C2.7
SEGUNDA-FEIRA, 23 DE NOVEMBRO DE 2015 A GAZETA
MÚSICA
Janet Jackson lança novo disco
para retomar o posto de diva
11º álbum da cantora,
“Unbreakable” tem
altos e baixos mas é um
bom disco reflexivo
VITOR FERRI
[email protected]
Janet Jackson dispensa
apresentações. Não é preciso contar aqui toda sua
história. Caçula de uma
famosa e controversa família,elacresceusobos
holofotes do showbizz, assistindo primeiro
aos irmãos brilharem
como quinteto e, mais
tarde, um deles se
transformar em rei do
pop. Não demorou para a jovem também se
lançar na música. Desde então, lá se vão três
décadas de carreira, entre altos e
baixos.
LogoJanetchegou ao topo do
mundo, experimentou o sabor
Janet experimenta novos
sons, mas ainda aposta
no r&b para tentar
convencer FOTO: DIVULGAÇÃO
doce do sucesso, mas também amargou fracassos, se
rebelou e, depois, se expôs
(lembra da apresentação
no Super Bowl, ao lado de
Justin Timberlake, em que
mostrou os seios?).
Agora, sete anos após
um período sabático, a
cantora volta às paradas
com um novo disco de inéditas, chamado “Unbreakable” (BMG/Rhythm Nation/LAB 344), ao mesmo
tento em que tenta recuperar o posto de uma das
maiores divas do pop.
REPERTÓRIO
Assim como sua carreira, o disco é um vai-vem
sonoro, com bons momentos e outros dispensáveis.
No geral, o repertório escolhidoviajaporsonoridades já exploradas pela artista, cuja essência é o r&b.
Mastambémépossívelouvir pitadas de pop dançante, hip-hop e até rock.
O material abre com a
faixa-título, repleta de grooves. Trata-se de uma canção clássica de r&b, recordando o estilo inconfundível da cantora. A segunda,
“Burnitup!”, conta com
participaçãodarapperMissy Elliot. Tem uma batida
bem marcada, estilo urbano, e um pouco incoerente
com o restante do álbum.
Acançãotentabotarfogo
nas pistas – mas é fraca para
isso – e explica um pouco da
proposta do material como
um todo: levar Janet de volta ao posto de diva ao mesmo tempo em que passeia
por novos sons. É quando
Missy canta em seu rap: “Srta. Jackson, oh ela usa a coroa / Som novo em folha,
temumestilonovoemfolha
/ Chegando com um batidão tipo Boom Boom Pow”.
“DammnBaby”temmomentos pegajosos, como o
refrão. Em seguida, “The
Great Forever” é um tema
supostamente feito em homenagem ao irmão, Michael Jackson. A letra é
bem cuidada, tem um quê
CONFIRA
t
Unbreakable
Janet Jackson
Gravadora BMG/Rhythm
Nation/LAB 344; 17
faixas. Preço: R$ 29,90.
de eletropop. Se você fechar os olhos enquanto a
ouve, terá a nítida impressão de que Michael é quem
se apoderou dos vocais.
“ShouldaKnownBetter”
começacomoumabaladae
depois se converte numa
canção dançante. Poderia
render mais se a guinada tivesse sido mais explosiva.
REFLEXIVO
O momento introspectivo do álbum fica por conta da romântica canção
“After You Fall”. Simples,
porém nada simplória, a
faixa tem base apenas em
voz e piano. Linda.
“Broken Hearts Heal” é
r&b animado, enquanto
“Night” propõe uma nova
faceta para o disco. É uma
faixa dançante, meio disco,
quecombinacomotítulo.É
para animar a noite.
“No Sleep” tem uma baser&b maissensual. É o primeiro single. O lado B do
disco começa com “Dream
Maker/Euphoria”, de influência soul. “2 B Loved” é
pop, enquanto “Take Me
Away” volta a misturar eletropop com pop/rock.
“Gon’ B Alright” finaliza o
CD em alto astral, mesclando rock, tons psicodélicos e
hippiedosanos60-70.Apesar da voz soar meio monótona no álbum todo, Janet
entrega um disco correto.
CINEMA
Filme para ser visto daqui a cem anos
John Malkovich e
Robert Rodriguez
fizeram longa que
tenta prever futuro
John Malkovich e Robert Rodriguez colocaram
em prática uma ideia digna das telas do cinema:
produziram um filme que
só poderá ser visto daqui a
cem anos.
Guardada em um cofre especial na França,
que não pode ser aberto
com chave ou senha, a
obra “100 Anos – Um Filme Que Você Nunca Verá” será lançada no dia
18 de novembro de
2115. A ficção científica
futurista tenta prever
como será a vida no século XXII.
“Havia diversas opções sobre como o futuro
seria quando o projeto
foi criado”, disse Malkovich. “Uma versão incrivelmente tecnológica
para além da computadorização; uma civilização pós-Chernobyl em
semi-colapso; ou, ainda, um futuro retrô como a ficção científica
imaginava nos anos
1940 e 1950”.
IDEIA
O projeto surgiu a partir de uma campanha
promocional do conhaque Louis XIII, uma bebi-
REPRODUÇÃO
Guardado em cofre, filme será lançado só em 2115
da de luxo que fica guardada por 100 anos antes
de chegar às prateleiras.
Assim como as garrafas
à venda hoje em dia foram produzidas em
1915, aquelas em produção atualmente só serão disponibilizadas em
2115 – junto com o filme, feito para gerações
futuras.
Nesta semana, três teasers foram lançados para
a obra, embora nenhum
deles seja do filme verdadeiro. Estas versões oferecem uma noção geral de
como poderá ser o resultado para quem finalmente resgatar o filme do cofre depois de um século.
Para garantir que o experimento não vá se perder ou cair no esquecimento neste (longo) tempo, a equipe por trás da
ideia está enviando ingressos de metal para cerca de mil pessoas influentes. Elas, então, devem
convidar para a exibição
em um projetor antigo
seus descendentes, que
vão poder comparar a realidade da época com
aquela imaginada pelos
diretores.
Segundo Malkovich,
uma extensa pesquisa foi
realizada para adivinhar
como o mundo será em
2115. Para isso, o diretor
procurou teorias que tentavam prever, no século
passado, como seria a vida hoje em dia.
“Algumas coisas eram
estranhamente precisas,
mas é claro que a grande
maioria era inimaginável.
E eu acho que o futuro é assim para a maioria de
nós”, disse o diretor. As informações são do site
“io9”. (O Globo)
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