Faculdade Cásper Líbero
Mestrado em Comunicação
Pós-Graduação Lato Sensu
Biblioteca “José Geraldo Vieira”
MANUAL DE METODOLOGIA DE PESQUISA
PRODUÇÃO E FORMATAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO
São Paulo, 2010
Apresentação
O objetivo deste manual é oferecer ao aluno de pós-graduação lato sensu ou de
Mestrado os subsídios necessários para a elaboração de um trabalho acadêmico. Ele está
dividido em duas partes. A primeira trata da produção do projeto, contemplando o
desenvolvimento de cada um dos ítens. A segunda está focalizada na formatação do
trabalho segundo as regras da ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Este é um trabalho coletivo: a primeira parte foi escrita no âmbito da disciplina
Metodologia de Pesquisa, ministrada por Luís Mauro Sá Martino no Mestrado, contando
com sugestões e discussões dos alunos, além dos comentários e ideias dos colegas
professores. A segunda é um trabalho realizado pela equipe da Biblioteca “José Geraldo
Vieira”, da FaculdadeCásper Líbero.
Espera-se, com este manual, permitir um maior dinamismo na produção acadêmica – é
um texto de consulta, com a única pretensão e finalidade de facilitar a vida do
pesquisador.
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PARTE I – A PRODUÇÃO DO TEXTO ACADÊMICO
01. Delimitação do Assunto da Pesquisa
02. Objetivo
03. O objeto de pesquisa
04. Método
05. Justificativa
06. Referencial teórico
07. Resumo & Palavras-Chave
08. Citações e Referências
09. Como elaborar uma resenha
Anexo: Modelo rápido para projeto de pesquisa
PARTE II – FORMATAÇÃO DO TEXTO ACADÊMICO
1. REGRAS GERAIS PARA A APRESENTAÇÃO
1.1
1.2
1.3
1.4
1.5
1.6
1.7
1.8
Formato
Espacejamento
Paginação
Indicativo de seção
Siglas
Ilustrações
Tabelas
Equações e fórmulas
2. ELEMENTOS DO TRABALHO ACADÊMICO
3. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
3.6
3.7
3.8
3.9
3.10
3.11
Capa
Lombada
Folha de rosto
Errata
Folha de aprovação
Dedicatória
Agradecimentos
Epígrafe
Resumo na língua vernácula
Lista de ilustrações
Lista de tabelas
3.12
3.13
3.14
Lista de abreviaturas ou siglas
Lista de símbolos
Sumário
4. ELEMENTOS TEXTUAIS
4.1
Citações
3
4.1.1
Citação com até 3 linhas
4.1.2
Citação com mais de 3 linhas
4.1.3
Citação direta
4.1.4
Citação indireta
4.1.5
Citação da citação
4.1.6
Omissões e acréscimos em citações
4.1.7
Grifo nosso ou grifo do autor
4.1.8
Citação de autores com o mesmo sobrenome
4.1.9
Citação de várias obras de um mesmo autor
4.1.10 Citação indireta de vários autores simultaneamente
4.1.11 Citação de informação verbal
4.1.12 Citação de trecho traduzido
4.1.13 Emprego de aspas simples na citação
4.2
Sistema de chamada para as citações
4.2.1
Sistema numérico
4.2.2
Sistema autor-data
4.3
Notas de rodapé
4.3.1
Notas de referência
4.3.2
Notas explicativas
5ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
5.1
Referências
4
PARTE I – A PRODUÇÃO DO TEXTO ACADÊMICO
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CAPÍTULO 1. DELIMITAÇÃO DO ASSUNTO DA PESQUISA
Há vários fatores que levam alguém a fazer uma pesquisa. A vontade de estudar, a
necessidade de um título acadêmico mais alto, recomendação de amigos, pressão das
empresas. Na prática, o caminho é um só – escolher um curso, voltar para a universidade,
entrar em contato novamente com o mundo acadêmico.
Nesse contato há um elemento que nem sempre foi contemplado na graduação: a
elaboração de uma pesquisa, seja a monografia no lato sensu ou a dissertação de
mestrado. Nos dois casos o processo é semelhante: escolhe-se um tema, discute-se com o
orientador, define-se o objeto. Há vários momentos de leitura, escrita e diálogo até o
texto ficar pronto.
No entanto, muitas vezes o primeiro contato com o trabalho acadêmico pode gerar
dúvidas – na pior das hipóteses, pânico – e, apesar da ajuda do orientador, algumas
decisões precisam ser tomadas por quem faz um trabalho acadêmico. A primeira delas,
talvez, seja a escolha do tema, e portanto vale pensar em algumas possibilidades de
trabalho – afinal, é o tema com o qual vai se lidar por um bom tempo: seis meses no caso
do lato, dois anos em um mestrado, quatro em um doutorado.
De certa maneira, fazer um projeto de pesquisa significa, em última análise,
endereçar uma grande pergunta à realidade. No projeto, seja no lato ou no mestrado,
temos que formatar essa pergunta, chegar até ela a partir de outras. Aprender a perguntar,
já nos lembra o filósofo alemão Martin Heidegger, é um dos caminhos para encontrar a
resposta de qualquer questão.
(a) Afinidade com o tema
Gostar do tema de pesquisa é um primeiro e importante passo. Fazer um
brainstorm, anotando em uma folha todos os temas de interesse, pode ajudar a mapear os
assuntos e temas dos quais se gosta, permitindo que se visualize com mais clareza as
possibilidades. Eventualmente, esse tipo de mapa escrito ajuda a juntar alguns temas em
um só, permitindo um maior desenvolvimento das idéias.
Nem todos os temas com os quais lidamos podem se tornar atraentes projetos de
pesquisa. Às vezes há uma variedade imensa de possibilidades dentre os assuntos que nos
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interessam, e é preciso usar outros critérios para escolher entre eles. Sem dúvida esses
critérios são tanto práticos quanto pessoais, e por isso vale a pena levar em consideração
algumas outras questões.
(b) Familiaridade com o tema
Nem sempre uma tema do qual gostamos nos é familiar. A afinidade com o tema
não significa necessariamente que se tem as condições de lidar com ele de maneira
acadêmica, o que requer um conhecimento mais aprofundado. Posso gostar de música,
por exemplo, mas não ter nenhum outro contato com o tema exceto aquele do fã. Nada
impede que se venha a estudar música, mas, dadas as limitações de tempo que um
trabalho de pós-graduação tem em qualquer nível, é o caso de pensar com calma se vale a
pena mesmo investir tempo e dedicação para lidar com algo completamente novo.
(c) Repertório cognitivo e conceitual
Este ítem de alguma maneira complementa o anterior, mas em outro sentido.
O estudo da Comunicação muitas vezes se socorre do repertório teórico da
Sociologia, da Psicologia e da Filosofia, para mencionar apenas três exemplos. Alguns
assuntos exigem conhecimentos mais aprofundados em alguma dessas áreas. É
necessário, nesse momento, um pouco de cuidado para pensar até que ponto somos
capazes de lidar com as bibliografias de cada assunto dentro da área de Comunicação.
Certamente não se espera do aluno de lato ou mesmo do strictu senso que ele
domine completamente seu tema de pesquisa quando entra no curso; a rigor, ele está lá
justamente para aprender/pesquisar e seria talvez contraditório esperar que um estudante
tivesse tudo pronto em um projeto de pesquisa que ainda será realizado.
A construção do repertório conceitual é um processo que ultrapassa as fronteiras
de uma pós-graduação, e está ligada à trajetória de vida de todos os alunos. É exatamente
isso, no entanto, que leva a pensar nas possibilidades de trabalhar com um tema.
Às vezes um tema é simplesmente mais difícil do que nossa capacidade de
compreendê-lo. Nada de errado nisso – ninguém tem obrigação de dominar todas as
bibliografias. Mas é importante ter isso em mente na hora de escolher um projeto. Se vou,
por exemplo, estudar a transformação de uma obra literária em telenovela mas estudei
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jornalismo impresso a vida toda e mal faço idéia do que se estudou sobre novelas, é
preciso ver se vale a pena começar do zero ou usar um tema com o qual já lido.
(d) Proximidade / Distanciamento
Essa questão já fez correr rios de tinta, e o pensamento corrente durante um bom
tempo era que fazer um trabalho acadêmico exige distanciamento total entre pesquisador
e tema pesquisado. Certamente esse distanciamente é desejável na medida em que faz
parte da construção de um “olhar crítico” saber ver o objeto de pesquisa sob outras lentes
que não as nossas usuais. No entanto, mais recentemente, outros autores vêm mostrando
que essa questão parece independer do relacionamento entre pesquisador e objeto.
Se há um elemento subjetivo, e sempre há um elemento subjetivo na pesquisa,
isso se manifesta de qualquer modo, tenhamos ou não familiaridade com um objeto. O
distanciamento não pode ser equiparado à indiferença pelo objeto, e, por conta disso, uma
relação afetiva é necessária.
Pesquisar o que se faz, o que se pensa ou mesmo aspectos próximos do cotidiano
não é sinônimo de falta de distanciamento; a postura do pesquisador a respeito do tema,
neste caso, parece ser mais importante do que o tema em si.
Há algum tempo, no campo da Sociologia da Religião, apareceu um debate
semelhante, do qual a área de Comunicação pode aprender algumas lições. Um renomado
sociólogo, baseando-se em Bourdieu, questionou se religiosos de qualquer denominação
podem fazer Sociologia da Religião, uma vez que isso não lhes daria o distanciamento
necessário por conta de seu envolvimento. A resposta de outro sociólogo foi justamente
questionar se alguém não-religioso teria mais desenvoltura para falar, uma vez que estava
igualmente envolvido com o tema, só que de forma negativa.
(e) Como o tema me interroga?
Se, como vimos, a filosofia nasce do espanto, é possível perguntar em que o tema
nos chama a atenção.
Às vezes um tema é atraente, interessante, gostamos dele e já sabemos o
suficiente para iniciar um estudo sistemático. O único entrave é que não parece haver
nenhum aspecto do tema relevante o suficiente para se tornar um problema de pesquisa.
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Às vezes simplesmente não há mesmo, ou, pelo menos, não conseguimos vê-lo.
A delimitação de um tema, nesse caso, passa justamente por um exercício de
auto-análise em relação ao assunto: o que chamou minha atenção nele? Quais aspectos
parecem colocar questões? O que há, nesse tema, que possa virar um objeto de pesquisa?
Quais são os elementos mais relevantes? Se não é possível responder a nenhuma dessas
perguntas, talvez o assunto não cause reflexão o bastante no pesquisador e não possa ser
transformado em um objeto de pesquisa.
(f) O que posso interrogar sobre o tema?
Se no item anterior procuramos ver em que o objeto nos chama a atenção, neste o
trabalho vai de dentro para fora: o que o tema tem de especial que pode atrair a atenção
dos outros? Quais são as dúvidas que o tema provoca em relação ao contexto onde está?
Quais são as perguntas que posso fazer a ele? Em termos práticos e objetivos, o que esse
tema tem de interessante e factível? Afinal, nem sempre um tema que desperta nosso
interesse pode, de fato, ser estudado – ou por ser grande demais, ou por estar muito
distante dos nossos saberes.
Interrogar o tema significa ter uma postura ativa, procurando ver os problemas, as
questões e ideias que podem derivar dele. Como ele se insere no conjunto da sociedade?
Quais são seus aspectos principais? Quais conflitos, problemas e ambiguidades ele
apresenta? Interrogar o tema significa ultrapassar a interrogação que ele nos faz e
observar, com olhar crítico, suas principais características.
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CAPÍTULO 02. OBJETIVO
Em linhas gerais, o objetivo de qualquer pesquisa é saber algo novo a respeito de
alguma coisa. Isso não significa necessariamente uma descoberta genial: às vezes, um
trabalho de organização bibliográfica sobre um assunto é mais relevante do que uma
investigação sobre alguma novidade que não traga algo de interessante. Cada projeto de
pesquisa tem um objetivo em particular, isto é, vai investigar um pedaço da realidade
para saber mais sobre ele. Portanto, o objetivo de uma pesquisa é a pergunta que essa
pesquisa vai responder. Depois de pronta, qual é o conhecimento novo que seu trabalho
vai trazer? Quando um leitor acabar de ler sua dissertação de mestrado ou monografia de
pós-graduação, o que ele vai saber que não sabia antes? No objetivo do trabalho, o
pesquisador precisa explicar o que ele quer saber com a pesquisa.
Em geral, um bom objetivo se caracteriza pela brevidade e pela clareza. A
experiência mostra que um bom objetivo é aquele que pode ser resumido em uma frase –
“estou estudando blogs feitos por pessoas com mais de 70 anos” ou “estou estudando o
impacto do patrocínio de shows de rock no posicionamento de uma marca”. Se o objetivo
requer muitas explicações anteriores é porque algum elemento merece ser revisto.
Não se trata de um elogio ao simplismo, mas de buscar a clareza no pensamento.
Certamente essa pergunta de pesquisa vai se desdobrar em muitas outras, mas ter uma
definição clara e direta forma uma espécie de referência que se deve ter em mente
durante a elaboração da pesquisa – o objetivo é como um marco ou uma âncora que
orienta o pesquisador, evitando que ele se perca na discussão de assuntos que não estão
ligados ao objetivo. Em outras palavras, é o eixo estruturante do trabalho, a partir do qual
são definidos o objeto e o método da pesquisa.
Aliás, vale sublinhar aqui algo que será repetido em outros momentos: objetivo,
objeto e método estão interligados. A divisão que se faz é apenas didática.
Não é possível existir uma incongruência entre esses três elementos, sob pena de
implodir a pesquisa. Se meu objetivo é saber “a opinião de um grupo de estudantes sobre
o caderno de esportes de um jornal X”, meu objeto não pode ser outro senão a opinião
desse grupo de estudantes e o método será um exame dessa opinião. Entrevistar o dono
do jornal, por mais interessante que seja, não está no objetivo, e portanto é questionável
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se se deve perder tempo com isso. (Qual seria o sentido de ter como objetivo conhecer a
opinião dos leitores entrevistando o proprietário?)
Alguns autores dividem os objetivos entre gerais e específicos, teóricos e
práticos. José Arthur Gonçalves (2008), por exemplo, menciona essa divisão explicando
que os objetivos gerais seriam os de “longo alcance”, pensando nas contribuições gerais
que o projeto pode dar. Os específicos estariam relacionados com o alcance do projeto
propriamente dito. Os objetivos teóricos se refeririam à possibilidade de aplicação de um
certo referencial conceitual, enquanto os práticos seriam os resultados concretos que se
espera alcançar. No entanto, vale dizer que essa divisão não é obrigatória e muitos
projetos podem ser feitos sem ela.
O que é fundamental, no entanto, é ter claro que o objetivo, para qualquer
avaliação, é uma espécie de declaração de intenções do autor do trabalho; definir
objetivos realistas, que possam ser alcançados no prazo de elaboração do trabalho é algo
fundamental – e, não custa nada lembrar, os resultados precisam estar relacionados com
os objetivos: se meu objetivo é “examinar a leitura de sites de notícias por jovens de 18 a
21 anos”, não posso apresentar como resultado uma pesquisa bibliográfica sobre “o que é
um site de notícia”.
Além disso, é bom ter em mente que quanto mais delimitado um objetivo, melhor
– em geral, objetivos amplos revelam-se impossíveis de serem realizados.
Um objetivo como “mostrar o processo de seleção de notícias na internet”
certamente demandaria vários anos de trabalho até que o autor desistisse, por morte ou
exaustão. A solução é, desde o início, deixar o objetivo mais modesto: “mostrar o
processo de seleção de notícias nos sites X e Y no período…”. O primeiro exemplo pode
ser um bom tema, mas apenas o segundo é um objetivo.
As regras para escolher o objetivo são praticamente as mesmas usadas para a
delimitação do assunto. Há, no entanto, um elemento novo que já faz a transição para os
próximos itens: conseguir cumprir o objetivo depende das possibilidades de se encontrar
e trabalhar o objeto a partir de uma metodologia.
Isso significa que, às vezes, um objetivo claro e bem formulado pode ser
completamente invalidado se, por exemplo, o objeto de pesquisa não estiver disponível
ou for estudado a partir de uma metodologia errada.
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Na prática de pesquisa, a relação entre objetivo, objeto e método é geralmente
circular – cada um deles altera o outro de maneira dinâmica durante o trabalho. Longe de
ser um problema, isso é uma característica de qualquer trabalho que pretenda lidar com
uma realidade em constante transformação.
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CAPÍTULO 3. O OBJETO DE PESQUISA
O chamado “objeto” de uma pesquisa é o material que vai ser estudado. É aquilo
que será de fato examinado concretamente para, a partir daí, se chegar aos objetivos da
pesquisa. Aliás, é bom dizer desde o início, e mais uma vez, que objetivo e objeto estão
diretamente ligados, e o objeto da pesquisa precisa ser coerente com os objetivos – se,
por exemplo, meu objetivo é saber a opinião de um determinado grupo de pesssoas a
respeito de uma telenovela, meu objeto necessariamente será a opinião dessas pessoas,
obtida a partir de entrevistas, emails, questionários, seja como for. Não adianta, nesse
exemplo, gastar tempo pesquisando a fundo a história da telenovela, entrevistando a
produção da emissora de TV ou adotando outro procedimento que não esteja diretamente
ligado à opinião das pessoas.
