquilo que existe. E isso nem
sempre tem sido assegurado em Leiria.
Acha então que temos crescido mal?
A maior parte das cidades portuguesas
cresceram mal, de forma anárquica, sem
grandes planos de pormenor, sem grande
estratégia de desenvolvimento urbano, sem
atender à qualidade de vida das populações.
Cresceram muito mais pela força da pressão
do imobiliário do que, propriamente, ao
serviço da qualidade de vida dos cidadãos.
Daí que as cidades se tenham tornado, muitas
vezes, inóspitas. Agora, existe a obrigação
de melhorar a qualidade de vida e de definir
uma estratégia de desenvolvimento urbano
para o futuro.
"Os povos que
não conhecem
a sua história
tornam-se
mais frágeis"
Quinze | 7
Outubro . 2009
Qual é, para si, o “patinho feio” de eleição
da cidade?
[risos] Tem muitos... não quero distinguir
nenhum pato dentro do lago. Há muitos
patos feios dentro da cidade. Patos feios e
patos bravos [risos]... não vale a pena estar
a distingui-los.
No que toca às pessoas leirienses, confirma
o mito de que somos uma cidade elitista,
algo virada para o culto das aparências?
E encontra algum fundamento histórico
para esse mito?
Todas as pequenas cidades, num determinado
momento da sua história cultivaram esse
mal português que dá pelo nome de
provincianismo. As suas elites eram frágeis,
rurais e muito ligadas a mecanismo formais
e informais de domínio. Em Leiria, durante
a 1ª República apelidava-se de “Borges” os
que para aqui vinham viver e trabalhar,
num sinal com conotações políticas e algum
sabor a discriminação. Portugal também não
era um país tão aberto há cem ou quarenta
anos, como é hoje. Durante muito tempo, em
Leiria não houve uma grande renovação das
elites e dos seus hábitos, do ponto de vista
cultural, social e político. Por outro lado,
talvez tenha havido um certo sentimento de
alguma incapacidade de traçar o futuro e
viver o desenvolvimento, alguma frustração
marcada pelo atraso económico, cultural e
a escassa mobilidade social. É evidente que
Leiria beneficiou muito da vinda de homens
que para aqui vieram viver, desde Ernesto
Korrodi a Tito Larcher, Correia Mateus
e tantos outros, até aos dias de hoje. E,
portanto, acho que, se, ainda, há alguém em
Leiria que vive amarrado a preconceitos,
tem de os ultrapassar. Devemos ser uma
cidade aberta e disponível para aqueles que
aqui querem viver e trabalhar, bem como
acolher a sua capacidade transformadora
e de iniciativa. Acho que isso do bairrismo
provinciano, do pequeno regionalismo,
muitas vezes serôdio, não é benéfico. Se
Leiria, socialmente, não assume isso apenas
está a perder o futuro.
Já é professor há largos anos. Tem
notado retrocessos no interesse dos
alunos pela História?
Eu noto um retrocesso, não tanto do interesse
dos alunos, mas mais dos governantes, que
não dão hoje uma grande à importância
ao estudo da História, enquanto factor de
identidade e de conhecimento da própria
nacionalidade e da sua evolução ao longo do
tempo. Parece-me que há um certo desprezo,
ou embaraçada vergonha, nos programas
oficiais, sobretudo, em relação à História
de Portugal. Acho que qualquer jovem sai
da escola a saber muito pouco da nossa
história e nós não temos de ter vergonha
nenhuma dela, antes pelo contrário. Temos
até de ter a capacidade de a utilizar para
nos ajudar a resolver os problemas com que
nos deparamos. Naturalmente, quando hoje
falamos nas nossas carências estruturais, no
endividamento externo, ou na construção
de uma visão estratégica para o País, isso
são problemas que se arrastam, com altos e
baixos, desde o século XIX e mesmo antes,
por causa deles caíram regimes e fizeramse revoluções. Alguns políticos podiam-se
dedicar a estudar as páginas da História de
Portugal para poderem agir de forma mais
correcta, no sentido da defesa do interesse
nacional. Os países têm interesses nacionais
permanentes a defender. Por exemplo: para
nós, o mar é de uma importância decisiva para
reforçar a independência, para a economia e
a criação de emprego. Nas últimas décadas,
abandonámo-lo. Se muitos políticos tivessem
estudado a História, se calhar tinham tido
um melhor conhecimento, uma outra forma
de compreender os assuntos, teriam sido
mais cautelosos e avisados. Quem não
conhece e não compreende os problemas,
também não os resolve. É preciso agir em
política alicerçada na História. Os povos
que não conhecem a sua história tornamse mais frágeis em período de acelerada
globalização.
Talvez esse desinteresse pela História tenha
a ver com o desprezo, um bocado português,
por nós próprios.
Eu não sei se hoje há desinteresse pela
História. Do ponto de vista político é que
não se privilegiou o ensino da História em
Portugal...do ponto de vista dos programas
e dos manuais. Hoje vendem-se muitos mais
livros de História, de política e romances
históricos, do que alguma vez se venderam.
Logo, há, por ela, um interesse bastante
forte. Esse interesse não tem é espaço
dentro da escola, do ensino. E isso para mim
é um erro crasso.
Mas também é verdade que somos um povo
que passa muito tempo a questionar a sua
razão de ser e a olhar com desconfiança para
si próprio, como se o nosso presente não
tivesse passado nem futuro. Esse é um dos
males resultantes do nosso atraso estrutural
e das nossas dificuldades em vencer,
definitivamente, a pobreza social, cultural
e económica. As nossas elites políticas,
demasiadas vezes, deixam de ser capazes
de consubstanciar um projecto nacional. O
sentimento colectivo de descrença colectiva
é mais forte em períodos de crise e quando
ganhamos consciência do nosso atraso
endémico em relação a outros países que
tomamos como referência. Nada disto é
novo, apenas tem cambiantes diferentes. Um
País com mais de oito séculos, que já sofreu
todo o tipo de vicissitudes e sobreviveu,
devia ter maior auto-estima colectiva e
orgulho nacional. Devíamos aprender com
os nossos erros e, aqui, de novo, entra a
capacidade de saber interpretar e aprender
com a história.
