IAAS: TELES E DATA CENTERS ACIRRAM DISPUTA PELO MERCADO DE MÁQUINAS VIRTUAIS
PÁG.: 26
WWW.COMPUTERWORLD.COM.BR | ABRIL DE 2012 | ANO XVIII | NO 545 | R$ 14,95
O PORTA-VOZ DO MERCADO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
AGORA COM
NEGÓCIOS • TECNOLOGIA • LIDERANÇA
CARA A CARA
Para conquistar
valor, CIOs
devem estar na
linha de frente
dos negócios e
arrebatar o cliente
cortejado pela
concorrência
SUCESSO NA
ADOÇÃO
Profissionais
criam guia para
evitar problemas
comuns às
implementações
ligadas à área de TI
O PRÓXIMO PASSO DA
VIRTUALIZAÇÃO
DEPOIS DOS SERVIDORES, TECNOLOGIA SALTA
PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS E MOBILIZA
INDÚSTRIA COM NOVA GERAÇÃO DE VDI
FIQUE ATUALIZADO ACESSANDO O SITE: WWW.COMPUTERWORLD.COM.BR
ABRIL DE 2012
Índice
12 CAPA
VDI MÓVEL: A NOVA GERAÇÃO
Depois do amadurecimento e do
crescimento da virtualização de servidores,
a mobilidade empurra as empresas para
a tecnologia aplicada em desktops, que
começa a transformar o cenário e a
revolucionar a demanda corporativa
Afonso Coelho
8 RASTRO DA MOBILIDADE
Usuários móveis
impulsionaram a demanda
por virtualização, que em 2011,
segundo a consultoria IDC,
deverá movimentar
US$ 50 milhões só em licenças
de software, crescimento de 11%
CASES
Univen Petróleo
37 NA PRÁTICA
Polícia Militar de São Paulo,
Reed, Irmãos Fischer, Univen
e Seade são exemplos de
empresas que descobriram
na virtualização o caminho
para economizar e ganhar
competitividade
Ronaldo Motta
IAAS
42 VIRTUALIZAÇÃO COMO SERVIÇO
Operadoras e fornecedores
de data center brigam
para conquistar o topo do
segmento. Oi, Telefônica|Vivo,
Hostlocation, Locaweb, Alog,
Tivit, Globalweb e Level 3
afiam as garras na disputa
CARA A CARA
COM OS CLIENTES
Conectar-se com os consumidores. Esse é um
papel cada vez mais estratégico que o CIO tem de
adotar para entender as necessidades do público e
descobrir oportunidades de negócios
TECNOLOGIA
48 PARA AS PEQUENAS
Melhorar os esforços de
recuperação de desastres é
uma das vantagens que as
empresas de menor porte
podem ter ao apostar em
virtualização. VDI também
está na mira das PMEs
NEGÓCIOS • TECNOLOGIA • LIDERANÇA
MERCADO
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Big Data
Precisamos mitigar a cultura
de controle de dados de modo
determinístico e intuitivo,
e passar a usar a cultura
de controle de dados em
um modelo probabilístico
e analítico. Isso se chama
inferência estatística. Pode-se
controlar a qualidade de 1
milhão de botões produzidos
por minuto, porém o custo
ficaria inviável, então
aplicamos a ciência da
probabilidade para chegarmos
a resultados confiáveis, porém
com menor custo.
Leitor: Sidnei
Reportagem: Missão TI:
controlar montanha de dados
Expert em mainframe
Onde estão esses propalados
empregos em mainframe?
Uma área que ficou restrita
aos bancos e a algumas
pouquíssimas empresas. A
maioria não usa e nem quer
saber de mainframe.
Os grandes bancos (que são
poucos porque eles vão engolindo
os menores) adotam a política de
contratar estagiários e recémformados para treiná-los a preço
de banana. As terceirizações
- para não pagar encargos
sociais - tomaram conta da área
de informática de uma forma
predadora, transformando os
empregos em subempregos. O
profissional de mainframe hoje
é mal remunerado, terceirizado,
desvalorizado e, uma boa parte,
desempregado.
Leitor: Inácio F. de Melo
Reportagem: Onde estão os
profissionais de mainframe?
Falha da TI
Devemos usar lógica e
sistemática para encontrar
a causa-raiz da falha da T.I
e não nos preocuparmos em
saber quem é o culpado! Acima
de tudo, todos procuramos
parceiros para nos fortalecer...
se aplicarmos estratégia,
planejamento, transformação e
continuidade ..., certamente será
atingido o nível de excelência
desejado, fortalecendo a
parceria cliente/fornecedor.
Vamos achar a causa e não
remediar o efeito.
Leitor: Coin
Reportagem: De quem é a
culpa quando a TI falha?
Web veloz
Enquanto software instalados
continuarem inchando sem
necessidade (bloatware), a
navegação dificilmente será
ágil. No dia em que os recursos
das aplicações puderem ser
facilmente adicionados e
removidos, conforme o desejo
do usuário (como nos CMS ou
gerenciadores de conteúdo), a
navegação será mais rápida... Eu
mesmo, muitas vezes, navego
sem applets ou imagens para
ganhar agilidade na navegação,
carregando apenas quando me
interessa.
Leitor: Wallace Vianna
Reportagem: Microsoft e
Google: propostas diferentes
para tornar web veloz
O QUE VOCÊ SÓ ENCONTRA NO SITE DA COMPUTERWORLD
Data mining ganha espaço na estratégia empresarial
Obter vantagem competitiva. Essa
premissa tem levado as companhias
a investir em um conceito que vem
crescendo no mercado: o data mining,
ou a mineração de dados. Trata-se de um
processo que utiliza métodos estatísticos
para descobrir padrões. O modelo analisa
e cruza grandes quantidades de dados em
busca de amostras consistentes.
De acordo com Carlos Eduardo
Calegari, analista sênior de Software da
consultoria IDC Brasil, o processo garante
a extração de informações escondidas
que não eram visualizadas até então.
“A companhia não vai se deparar com
informações óbvias e triviais”, resume. É
um passo a mais na estratégia analítica,
observa. Para ele, data mining começa
com a gestão correta do dado pinçado de
uma grande base e termina com Business
Intelligence (BI), que dá ainda mais poder
a essa cadeia.
Calegari aponta que o processo não é
www.computerworld.com.br
novo, mas tem-se deparado com um desafio
recente: a grande quantidade de dados,
estruturados e não estruturados, que as
organizações têm de lidar todos os dias. “Antes,
a preocupação era guardar, hoje, além de
armazenar, é preciso integrar as fontes e extrair
informações no menor prazo possível”, avalia.
O mercado de data mining, diz, salta
na casa de dois dígitos justamente porque
as companhias estão preocupadas com
a competitividade. “Avaliar informações
rapidamente é fator de diferenciação”, destaca.
A IDC projeta que o setor advanced analytics,
do qual data mining faz parte, terá crescimento
composto de 20% até 2015.
Data mining é um aditivo para as
organizações. Assim define Alessandra Montini,
coordenadora de projetos de pós-graduação
da Fundação Instituto de Administração (FIA).
“Com ele, é possível efetuar o cruzamento
de dados e direcionar, por exemplo, uma
comunicação adequada para cada tipo de
público, saber e entender as necessidades
dos consumidores, definir qual produto [ou
serviço] tem mais retorno dos clientes e
ainda estabelecer o modelo de precificação
e planejar a capacidade de produção”,
exemplifica.
Segundo o instituto de pesquisas Gartner,
o tema, ao lado de BI e software analítico,
é o quinto na lista de prioridades dos CIOs
da América Latina neste ano. “Ainda assim,
acredito que poucas corporações hoje não
estão colocando o modelo em prática de
forma eficiente e estruturada”, avalia Fausto
Novaes, consultor para a indústria na área
de finanças da Teradata.
Na visão dele, setores como finanças,
varejo, telecom, transporte e internet
saíram à frente no uso de data mining. “São
segmentos que lidam com grandes bases
de dados, estruturados e não estruturados,
e que a competitividade é alta. Eles
encontraram na TI uma forma de investigar
comportamentos e mais do que isso:
surpreender o cliente”, observa.
EDITORIAL | SOLANGE CALVO
O poder
minimalista, e
PRESIDENTE
Silvia Bassi
VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO
Ademar de Abreu
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REDAÇÃO
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DIRETORA DE REDAÇÃO
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EDITORA-EXECUTIVA
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móvel
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Solange Calvo é editora-executiva
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velha conhecida virtualização esgueira-se rumo
à segunda geração. Ela ganhou notoriedade com
servidores, possibilitando às empresas significativa
redução de custos com equipamentos, economia importante
de energia e de espaço com ambientes mais enxutos, além
da facilidade de gerenciamento e maior segurança. Mas o
passo seguinte, a virtualização de desktops (VDI), ainda não
aconteceu, ao menos, de verdade.
Fora do País, a estimativa de
maior aceitação estava marcada
para ano passado, mas, somada a
outros fatores, a barreira do preço,
ainda salgado, estancou a evolução
da tecnologia. No Brasil, seguindo
o curso natural, a expectativa é a
ascensão da VDI ao longo deste
ano. Muitas companhias, que já
consagraram a virtualização de
servidores, começam a pensar no
recurso também para desktops.
Mas nesse cenário, figura a
mobilidade, sedutora e soberana,
que empurrou o recurso para
smartphones e notebooks. Assim,
o poder minimalista tornou-se
móvel. Trazer o desktop para as
mãos, a qualquer hora ou lugar, não
é mais fruto da imaginação. Bem
como, do aeroporto, um gestor criar
uma máquina virtual robusta em
poucos minutos e disponibilizá-la
no ambiente corporativo para ser
desfrutada pela equipe.
Essas possibilidades irão
expandir-se em território nacional.
A indústria está-se movimentando
nessa direção, aprimorando soluções
com recursos VDI. Sem contar com
novas entrantes, acenando com
virtualização como serviço, que, sem
dúvida, irá redesenhar o quadro
atual. Abrirá possibilidades para
adesão mais expressiva de pequenas
e médias empresas (PMEs).
A IDC confirma o amadurecimento
do mercado de virtualização de
servidores, esteira para a VDI.
De acordo com as estimativas da
consultoria, ele deu um salto no
Brasil de 3% em 2009 para 23% em
2010. E a expectativa para 2011 é
fechar a movimentação com 11% de
aumento sobre 2010. Isso significa
negócios em torno de 50 milhões de
dólares em solo nacional, somente
com licenças de software. Confira
os caminhos da tecnologia, como as
empresas estão aplicando o recurso e
o que a indústria está preparando.
Boa leitura.
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REALIZAÇÃO:
8
mercado
No rastro da
mobilidade
virtualização deve totalizar uS$ 50 milhões em 2011 só em licenças
de software. usuários móveis aditivaram a demanda
A mobilidade, que sempre foi
atraente, agora é um vício
corporativo. Difícil não ser
enredado pelas suas facilidades.
Quem ainda não se rendeu aos encantos
de gerenciar e-mails, finalizar planilhas,
compartilhar informações, tomar decisões,
enfim, tornar mais ágeis as tarefas
profissionais a qualquer hora ou lugar?
Indiscutível a sua influência no atual
desenho do ambiente de TI, dizem
uníssonos analistas do setor. Segundo eles,
é um caminho sem volta que contaminou
e tornou dependentes executivos e
colaboradores de empresas de variados
setores da economia nacional.
A ponto de quebrar a linha, embora
tênue, mas que separava o uso de
dispositivos móveis profissional do
pessoal, resultando em um fenômeno
chamado consumerização – caracterizado
pela utilização de tecnologias pessoais
no ambiente de trabalho. “Hoje, é
praticamente impossível viver sem acesso
à internet, smartphone ou qualquer
equipamento móvel”, diz Afonso
Coelho, gerente-executivo da consultoria
PricewaterhouseCoopers.
Mas o que a mobilidade tem a ver com
a virtualização? É uma das suas principais
Os avanços da tecnologia móvel
Nos últimos dois anos, smartphones deram início a significativas mudanças no
mercado móvel. Nos próximos, esse setor deverá mostrar muitas surpresas e
mudar a forma como as empresas trabalham
Carteiras móveis tornam-se
padrão, as interfaces
gestuais 3D e monitores
chegam ao mercado
Tablets inteligentes são
usados para promover
saltos inesperados de
produtividade
2011
2012
Capacidades de
gerenciamento de devices
são estendidas a todos
os principais handhelds
inteligentes. Emergem as
extensões para HTML5
www.computerworld.com.br
2013
2014
Reconhecimento de voz e cancelamento
de ruído tornam-se úteis; especificações
HTML5 ganham aprovação, com
extensões que ainda estão em fase de
revisão; smartphones e tablets passam
laptops para uso longe de casa
9
Nesse quadro, a virtualização de
aplicações dá o tom, trabalhando em
conjunto com a VDI. “Por meio de
um aplicativo simples, já disponível
no mercado, instalado no smartphone
ou tablet [com qualquer sistema
operacional], é possível rodar ou
acessar todos os aplicativos que estão
no servidor corporativo, virtualizando o
processamento”, descreve Bruno da Frost.
“Não é necessária robustez no
dispositivo, pois, na realidade, você
não precisa baixar o aplicativo, e sim, a
imagem. É uma emulação”, acrescenta.
Carlos Eduardo Calegari, analista de
Software da consultoria IDC, lembra que
o mercado de virtualização de servidores
já está amadurecido e, com certeza, serve
de esteira para VDI. Ele aponta que a
VDI deu um salto em crescimento no
Édi Pereira
Hoje, é
praticamente
impossível viver
sem acesso à
internet, sem
smartphone
ou qualquer
dispositivo móvel
Afonso Coelho, gerente-executivo da
PricewaterhouseCoopers
Fonte: PricewaterhouseCoopers
impulsionadoras. Afinal, a consequente
complexidade do gerenciamento e da
segurança do novo cenário levou gestores
de TI a rever processos e a admitir que
algo precisaria ser feito para colocar
novamente os trens nos trilhos. A velha
e conhecida virtualização emergiu como
alternativa viável.
“Ao proporcionar um ambiente
centralizado, ele torna-se mais controlado
e, portanto, também mais seguro. Por
essa razão, a virtualização cai como uma
luva na atual demanda”, diz Ricardo
Chisman, diretor da área de Consultoria e
Tecnologia da Accenture.
É muito simples e rápido bloquear um
smartphone que acessa a rede corporativa
em um ambiente virtual, segundo Bruno
Arrial dos Anjos, analista sênior de
Mercado da Frost & Sullivan. “Ele é
apenas uma carcaça para acesso. Nada
está nele, tudo é processado na nuvem,
portanto, é muito seguro.”
Por conta dessa febre por mobilidade
é a hora e a vez da virtualização de
desktops, a VDI (Virtualization Desktop
Infraestructure) – um dos caminhos que
possibilitam levar o desktop, de qualquer
lugar, para o tablet ou o netbook, por
exemplo. Mais uma demanda em
ascensão no universo do usuário móvel.
Penetração de LTE na
América do Norte
é generalizada
Nier Field Communication
(NFC) é comum
2015
2016
Sensores em chips
tornam-se rentáveis
2017
2020
Miniaturização da imagem
e dispositivo de projeção
serão amplamente usados
www.computerworld.com.br
divulgação
10 mercado
A virtualização
proporciona
ambiente
centralizado,
mais controlado
e, portanto, mais
seguro. Ela cai como
uma luva na atual
demanda
Ricardo Chisman, diretor da área de Consultoria e
Tecnologia da Accenture
Brasil de 3% em 2009 para 23% em 2010.
E embora ainda não tenha finalizado as
análises de 2011, a estimativa é de fechar
com incremento de 11%. “Totalizando
movimentação de 50 milhões de dólares
em solo nacional, somente com licenças
de software”, revela.
A indústria vem avançando em VDI,
mas ainda há obstáculos, embora
mais amenos do que há dois anos, na
avaliação de Calegari. “Gargalo da banda
larga no Brasil e infraestrutura de rede
inadequada são alguns deles”, destaca.
O executivo assinala as fortes
presenças no front desse mercado da
Citrix, VMware e Microsoft. Esta última
afiou suas garras nessa briga com o
lançamento do Windows Server 8,
recheado de recursos de VDI.