A escolha do objeto pode acontecer em vários momentos da pesquisa – por
exemplo, alguém pode, logo de saída, ter interesse em estudar histórias em quadrinhos do
Homem-Aranha, por exemplo. Em outros casos, a escolha do objeto acontece depois da
escolha do tema – tenho interesse em estudar “jornalismo na internet”, e só depois de
focalizar melhor o objetivo (digamos, “como vídeos são usados para complementar os
textos jornalísticos na internet”) posso definir meu objeto – no exemplo, notícias
publicadas nos sites jornalísticos X e Y que usem vídeos.
O objeto, em geral, costuma ser bastante limitado. Às vezes isso parece frustrante
para o pesquisador, que inicia seu trabalho de pesquisa lidando com um tema
aparentemente amplo e empolgante – “a representação da mulher nas revistas femininas”
– e termina, na prática, analisando seis ou sete exemplares de duas publicações. Esse
procedimento, no entanto, está ligada à própria definição do que é um trabalho
acadêmico: o objeto precisa ser estudado com o máximo rigor e profundidade possíveis.
Ao contrário de outros tipos de trabalho, uma dissertação ou monografia em geral
não é, digamos, “panorâmica”, cobrindo todos os aspectos de um tema; ao contrário,
focaliza em um único aspecto para poder tratá-lo com segurança. Por que isso? Porque,
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caso contrário, o aluno não conseguiria ter tempo hábil para fazer um exame detalhado do
objeto.
Imagine-se, por exemplo, que alguém fará um estudo da cobertura do
webjornalismo sobre determinado partido em um ano eleitoral. O objetivo é verificar
como é construída a imagem do partido. Um tema simples, um objetivo definido – tratase, agora, de escolher o objeto.
Quantos sites jornalísticos existem em atividade? Não é possível estudar todos,
sob pena de o estudo não ter fim. Quais os mais relevantes? O foco será apenas nos
grandes sites, ligados a empresas jornalísticas? Ou será a comparação entre um grande e
um alternativo? Essas perguntas ajudam a delimitar a área do objeto. Imagine-se que a
escolha recaiu em uma comparação entre um site de um grande jornal e o site jornalístico
de uma ONG. Mesmo assim o número de notícias seria enorme – basta pensar em
quantos textos são publicados a respeito de política em uma única semana.
É necessário fazer um segundo recorte, desta vez temporal. Um “ano eleitoral” é
um período de tempo muito longo para se acompanhar em detalhes. É preciso
circunscrever melhor a pesquisa, definindo quais dias desse ano serão analisados –
acompanhar os 365 é impossível. A escolha pode recair, hipoteticamente, em dataschave: o lançamento das candidaturas, o início do horário eleitoral na televisão, dois dias
antes da eleição, o dia, a divulgação dos resultados, a repercussão dois dias após. Com
isso, aquele universo de milhares de notícias possíveis se transformam em um conjunto
de, por exemplo, trinta ou quarenta textos – o objeto concreto, aquilo que ficará sobre a
mesa para ser estudado.
(a) Acesso ao objeto
Como você vai obter o material de estudos? Ele está disponível em algum local de
consulta pública? Ou pertence ao acervo privado de alguma pessoa ou instituição?
No primeiro caso, é possível ao pesquisador ter contato com o material? Está
fisicamente ao seu alcance? Um documento em uma universidade do Pará, mesmo sendo
público, talvez não esteja acessível para um pesquisador de Santa Catarina, por exemplo.
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Na segunda alternativa, é preciso levar em consideração que nem sempre é
possível contar com a boa vontade de empresas e instituições – emissoras de TV, por
exemplo, nem sempre liberam o acesso aos seus acervos de tapes ou mesmo à entrevistas
com seus funcionários, equipes de criação, autores, etc.
(b) Pessoas
Se seu objetivo é saber como acontece a recepção de um produto midiático ou
conhecer as condições de produção da mídia, isso pode envolver entrevistas com pessoas
– seu objeto será o que essas pessoas falarem. Isso também merece uma reflexão prévia:
haverá tempo hábil de fazer essas entrevistas? Afinal, trata-se de equilibrar duas agendas,
a do pesquisador e a dos entrevistados. E nem sempre os entrevistados estão interessados
em falar: posso, por exemplo, ter como objetivo saber como é a produção de um
telejornal a partir de entrevistas com produtores, repórteres e apresentadores e
simplesmente não conseguir que nenhum deles fale comigo.
No caso de entrevistas, se se vai começar do zero, é bom ter em mente que isso
demanda tempo e há sempre o risco de o entrevistado não falar. Não se trata de uma
entrevista jornalística, e a disposição em colaborar varia. Talvez seja o caso de avaliar
quanto tempo se tem para iniciar os contatos.
(c) Coisas
Se o objeto é uma coisa – digamos, notícias de jornal ou capítulos de uma
telenovela – o procedimento é outro, mas requer o mesmo rigor na seleção do material. O
objeto, como dito, está ligado diretamente ao que pretendo saber em meu objetivo. E
deve-se levar em consideração o tempo e as condições necessárias para se obter o
material. Para estudar um telejornal, por exemplo, é necessário gravá-lo diariamente – o
pesquisador terá tempo para isso? Do mesmo modo, se o objetivo implica lidar com
material em outras línguas, o pesquisador tem domínio desse idioma? Usar traduções
nem sempre é uma alternativa válida, conforme o que se pretende saber. No caso de uma
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pesquisa histórica, o material ainda existe? Está disponível para compra ou apenas em
bibliotecas? Há coleções completas disponíveis em algum lugar?
(d) Objeto dado e construído; contexto
Não é demais lembrar que nem todo objeto está explícito para o pesquisador. Em
alguns casos, é necessário literalmente isolar o objeto de estudo de seu contexto para se
chegar ao objetivo. A realidade, descontínua, multifatorial, polivalente, em geral não
apresenta objetos óbvios de estudo. É necessário ao pesquisador delimitar o que vai ser
estudado, qual é a parcela mínima dessa realidade que se converterá em seu objeto de
estudos. Não é possível, no espaço de uma monografia ou dissertação, dar conta de toda a
complexidade de um objeto, por mais insignificante que seja. O pesquisador precisa,
portanto, definir exatamente o que vai ser estudado – isso é o ato de construir o objeto.
Isso não significa, de modo algum, que não se vai levar em conta o contexto do
objeto. Tratar um determinado elemento como se fosse algo desconectado de toda a
realidade ao seu redor seria uma agressão lógica e conceitual. O equilíbrio entre o objeto
e o contexto é algo que se aprende na prática de pesquisa e no diálogo com o orientador,
de maneira a manter o objeto como figura em primeiro plano, deixando o contexto como
plano de fundo.
Isso é também uma questão de tempo. Em muitos trabalhos acadêmicos o
pesquisador gasta tanto tempo e esforço com informações contextuais detalhadas que
quando finalmente chega ao objeto não há mais tempo nem disposição para tratá-lo com
o rigor necessário. O contexto é importante na medida em que ajuda o leitor a
compreender o objeto, mas não pode tomar o lugar dele.
A escolha do objeto é um dos momentos cruciais na elaboração de uma pesquisa
acadêmica. Afinal, é a partir dele que se estrutura todo o restante do trabalho – um
objetivo claro leva a um objeto claro, que garante a força de qualquer texto acadêmico ou
científico.
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CAPÍTULO 04. MÉTODO
A definição da metodologia é um dos momentos mais criativos do trabalho
acadêmico, quando o pesquisador, junto com o orientador, escolhe a maneira como vai
estudar o objeto. Isso significa também que a metodologia não pode ser separada do
objeto – o que será estudado – nem do objetivo, o que é que se quer saber estudando o
objeto. Por que a metodologia é um momento criativo? Porque não existe uma fórmula
ou um método. Cada trabalho de investigação exige que métodos anteriores sejam
adaptados, refeitos, remodelados e modificados para dar conta de novos objetos. Não é
possível usar o mesmo método, digamos, para estudar um jornal impresso e um jornal na
web; a especificidade de cada um dos meios certamente traria dificuldades ao autor da
pesquisa. Nos trabalhos acadêmicos, é possível encontrar dois usos para a palavra
“metodologia”. O primeiro refere-se ao método como “maneira de estudar o objeto”.
Nesse caso, o método precisa ser definido de acordo com o que se quer saber. Em outras
palavras, o método é a maneira de interrogar o objeto para conseguir a resposta para a
pergunta do objetivo.
Por outro lado, o modo de obtenção do objeto já faz parte do método empregado:
se vou analisar a recepção de um grupo de pessoas sobre um programa de televisão e
decido fazer entrevistas, essa parte já pode ser considerada como “método”. Assim, é
possível entender também o método como o conjunto de procedimentos de pesquisa que
serão adotados para se chegar ao resultado proposto no objetivo.
Pensando no primeiro sentido da palavra, a pergunta a respeito do método
também acontece quando o pesquisador já conseguiu reunir todo o material que constitui
o objeto e se depara com uma questão das mais complexas: o que fazer com todo esse
material? A resposta é o “método” propriamente dito.
Existe uma pluralidade quase infinita de métodos, cada um elaborado de acordo
com as necessidades de uma área do saber. Mesmo dentro de uma área específica como a
Comunicação é possível encontrar vários métodos para se estudar o objeto. Isso depende
principalmente de dois fatores: qual é meu objeto e o que quero saber dele.
No primeiro caso, é fundamental que o método seja compatível com o objeto e
com o objetivo. Se quero saber como um determinado site jornalístico determina o que
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vai ser publicado e o que está fora da pauta, tenho pelo menos duas possibilidades de
objeto: a equipe de produção do site e as notícias publicadas. No primeiro caso, meu
método será fazer uma série de entrevistas com a equipe; no segundo, uma análise do
texto das notícias. É possível cruzar as duas? Possível é, recomendável não. O primeiro
motivo, já discutido em outros tópicos, é o tempo gasto para elaborar cada uma das partes
– não é possível dar conta de dois procedimentos diferentes no espaço de tempo de um
curso de pós-graduação ou mestrado. O segundo motivo é a respeito dos resultados: no
primeiro caso, o objeto é a fala dos produtores, e portanto o texto das notícias fica como
pano de fundo; no segundo, ao contrário, a opinião dos produtores não interessa na
medida em que o método usado vai classificar as notícias de acordo com critérios
definidos pelo pesquisador – o resultado obtido entre as pesquisas tende a ser diferente.
O método, portanto, depende do objeto e leva a resultados diversos conforme a
sua utilização. A escolha do método usado em cada pesquisa é fruto do diálogo entre
orientador e pesquisador, mas é possível ter uma idéia geral de alguns procedimentos
mais comuns.
(a) Métodos quantitativos X Métodos qualitativos
Em uma primeira distinção, pode-se notar uma diferença na interrogação: o
método quantitativo pergunta “como está uma situação”, permite uma descrição da
situação, enquanto o qualitativo dedica-se a questionar o “porquê” de alguma coisa, ao
estabelecimento dos valores – morais, sociais, éticos – existentes por trás de uma atitude
qualquer. Essa distinção é fundamental para o conhecimento da realidade de uma ou
outra perspectiva. Pode-se inferir o número de 60% dos eleitores de um partido X, e isso
nos mostra um cenário. Pode-se, também, falar com dez ou quinze eleitores típicos de um
partido e tentar entender o porquê de seu voto. Em um caso trata-se de retratar a
realidade, em outro, de interpretá-la.
1. O quantitativo: entre a certeza e o mecanicismo
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A “pesquisa de opinião” é provavelmente o tipo mais representativo da
modalidade quantitativa. Seu objetivo é saber, em um período curto de tempo, a opinião
de um grupo de pessoas a respeito de um assunto. Registra as linhas gerais de
pensamento e atitude frente a determinadas situações da realidade e encontra no volume
de respostas a força de sua argumentação. No método quantitativo o público é visto em
blocos separados por suas opiniões. São apontadas, por esse método, as tendências de
ação em uma escala macro, isto é, as grandes linhas de pensamento existentes, sem se
preocupar com a articulação de motivos. Pode-se dizer que o levantamento quantitativo
faz uma cartografia das principais opiniões. Assim como em um mapa-múndi, os detalhes
são deixados de lado em prol do resultado global.
O método quantitativo nasce da necessidade de se estabelecer variáveis numéricas
para as ações sociais e, dessa maneira, estabelecer alguns efeitos possíveis do número
dessas ações. A quantidade é um eixo fundamental para a distinção entre um fenômeno
social e um particular. É diferente se uma pessoa pede pizza às quintas-feiras à noite ou
duzentas mil pessoas demandam o mesmo produto no mesmo momento. Em seu
conhecido estudo sobre o suicídio, Émile Durkheim demonstra quantitativamente como
esse ato estritamente pessoal ganha uma conotação social por conta do número de
pessoas levadas a tirar a própria vida. Na escala de grandeza, o particular torna-se social a
partir de uma tênue fronteira entre a decisão aleatória e a esperada.
Ao mostrar as linhas mestras de conduta de uma sociedade, consigo explicar
algumas modalidades típicas de ação e mesmo ir mais além, estabelecendo alguns
parâmetros mais ou menos freqüentes de acontecimentos em série. Posso estabelecer, em
termos quantitativos, que ocorrem mil casamentos por ano em uma cidade do interior,
mas não é possível explicar o motivo de cada uma das duas mil pessoas procurarem trocar
alianças a cada ano. Essa deficiência do método quantitativo é compensada por indicar os
dados objetivos da realidade. Para o comércio local, tanto faz se os casamentos são
motivados pela beleza ou pela inteligência, contanto que seu número faça diferença na
economia.
Em um campanha eleitoral, por exemplo, interessa a princípio a votação total de
um candidato. Em segundo plano ficam as averiguações mais filigranadas, mas ainda
assim com o cruzamento de variáveis quantitativas – por exemplo, o número de votos x
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grupos de renda. Os estudos são direcionados para a separação da realidade em “fatias”
de público, de acordo com a opinião.
As pesquisas quantitativas são geralmente feitas a partir de uma amostra
representativa do todo a ser pesquisado. Em seguida, submete-se toda a amostra ao
mesmo tipo de perguntas – um questionário, com respostas espontâneas ou estimuladas –
e, para a conclusão, tabulam-se as respostas, separadas conforme a opinião expressa.
Certos manuais de pesquisa apontam como uma falha do método quantitativo ser,
de certo modo, mecanicista, entendendo o público como passível de ter reações
mecânicas. Sem dúvida há raízes comportamentalistas (behavior) neste método, mas sua
aplicação está condicionada a alguns momentos na dinâmica social. A análise
quantitativa se mostra necessária quando existir a necessidade de investigar as
características gerais de uma situação.
2. O qualitativo: a compreensão e os limites da interpretação
As análises qualitativas têm prestígio nas ciências humanas. O princípio
fundamental de oposição ao método qualitativo é de ordem filosófica. O ser humano não
pode ser medido e classificado como outros seres ou como os elementos da natureza.
Dotado de uma razão, encontra um sentido para suas atitudes e atribui um significado às
suas ações. Sua compreensão depende mais da interpretação e da compreensão de suas
razões do que propriamente da aferição deste ou daquele momento. A pesquisa
qualitativa, portanto, dispensa o critério da magnitude em favor da compreensão das
ações humanas. Menos precisa, mas ao mesmo tempo mais próxima da realidade humana
– seres humanos costumam ficar distantes da precisão matemática em suas ações.
Qualquer grau de previsibilidade existe em função de variáveis conhecidas. O problema é
essa última restrição: as variáveis “conhecidas” são sempre poucas diante do universo de
fatores responsáveis pela decisão de um ser humano.
Essa é uma das principais críticas enfrentadas pela análise qualitativa. Se com o
rigor dos métodos quantitativos são possíveis falhas, que se dirá do terreno incerto das
opiniões e dos discursos da análise qualitativa?
20
A princípio, a pesquisa qualitativa parece mais fácil de ser feita. Não implica
tabulações, cálculo de amostras por população, aplicação de centenas de questionários
para se chegar a algum resultado. Ao contrário, lembra antes uma entrevista ou uma
conversa entre os participantes. Aliás, a entrevista é um dos métodos por excelência da
análise qualitativa. A fala do pesquisado é o objeto a ser decifrado como chave para a
compreensão das ações. Se, na pesquisa quantitativa, temos uma análise de dados e
números, a qualitativa é sempre uma análise das características de algum texto a partir do
qual se infere outras perspectivas e interpretações.
E não apenas na aplicação aos seres humanos. Mesmo quando o objeto é,
digamos, a cobertura de um jornal, a análise de discurso na pesquisa qualitativa permite
encontrar dados seguros para sustentar uma afirmativa. É possível estabelecer que um
jornal publicou 300 matérias sobre o candidato do governo e apenas 150 sobre a
oposição, mas o teor qualitativo é imprescindível para saber exatamente quais são as
opiniões do jornal. É evidente que, por si só, o número já é um dado importante, mas
apenas o discurso fornece indicações mais precisas das idéias e dos fatos.