"Não gosto do
jogo de sombras
em que se
transformou a
vida pública"
Muitos professores queixam-se da perda
de autoridade perante os alunos. Sente
isso na pele?
Há uma perda global da autoridade
democrática dentro da nossa sociedade. E
essa perda geral de autoridade democrática
tem imenso reflexo na escola. Começa até na
família e nos hábitos comportamentais, ou na
falta deles, que as famílias consentem e que
depois são reproduzidos dentro da escola.
Por outro lado, não há muitos mecanismos
de intervenção ao acesso do professor face
a certas atitudes e comportamentos. A
sociedade mudou e, agora, há uma maior
tendência para as pessoas considerarem os
seus direitos mais do que os seus deveres.
Há um caldo cultural geral que se reflecte
dentro da escola e para o qual a escola
ainda não tem os mecanismos adequados
de resposta.
Foi um dos principais impulsionadores do
Movimento em Defesa da Escola Pública.
Julga que, com a saída da Ministra da
Educação, será possível um diálogo
entre o Governo e os professores?
A Ministra Maria de Lurdes Rodrigues é o
braço instrumental da política educativa de
José Sócrates. Só mudando a política é que
se podem resolver os problemas que, neste
momento, atravessam a Educação do País.
Aliás, a grande maioria dos pressupostos
políticos em que assentou a acção da Ministra
não favoreceu o Ensino em Portugal, criou
inúmeras injustiças e ofendeu demasiados
profissionais dedicados e competentes. Na
minha perspectiva, a política educativa de
Sócrates é errada e apenas visa objectivos
de curto prazo. Assim, vai gerar efeitos
perversos no futuro. Tentou-se usar os
professores como bode expiatório de uma
política populista e demagógica.
Acha que haverá mudanças?
Se não houver mudanças, quem continua a
perder é o País!
Acha que a introdução das novas
tecnologias, como o Magalhães e o
E-Escola, são benéficos para a Educação?
A informática e as tecnologias da informação
revolucionaram a maneira das pessoas se
relacionarem e pensarem, representam
um salto qualitativo fantástico. Todavia,
não tenho certezas sobre as vantagens
pedagógicas das crianças de tenra idade
terem um computador, para além do aspecto
lúdico, como centro da sua formação e
aprendizagem. Por outro lado, as crianças
precisam de conviver, de falar, de socializar
e não sei se dar um computador a cada
criança é uma medida, que do ponto de vista
pedagógico, possa resolver problemas ou
trazer problemas. Há uma certa demagogia,
hoje, em volta das novas tecnologias, como
houve no passado em relação a outras
tecnologias. Tudo deve ser relativizado! As
tecnologias devem ser utilizadas de acordo
com aquilo que se quer transmitir e não se
deve condicionar a evolução do discurso ou
o processo da aprendizagem ao meio. Em
torno do uso das novas tecnologias há um
certo provincianismo e deslumbramento.
As tecnologias são fundamentais para
o desenvolvimento da instrução e da
educação, mas devem ser colocadas no seu
ponto preciso, sem mistificações.
Pelas escolas por onde passou, recorda
alguma ou algumas que não lhe tenham
dado as condições necessárias para
leccionar?
Eu recordo o tempo em que grande parte
dos materiais didácticos eram comprados
e pagos pelos professores para leccionar
nas aulas. O professor sempre adquiriu
materiais que pudesse transmitir aos seus
alunos e para se actualizar. Fê-lo por uma
simples razão, quem tem alguma dignidade
no processo de ensino-aprendizagem gosta
de estar à frente dos seus alunos, não só
com informação, mas, acima de tudo, com
qualidade de informação. E, muitas vezes,
isso era pago do bolso dos professores e
não pelo Estado.
"Precisamos
de políticos
credíveis e não
de técnicos de
marketing"
Está feliz com a vida política e social
portuguesa?
Não estou feliz com a vida política e social
portuguesa. Se estou satisfeito com o estado
da democracia portuguesa? Também não
estou satisfeito. E lamento profundamente
o estado a que as coisas chegaram. Acho
que a responsabilidade é, sobretudo, de
quem dirige os mecanismos do poder e,
muitas vezes, se revela incapaz de assumir
plenamente as suas responsabilidades cívicas
e políticas ao serviço do país. Portanto,
não estou feliz, nem satisfeito, assim
como demasiados portugueses. Não estou
satisfeito com muitas das medidas tomadas
em diversos sectores, não estou satisfeito
com a miséria social, o desemprego, com o
alastramento da corrupção, com o desgaste
das instituições, com a descrença colectiva.
Não estou satisfeito, nem conformado, com
a pobreza e muito menos com o nosso
atraso económico e social. Não gosto do
jogo de sombras em que se transformou a
vida pública, nem da enorme falta de pudor
cívico que anda por aí.
As democracias são regimes frágeis e
generosos, por isso algumas consagram o
direito à felicidade. É certo que a felicidade
é um estado de alma muito fugaz, mas o
regime democrático não se alicerça na
descrença, no desespero e numa vida
pública cada vez mais doentia. As coisas não
podem continuar como são, caso contrário
corremos o risco de ver surgir tensões
insustentáveis e mesmo o colapso deste
modelo de regime. É preciso falar claro
sobre os problemas graves que afectam
o país, desde o combate à miséria social,
à corrupção e ao enorme endividamento
externo, que hipoteca o futuro. Precisamos
de políticos credíveis e responsáveis e não
de técnicos de marketing e ilusionistas.
E gosta da sua cidade? De Leiria?
Eu gostava de viver numa Leiria diferente.
