EQUIPE
Ana Maria de Carvalho
Cipriano
Ana
Ana Cristina R. dos Anjos
Andréa dos Anjos
Dayane Lindemberg
Juliana Silva
O Processo inflacionário
no Brasil
OS PLANOS ECONÔMICOS DE 1986 a 1994
INFLAÇÃO
 Na opinião de Gremaud et al (2004, p. 17) pode ser conceituada com
um “aumento contínuo e generalizado no nível de preços.” E
continuam:
 Os movimentos inflacionários representam elevações em todos os ben
produzidos pela economia e não meramente o aumento d e um
determinado preço. Outro aspecto fundamental refere-se
refere
ao fato de
que o fenômeno inflacionário exige a elevação contínua dos preços
durante um período de tempo, e não meramente uma elevação
esporádica dos preços.
 Entende-se,
se, portanto, que o valor nominal da moeda está relacionado
ao seu valor de compra. O seu valor real depende da quantidade de
mercadoria que pode ser comprada com ela. Se esse valor real cai,
isto é, se a quantidade de mercadorias que se compra com ela é
menor do que em tempos normais, diz-se
diz
que há inflação.
Neste sentido, se referem Vasconcellos e Garcia (2005) que o governo
deve promover o estímulo ao consumo de bens e serviços e aos
investimentos e aumentar as emissões de moeda, na medida das
necessidades dos agentes econômicos, para não gerar inflação.
Índices que medem a inflação
No Brasil, existem vários índices que
medem a inflação. Os principais são: IGP
ou Índice Geral de Preços (calculado pela
Fundação Getúlio Vargas), IPC ou Índice
de Preços Ao Consumidor (medido pela
FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas), INPC ou Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (medido pelo IBGE)
e IPCA ou Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (também calculado pelo IBGE). No
ano de 2010, a inflação brasileira foi de
5,91 % (IPCA).”
Fevereiro de1986
 Herdeiro dos problemas
gerados pelo modelo de
desenvolvimento econômico
estabelecido durante o
Regime Militar e agravado
pelas sucessivas crises
internacionais, o governo
Sarney elaborou vários
planos para combater a
inflação e estabilizar a
economia.
BRASIL
Plano Cruzado I
 O Plano Cruzado foi um plano econômico
lançado em 28 de fevereiro de 1986,
durante o governo de José Sarney. Tinha
como principal objetivo a redução e
controle da inflação, que na época era
muito elevada.
 Principais medidas econômicas do Plano
Cruzado
 - Criação de uma nova moeda, o
Cruzado (Cz$), em substituição ao
cruzeiro. Cada Cruzado tinha o valor de
1.000 Cruzeiros.
 - Congelamento dos preços de produtos
e salários por um ano
Economia
 Efeitos na economia
 - Nos primeiros meses houve o controle
inflacionário com o congelamento de
preços;
 - Após alguns meses, começou a faltar
mercadorias nos supermercados.
Como não podiam reajustar os preços,
muitos empresários e fazendeiros
resolveram não colocar seus produtos
a venda. O resultado foi o
desabastecimento no país.
 - No final de 1986, o Plano Cruzado
deixou de funcionar e a inflação
voltou a crescer.
Plano Cruzado II
 O Plano Cruzado II liberou os preços dos produtos e
serviços, determinou que o reajuste dos aluguéis fosse
negociado entre proprietários e inquilinos e também
alterou o cálculo da inflação, que passou a ter como
base, os gastos com famílias com renda de até cinco
salários mínimos. Os impostos das bebidas e cigarros
foram reajustados. As exportações caíram enquanto a
importações aumentavam, esgotando as reservas
cambiais.
Plano Cruzado II
21/11/1986 Liberação dos preços dos produtos e
serviços
Reajuste dos aluguéis a ser negociado entre
proprietários e inquilinos
Alteração do cálculo da inflação, que passaria a
ter como base os gastos das famílias com renda de
até cinco base
Aumento de impostos sobre bebidas e cigarros.