Na análise qualitativa, o valor de cada ato é expresso em si. Daí, por exemplo, a
falha em tentar medir as ações humanas a partir de critérios exclusivamente numéricos.
Em uma partida de futebol, por exemplo, um time pode ter dominado os 90 minutos do
jogo e liderado com absoluta folga o número de ataques e chutes ao gol. No entanto,
basta um único ataque bem-sucedido do adversário para jogar no lixo a lógica da
pesquisa quantitativa: o valor de uma única ação foi suficiente, em qualidade, para arrasar
a superioridade numérica. Um elemento, insignificante em termos numéricos, ofuscava
todo o resto da questão.
Além dessa distinção, vale mencionar brevemente três tipos específicos de
método.
(b) Entrevista
Método por excelência para a obtenção de dados quando o objeto é a vivência de
pessoas a respeito de alguma coisa. A produção de uma telenovela, por exemplo, pode ser
estudada a partir de entrevistas com os criadores, assim como a recepção de um telejornal
21
em uma determinada comunidade implica uma entrevista com os moradores do local. Em
geral as entrevistas são feitas pelo pesquisador, seja pessoalmente, por telefone ou mesmo
por email – a pertinência e a validade de cada uma dessas modalidades é uma questão
para ser discutida caso a caso com os orientadores: em algumas situações a entrevista
presencial é absolutamente obrigatória; em outras, um email pode ser o suficiente.
Isso também está ligado ao tipo de entrevista que se faz.
Fechada (ou estruturada) – Usadas geralmente nas pesquisas quantitativas. A
entrevista é feita a partir da aplicação de questionários fechados, isto é, com perguntas
absolutamente iguais para todos os entrevistados. O questionário é obedecido o tempo
todo, e as respostas só podem ser encaixadas dentro dele – qualquer resposta que fuja às
perguntas é simplesmente ignorada como irrelevante para o que se pretende saber.
Semi-aberta (ou semi-estruturada) – Há um questionário, mas ele serve mais
como um roteiro de perguntas sobre o que se pretende saber; respostas que não estiverem
previstas no questionário são levadas em consideração, mas o pesquisador procura trazer
o assunto de volta para as perguntas do questionário – sem ficar restrito a elas, no
entanto.
Aberta – É quase um diálogo entre pesquisador e entrevistado. Há um roteiro de
pesquisa, mas em termos bastante gerais – trata-se mais de um conjunto de tópicos para
discussão do que propriamente perguntas mais definidas. A vantagem desse método é que
se pode obter uma gama maior de informações do entrevistado – o perigo é a entrevista se
perder completamente e o pesquisador não obter as informações necessárias para o
trabalho.
(c) Pesquisa de campo
Como o nome sugere, na pesquisa de campo o pesquisador deixa o gabinete de
estudos e vai literalmente atrás do objeto. É necessária quando o objetivo requer a
observação in loco de algum fenômeno. Se o objetivo de meu projeto, por exemplo, é
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estudar o cotidiano da produção de um programa de humor, é talvez recomendável que se
faça uma pesquisa de campo passando alguns tempo na redação, convivendo com as
situações do dia a dia, observando e tomando notas. Ainda como exemplo, se quero fazer
um estudo de recepção de um telejornal ou telenovela, posso optar por assistir à televisão
junto com uma família – ou famílias – previamente selecionadas e observar como elas se
articulam com a mensagem da televisão: os comentários feitos, a interação entre as
pessoas, as conversas paralelas e tudo o mais.
O chamado “tempo de campo” requer uma preparação prévia do pesquisador. Não
se trata apenas de chegar no campo e observar: é preciso treinar o olhar, a partir da leitura
e de outras pesquisas, para se saber o que se vai observar. Dessa maneira, evita-se que o
pesquisador se perca com detalhes e situações que não dizem respeito diretamente ao seu
estudo.
Além disso, evidentemente, em alguns casos requer uma série de trâmites para se
conseguir o acesso ao local da pesquisa – nem sempre as pessoas estão dispostas a abrir
sua casa para uma pesquisa, e empresas muitas vezes costumam criar barreiras
burocráticas para a realização de qualquer estudo em seu ambiente. É necessário ter isso
em mente ao se optar por uma pesquisa de campo.
(d) Análise de narrativa – texto, dicurso, conteúdo, texto visual
Quando o objetivo se refere a entender, por exemplo, “como a situação x é
representada na mídia” ou “como o feminino é construído na revista y”, o método que se
impõe para interrogar o objeto é a análise de texto. Uma advertência preliminar: a
expressão “análise de narrativa” é usada aqui em um sentido bem amplo. As diversas
correntes teóricas têm maneiras diferentes de denominar a análise do que é dito, escrito
ou mostrado – “análise de texto”, “análise de discurso” e “análise de conteúdo” não são
maneiras diferentes de dizer a mesma coisa, mas posturas metodológicas diferentes, de
acordo com o que cada teoria entende por “texto”, “discurso” e “conteúdo”. Não é o
espaço, neste breve manual, de discutir o que se entende com cada uma dessas
expressões.
23
Vale, no entanto, relembrar que esse tipo de análise refere-se ao estudo do texto,
seja ele entendido como o que está escrito, seja pensado como um conjunto de imagens
ou de qualquer outra maneira. No caso da pesquisa em Comunicação, isso significa que o
foco, em geral, está no material já veiculado em algum tipo de mídia.
Se não houvesse nenhum padrão de conduta seria virtualmente impossível
qualquer interpretação; da mesma maneira, se os padrões fossem absolutamente iguais
não haveria por que pesquisar. Na intersecção entre o determinado e o aleatório está o ser
humano. A análise qualitativa procura entender melhor os princípios aleatórios,
justamente tentando identificar padrões onde aparentemente eles não existem.
24
CAPÍTULO 05. JUSTIFICATIVA
Imagine que uma agência de incentivo à pesquisa, como a Fapesp, a Capes ou o
CNPq ofereçam uma bolsa de estudos para a realização do seu projeto. Para ganhá-la,
tudo o que você tem a fazer é mostrar a relevância de sua pesquisa – por que ela é
importante, por que o tema deve se estudado agora, qual é sua relevância. A resposta para
essas perguntas é a justificativa do projeto.
O desafio dessa parte é encontrar razões e dados concretos que informem ao leitor
por que seu projeto é relevante. Trata-se de mostrar, com argumentos, fatos e dados, que
o projeto de pesquisa é importante, não dizer isso apenas. A dificuldade muitas vezes está
em encontrar motivos que tornem o projeto relevante para outras pessoas – o pesquisador,
espera-se, sabe por que está fazendo aquele projeto; a questão na justificativa é convencer
outras pessoas dessas razões.
Às vezes, por conta do envolvimento com a pesquisa, o autor esquece que seu
trabalho é apenas um entre outros milhares. Por isso é importante saber justificá-lo e
defendê-lo, identificando qual é a necessidade objetiva de se fazer um determinado
trabalho naquele momento. Por que é importante, digamos, fazer um estudo de recepção
da telenovela x pelo público y? O que isso tem de importante para a pesquisa em
Comunicação? E para a Universidade? Em que isso contribui para se conhecer melhor a
sociedade e sua mídia? As razões nem sempre são evidentes, mas há alguns argumentos
gerais que podem auxiliar nessa tarefa.
Começando pelo que não dizer. (1) A ilusão do ineditismo: “A pesquisa
bibliográfica feita mostra que não há projetos desse tipo”. Frases como esta são comuns
em projetos de pesquisa, mas, em geral, não servem como um bom argumento. Em
primeiro lugar, como o pesquisador sabe que não há, em uma faculdade do outro lado do
Brasil, um trabalho a respeito do tema? Esse argumento também pode ser lido como um
indício de pretensão do pesquisador: quem garante que sua pesquisa bibliográfica foi
completa? (2) A ilusão da auto-evidência: “Este projeto é importante por lançar luz em
uma área nova”; “Este projeto pretende dar uma contribuição à área de estudos”; frases
como essas parecem indicar que o projeto é importante por si só e não precisa ser
justificado – sua relevância é visível. Esse tipo de argumento, além da leitura como
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pretensão, também parte do princípio de que todas as pessoas tem a mesma idéia a
respeito do que é “relevante” ou não.
Em um sentido mais positivo, existem algumas formas de argumentação que
podem auxiliar na justificativa – mas note-se que não se trata de fórmulas, mas de
argumentos que, adaptados às características de cada projeto, podem ajudar a construir a
justificativa.
(a) Relevância histórica / contemporânea
Mostrar que o tema é atual pode ser um bom argumento. Tema “atual” não quer
dizer necessariamente contemporâneo: a análise de um fato histórico que possa trazer
alguma luz sobre fenômenos do presente é “contemporânea” na medida em que tem
relevância para a vida atual. O importante, neste caso, é mostrar que saber mais sobre um
fato x acontecido em outra época pode ajudar a compreender uma situação y atual.
Por outro lado, um tema pode ser justificado como contemporâneo se for possível
mostrar ao leitor, por exemplo, sua pertinência na vida cotidiana – a frequência de um
tema nas capas de revista semanais, por exemplo, pode ser vista como um indício de sua
relevância.
(b) Magnitude do tema
O número de pessoas envolvidas com um determinado tema também é um indício
de sua relevância. Certamente esse aspecto quantitativo pode ser discutido, mas não se
trata de buscar provas, apenas de mostrar o número de pessoas envolvidas por aquele
tema – um estudo de telenovela, por exemplo, pode ser justificado quando se mostram
altos índices de audiência como um sinal da sua presença no cotidiano.
(c) Fatores econômicos
Considerações sobre os aspectos econômicos do tema também são boas
justificativas. O volume de movimentação financeira gerado por um determinado produto
da mídia, por exemplo, pode ser visto como um fator de relevância – um filme que
arrecada milhões de dólares em três dezenas de países, por exemplo. Ou o consumo de
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produtos ligados à sua franquia, digamos. Dar números, sobretudo no aspecto financeiro,
ajuda o leitor a ter uma dimensão mais exata do que se está falando.
(d) Especificidade do tema ou do objeto
Argumentos que se baseiem na especificidade do tema ou do objeto também
podem ser usados como justificativa. Nesse sentido, a justificativa começa com uma
interrogação para si mesmo: o que esse tema/objeto tem de atrativo? O que me levou a
observar esse tema com mais atenção? Não se trata de usar argumentos subjetivos como
“eu gosto” ou “sempre me atraiu”, mas procurar os elementos objetivos que despertam
seu interesse – isto é, quais são as características do objeto que o tornaram interessantes
para você. Com isso, é possível que o pesquisador mostre um ângulo do tema ou do
objeto que até então não havia sido muito explorado.
(e) Diferença específica do projeto
Após uma detalhada análise bibliográfica, citando autores e livros, o autor do
projeto pode afirmar que seu trabalho se insere na tendência x, mas se diferencia dela
pelos aspectos y e z. Isso é diferente de afirmar, como no contra-exemplo, que “não há
estudos sobre esse assunto”. O pesquisador, levando em conta sua pesquisa preliminar,
tem o direito de dizer, com todo o cuidado textual, em que o seu projeto se diferencia dos
outros e qual é a relevância dessa diferença – novamente, a especificidade do assunto.
A justificativa é o momento em que o pesquisador precisa “vender” sua pesquisa,
e para isso é fundamental estar ciente das qualidades e novidades objetivas de seu
projeto. A partir daí, a construção da justificativa fica quase automática – saber explicar a
relevância do próprio projeto é um índice de que as coisas estão no lugar.
27
CAPÍTULO 06. REFERENCIAL TEÓRICO
Em linhas gerais, o referencial teórico é o conjunto de livros ou autores que
pautam uma pesquisa, isto é, oferecem as diretrizes conceituais e teóricas dentro das
quais os dados serão analisados. Esse referencial é construído a partir de leituras, aulas e
mesmo experiências com as quais se aprende a identificar, no objeto observado,
características, peculiaridades e elementos que, de outra maneira, ficariam escondidos
sob a capa do senso comum. Um repertório teórico faz olhar a realidade de outra maneira,
geralmente mais sutil, e identificar relações que vão além da aparência.
Portanto, sem um referencial teórico é praticamente impossível realizar uma
pesquisa.
O conhecimento que a pesquisa traz, nesse sentido, nasce do confronto
dialógico entre as pesquisas anteriores e os novos dados que cada pesquisador vai obter.
Essas “pesquisas anteriores”, publicadas em geral como livros e artigos, formam o
“referencial teórico” de cada campo do conhecimento.
Iniciar um trabalho de pesquisa, em qualquer área, significa explorar esse
referencial e ver quais os caminhos já utilizados para estudar um determinado tema.
Iniciar a pesquisa de um tema não é apenas lidar com um objeto, mas também se
familiarizar com o que já foi pensado a respeito por outros pesquisadores. A ciência,
nesse ponto, é cumulativa no sentido de que, para prosseguir um determinado estudo, é
necessário estar ciente do que já foi feito até então. Dominar o repertório teórico, assim, é
saber quais são os principais estudos a respeito do tema.
Mesmo que nosso estudo vá contradizer as principais pesquisas, é importante
saber o que já foi feito para ter algum tipo de referência – daí a idéia de um “referencial”
teórico – para guiar os estudos. Além disso, para evitar uma ilusão às vezes comum de
que o tema é completamente inédito. Outras pessoas já pesquisaram o que estamos
pesquisando, e é fundamental conhecer esses trabalhos. Estar inserido nessa rede de
pesquisa e pesquisadores que é a ciência ajuda a evitar erros e caminhos difíceis
observando o que já foi feito em cada área.
Por isso, o trabalho de pesquisa requer do pesquisador um mergulho no
referencial teórico de sua área até que ele domine os principais estudos a respeito de seu
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objeto e possa, a partir das lentes de outros estudiosos, conhecer o seu objeto de pesquisa
à luz do que já foi dito e escrito. Em outras palavras, a partir do cânone de uma
determinada área do conhecimento, isto é, a produção intelectual a respeito de um objeto.
1. Conhecer as diversas correntes teóricas
Uma das características da pesquisa científica é a pluralidade de idéias. Um
mesmo objeto pode ser pensado de diversas maneiras, a partir de inúmeros pontos de
vista. Quando se inicia a pesquisa bibliográfica que vai dar origem ao referencial teórico,
muitas vezes você pode se perder diante de tantos escritos, livros e artigos. Aos poucos,
no entanto, é possível ver que eles se agrupam ao redor de temas, ideias e metodologias
comuns, formando caminhos dentro dessa bibliografia.
Esses caminhos podem ser organizados de acordo com um viés temático,
metodológico, teórico ou mesmo ideológico. Conforme vamos pesquisando a
bibliografia, começa a ficar mais fácil identificar que certos textos pertencem a um
caminho “a”, enquanto outros estão próximos do caminho “b”. Esses caminhos são as
“correntes teóricas” de uma determinada área, e formam o repertório com o qual o
pesquisador tem que lidar.
No entanto, ao iniciar a abordagem de uma área, certamente não terei tempo de ler
tudo o que foi produzido a respeito. Para resolver esse problema, uma saída inicial é
procurar antologias, compilações ou livros introdutórios à área de pesquisa. Esses livros,
muitas vezes organizados didaticamente como manuais, não apresentam teorias novas,
mas fazem uma espécie de mapa das teorias existentes, mostrando caminhos, escolas,
conceitos e correntes teóricas.
Às vezes são compilações de textos, artigos e capítulos de livros já publicados,
oferecendo ao leitor o contato direto com as obras estudadas. Outras vezes são trabalhos
autorais, nos quais as teorias são explicadas e interpretadas. Esse tipo de literatura é uma
das portas de entrada para se conhecer o que se pretende de maneira ampla. São
panoramas, não miniaturas.
É importante, para quem pesquisa, conhecer as diversas correntes teóricas a
respeito de seu objeto. Mesmo que algumas dela, aparentemente, não interessem, por
29
tratarem de aspectos diversos ou mesmo de outros temas, é importante conhecê-las para
situar melhor seu objeto de estudos dentro de um debate – afinal, a pesquisa em
comunicação tem pelo menos um século de história, e é simpatico saber onde seu projeto
está.
2. Um autor ou muitos?
Às vezes, conforme a natureza do trabalho, alguns autores do cânone parecem
trabalhar diretamente com o tema de nossa pesquisa, e acabamos nos baseando quase
inteiramente neles. Em outros casos, a dissertação ou monografia utiliza ideias de vários
autores mais ou menos na mesma proporção, criando um quebra-cabeças teórico. Os dois
procedimentos têm vantagens e desvantagens, e tratar disso com o orientador é uma das
maneiras de ver qual dos caminhos é o melhor.
Basear o trabalho nas idéias de um único autor tem a vantagem de, com o tempo,
nos aparelhar com um instrumental teórico e metodológico mais ou menos coerente. Há
autores que não só tem bons conceitos, mas também bons procedimentos metodológicos
e práticos nos quais podemos nos basear. Com isso, há um caminho seguro para a
pesquisa. Há dois problemas a pensar, no entanto. Em primeiro lugar, o risco de fazer de
nosso trabalho um pastiche/decalque/cópia do trabalho do autor, mudando apenas alguns
detalhes. Além disso, é bom ter o distanciamento de conhecer as críticas feitas por outros
pensadores, lembrando dos limites que todo pensamento tem.