Quem nasce numa cidade, trabalha e vive
nela, e a conhece relativamente bem,
ambiciona sempre mais. Acho que tem
faltado alguma ambição e capacidade de
visão em termos da construção do futuro de
Leiria. Podia-se fazer muita coisa, Leiria tem
ainda problemas graves que não deveria ter
e nem sempre se tem sabido acautelar o
futuro. Precisamos de congregar vontades
e energias. Os recursos têm de ser melhor
aproveitados e é preciso potencializar
as nossas capacidades. Leiria tem de ser
uma cidade inovadora, acolhedora e com
qualidade de vida. Se as actuais eleições vão
alterar as coisas? Não reparei em nenhum
projecto capaz de alterar o modo de estar
e de ser das coisas. Por outro lado, a curto
prazo, escasseiam os recursos.
8 | Quinze
Outubro . 2009
www.fazer-avancar.com | [email protected]
Iniciou-se projecto “Eu Desportivo”
Na prossecução do seu objecto social, a Associação
Fazer Avançar levou este sábado 30 crianças a
praticarem desporto no Centro Internacional de Ténis
de Leiria (CITL) no âmbito do “Eu Desportivo”. Projecto
que tem como objectivo desenvolver acções que
contribuam para promover o direito de igualdade dos
jovens no acesso a experiências na área do desporto
fundamentais para o seu crescimento pessoal e para
um desenvolvimento do “eu” harmonioso e saudável,
Miguel Costa
Tlm: 918412779
Email: [email protected]
YOUTUBE: Paintbue
www.paintbue.pt.vu
Paintbué
fomentando desde cedo o gosto pelo desporto e pela
prática de um estilo de vida saudável
A Associação Fazer Avançar agradece às entidades
parceiras CITL e Equipa Rendimento Social de Inserção
da Associação Lar Emanuel, à CML pelo apoio, bem
como a todas as pessoas presentes que ajudaram a
marcar esta primeira etapa do projecto num ambiente
divertido e agradável.
SESSÃO
DE
TARDE), NO
DO MONTE
APROXIMADAMENTE
4
HORAS
(MANHÃ
OU
COOL PARK (CORTES), NA SERRA DA SRª
(CORTES) OU OUTRO LOCAL A COMBINAR.
Inscrição: 15€ - inclui marcador semi-automático, máscara, botija e 200 bolas.
Extras: 100 bolas - 5€
Coletes (gratuito para mulheres) - 2€
Duche (Cool Park) - 2€
Granadas de Tinta - 5€
Granadas de Fumo - 5€
Quinze | 9
Outubro . 2009
Clínica de Medicina Dentária de Leiria, Lda.
Direcção Clínica:
Dr. Carlos Alberto Mota
Dr.ª Aurora Bravo Lima
Médicos Dentistas
Urgências diárias das 9h00 às 22h00
Sábados das 9h00 às 18h00
Especialista em
ORTODONTIA
Carlos Alberto Mota
- Consultas por marcação todos os dias úteis
Médico Dentista
até às 22h
Especialista
em Ortodontia p/
- Com Departamentos de Implantologia e
Ordem dos Médicos Dentistas
Oclusão
Av. Adelino Amaro da Costa - Edif. Terraços do Lis - Lote 2, 1º - Escrit. 3
LEIRIA
TEL.: 244 890 230 - FAX: 244 824 608
simoliz
Construções, SA.
Faça as suas compras no
Shopping 2000 Leiria
10 | Quinze
Outubro . 2009
Espaço Cultural
backstreet
boys
Skunk
Anansie
muse
marilyn
manson
Rammstein
Depeche
Mode
Massive
attack
franz
ferdinand
The
Prodigy
editors
MovDesign
Portas abertas para a cultura
Vai nascer em Leiria um novo espaço com o
objectivo de dinamizar a arte e a produção
artística. Intitula-se de MovDesign e pretende
“abrir as portas a iniciativas que queiram
dinamizar a cultura leiriense”, afirma Rúben
Ginja, mentor do projecto, juntamente com
a sua namorada Joana Correia. O espaço
contará com um show room, um gabinete
de design e alguns ateliers.
O espaço da MovDesign começou a
ser desenhado em 2005 na mente de
Rúben Ginja. Em 2007, o projecto passou
literalmente para as suas mãos, estando há
dois anos a remodelar o maltratado nº 21
da Rua Tenente Valadim. Agora, é altura
de fazer os últimos arranjos, elaborar um
catálogo e preparar a festa de abertura no
Chico Lobo, para que, a meados de Outubro,
a casa esteja pronta para receber exposições
de fotografia, de design, de pintura e de
artes plásticas, para além de workshops
relacionados com a criação artística.
O principal objectivo da MovDesign é
apoiar jovens artistas e, apesar de já haver
muita gente a mostrar interesse no espaço,
Rúben Ginja afirma que não teve apoios de
ninguém, tendo apenas parcerias com a
Nivel3 (engenharia e design), a QTavares
(arquitectura) e a Stylmovel (empresa de
mobiliário).
A despeito de todos os problemas que
teve de ultrapassar, Rúben Ginja sente-se
confiante e optimista, apesar de considerar
que “em Leiria, a nível cultural, é muito
difícil chegar às pessoas”. O espaço estará
de portas abertas para os leirienses, para
as ideias, para a arte, para a cultura, para
Leiria. Falta saber se a cidade vai entrar…
Quinze | 11
Outubro . 2009
Calendário
Volta ao mundo
por Sandra Duarte
João Gaspar
M/3
http://www.myspace.com/cheesepeopleband
Bassdrumbone
24 Outubro | 22h00
15 Outubro | 21H30
habitual sem deixar de ser completamente
diferente. Electrizantes, distantes e
incomuns. Uma banda a não perder de
vista.
Teatro Miguel Franco
Teatro José Lúcio da Silva
Música
Música
Dazkarieh
Festival de Jazz da
Alta Estremadura -
24 Outubro | 21H30
Nelson Cascais “Guruka”
16 Outubro | 22h00
Um bom exemplo dessa bem-vinda
explosão musical são os criativos e
energéticos Cheese People, uma banda
de Samara, que se envolve no electrónico
experimental virtuoso.