A cadeia de negócios em virtualização
é bastante interessante, é preciso estar
atento, pois muitas vezes um parceiro
pode ser um concorrente em alguns
momentos, ou ser aliado do oponente no
tatame de outros negócios.
Trabalho móvel
Uma outra alavanca da virtualização
é a tendência galopante do modelo de
trabalho móvel. Especialmente nos
grandes centros urbanos, tem sido opção
estratégica para empresas que têm obtido
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resultados favoráveis em produtividade
com funcionários remotos, quando
eliminam, entre outras agruras, os
congestionamentos no trânsito, além de
promover qualidade de vida.
Por conta disso, a virtualização
de desktop deve registrar aumento
significativo na demanda nos próximos
dois anos. É o que mostra pesquisa
global divulgada no ano passado pelo
instituto de pesquisas Vanson Bourne, a
pedido da Citrix.
Segundo o estudo, até 2013, 55%
das companhias pesquisadas esperam
implementar pela primeira vez
virtualização de desktops e 86% citam
segurança como um dos pontos fortes
da tecnologia. Dos executivos de TI
que pretendem aderir à virtualização
de desktops até o final de 2013, 95%
acreditam que a tecnologia é um meio
eficiente de proteger informações.
Acesso seguro para dispositivos móveis
e aparelhos dos usuários e gestão de
risco simplificado também foram citados
pelos 1,1 mil profissionais da área de
TI de 11 países, incluindo o Brasil, que
participaram do estudo.
Outros benefícios importantes
identificados pelos gestores de
TI incluíam a provisão imediata e
reprovisionamento de aplicativos
e acesso a desktops, em 60%, o
isolamento imediato de uma aplicação
comprometida, em 54%, e a capacidade
de apagar remotamente dados de
dispositivos móveis e PC, em 32%.
“A tecnologia apresenta um sistema
de governança de informações em
infraestrutura para aprimorar a gestão
de riscos nas áreas de segurança de
informações e conformidade”, afirma
Kurt Roemer, estrategista de Segurança
da Citrix.
No Brasil, os indicadores também
revelam que a virtualização possui
espaço para crescer. Conforme a
pesquisa, 76% confiam na tecnologia
como fator de redução de custos em
TI e/ou nos negócios; 60% enxergam
maior flexibilidade de trabalho para
os colaboradores; e 39% reconhecem
o suporte melhorado para força de
trabalho móvel.
Em relação aos dispositivos, em solo
nacional, 74% dos executivos
pretendem adotar virtualização de
desktop para atualizar instantaneamente
a rede de PCs e dispositivos; e 66% citam
que a entrega segura de aplicações
e dados com capacidade crítica de
segurança levaram à decisão de
implementar a virtualização de desktop.
“Hoje, a virtualização de desktops é
considerada investimento estratégico
e peça-chave da infraestrutura de
informática de qualquer empresa”,
aponta Roemer.
Questão do custo
Virtualizar ou não virtualizar. A dúvida
ainda assombra CIOs inseguros
entre os reais custos de construir e
manter um ambiente virtual ante os da
arquitetura tradicional com máquinas
físicas. Considerando a relação
custo/benefício, fragilizada por não
somar ganhos intangíveis próprios
da tecnologia, a decisão pode
tornar-se ainda mais perturbadora,
na avaliação de especialistas.
Chisman, da Accenture, dá uma dica para
facilitar o processo: avaliar a possibilidade
de partir para um ambiente virtualizado
11
pode ser bastante simples e confortável
no momento certo, ou seja, quando for
necessária a atualização do parque de
equipamentos. “Com certeza pode ser a
estratégia mais adequada”, ensina.
Outros fatores podem ajudar a dar o
passo nessa direção, como as vantagens
que pode a tecnologia trazer para
negócios que possuem picos sazonais
de processamento de dados, demanda
que pode ser suprida facilmente com o
aumento da quantidade de máquinas
virtualizadas no período, dando
flexibilidade aos negócios.
Por outro lado, por ser um ambiente
não tradicional, requer profissional
qualificado para administrá-lo, o que
onera um pouco mais os custos da
solução. De acordo com Arrial dos
Anjos, soma-se à essa despesa extra, a
questão da queda de preços de desktops
registrada nos últimos dois anos,
tornando a equação um pouco mais
desfavorável, na ponta do lápis, para o
desenho virtual.
“Mas a relação custo/benefício tende a
ficar cada vez mais atraente com o passar
dos anos”, acredita Calegari. “Sem contar
que ela vai variar de acordo com cada
tipo de negócio. Ou seja, a virtualização
pode ser altamente estratégica para
uma empresa, ampliando vantagens
de negócios, mais que em outras de
atividade diferente”, completa Chisman.
Companhias startups podem
facilitar seu ingresso no mercado e
especialmente o crescimento por meio
da virtualização, acrescenta Afonso,
da PricewaterhouseCoopers. “Podem
viabilizar a infraestrutura sem gastos
com manutenção e ampliação de
processamento quando necessários.”
O importante é saber que virtualizar
pode ser uma escolha competitiva
madura. Ao menos é o que afirma o
instituto de pesquisas Gartner, como
parte das tendências para este ano. Avalie
a possibilidade. [Veja o quadro]. n
Tendências em virtualização para 2012
Tom Bittman, vice-presidente e analista do instituto de pesquisas Gartner, identifica caminhos que as empresas deverão seguir para conquistar
eficiência por meio da tecnologia. O mercado de virtualização de servidores é muito dinâmico e há várias tendências-chave remodelando esse
setor em 2012, indica Bittman. A seguir, cinco tendências que vão pautar a virtualização de servidores nos próximos meses.
1 - E scolhas competitivas maduras: imagine como o mercado de virtualização seria diferente se a tendência de virtualização de servidores fosse criada a partir de hoje. A VMware tem ampliado sobremaneira sua competitividade nos últimos anos, e o preço esta-se
tornando um grande diferencial. Empresas que ainda não começaram a virtualizar (sim, elas existem, mas tendem a ser pequenas),
hoje, já têm chance de fazê-lo.
2 - C resce a terceirização: usuários de VMware podem não ter deixado de usar VMware, mas eles estão preocupados com os custos
e potenciais “lock-in”. Um número crescente de empresas busca uma estratégia de terceirização, implementando tecnologias de
virtualização diferentes em parte da organização.
3-M
odelos de preços: os preços da virtualização têm sido preocupação constante das empresas e as tendências em torno das nuvens
privadas e híbridas irão garantir que eles continuem a se transformar e a desafiar os modelos de comercialização.
4 - Aceitação e saturação: virtualização deve conquistar aceitação de 50% das organizações e a competição vai ajudar a diminuir os
preços da tecnologia. O mercado está crescendo, mas não como antes, e o comportamento do fornecedor irá mudar significativamente
por causa disso. E não se esqueça do impacto sobre fornecedores de servidores.
5 - Prestadores de serviços em nuvem fazem suas apostas: fornecedores de infraestrutura como serviço (IaaS) não podem ignorar
que a virtualização está invadindo as empresas. Isso significa que os prestadores estão fazendo suas apostas e questionando se devem
criar suas próprias normas, ou construir/comprar o software que melhore a interoperabilidade das plataformas. Não é uma escolha fácil.
Fonte: Gartner
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12 capa
VDI móvel,
a nova geração
consagrada a virtualização de servidores, a mobilidade
pressiona as empresas para o próximo passo, a
tecnologia em dispositivos móveis,
transformando o cenário
O SOLaNGE caLVO
ano de 2011 prometia ser o da virtualização de
desktops, na avaliação de consultores norteamericanos. Entretanto, diversos fatores a
impediram de avançar. De um lado, a falta de
entendimento mais profundo sobre o conceito, e, do
outro, os custos nem sempre atraentes.
Por aqui, essa expectativa não era tão otimista. Mas,
certamente, 2012 promete muitas novidades em solo
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13
nacional, capazes de mexer com as
estratégias de TI de empresas de variados
portes e setores. Afinal, o próximo passo,
depois da consagrada virtualização de
servidores, é Virtualization Desktop
Infraestructure (VDI).
E a indústria movimenta-se,
atualizando soluções com recursos
VDI, realizando parcerias e criando
ferramentas especialmente voltadas
para o gerenciamento dessa avalanche
de máquinas virtuais, que começa a
invadir os novos e futuristas ambientes
de TI das corporações.
A Microsoft surpreendeu neste
mês, lançando o System Center 2012,
com o objetivo de facilitar o trabalho
dos gestores de ambientes virtuais,
reforçando a estratégia mais voltada
à gestão. “Criar máquinas virtuais
tornou-se tarefa simples, difícil é garantir
gerenciamento eficiente delas”, diz
Danilo Bordini, gerente de Produto
para Soluções de Data Center e Nuvem
Privada da Microsoft.
O System Center 2012, segundo ele, é
capaz de administrar ambientes híbridos,
compostos por máquinas virtuais, físicas
e aplicações, de maneira centralizada,
rápida e segura. “Por meio desse centro,
Fernando Nakamura, gerente da divisão
Platinum Partner da Citrix
será possível criar máquinas virtuais
de desktops, instalar automaticamente
aplicações etc”, diz.
O executivo exemplifica que um
funcionário pode usar qualquer ponto
da empresa e acessar seu desktop
virtual, pois no System Center ficam
armazenados todos os perfis de usuário,
com registros que vão desde configuração
de papel de parede a atalhos, aplicações
autorizadas, entre outros.
Bordini ressalta que o centro vai
possibilitar gerenciar com eficiência
os dispositivos móveis [iPad, iPhone,
WindowsPhone etc] que acessam o
ambiente corporativo. “Ele não permite
criar simplesmente uma máquina virtual
e sim uma nuvem privada. E dentro
dela, o gerenciamento, a segurança, as
políticas, tudo”, descreve.
Mas um grande atrativo da novidade
é que será possível quantificar o uso dos
recursos computacionais da empresa,
por departamento, visto que toda a
solicitação [não somente do data center]
será registrada. “É um grande valor
agregado, sem dúvidas.”
Nesse momento emergente da
tecnologia, a parceria com a Citrix é
bastante interessante, segundo Bordini.
“Com nosso acordo, consigo fazer
entrega do Windows 7, rodando no
iPad, por exemplo. E acessar o desktop
virtualmente a partir de qualquer
dispositivo móvel inteligente.”
A Citrix, de fato, é uma das vedetes
do VDI. E seu avanço na tecnologia
tem sido impulsionado pela demanda
pautada no chamado work shift, que é
o trabalho flexível, remoto. Recente
pesquisa encomendada pela empresa,
à Vanson Bourne, identificou que 93%
das 1,1 mil companhias entrevistadas
em todo o mundo estão aderindo à
essa modalidade.
“Fato curioso é que, no Brasil, 97% estão
adotando o modelo, número maior que a
média global”, diz Fernando Nakamura,
gerente da divisão Platinum Partner da
Citrix, acrescentando que para atender
a essa demanda, uma das principais
tecnologias é a computação virtual.
André Andriolli, gerente de Engenharia
de Sistemas da VMware
Outro movimento interessante,
apontado por Nakamura, é que o
interesse maior pelo ingresso nesse
universo era dominado pelas grandes
empresas, no entanto, as de pequeno
porte não estão de fora. “Atenta, a Citrix
adquiriu a Kaviza e nosso produto
transformou-se em VDI-in-a-Box,
direcionado a companhias menores,
que, em pouco tempo, conseguem
implementar o modelo com custo mais
baixo”, destaca.
A Citrix realizou parcerias importantes
para fortalecer a participação no
mercado. Uma delas com a Cisco, que
contempla duas frentes: licenciamento de
protocolo de otimização para dispositivos
na ponta, chamado HDX para um dos
produtos da Cisco, e ainda uma aliança
em VDI. “Implementamos nossas
tecnologias em servidores UCS da Cisco”,
relata Nakamura.
Com a Microsoft, existe um acordo
antigo e forte, segundo Nakamura. Não
só tecnológico, mas também comercial.
É cooperativo e global, e complementa a
tecnologia de virtualização de desktops
da Microsoft.
Outra aliança de peso da Citrix é
com a EMC. “A Citrix tem um pacote
www.computerworld.com.br
14 capa
de software e eles investem muito no
protocolo de apresentação do desktop.
No fundo, é uma tecnologia que no
data center vai consolidar informação,
demanda de desempenho e tecnologias.
No data center deles, a tecnologia
é EMC”, diz Rodrigo Gazanneo,
responsável pela Prática de Virtualização
da EMC para a América Latina,
que define VDI como “um capítulo
interessante da virtualização”.
A estratégia da EMC nessa cadeia é dar
eficiência à solução de VDI, segundo o
executivo. Ele explica que o ambiente de
VDI é muito mais exigente de recursos
do que o de consolidação de servidores
virtualizados, por isso requer um
profissional mais qualificado para esse
gerenciamento. “O efeito para o usuário
final é bom, mas dentro do data center,
muitas vezes é necessária a criação de uma
área de virtualização só para VDI”, diz.
A visão de VDI da empresa faz parte
de uma ideia maior de transformação da
TI, segundo ele. “Uma dessas visões é
computação em nuvem e uma das faces é a
VDI, que pode endereçar essa demanda.”
Outra estrela no segmento é a VMware.
E como prova de que a indústria vive em
constante movimentação para se alinhar
à demanda, a tecnologia da empresa, o
VMware Horizon Mobile, possibilitou
à Telefônica lançar em fevereiro, na
Espanha, o serviço Dual Persona.
Ele permite ao usuário ter em um
mesmo aparelho celular duas linhas,
uma pessoal e outra corporativa, e
ainda que o departamento de TI realize
todo o gerenciamento do ambiente de
trabalho por meio do telefone [e-mails,
aplicações, dados etc].
De acordo com André Andriolli,
gerente de Engenharia de Sistemas da
VMware, o portal Horizon, que abriga
um grupo de serviços, usa a virtualização
para isolar esses dois mundos e além
disso, possibilita compartilhar acesso a
aplicações e arquivos. “Liberta o usuário
do desktop que está em sua mesa”, diz.
As duas empresas estão trabalhando
para oferecer o mesmo serviço em
outros países e a previsão de que chegue
por aqui é no segundo semestre deste
ano. O Galaxy SII da Samsung será o
primeiro aparelho capaz de suportar
o serviço Dual Persona da Telefônica,
mas é possível que não fique restrito
somente a essa marca.
O executivo afirma que a nova força de
trabalho é jovem e não quer aplicações
antigas e tudo isso transformou o cenário e
revolucionou a demanda. “A virtualização
de desktop está crescendo em paralelo
com a de aplicações. Este ano, certamente,
teremos aquecimento dessas demandas e
estamos preparados”, garante.
Hardware em cena
Rodrigo Gazanneo, responsável pela Prática de
Virtualização da EMC para a América Latina
www.computerworld.com.br
“Para montar as soluções seguimos
duas linhas de raciocínio, uma delas é o
crescimento de aquisições. Compramos
algumas empresas para complementar
o portfólio de data center, que nos
permite vender infraestrutura mais
completa de ponta a ponta”, explica
Henrique Sei, diretor de Vendas de
Soluções da Dell Brasil.
O sucesso de VDI depende da
experiência do usuário. Se ele tiver uma
máquina virtual lenta, todo o projeto
será prejudicado. É o que destaca
Cristina Torres, gerente de soluções da
Danilo Bordini, gerente de Produto para Soluções de
Data Center e Nuvem Privada da Microsoft
Dell Brasil. Um passo importante do
projeto de virtualização, segundo ela, é
a preparação, “entender a infraestrutura
do cliente, o que ele já tem, o que pode
ser aproveitado, quem são os usuários,
que tipo de equipamentos vai usar,
todo esse mapeamento é crítico para a
eficácia da solução”.
A Dell mantém parceria com Microsoft,
Citrix e VMware em software de
virtualização. “Mas vale ressaltar que temos
soluções que fazem combinação dessas
camadas de software entre VMware e
Citrix, por exemplo”, aponta Cristina.
Hoje, a maior dificuldade com
soluções de VDI é que muitos dos
benefícios que a solução traz são
intangíveis. “Estamos falando de
consumerização e de produtividade.