Optar por percorrer o caminho com vários autores tem a vantagem de permitir
desenvolvimentos teóricos em várias direções. Aqui, o risco é de outra natureza: juntar
autores que pensam de maneira oposta sem um bom trabalho de amarração conceitual,
isto é, de tecer a ligação entre conceitos. A rigor, nada impede a aproximação de autores,
mas muitas vezes isso requer um trabalho conceitual e teórico que está além dos objetivos
de uma monografia ou dissertação. Evidentemente há uma riqueza em cruzar autores e
linhas de pensamento, mas é necessário manter a coerência evitando uma espécie de
colcha de retalhos epistemológica que pode mais confundir do que ajudar.
É por conta disso que vale a pena conhecer, no estudo da Comunicação, as várias
correntes teóricas, isto é, grupos de autores que de alguma maneira estão ligados em um
30
pensamento afim – não necessariamente por formularem as mesmas respostas, mas por
colocarem algumas perguntas em comum e dividirem preocupações semelhantes no que
diz respeito ao conceito de comunicação. Conforme o caso, elementos dessas várias
correntes – poderíamos dizer “teorias da comunicação” – podem se combinar de algumas
maneiras, garantindo a riqueza e a pluralidade da área.
3. Tipos de bibliografia
Depois de escolhido o tema, uma das primeiras atividades do pesquisador é ir
atrás de uma bibliografia específica. Nem sempre se domina o tema, especialmente em
uma área como a comunicação. Portanto, é possível que uma das perguntas seja por onde
começar e, em seguida, como avançar.
(a) Bibliografia introdutória / Estados da Arte
Muitos campos do conhecimento tem uma bibliografia introdutória. São
compêndios, livros-texto e obras de divulgação que oferecem um panorama geral das
teorias, ideias e conceitos da área. Em geral, mas não exclusivamente, esses livros não
trazem um conteúdo novo, mas fazem um recenseamento da produção intelectual de uma
determinada área. No caso da Comunicação, os livros intitulados “Teoria da
Comunicação” em geral mostram as diversas correntes de estudos, quase como uma
espécie de mapa, a partir do qual o pesquisador pode se localizar na área.
Às vezes, livros e artigos que fazem esse tipo de compêndio são chamados
informalmente de “estados da arte”. Essa expressão é usada para identificar textos que
apontam os rumos e tendências na pesquisa em uma determinada área – livros, mas
também artigos, que apresentam e eventualmente discutem outras pesquisas na mesma
área, identificando correntes, temas comuns, autores mais citados. Esse tipo de
bibliografia tem aplicação prática, por exemplo, quando se opta por redigir capítulos mais
teóricos em uma dissertação, na medida em que ajudam a situar o leitor no universo das
várias correntes.
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(b) Comentaristas
Em geral, são a porta de entrada para algum autor. Quando não se está
familiarizado com o pensamento de um estudioso ou mesmo de uma escola,
comentaristas são uma opção para inciar um conhecimento mais sistemático. A
vantagem, por assim dizer, é que as idéias do pensador costumam ser interpretadas pelo
comentarista, e isso facilita o trabalho.
No entanto, esse também é o maior problema: ao ler o comentarista, acabamos
por conhecer apenas uma visão a respeito da obra de um autor. Mais do que isso, nem
sempre os comentaristas conseguem explicar ou discutir outro autor de maneira clara; em
alguns casos, o comentário é mais complicado do que o original.
Vale a pena, nesse sentido, ler no prefácio ou introdução desse tipo de livro qual é
a intenção do comentarista, se é apresentar o autor ou interpretar suas idéias, utilizandoas com algum outro objetivo. Nos dois casos, é bom lembrar que o comentarista é um
caminho para se chegar até o autor.
(c) Coletâneas de textos
Como o nome diz, são livros que reúnem artigos de vários pesquisadores, sobre
assuntos diversos dentro de um mesmo tema. São úteis para se ter uma idéia geral a
respeito de um assunto recente ou sobre os desenvolvimentos de algo já em discussão.
Em geral, essas coletâneas se parecem com revistas científicas, com textos curtos ou
médios a respeito do assunto.
Há algumas coletâneas, no entanto, que reunem textos clássicos de uma
determinada área para consulta imediata. Esse tipo de livro é útil para se ter acesso aos
escritos fundamentais de uma área – no caso da Comunicação, os livros Comunicação e
Indústria Cultural, organizado por Gabriel Cohn, e Teoria da Cultura de Massa,
elaborado por Luiz Costa Lima, estão entre as principais coletâneas de textos clássicos.
A vantagem da coletânea é a abrangência e a facilidade de consulta; o problema,
no entanto, é a profundidade: por se tratar de uma reunião de artigos pouco extensos, nem
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sempre o autor pode trabalhar os vários aspectos de um determinado tema, tendo que
concentrar o foco em um deles.
(d) Clássicos
Formam o cânone de escritos de uma área. Seu valor está, entre outros motivos,
na perenidade de sua discussão: um clássico pode ser discutido como se tivesse sido
escrito hoje. São em geral os textos fundadores de um determinado campo do
conhecimento ou corrente teórica, e não é possível trabalhar um assunto sem a referência
a eles.
Isso não significa que clássicos não possam ser discutidos, contestados e mesmo
negados; no entato, por conta de seu pioneirismo ou de sua contribuição aos estudos da
área, precisam ser mencionados. Além disso, conhecer os clássicos mostra que o aluno
domina os principais elementos da área onde está e, mesmo sem concordar com a opinião
deste ou daquele, conhece o terreno onde está trabalhando.
(e) Revistas acadêmicas
Revistas acadêmicas são periódicos que reúnem a produção científica de uma
determinada área, divulgando estudos, pesquisas e investigações diversas, além de
resenhas e, eventualmente, entrevistas ou outras modalidades de texto. O mais comum, de
qualquer maneira, é o chamado “artigo científico”, apresentado segundo normas de
formatação específicas de cada revista.
Ao contrário dos livros de divulgação e “estados da arte”, os textos de revista
acadêmica tendem a ser bastante específicos e trabalham com um único assunto,
procurando aprofundá-lo a partir de algum ponto de vista. Por reunirem a produção mais
recente da área, tornam-se referência obrigatória para a realização de qualquer estudo.
(f) Teses e dissertações
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Produções acadêmicas bastante específicas, são – ou deveriam ser – o que há de
mais moderno em uma área. Em geral os assuntos são bastante específicos e pontuais.
Mostram não apenas diferentes aspectos do tema, mas também podem servir para orientar
seu trabalho atual – se uma tese recente tratou meu tema a partir da perspectiva x, posso
tentar seguir um caminho y.
Além disso, são trabalhos rigorosos, já avaliados por uma banca, e é possível
encontrar também caminhos bibliográficos e metodológicos a seguir. Uma consulta à
bibliografia de uma tese/dissertação escrita sobre um assunto próximo pode ser um
caminho para descobrir a própria bibliografia.
E nunca é demais lembrar: cópia sem citar a fonte é plágio. A consulta a uma
tese/dissertação anterior serve como indicação, nunca como fonte única de pesquisa. Ao
contrário, observar caminhos dos outros deve ser apenas uma indicação para se encontrar
o próprio método.
(g) Obras de popularização
Obras de popularização de distinguem dos comentaristas e das introduções a um
determinado tema pelo estilo e pelo público-alvo. Podem servir, no entanto, para se
começar o trabalho com algum assunto mais difícil de dominar ou com o qual não se
tenha absolutamente nenhuma familiaridade. No entanto, raramente essas obras devem
ser tomadas como base de qualquer tipo de desenvolvimento acadêmico. Em geral, são
livros fartamente ilustrados – alguns mesmo em quadrinhos – e os títulos contém as
palavras “…para iniciantes” ou “…para leigos”, conforme o caso.
34
CAPÍTULO 07. RESUMO & PALAVRAS-CHAVE
Em um projeto de pesquisa, artigo, paper enviado para um congresso,
monografia, um mestrado ou doutorado, o resumo faz uma apresentação clara e suscinta
do trabalho. Ele facilita as consultas futuras por outros leitores, além de permitir que o
trabalho seja indexado em sites de busca e/ou armazenamento. Mais do que qualquer
coisa, o resumo é um trabalho de edição, no qual devem ser expostos, de maneira breve e
exata, os pontos mais importantes do texto.
O tamanho médio de um resumo varia conforme a instituição de ensino ou o lugar
para onde se está enviando o texto, podendo oscilar entre 300 e 1000 caracteres. Na
média, algo entre 600 e 800 caracteres costuma ser o suficiente.
O resumo deve ser claro e trazer em si as informações relevantes da pesquisa –
basicamente, o tema, o objetivo, o objeto (o que foi pesquisado), como foi pesquisado
(metodologia) e eventualmente os resultados – claro que em um pré-projeto esta última
parte não pode ser escrita porque ainda não há nada a mostrar como “resultado”, mas,
nesse caso, é possível colocar a principal hipótese de trabalho.
Note-se que o resumo não é uma introdução ao resto do trabalho; ele é uma
síntese, uma versão condensada das questões de pesquisa, da investigação de dos
resultados, permitindo que o leitor, ao conhecer o resumo, saiba quais são os principais
elementos – portanto, a principal recomendação é ir direto ao assunto com clareza,
precisão e exatidão.
Como exemplo será usado o resumo do paper de autoria de
AZUMA, L. E. e IKEDA, A. A. “Consumo de Desenhos Japoneses: uma pesquisa
exploratória” Trabalho apresentado no X Semead – Seminário em Administração FEAUSP. São Paulo, Universidade de São Paulo, 9 e 10 de Agosto de 2007:
35
Resumo
O Brasil possui a maior colônia japonesa fora do Japão. Dessa forma, muitos dos costumes
e hábitos japoneses foram assimilados pelos brasileiros. Um dos produtos da cultura
popular do Japão muito bem aceito e em expansão no Brasil são os desenhos japoneses na
forma animada (anime) ou em história em quadrinhos (mangá). O intuito deste trabalho é
conhecer o perfil do consumidor de desenhos japoneses, seu comportamento, opiniões e
atitudes e compará-los com o consumidor japonês. Para isso foi realizada uma pesquisa
com amostragem não probabilística com 562 respondentes maiores de 11 anos. A coleta de
dados foi feita em eventos promovidos para a categoria, além de comunidades de redes de
relacionamento, listas de discussão e fóruns. Conclui que de uma forma geral o
consumidor brasileiro é bem diferente do japonês. Além disso, é jovem, estudante,
principalmente da classe A e B. Compram os mangás em bancas e lojas especializadas e
assistem os animes no computador, DVD e TV. Preferem comédias, ação, aventura e
romance e os cultivam com passatempo, tendo primazia em relação aos outros desenhos.
Os desenhos animados já deixaram de ser exclusividade da colônia japonesa se expandiram
e conquistaram os brasileiros.
Palavras-chave: comportamento do consumidor; anime e mangá; mercado
Vale a pena desmontar o resumo para observar seus componentes:
Trecho do resumo
Explicação
“O Brasil possui a maior colônia japonesa
fora do Japão. Dessa forma, muitos dos
costumes e hábitos japoneses foram
assimilados pelos brasileiros”.
Nas duas primeiras frases os autores
introduzem o assunto. Note-se que eles falam
de maneira panorâmica, só para situar o
leitor: o tema é “cultura japonesa”.
“Um dos produtos da cultura popular do
Japão muito bem aceito e em expansão no
Brasil são os desenhos japoneses na forma
animada
(anime) ou em história em
quadrinhos (mangá)”.
A segunda frase apresenta o tema do
trabalho, descrevendo-o brevemente. Mesmo
quem nunca viu um anime é situado a
respeito do que se está falando.
“O intuito deste trabalho é conhecer o perfil
do consumidor de desenhos japoneses, seu
comportamento, opiniões e atitudes e
compará-los com o consumidor japonês”.
Aqui eles apresentam o objetivo do trabalho
diretamente ao leitor. Todas as informações
são relevantes – basta ler a frase para saber
qual é o foco e objetivo da pesquisa.
“Para isso foi realizada uma pesquisa com
amostragem não probabilística com 562
respondentes maiores de 11 anos. A coleta de
dados foi feita em eventos promovidos para a
categoria, além de comunidades de redes de
relacionamento, listas
de discussão e
forums”.
Metodologia: os autores contam como foi
feita a pesquisa que tem como meta
conseguir os dados prometidos no objetivo.
Essas duas frases, por si só, bastam para se
ter uma ideia de qual foi o procedimento.
36
“Conclui que de uma forma geral o
consumidor brasileiro é bem diferente do
japonês. Além disso, é jovem, estudante,
principalmente da classe A e B. Compram os
mangás em bancas e lojas especializadas e
assistem os animes no computador, DVD e
TV. Preferem comédias, ação, aventura e
romance e os cultivam com passatempo,
tendo primazia em relação aos outros
desenhos. Os desenhos animados já deixaram
de ser exclusividade da colônia japonesa se
expandiram e conquistaram os brasileiros”.
Resultados: a última parte do resumo já diz
quais foram as conclusões obtidas,
mostrando o que foi encontrado de mais
interessante na pesquisa e, dessa maneira,
deixando claro para o leitor o que vai ser
dito em detalhes no texto completo.
As palavras-chave, por sua vez, devem indicar o assunto, o tema e as possíveis
áreas de interesse do trabalho. No exemplo do artigo sobre mangás, os autores optaram
por colocar o assunto se relacionando com o objeto e o tema:
Palavras-chave: comportamento do consumidor; anime e mangá; mercado
Em certos casos, pode-se optar por colocar também o nome de algum autore que
tenha relevância na pesquisa ou mesmo a área do conhecimento à qual o texto está
vinculado:
Palavras-chave: Jornalismo; Bourdieu; Teoria da Comunicação
As palavras-chave são como “tags” que identificam o tema para catalogação
posterior. Portanto, quanto mais precisas elas forem, melhor.
37
Capítulo 08. Citações e Referências
Em um texto acadêmico, as afirmações e argumentos devem ser apoiados em
evidências, pesquisas prévias feitas por outros estudiosos e teorias desenvolvidas por
outros pesquisadores. Para ganhar em importância e validade, um estudo, seja ele qual
for, deve estar amparado por outros trabalhos do mesmo estilo. É para isso que servem as
citações: elas valorizam o trabalho, mostram que o autor está atento aos estudos
desenvolvidos na área e, mais ainda, sabe do que está falando.
Por isso, o rigor no trabalho acadêmico geralmente significa precisão na escolha
dos argumentos e das fontes utilizadas.
Compare-se, por exemplo, estas duas afirmações:
O Brasil vive um momento de fomentação cultural. As pessoas estão se
conscientizando da necessidade da leitura. Livros como Harry Potter e a série
Crepúsculo mostram, ao mesmo tempo, que a influência estrangeira continua –
ninguém lê autores nacionais, só estrangeiros.
O Brasil parece viver um momento de fomentação cultural. Segundo
dados do Ministério da Educação (MEC, 2010), o número de livros que uma
pessoa lê por ano passou de 1,3, em 1999, para 2,5, em 2009. No entanto, como
lembram Fernandes (2009) e Oliveira (2010), isso pode ser atribuído à influência
estrangeira: os livros da série Harry Potter venderam 25 milhões de exemplares
no Brasil, Crepúsculo está na lista dos mais vendidos há oito meses.
Qual a diferença? As duas partes defendem a mesma coisa. No entanto, enquanto
a primeira é baseada no senso comum e nas impressões de quem está escrevendo, o
segundo trecho está reforçado por dados, pesquisas e autores. Oferece números e uma
dimensão mais exata do tema.
38
Essa necessidade de rigor e de dados pode levar algumas pessoas a achar que o
texto acadêmico é, por natureza, difícil, ilegível. No entanto, assim como no texto
jornalístico, o desafio é aliar o rigor no levantamento dos dados a uma maneira agradável
de escrever – não existe nenhuma lei que proíba o texto acadêmico de ser estimulante e
literariamente interessante. Veja-se, por exemplo, os escritos de Roland Barthes,
Sigmund Freud ou Henri Bergson, este último um filósofo francês que recebeu o Nobel
de Literatura.
No entanto, o primeiro compromisso é com o leitor e com os dados – o que pode
levar, eventualmente, a um estilo mais rígido do texto. As citações, nesse contexto, estão
no texto para reforçar o argumento do autor.
Vale a pena, antes de prosseguir, fazer uma distinção entre citações, referencial
teórico, bibliografia.
Citação: menção a outros autores feitas no corpo do texto ou em nota de
rodapé.
Referencial teórico: livros e autores consultados que, de maneira direta ou
indireta, já trabalharam com o tema de pesquisa.
Bibliografia: lista dos livros, artigos e textos utilizados no trabalho.
Neste texto ficaremos restritos às citações.