Festival de Jazz da
Alta Estremadura -
Liebman/Eskelin Quartet
‘different but the same’
Música
25 Outubro | 22h00
Festival de Jazz da
Alta Estremadura Zé Eduardo Unit
Teatro Miguel Franco
17 Outubro | 22h00
Cinema
Doclisboa 2009 - Extensão
Leiria
Galeria Municipal da Marinha
Grande
Cinema
M/12
Sinédoque, New York
João Gaspar
http://www.myspace.com/bfachada
Teatro José Lúcio da Silva
28 Outubro | 18h30
Teatro Miguel Franco
Cinema
Música
Michael Jackson This is it
Orquestra do Festival de
Jazz de Estremadura (
Concerto de encerramento
do workshop)
18 Outubro | 18h30
B Fachada
26 e 27 Outubro | 21h30
15 a 17 Outubro | 21h30
18 Outubro | 15h30 e 21H30
Festival de Jazz da
Alta Estremadura -
Made in Portugal
CCC Caldas da Rainha
Música
Galeria Municipal da Marinha
Grande
Apesar de estarem localizados numa
região europeizada e pertencerem a uma
vaga com claras tendências ocidentais,
os Cheese People brincam com a sua
música com modos pouco comuns,
tocando no enigmático, muito por culpa
das suas origens (e que boa culpa!). O
seu som, obviamente electrónico, tornase interessante por estar próximo do
Música
Festival de Jazz da
Alta Estremadura -
3 Companhias
Portuguesas de
reportório
Cheese People (Rússia)
A
música
começa
a
explodir,
irreverentemente, em terras marcadas
por czares e bolcheviques. As influências
internacionais e a globalização são, agora,
presença assídua numa Rússia cada vez
mais ocidental.
Dança
Teatro Miguel Franco
M/12
28 Outubro | 15h30 e 21H30
Teatro Miguel Franco
Música
M/6
Ópera - La Traviata
28 Outubro | 21H30
Galeria Municipal da Marinha
Grande
Teatro José Lúcio da Silva
Música
M/3
B Fachada não é apenas mais um dos
excelentes artistas que reúnem a peculiar
editora FlorCaveira. O músico de Cascais
mostra-se num som que tem tanto de
misticismo como de cumplicidade. Uniu
o folk e o pop, enredou-se em letras
eruditas que tocam no popular e ainda
teve a coragem de cantar num timbre sem
jeito, que, apesar de não ser voz de gente,
tem identidade, furando os conceitos
editoriais de vozes aceitáveis.
Coro Juvenil de Mozart
B Fachada é algo que nos prende pela
singularidade com que constrói e redefine
a música, num misto de contradições, nãoconceitos e uniões surpreendentemente
belas. O delicioso LP “Um Fim-de-Semana
No Pónei Dourado” fê-lo saltar dos
ateliers caseiros da FlorCaveira e pintar
o espectro musical português com cores
nunca antes vistas...
Teatro
17 Outubro | 17h00
M/12
4 Copas
19, 20 e 22 Outubro | 21H30
21 Outubro | 18h30 e 21h30
Michael Jackson This is it
Teatro José Lúcio da Silva
Teatro
M/12
Revista - Isto agora... ou
vai ou marcha
30 e 31 Outubro | 21h30
1 Novembro | 16h30
Teatro Miguel Franco
Canção do Vale
M/12
29 Outubro | 21h30
1 a 4 Novembro | 21h30
Teatro José Lúcio da Silva
Cinema
Cinema
M/12
Teatro José Lúcio da Silva
22 e 23 Outubro | 21H30
Música
CCC Caldas da Rainha
Glenn Miller Orchestra
Música
M/6
6 Novembro | 21H30
Festival de Jazz da
Alta Estremadura -
Teatro José Lúcio da Silva
23 Outubro | 21h30
O Deus da Matança
Mingus Big Band
Teatro José Lúcio da Silva
Teatro
6 e 7 Novembro | 21h30
CCC Caldas da Rainha
12 | Quinze
Outubro . 2009
por Pedro Dias
www.madsubculture.com
Cegamo-nos de padrões que julgamos
universalmente certos, bebemos de lugares-comuns e abraçamos rotinas.
Copiamos o vulgar mais por medo do ridículo
do que por afinidade e caímos na banalidade
das modas e tendências alheias.
Suprimimos contrastes, evitamos roturas e
fechamo-nos na multidão, acinzentando os
tons do individual que dão cor ao colectivo.
Mas somos seres únicos e pensantes, ou não?
Diferentes!
A Mad Subculture celebra a diversidade, a
expressão sob qualquer forma e alimenta
a fonte da excentricidade de onde bebem os
sedentos de mudança e novidade. Alguém se
acusa?
O sacudir de mentalidades que o Mad
Subculture provoca tem-lhe valido uma
massiva e crescente aceitação do público,
tendo já uma enorme legião de seguidores e
simpatizantes. Moda ou necessidade colectiva
de alternativas à banalidade?
Filipe Macedo de 23 anos, o mentor deste
movimento, conversou connosco numa
entrevista exclusiva Ao Quinze.
O que é a Mad Subculture e como surgiu?
MAD SubCulture surgiu da necessidade de expressar
ideias e partilhar conteúdos relacionados com a vida
urbana que, na minha opinião, são interessantes
e que não vejo muito divulgados. Portanto, a
ideia inicial (e que se mantém apesar de algumas
evoluções) é partilhar conteúdos originais, criativos,
diferentes.
Que tipo de conteúdos podemos encontrar no
blog?
Actualmente, a MAD SubCulture celebra a criatividade em todas as suas manifestações modernas (cultura
urbana, moda, design, artes gráficas, estilo, cinema,
música, entretenimento, vida nocturna, fotografia,
personalidades, etc.) Não tentamos estabelecer
ou prever tendências, apenas seleccionamos e
partilhamos o que achamos original e interessante.
O site pode ser um lugar para encontrar inspiração
e, claro, um guia para planear uma semana cheia
de diversão nocturna, de excelente música, grandes
filmes e muito mais.
MAD SubCulture é um espaço
digital aberto a todos, sem
quaisquer preconceitos ou
julgamentos!
Que resumo fazes do percurso da Mad Subculture
até este momento e quais consideras terem sido
os seus pontos mais altos?