Mas como medir o resultado disso ao
longo do tempo? É importante pensar
na virtualização como ponto de partida,
preparar-se para as transformações, mas
sem dúvida ainda virão muitos desafios
pela frente”, afirma a executiva.
Maurício Affonso da Conceição, diretor
de Servidores da HP, diz que a empresa
tem parceria com Citrix, Microsoft e
VMware e acredita na ascensão da VDI
em razão de muitos novos projetos que
16 CAPA
Soluções de virtualização com recursos VDI
Empresa
Solução
Citrix
www.citrix.com.br
Citrix VDI-In-a-BOX
Citrix XenDesktop
Citrix XenDesktop
Versão atual
Principais características
–
• Dimensionado para pequenas empresas e departamentos
• Custo acessível
• Arquitetura simplificada
Enterprise
• HDX – potencializa recursos multimidia (vídeo, audio, 3D e periféricos
especiais)
• Inclui o XenServer (Virt. de Servidores) e compatível com outros fabricantes
• Ferramentas centralizadas de gerenciamento
• Inclui o XenApp para virtualização e “Loja” de aplicações Windows
• Desktops virtuais para uso off-line com XenClient
• Ferramentas de gestão de imagem única de Sist. Operacional, facilitando
manutenção e reduzindo espaço em storage
Platinum
Além das características da versão Enterprise:
• monitoramento avançado da experiência do usuário
• appliance virtual de aceleração e compressão de links WAN
• Single Sign On
• Sistema de auditoria
• SSL-VPN com acesso granular baseado em cenários
• Portal CloudGateway para single sign on e acesso centralizado para
aplicativos e desktops virtuais Windows, SaaS e sistemas na Web
Família VNX (Armazenamento)
RSA SecurID (autenticação segura
em 2 fatores: senha e token)
VMware vShield App Security
EMC com VMware vSphere e
VMware View
(prevenção a vazamento de dados)
VMware vShield EndPoint
(habilita anti-virus otimizados para
ambientes virtualizados)
• Suporte a armazenamento em camadas (flash e discos magnéticos)
• Suporte a armazenamento de arquivos (NAS) e volumes (SAN)
• Integração nativa com virtualizador (VMware vStorage API)
VMware View
EMC
www.emc.com.br
(virtualização de desktops, otimização
WAN com PCoIP, provisionamento
otimizado com Linked Clones)
Família VNX
RSA SecurID
VMware vShield App Security
EMC com VMware vSphere e
Citrix XenDesktop
VMware vShield EndPoint
• Suporte a armazenamento em camadas (Flash e Discos magnéticos)
• Suporte a armazenamento de arquivos (NAS) e volumes (SAN)
• Integração nativa com virtualizador (VMware vStorage API)
Citrix XenDesktop
(virtualização de desktops, otimização
WAN com HDX/ICA, provisionamento
otimizado com Machine Creation
Services/MCS)
Família VNX
EMC com Citrix XenServer e
Citrix XenDesktop
RSA SecurID
Citrix XenDesktop
Fontes: Citrix, EMC, Microsoft, NComputing, Oracle do Brasil, Red Hat e VMware
www.computerworld.com.br
• Suporte a armazenamento em camadas (Flash e Discos magnéticos)
• Suporte a armazenamento de arquivos (NAS) e volumes (SAN)
17
Diferenciais
• Fácil de instalar, gerenciar e expandir
• Alta performance
• Suporta a maioria de todos os dispositivos de
mercado (smartphones, tablets, thinclients etc)
• Suporta praticamente todos os dispositivos como
tablets, smartphones, thin clients, notebooks,
ultrabooks e desktops
• FlexCast – estrutura flexível para entrega virtual
de desktop ou aplicativo de acordo com o perfil e
necessidade de cada usuário
• Performance imbatível em qualquer tipo de rede
(inclusive satélite)
• Suporta milhares de usuários (escalável)
• Alta disponibilidade
Além dos diferenciais da versão Enterprise, agrega
ferramentas avançadas de segurança, otimização
de conexão e gestão, permitindo a melhor
experiência de uso de desktops virtuais e aplicações
SaaS, Web e Windows
• Melhor combinação de desempenho e custo com
flash e discos
• Melhor solução para armazenamento de máquinas
virtuais e dados (NAS e SAN)
• Melhor rendimento e eficiência com ambiente
virtualizado (VMware vStorage API)
• Melhora a segurança de acesso (autenticação)
• Melhora a proteção contra Virus e Malware
• Melhora o controle sobre dados críticos circulando
em ambientes virtualizados
• Melhor combinação de desempenho e custo com
Flash e Discos
• Melhor solução para armazenamento de máquinas
virtuais e dados (NAS e SAN)
• Melhor rendimento e eficiência com ambiente
virtualizado (VMware vStorage API)
• Melhora a segurança de acesso (autenticação)
• Melhora a proteção contra víirus e malware
• Melhora o controle sobre dados críticos circulando
em ambientes virtualizados
• Melhor combinação de desempenho e custo com
flash e discos
• Melhor solução para armazenamento de máquinas
virtuais e dados (NAS e SAN)
• Melhora a segurança de acesso (autenticação)
CONTINUA NA PRÓXIMA PÁGINA
representar até quatro vezes o valor de
contemplam mobilidade. “Percebemos
aquisição do mesmo. A VDI tem de ser
aquecimento em virtualização de desktops
avaliada como uma solução de longo
desde o segundo semestre do ano
prazo, em que uma companhia que troca
passado”, afirma.
seus desktops a cada três anos poderá ter
O executivo acredita na evolução da
uma economia de 40%.
aceitação da tecnologia, mas diz que ainda
Na carona do forte apelo em VDI
existe barreira cultural, considerada por
também está a NComputing. “A nossa
ele o maior entrave, somada à fragilidade
solução é exclusivamente para virtualização
da infraestrutura de telecomunicações no
de desktop. O que é muito providencial no
Brasil. “Mas o melhor momento para a
atual cenário tecnológico”, diz Edson Bucci,
adoção do VDI é quando for necessária a
gerente-geral da NComputing do Brasil.
atualização do parque de PCs”, ensina.
O executivo
Daniel Groppo,
acrescenta que o
especialista em
conceito básico
Vendas VDI da
da tecnologia
Oracle Brasil, conta
da empresa é
que a estratégia
a otimização
da empresa é
da estrutura de
mostrar ao cliente
hardware. “Ela
como atravessar
distribui o uso, a
a ponte para a
operação e não
VDI. “O mercado
deixa a máquina
está caminhando
ociosa. Esse é
para duas novas
nosso diferencial.
frentes de executar
Nosso argumento é
projetos de VDI:
redução de TCO.”
on-premise, em que
A CA entra
o cliente adquire a
nessa
cadeia de
infraestrutura e os
VDI de forma
componentes para
alternativa. Alia-se
fazer o projeto “ina outras soluções
house” e no modelo
de mercado
de desktop como
Edson Bucci, gerente-geral da NComputing do Brasil
com a proposta
serviço (DaaS).
de aditivar os
Nele, o cliente
recursos. Aumentar a flexibilidade e a
adquire a solução por um custo”, destaca.
automação são as bandeiras. “A ideia é
“Em nossos projetos, avaliamos como
implementar simplicidade e flexibilidade
podemos fazer essa implementação
em todo o negócio”, explica Rosano
de forma gradual. Assim, o fluxo de
Moraes, vice-presidente da área Enterprise
caixa não sofre impactos e permite à
Management da CA para América Latina.
empresa diluir o custo do projeto”, diz
Segundo ele, a solução da empresa
acrescentando que, hoje, um projeto
trabalha em conjunto com as mais
de VDI para 50 usuários com toda
importantes do setor, permitindo o
infraestrutura de servidores, storage,
consumo do VDI de maneira facilitada
licenças Oracle e Sun Ray é mais barato
por meio de elementos de automação
do que alugar um desktop.
que abrigam a tecnologia da CA. “Somos
Segundo Groppo, muitas empresas
um facilitador que potencializa o
ainda entendem que o custo de um
processo de virtualização.”
desktop está limitado apenas à sua
Por outro lado, a Red Hat aposta no
aquisição. Não levam em conta os
diferencial de um melhor custo total de
custos de operação que, segundo
propriedade (TCO) e também no retorno
uma consultoria desse mercado, pode
www.computerworld.com.br
18 CAPA
Soluções de virtualização com recursos VDI
www.oracle.com.br
NComputing
www.redhat.com.br
www.vmware.com
VMware
Red Hat
Oracle do Brasil
Sistemas
www.ncomputing.com
Microsoft
www.microsoft.com.br
Empresa
Solução
Versão atual
Principais características
Virtualização de Servidores
e Desktop (VDI)
Windows Server 2008 R2,
Hyper-V, e System Center 2008
• Custo/benefício (licenciamento integrado ao sistema operacional) e
• Integração /Gerenciamento da integração, de fim a fim, incluindo desempenho
das aplicações e monitoramento
SÉRIE X (X 350/ X550)
vSpace version 6.2.4
VDI 1:1 (XP, Vista e Windows7) VDI 1:N (Windows 2003 server e Windows 2008
Server, Multipoint Server e Linux Ubuntu)
SERIE L (L300)
vSpace version 6.6.2.3
VDI 1:1 (XP, Vista e Windows7) VDI 1:N (Windows 2003 server e Windows 2008
Server, Multipoint Server e Linux Ubuntu)
SERIE U (U170)
vSpace version 6.4.3
VDI 1:1 (XP, Vista e Windows7) VDI 1:N (Windows 2003 server e Windows 2008
Server, Multipoint Server)
SERIE M (M300)
vSpace version 6.6.2.3
VDI 1:1 (Windows7) VDI 1:N ( Windows 2008 Server e Multipoint Server)
vSpace Client
vSpace Client 1.6.1.8
VDI 1:1 (Windows7) VDI 1:N ( Windows 2008 Server e Multipoint Server)
Oracle VDI 3.3.2
Oferta integrada de hardware e software para entrega, gerencia e centraliza
desktops e aplicativos virtualizados em diferentes tipos de dispositivos como
PCs, notebooks, tablets e Zero-client – Sun Ray. Acelera adoção de programas
como “Traga seu próprio dispositivo – BYOD”, atende a legislações como
Basileia e HIPAA
Red Hat Enterprise
Virtualization
Versão 3.0
Red Hat Enterprise Virtualization permite completa e integrada gestão por
meio de servidores e desktops virtuais, apresentando migração em tempo
real, alta disponibilidade, gerenciador de energia, gerenciador de imagem,
provisionamento reduzido (thin provisioning), monitoramento e relatórios
VMware View™
VMware View 5.0.1
Cria ambiente de desktop flexível com bom custo-benefício; gera plataforma de
desktops como serviço baseado em nuvem, gerenciado de forma centralizada
com segurança
VMware ThinApp™
VMware ThinApp 4.7
Ferramenta que transforma aplicativos em executáveis únicos para funcionarem
isolados uns dos outros e do sistema operacional. Evita conflitos em diferentes
dispositivo do usuário final
Zimbra
VMware Zimbra® 7
Plataforma de correio eletrônico e colaboração
VMware Horizon App
Manager™
VMware Horizon App Manager™
Serviço de gerenciamento para fornecer acesso a aplicativos em nuvem a partir
de qualquer dispositivo
Oracle VDI
Fontes: Citrix, EMC, Microsoft, NComputing, Oracle do Brasil, Red Hat e VMware
www.computerworld.com.br
(a versão 2012 será lançada em semanas)
19
Diferenciais
100% de integração com plataforma Microsoft e
outros ambientes, garantindo melhor desempenho
Misturar e combinar tecnologias de VDI 1:1 e VDI1:N
com sistemas operacionais cliente ou servidor
Criar os servers NComputing vSpace
Acesso a vídeos em HD por meio de terminais de
virtualização de desktops
Conectar terminais ao servidor via LAN, PCI ou USB
–
Economia em software e hardware para a criação
e gestão de plataforma de desktops e aplicativos
virtualizados, maior escalabilidade, crescimento de 1 á
100 mil desktops virtualizados em um mesmo ambiente.
Permite maior diversidade na entrega de sistemas
operacionais como Windows, Linux e System V
Gerenciamento centralizado e hypervisor de virtualização
de servidores e desktops. Entre 50%–70% menor custo.
Open source (não-proprietário) com KVM, OVA & oVirt.
Suporte a Windows XP, Windows 7 & Red Hat Enterprise
Linux. Relatório histórico integrado. Portal do usuário
“Self-service”. Nível de segurança do Kernel com
SELinux e sVirt
Automatiza o gerenciamento de aplicativos e desktops;
desvincula o sistema operacional do desktop; desktops
flexíveis; reduz TCO de desktops em 50%; dados dos
dispositivos migrados para o data center
Gerenciamento e empacotamento de apps via cloud;
integração com qualquer outra versão do sistema;
compartilhamento de memória; baixo consumo de
banda na rede; integridade de arquivos; evita corrupção
de dados causada por possíveis falhas
Colaboração open source; compartilhamento de arquivos
entre usuários; acesso simultâneo de usuários a listas de
contatos, gráficos e mapas; integração com a ferramenta
para desktops e dispositivos móveis; fácil recuperação
de mensagens apagadas; programação para entrega de
mensagens em horário determinado
Cria identidade segura dos usuários que se estende a
aplicativos de outros fabricantes; gera um portal de fácil
acesso para administração de apps; fácil controle de
acesso por meio de um catálogo de apps centralizado;
suporta todos os navegadores web; emprega SAML e
Open Authentication (OAuth)
segmento SMB e 50% nas grandes
mais rápido do investimento. Para isso,
corporações”, diz Angel Azambuya,
acaba de lançar o Enterprise Virtualization
diretor de vendas da Veeam Software
3.0. É uma tecnologia para gerenciamento de
servidores e desktops open source e, portanto, para América Latina.
Outra organização que também
de custo atraente, segundo a empresa.
aposta no bom momento do mercado
“O produto é a primeira plataforma
nacional para a tecnologia é a Nevoa
aberta open source para ambientes
Networks. E apesar de também não
corporativos a um custo um terço
ter solução com recurso VDI, tem
menor do que as tradicionais
tecnologia capaz de criar um sistema
tecnologias do mercado”, diz Marcelo
de arquivos multiplataforma que é
Turina, gerente de Desenvolvimento
compartilhado pelos desktops virtuais,
de Negócios da Red Hat.
fazendo com que
Turina estima
a solução de VDI
crescimento
não tenha de se
do mercado de
preocupar com o
VDI e acredita
gerenciamento de
que a solução
espaço e arquivos
poderá atender
dos usuários.
à demanda ávida
De acordo
por flexibilidade,
com Hunter
proporcionando
Hagewood,
o acesso a
diretor da Nevoa
desktops virtuais
Networks, VDI
em dispositivos
é uma solução
móveis a qualquer
de nicho e
hora ou lugar.
é excelente
Toda essa
para usar com
movimentação tem
aplicações
atraído empresas
leves como
como a Veeam
editores de texto,
Software, que
planilhas, e-mail
acaba de ingressar
e navegação web.
no mercado
Marcelo Turina, gerente de Desenvolvimento
de Negócios da Red Hat
“Ela dificilmente
brasileiro. Em
atenderia a
março, lançou
aplicações pesadas como edição
portfólio de software para proteção de
de vídeo, desenho mecânico e
dados em ambientes virtualizados. A
desenvolvimento de games”, diz o
companhia, que oferece solução para
gestão de ambientes virtualizados, firmou executivo, acrescentando que, dessa
forma, sua maior concorrência são os
parceria com a distribuidora CNT.
dispositivos móveis que conseguem
Nessa fase inicial, o foco da parceria é
atender bem a essas mesmas demandas.
composto pelas empresas que utilizam
Toda essa movimentação em território
as plataformas VMware vSphere e
nacional acontece aparentemente de forma
Microsoft Hyper-V.
tímida. Mas, na verdade, indústria e seus
A tecnologia da Veeam não contempla
canais estão em franco desenvolvimento,
recursos de VDI, porque trabalha em
aquecendo estratégias para a VDI. Cada
sintonia com VMware e Microsoft
qual, preocupada em implementá-las com
e, portanto, não estará fora dessa
muito cuidado, sem despertar o gigante
efervescência, oferecendo soluções para
vizinho. Mas, certamente, o Brasil ruma
variados portes de empresas. “Nossa
para a segunda geração da virtualização:
expectativa é que, em três anos, a base
VDI na palma da mão ■
de clientes esteja dividida em 50% no
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Cloud computing ainda é tema
de forte interesse no ITBoard
@itboardbr
Os melhores tweets
de tecnologia
da informação e
comunicação
A aceitação do modelo é notória, mas há questões que precisam ser resolvidas como
entendimento correto do conceito e preparo profissional para administrá-lo com eficiência.