Toda citação, seja de que tipo, tamanho ou qualidade for, precisa ser
acompanhada de uma referência. Caso contrário, trata-se de plágio. Plágio não é apenas
copiar literalmente as palavras de um outro autor: copiar as idéias, mesmo que alterando
as expressões, também é plágio. Portanto, cada vez que se vai usar uma idéia ou texto de
alguém, cite.
A maneira mais comum de se fazer citação, atualmente, é o chamado “padrão
americano” ou “autor-data”. Coloca-se, entre parênteses, o sobrenome do autor da obra,
a data de publicação da obra e, se for o caso, a página.
39
Digamos, por exemplo, que quero citar uma frase da página 94 do livro Coisas
Ditas, de Pierre Bourdieu, publicado pela Editora Brasiliense em 1990. Há várias
possibilidades de fazer isso:
Citação direta, colocando o nome do autor no texto:
Segundo o sociólogo francês Pierre Bourdieu (1990:94), “o mercado de
bens simbólicos se caracteriza, sobretudo, por uma diferenciação entre produção
cultural e consumo material”.
Citação direta, sem colocar o nome do autor no texto:
Nesse sentido, pode-se dizer que “o mercado de bens simbólicos se
caracteriza, sobretudo, por uma diferenciação entre produção cultural e consumo
material” (BOURDIEU, 1990:94).
Veja-se que neste caso o nome do autor é colocado dentro dos parênteses, em
letra maiúscula. E, vale lembrar, o ponto final da frase vem depois dos parênteses.
É possível também editar o texto:
O mercado de bens simbólicos, explica Bourdieu (1990:94), “se
caracteriza, sobretudo, por uma diferenciação entre produção cultural e consumo
material”.
Mesmo que seja feita uma paráfrase, isto é, a reescrita do texto com outras
palavras, é fundamental manter a citação do autor:
O mercado de bens simbólicos é marcado pela diferença entre produção
cultural, de um lado, e consumo material, de outro (BOURDIEU, 1990:94).
Ou:
40
De acordo com Bourdieu (1990:94), o mercado de bens simbólicos é
marcado pela diferença entre produção cultural, de um lado, e consumo material,
de outro.
Caso se esteja citando idéias que aparecem em vários pontos do livro, ou se
estiver fazendo uma referência mais genérica, não é necessário citar a página:
Para o sociólogo Pierre Bourdieu (1990), o mercado de bens simbólicos
está ligado às diferenças de produção cultural e consumo material.
Mas note-se que se é citado literalmente um trecho do texto é obrigatório
mencionar a página.
Quando usar uma citação maior do que três linhas, recomenda-se separar o
pedaço citado do resto do texto, usando uma outra formatação – fonte times new roman
10pts, parágrafo recuado 3cm, espaço entre as linhas simples, sem aspas. Desta maneira:
A
produção
acadêmica
contemporânea
se
caracteriza
por
uma
diversidade dificilmente encontrada em outro período da história. A principal
identificação do fato está ligada à configuração de um campo específico. Nas
palavras de Pierre Bourdieu (1990:94):
Na articulação tendencial das estruturas definidoras de um ethos
específico decorrente das associações entre a razão prática e o a
cultura, o mercado de bens simbólicos se caracteriza, sobretudo, por
uma diferenciação entre produção cultural e consumo material.
Ao mesmo tempo, é possível argumentar que, para Bauman (1990), a
modernidade….
As citações mostram de que maneira um texto está em diálogo com os outros,
reforçando os argumentos e mostrando que o autor da pesquisa consegue articular seu
pensamento com o que foi proposto por outros pesquisadores.
41
CAPÍTULO 09. COMO ELABORAR UMA RESENHA
A resenha crítica ou literária se diferencia da resenha jornalística, em primeiro
lugar, pelo tamanho e pela profundidade da análise. Isso não significa que o texto precisa
ser chato. No entanto, requer cuidado e atenção ao ser feita.
Uma resenha é um breve estudo descritivo e crítico de um livro. Enquanto no
resumo são apenas destacados trechos do livro, que são transcritos ou parafraseados, a
resenha vai mais longe.
Além de sintetizar os pontos principais do livro, contextualiza a obra na produção
do autor, e faz uma avaliação crítica da obra – o que é bom, o que é ruim, se o autor
atinge os objetivos propostos. Na resenha o livro também pode ser citado e parafraseado.
As críticas e os comentários, no entanto, devem ser feitos a partir do próprio livro.
Eventualmente, se for o caso, pode-se comparar o livro resenhado com obras similares
sobre o mesmo assunto, mas não é obrigatório.
Alguns tópicos sobre a produção:
1. Uma resenha começa com uma boa leitura do livro. Leia o livro todo, não
apenas alguns capítulos. Destaque os elementos principais: qual é o assunto do livro?
Quais os objetivos do autor? Para quem ele escreve o livro? Qual é a tese principal do
trabalho? Quais os principais argumentos usados para defender essa tese? A partir dessa
leitura você pode começar a escrever a resenha.
2. O título – sua resenha deve ter um título. Claro, simples, relacionado com o
tema do livro. Logo abaixo do título, um subtítulo. Isso é opcional. Em seguida, os dados
da publicação conforme o padrão:
SOBRENOME DO AUTOR, nome do autor. Título do livro. Edição, Cidade:
Editora, Ano. (Coleção). Número de páginas.
Por exemplo:
PRADO Jr., Caio. O que é filosofia. São Paulo: Brasiliense, 2003. (Coleção
Primeiros Passos) 293 páginas.
42
3. O começo do texto fica por conta do autor da resenha. Pode começar citando
um trecho do livro, contextualizando a obra, falando do autor ou mesmo discutindo
brevemente o assunto do livro. É possível começar a resenha destacando os elementos
mais interessantes do livro, de maneira a prender a atenção do leitor desde o início.
4. Em seguida, resuma o conteúdo do livro, apresentando os principais assuntos,
teorias, teses e argumentos do autor. Nessa parte o ideal é apenas apresentar o livro, sem
uma discussão mais elaborada. O objeto, neste caso, é o livro resenhado.
5. A partir daí é possível começar a crítica. Não se trata de falar mal, mas de
discutir e analisar os aspectos principais. O autor cumpre o que promete? Qual é a
linguagem? Os argumentos são claros? Em relação a outras obras similares, o livro é
inédito? O assunto é inédito? Exponha os argumentos, compare com outros livros,
compare com outros objetos. Enfim, discuta os aspectos positivos e negativos do livro.
6. A formatação do texto é importante: times new roman, 12 pts, espaço 1,5,
espaço entre parágrafos 6 pts, justificado, parágrafo em 1,27 cm. Título em negrito no
alto da página. Na linha de baixo, o subtítulo. Pule duas linhas. À direita, nome do autor
da resenha. Logo abaixo, identificação do livro. Aí começa o texto da sua resenha.
7. Uma resenha acadêmica, conforme a publicação, varia entre 5 e 10 mil
caracteres, sempre contando os espaços.
8. Não é preciso falar da importância do cuidado com a língua portuguesa.
Gramática, coerência, coesão textual são fundamentais. Clareza e precisão também. Não
tente escrever bonito ou escrever difícil: os melhores textos são sempre os mais claros e
mais precisos. Cuide de não repetir termos, cuide de não usar “este”, “aquela”, “o
mesmo” ou qualquer outra expressão que denote falta de conhecimento do idioma.
43
ANEXO 01. MODELO RÁPIDO PARA PROJETO DE PESQUISA
Apresentação gráfica:
O projeto deve ser entregue digitado em fonte Times New Roman 12,
espaçamento 1,5. Não há necessidade de folha de rosto nem qualquer outro tipo de capa.
A identificação do autor fica no alto do texto, antes do título do projeto. O tamanho
médio de um projeto é cinco mil caracteres, já com espaços.
Título do projeto – Qual o nome do projeto?
O título situa o leitor a respeito do que vai ler. Por exemplo: “Um estudo da
recepção do filme O diário de Bridget Jones por executivas de 25 a 35 anos na cidade de
São Paulo”. Isso mostra exatamente o que o leitor vai encontrar no texto. Evite títulos
genéricos como “Filme e Sociedade” ou “Negócios e Cinema”. Vá direto ao assunto.
Introdução, tema e problemas – Sobre o que é o seu projeto?
A Introdução apresenta o assunto para o leitor de maneira geral, como se ele não
soubesse do que se trata. Deve ser genérica e curta. No Tema você explica diretamente
qual parte do assunto será tratada no projeto, ou, em linguagem acadêmica, o “recorte”.
Dentro do assunto mostrado na introdução, qual é o tema particular? A terceira parte,
“Problemas”, mostra de maneira sintética as principais questões a respeito do seu tema.
Qual a importância desse tema? O que isso tem de especial? Quais questões o assunto
levanta? No problema você enumera e apresenta os problemas de maneira breve; na
“Justificativa” eles serão retomados e desenvolvidos.
Objetivo – Qual pergunta o projeto responde?
No item anterior, você terminou mostrando quais são as questões a respeito do
tema; você não vai resolver todas de uma vez, apenas uma. Qual é essa questão? A
resposta é o item “Objetivo” do projeto. Aqui você precisa mostrar diretamente qual
pergunta você pretende responder. Quando alguém terminar de ler seu trabalho, o que a
pessoa saberá que não sabe hoje?
44
Às vezes há uma divisão entre “objetivos gerais” e “objetivos específicos”. Os
“objetivos gerais” se referem ao assunto como um todo, enquanto os específicos
mostram, em termos mais delimitados, o que será feito. Por exemplo, em uma pesquisa
sobre a história do metrô de São Paulo, os objetivos gerais seriam algo como “contar a
história do Metrô de São Paulo”, e os específicos seriam “mostrar a história do Metrô a
partir das memórias dos funcionários mais antigos”, ou algo assim.
Objeto – O que será estudado para se chegar a essa resposta?
Aqui você mostra exatamente qual é o material que será estudado para se
encontrar a resposta. O objeto de uma pesquisa é aquilo com o que você vai lidar. Se a
pesquisa é um estudo da ideologia nos filmes de um diretor, o objeto deve dizer quais
filmes serão estudados. O objeto é sempre específico, pequeno e limitado: é mais fácil
fazer uma pesquisa detalhada sobre um capítulo de novela do que um estudo genérico
mas superficial a respeito de um autor.
Método – Como esse objeto será estudado?
O método é o “modo de fazer”, isto é, as etapas da pesquisa. Como você vai
encontrar pistas no objeto que levarão até o objetivo? Não existe um método melhor do
que outro; o desafio é encontrar o melhor método para a sua pesquisa – e aí voltam a
criatividade e a imaginação.
Entrevistas a realizar, textos a ler, materiais a examinar. Quais serão os caminhos
da investigação, quantas fontes serão utilizadas. Quantidade de entrevistas, pesquisa de
documentos, pesquisas históricas e iconográficas. Quanto mais detalhado, melhor. Uma
descrição dos procedimentos para a realização do trabalho. Como você vai encontrar a
resposta para a pergunta dos objetivos? Essa é a metodologia.
Justificativa – Por que é importante realizar essa pesquisa?
A Justificativa deve mostrar qual é a relevância do projeto: em que ele contribui
com a pesquisa na área? O que ele traz de novo? Por que é importante pesquisar esse
tema agora? Na Justificativa você deve mostrar, com fatos, argumentos e informações,
45
que seu projeto tem uma utilidade científica, isto é, vai contribuir de alguma maneira para
aumentar o conhecimento na área.
O que te levou a escolher esse tema e esse objetivo? O que está acontecendo
atualmente que te impeliu a pensar nessas questões? Como o tema se mostrou importante
para você, e por que ele vale a pena? A justificativa deve mostrar, com dados e fatos, que
o seu projeto é importante, que o assunto é relevante e precisa ser mais explorado. A idéia
é você mostrar em detalhes por que é necessário escrever ou fazer algum trabalho sobre
isso. Pense que você está vendendo seu projeto para alguém e precisa convencer a pessoa,
com razões fortes e claras, do que se trata.
Referencial teórico – Quais autores já pensaram no tema antes de você?
Onde a sua monografia se encaixa no conjunto de pesquisas anteriores? Por
exemplo, se o trabalho é um estudo de recepção, quais são as principais teorias e idéias?
No referencial teórico você mostra que já conhece um pouco da bibliografia a respeito do
assunto, pelo menos as principais obras, e está pronto para discutir o tema mais a fundo.
Não há necessidade de criar uma hipótese original a partir das leituras, mas você precisa
mostrar alguma familiaridade com as principais idéias da área.
Cronograma – Quanto tempo leva cada parte da pesquisa?
O cronograma mostra como você vai organizar as etapas de pesquisa para caber
nos meses de duração do seu estudo, planejando quanto tempo vai gastar em cada fase.
Quanto tempo para a pesquisa de campo? E para ler a bibliografia? Um mês? Três
meses? Finalmente, o tempo gasto na redação do projeto.
Referências – Quais textos você usou?
Um texto sempre se escreve a partir de outros textos. Aqui é só mencioná-los.
Algumas dicas:
46
- Antes de escrever o projeto, faça uma busca preliminar na internet e em bibliotecas
para ver o que já se pensou sobre o assunto. Encontre fatos relevantes para a sua
pesquisa: um bom projeto se faz com dados e informações, não com opiniões.
- Evite adjetivos e qualificações: se sua pesquisa é sobre um escritor, não diga que ele “é
o maior escritor do Brasil”. Diga quantos prêmios ele já ganhou, onde já publicou, com
quem estudou, o que faz da vida e o leitor vai concluir se ele é ou não um bom escritor.
- Cuidado com o texto: erros acabam com qualquer idéia boa. Problemas de
concordância e ortografia geralmente custam pontos em uma avaliação.
- Evite a repetição de palavras, frases e expressões. Use sinônimos: nada de “o mesmo”,
“a mesma”. Isso mostra desconhecimento do idioma.
- Texto acadêmico não significa “texto chato”. Vá direto ao assunto. Cada frase deve ter
uma informação relevante.
47
Parte
II
–
A
formatação
do
texto
acadêmico
48
REGRAS GERAIS PARA A APRESENTAÇÃO
5.2 Formato
•
•
•
•
•
•
Usar papel branco tamanho A4, formato retrato;
Texto digitado na cor preta, exceto ilustrações;
Texto de um só lado da folha;
Fonte em tamanho 12 para o texto, exceto notas de rodapé, citações com mais de três
linhas e legendas;
As fontes mais utilizadas são a Times New Roman e a Arial;
Todo o trabalho deve ter a margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2
cm.
3 cm
3 cm
2 cm
2 cm
5.3 Espacejamento
•
•
Espaçamento entrelinhas de 1,5 para o texto;
Recuo de 1,5 na primeira linha de cada parágrafo;
49
•
As citações com mais de três linhas, resumos, notas de rodapé, referências, legendas
das ilustrações e das tabelas, ficha catalográfica, natureza do trabalho, objetivo, nome
da instituição e área de concentração são digitados em espaço simples;
•
Os títulos das seções devem começar na parte superior da folha e ser separados do
texto que os sucede por dois espaços 1,5 entrelinhas;
Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede
por dois espaços 1,5;
Na folha de rosto e na folha de aprovação, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome
da instituição a que é submetido e a área de concentração devem ser alinhados do
meio da folha para a margem direita.
•
•
Exemplo:
1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA COMUNICAÇÃO
(2 espaços de 1,5 antes do texto, o mesmo que enter 2 vezes)
Texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto.
Texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto.
(2 espaços de 1,5 antes do próximo título)
.1 A comunicação através do rádio
Acima temos: Fonte em tamanho 12; Recuo na primeira linha do parágrafo de 1,5;
Espaço entrelinhas de 1,5; Parágrafo justificado.
5.4 Paginação
•
Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas
sequencialmente, mas não numeradas;
50
•
•
•
A numeração é indicada a partir da primeira folha da parte textual (introdução), em
algarismos arábicos, no canto superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda
direita da folha;
Para trabalhos constituídos por mais de um volume deve ser mantida uma única
sequência de numeração das folhas, do primeiro ao último volume;
Se no trabalho existir apêndice e/ou anexo as suas folhas devem ser numeradas de
maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.
51
5.5
•
•
•
•
•
•
Indicativo de seção
Seção é cada uma das partes (capítulos) em que o texto está dividido;
São empregados algarismos arábicos na numeração;
O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado à esquerda, separado
por um espaço de caractere;
Não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o número da seção ou
de seu título;
Os títulos das seções são destacados utilizando os recursos de negrito, itálico, grifo,
caixa alta etc.;
Deve-se limitar a numeração progressiva até a seção quinária.
Seção primária
1
2
3
.
.
.
10
Seção secundária
1.1
2.1
3.1
.
.
.
10.1
Seção terciária
1.1.1
2.1.1
3.1.1
.
.
.
10.1.1
Seção quaternária
1.1.1.1
2.1.1.1
3.1.1.1
.
.
.
10.1.1.1
Seção quinária
1.1.1.1.1
2.1.1.1.1
3.1.1.1.1
.
.
.
10.1.1.1.1
Exemplo:
1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA COMUNICAÇÃO
primária
Seção
Texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto.