No início não tinha grandes pretensões para este
blog/projecto, apenas ia partilhando coisas que do
meu ponto de vista eram interessantes. No entanto,
o blog teve um crescimento algo inesperado. Talvez
porque existem muito mais pessoas que partilham
dos meus gostos, ou porque sentem a falta de algo
novo em Lisboa, ou simplesmente porque acharam
divertido ou diferente.
Como o feedback foi sendo bastante positivo eu
dediquei mais tempo ao projecto, melhorei bastante
o aspecto, funcionalidade e conteúdos e comecei a
promovê-lo através da redes sociais na web.
O passo seguinte foram as festas que começámos
a organizar, que acabaram por ajudar o projecto
a crescer ainda mais. O que diferencia estas festas
das outras a que já estamos acostumados é a música
(que tem recebido bastantes elogios vindos de quem
esteve nas festas) e principalmente o incentivo à
originalidade e criatividade. Como o próprio nome
do blog indica «MAD SubCulture differentiates
itself from the larger culture through stylistic
ties to excess and exaggeration and a refusal of
the banalities of ordinary life and massification»,
gostamos de ter nas nossas festas pessoas que se
diferenciem, que sobressaiam, que fujam do comum.
No caso das festas, a originalidade e criatividade que
incentivamos é normalmente expressa através do
que se veste.
A promoção das festas e feita apenas através do
blog, da rede social Facebook e passando a palavra.
Nunca houve flyers, posters nem qualquer tipo de
promoção “física”, digamos.
As festas MAD SubCulture permitiram-me ser
DJ com muito mais regularidade e ajudaram-me
imenso a aprender e melhorar como DJ. O facto de
tocar com mais regularidade deu-me uma maior
exposição o que, por sua vez, levou a que surgissem
outras oportunidades para mim como DJ.
Uma dessas oportunidades levou-me a Leiria para
tocar no Suite. A recepção por parte dos leirienses
foi muito positiva. Hei-de voltar brevemente,
certamente.
Que projectos podemos esperar da Mad
Subculture num futuro próximo?
As ideias para o futuro são muitas. Mas vou tentar
pô-las em práctica a pouco e pouco, sem pressas.
Neste momento as prioridades são tornar as festas
regulares em vez de esporádicas (idealmente uma
por mês), começar a comercializar as várias t-shirts
MAD SubCulture que já receberam vários elogios,
e também ter ainda mais e melhores conteúdos no
blog, com o objectivo de apoiar as artes, criatividade
e originalidade dentro e fora do país.
MAD SubCulture é um espaço digital aberto a
todos, sem quaisquer preconceitos ou julgamentos!
Queremos apoiar as artes criativas, e esperamos
que no futuro encontrem o vosso trabalho exibido
no nosso site.
Se os leirienses inundarem o blog com elogios,
poderemos contar com uma festa Mad
Subculture em Leiria nos próximos tempos?
Claro! Teria todo o gosto. Vou ficar à espera desses
elogios então. [risos]
Quinze | 13
Outubro . 2009
O ballet ganhou
uma nova shop
Foi inaugurada no passado dia 19
de Setembro uma nova loja Ballet
Shop em Lisboa. A loja havia aberto
duas semanas antes da inauguração
oficial, pelo que muitos clientes
sabiam já da sua existência e
prova disso foi o forte movimento
de clientela que se pôde verificar
neste dia. Entre o atendimento aos
clientes e a azáfama de acompanhar
as actividades preparadas para a
inauguração, a proprietária Ana
Caseiro partilhou algum do seu
precioso tempo com o Quinze,
mostrando como se comemorava
a abertura do seu novo espaço
Ballet Shop. Para além da intensa
actividade comercial que se fazia
sentir, decorriam paralelamente
dois outros preparos de boasvindas para acolher os convidados:
de um lado uma mostra de hair-dressing e maquilhagem, cortesia
dos estúdios Serge Louis Alvarez,
onde jovens bailarinas recebiam
os
mimos
das
experientes
cabeleireiras-maquilhadoras
que davam a presenciar os seus
dotes profissionais para quem
quisesse aprender, anunciando um
Workshop que viria a acontecer
posteriormente. Do outro lado
o ilustre bailarino espanhol
Frederico Bosch partilhava a sua
experiência e conhecimento de
causa com outras jovens bailarinas
que por ali passavam à procura do
par de sabrinas ideal. Avaliando
pelo pé e pelo nível técnico das
clientes, Frederico argumentava
com convicção a sua escolha
justificando-se como um verdadeiro
profissional, deixando mais culto
- no que a sabrinas diz respeito quem o observava. O que é certo
é que ninguém saiu da Ballet Shop
sem encontrar a sabrina que melhor
cuidará do seu pé no exercício
do tão exigente ballet. Presente
esteve também Valdemir Gibin, o
representante da marca "Só Dança"
na Europa, referência mundial a
nível de material de dança, que
acompanhou Frederico Bosch na
divulgação da marca. Como boa
anfitriã, Ana Caseiro garantiu que
a Ballet Shop oferecia aos seus
convidados um pequeno banquete,
pelo que nada faltou para que
este fosse um dia agradável nas
instalações da nova Ballet Shop.
Ganha-se assim um novo espaço
comercial para os amantes do
ballet, na Rua do Século, nº 48
A em Lisboa, podendo assim,
mesmo fora de Leiria, contar com
o ambiente familiar a que a Ballet
Shop já acostumou os Leirienses.
Festival
de Jazz
da Alta
Estremadura
Entre os próximos dias 16 e 25
de Outubro tem lugar mais uma
edição do Festival de Jazz da
Alta Estremadura, uma iniciativa
de
sucesso
da
Associação
Desenvolvimento e Cooperação
Atlântida e dos municípios de Leiria
e Marinha Grande. Conta com a
participação de artistas conceituados
da cena jazzística nacional e
internacional.
Mantendo a tradição, o Festival
também propõe este ano um
workshop, aberto a todos os
interessados mas destinado em
especial aos jovens músicos, que
acontece entre os dias 15 e 18 de
Outubro nas instalações do Museu
do Vidro da Marinha Grande. É
dirigido pelos músicos Zé Eduardo
(contrabaixo), Jesus Santandreu
(saxofone) e Bruno Pedroso (bateria).