Entre nessa discussão e aprimore o debate sobre o assunto. Siga-nos!
@cavalcante_CEO
A computação em nuvem #Cloud
permite que qualquer cidadão
possa manusear tecnologia que
antes somente era possível com
conhecimento técnico #TI
@duarteedu Segundo o #Gartner,
#cloudcomputing vai superar PCs
em 2014
@argoncalves Forrester:
cloud computing é ensaio para
colaboração. Em minha opinião a
#colaboração é o tal “ensaio” para
a nuvem
@accenture_vagas Você sabe
o que é cloud computing ou
computação em nuvem? Essa
criançada sabe! http://bit.ly/mEp1RC
@ofertasibm Cloud
e segurança: os
desafios e riscos
de alocar os dados
na nuvem e como
montar defesas
eficientes
Estudo realizado recentemente
pela Vanson Bourne, a
pedido da Google, com
executivos de empresas da
Espanha, aponta uma grande
revelação: a decisão sobre
a adoção de cloud fica sob
responsabilidade do principal
executivo de finanças (CFOs),
em vez do CIO. Esse quadro
mostra aumento no poder
dos CFOs na estratégia de
cloud computing, indica o
levantamento. Mais um tema
que deverá promover mais
tuites no ITBoard. Acompanhe!!
@ibmbrasil
Cloud vai criar
13,8 milhões de
empregos em todo
o mundo até 2015.
Maioria, no entanto,
deve surgir na Ásia
@IBMSoftwareBR
Tenha
documentação,
análise e automação
de processos na
nuvem #cloud
#governança
#segurança
#IBMSoftware
@kartmatias
Computação em nuvem
é uma realidade, é o
futuro, é a mobilidade da
informação
@LincolnWerneck RT
@BandTec_TI
Tecnologias em nuvem
podem ser o maior
desafio da carreira de um
#profissional em #TI
@EduHammes
Computação em nuvem,
um conceito revolucionador,
imagino como será o futuro
do modo que ele fala.
@edersonvian Está
preparado para cloud
computing?
@soudW Evite
vulnerabilidades
e ameaças na
nuvem: o que
sua organização
precisa saber
sobre segurança
na nuvem #soudW
#cloud
EM NÚMEROS
Pág.
OPINIÃO
Pág.
3
Pesquisa revela atual CIO multitarefa
10
Entenda cloud computing como “utility”
ESTRATÉGIA
Pág.
Guia para evitar problemas com implementação
12
NEGÓCIOS • TECNOLOGIA • LIDERANÇA
ABR 2012 | NO 39
CIO.COM.BR
CARA
A
CARA
COM OS CLIENTES
Como conquistar quem está sendo cortejado pela
concorrência? CIOs com experiência na linha de frente do
negócio podem ajudar a fortalecer as relações com a clientela
IB 0004-12 ANUNCIOS REVISTA CIO 205X275 MULHER_CURVAS.pdf
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
1
06/03/12
11:38
em Números
2012 State of the CIO
À margem dos negócios?
A 11a edição da pesquisa nos Estados Unidos ouviu 596 CIOs
em setembro de 2011. Confira os principais resultados
Acesso ao topo
Cada vez menos CIOs reportam-se diretamente ao CEO e é maior
a dependência da área financeira. Vinte e três por cento dos
entrevistados reporta-se agora ao CFO, contra 19% em 2010
47%
CIOs que se reportam ao CEO
43%
Como fazer a diferença
O que é esperado de TI nos próximos 12 meses
Reformular a engenharia dos processos do negócio
44%
38%
47%
Aumentar a produtividade de todos os funcionários
Melhorar a qualidade de produtos ou processos
Reduzir o custos operacionais da empresa
3
39%
35%
32%
28%
Desenvolver mercados ou práticas de negócio inovadores
27%
2009
2010
2011
2012
Força da terceirização
Fornecedores externos,
incluindo outsource e
provedores de serviços de cloud
já atendem 23% do total de
serviços de TI na empresa.
Os CIOs esperam crescer essa
participação para 35% nos
próximos três a cinco anos
Em quais tecnologias você vai concentrar mais energia este ano
Melhorar a qualidade de produtos ou processos
Reduzir os custos operacionais da empresa
40%
Os agentes da mudança
Que tendências da tecnologia impactam mais
profundamente a mudança do papel dos CIOs no futuro
Tecnologia como
Serviço (Cloud)
Mobilidade
25%
34%
18%
Social Media e
Networking
11%
Big Data
13%
Consumerização
O CIO multitarefa
Projetos prioritários
Reformular a engenharia dos processos do negócio
Melhorar a segurança e a gestão de risco
49%
48%
57% dos executivos ouvidos são responsáveis também
por uma ou mais de uma área do negócio não ligada a TI.
Funções mais comuns:
• Segurança
• Estratégia
• Gestão de Risco
• Administração e Operações
• Atendimento ao consumidor
www.cio.com.br
gestão
Cara a cara
com os clientes
Kim S. Nash
4
CIOs com experiência na linha
de frente do negócio podem
ajudar a fortalecer as relações
com os clientes que estão sendo
cortejados pelos concorrentes,
ou até mesmo descobrir novas
oportunidades de negócios
O
cliente tem sempre razão, mas como você pode
saber isso? Poucos CIOs realmente entendem o que
os clientes externos querem e porque eles agem da
maneira como agem. Conduzir a área de TI pode facilmente
manter os CIOs focados internamente, garantindo que
colegas de trabalho tenham a tecnologia que eles precisam
para realizarem seus trabalhos. Isso é algo importante, mas
não é estratégico.
Os CIOs que não olham para fora do escritório e não
entram em contato com as pessoas que pagam pelos produtos
e serviços da empresa perdem a chance de passarem adiante
- das reclamações dos clientes, dos concorrentes, e nas suas
próprias carreiras. Um CIO que sabe como interpretar o
comportamento do cliente pode sugerir ideias para novos
produtos e correções para sistemas que não funcionam muito
da forma como os clientes esperam.
“A mágica da TI é o desenvolvimento dos aplicativos que
fazem o negócio rodar melhor. Isso pode não acontecer
quando a TI fica quieta no seu canto”, diz Wayne Shurts,
CIO da Supervalu, cadeia de supermercados de 37,5 bilhões
dólares nos Estados Unidos.
A maioria dos CIOs não mantém muito contato com os
clientes, de acordo com a última edição da pesquisa
www.cio.com.br
2012 State of CIO, realizada pelo grupo IDG nos Estados Unidos.
Apenas 9% dos 596 CIOs entrevistados este ano disseram investir
parte do tempo estudando as tendências de mercado e as
necessidades dos clientes para identificar oportunidades comerciais
- a mesma quantidade de 2011 e uma queda de três pontos
percentuais em relação à 2010.
Essa postura de não entender os clientes pode levar a decisões
erradas, diz Bruce Temkin, sócio-diretor do Grupo Temkin, empresa
de consultoria e pesquisa de Sentimental Analysis. Como executivos
sêniores, os CIOs estão envolvidos em decisões corporativas críticas
sobre fusões e aquisições, alienações, investimentos e estratégia de
negócios. Mas aqueles que hibernam, só focados em operações de TI,
podem não ter as informações relacionadas com o cliente necessárias
para fazer bem o seu trabalho, diz Temkin. “Os CEOs esperam que a
sua equipe tenha melhor conhecimento dos clientes”, diz ele.
A pesquisa 2012 State of CIO mostra claramente, no entanto, que
os CIOs já presumem que a necessidade de dar mais atenção aos
clientes se tornará uma parcela maior do seu trabalho. Vinte e sete
por cento disseram que pretendem fazer desse tipo de tarefa um
hábito em três a cinco anos.
O que será preciso para chegar lá? Alguma dedicação. Muitos CIOs
voltam de encontros informais com os clientes com boas notícias.
“Ouvi do meu vizinho que a nossa filial do banco na cidade poderia
realmente usar um caixa que falasse Espanhol...” Isso é útil, mas
limitado. Para ser mais valioso, coletar informações sobre o cliente
deve ser um esforço contínuo e concentrado que permeia não só
o grupo de TI, mas toda a empresa, diz Michael Capone, CIO da
Automatic Data Processing (ADP), provedor de recursos humanos e
de folhas de pagamento.
Capone tenta passar pelo menos 20% do seu tempo com os clientes
e prospects, o que o ajuda a apagar a linha que algumas empresas
traçam entre a TI e o resto da empresa. Ele não espera que a área de
negócios elabore a estratégia para a TI habilitá-la. Em vez disso, seu
conhecimento do cliente o ajuda a tormar as decisões estratégicas.
“Nós os ajudamos a imaginar algo que seja possível com a tecnologia.”
CIOs progressistas ouvidos pela CIO oferecem cinco maneiras de se
aproximar mais dos clientes.
1
Aventure-se na selva
Uma maneira de conectar-se com os clientes, consagrada pelo
tempo, é trabalhar em lojas e escritórios com funcionários da
linha de frente. Para os CIOs que levam a sério o estudo dos clientes, esse
não é um exercício do tipo “torre de marfim”, mas a chance de descobrir
como a TI pode fazer mudanças práticas para a empresa galgar posições
competitivas, avançar no mercado e gerar novos negócios.
No Supervalu, altos executivos veem o entendimento do cliente como
peça fundamental para que a empresa consiga “dar a volta por cima”
- ela perdeu 1,5 bilhão de dólares no ano passado. “É realmente fácil,
especialmente em TI, perder-se no que você está fazendo e perder de
vista a sua missão”, diz Shurts. “Somos um supermercado varejista que
atende a clientes. Temos de trazê-los para dentro.”
Craig Herkert, presidente e CEO do Supervalu e chefe de Shurts,
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5
gestão
6
Sair do
escritório para
interagir com
clientes reais
pode ensinar
muito aos
executivos
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iniciou um programa chamado “Chefe NãoTão-Secreto” em 2011. Todos os executivos
sêniores devem trabalhar nas linhas de
frente duas vezes por ano para entenderem o
trabalho dos funcionários e o comportamento
dos clientes. Em dezembro, Shurts trabalhou
em uma padaria com serviço completo
em uma Cub Foods perto de Minneapolis.
Arruinou alguns bolos, diz ele, mas ganhou
novas informações sobre como os clientes
fazem compras.
“Quando vou a uma loja, não olho
apenas para TI. O cliente não pensa na
loja como uma experiência tecnológica”,
diz ele. “Procuro maneiras de melhorar a
experiência geral, inclua ela TI ou não.”
Na ocasião, ele perguntou aos clientes sobre
os preços do supermercado, se eles gostaram
das novas frutas e vegetais que o armazém
oferecia, e quais eram os seus hábitos de
compra. Você imprime cupons da internet?
Encontra tudo o que quer?
“Os clientes adoram o localizador
de lojas no site da Cub Foods”, diz ele,
mas querem alguma ajuda depois de
entrarem com seus carrinhos. Algumas
conversas nesse dia solidificaram uma
ideia que o grupo de TI estava trabalhando:
uma aplicação móvel que mostra aos
compradores onde encontrar os produtos
dentro de uma determinada loja. Shurts
está pesquisando uma ferramenta
assim, com características como rotas de
navegação sugeridas com base na lista
eletrônica de compras de um cliente.
Robert Juliano, CIO da Brandywine
Realty Trust, aborda seu trabalho com
um objetivo: locação de mais espaços. A
empresa imobiliária de 573 milhões dólares
aluga prédios comerciais e residenciais, e
até mesmo como CIO, Juliano deve pensar
nisso como sua prioridade absoluta, diz ele.
Como Juliano e a sua equipe
frequentemente caminham pelos edifícios
da Brandywine com engenheiros do local,
eles aprendem quais tipos de perguntas
os inquilinos fazem, e quais tipos de
problemas surgem. Em seguida, pondera
o que ele, ou o seu grupo de TI, pode
fazer para suavizar as coisas, tanto para
os inquilinos como para os funcionários.
Por exemplo, apesar de a Brandywine
alugar para grandes empresas, como a
Northrop Grumman e a Wells Fargo,
muitos inquilinos são pequenas e médias
empresas que Juliano auxilia em uma série
de aspectos. É comum um cliente pequeno,
que esteja montando um escritório, ter
problemas com seus próprios provedores
de telecomunicações ou instalações de
rede, diz ele.
“Mesmo que não seja nosso o problema
a ser corrigido, tenho acesso a fornecedores
que eles podem não ter”, explica Juliano.
Compartilhar conhecimento de TI pode
levar a relacionamentos fortes, de longo
prazo, com os clientes. Mas ele não tomaria
conhecimento de algumas dessas situações
se não tivesse visitado as propriedades
da empresa, diz ele. “Eles não estão nos
pagando diretamente, mas é uma outra
maneira de servi-los.”
2
Cultive os amigos CIOs
Manter um bom relacionamento
com os CIOs dos grandes clientes
fornece inteligência sobre o negócio do
cliente enquanto a empresa divulga produtos
e serviços da sua empresa. Por exemplo,
Jeff Hutchinson, CIO da Maple Leaf Foods,
empresa de artigos de consumo de 5 bilhões
de dólares, almoça frequentemente com o CIO
do maior cliente da sua organização para que
eles possam trocar dicas de liderança de TI.
Anuj Dhanda, CIO da PNC Financial
Services Group, uma companhia de
serviços financeiros de 3,1 bilhões dólares,
procura CIOs em eventos da indústria
e em reuniões de grupos profissionais.
Ao falar informalmente com o CIO de
uma seguradora local, Dhanda tomou
conhecimento de como o banco deve
trabalhar em um sistema de câmara de
compensação de pagamento projetado
para empresas de saúde, diz ele. O CIO
de seguros falou sobre alguns recursos de
business intelligence que ele gostaria de ter
no tal sistema.
Capone, CIO da ADP, rotineiramente se
reúne com CIOs de clientes quando viaja.
Em uma reunião de almoço em Atlanta, no
ano passado, com três colegas líderes de
TI, Capone descobriu que eles não sabiam
sobre as novas aplicações móveis da ADP,
que permitem que as pessoas acessassem
seus extratos de benefícios a partir de
smartphones e tablets. Capone pegou seu
iPad, fez outro CIO acessar o sistema de RH
da sua empresa, administrado pela ADP,
e demonstrou os recursos que esses CIOs
poderiam ativar para seus empregados.
Quando voltou para o escritório, em
um encontro entre TI e gerentes de
marketing, Capone contou a história,
que levou ao desenvolvimento de uma
campanha publicitária para os aplicativos
móveis gratuitos. “Nós tínhamos colocado
na mídia, mas de alguma forma não
havíamos comunicado bem a existência
das ferramentas móveis”, diz. Em algumas
semanas, os clientes da ADP inscreveram
dezenas de milhares de usuários,
acrescenta. Essa reunião de almoço de
CIOs provou-se frutífera. “Há um monte de
oportunidades lá fora”, diz Capone.
3
Coloque seu time
em campo
No Supervalu, o entusiasmo do CEO
com o contato direto com o cliente inspirou
o CIO, Shurts, a criar seu programa de
Imersão em Negócios no início de 2011.
Todos os anos, os 1,2 mil membros da sua
equipe de TI são obrigados a trabalhar por
pelo menos um dia, e muitas vezes vários
dias, em lojas e centros de distribuição.