2 A comunicação através do rádio
Seção secundária
Texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto.
52
5.5.1 Títulos sem indicativo numérico
•
Devem ser centralizados, conforme a ABNT NBR 6024, são eles: errata,
agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos,
resumos, sumário, referências, glossário, apêndice, anexo e índice.
5.5.2 Elementos sem título e sem indicativo numérico
•
Fazem parte desses elementos a folha de aprovação, a dedicatória e a epígrafe.
5.6 Siglas
•
•
Quando aparece pela primeira vez no texto, a forma completa do nome precede a
sigla, colocada entre parênteses;
Feito isso, nas próximas vezes poderá ser usada somente a sigla.
Exemplo:
O Centro Interdisciplinar de Pesquisa (CIP) foi criado no ano 2000, com o objetivo de
fomentar a pesquisa acadêmica na Faculdade Cásper Líbero.
Projetos experimentais produzidos por alunos da Faculdade Cásper Líbero recebem
prêmio da Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP).
5.7 Ilustrações
•
•
A ilustração (desenhos, fotografias, fluxogramas, mapas, plantas, organogramas,
quadros, retratos, esquemas e outros) deve ser inserida o mais próximo possível do
trecho a que se refere;
Sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida
de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, do
respectivo título e/ou legenda explicativa de forma breve e clara.
53
Exemplo:
Dotado de genial visão de marketing e ampla sensibilidade jornalística, Cásper Líbero
revolucionou o conceito de jornalismo no país. Em 1918, aos 29 anos, tornou-se diretor e
proprietário do vespertino A Gazeta, transformando-o num dos maiores órgãos de imprensa da
época.
Figura 1 – Cásper Líbero
5.8 Tabelas
•
As tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente, conforme IBGE (1993).
5.9 Equações e fórmulas
54
•
•
Para facilitar a leitura, devem ser destacadas do texto e, se necessário, numeradas com
algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita;
Na sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que
comporte seus elementos.
Exemplo:
x² + y² = z²
...(1)
55
6
ELEMENTOS DO TRABALHO ACADÊMICO
Elemento
Capa
Lombada
Folha de rosto
Errata
Folha de aprovação
Elementos
pré-textuais
Elementos
textuais
Elementos
pós-textuais
Status
Obrigatório
Opcional
Obrigatório
Opcional
Obrigatório
Dedicatória(s)
Opcional
Agradecimento(s)
Opcional
Epígrafe
Opcional
Resumo na língua vernácula
Obrigatório
Resumo em língua estrangeira
Obrigatório
Lista de ilustrações
Opcional
Lista de tabelas
Opcional
Lista de abreviaturas e siglas
Opcional
Lista de símbolos
Opcional
Sumário
Obrigatório
Introdução
Obrigatório
Desenvolvimento
Obrigatório
Conclusão
Obrigatório
Referências
Obrigatório
Glossário
Opcional
Apêndice(s)
Opcional
Anexo(s)
Opcional
Índice(s)
Opcional
56
6.1 Ordem dos elementos obrigatórios
Referências
Conclusão
Desenvolvimento
Introdução
Sumário
Resumo
Folha de aprovação
Folha de rosto
Capa
Elementos com o título centralizado: errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de
abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumo, sumário, referências, glossário, apêndice,
anexos e índices.
57
Elementos com o título alinhado à margem esquerda e indicativo numérico: introdução,
desenvolvimento e conclusão.
Elementos sem título e sem indicativo numérico: folha de aprovação, dedicatória e
epígrafe.
58
7
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
7.1 Capa
•
•
•
•
•
•
Nome da instituição (opcional);
Nome do(s) autor(es);
Título, subtítulo se houver;
Número de volumes (se houver mais de um, especificar qual o respectivo volume em
cada capa);
Local (cidade) da instituição onde o trabalho será apresentado;
Ano (da entrega).
7.1.1 Lombada
•
•
•
Nome do(s) autor(es), impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé da
lombada;
Título do trabalho, impresso da mesma forma que o nome do autor;
Indicação de volume se for mais de um.
Modelo
59
60
7.2 Folha de rosto
•
•
•
•
•
•
Nome do(s) autor(es);
Título, subtítulo se houver;
Número de volumes (somente se houver mais de um, especificar qual o respectivo
volume em cada capa);
Natureza (trabalho de graduação, dissertação, tese) e objetivo (aprovação em
disciplina, bacharel, mestre, doutor); nome da instituição a que é submetido; área de
concentração;
Local (cidade) da instituição onde o trabalho será apresentado;
Ano (da entrega)
Modelo
61
MARCELO CARDOSO
O jornalismo radiofônico
e as narrativas vinculadoras:
experiências de emissoras paulistanas
Dissertação apresentada para a
obtenção do grau de Mestre em
Comunicação pela Faculdade
Cásper Líbero.
Orientador: Prof. Dr. Jose
Eugenio de O. Menezes
2010
62
7.2.1 Verso da folha de rosto
•
•
Deve conter a ficha catalográfica;
Os elementos principais são: autor, título, local, número de folhas, palavras-chave etc.
Instruções:
Para iniciar a elaboração da ficha, considerar o seguinte espaçamento dentro do
retângulo: margem superior de 3 linhas, margem esquerda de 4 espaços.
Deve ser impressa no verso da folha de rosto, na metade inferior da folha, centralizada
em relação às margens esquerda e direita, contida num retângulo de aproximadamente
12,5 x 7,5 cm.
O tamanho da fonte utilizada na ficha catalográfica deverá ser menor que o utilizado no
texto do trabalho, para enquadramento nas dimensões do retângulo, aconselha-se o
tamanho 10. Usar espaçamento simples.
Modelo
1.1.1.1
Santos, João Bosco dos
Painel eletrônico: estudo exploratório sobre mídia exterior / João
Bosco dos Santos. -- São Paulo, 2000.
110 f. ; 30 cm.
Orientador: Prof. Dr. Mitsuru Higuchi Yanaze
Dissertação (mestrado) – Faculdade Cásper Líbero, Programa de
Mestrado em Comunicação
1. Painel eletrônico. 2. Mídia exterior. 3. Propaganda. I. Yanaze,
Mitsusu Higuchi. II. Faculdade Cásper Líbero, Programa de Mestrado em
Comunicação. III. Título.
63
Modelo de folha de rosto para dissertação de mestrado
64
CELSO AGOSTINHO ANTONIO
Revistas femininas e a plasticidade do corpo:
a progressiva modelagem comunicativa
Dissertação apresentada à Faculdade
Cásper Líbero como requisito parcial
para a obtenção do título de Mestre em
Comunicação.
Orientador: Profa. Dulcília H. S. Buitoni
São Paulo
2009
65
Modelo de folha de rosto para trabalho de pós-graduação (especialização)
FÁBIO MORGADO GABRIELLI
Ampliação do escopo da marca
Trabalho de conclusão de curso de PósGraduação lato sensu apresentado à
Faculdade Cásper Líbero como requisito
parcial para a especialização em
Marketing e Comunicação Publicitária.
Orientador: Prof. Júlio César Barbosa
São Paulo
2009
66
7.3 Errata
•
•
•
Constituída pela referência do trabalho e o texto da errata;
É utilizada para pequenas correções;
Inserida logo após a folha de rosto e em folha avulsa.
Exemplo:
SANTOS, João Bosco dos. Painel eletrônico: estudo exploratório sobre mídia exterior.
2000. 110 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Mercado) - Faculdade Cásper
Líbero, São Paulo, 2000.
Folha
27
55
Linha
12
29
Onde se lê
comunicacao
epoca
Leia-se
comunicação
época
67
7.4 Folha de aprovação
•
•
•
•
•
•
Nome do(s) autor(es);
Título, subtítulo se houver;
Número de volumes especificado na capa, somente se houver mais de um;
Natureza (trabalho de graduação, dissertação, tese) e objetivo (aprovação em
disciplina, bacharel, mestre, doutor); nome da instituição a que é submetido; área de
concentração;
Local (cidade) da instituição onde o trabalho será apresentado;
Ano (da entrega)
Modelo
MARCELO CARDOSO
O jornalismo radiofônico
e as narrativas vinculadoras:
experiências de emissoras paulistanas
Dissertação apresentada para a
obtenção do grau de Mestre em
Comunicação pela Faculdade
Cásper Líbero.
Orientador: Prof. Dr. Jose
Eugenio de O. Menezes
São Paulo
2010
68
Nota: A assinatura e a data de aprovação são colocadas após a avaliação do trabalho
69
7.5 Dedicatória
•
•
•
Elemento opcional criado pelo(s) autor(es) para homenagear ou dedicar o trabalho;
Não é necessário colocar o título dedicatória, inclua apenas o texto;
Formatação livre, apenas deixe o texto centralizado.
Modelo
Sem título
À Maria, companheira de longa jornada.
Aos meus filhos, pela paciência e por compreender a minha ausência nos
momentos em que a presença era imprescindível.
Aos meus pais, por todo o incentivo e ensinamentos.
70
7.6 Agradecimentos
•
•
•
Agradecimento às pessoas que contribuíram de forma direta ou indireta na elaboração
do trabalho;
O título agradecimento é centralizado;
A formatação do texto é livre.
Modelo
AGRADECIMENTOS
Tamanho 14
Letra maiúscula
Centralizado
Ao Augusto, amigo e grande incentivador, e diretamente responsável pela
minha trajetória no mundo acadêmico.
Ao professor César, pelo indispensável apoio.
Aos professores da pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero.
Em especial, ao prof. José Geraldo Vieira, meu mestre e orientador, por seus
ensinamentos, conselhos e incentivo.
71
72
7.7 Epígrafe
•
•
•
Apresentação de uma citação (frase, pensamento, provérbio), seguida de indicação de
autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho;
Não é necessário colocar o título epígrafe, inclua apenas o texto;
A formatação do texto é livre.
Modelo
Sem título
“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que,
com freqüência, poderíamos ganhar,
por simples medo de arriscar."
(William Shakespeare)
73
74
7.8 Resumo na língua vernácula
•
•
•
•
•
•
Apresentação concisa dos pontos relevantes do texto;
Escrito em parágrafo único;
Verbo na voz ativa e na 3ª pessoa do singular;
Deve conter entre 150 e 500 palavras;
Evitar o uso de símbolos, fórmulas, equações etc., que não sejam de uso corrente;
As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão
Palavras-chave: separadas entre si por (.) e finalizadas por (.).
Modelo
RESUMO
Tamanho 12
Espaço entrelinhas
simples
Tamanho 14
Letra maiúscula
Centralizado
Faz um estudo sobre a evolução da propaganda e traz à discussão
dados referentes à mídia exterior focando, principalmente, o
painel eletrônico como um novo veículo de comunicação de
mensagens publicitárias, comparando-o com o outdoor
tradicional. Verifica a possibilidade de ampliar o emprego do
painel eletrônico nas campanhas de propaganda, como um canal
privilegiado.
Palavras-chave: Painel eletrônico. Mídia exterior. Propaganda
75
76
7.8.1 Resumo em língua estrangeira
•
•
•
Apresentado em uma folha separada;
Possui as mesmas características e o conteúdo do resumo em língua vernácula;
Dentre os idiomas utilizados temos: o inglês Abstract; o espanhol Resumen; o francês
Résumé.
Modelo
ABSTRACT
Tamanho 12
Espaço entrelinhas
simples
Tamanho 14
Letra maiúscula
Centralizado
It makes a study advertising and discusses external media data,
focusing, mainly, the electronic panel as a new communication
advertising messages channel, comparing it to the traditional
billboard. It verifies the possibility to enlarge the employment of
the electronic panel in the advertising campaigns, as a privileged
channel.
Keywords: Eletronic panel. Foreign media. Advertising
77
7.9 Lista de ilustrações
•
•
•
É elaborada de acordo com a ordem em que as ilustrações aparecem no texto;
Cada item deve ser designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo
número da página;
Se o trabalho for composto por diferentes tipos de ilustração (desenhos,
organogramas, fotografias, gráficos, mapas, retratos etc.) recomenda-se a elaboração
de lista própria para cada tipo de ilustração.
Modelo
Tamanho 14
Letra maiúscula
Centralizado
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Tamanho 12
Espaço entrelinhas
de 1,5
Figura 1 – Fachada do MASP
12
Figura 2 – Entrada do Centro Cultural
14
Figura 3 – Prédio da Gazeta
22
78
79
7.10 Lista de tabelas
•
•
Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto;
Cada item deve ser designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo
número da página.
Modelo
Tamanho 14
Letra maiúscula
Centralizado
LISTA DE TABELAS
Tamanho 12
Espaço entrelinhas
de 1,5
Tabela 1 – Publicidade exterior
39
Tabela 2 – Distribuição de verba de mídia Brasil
42
Tabela 3 – Relação de painéis instalados em São Paulo
70
Tabela 4 – Opiniões de agências
85
80
7.11 Lista de abreviaturas ou siglas
•
•
Relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras
correspondentes grafadas por extenso;
Se o trabalho possuir abreviaturas e siglas, recomenda-se a elaboração de lista própria
para cada tipo, porém o mais comum é a lista de siglas.
Modelo
LISTA DE SIGLAS
Tamanho 12
Espaço entrelinhas
de 1,5
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
CIP
Centro Interdisciplinar de Pesquisa
ANJ
Associação Nacional de Jornais
MASP
Museu de Arte de São Paulo
Tamanho 14
Letra maiúscula
Centralizado
81
7.12 Lista de símbolos
•
•
Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto;
Cada símbolo é acompanhado do seu significado.
Modelo
LISTA DE SÍMBOLOS
Tamanho 12
Espaço entrelinhas
de 1,5
©
Copyright
∞
Infinito
β
Beta
®
Marca registrada
♂
Feminino
Tamanho 14
Letra maiúscula
Centralizado
82
7.13 Sumário
•
•
•
•
•
•
•
•
•
É o último elemento pré-textual;
A enumeração das seções de uma publicação devem estar na mesma ordem em que
aparecem no trabalho;
Os elementos pré-textuais não devem constar no sumário;
Para obras com mais de um volume, deve ser incluído o sumário de toda a obra em
todos os volumes;
A subordinação dos itens do sumário deve ser destacada pela apresentação tipográfica
do texto;
Os elementos indicativos das seções que compõem o sumário, se houver, devem ser
alinhados à esquerda;
Os títulos, e os subtítulos se houver, sucedem os indicativos das seções. Recomendase que sejam alinhados pela margem do título do indicativo mais extenso;
Recebe a indicação da página onde cada seção tem início;
No sumário, o título dos capítulos e subcapítulos devem ser iguais aos descritos no
trabalho, estar na mesma ordem e tipologia adotada quanto ao tamanho e tipo de letra.
O sumário só pode ser feito depois que o texto for dado como concluído: o
esboço (da monografia) serviu para orientar a redação do texto (introdução,
desenvolvimento e conclusão), mas o sumário deve ser tirado do texto pronto,
para que haja total coincidência de títulos e acertos na indicação das páginas
onde se encontram as seções e suas subdivisões. (FEITOSA, 1997, p.72 apud
SERRA NEGRA, 2004, p. 111)
83
Modelo
No sumário o tamanho e o tipo de letra são os mesmos usados no corpo do trabalho.
Dica: Quem não souber usar o recurso do Word chamado tabulação, que alinha o número
das páginas no sumário, poderá fazer o sumário utilizando o recurso tabela, trabalhando
84
com 2 colunas, uma para o título dos capítulos e outra para o número das páginas. Ou
ainda pelo seguinte caminho: Inserir – Referência – Índices - Índice analítico.
85
8
ELEMENTOS TEXTUAIS
Constituídos de três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão.
INTRODUÇÃO
Parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da
pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho.
DESENVOLVIMENTO
Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto.
Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do
método.
CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou
hipóteses.
86
8.1 Citações
De acordo com a (NBR 6023) a citação é a “menção de uma informação extraída
de outra fonte.” As citações podem estar localizadas diretamente no texto ou em notas de
rodapé.
Regras gerais
• Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou
título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas;
• Nas citações indiretas a indicação da página consultada é opcional.
Exemplo:
Tão importante quanto o tema da pesquisa é o tipo de pesquisa a ser utilizado, afirma
Monteiro (1998), desta forma, o estudante pode se equivocar ao escolher primeiro o tipo de
pesquisa e depois o assunto.
• Quando a citação estiver entre parênteses, o sobrenome do autor deve ser em letra
maiúscula;
• Deve-se especificar a página, volume, tomo ou seção da fonte consultada.
Exemplo:
“Sem dúvida, a prática da pesquisa no âmbito do trabalho universitário contribuiria
significativamente para tirar o ensino superior dessa sua atual irrelevância.” (SEVERINO, 2008,
p. 30)
Segundo Munteal e Grandi (2005, p. 49): “Em 1925, surgia O Globo, fundado por Irineu
Marinho, junto com Herbert Moses e Justo de Morais, com a finalidade de ‘renovar os padrões
dominantes na imprensa carioca’.”
•
Quando a citação não inicia, mas encerra o parágrafo, o ponto final fecha depois das
aspas.
