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1
Depto. de Geoquímica. UFF. Niterói. RJ 24020-007
Depto. de Geoquímica. UFF. Niterói. RJ 24020-007
3
CNPq /IRD (Orstom) Centre IRD d’Ile de France, Rue H. Varagnat, 93143 Bondy, France
4
Depto. de Geoquímica. UFF. Niterói. RJ 24020-007
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CNPq/IRD (Orstom), Depto. de Geoquímica. UFF. Niterói. RJ 24020-007
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Depto. de Geoquímica. UFF. Niterói. RJ 24020-007
7
Department of Nuclear Physics, Australian National University, Camberra, Australia
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Department of Nuclear Physics, Australian National University, Camberra, Australia
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Department of Nuclear Physics, Australian National University, Camberra, Australia
2
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Nos ecossistemas terrestres os elementos climáticos atuam sobre a diversidade, estrutura e função das
florestas, moldadas por distúrbios naturais onde o fogo é o fato dominante na história das florestas naturais
em várias partes do mundo (Attiwill, 1994). Ocorrências de carvões associados a eventos de queima de
vegetação, foram evidenciados em vários sítios no Brasil. Carvões no solo da Amazônia Oriental
foram datados por Soubies (1980) entre 3000 e 6000 anos AP indicando a ocorrência de incêndios no
Holoceno dessa região. Foram datados carvões em solos de floresta no Alto Rio Negro nos últimos
6000 anos (Saldarriaga & West, 1986). Estas ocorrências de incêndios desde o Holoceno médio, em
vários tipos de florestas no Alto Rio Negro foram associadas a mudanças climáticas e ações
antrópicas por Sanford. ™ š ›œ  . (1985). Sifeddine ž Ÿ ¡ . (1994) e Cordeiro (1995) demonstraram
intensas ocorrências de carvões entre 7000 e 4000 anos AP na Serra Sul e Norte de Carajás.
Pessenda et. al. (1998) evidenciaram processos de regressão, e distúrbios relacionados a
ocorrência de incêndios através do estudo em perfis de solo da composição isotópica ( ¢ 13C),
quantificação de carvões e datações da humina e carvões do solo em varias sítios no Brasil.
Neste trabalho, datações e quantificação de carvões de solo foram realizadas em amostras de perfis
de solo coletadas em áreas de platô e baixio de floresta de terra firme da reserva do Km 41 (INPA)
nas adjacências de Manaus (20°30’S e 60°0’ W), a fim de avaliar os incêndios pretéritos na região.
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Num transecto de 1700 metros de comprimento foram selecionadas áreas de diferentes cotas
topográficas entre 210 a 245 m ao longo dos platôs e vertentes dos igarapés que cortavam o
transecto (baixio). O material foi coletado de 10 em 10 cm até 1 metro de profundidade com um
trado manual. O material úmido foi pesado e posteriormente seco em estufa até peso constante. O
material seco foi passado em peneiras de 2 e 1 mm de onde as partículas de carvões foram
selecionadas e pesadas. Datações dos carvões foram feitas por espectrometria de massa por
aceleração na Universidade de Camberra, Australia.
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A média da distribuição ao longo dos perfis de um metro nos dois tipos de ambientes estudados
mostra que o platô apresentou uma média geral maior que nos ambientes de baixio. A distribuição
dos carvões ao longo do perfil mostrou um gradiente homogêneo com uma alta correlação entre os
dois tipos de ambiente (r = 0.88, n = 10) demonstrando um padrão de distribuição característico em
função da profundidade. Os carvões encontrados neste estudo concentram-se no nível médio de 45
cm de profundidade de solo. As 20 datações obtidas variaram entre 130 e 2410 anos AP com 5
datações na classe de idade 1200 a 1400 anos AP
Observou-se 5 fases de ocorrência de incêndios nos últimos 2400 AP (figura 2) Ate 340 AP
registrou-se baixas concentracões de carvões no solo. Entre 340 AP e 520 AP um incremento na
concentração de carvões é observado. A datação correspondente a 1170 AP tem a mais alta
concentração de fragmentos de carvões (1,2% de carvao por peso seco de solo) e altos valores
foram observados em 1280 AP e 1430 AP (0,24 % e 0,21% de carvao por peso seco de solo
VII Congresso da ABEQUA, Porto Seguro - BA 03-09 de Outubro de 1999
respectivamente). Entre 1170 e 1430 AP grandes flutuações nas concentações de carvões foram
observadas decrecendo até 1530 AP quando os menores valores foram observados (0.0026% de
carvao por peso seco de solo). Depois, entre 1750 and 2410 AP as concentrações de carvões
aumentam novamente.