Da mesma forma, o programa “Conheça o
Seu Negócio”, de Capone, entra em cena
logo depois que alguém se junta à TI. O
novo funcionário passa o tempo ouvindo
chamadas de suporte ao cliente, indo
a exposições de vendas e trabalhando
em implementações de tecnologia em
escritórios de clientes. O CIO exige que sua
equipe executiva participe e incentiva que
seus pares façam o mesmo.
Esses programas oferecem aos
participantes informações sobre os clientes
de muitas formas diferentes, diz Shurts.
“Isso nos conecta com a realidade e
refundamenta a TI.”
Temkin concorda. “É bom um CIO bem
informado. Melhor ainda é um com uma
equipe bem informada.”
Rotatividade no trabalho não é novidade,
mas a ideia é frequentemente colocada
7
de lado como um luxo que equipes em
aprendizado permanente não podem arcar.
Mas a rotatividade pode criar líderes de TI
mais fortes, mais criativos.
Na PNC, logo no início, Dhanda deu aos
seus colaboradores uma cota de horas para
ficarem em campo, com uma abordagem
linha-dura que intimidou as pessoas, diz
ele. Agora ele não dita o tempo gasto, mas
explica de uma forma objetiva à sua equipe
que espera que eles saibam os detalhes de
como os clientes interagem com o banco.
“Isso faz parte do seu trabalho e de como
você será bem-sucedido”, diz.
Às vezes, os funcionários de TI de nível
médio que interagem com os clientes podem
eliminar a distância existente entre aquilo
que os tecnólogos imaginam que um cliente
utiliza em um sistema e o que o cliente
realmente usa.
Sanmina-SCI, empresa de 6,6 bilhões
dólares que faz aparelhos médicos,
equipamentos militares e outros eletrônicos,
criou uma equipe de TI que trabalha
diretamente com clientes externos. Estes
terceirizaram a fabricação dos seus
produtos, ou partes de seus produtos, para a
Sanmina-SCI, explica o CIO Manesh Patel.
“Quando eles estavam construindo tudo
sozinhos, tinham dentro das suas quatro
paredes os sistemas para gerenciar o
processo”, diz ele. “Agora, alguns dos dados
passaram para nós, e nós criamos essa
distribuição juntos.”
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gestão
8
É bom um
CIO bem
informado.
Melhor ainda
é um com
equipe bem
informada
Bruce Temkin,
sócio-diretor do Grupo Temkin
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Patel escolheu as pessoas de seu grupo
de TI que são mais experientes com clientes
e bons com processos de negócios para
trabalhar em estreita colaboração com os
clientes, para assegurar que cada parte
tenha acesso aos dados corretos. Se uma
empresa de dispositivos médicos quer
analisar tendências de produtos, mas alguns
dos dados necessários estão hospedados na
Sanmina-SCI, a equipe de Patel escreve uma
rotina para extrair os dados para o cliente,
diz ele. A Sanmina-SCI às vezes cobra por
esse trabalho, mas geralmente vê isso como
uma maneira de fortalecer os laços entre as
duas empresas com os clientes.
Juliano, da Brandywine, motiva sua
equipe a pensar tal qual os clientes,
vinculando o pagamento de incentivos à
forma como os projetos conseguem “reduzir
o atrito” entre a empresa e seus clientes,
digamos, melhorando processos do negócio.
“Não estou incentivando meus rapazes
baseado no rendimento do data center. Isso
não leva a lugar algum.”
4
Estude os dados
Submerja profundamente em
pesquisas de mercado sobre seus
clientes e a indústria. As tendências
gerais de consumo devem avisar as suas
capacidades internas de TI e os produtos
e serviços que sua empresa fornece.
Profissionais de TI podem se instruir
usando as extravagantes ferramentas
analíticas e de inteligência de negócios que
eles fornecem aos colegas de marketing e
finanças. Javier Polit, CIO do Grupo CocaCola Bottling Investments, estuda dados
demográficos e psicográficos detalhados
sobre consumidores de Coca-Cola para que
ele possa fornecer ferramentas eficazes
de análise para o pessoal de distribuição e
marketing da Coca-Cola.
As formas como a tecnologia do consumo
prolifera eventualmente afetarão os produtos
e serviços da sua empresa. Na ADP, por
exemplo, Capone mantém-se atualizado sobre
pesquisas nacionais e dados de compras
sobre o uso dos smartphones. Os celulares
Android estão na onda? Os iPads são realmente
competitivos? Seu pensamento: as pessoas que
compram esses aparelhos irão querer trazê-los
para o trabalho. Como a ADP tem negócios
com a maioria das empresas da Fortune 500,
seus produtos de RH e folhas de pagamento
terão de oferecer suporte para os aparelhos
dos consumidores. Ele também observa
os sentimentos dos consumidores sobre
privacidade e monitora o que está acontecendo
com a legislação nos estados, em nível federal
e em outros países. A ADP, que lida com
terabytes sobre terabytes de informações
pessoais, quer “permanecer conservadora” em
questões de privacidade, diz ele.
5
Vá além da exposição de
cães e pôneis
Especialmente em indústrias nas quais
o produto é a tecnologia, como serviços
financeiros, os CIOs frequentemente são
convidados a participar da equipe de vendas
como forma de se expor aos potenciais
clientes. Neste ano, adquirir e manter
clientes deverá ser as maiores realizações de
TI para 16% dos CIOs que responderam à
pesquisa 2012 State of CIO.
Normalmente, nessas reuniões, os
líderes de TI explicam como funciona a
tecnologia e respondem perguntas sobre
privacidade e segurança, por exemplo, ou
de conformidade com as regulamentações
governamentais.
Mas há ainda outra vantagem de estar
presente nessas visitas de vendas. Perguntas
de potenciais clientes podem revelar
uma vantagem competitiva que a TI pode
transformar em produtos corporativos,
segundo Dhanda, da PNC. Ele comparece
a várias convenções de vendas por ano, e
recomenda os outros CIOs experimentarem.
Situações de venda estão cheias de
informações úteis. Se você simplesmente
sorrir e fizer uma apresentação rotineira de
PowerPoint sobre a magia de TI na empresa
para tentar fechar um negócio, deixa para
trás pepitas valiosas, diz ele. Em vez disso,
ouça com atenção.
Durante uma reunião com uma grande
agência federal, alguns anos atrás, os
executivos sêniores rechearam a equipe da
PNC com perguntas sobre armazenamento
de dados (data warehousing). Os ouvidos
de Dhanda animaram-se quando ele
percebeu que eles estavam se preparando
para expandir suas aplicações e revelando
apenas o que tinham em mente. Com essa
dica antecipada, mais adiante a PNC venceu
um contrato para construir um grande
datawarehouse para a agência.
Alguns CIOs vão mais longe do que
apenas assistirem a exposições de
vendas. Clive Selley, CIO do BT Group
de 12,5 bilhões dólares, passou o “dia
mais estressante da sua vida” como um
verdadeiro vendedor.
No ano passado, Selley, que também
é CEO da empresa de TI do grupo, a BT
Innovate and Design, foi com quatro
CIOs da empresa de telecomunicações, o
CFO, e quatro outros executivos para um
call center, onde receberam treinamento
sobre os produtos da BT, e em seguida
colocou o headset e atendeu ligações. Os
clientes -- contentes e descontentes -- e os
prospects curiosos ligaram durante todo o
dia, treinando Selley e seus colegas sobre os
pontos fortes e as deficiências da BT.
“É uma sensação muito diferente
quando você é o cara na berlinda tentando
corresponder às necessidades deles com os
nossos produtos”, diz ele. “Essa é uma forma
muito poderosa de aprender sobre o que
os clientes valorizam e, muito importante,
como, em suas mentes, nossos produtos se
comparam com o dos concorrentes.”
Ele descobriu que as aplicações de
call center da BT nem sempre fornecem
informações suficientes para os agentes que
tentam fazer uma venda. Muitos clientes
perguntaram sobre as tarifas de diversas
regiões e como os pacotes de canais se
comparavam com os dos concorrentes, diz
Selley. “Os clientes realmente te exercitam.”
Ele voltou ao seu escritório com uma lista
de ajustes para os seus desenvolvedores
-- como informações mais detalhadas para
fornecer aos agentes no início do processo
de vendas - que devem ser implementadas
no início deste ano.
Também retornou com uma visão sobre
um novo recurso em potencial. Uma mulher
pediu para Selley instalar o serviço de telefone
para sua mãe, idosa, em outra cidade. Ela
queria pagar pelo serviço básico a cada mês,
enquanto a mãe dela iria cobrir as chamadas.
Isso exigiria da BT analisar os seus custos e
9
emitir duas faturas para dois endereços. “Nós
não disponibilizamos esse tipo de sistema de
faturamento. Mas havia um cliente real lá com
uma necessidade real”, diz ele.
O cliente adquiriu os serviços naquele dia,
num plano de faturamento normal. Mas a
conversa deixou Selley pensativo. “Talvez em
um mundo ocidental, com o envelhecimento
da população, mais clientes queiram esse
sistema de faturamento.” Ele passou adiante
todo o feedback executivo do dia para o grupo
de consumo da BT para análise.
Uma visão sem filtros
Sair do escritório para interagir com clientes
reais pode ensinar muito aos executivos.
Mas os CIOs, em particular, devem evitar
o uso de uma abordagem limitada demais
para essa experiência, aconselha Temkin.
Líderes em tecnologia às vezes veem o
mundo por meio dos olhos da engenharia,
diz ele. Qual inovação eu posso desenvolver
para melhorar isso? Mas as interações com
clientes incluem componentes sensoriais,
como a facilidade de acesso e as emoções.
Ao fazer perguntas gerais para o cliente na
sua frente, você aprende mais.
Na Brandywine, o CIO Juliano tenta manter
as grandes questões em mente quando está em
campo com os clientes. “Quanto mais afastado
você estiver do campo, mais informações
filtradas receberá. Mas vá para a linha de
frente e terá uma visão sem filtros do mundo, e
não teorias.” CIO
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opinião
Ce z a r Tau r i o n*
Olhe Cloud
como uma ‘utility’
Dependência, confiabilidade, usabilidade e elasticidade
são algumas das características que tornam o serviço
tão vital como os de energia elétrica, água e telefonia
10
C
*Cezar Taurion é diretor de
novas tecnologias aplicadas da
IBM Brasil e editor do primeiro
blog da América Latina do
Portal de Tecnologia IBM
DeveloperWorks
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loud não é apenas um upgrade
tecnológico para os data centers,
mas uma mudança de paradigma
em como provisionamos e usamos recursos
computacionais nos data centers. Hoje,
provisionamos e utilizamos servidores. Em
cloud, o servidor é o data center. Portanto,
cloud computing implica numa mudança
significativa na maneira como vendemos
e consumimos produtos e serviços de
tecnologia da informação e, apesar de muitos
eventos e debates sobre o assunto, ainda
paira certa descrença sobre seus impactos.
As decisões de quando adotar cloud
demandam uma análise dos benefícios
versus os riscos e os efeitos da computação
em nuvem na empresa. E a decisão tem
relação direta com o grau de maturidade
da organização e a cultura da empresa, não
apenas da tecnologia disponível no mercado.
Vamos olhar, por exemplo, as grandes
corporações. Elas são inerentemente
complexas e, para cloud gerar um valor
real, deve abranger muito mais que ser uma
plataforma para um ambiente isolado, como
o de desenvolvimento e testes de aplicações.
O cerne da questão: estratégia de cloud
não deve ficar apenas nas mãos da TI, mas
envolver a organização.
Se olharmos cloud, veremos que o atual
modelo de entrega de recursos de TI se
assemelha ao modo como era a energia
elétrica no início do século passado. As
indústrias tinham de construir e manter
suas fontes geradoras de energia, que não
eram o seu negócio. Hoje, a maioria das
empresas constrói e mantém seu próprio
data center, mesmo que não seja seu
campo de expertise. O resultado? Muitos
data centers são ineficientes. Vamos
analisar os pontos em comum entre um
serviço de utility, como energia, água e
telefonia, e a computação em nuvem.
Quais são as características básicas de
um serviço de infraestrutura? Logo no
início, lembramos da alta dependência
do serviço. Não podemos viver sem
água ou energia. Outra característica é
a confiabilidade. Água, por exemplo: ao
abrirmos a torneira, nossa expectativa
natural é que ela caia. Não se espera que o
serviço não esteja disponível.
Usabilidade é outra característica. Uma
torneira é muito fácil de usar. Uma tomada
só necessita que se conecte o plug do
aparelho elétrico. Um celular é algo que
uma criança de dois anos sabe usar para
fazer uma ligação.
Outro aspecto relevante é a elasticidade.
Pagamos esses serviços pelo que
consumimos e sabemos que podemos
consumir mais ou menos. Podemos
consumir muita energia no verão carioca,
com aparelhos de ar-condicionado ligados
24 horas por dia, e deixar a casa às escuras
quando saímos em férias.
Para o provedor do serviço, existe outra
característica relevante que é o nível de
utilização. Ele precisa gerenciar os picos,
pois as demandas dos usuários de serviços
de utility flutuam amplamente no tempo.
Se mantiver uma infraestrutura configurada
para a demanda de pico, vai arcar com
um custo elevado. Por outro lado, se a
infraestrutura for insuficiente, não irá
atender a crescimentos rápidos da demanda.
E quanto aos modelos de negócios?
Basicamente, as utilities cobram pelo uso
(pay-as-you-use), como água e energia, ou
por assinatura, como provedores de banda
larga, que ofertam serviços ilimitados
mediante assinatura mensal.
Mas, como é a TI na maioria das
empresas? Bem diferente desse modelo
de utilities. TI é vista, muitas vezes, como
centro de custos, e não como gerador
de negócios. Não existe billing dos seus
serviços entre os departamentos da
empresa e, muitas vezes, nem mesmo
rateio proporcional às suas demandas.
O que TI deve fazer?
Entender o cenário e não remar contra, mas
assumir o quanto antes seu novo papel nesse
contexto. E tem muito trabalho pela frente:
por exemplo, como agir diante de uma falha
em uma nuvem pública? O que fazer? Essa
é outra questão que TI tem de agir agora:
selecionar e certificar provedores de nuvem.
A questão de custos deve ser analisada
com cuidado. De maneira geral,
olham-se os custos de uma nuvem pública,
observando-se os de hora de servidor.
Além disso, à medida que os modelos
de serviços de cloud evoluem, novas
modalidades de pagamento surgem, e
o planejamento de capacidade ajuda a
identificar qual seria a melhor opção.
Imagine que você queira pagar até 1 dólar
por hora de servidor. A Amazon flutua o
preço/hora de servidor de acordo com a
demanda. Vamos supor que o preço/hora de
servidor esteja, em determinado momento,
a 75 centavos de dólar. Nesse momento,
a Amazon verifica quais usuários querem
participar do leilão e quais deles oferecem
preços de 75 centavos ou acima. Como
você definiu que pagaria até um dólar,
você é um candidato a participar do leilão
e, eventualmente, sua máquina virtual é
selecionada e alocada. Ela fica operando até
que o preço/hora do servidor suba (pelo
aumento da demanda) e seu preço de até
um dólar fique abaixo do valor.
Neste momento, o seu servidor virtual
é colocado em stand by. Claro que nem
todas aplicações podem usufruir desta
funcionalidade. Temos, portanto, mais uma
atividade que necessita de expertise técnica
e a empresa não pode desprezar.
Outros temas que precisam ser bem
avaliados quando decidida a adoção da
computação em nuvem são as questões
que envolvem segurança, privacidade
e aspectos legais. Métodos e processos
de segurança mudam a cada vez que o
modelo computacional muda. Foi assim
quando surgiu o cliente-servidor e quando
a internet passou a ser parte integrante dos
processos de negócio. Com adoção de cloud
computing, a história está-se repetindo.
Temos de repensar muitos dos processos de
segurança atualmente adotados.
Um provedor de nuvem pública pode
ser alvo de ataques como Denial of
Service (DoS), e esse ataque pode ser
direcionado a alguns alvos específicos.
Nesse caso, qual é velocidade de reação
do provedor diante da situação? Como
TI pode se envolver nas questões de
segurança em cloud? Analisando os
provedores e avaliando se suas práticas
de segurança se adequam às políticas de
compliance da empresa.