Exemplo:
Para a sociedade humana “a experiência vivida de sua evolutiva pode contribuir para
modelar o desenrolar dos próprios processos sociais”. (ELIAS, 1998, p. 65 apud SERRA
NEGRA, 2004, p. 194)
•
Se a citação inicia e encerra o parágrafo, o ponto final é colocado dentro de aspas.
87
Exemplo:
“A inserção de epígrafe nos trabalhos monográficos demonstra, por certo, certa
erudição do autor e principalmente a visão e ligação que ele faz entre um pensamento e o
conteúdo de sua obra ou capítulo.” (SERRA NEGRA, 2007, p. 77)
88
8.1.1 Citação com até 3 linhas
•
•
Segue o formato utilizado no texto, quanto ao espaçamento, tamanho e tipo de fonte;
Deve estar contida entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar
citação no interior da citação.
8.1.2 Citação com mais de 3 linhas
•
•
•
•
Digitada em espaço entre linhas simples;
Tamanho de fonte menor que a do texto, tamanho 10 por exemplo;
Recuo da margem esquerda de 4 cm;
Sem o uso de aspas duplas.
8.1.3 Citação direta
Transcrição textual de parte da obra do autor consultado
Exemplo:
Com até 3 linhas
“As citações são os elementos retirados dos documentos pesquisados durante a leitura
de documentação e que se revelam úteis para corroborar as idéias desenvolvidas pelo autor no
decorrer do seu raciocínio”. (SEVERINO, 2008, p. 174)
Com mais de 3 linhas
O professor deve mostrar aos alunos, durante todo o semestre/ano
letivo, o lado indagador da pesquisa, o prazer da descoberta e a
gratificação da produção de um trabalho próprio. Ao término da
disciplina, sempre há alunos entusiasmados, empolgados com seus
projetos de pesquisa e com a certeza de que pelo percurso produziram
algo de qualidade. (SERRA NEGRA, 2004, p. 20)
8.1.4 Citação indireta
Texto baseado na obra do autor consultado
89
90
Exemplo:
As referências bibliográficas referem-se à lista de obras citadas no trabalho, já a
bibliografia é a lista de obras conhecidas pelo autor, portanto, são coisas distintas. (MONTEIRO,
1998, p. 51)
As normas utilizadas na elaboração de trabalhos científicos são desconhecidas por
muitos estudantes, mas também por parte de alguns professores. (SERRA NEGRA, 2004, p. 18)
8.1.5 Citação da citação
Citação direta ou indireta de um texto ao qual não se teve acesso ao documento original.
Exemplo:
Andrade (1994 apud SANTOS, 2009, p. 195) “[...] para a pesquisa sobre os
procedimentos apresenta apenas três tipos: pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e
pesquisa de laboratório (experimental).”
Dentre as qualidades necessárias em um pesquisador podemos destacar o
conhecimento do assunto da pesquisa, curiosidade, criatividade e integridade intelectual. (GIL,
1989, apud SANTOS, 2009, p. 196)
Nota: A expressão apud significa – citado por, conforme ou segundo.
8.1.6 Omissões e acréscimos em citações
As supressões, interpolações, comentários, ênfase ou destaques, são indicadas como
segue:
a) Supressões: [...]
b) Interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]
c) Ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico.
91
8.1.7 Grifo nosso ou grifo do autor
Usado para destacar algum trecho da citação, ficando este em negrito.
92
Grifo do autor - quando o destaque já existe no texto consultado.
Exemplo:
Nas palavras de Monteiro (1998, p.41, grifo do autor) “para os funcionalistas, os
fenômenos apresentam uma estrutura básica geral e comum.”
Grifo nosso – quando algum trecho da citação é destacado por você.
Exemplo:
“Quando se pretende dar ênfase a alguma passagem de uma citação literal, costumase grifá-la, sublinhá-la.” (SEVERINO, 2008, p. 176, grifo nosso)
8.1.8 Citação de autores com o mesmo sobrenome
Para diferenciá-los acrescentam-se as iniciais de seus prenomes, se mesmo assim existir
coincidência, coloca-se os prenomes por extenso:
Exemplo:
(CERQUEIRA, J., 1999)
(CERQUEIRA, D., 1980)
(CRUZ, Dulce, 1996)
(CRUZ, Denise, 1996)
8.1.9 Citação de várias obras de um mesmo autor
•
Quando publicadas no mesmo ano são distinguidas pelo acréscimo de letras
minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem espaço.
Exemplo:
De acordo com Martino (2003a)
•
(MARTINO, 2003b)
Quando as citações indiretas de um mesmo autor são publicadas em anos diferentes
as datas são separadas por vírgula.
Exemplo:
(DIMENSTEIN, 1992, 1998, 2000)
(CRUZ; CORREA; COSTA, 1998, 1999, 2000)
93
94
8.1.10 Citação indireta de vários autores simultaneamente
•
Devem ser separadas por ponto-e-vírgula e em ordem alfabética.
Exemplo:
Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as necessidades de
todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA 1997).
Diversos autores salientam a importância do “acontecimento desencadeador” no início
de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KONX, 1986; MEZIROW, 1991).
8.1.11 Citação de informação verbal
Obtida em palestra, debate, reunião etc.
•
Indicar entre parênteses a expressão informação verbal e mencionar os dados
disponíveis em nota de rodapé.
Exemplo no texto:
O próximo número da revista Communicare já está sendo produzido e deverá ser
lançado no 2º semestre de 2010 (informação verbal)¹.
Exemplo na nota de rodapé:
____________________
¹ Notícia fornecida por Maria Goreti Juvencio Sobrinho Frizzarini na reunião do Centro Interdisciplinar de Pesquisa, em
São Paulo, janeiro de 2010.
8.1.12 Citação de trecho traduzido
•
Deve-se incluir, após a chamada da citação, a expressão tradução nossa, entre
parênteses.
Exemplo:
95
“Aquele inverno foi horrível. Seguiram-se as tempestades, o granizo e as nevadas,
depois o gelo, que se desfez em meados de fevereiro.” (ORWELL, 1979, p. 64, tradução nossa).
96
8.1.13 Emprego de aspas simples na citação
•
Quando o autor assinala algum trecho com aspas, na citação direta elas são grafadas
como aspas simples.
Exemplo:
Embora comumente denominado ‘monografia’, o trabalho científico de final de
graduação ou pós-graduação lato sensu (especialização) só poderá atentar
pelo nome de ‘monografia’ se verter sobre um único tema. O mesmo se aplica
às dissertações e teses. (SERRA NEGRA, 2004, p. 26).
8.2 Sistema de chamada para as citações
As citações devem ser indicadas no texto por um sistema de chamada, numérico ou autordata, que deverá ser seguido ao longo de todo o trabalho.
8.2.1 Sistema numérico1
•
•
•
•
•
Ordenação em números arábicos consecutivos, que remetem à lista de referências ao
final do trabalho;
Se for utilizado o sistema numérico no texto, a lista de referências deve seguir a
mesma ordem numérica crescente;
O sistema numérico não pode ser usado concomitantemente para notas de rodapé,
sejam elas de referência ou explicativas;
Não se inicia a numeração das citações a cada página;
A indicação da numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao texto, ou
situada pouco acima da linha do texto em expoente à linha do mesmo, após a
pontuação que fecha a citação, exemplo:
Diz Rui Barbosa: “Tudo é viver, previvendo.” (2)
Diz Rui Barbosa: “Tudo é viver, previvendo.” ²
Exemplo no texto:
“Pensar a comunicação evita a crença de que a tecnologia pode superar estas
defasagens, e lembra que é definitivamente do lado da intersubjetividade, de suas fragilidades,
1
Não confundir a ordenação das referências através do sistema numérico com as notas de rodapé, são
coisas distintas e que não devem ser usadas ao mesmo tempo.
97
de seus reveses, mas também dos seus ideais que se encontram os principais desafios da
comunicação.” (1)
98
Na práxis acadêmica, a monografia é um tipo de atividade solicitada aos
alunos; em geral, os temas desenvolvidos em qualquer disciplina são livres.
Vale lembrar, entretanto, que a criatividade dos alunos deve estar inserida no
texto e no contexto, mas não na metodologia. O orientador deve ser rigoroso
na cobrança metodológica, da mesma forma que o mundo exterior é rigoroso
para com a competência profissional. Este é o melhor caminho para conseguir
resultados satisfatórios com a criação de textos científicos. (SERRA NEGRA,
2004, p. 18)²
Exemplo na lista de referências:
1 WOLTON, Dominique. Internet, e depois?: uma teoria crítica das novas mídias. Porto Alegre,
RS: Sulina, 2003. p. 55
2 SERRA NEGRA, Carlos Alberto; SERRA NEGRA, Elizabete Marinho. Manual de trabalhos
monográficos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. 2.ed. São Paulo: Atlas,
2004. 238 p.
8.2.2 Sistema autor-data
•
•
•
•
As referências são reunidas no final do trabalho em uma única ordem alfabética;
A indicação da fonte é feita pelo sobrenome do autor, nome da entidade ou título de
entrada, seguido da data de publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no
caso de citação direta, separados por vírgula e entre parênteses;
Este sistema é o indicado quando há notas de rodapé no texto;
Se o título iniciar com artigo (definido ou indefinido), ou monossílabo, este deve se
incluído na indicação da fonte.
Exemplo no texto:
“A proporção de lares com telefone mais do que dobrou de 1992 a 1999, refletindo
tanto o aumento da renda quanto a expansão dos serviços de telefonia e barateamento da
assinatura básica depois da privatização.” (BRASIL, 2002, p. 34)
Abreu (2002, p.31) descreve: “Na guerra pela conquista do leitor, o novo modelo de
jornalismo levou mesmo à introdução de recursos não-jornalísticos na imprensa: foi assim que
surgiu a política de distribuição de fascículos e brindes e de sorteios.”
É comum o pesquisador iniciante ter dúvidas quando à distribuição do assunto
em capítulos ou em partes; não só quanto à quantidade, mas também no que
diz respeito à ordem de desenvolvimento do trabalho, ou seja, à seqüência
lógica da exposição do assunto. (PARRA FILHO; SANTOS, 2004, p. 99).
99
Entre as diversas revistas nacionais que já existiram no Brasil destacamos na
Manchete uma particularidade em seu foco jornalístico: “não privilegiava a reportagem escrita,
dando mais importância à cobertura fotográfica.” (A REVISTA... , 2000, p. 53)
“A difusão dessas idéias também se dava através da imprensa operária, que chegou a
contar, na época, com mais de 150 jornais na capital e no interior do Estado.” (UM RETRATO...,
1994, p. 63)
Exemplo na lista de referências:
A REVISTA no Brasil. São Paulo: Abril, 2000. 249 p.
ABREU, Alzira Alves de. A modernização da imprensa: (1970-2000). Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2002. 66 p.
BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Estado de Comunicação de Governo. Real:
oito anos construindo o futuro. Brasília: SECOM, 2002. 88 p.
PARRA FILHO, Domingos; SANTOS, João Almeida. Apresentação de trabalhos científicos:
monografia, TCC, teses e dissertações. 10. ed. São Paulo: Futura, 2004. 140 p.
UM RETRATO no jornal: a história de São Paulo na Imprensa Oficial (1891-1994). São Paulo:
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1994. 175 p.
8.3 Notas de rodapé
São digitadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço simples
de entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda;
• Deve-se utilizar o sistema autor-data para as citações no texto e o numérico para notas
explicativas;
• O tamanho da letra deve ser menor que a do texto.
•
Exemplo no texto:
Serra Negra (2004, p. 179) explica que “O objetivo das notas de rodapé¹ é prestar
esclarecimentos ou inserir no trabalho considerações complementares, cujas inclusões no texto
interromperiam a seqüência lógica da leitura².”
Exemplo no rodapé:
100
_______________________
1 O pé de uma página impressa, descrição encontrada no Houaiss (2001).
² O texto deve ser agradável e compreensível ao leitor.
101
8.3.1 Notas de referência
Notas que indicam fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o assunto
foi abordado, são chamadas também de notas bibliográficas.
•
•
A enumeração das notas de referência é feita por algarismos arábicos, devendo ter
uma numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte;
Não se inicia a enumeração a cada página.
A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência completa.
Exemplo no rodapé:
_______________________
³ HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss
da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
8.3.2 Citações subseqüentes
As subsequentes citações da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada,
utilizando as seguintes expressões, abreviadas quando for o caso:
Termo
Significado
Abreviação
Idem
mesmo autor
Id.
Ibdem
na mesma obra
Ibid.
obra citada
op. cit.
aqui e ali, em diversas
passagens
passim
no lugar citado
loc. cit.
Opus citatum, opere citato
Passim
Loco citato
Confira, confronte
Sequentia
Cf.
Seguinte ou que se segue
et seq.
102
Apud2
Exemplos:
Citado por, conforme, segundo
a) Idem - Id.
_________________________
¹ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001, p. 5.
² Id., 2002, p. 19.
b) Ibdem - Ibid.
_________________________
¹ RUIZ, 2006, p. 79
² Ibid., p. 33
c) Opus citatum - op. Cit.
______________________________
¹ SERRA NEGRA, 2003, p. 47.
² RUIZ, 2002, p. 42-44.
³ SERRA NEGRA, op. cit., p. 120.
d) Passim – passim
_________________________
¹ SEVERINO, 2003, passim.
e) Loco citato – loc. cit.
_________________________
¹ PARRA FILHO; SANTOS, 2000, p. 87-105.
² PARRA FILHO; SANTOS, loc. cit.
f) Confira, confronte – Cf.
_________________________
³ Cf. SEVERINO, 2001.
g) Sequentia – et seq.
2
Com exceção da expressão apud todas as outras descritas no quadro só podem ser usadas na mesma
página ou folha da citação a que se referem.
103
_________________________
¹ MARCONI; LAKATOS, 2006, p. 23 et seq.
h) Apud
_________________________
² GALLIANO, 1986 apud SERRA NEGRA, 2004, p. 119
8.3.3 Notas explicativas
Notas usadas para comentários, esclarecimentos ou explanações, que não possam ser
incluídos no texto.
•
•
A enumeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo ter
numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte;
Não se inicia a enumeração a cada página.
Exemplo no texto:
Para a normalização¹ de um trabalho acadêmico é importante ter o conhecimento das
normas técnicas e receber a orientação de um professor. Algumas obras também ajudam na
elaboração do trabalho, seus exemplos tornam a explicação bem didática.
Exemplo no rodapé:
________________________
¹ A normalização estabelece os princípios gerais para a elaboração do trabalho acadêmico, seja ele em
nível de graduação, especialização ou pós-graduação.
104
9
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
9.1 Referências
•
•
•
•
Relação de todas as obras e documentos consultados e citados ao longo do trabalho;
São alinhadas à margem esquerda, digitadas em espaço simples e separadas entre si
por espaço duplo;
O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para destacar o título deve
ser o mesmo em todas as referências;
Para obras sem indicação de autoria ou responsabilidade o elemento de entrada será o
próprio título, com a primeira palavra em letra maiúscula.
9.1.1 Ordenação das referências
As referências dos documentos citados em um trabalho devem ser ordenadas de acordo
com o sistema utilizado para citação no texto, conforme NBR 10520.3
Os sistemas mais utilizados são: alfabético (ordem alfabética de entrada) e numérico
(ordem de citação no texto).
9.1.1.1 Ordem alfabética
•
As referências são reunidas no final do trabalho em uma única ordem alfabética.
Exemplo no texto:
Segundo Saad (2003, p. 77) “a mensagem transformada em conteúdo traz como maior
inovação as qualidades da hipermídia e da interatividade [...].”
“É permitido omitir parte da citação, desde que tal omissão não altere o sentido do
texto. As mesmas são indicadas por reticências entre colchetes.” (PESCUMA; CASTILHO, 2005)
Exemplo na lista de referências:
PESCUMA, Derna; CASTILHO, Antonio Paulo F. de. Referências bibliográficas: um guia
para documentar suas pesquisas. 4. ed. rev.ampl. São Paulo: Olho d'Água, 2005. 124 p.
3
Para este item consulte o capítulo de citações.
105
SAAD, Beth. Estratégias para mídia digital: Internet, informação e comunicação. São Paulo:
Senac, 2003. 293 p.
9.1.1.2 Ordem numérica
As referências são reunidas no final do trabalho ordenadas por ordem crescente de
citação no texto.
•
•
Se for utilizado o sistema numérico no texto, a lista de referências deve seguir a
mesma ordem numérica crescente;
O sistema numérico não pode ser usado concomitantemente para notas de referência e
notas explicativas.
Exemplo no texto:
“A mensagem transformada em conteúdo traz como maior inovação as qualidades da
hipermídia e da interatividade [...].”(1)
“É permitido omitir parte da citação, desde que tal omissão não altere o sentido do
texto. As mesmas são indicadas por reticências entre colchetes.”(2)
Exemplo na lista de referências:
1 SAAD, Beth. Estratégias para mídia digital: Internet, informação e comunicação. São Paulo:
Senac, 2003. 293 p.