A inscrição é de apenas 5 anos.
Paralelamente, de forma a divulgar
o jazz decorrerá, nos locais de
espectáculo, uma feira do disco.
Consulte as datas no nosso calendário cultural.
14 | Quinze
Outubro . 2009
Desporto
II Gala do Futebol Distrital de Leiria
por João Gouveia
Realizou-se no passado dia 18 de Setembro no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, a II Gala do Futebol Distrital
leiriense, tendo esta como finalidade premiar as pessoas que mais se destacaram ao longo da temporada 2008/2009.
Arlindo Medeiros, massagista do
GD Pelariga, salvou a vida a Piaf, futebolista
do Ramalhais, após este ter perdido os
sentidos depois de uma colisão com o
guarda-redes adversário, tendo visto assim
reconhecido o seu esforço.
No futebol,
a distinção de futebolista do ano foi entregue
a Ricardo Silva (62 golos pelo Pedroguense
nessa época). Rui Bandeira (Portomosense)
foi eleito o melhor treinador, tendo Vítor
Marques (Caldas) sido considerado o
dirigente do ano. A U. Leiria destacouse pelo trabalho feito ao nível do futebol
juvenil.
No futsal,
destacou-se Saúl Borges (Arnal) no dirigismo.
Gabi Fernandes (Nadadouro) recebeu o
prémio de técnico do ano, tendo Ricardo
Loja (Caldas) arrebatado o troféu relativo
ao melhor jogador. O Centro Cultural
Desportivo e Social Casal Velho (Alcobaça)
foi considerado o clube «excelência na
formação».
No sector feminino,
Teresa Jordão e Liliana Salema (ambas do
CR Golpilheira) receberam os galardões
para melhor treinadora e jogadora,
respectivamente. O Núcleo do Oeste
destacou-se na arbitragem. O prémio
carreira foi atribuído a João Rocha, tendo
o mesmo sido entregue por Júlio Vieira,
presidente da AF Leiria.
Os clubes vencedores das diversas
competições distritais não foram esquecidos,
tal como os jogadores do distrito que já
passaram pelas selecções de Portugal,
tendo os alunos que terminaram os cursos
de técnicos de futebol e futsal com êxito
recebido os respectivos diplomas, havendo
ainda espaço para saudar os árbitros e
observadores promovidos às categorias
nacionais.
dão corpo» ao mesmo, tendo ele, segundo
Júlio Vieira, «um papel relevante na
sociedade».
O presidente da AF Leiria destacou
o elevado número de jogadores inscritos
(cerca de 10000), equipas (aproximadamente
700) e partidas organizadas ao fim-desemana (cerca de 200), numa altura em
que se nota a marginalização do movimento
associativo, afirmando que «a Gala veio
valorizar o trabalho de todos aqueles que
Equipas de Leiria em destaque no futebol jovem por João Gouveia
As equipas da U. Leiria (juniores e
iniciados A) e do Marrazes (iniciados A) estão
a superar todas as expectativas neste início
da temporada 2009/2010.
Os juniores leirienses, orientados
pelo antigo jogador do clube Michael
Kimmel, depois de em 2008/2009 somente
terem garantido a permanência na 1ª
Divisão Nacional do escalão na última ronda,
estão actualmente no quinto lugar da Zona
Sul, com 14 pontos conquistados, tendo
à frente Marítimo (quarto com 16), E.
Amadora (terceiro com os mesmos pontos
dos madeirenses), Sporting (segundo com
17) e Benfica (líder com 19 pontos) ao final
de 7 jornadas, apesar de o Nacional (sexto
com 13 pontos) poder ultrapassar a equipa
da cidade do Lis caso vença o jogo que tem
em atraso frente ao V. Setúbal.
Até ao momento, os unionistas
derrotaram em casa o Alverca (7-0), o
Odivelas (3-1), tendo empatado ainda com o
Belenenses (1-1). Fora de portas, venceram o
Atlético (4-2), o Farense (6-0), e empataram
com o E. Amadora (3-3), tendo sofrido o
primeiro desaire nesta última jornada frente
ao Marítimo, na Madeira (2-5). Outro ponto
que merece destaque é a veia goleadora
da equipa, com 26 golos marcados até ao
momento.
No entanto, o treinador, em
entrevista ao site «Academia de Talentos»,
não entra em ilusões, afirmando que o
objectivo passa pela realização de uma
época tranquila «O nosso objectivo é garantir
a manutenção o mais rápido possível.
Também temos de ver que as condições
que temos são inferiores às das primeiras
oito equipas do campeonato, uma vez que,
quando começarem todas as equipas da
União de Leiria, vamos ter apenas um campo
disponível» sem, no entanto, deixar de elogiar
os seus jogadores «A equipa tem trabalhado
muito bem nos treinos e o trabalho durante a
semana reflecte-se nos jogos», reafirmando a
importância de todos os elementos da equipa
«Temos um plantel de 23 jogadores e todos
eles são importantíssimos. Todos os atletas
estão preparados para em qualquer altura
serem chamados para a equipa titular. Este é
também um grupo muito unido e isso é muito
importante», antevendo ainda uma carreira
promissora a alguns atletas «existem quatro
ou cinco jogadores no plantel que podem ter
um bom futuro pela frente», tendo no final
repetido que a meta passa novamente pela
permanência «O nosso principal objectivo
é mesmo garantir a manutenção o mais
rapidamente possível».
Os iniciados A, orientados por
Frederico Biel, estão inseridos na Série D,
tendo ganho as 5 partidas realizadas até
ao momento: triunfos forasteiros com o
Portalegrense (2-0), o Marinhense (3-0) e
o Marrazes (1-0). Os caseiros foram com o
CADE, formação do Entroncamento (3-0)
e ainda com o Fátima (4-0). Tal como nos
juniores, salienta-se a grande produtividade
atacante, com 13 golos apontados, sem
esquecer a solidez defensiva: os adversários
ainda não conseguiram marcar qualquer
golo à equipa leiriense.