Como vemos, há muito espaço para
TI atuar no mundo da computação em
nuvem. Portanto, em vez de receios,
TI deve ver na computação em nuvem
grandes oportunidades, deixando de
lado atividades que não agregam valor
(instalar hardware e sistema operacional)
e considerado como centro de custos, para
ser visto como facilitador de novas receitas
e negócios. CIO
Não é dificil
imaginar
no futuro o
mercado de
provedores de
clouds públicas
oferecendo
recursos
com preços
diferenciados,
de acordo com
o período do
dia ou do mês
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11
10
estratégia
fatores essenciais
ao sucesso
dos projetos
12
Profissionais criam um guia com os principais
passos para evitar problemas comuns às
implementações ligadas à área de TI
Meridith Levinson - CIO/EUA
Q
ual a receita para o sucesso dos
projetos? Muitos profissionais de
TI concordam que o apoio dos
principais gestores da companhia, uma
clara definição de escopo e requerimentos,
boa comunicação e os recursos adequados
representam os principais ingredientes.
Esses não são os únicos fatores que
influenciam as chances de sucesso
de um projeto. Os executivos de TI
também têm em mente que as iniciativas
dependem de uma metodologia, atender
às expectativas dos gestores e um grande
conhecimento em gestão.
Recentemente, CIOs que participam
de um grupo de discussões no LinkedIn
criaram um guia com os fatores para que
um projeto seja bem-sucedido.
Alguns dos fatores mencionados são
óbvios, outros nem tanto. Acompanhe os
principais itens discutidos:
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1
Defina sucesso
Os profissionais só vão atingir o
sucesso se souberem exatamente o
que é esperado deles. O gerente de projetos
globais da empresa Integra LifeSciences, Steve
Hawthorne, diz que é indispensável saber
quais os objetivos de um projeto.
“É comum para nós, profissionais de TI,
definirmos sucesso como a junção de metas,
necessidade e orçamento atendidos”, diz. O
executivo ainda afirma que, sim, esses são
pontos importantes em um projeto. Mas
vale lembrar que compreender a influência
desses quesitos para a empresa é igualmente
importante. Em outras palavras: saiba o que,
mas tente saber também por quê.
2
Popularidade não é tudo
Consultora de TI e líder de projetos,
Bronnie Brooks, diz que, por várias
vezes já teve de tomar decisões que a
fizeram pouco popular entre os clientes, a
gerência ou, mesmo, a equipe. Tudo isso
para manter um projeto andando e atingir
os resultados esperados. Em uma ocasião,
por exemplo, teve de informar ao cliente
que determinado recurso – esperado para
o software encomendado – não poderia
ser integrado ainda. O usuário teria de
esperar pacientemente até o lançamento
da versão seguinte.
Tomar decisões difíceis sobre onde alocar
recursos no meio do andamento de projetos
é, no mínimo, difícil. Gerentes de projetos
também querem ser queridos, ao passo em
que respondem pelo sucesso das empreitadas.
Mesmo assim, não podem recuar ante a
decisões críticas.
“Às vezes, a melhor decisão não é a mais
popular”, diz Bronnie, que emenda “mas é o que
vai garantir que a projeto ande, equilibrando a
relação entre o esperado e o possível”.
3
Capacite o usuário final e
acompanhe o startup
Uma questão óbvia no sucesso do
projeto é treinar os usuários para utilização
das soluções. Em muitos casos, porém, a
implementação de sistemas falha, não em
função de entrega fora do prazo ou por
estourar o orçamento, mas porque as pessoas
não foram adequadamente treinadas.
“Quando a questão é aprimorar o uso do
software, não existe ‘demais’. Certamente a
maioria das soluções novas dá errado, por
conta de usuários mal treinados”, afirma um
gerente de TI, durante o encontro de CIOs
realizado na Espanha.
4
Estabeleça atribuições
e competências – de
maneira clara e objetiva
Não é raro que pessoas envolvidas em um
projeto, como gerentes, equipe de TI, comitês
e patrocinadores não entendam exatamente
quais são as atribuições individuais. Isso se dá
em função da falta de esclarecimento prévio.
A afirmação é do auditor de TI pertencente ao
The Wood Group, Chet Ung.
Se, por exemplo, o comitê de gestão de
um determinado projeto não souber qual
a função dentro do projeto, jamais saberá
o que é esperado dele. As pessoas têm o
poder de mudar o rumo do projeto, e, nem
sempre sabem disso. A consequência é uma
contribuição deficiente, causada pela falta
de informação.
“Atribuições e competências precisam
ser claramente definidas e documentadas.
É a única maneira de evitar a confusão e de
alcançar o nível de contribuição esperado de
cada membro do projeto”, esclarece Ung.
5
Estabeleça um fluxo de
trabalho transparente
“Fluxos claros de trabalho não deixam
espaço para as pessoas duvidarem qual o espaço
em que estão exatamente alocadas dentro da
dinâmica do processo; o que vem antes e para
onde vai aquilo no que estão envolvidas no
momento”, diz a presidente da empresa norteamericana ProjectExperts, Stacy Goff.
Clareza no fluxo dos processos é um
componente essencial quando o objetivo é
gerar economia e incrementar qualitativamente
todo o projeto. “Nada se compara à segurança
de saber que o trabalho está sendo feito por
pessoas capacitadas, e que haverá poucas
correções a serem feitas naquilo que chega na
escrivaninha ou na caixa de entrada. Quando
sabe-se que o próximo a receber aquilo no que
estamos trabalhando é alguém dedicado e com
olhos perfeccionistas, costumamos nos esmerar
em nossa tarefas”, diz Stacy.
6
Gerencie alterações no
escopo de projetos
Alterações,
mesmo que
pareçam
mínimas,
podem
ocasionar em
modificações
brutais no
esquema
do projeto
É comum que usuários finais de
sistemas em desenvolvimento queiram
implementar mudanças e alterar algumas
nuances nas soluções. Mal sabem que
alterações, mesmo que pareçam mínimas,
podem ocasionar em modificações brutais no
esquema do projeto, influenciando tanto em
custo quanto em prazo para a entrega.
Acontece que, nem sempre, o gerente de
projetos consegue entender a profundidade
da alteração que três botõezinhos a mais na
interface do sistema ocasiona no trabalho.
“Essa falta de noção é especialmente
acentuada nos casos de consultorias externas”,
afirma o fundador da empresa de consultoria
e de gerência de projetos Spivey & Co., Chris
Spivey. Na tentativa de agradar gregos e
troianos, a gerência de projetos, muitas vezes,
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13
estratégia
14
É um risco
enorme para
a equipe dar
andamento em
projetos sem
embasamento
documentado
e metas
esclarecidas
aceita a inlcusão dos três botões no sistema.
Quando são informados pelo departamento
de design técnico que essa implementação vai
custar ao projeto alguns preciosos meses de
trabalho extra, a casa, literalmente, cai.
É essencial dispor de um processo para
gerir mudanças em projetos que estejam em
andamento. Nesse gerenciamento, devem
ser integrados os recursos de aprovação
e veto às mudanças, avaliação do prazo
exigido pelas alterações e definição de custos
dos incidentes. De posse de rotinas dessa
natureza, um gerente de projetos pode definir
a profundidade do impacto de algumas
mudanças caso a caso.
Também oferece ao cliente a oportunidade
de reavaliar a necessidade da implementação
dos três botões na interface.
Menos surpresa, mais eficiência.
7
Não esqueça do
gerenciamento de risco
“A gestão de riscos é, sem a menor
sombra de dúvidas, parte essencial de
qualquer projeto, independentemente do
tamanho”, afirma Stacy, da ProjectExperts. De
acordo com ela, o gerenciamento deve estar
integrado em todas as etapas, da concepção
até o dia do lançamento.
O que torna o gerenciamento de riscos
vantajoso é o fato de oferecer ao gestor
do projeto uma perspectiva do que pode
dar errado. Também vale para deixar a
equipe de desenvolvimento, o cliente e os
demais envolvidos, esclarecidos acerca dos
detalhes e do ritmo a ser adotado para a
execução dos trabalhos.
8
Preocupe-se com a
documentação apropriada
Sem a documentação as equipes
podem não entender de maneira adequada
quais funcionalidades e requerimentos técnicos
estão atrelados aos recursos planejados para a
configuração da solução em desenvolvimento.
A ausência da documentação detalhada
também implica em um desperdício de tempo
e de recursos na tentativa de acomodar as
expectativas do cliente.
É um risco enorme para a equipe dar
andamento em projetos sem embasamento
documentado e metas esclarecidas.
www.cio.com.br
A habilidade de evitar confusão é, para
Ung, um dos fatores que justificam a
implementação de documentos referentes à
execução dos projetos.
9
Invista em um controle de
qualidade eficiente
Esforços para aferir a qualidade
são aplicáveis nas instâncias de integração,
de funcionalidade e em ensaios de stress.
Não recebem a atenção devida pelo
fato de a gerência de projetos não estar
familiarizada com esse recurso, nem com
suas diferentes vertentes. Em outros casos,
à análise de qualidade é dedicado menos
tempo do que o necessário em função do
ganho de tempo. A despeito do motivo, o
resultado é sempre o mesmo: um software
ou um hardware defeituosos – mais
trabalho – menos satisfação.
“Ter um acompanhamento de qualidade
eficiente é essencial”, diz Ung. “É a única
maneira de garantir a entrega de uma solução
de acordo com o encomendado”, afirma.
O CTO da Richard Ivey School of Business,
Peter Scheyen, recomenda execução de
análises de qualidade em todas as etapas, e
o envio de versões de teste para os clientes.
“Obter deles (usuários finais) um retorno
sobre o programa é algo muito precioso, é
uma das maneiras mais eficientes de reduzir
o eventual risco do projeto não estar saindo
de acordo com o esperado na outra ponta”,
finaliza o profissional da escola londrina.
10
Estabeleça a
governança
Segundo Ung, a governança
será responsável pela definição dos moldes
dentro dos quais um projeto ou um programa
devem ser gerenciados. “Ela também define
a “linguagem” usada no desenvolvimento
das soluções”, adiciona Ung. “Com uma boa
governança, o trabalho flui de maneira mais
harmoniosa, mais eficiente”, diz.
Ausente, a governança dá ao projeto
um ar de inconsistente, pouco confiável. A
equipe de desenvolvimento, por exemplo,
poderá trabalhar de acordo com um molde,
enquanto os analistas de negócios usam
outras referências, levando o projeto inteiro ao
encontro do fracasso. CIO
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CAPA | CASES 21
Na prática
Polícia Militar de São Paulo, Reed, Irmãos Fischer, Univen e Seade descobrem
na virtualização o caminho para economizar e ganhar competitividade
M
obilidade é palavra de ordem
na Polícia Militar de São
Paulo. Depois da experiência
bem-sucedida com a
virtualização de servidores, há três anos,
eliminando mainframes e servidores
RISK, agora parte para a virtualização de
desktops (VDI).
Para o coronel Alfredo Deak Júnior,
diretor de Tecnologia da PM de São
Paulo, a VDI, além de possibilitar a
realização de atividades a qualquer lugar
e hora, permite aos comandantes executálas de forma eficiente, mais interativa.
A tecnologia vai ajudar a aprimorar
a ação da PM de São Paulo, que recebe
180 mil ligações telefônicas diárias no
call center. Elas geram perto de 36 mil
despachos ou empenho de patrulhas em
campo. Com isso, são mais de 40 milhões
de ações policiais registradas por ano nos
bancos de dados da PM. “Temos perto
de 10 milhões de vistorias de veículos
por mês e todas essas informações são
armazenadas em nossos bancos de
dados”, contabiliza.
Nesse cenário de responsabilidades
diárias com a população, a PM necessita
sobremaneira de mobilidade. Para isso,
entre as 37 mil máquinas que as apoiam,
conta com notebooks e tablets, interligados
nas viaturas, em tempo real, à essa
infraestrutura, com mais de 2 mil links
de comunicação de dados. Um ambiente
virtualizado capaz de facilitar o acesso a
cerca de 2 milhões de fotografias dos 500
mil criminosos do estado de São Paulo.
“Hoje, o usuário para se comunicar
com a central tem de habilitar uma
VPN, depois autenticar-se na rede e
isso demanda muito tempo. Com a
VDI, farão uso do IPv6, e os dados dos
notebooks serão criptografados de forma
automatizada, sem a necessidade de
interação ou suporte técnico”, relata Deak,
acrescentando que
a redução de tempo
será radical. “Esse
novo mundo vai
facilitar muito o
trabalho de gestão
da TI.”
Segundo o
coronel, todos os
notebooks dos
comandantes serão
virtualizados e
os equipamentos
de atendimento
de emergência e
críticos do 190 e
193 migrarão para
thin clients também
virtualizados.
As tecnologias
que protagonizam
o ambiente
virtualizado são a
VDI da Microsoft,
para os notebooks,
e o Citrix
MetaFrame, da
Citrix, que suporta
o atendimento de
emergência dos serviços 190 e 193.
“São 8 mil dispositivos dos
comandantes e pretendemos virtualizar
100%. Atualmente, um robô está fazendo a
formatação dos notebooks e ele reinstala
o Windows e o software de virtualização,
faz bloqueio e proteção de portas USB e
os conecta à nova estrutura de rede”, diz,
Univen Petróleo:
toda infraestrutura
de TI virtualizada
www.computerworld.com.br
22 capa | cases
acrescentando que essa operação começou
em março, inicialmente envolvendo 2 mil
notebooks. “A expectativa é finalizar todo
o processo até abril.”
Na avaliação do coronel, é
muito importante a interação entre
os comandantes, estabelecendo
comunicação de maneira segura e
ágil. Eles usam os notebooks para
planejamento e inteligência policial
em reuniões semanais. “Precisam
acompanhar, em tempo real, as
operações e o andamento das suas
atividades operacionais.”
A PM está utilizando várias ferramentas
do System Center do Windows, da
Microsoft, para que a avaliação dos ativos
seja remota. Segundo eles, é para garantir
a automação do inventário. E irão mais
além. Com VDI, eliminarão os desktops,
afirma Deak. “Nessa primeira fase, já
eliminamos 4 mil.”
Alguns comandantes já estão
desfrutando da vantagem de ter seus
desktops emulados em seus dispositivos
móveis. Nas viaturas, são usados
tablets que rodam Android, o MXT, da
Maxtrack. Os cerca de cem coronéis,
integrantes do primeiro escalão da
instituição, usam iPad 2 e iPhone 4.
Outros tablets atendem a 100% da
frota. São nada menos do que 13 mil
dispositivos móveis na PM, entre tablets
e smartphones.
Os tablets, que já figuram na PM há
cerca de um ano, são usados para ajudar
no planejamento, e auxiliam muito o
trabalho dos coronéis, que têm menos
tempo e necessitam do máximo de
mobilidade. “Os comandantes foram
os primeiros a contar com virtualização
de desktops, utilizamos software no
próprio iPad para acessar o Windows
remotamente, de maneira virtualizada.”
Há três anos, quando a PM ingressou
na tecnologia com a virtualização de
servidores, a experiência, que reduziu
significativamente o número de
servidores físicos, além do mainframe e
RISK, serviu de esteira para que ousem
em implementar VDI e se estender para
os dispositivos móveis.
Hoje, são cerca de 300 servidores
virtualizados em 48 servidores físicos de
médio e grande portes, que suportam
o atendimento de emergência, gestão
administrativa, inteligência policial, entre
outros processos.
Deak lista uma série de benefícios que
conquistou com a nova arquitetura. Ele
diz que agora possuem um ambiente
No primeiro ano, o
investimento é maior.
Depois, o custo é
diluído em razão
dos ganhos como
redução do consumo
de energia e
custo operacional
Antonio Américo Viana Cabral Júnior,
CIO da Reed Exhibitions Alcantara Machado
www.computerworld.com.br
estabilizado. “Nosso trabalho é crítico,
porque os atendimentos do 190 e do 193
não podem parar. A padronização e a
redução da complexidade aprimoraram a
estabilidade da infraestrutura, ganhamos
escalabilidade. Hoje, criar servidores
virtualizados, expandir e balancear
carga de processamento são tarefas bem
simples e rápida”, relata.