Aumento das tarifas de serviços públicos
Aumento da carga fiscal
Exemplos de reajustes: Em um só dia: 60% no preço
da gasolina; 120% dos telefones e energia; 100%
das bebidas; 80% dos automóveis; 45% a 100% dos
cigarros..
ERRO
 Segundo Sarney, “o Cruzado II foi o maior erro que
cometemos no governo e por ele, paguei muito caro”.
caro”
A avaliação dos economistas era de que o aumento
dos impostos sobre cinco produtos de consumo da elite
não traria impacto na inflação. A teoria e as ações
propostas não cumpriram as expectativas. Dentro da
própria equipe econômica, havia divergências, o
ministro Sayad defendia que o ajuste fosse feito por
meio do imposto de renda. Cinco meses após a ediçã
do Cruzado II, o ministro Dílson Funaro foi substituído po
Luis Carlos Bresser Pereira.

Plano Bresser
 Em abril de 1987, em meio à crise provocada pelo fracasso
do Plano Cruzado, e com a inflação em alta, Luiz Carlos Bresser
Pereira assumiu o Ministério da Fazenda do Governo José
Sarney.
 Principais medidas do Plano Bresser:
 congelamento de salários por três meses, no nível de 12/6, com
o resíduo inflacionário sendo pago em seis parcelas a partir de
setembro;
 congelamento de preços por três meses, sendo que vários
preços. Em especial os públicos, foram aumentados antes do
plano;
 mudança de base do Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
para 15/6, sendo que os aumentos foram incorporados à
inflação de junho, de modo a evitar que se sobrecarregasse a
inflação de julho;
MEDIDAS
os contratos financeiros pós-fixados foram
mantidos e para os prefixados introduziu-se
se uma
Tablita[1] com desvalorização de 1,5% a.m.;
criação da Unidade Referencial de Preços (URP)
que corrigiria o salário dos três meses seguintes,
a partir de uma taxa prefixada com base na
média geométrica da inflação dos três meses
anteriores, entrando em vigor a partir de
setembro.
1] Tablita - Tabela de Deflações. Esta foi criada
para a correção das perdas inflacionárias dos
contratos de aplicações financeiras que tinham
valor de resgate pré-fixado e foi instituída a
partir do Decreto-lei 2.342/87. A Tablita foi
aplicada durante os planos econômicos Bresser,
Cruzado e Collor II.
Plano Bresser fim.

A inflação retoma rapidamente seu ritmo e
supera a marca de 10% ao mês. Bresser
tenta convencer Sarney a adotar pacote
de reformulações tributárias e de novos
cortes de gastos e de redução da máquina
estatal. Sarney não concorda e o ministro
pede demissão em dezembro. Na verdade,
desde o início ele não contara nem com
apoio político-partidário
partidário nem com a
confiança dos agentes econômicos
internos (sua briga com a Autolatina
assume em alguns momentos dimensão de
confronto), nem com trégua dos
trabalhadores e nem com alguma aposta
dos credores externos.
O Plano Verão
O Plano Verão entrou em
vigor em janeiro de 1989 e foi
o terceiro pacote econômico
depois do fim da ditadura
militar, o Plano Verão, em
termos numéricos, foi o mais
catastrófico. Depois dele a
inflação chegou ao mais alto
nível na história recente do
país.
Medidas do Plano Verão:
Criação
Criação do Cruzado Novo / corte de 3 zeros
1
1 cruzado novo = 1.000 cruzados
Congelamento de preços
Corte dos gastos públicos
Demissão
Demissão de 1/3 dos servidores sem concurso público
Queda
Queda da inflação para 3,6% am mas em outubro
daquela ano já estava novamente em 36% am
A
A inflação ficou acima dos 80% mensais antes da
posse de Fernando Collor, e gerou problemas judicia
que perduram até hoje devido às perdas bilionárias
dos clientes da poupança e dos assalariados.
CADERNETA DE POUPANÇA
Os
Os saldos das cadernetas de poupança que eram
corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor-IPC,
Consumidor
que em janeiro de 1989 atingiu o percentual
de 42,72%,, foram corrigidos, “erroneamente”, com
base no acumulado da Letra Financeira do Tesouro
Nacional- LFT,, verificado no mês de janeiro de 1989, o
que deduzido o percentual fixo remuneratório de
0,5%, gerou uma correção de apenas 22,35%.
