Interação entre moscas-das-frutas e seus parasitoides em
frutos de Spondia spp. (Anacardiaceae) no município de
Palmeira dos Índios, Estado de Alagoas
Simone S. da Costa1; Jakeline M. dos Santos1; Sônia M. F. Broglio1;
Nívia da S. Dias-Pini2; Natanael S. Batista1; Renan V. de Alquino1;
Mércia E. Duarte1; Lígia B. Micheletti1
1
Universidade Federal de Alagoas, Laboratório de Entomologia, Campus Delza Gitaí, BR 104
Norte, Km 85, Rio Largo AL, Brasil, CEP 57100-000 ([email protected])
2
Pesquisador A - Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza - CE
O umbu-cajazeiro (Spondia spp.) (Anacardiaceae) é uma fruteira tropical nativa
do Nordeste brasileiro, de fácil propagação e apresenta grandes perspectivas
de inserção no mercado interno e externo. O município de Palmeira dos ÍndiosAL é uma região com aptidão para o desenvolvimento desta planta, porém
forma um complexo pouco estudado, mas com elevado potencial econômico. O
presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de conhecer as espécies de
moscas-das-frutas, o índice de infestação, a diversidade de parasitoides e a
taxa de parasitismo associados a frutos de umbu-cajá no município de
Palmeira dos Índios-AL (09º 28' S, 036º 40' W e 305 m de altitude). O
experimento foi realizado entre outubro/2010 e dezembro/2011. Os frutos foram
coletados diretamente da copa das árvores em diferentes fases de maturação e
sobre o solo. Estes foram encaminhados ao Laboratório de Entomologia do
Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (Rio Largo,
AL), efetuando-se uma triagem. As amostras foram acondicionadas em
bandejas plásticas (20 x 30 x 6 cm) contendo no fundo uma camada de areia
peneirada e esterilizada para servir de substrato para pupação e cobertas com
tecido tipo “voil”. Após 10 dias, os frutos foram examinados para a retirada dos
pupários, sendo transferidos para recipientes contendo areia até a emergência
dos adultos. Os insetos foram acondicionados em álcool 70% para
conservação e posterior identificação específica. Coletou-se um total de 4.272
frutos (90,06 kg), obtendo-se 11.143 pupários, dos quais emergiram 7.923
Anastrepha obliqua (Macquart, 1835) (3.829♀ e 4.094♂) e 3.127 parasitoides:
2.857 (91,37%) Asobara anastrephae (Muesebeck, 1958), 235 (7,52%)
Doryctobracon areolatus (Szépligeti, 1911) (ambos Hymenoptera: Braconidae),
um exemplar de Hymenoptera: Pteromalidae (0.03%) e 36 (1,15%) de
Hymenoptera: Figitidae. O índice de infestação foi de 123,73 pupários/kg de
frutos e 2,61pupários/fruto e a porcentagem de parasitismo 28,06%.
Palavras-chave: Spondias, Anastrepha, Parasitoides
Apoio: FAPEAL e UFAL
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