O caso do Marrazes ainda é mais
surpreendente, devido ao facto do clube
ter sido promovido depois de ter vencido
o campeonato distrital na temporada
transacta. A equipa orientada por Gonçalo
Moleirinho e Pedro Felizardo, estando na
mesma Série D, venceu os primeiros 4
jogos: fora com o Fátima (5-1) e com a AD
Poiares (3-1). As vitórias em casa foram com
o Caldas (6-0) e com a Académica (1-0). No
entanto, o primeiro desaire surgiu nesta
jornada, em casa, frente à U. Leiria (0-1). Não
fugindo à regra, os 15 golos marcados até
agora pelos marrazenses mostram também
que as equipas de Leiria deste escalão
estão com a pontaria bem afinada nestas
primeiras jornadas, dando indicações de que
poderão ser agradáveis surpresas da edição
2009/2010 desta competição.
Na classificação, a U. Leiria assumiu
a liderança isolada com 15 pontos, enquanto
o Marrazes, apesar de ter perdido, manteve
a segunda posição, beneficiando da derrota
da Académica de Santarém no reduto do
Marinhense por 1-2. No entanto, a Académica,
com a vitória caseira sobre a AD Poiares (50), alcançou a equipa marrazense, estando
agora os três mais directos perseguidores
da formação unionista a partilhar o segundo
lugar, somando ambos 12 pontos.
Na próxima jornada, a U. Leiria
recebe a Académica, em mais um «derby»
da Região Centro que se prevê emocionante,
enquanto o Marrazes terá de se deslocar
à Figueira da Foz para medir forças com a
Naval, actual sexta classificada da Série D,
com 9 pontos.
Farmácia Lis/Sismaria de volta com o andebol sénior por João Gouveia
O AC Sismaria está de regresso
com o andebol sénior depois de alguns
anos de ausência das competições, tendo
adoptado uma parceria com a Farmácia Lis
que resultou no novo nome de Farmácia Lis/
Sismaria.
A equipa compete na Zona Sul da
2ª Divisão Nacional de andebol e teve uma
excelente entrada no campeonato, com
vitórias nos 3 primeiros jogos: fora frente
ao Almada (28-24), tendo ainda ganho no
pavilhão do Évora por 31-23. Em casa jogou
o sempre apetecido «derby» com a Juve Lis,
tendo vencido por esclarecedores 27-17.
disputada este sábado, a equipa gandarense
deslocou-se ao pavilhão do Ginásio do Sul,
tendo perdido tangencialmente por 23-24.
No entanto, o ataque à liderança
falhou quando teve pela frente o primeiro
classificado: o Camões (Lisboa). Apesar do
muito apoio que teve, com o pavilhão da
Gândara cheio, o AC Sismaria não logrou levar
a melhor sobre um adversário que beneficiou
da sua maior experiência para conquistar
a vitória, por 28-25. Na última jornada,
Com estes resultados mais recentes,
o clube ocupa agora o sexto posto da tabela
classificativa, com 11 pontos em 5 jogos,
estando a 4 de distância do ainda invicto líder
Camões, que venceu em casa os Empregados
do Comércio por 27-24. Convém salientar
que o sistema de pontuação é diferente do
habitual, valendo a vitória 3 pontos, o empate
2 e a derrota 1.
Na próxima jornada, a formação de Pedro
Violante jogará novamente fora de portas, no
reduto do Alto do Moinho, equipa que está
actualmente no quarto lugar da classificação
desta competição que engloba 10 equipas:
Camões,
Empregados
do
Comércio,
Alavarium, Farmácia Lis/Sismaria, Juve Lis,
Alto do Moinho, Almada, Passos Manuel,
Évora e Ginásio do Sul.
Quinze | 15
Outubro . 2009
Jogos
Horóscopo
Carneiro
Balança
Carta do Mês 10 de
Paus, que significa Sucessos
Temporários, Ilusão.
Amor Avalie os prós e os
contras de uma relação que se
mostra saturada. Não se deixe
manipular pelos seus próprios
pensamentos!
Saúde Relaxe. Deixe as coisas
fluírem naturalmente.
Dinheiro Possíveis mudanças
no sector profissional.
Número da Sorte 32
Horóscopo Diário Ligue já!
760 30 10 11
Carta do Mês O Mundo, que
significa Fertilidade.
Amor Deixe a timidez de lado
para conquistar a pessoa que
ama. Fale a verdade, de modo
carinhoso.
Saúde Está sujeito a pequenos
acidentes domésticos.
Dinheiro Seja perspicaz e
poderá obter bons resultados
num negócio rentável.
Número da Sorte 21
Horóscopo Diário Ligue já!
760 30 10 17
Touro
Descubra as diferenças!
Aparentemente as duas imagens são iguais, mas na
realidade têm 5 diferenças. Consegue descobri-las?
Carta do Mês O Mágico,
que significa Habilidade.
Amor Uma crise conjugal
poderá fazer com que a sua
relação seja reforçada. Domine
a sua agitação, permaneça
sereno e verá que tudo lhe sai
bem!
Saúde Período marcado pela
alegria e boa disposição.
Dinheiro Concentre-se nos
planos que traçou para este
mês. Caso contrário corre
o risco de prejudicar o bom
desempenho do seu trabalho.
Número da Sorte 1
Horóscopo Diário Ligue já!
760 30 10 12
Gémeos
Carta do Mês O Louco,
que significa Excentricidade.
Amor Se desconfia de algo,
fale abertamente sobre as suas
dúvidas com a pessoa que
tem a seu lado. Não perca o
contacto com as coisas mais
simples da vida.
Saúde Imponha um pouco
mais de disciplina alimentar a
si próprio.
Dinheiro Deve ter mais
atenção com a forma como gere
as suas economias.
Número da Sorte 22
Horóscopo Diário Ligue já!
760 30 10 13
Caranguejo
Sudoku!
Seja amigo do ambiente,
Recicle este jornal.
O planeta agradece.