PLANO COLLOR I
O que foi?
Um
Um dia após sua posse na
Presidência, em 16 de março de
1990, o então presidente
Fernando Collor anunciou o
Plano Brasil Novo – ‘apelidado’
de Plano Collor.
OBJETIVOS
Atacar
Atacar a inflação em 3 frentes:
redução do excesso de liquidez
(dinheiro circulando incentivava a
alta de preços),
corte
corte de déficit público (excesso de
gastos do governo) e
desindexação
desindexação (mecanismo que
reajusta automaticamente os preços
acompanhando a inflação passada)
MEDIDAS
 Bloqueio bancário
Medida mais lembrada foi o ‘confisco’ da poupança,
que bloquearia por 18 meses os valores dos
investimentos acima de NCz$ 50 mil. A lógica era que,
“tirando” o dinheiro de circulação, haveria menos
pressão inflacionária.
 Troca da moeda
O Cruzado Novo (NCz$) foi substituído pelo Cruzeiro
(Cr$), com dois propósitos: permitir o bloqueio sem ferir
a lei, já que os recursos seriam devolvidos em uma
moeda diferente; e marcar a mudança da política
econômica.
 Abertura comercial
O plano previa a redução gradual das tarifas de
importação, para forçar o aumento da competição.
Com importados mais baratos, os produtores nacionais
seriam forçados a reduzir seus preços e melhorar a
qualidade dos produtos.
PRINCIPAIS ASPECTOS
 Desindexação
As mudanças estabeleceram que contratos não poderiam mais
usar a inflação para correção monetária em prazos inferiores a um
ano. A lógica é que, ao aumentar os preços, essa indexação
“carrega” para a frente essa inflação passada.
Ajuste nas contas públicas
O governo determinou demissões em massa de servidores,
aumento de tarifas públicas e o início das privatizações – reduzindo
assim, a quantidade de dinheiro que o governo “despeja” em
circulação para pagar suas próprias contas.
ABERTURA COMERCIAL
 O plano Collor I ficou famoso pelo confisco, mas teve outros
aspectos importantes, como a abertura comercial do país, com
a redução gradual das tarifas de importação. A ideia era que,
com importados mais baratos, os produtores nacionais seriam
forçados a reduzir seus preços e melhorar a qualidade dos
produtos.
PLANO COLLOR II
Diante
Diante da incapacidade do plano Collor
I de controlar efetivamente a inflação,
em janeiro de 1991 o governo Collor
anunciou seu segundo plano, que
também buscava estimular a indústria
nacional, que ia mal, fazendo que o
desemprego aumentasse. Foi um plano
baseado em congelamento.
Plano Collor II MEDIDAS
 Além de controlar as altas de preços, buscou estimular a indústria
nacional, que ia mal. As medidas centrais foram as que
congelaram preços e salários, mudaram o critério de indexação e
promoveram a reforma financeira.
 Congelamento de preços e salários
Revisões de preços de acordo com avaliações do Ministério da
Economia. Os salários, por exemplo, foram convertidos pela média
real dos últimos 12 meses. O salário mínimo foi fixado em Cr$
15.895,46 – posteriormente, foram concedidos abonos mensais.
 Desindexação
O objetivo era limitar a aplicação de indexadores nos contratos
de fornecimento de bens, serviços e obra, e financeiros.
Introdução da TR
Foi introduzida, como instrumento indexador, a Taxa de
Referência de Juros (TR). Rendimentos como os da caderneta de
poupança e dos títulos públicos, financiamentos, empréstimos e
contratos a prazo passaram a ser regidos pela TR.
Medidas para equilíbrio fiscal
Foram tomadas 10 medidas para assegurar a meta de equilíbrio
fiscal para 1991. O destaque foi o ajuste de tarifas públicas (com
de 71,5% para os Correios, de 59,5% para energia e de 40% para
transporte ferroviário)
MEDIDAS
eforma financeira'
inção de overnight e criação do
ndo de Aplicações Financeiras
AF).