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Estes resultados demonstraram que a ocorrência de incêndios nesta região são eventos
espacialmente e temporalmente importantes. A fase seca do Holoceno superior encontrados em
outros estudos na America do Sul deve ter provocado incêndios nos ecossistemas florestais desta
região. Esses eventos difundiram-se com maior impacto nas áreas elevadas mais secas poupando
provavelmente a vegetação ao longo dos igarapés.
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Attiwill, P.M. The disturbance of forest ecosytems: the ecological basis for conservative management.
Forest Ecology and Management, 63, 247-300. 1994.
Bassine & Becker. Charcoals depends on Topography in Terra Firme Forest near Manaus, Brazil,
Biotrópica. 24 (4). P. 420-422. 1990.
Cordeiro, R.C. Mudanças paleoambientais e ocorrência de incêndios nos últimos 7400 anos, na
região de Carajás, Pará. Universidade Federal Fluminense. Dissertação de Mestrado. 1995. 144 pp.
Pessenda, L.C.R., Valencia, E.P.E., Aravena, R., Telles, E.C.C., Boulet, R. Paleoclimate Studies in
Brazil Using Carbon Isotope Studies in Soils. Environmental Geochemistry in the Tropics. Ed.
Wasserman, J.C., Silva Filho, E.V., Villas-Boas, R. Springer. 1998.
Sifeddine, A.; Bertrand, P.; Fournier, M.; Martin, L.; Servany, M.; Soubies, F.; Suguio, K.; Turcq, B.
La sédimentation organique lacustre en milieu tropical humide (Carajás, Amazonie orientale, Brésil):
relation avec les changements climatiques au cours des 60 000 dernières années. Bull. Soc. geol.
France, t.165, n0 6, pp.613-621. 1994.
Sanford, R.L.; Saldarriaga, J.; Clark, K.E.; Uhl, C.; Herrera, R. Amazon rain forest fires. Science, 227:
53-55. 1985.
Saldarriaga, J. & West, D.C. Holocene Fires in the Northern Amazon Basin. Quaternary Research.
26.
358-366. 53-55. 1986.
Soubies, F. Existence d’une phase sèche en Amazonie brésilienne datée par la présence de
charbons de bois (6000-3000 ans ANOS AP).- Â0Ã Ä Å,Æ)ÇÈÉÊ&ÇËÌ)É;Í Î Æ)ÏÍ Ð Ñ ., 1 Ò 133-148. 1980.
Tabela 1: Datações AMS de carvões em 6 perfis de solo num transecto de 1700 metros
Prof
Q6 (platô)
0-20
20-30
1310±100
30-40
1170±100
40-50
1480±240
50-60
Q9 (baixio) Q11 (platô) Q13
(baixio)
130±140
1270±80
340±80
340±80
1270±90
970±140
1530±100
Q19
(baixio)
Q21 (platô)
1280±80
680±220
1430±140
520±80
1170±280
580±90
60-70
890±170
70-80
470±130
80-90
1050±220
1400±80
1750±230
2410±110
90-100
VII Congresso da ABEQUA, Porto Seguro - BA 03-09 de Outubro de 1999
ðî ï
0,003000
ò âíâ
ðñî ï
Q6 (platô)
âçìè
3000
Q9 (baixio)
0,002500
Q11 (platô)
î èäí
Q19 (baixio)
0,002000
âåçì
êë åè
âéåè
æ çèäã
á âãäå
Idades 14C
Media Baixio
0,001500
0,001000
Linéaire (Q21 (platô))
Linéaire (Q13 (baixio))
y = 10,686x + 124,57
R2 = 0,8022
1500
1000
0,000500
0,000000
0-20
Q21 (platô)
2000
Media Platô
ê èä
y = 22,851x + 533,99
2
R = 0,7771
Q13 (baixio)
2500
500
20-30
30-40
Ó Ô Õ Ö × Ø Ù ÚÙ Û Ù Ü Ý Þ ß à
40-50
50-60
0
60-70
70-80
80-90
0
90-100
20
40
60
80
100
Profundidade (cm)
Figure 1: a) Média das concentrações de carvões na áreas elevadas (platô) e nas áreas das
vertentes dos igarapés (baixio) b) Idades em função da profundidade nos sítios coletados e a
regressão linear dos pontos Q13 (sem considerar a idade 470 AP) e Q21 que mostram boa
correlação entre idades e profundidades.
14
Idades C
0
500
1000
1500
2000
2500
Concentracao de Carvoes em escala
logaritimica (carvoes (g)/solo(g)).
0,0100
1170
1280
340
1430
520
0,0010
1750
2410
580
680
1270
1050
470
890
1310
970
1480
0,0001
130
1400
1530
0,0000
14
Figura 2: Concentração de carvões em função das idades C. Os valores de concentração de
carvões em 1170 e 1270 foram media das concentrações entre as idades que se repetiram.
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