Reed Exhibitions
Alcantara Machado
Em geral, as empresas ingressam na
tecnologia virtualizando servidores.
Depois de desfrutar das inúmeras
vantagens, e, mais experientes, é comum
partirem para a virtualização de desktops
(VDI). Na Reed Exhibitions Alcantara
Machado foi diferente. Desde 2008,
por ser uma empresa organizadora
de eventos de negócios e consumo em
todo o País, dependente de mobilidade
para agilizar processos, partiu direto
para VDI. A integradora ADD IT foi
responsável por ajudar a empresa a
ingressar com segurança em virtualização
de desktops, uma aplicação ainda
bastante tímida na ocasião.
Dessa forma, a organizadora de
eventos passou a contar com uma
estrutura de comunicação itinerante
em todos os eventos, tendo disponíveis
informações estratégicas em real time
para todo o staff.
Antonio Américo Viana Cabral Júnior,
CIO da Reed, afirma que a VDI está no
DNA da companhia, desde a joint venture
entre a Reed Exhibitions e a Alcantara
Machado Feiras de Negócios, que aconteceu
em 2007. “Percebemos que a virtualização
iria proporcionar a flexibilidade que temos
até hoje. Em 2008, já tínhamos 100% dos
nossos dsktops virtualizados”, diz. Somente
entre 2009 e 2010 é que 50% do parque de
servidores foi virtualizado, concluindo o
processo em 2011.
Montar e desmontar a infraestrutura de
comunicação nos eventos, práticas comuns
na empresa que organiza feiras tradicionais
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Center do
Brasil.
4
4
Mais de 3 mil clientes corporativos;
4
Mais de 8 mil Terabytes em armaze
namento de dados, o equivalente a
capacidade de 12 milhões de CDs;
4
Mais de 7,2 milhões de kWh de energia,
capacidade suficiente para iluminar uma
cidade de 100 mil habitantes;
4
Mais de 1.800 Pontos de Presença (POPs)
em rede própria de telecomunicações;
4
4
Mais de 1.100 colaboradores;
4
Prestação de serviços profissionais e
soluções de meios de pagamento;
4
Referência em todos os segmentos
de mercado e portes de empresas;
4
4
Líder em servidores hospedados;
30 mil metros quadrados de área
construída para Data Center que
equivalem a 4 campos de futebol;
Soluções em Cloud Computing,
Virtualização e SaaS;
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24 CAPA | CASES
como Agrishow e Salão do Automóvel,
hoje são tarefas fáceis. São thin clients, da
Wyse, virtualizados, capazes de trazer até
os usuários seus desktops, em qualquer
lugar onde esteja acontecendo o evendo.
“É um escritório itinerante. E garante total
produtividade do nosso time composto
por 30 a 45 pessoas que trabalham na
organização”, diz Cabral Júnior.
A tecnologia de virtualização é Citrix e,
segundo o CIO, proporciona benefícios
como melhor gerenciamento da rede,
menor custo operacional, redução drástica
dos chamados no help desk e um ótimo
ROI (retorno do investimento), em razão
de estender a vida útil do hardware a
até dez anos, em vez de cinco anos, com
máquinas tradicionais.
“No primeiro ano, o investimento é
maior. Mas com o passar do tempo, esse
custo é diluído em razão dos ganhos
como redução do consumo de energia
elétrica e de custos com help desk”,
garante o executivo.
Para servir ao parque de thin
clients, a Reed investiu fortemente
na modernização do seu data center.
“Precisamos mantê-lo atualizado
Coronel Alfredo Deak
Júnior, diretor de Tecnologia
da PM de São Paulo
www.computerworld.com.br
para que todas as aplicações rodem
de maneira eficiente e garanta alta
disponibilidade, fundamental no nosso
negócio”, diz Cabral Júnior.
A virtualização tornou tão simples o
processo de organização dos eventos,
em especial o acesso e a troca de
informações, que o CIO nem mesmo
tem ideia de como seria construir uma
estrutura com um ambiente tradicional,
com desktops físicos. “Nascemos dessa
forma, com uma infraestrutura muito
leve, prática e ágil. Tudo em razão da
VDI”, finaliza.
Irmãos Fischer
A indústria metalúrgica catarinense
Irmãos Fischer, fabricante de
eletrodomésticos, bicicletas e
equipamentos para construção civil,
também rendeu-se às vantagens da
virtualização. A estratégia incluiu a
virtualização da infraestrutura de TI
com as soluções VMware ESX Standard
e VMware View. A decisão foi tomada
com base na necessidade de adequar
os recursos de TI ao crescimento
orgânico, de produção e de demanda
por processamento, armazenamento de
dados e aplicações robustas.
Marcos Antonio Popper, gerente
de TI da Irmãos Fischer, afirma que a
virtualização proporcionou redução de
gastos de consumo de energia, otimizou
o uso do espaço físico, melhorou a
infraestrutura e permitiu a capacidade de
expandir plataformas de TI.
“Cada servidor ou desktop passou a
utilizar os recursos de memória e disco
necessários para o processamento das
aplicações. Quando não usam os recursos,
podem ser compartilhados com outros
equipamentos virtuais, situação que
não acontecia na estrutura anterior, de
máquinas físicas. Sem falar da economia
de energia, espaço, centralização e
monitoramento de todo ambiente em um
só console”, explica o executivo.
Quando a indústria começou a
perceber o crescimento de demanda de
processamento, reavaliou a infraestrutura
de servidores descentralizados. O
desenho anterior mantinha dois
servidores DL 385 em rack, baseados em
plataforma Linux, com banco de dados
Oracle; um servidor DL 360, apoiado
em OS Windows para o BI; um servidor
Proliant ML350 para aplicativos; um
Proliant ML350 para base de testes; e um
TC2120 servidor WTS.
Ao adotar as soluções VMware ESX
Standard e VMware View com o apoio
da consultoria da Sercompe Business
Technology, a Irmãos Fischer centralizou
sua infraestrutura em um só data center
configurado com quatro servidores
físicos e dez virtuais em lâminas Blade.
Antes, havia os sistemas administrativos,
de aplicações e de ERP e BI, distribuídos
em seis servidores.
A possibilidade de virtualizar os
desktops é outra vantagem apontada por
Popper, que tem planos de expandir o
número de desktops virtuais para 70 em
curto período.
Univen Petróleo
Uma das mais novas refinarias privadas
nacionais de derivados de petróleo, a
Univen Petróleo, decidiu virtualizar
toda sua infraestrutura de TI, além dos
quatro ambientes da plataforma SAP –
produção, desenvolvimento, qualidade
e gerenciamento. A solução VMware
vSphere lidera o ambiente virtual. No
início, 20 máquinas serão contempladas,
para depois evoluir para todas as 150.
Nessa fase, serão implementadas licenças
do VMware View.
Diógines Gianini Novaes, gerente de TI
da Univen Petróleo, diz que a virtualização
foi plenamente satisfatória. “No nosso
caso, que podemos nos enquadrar em
SMB, tenho 95% de desempenho e
velocidade no SAP virtual, com total
garantia de segurança. Não há porque não
virtualizar”, afirma o executivo.
Antes da virtualização, a infraestrutura
de TI da refinaria era composta de 20
servidores que suportavam todas as
operações da empresa. Atualmente,
apenas três servidores físicos estão
25
Irmãos Fischer: metalúrgica
catarinense pretende expandir desktops
virtuais para 70 em curto período
instalados, sendo que todos os outros
operam em nuvem.
A Univen reduziu a infraestrutura de
TI a três servidores físicos e partirá para
virtualização de desktops. “O projeto
de virtualização nos proporcionou
não somente a otimização do espaço
físico que os servidores ocupavam, mas
também economia de 60% em energia
elétrica despendida nas máquinas e no
sistema de refrigeração”, revela Novaes.
O gerente também ressalta o dinamismo
que ganhou para administrar o ambiente
virtual em detrimento do convencional.
Seade
A Fundação de Sistema Estadual de Análise
de Dados (Seade) virtualizou o parque de
servidores e reduziu em 90% a perda de
dados. Vinculada à Secretaria Estadual de
Planejamento e Desenvolvimento Regional
do Estado de São Paulo, a Seade precisa
armazenar e gerenciar de maneira ágil
uma gama de dados, estudos, pesquisas
e levantamentos importantes para todo o
estado de São Paulo.
Por ser uma entidade do setor
público, no processo de licitação,
que considerou aspectos como alta
disponibilidade, confiabilidade,
integridade, gerenciamento de recursos,
compatibilidade e mão de obra
especializada, a fornecedora
da tecnologia VMware foi a
vencedora, representada pela revenda
OS&T Informática.
De acordo com Vivaldo Conti,
superintendente de TI da Seade, em
2010, a infraestrutura não dava conta
da demanda recebida pela área de TI.
Precisavam modernizar o ambiente
de TI e a virtualização protagonizou a
atualização do parque de equipamentos.
“O processo foi gradual, iniciado pela
eliminação de máquinas obsoletas e não
críticas, cerca de 15 servidores. Em 2011,
totalizamos 30 servidores virtualizados,
abrigados em apenas dois físicos”, diz,
acrescentando que eles rodam diversos
sistemas operacionais, entre eles, Red
Hat Enterprise, Windows 2000 Server,
Windows 2003 Server, Windows 2008
Server e aplicações variadas.
Conti observa que tiveram o cuidado
de iniciar a virtualização de aplicações
não críticas como servidores de
e-mail, internet, em plataforma Linux,
e aplicativos Windows. “Agora, nos
preparamos para virtualizar servidores
de arquivos e de Business Intelligence,
caracterizando nosso segundo ambiente
de virtualização. Esperamos concluí-lo
até o final deste ano”, diz.
Entre os benefícios que a nova
infraestrutura virtualizada trouxe ao
Seade, Conti destaca alta disponibilidade,
independência de hardware e redução no
custo de manutenção com as máquinas,
diminuição de espaço físico, melhor
gerenciamento e redução do consumo
de energia elétrica. “Antes, havia perda
de dados. Depois do projeto, ela foi
reduzida para 90%.”
Conti não descarta a possibilidade de
virtualizar desktops daqui há um ano,
quando deve acontecer a renovação
do parque de desktops. “Não estamos
pensando nisso no momento, mas
precisaremos modernizar o parque
e se a virtualização for interessante,
poderemos avaliar.”
O investimento no primeiro ambiente
virtual totalizou 80 mil reais, incluindo toda
a infraestrutura, com fibra e dois servidores
HP. “Em um ambiente tradicional, com
30 servidores, com certeza gastaríamos
mais de 150 mil reais. E para o segundo
ambiente, não precisaremos comprar mais
servidores físicos, somente licenças.” ■
www.computerworld.com.br
26 iaas
Como serviço,
virtualização
aquece disputa
Operadoras de telefonia e fornecedores de data center
medem forças para arrebatar a soberania no segmento
A
infraestrutura como serviço
(IaaS) cresce e atrai até os
mais fiéis defensores de que
ela deve ficar dentro de casa.
Não por acaso, a estimativa para a sua
movimentação na modalidade pública
no Brasil, até 2014, segundo a consultoria
IDC, é de 1 bilhão de reais, com expansão
média, ano a ano, de 64%.
O instituto de pesquisas Gartner também
faz avaliação otimista para o mesmo
período. Projeta receita de 10,5 bilhões
de dólares em todo o mundo. Tudo isso,
porque tornou-se bastante atraente o
consumo e o pagamento de tecnologia
sob demanda. O poder de computação,
de fato, saiu da caixa e alcançou a nuvem.
E no variado leque de serviços figura
a virtualização, uma das estrelas do
momento, a esteira para cloud e um dos
principais aditivos para a segurança e o
gerenciamento no universo móvel.
Fornecedoras de data center, como não
poderia deixar de ser, estão nessa briga.
Mas a novidade é a entrada das teles
nesse território arenoso, considerando
ser domínio tradicional do segmento de
Tecnologia da Informação (TI).
A falta de tradição, no entanto,
não significa, necessariamente, uma
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fragilidade, avaliam consultores do
setor. Eles afirmam que as operadoras já
deveriam ter investido há mais tempo e
fortemente no segmento, visto que têm
tudo nas mãos: clientes, infraestrutura,
link de acesso e modelo de tarifação sob
demanda no DNA.
O momento é de afiar estratégias e as
quatro primeiras do ranking de telefonia
Ronaldo Motta, diretor de
Marketing do Corporativo da Oi
celular do País estão no aquecimento.
Mas a Oi saiu à frente, com o lançamento
do serviço Oi Smart Cloud, voltado ao
mercado corporativo.
A virtualização é velha conhecida
da operadora, usuária da tecnologia
desde 2005. Hoje, possui mais de 2 mil
servidores virtualizados em operação,
somente para suprir a demanda interna.
E agora acaba de construir o que chama
de portal de orquestração.
De acordo com o diretor de Marketing
do Corporativo da Oi, Ronaldo Motta,
trata-se de uma interface que poderá ser
acessada pelo cliente via internet e que
o levará ao portal. Nele, será possível
contratar recursos, configurar máquinas,
desconfigurar, aumentar o nível de
processamento, ampliar a capacidade
de memória e o volume do disco, criar
redes internas que conectam diferentes
máquinas, entre outros procedimentos.
Um dos principais diferenciais da
oferta da Oi, segundo o executivo, é o
fato de justo por ser uma operadora,
poderá acenar com uma solução fim a
fim. “Um fornecedor de TI não tem essa
facilidade, porque não possui capacidade
de oferecer link de acesso, como nós.
Oferecemos acesso integrado com
cloud”, diz, acrescentando que por essa
razão, configura-se como um serviço
de muito maior valor adicionado, visto
que consegue amarrar toda a cadeia de
negócios. “É essa atração que estamos
apresentando ao mercado corporativo.”
Soma-se a esse trunfo, a bagagem de
saber lidar muito bem com a tarifação por
uso. “Processamos cerca de 5 bilhões de
chamadas telefônicas todos os meses, que
geram a emissão de 20 milhões de faturas
mensais aos clientes. Vamos usar essa
experiência na cobrança em cloud”, avisa.
Motta destaca que o cliente é quem
sairá ganhando com essa habilidade. “Um
deles perguntou-me se contratasse um
serviço e usasse apenas por alguns dias, se
teria de pagar por todo o mês”, conta. “E
respondi: se você usar sete dias, 13 horas,
15 minutos e dois segundos, será cobrado
exatamente por isso.”
Essa flexibilidade vai atrair pequenas
ED 6
a
IÇ
Ã
O
UMA EXPERIÊNCIA GLOBAL PARA CIO’s REGIONAIS
Soluções de tecnologia e tendências na área de inovação, sustentabilidade e gestão de talentos
PORTO ALEGRE
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PATROCÍNIO MASTER:
REALIZAÇÃO:
APOIO:
PATROCÍNIO GOLD:
PATROCÍNIO ALMOÇO:
PRODUÇÃO:
28 iaas
e médias empresas (PMEs), na avaliação
de Motta, pois poderá contratar
máquinas virtuais em momentos de
pico no negócio, por um ou mais
dias, e depois interromper o serviço.
“Mas para as grandes corporações
também tem sido alvo de significativa
aceitação. Especialmente para eliminar
dimensionamentos inadequados de
recursos de TI para treinamento e
desenvolvimento.”
Em relação à concorrência, o executivo
lança uma farpa. “Vale ressaltar que a
nossa infraestrutura está toda baseada em
território nacional. Isso é muito importante,
pois o governo tem-se preocupado em
garantir que as informações de soberania
nacional não estejam ameaçadas e,
portanto, com conteúdo, ou recurso,
hospedado no Brasil.”
O suporte da operadora também é
prestado por um time local, segundo
Motta, conferindo, em sua opinião,
facilidade importante para o cliente. “Além
disso, oferecemos como parte do projeto
o desenho da solução, inventariado, entre
outros. Vender é a parte fácil, difícil é
oferecer suporte, e qualificado. Vamos
investir muito nesse diferencial.”
Mas apesar de toda essa preparação,
Motta diz que é necessário muito cuidado
e toda a atenção é pouca com o mercado
de TI. “Temos de proporcionar ao cliente
muito valor no serviço”, afirma. Para
isso, revela ter fechado parcerias com
fornecedores líderes de TI.