ímulo à economia
ram implantados programas de
ímulo à indústria e a revisão da
rutura tarifária, dando
osseguimento à abertura
mercial.
DINHEIRO ‘PERDIDO’
Mais
Mais de 20 anos depois,
muitos brasileiros ainda
esperam reaver as perdas
que tiveram com a
implantação do plano
Collor I. Quem tinha
dinheiro na poupança
entre abril e maio de 1990
pôde entrar na Justiça até
2010 para tentar reaver o
prejuízo.
PLANO REAL
 O programa brasileiro de estabilização
econômica é considerado o mais bembem
sucedido de todos os planos lançados nos
últimos anos para combater casos de
inflação crônica. Combinaram-se
se condições
políticas, históricas e econômicas para
permitir que o Governo brasileiro lançasse,
ainda no final de 1993, as bases de um
programa de longo prazo. Organizado em
etapas, o plano resultaria no fim de quase
três décadas de inflação elevada e na
substituição da antiga moeda pelo Real, a
partir de primeiro de julho de 1994.
O QUE FOI?
 O Plano Real foi um plano econômico, desenvolvido e aplicado
no Brasil durante o governo de Itamar Franco. Desenvolvido em 3
de junho de 1994, tinha como principal objetivo à redução e o
controle da inflação.
 Elaborado pelo ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso,
o plano de estabilização da economia contou com a
participação dos seguintes economistas: Gustavo Franco, Pérsio
Arida, Pedro Malan, Edmar Bacha, André Lara Rezende, entre
outros.
O Plano Real foi
apresentado de form
paulatina dando ao
povo um tempo pra s
acostumar a
mudança da moeda
foi feita em duas
etapas começando
com a URV até
chegar o REAL. O
econômico se uniu ao
social, e o sucesso foi
apenas a
consequência.
AÇÕES E FASES DO PLANO REAL:
 1ª - Redução de gastos públicos e aumento dos impostos como
forma de controlar as contas do governo.
 2ª - Criação da Unidade Real de Valor (URV) como forma de
desindexar a economia, até então indexada pelos índices de
inflação.
 3ª - Criação de uma nova moeda forte: o real (R$).
ETAPAS
 4ª - Aumento das taxas de juros e aumentos dos compulsórios
(dinheiro que os bancos devem recolher junto ao Banco
Central). Estas medidas tinham como objetivo reduzir o consum
e provocar a queda da inflação.
 5ª - Redução dos impostos de importação para aumentar a
concorrência com os produtos nacionais, provocando a
redução dos preços.
 6ª - Controle cambial, mantendo o Real valorizado diante ao
Dólar. Esta medida visava estimular a importação e aumentar a
concorrência interna, controlando o aumento dos preços dos
produtos nacionais.
SUCESSO
Plano Real
nhas Mestras do plano:
Desindexação da economia
Privatizações
Equilíbrio fiscal
Abertura econômica
Contingenciamento(
Contingenciamento( câmbio valorizado =
importações )
Políticas
Políticas monetárias restritivas
Resultados e desdobramentos
O
O Plano Real foi bem sucedido. A inflação
passou a ser controlada e diminuiu
significativamente com o passar dos anos.
Até hoje o Brasil colhe os frutos deste plano
econômico, pois temos a inflação perto
de 5% ao ano.
O Plano Real foi tão bem sucedido que
Fernando Henrique Cardoso conseguiu se
eleger presidente da República em 1994.
Componentes
na Maria de C. Cipriano
na Cristina
ndrea dos Anjos
Referências
 LOPES,, João do Carmo; ROSSETTI, José Paschoal. Economia monetária. 8
ed. Ver., ampl. e atual. – São Paulo: Atlas, 2002.
 VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; GARCIA, Manuel
Enriquez. Fundamentos de economia.
economia 2 ed. – São Paulo: Saraiva, 2005.
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Prof: Ana, O Processo inflacionário no Brasil.