Coloque em cada espaço um algarismo de 1 a 9 de
forma a que, em cada linha, em cada coluna e em cada
quadrado em destaque de 3x3 espaços, estejam todos
os algarismos de 1 a 9, sem repetições.
Carta do Mês Rei de
Ouros, que significa Inteligente,
Prático.
Amor Prepare um jantar
romântico com a sua cara-metade e desfrute cada
momento que estejam juntos.
Que o Amor e a Felicidade
sejam uma constante na sua
vida!
Saúde Proteja o seu sistema
imunitário através daquilo que
come.
Dinheiro Iniciará um
momento de viragem na sua
vida profissional, imponha as
suas ideias e faça com que as
respeitem.
Número da Sorte 78
Horóscopo Diário Ligue já!
760 30 10 14
Leão
Carta do Mês
Rainha de Copas, que
significa Amiga Sincera.
Amor Deixe que a sua cara-metade tenha uma palavra
a dar na forma como a vossa
relação se tem desenvolvido.
Seja menos autoritário. Que
a leveza de espírito seja uma
constante na sua vida!
Saúde Psicologicamente,
estará um pouco instável. Não
acumule dentro de si tantas
preocupações.
Dinheiro Trabalhe com
determinação e afinco mas de
forma que não prejudique o
seu bem-estar. Não seja tão
obcecado pela perfeição.
Número da Sorte 49
Horóscopo Diário Ligue já!
760 30 10 15
Virgem
Ficha Técnica:
Associação Fazer Avançar
Título registado na ERC sob o nº 125518 | INPI nº 437130 | Director: Hugo Aguiar | Redacção: Raúl Testa (Responsável), André Pereira, Fernando Sá Pessoa, João Gaspar,
João Gouveia, Pedro Pereira, Sandra Duarte | Colaboradores fixos: João Lázaro, Paulo Kellerman | Colaboradores
da edição: Ana Guerra
Projecto gráfico/Paginação: Pedro Dias | Fotografia: Cristóvão Teles | Revisão: Gonçalo de Sá Pinho | Marketing: Hugo Aguiar | Tiragem (Média): 4500
Periodicidade: Mensal | Assinatura Mensal: 1 € | Responsável Distribuição: Nelson Seabra | Impressão: FIG - Morada: Rua Adriano Lucas, Eiras, 3020-265 Coimbra | Proprietário: Associação Fazer Avançar | Sede: Rua Senhora do Monte, Vale da Fogaça, Abadia. 2410-Leiria | Telefone: 913934746
Obrigado por Fazerem Avançar:
Carta do Mês 4 de
Paus, que significa Ocasião
Inesperada, Amizade.
Amor A sua cara-metade
poderá dar-lhe uma notícia
muito agradável. A vida é uma
surpresa, divirta-se!
Saúde Aproveite o tempo livre e
vá dar um passeio ao fim do dia.
O contacto com a Natureza fará
com que se sinta revigorado.
Dinheiro Dedique mais tempo
ao descanso e não pense tanto
nos problemas profissionais.
Lembre-se que amanhã é um
novo dia.
Número da Sorte 26
Horóscopo Diário Ligue já!
760 30 10 16
Escorpião
Carta do Mês A Força,
que significa Força, Domínio.
Amor Os seus amigos vão
dar-lhe toda a atenção
de que precisa. Cultive o
relacionamento interpessoal e
verá que obterá benefícios.
Saúde Perigo de fracturas.
Atenção a degraus.
Dinheiro Uma actividade
extra poderá estabilizar as suas
finanças.
Número da Sorte 11
Horóscopo Diário Ligue já!
760 30 10 18
Sagitário
Carta do Mês 9 de
Espadas, que significa
Mau Pressentimento, Angústia.
Amor É possível que sofra uma
desilusão. Convide os seus
amigos para sair, espaireça, não
fique em casa. Trate-se com
amor!
Saúde poderá cometer um
pequeno excesso de vez em
quando. Não se prive sempre
das delícias de que mais gosta.
Satisfaça a sua gula, desde que
seja com conta, peso e medida.
Dinheiro Esqueça as tristezas
dedicando-se no trabalho. Mãos
à obra, tem muito trabalho pela
frente.
Número da Sorte 59
Horóscopo Diário Ligue já!
760 30 10 19
Capricórnio
Carta do Mês 2 de
Espadas, que significa
Afeição, Falsidade.
Amor Viva romanticamente
e demonstre à pessoa amada
que pode acreditar nas suas
intenções. Que a alegria de
viver esteja sempre na sua vida!
Saúde Aproveite ao máximo a
vitalidade que sentirá nestes
dias.
Dinheiro Poderá ser-lhe
atribuída uma tarefa de grande
responsabilidade.
Número da Sorte 52
Horóscopo Diário Ligue já!
760 30 10 20
Aquário
Carta do Mês
A Roda da Fortuna, que significa
que a sua sorte está em
movimento.
Amor
Demonstre ao máximo o seu
romantismo, deixe-se conduzir
pela intuição. Permita-se a si
próprio a visão da alegria e
sinta-a diariamente.
Saúde Em vez de ter
pensamentos negativos,
consulte o seu médico e seja
mais optimista.
Dinheiro Seja astuto e
conseguirá aquela promoção
que deseja.
Número da Sorte 10
Horóscopo Diário Ligue já!
760 30 10 21
Peixes
Carta do Mês Valete de
Espadas, que significa Vigilante
e Atento.
Amor Evite uma relação
amorosa que já não o faça
feliz. O seu bem-estar depende
da forma como encara os
problemas.
Saúde Alguns problemas
familiares poderão fazer com
que se sinta triste. Cuide da sua
saúde. Não é uma questão de
querer, é um dever.
Dinheiro Deverá evitar ter
problemas com identidades
bancárias.
Número da Sorte 61
Horóscopo Diário Ligue já!
760 30 10 22
Outubro
Setembro . 2009
| 16
Obrigado
por ter acompanhado o Quinze
nesta viagem
Um ano de Quinze, o primeiro
jornal gratuito de Leiria
Download

IPL a Universidade de Leiria?