“Não posso citar nomes ainda, mas
garanto que estamos com os melhores”,
diz o executivo, para quem a Portugal
Telecom, muito além de acionista
da companhia, foi parceiro vital no
desenvolvimento da plataforma de
orquestração, considerada o coração da
oferta de cloud da Oi.
A Telefônica|Vivo também fortalece
a participação nesse mercado com a
comercialização, em abril, no Brasil
de serviços de infraestrutura de TI na
nuvem, em parceria com a Cisco e a
Virtual Computing Environment (VCE).
Batizada de Vivo Cloud Plus, a oferta é
voltada para o mercado corporativo e
www.computerworld.com.br
Marcelo Safatle, diretor-executivo da Hostlocation
inclui armazenamento, processamento,
backup entre outros. A operadora vai
oferecer o serviço por meio de cinco data
centers espalhados na América Latina,
localizados no Brasil, Argentina, Chile,
Colômbia e Peru.
No Brasil, a Telefônica|Vivo estima que
os serviços na nuvem devam responder
por um terço do crescimento de serviços
de TI em 2012. Na América Latina, o
segmento atende mais de 2 mil empresas
e das mil maiores companhias, 30% já
utilizam as soluções de TI e conectividade
da Telefônica|Vivo. A TIM informou que no
momento “estrutura estratégias de negócios
para iniciar a oferta de produtos baseada
em cloud, tanto para o mercado corporativo
quanto para o consumidor, a exemplo do
que já pratica a Telecom Itália, controladora
da operadora”. A briga promete.
Arena da TI
Os fornecedores de data center já estão
há muito na estrada do fornecimento de
serviços de TI e são fortes concorrentes
das operadoras que ingressaram
com seus pacotes na nuvem. Desde
a modalidade em que a oferta não
é contratada diretamente na nuvem
pública e mesmo nela, o fato é que estão
reforçando suas atuações, remodelando
pacotes e até partindo para o que estão
chamando de segunda geração de
computação em nuvem.
É o caso da Hostlocation, que iniciou
os trabalhos na nuvem em 2008, lançando
o primeiro produto em 2009, e batizou
a plataforma de Cloud 1.0. Agora, a
webhosting entra nessa disputa com a
Cloud 2.0, que traz uma oferta destinada
a profissionais e empresas de todos os
portes, com sistema que oferece autonomia
ao usuário e operações via iPhone,
proporcionando facilidade e velocidade
para ativar novas máquinas virtuais.
De acordo com Marcelo Safatle, diretorexecutivo da Hostlocation, a plataforma é
resultado de dois anos de pesquisa junto
à base de clientes corporativos e elevou o
patamar de disponibilidade. “O sistema
permite criar servidor em menos de cinco
minutos”, garante o executivo. “O serviço
entrega ao usuário o controle total de sua
estrutura e ainda oferece mobilidade”, diz.
Ele destaca que o grande desafio nessa
nova geração da nuvem foi construir
um ambiente que proporcionasse maior
poder de gestão ao cliente e com a menor
latência possível. E aponta como vantagem
ter apoiado a estrutura totalmente na
plataforma Xen, open source.
“Assim, não temos custos altos,
gerados com produtos de empresas de
software de virtualização e podemos
trabalhar com preços mais competitivos”,
diz, acrescentando que o parque de
servidores é fruto da parceria com a Dell
e para a parte de mobilidade, o acordo é
com a norte-americana OnApp.”
Segundo Safatle, no novo modelo, os
serviços passam a ser comercializados
em pacotes, com preços que variam de 69
reais a 749 reais.
“Meu cliente paga em reais. Na
Amazon, ele paga em dólar”, dispara
o executivo. “Além disso, oferecemos
suporte nativo, em português. Brasileiros
falam com brasileiros”, espeta.
Outra atração é que a empresa
levou para o iPhone recursos como
auditoria, criação de servidores,
reboot, agendamento de backups e
monitoramento de banda. “Se o cliente
estiver na rua ou no aeroporto, do próprio
iPhone ele tem total controle da estrutura.
Cria e já libera para uso uma máquina
virtual de grande porte”, diz Safatle.
Essa facilidade de criar e comprar
máquinas virtuais está apoiada em
uma estratégia de interface amigável,
segundo Safatle. Ele diz que todos os
29
procedimentos para ajudar o usuário
estão disponíveis em tutoriais em
português. “Um passo a passo muito
simples que atende a partir de usuários e
nível médio em informática.”
Safatle diz que o cliente poderá
criar uma máquina em menos de cinco
minutos. “Com alguns cliques e sem
depender do suporte do data center,
o usuário pode, por exemplo, decidir
mudar totalmente a estrutura, como
reinstalar o sistema operacional, recriar
as máquinas, fazer backup de tudo ou
voltar para a configuração anterior.”
A Locaweb também partiu para a
segunda geração de cloud para entrar
nesse campo. Em 2008, a empresa
oferecia a facilidade de criar máquinas
virtuais na nuvem pública. “Quando
começamos, os clientes ainda eram
raros. Não havia muito entendimento
sobre o serviço”, lembra Gilberto
Mautner, presidente da Locaweb. “Nessa
época, oferecíamos apenas servidores
virtualizados e a plataforma era baseada
em VMware.”
No segundo semestre de 2010, a
Locaweb relançou serviços de cloud com
tecnologia 100% nova. Partiram para o
open source Xen para virtualização, com
atuação da Citrix. “Isso nos possibilitou
trabalhar com pacotes de máquinas
virtuais a custos menores. Essa segunda
geração também proporcionou acesso
dos usuários a recursos computacionais
que vão além do que seria possível em
servidores físicos”, pontua.
Hoje, o cliente pode, na nuvem,
configurar firewall, trafegar dados de
maneira segura entre máquinas virtuais,
replicar máquinas idênticas com rapidez
e facilidade, de acordo com Mautner.
O executivo revela que a venda
de servidores virtuais na nuvem já
supera o volume gerado pelas vendas
de servidores físicos. “A Locaweb tem
hoje mais de 5 mil clientes de cloud e o
crescimento é galopante. São mais de 500
novos por mês.”
Enquanto isso, a Alog entrou nessa
cadeia de maneira interessante. Preparase para a grande demanda que será
gerada a partir da ebulição de novos
serviços na nuvem, em especial a
contratação de máquinas virtuais. Não
irá concorrer com quem oferecerá esses
pacotes, mas sim provendo a eles suporte
de infraestrutura. “Temos habilidade
para prover infraestrutura e é o que
faremos. Eles vão precisar disso, de alta
capacidade, e serão nossos potenciais
clientes”, diz Vitor Arnaud, diretor de
Marketing e Processos da Alog.
Ele não revela os nomes, mas afirma
já ter fechado acordo com um dos
players importantes desse mercado.
“As conversas estão sim acontecendo de
forma sigilosa. Todos estão tendo muito
cuidado, por isso não há muitas notícias
na imprensa. Mas acredito que em breve
teremos muitas novidades. Muitos deles
têm nos procurado.”
Arnaud acredita que a movimentação
em torno de serviços na nuvem será
transformadora. Por essa razão, a empresa
está-se calçando também com a formação
de um time para dar apoio em consultoria
aos clientes nesse momento. Pretende
facilitar o ingresso dessas companhias no
segmento e deixá-las confortáveis. “Venha
para cá. Seu foco não é infraestrutura!”,
brinca o executivo da Alog.
Em linha
A Tivit já tem uma oferta disponível no
mercado de servidores, o Tivit Virtual
Service, lançado há mais de dois anos,
como complemento ao portfólio de
outsourcing de TI. “Avaliamos também
como sendo uma oportunidade de
Gilberto Mautner,
presidente da Locaweb
alavancar negócios com o mercado de
médias empresas”, diz Fabiano Droguetti,
diretor de Soluções e Tecnologia da Tivit.
Segundo Droguetti, o modelo de
negócios da empresa é a cobrança por
capacidade de processamento, buscando
diferenciais na qualidade e nos SLAs, e
integração com outras ofertas do portfólio.
Na avaliação do executivo, cloud
computing passará a ser uma oferta
mais relevante a partir do momento
em que o mercado tenha ofertas de
solução de negócios, e não apenas uma
oportunidade de aquisição de capacidade
de processamento e armazenamento.
“O cenário atual ainda deve evoluir
para que a nuvem seja uma revolução
para um público maior de empresas,
especialmente as pequenas e médias.”
Para o diretor de operações da
Globalweb, Cleber Gomes da Costa,
é importante estar preparado para as
grandes ofertas de serviços por meio da
nuvem e por essa razão está no forno o
lançamento de soluções de virtualização
de desktop na nuvem, que, segundo ele,
acontecerá em breve.
“Adianto que uma máquina
virtualizada pode ter o custo de 12
dólares”, revela, acrescentando que
pretendem oferecer pacotes completos
e para isso contam com parceria com
Citrix e Cisco, além da participação de
desenvolvedores independentes (ISVs).
Nessa esteira, também está a Level 3
[ex Global Crossing]. A partir de junho,
a empresa entra em nova fase, com a
modernização da plataforma de serviços
com o lançamento de um portal, por meio
do qual o usuário terá mais facilidade para
acessar e comprar pacotes.
Segundo Gabriel Del Campo, vicepresidente sênior de data center da
Level 3 para América Latina, a empresa
tem foco em companhias de grande
porte e hoje mantém parceria com
a VMware em virtualização. “Nosso
modelo comercial não é massivo.
Portanto, nosso cliente não entra na
nuvem, usa o cartão e adquire. Há uma
atuação híbrida, com o nosso suporte e
consultoria.” É esperar para ver. n
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32 TECNOLOGIA
Por que os pequenos
negócios devem
virtualizar
Conheça seis razões para que empresas de porte menor
invistam na tecnologia para impulsionar crescimento
PAUL MAH, DA CIO.COM
A
virtualização de servidores está na pauta das empresas
há pelo menos dez anos e mesmo que questões como
armazenamento ainda causem dor de cabeça para a TI, as
vantagens da tecnologia são reais e elas valem até mesmo
para as pequenas companhias, que podem encontrar na plataforma
vantagem competitiva. A seguir, seis motivos para esse nicho
apostar na virtualização.
1
Aumentar a eficiência
do servidor
A razão tradicional e mais atraente para a implementação de servidores
virtualizados é fazer uso mais eficiente dos recursos computacionais
no que diz respeito a ciclos de processamento e memória RAM. Além
da redução dos custos de energia e refrigeração, empresas de pequeno
e médio portes podem reduzir as despesas de capital já que menos
servidores físicos são comprados para substituir um número maior de
máquinas ociosas.
Implementar servidores virtuais é uma forma simples para reunir em
um host físico muitas máquinas virtuais (VMs). Ainda assim, mesmo
que a virtualização de servidores possibilite diversos benefícios, ela não
livra a TI das tarefas administrativas necessárias para gerenciamento de
servidores físicos.
De fato, o gerenciamento da virtualização é ainda mais desafiador
devido à facilidade com que as máquinas virtuais podem ser criadas.
Além disso, é preciso monitorar o tráfego entre as máquinas virtuais na
rede e identificar gargalos de performance.
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34 tecnologia
2
Melhorar os esforços de
recuperação de desastres
A recuperação de desastres é a
capacidade de restabelecer tarefas ao seu
estado natural após um desastre. Como
é possível imaginar, o backup de uma
infraestrutura totalmente virtualizada faz
cópias de imagens de máquinas virtuais
e é um processo muito mais simples
quando comparado à tarefa tradicional.
Além disso, o processo consome
apenas uma parte do equipamento
original para hospedar uma
infraestrutura inteira, usando
virtualização. Isso significa que para
empresas menores, que não contam com
grandes orçamentos de TI, é possível
comprar um pequeno número de
servidores. Em caso de desastres, esses
equipamentos podem ser realocados,
se necessário, e configurados com a
última versão da máquina virtual, uma
movimentação que é mais rápida do que
a de muitos fornecedores de TI.
Obviamente, o fato de que mesmo
a maior infraestrutura de empresas
de pequeno e médio portes pode ser
consolidada dentro de algumas unidades
de disco rígido, esse cenário tem
implicações na segurança. Por exemplo,
existe o risco de máquinas virtuais serem
perdidas por um erro humano.
Com isso em mente, usar a
virtualização como um meio de
recuperação de desastres requer
planejamento. Cuidados devem ser
tomados para elaborar os processos e
procedimentos adequados de
segurança. A responsabilidade pela
guarda de máquinas virtuais deve ser
claramente definida.
3
Ampliar a estratégia de
continuidade de negócios
Continuidade de negócios é diferente
de recuperação de desastres, já que seu
objetivo é atingir zero ou o mínimo de
interrupções das operações. Sabendo que a
fonte mais comum de falha no data center
é a do hardware do servidor, esse é o lugar
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em que um recurso de virtualização de
servidor, chamado migração em tempo
real, deve entrar para ajudar a preservar a
continuidade dos negócios, eliminando o
tempo de inatividade.
Usando a migração em tempo real,
os administradores são capazes de
facilmente mover máquinas virtuais em
tempo real entre os hosts do servidor
físico. Esse tipo de migração acontece
por meio da sincronização do disco e da
memória em segundo plano entre dois
servidores físicos.
A migração em tempo real pode facilitar
a manutenção do servidor ou a atualização
do hardware sem que seja necessário
agendar qualquer parada para manutenção.
Embora a virtualização fortaleça
a continuidade dos negócios, não
faz milagres em caso de inundações
ou incêndios. A implementação de
failover [outro blade entra em cena
automaticamente para ocupar o lugar de
uma placa problemática] é, em muitos
casos, cara para a maioria das pequenas
e médias empresas, enquanto isso, a
migração em tempo real somente exige
a presença de uma rede Gigabit Ethernet
[ou superior] para funcionar.
4
Aditivar desenvolvimento
de software
Se sua empresa trabalha com
desenvolvimento de software,
a virtualização proporciona a
oportunidade de reduzir custos,
eliminando a necessidade de
desembolsar grandes quantias de
dinheiro para adquirir hardware
adicional. Médias empresas também se
beneficiam. Isso porque as equipes de
desenvolvimento economizam tempo
por não ter de suportar o longo processo
de requisição de novos servidores.
O desenvolvimento de aplicações que
não são sensíveis à latência também pode
ser feito em versões desktop do software
de virtualização, também conhecido
como Hypervisor Tipo 2. Esses são
tipicamente mais baratos e também
oferecem capacidades adaptadas para
uma melhor experiência de desktop.
Alguns dos tipos mais populares do Type
2 hypervisor são o Oracle VM VirtualBox
[código aberto] e VMware Workstation
para Windows, bem como o VMware
Fusion e Parallels para Mac.
5
Facilitar o teste das atualizações e
patches de segurança
A virtualização torna trivial a tarefa de
testar novas atualizações de software
ou patches de segurança antes da
implementação dos sistemas. Além
disso, as equipes de desenvolvimento
internas poderão testar aplicações n-tier
[desenvolvidas em várias camadas]
lógicas em uma réplica virtual da
infraestrutura atual para testar problemas
decorrentes de interações inesperadas
entre os vários componentes.
6
Tirar proveito da
virtualização de desktop
Uma modalidade cada vez mais popular
de virtualização é a de clients, o que
implica rodar o ambiente desktop inteiro
dentro de um servidor centralizado.
Como todo o processamento é feito
no servidor, dispositivos clients são
tipicamente thin clients que servem como
um nó de extremidade para conectar
periféricos como teclado, mouse, um
monitor, conectores de áudio e até mesmo
portas USB por meio da rede LAN.
Embora haja semelhanças entre
virtualização de servidores e de desktop
em infraestrutura básica necessária, as
empresas não devem cometer o
erro de misturá-los porque os objetivos
são diferentes e as considerações
técnicas também. O termo Virtualization
Desktop Infrastructure ou VDI é
usado para descrever componentes de
hardware e de software necessários
para suportar uma implementação de
virtualização de desktop.
Ingressar nesse universo requer uma
análise detalhada dos fornecedores da
tecnologia para que a implementação não
se torne uma frustração para as empresas. n
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