2 PESCUMA, Derna; CASTILHO, Antonio Paulo F. de. Referências bibliográficas: um guia
para documentar suas pesquisas. 4. ed. rev.ampl. São Paulo: Olho d'Água, 2005. 124 p.
A REVISTA no Brasil. São Paulo: Abril, 2000. 249 p.
ABREU, Alzira Alves de. A modernização da imprensa: (1970-2000). Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2002. 66 p.
BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Estado de Comunicação de Governo. Real:
oito anos construindo o futuro. Brasília: SECOM, 2002. 88 p.
PARRA FILHO, Domingos; SANTOS, João Almeida. Apresentação de trabalhos científicos:
monografia, TCC, teses e dissertações. 10. ed. São Paulo: Futura, 2004. 140 p.
106
UM RETRATO no jornal: a história de São Paulo na Imprensa Oficial (1891-1994). São Paulo:
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1994. 175 p.
107
9.1.1.3 Como elaborar as referências
Elementos essenciais na referência de livro:
• autor(es);
• título e subtítulo (quando houver);
• edição;
• local de publicação (cidade);
• editora;
• data de publicação;
• número de páginas ou volumes.
Elementos complementares:
• coleção
• ISBN;
• ilustrações;
• dimensões;
• tradutor;
• ilustrador.
Ordem dos elementos essenciais e complementares:
SOBRENOME, Nome do(s) autor(es). Título: subtítulo. Edição. Tradutor. Ilustrador.
Local de publicação: editora, ano. Número de páginas ou volume: ilustrações; dimensões.
Coleção e/ou série. Número de ISBN.
6.2.1 Monografia no todo
Inclui: livro, folheto, manual, guia, catálogo, dicionário etc.
AUTOR. Título: subtítulo4. Edição. Local de publicação (cidade): Editora, data.
Número de páginas ou volume.
9.1.1.4 Com um autor
BARROS FILHO, Clóvis de. Ética na comunicação. 4. ed. São Paulo: Summus, 2003.
238 p.
4
Somente se a obra possuir um subtítulo.
108
HÉBER-SUFFRIN, Pierre. O "zaratustra" de Nietzsche. Tradução Lucy Magalhães.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. 161 p. (Erudição & prazer). ISBN 85-7110-165-5
PATERNOSTRO, Vera Íris. O texto na TV: manual de telejornalismo. Rio de Janeiro:
Elsevier, 1999. 158 p.
6.2.1.1.1 Até três autores
BROWN, Lester R.; RENNER, Michael; HAWEIL, Brian. Sinais vitais 2002: as
tendências ambientais que determinarão nosso futuro. Salvador: Editora Uma, 2000. 195
p.
RUTTER, Marina; ABREU, Sertório Augusto de. Pesquisa de mercado. 3. ed. São
Paulo: Ática, 2006. 77 p.
6.2.1.1.2 Acima de três autores
GONZALEZ, Amélia et al. Parem as máquinas: jornalistas que valem mais de 50
contos. Rio de Janeiro: Casa Jorge, 2006.
RIBEIRO, Júlio et al. Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve
paciência para explicar. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 432 p.
6.2.1.1.3 Outras responsabilidades
(Organizador, coordenador, editor, compilador etc.)
LOPES, Boanerges (Coord.). Abaixo o nada a declarar!: o assessor de imprensa na era
da globalização. Rio de Janeiro: Zabelê, 1998. 211 p.
MARQUES, José Carlos; CARVALHO, Sérgio; CAMARGO, Vera Regina Toledo
(Org.). Comunicação e esporte: tendências. Santa Maria, RS: Pallotti, 2005. 214 p.
Nota: A obra acima possui três organizadores.
MOTTA, Márcia (Org.). Dicionário da terra. Rio de Janeiro: Civilização brasileira,
2005. 515 p.
109
6.2.1.1.4 Entrada pelo título
TÍTULO: subtítulo. Edição. Local de Publicação (cidade): Editora, data. Número
de páginas ou volume.
BÍBLIA Sagrada. 23. ed. São Paulo: Paulinas, 1967. 1501 p.
CIDADANIA antes dos 7 anos: a educação infantil e os meios de comunicação. São
Paulo: Cortez, 2003. 146 p.
ENCICLOPÉDIA Barsa. Rio de Janeiro: Encyclopaedia Britannica do Brasil, 1989. 2 v.
SEGMENTAÇÃO do mercado turístico: estudos, produtos e perspectivas. São Paulo:
Manole, 2009. 547 p.
6.2.1.1.5 Entrada por entidade
(Órgãos governamentais e associações)
AUTOR. Título: subtítulo. Local de Publicação (cidade): Editora, data. Número
de páginas ou volume.
ASSOCIÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24 p.
BRASIL. Ministério do Esporte e Turismo. Instituto Brasileiro de Turismo
(EMBRATUR). Estudo da demanda turística internacional 2003. Brasília, 2004. 83 p.
INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA.
Manual de acesso às bases de dados do IBICT. Brasília, 1994. 88 p.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Agenda 21 em São Paulo: 19922002. São Paulo, 2002. 152 p.
Nota: Em alguns casos em que uma obra tem como “autor” uma instituição, que é
também a “editora”, a instituição entra apenas como autor.
110
6.2.1.2 Parte de monografia
Inclui: capítulo, texto, páginas.
AUTOR. Título e subtítulo da parte. Seguidos da expressão “In:”, e da referência
completa da monografia no todo. Número das páginas consultadas.
AMATO, Rogério. Terceiro setor: trabalho para a inclusão. In: SAMPAIO, Lia Regina
Castaldi (Org.). Solidariedade: a rede como mecanismo de interação social. São Paulo:
L. R. C. Sampaio, 2005. p. 101-107.
ECO, Umberto. Apontamentos sobre a televisão. In: ______5. Apocalípticos e
integrados. 6. ed. São Paulo: Perspectiva, 2001. p. 325-365.
WISNIK, José Miguel. Algumas questões de música e política no Brasil. In: BOSI,
Alfredo. Cultura brasileira: temas e situações. São Paulo: Ática, 2004. cap. 7, p. 114123.
6.2.1.2.1 Páginas isoladas
BARBEIRO, Heródoto; LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual de radiojornalismo:
produção, ética e Internet. 2. ed. rev.atual. Rio de Janeiro: Campus, 2003. p.20-22, 27, 30.
BURKE, Peter. Antropologia. In: BOTTOMORE, Tom. (Ed.). Dicionário do
pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 12-14.
6.2.1.2.2 Verbete
VERBETE. Seguido da expressão “In:”, e da referência completa da monografia
no todo. Número da página consultada.
CYBERPUNK. In: LONGMAN dictionary of contemporary english. 3. ed. Inglaterra:
Longman, 2000. p. 337.
5
Quando o autor do capítulo, texto ou página for o mesmo da obra completa, para não repetir o
nome pode-se substituí-lo por 6 espaços de underline.
111
ENCANTEIRA. In: CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 11.
ed. rev. atual. São Paulo: Global, 2001. p. 211.
6.2.1.3 Periódico no todo6
Inclui: revista, boletim, seriados.
TÍTULO DA REVISTA. Local de publicação: editora, data de início e de
encerramento da publicação, se houver. Periodicidade. ISSN
COMMUNICARE: revista de pesquisa. São Paulo: Faculdade Cásper Líbero. Centro
Interdisciplinar de Pesquisa, 2001-. Semestral. ISSN 1676-3475.
O PASQUIM 21. Rio de Janeiro: Gampz, 2002-2004. Semanal.
VEJA. São Paulo: Abril, 1968-. Semestral. ISSN 0100-7122.
6.2.1.3.1 Periódico em parte
Inlcui: suplemento, fascículo, volume, número especial.
TÍTULO DA REVISTA. Título do fascículo. Local de publicação: editora, volume
e/ou numero, mês e ano.
GALÁXIA: revista transdisciplinar de comunicação, semiótica, cultura. São Paulo:
EDUC, n.17, jun. 2009.
ISTOÉ. São Paulo: Três, v.33, n. 2097, jan. 2010. 106 p.
TRANSINFORMAÇÃO. Campinas: Pontifícia Universidade Católica de Campinas,
v.21, n.2, maio/ago. 2009. 174 p.
6
Em trabalhos acadêmicos o mais comum é ser referenciada apenas uma parte da revista (número ou artigo)
e não a coleção toda.
112
VEJA. O melhor do Brasil. São Paulo: Abril, v.38, n.54, dez. 2005. 125p. Número
especial.
113
6.2.1.3.2 Artigo ou matéria de revista
AUTOR. Título do artigo. Título da revista, local de publicação, ano e/ou
volume, fascículo ou número, paginação inicial e final, mês7 e ano ou intervalo
da publicação.
CASTRO, Gisela Granjeiro da Silva. Nas tramas da rede: uma investigação das
estratégias no consumo de música digital. Cadernos de Pesquisa – ESPM, São Paulo,
v.2, n.1, p. 11-70, jan. 2006.
CHINELLATO, Thais Montenegro. A arte da imperfeição na mídia: aspectos culturais e
estéticos. Líbero: Revista do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero,
São Paulo, v.11, n.21, p. 133-145, jun. 2008.
MENEZES, José Eugênio de Oliveira. Comunicação como ciência da cultura: os meios
como espaços de construção de sentidos. Communicare: revista de pesquisa, São Paulo,
v.2, n.1, p. 47-58, jan. 2002.
6.2.1.3.3 Artigo ou matéria de jornal
AUTOR. Título do artigo. Título do jornal, local de publicação, data de
publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação correspondente.
Quando não houver seção, caderno ou parte a paginação do artigo ou matéria
precede a data.
LUCCHETTI, Alessandro. Cielo não bate recorde por um triz. Diário de S. Paulo, São
Paulo, 18 dez. 2009. Caderno de esportes, p. 8.
PIRES, Carol. Juiz afasta aliados de Arruda. Estado de S. Paulo, São Paulo, p. 8, 21 jan.
2010.
RANGEL, Juliana. CVM comprará novo sistema para monitorar vazamento de
informações. O Globo, Rio de Janeiro, 20 jan. 2010. Caderno de economia, p. 27.
7
Em revistas internacionais ao invés do mês é comum ser informado as estações do ano, como por
exemplo, summer, spring etc.
114
6.2.1.4 Entrevista
ENTREVISTADO. Título da entrevista. Entrevista concedida a nome(s) do(s)
entrevistador (es) em data abreviada da entrevista. Título da revista, local, ano,
v., n., página inicial-final, mês e/ou ano.
DUARTE, Anselmo. Entrevista concedida à equipe da revista A Terceira Idade. A
Terceira Idade: estudos sobre o envelhecimento, São Paulo ,v.16, n.33, p.102-115, jul.
2005.
SAAD, Elisabeth. A bolha da Internet e as empresas de comunicação no Brasil.
Entrevista concedida a Marcelo Coutinho. Comunicação, mídia e consumo, São Paulo
,v.1, n.2, p. 201-213, nov. 2004.
6.2.1.5 Resenha
AUTOR da resenha. Título da resenha. Resenha de SOBRENOME, Nome do
autor. Título da obra resenhada, edição, local, editora, data, número de páginas.
Título da revista, local, ano, v., n., página inicial-final, data. Indicação do tipo de
fascículo.
Com título
TAMAYOSE, Débora Marie. A comunicação e a televisão: uma análise crítica. Resenha
de LIMA, Venício Artur de; CAPPARELLI, Sérgio. Comunicação e televisão: desafios
da
pós-globalização. São Paulo: Hacker, 2004. 162 p. Communicare: revista de pesquisa,
São Paulo, v.6, n.2, p.143-145, jul. 2006.
Sem título
ARAUJO, Cíntia Langie. Resenha de MAFFESOLI, Michel, A sombra de Dionísio:
contribuição a uma sociologia da orgia. Rio de Janeiro: Graal, 1985. Revista Famecos:
mídia, cultura e tecnologia, Porto Alegre, n. 26, p. 129-131, abr. 2005.
6.2.1.6 Evento
115
Inclui: seminário, congresso, fórum etc.
NOME DO EVENTO, número, ano, local (cidade) de realização. Título (anais,
atas, tópico temático etc.). Local de publicação: Editora, data. Paginação.
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO FORTE COPACABANA, 4., 2007, Rio de
Janeiro. Segurança Internacional: um diálogo Europa-América do Sul. Rio de Janeiro:
Konrad Adenauer Stiftung, 2008. 181 p.
SEMINÁRIO TRANSDICIPLINAR, 1., 1990, São Paulo. Anais ... São Paulo: Escola de
Comunicações e Artes/Universidade de São Paulo, 1991. 205 p.
SIMPÓSIO LATINOAMERICANO DE COMUNICACIÓN ORGANIZACIONAL, 4.,
1999, Cali. Memória do IV Simpósio de Comunicación Organizacional. Cali:
Corporacion Universitaria Autonoma de Occidente, 1999. 291 p.
6.2.1.6.1 Trabalho apresentado em evento
AUTOR. Título do trabalho apresentado. In: NOME DO EVENTO, número, ano,
local (cidade) de realização. Título (anais, atas, tópico temático). Local de
publicação: Editora, data de publicação. Página inicial e final.
BAPTISTA FILHO, João Virgílio. O processo diagnóstico de avaliação. In: SIMPÓSIO
MULTIDISCIPLINAR, 8., 2002, São Paulo. Anais ... São Paulo: Universidade São Judas
Tadeu, 2002. p. 55-56.
FRANGE, Lucimar Bello P. Pesquisas no ensino e na formação de professores: caminhos
entre visualidades e visibilidades. In: CONGRESSO NACIONAL DA FEDERAÇÃO DE
ARTE-EDUCADORES DO BRASIL, 15., 2004, Rio de Janeiro. Trajetória e políticas
para o ensino das artes no Brasil: anais da XV CONFAEB. Brasília, DF: Ministério da
Educação, 2009. p. 158-170.
6.2.1.7 Trabalho acadêmico
Inclui: trabalho de conclusão de curso, projeto experimental, tese, dissertação,
monografia.
116
AUTOR. Título. Ano de entrega. Número de folhas. Categoria (Grau e área de
concentração) - Instituição, cidade, ano de defesa.
117
6.2.1.7.1 Até três autores
FERRETTI, Larissa Minutti. Cenário: mensagem e concretização de um universo
fantástico: estudo de caso do papel da cenografia na produção do programa infantil
Castelo Rá-tim-bum. 2007. 77 f. Pesquisa discente (Iniciação Científica) - Centro
Interdisciplinar de Pesquisa da Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, 2007.
PEREIRA, Ethel Shiraishi. É cool. Eu tenho, eu sou: estudo de caso do Skol Beats
sociedade de consumo e identidade cultural. 2005. 123 f. Dissertação (Mestrado em
Comunicação e Mercado) - Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, 2005.
SPERA, André; COELHO, Juliano. Loucas harmonias: a vida de Lanny Gordin. 2008.
Trabalho de Conclusão de Curso (Projeto Experimental de Jornalismo) - Faculdade
Cásper Líbero, São Paulo, 2008.
VITALI, Tereza Cristina. A relação mercado e ensino de publicidade e propaganda:
Faculdade Cásper Líbero, um estudo de caso. 2004. 246 f. Tese (Doutorado em Ciências
da Comunicação) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
6.2.1.7.2 Acima de três autores
LIMA, Beatriz de Castro, et al. Balé da cidade de São Paulo. 2002. 150 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Projeto Experimental de Relações Públicas) - Faculdade de
Comunicação Social Cásper Líbero, São Paulo, 2002.
Nota: Há diferença nos dados de publicação (imprenta) dos trabalhos produzidos na
Faculdade, pois até 2002 seu nome era Faculdade de Comunicação Social Cásper
Líbero, o nome Faculdade Cásper Líbero passou a vigorar em 2003.
6.2.1.7.3 Trabalho de aluno e notas de aula
AUTOR. Título. Data. Número de páginas ou folhas. Tipo de material
DUDZIAK, Elizabeth Adriana. Mediação da informação. 2005. 10 f. Notas de aula.
118
PEREIRA, Luis Carlos Pereira. O serviço de referência em biblioteca universitária.
2009. 9 p. Trabalho de aluno.
119
6.2.1.8 Legislação
Jurisdição. Título. Numeração, data e dados da publicação. No caso de
constituições e emendas, entre o nome da jurisdição e o título acrescenta-se a
palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre parênteses.
BRASIL. Código civil brasileiro. 8. ed. rev.atual.ampl. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2003. 1514 p. (RT Códigos)
BRASIL. Decreto nº 70.274, de 9 de março de 1972. Normas do cerimonial público e
ordem geral de precedência. São Paulo: IMESP, 1982.
BRASIL. Lei nº6.615, de 16 de dezembro de 1978. Dispõe sobre a regulamentação da
profissão de Radialista e dá outras providências. Vade-Mécum da comunicação, Rio de
Janeiro, p. 113-118, 1998.
SÃO PAULO (Estado). Decreto nº42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de
legislação e jurisprudência , São Paulo, v.62, n.3, p. 217-220, 1998.
6.2.1.8.1 Decisões judiciais
Jurisdição e órgão judiciário competente, título (natureza da decisão ou ementa)
e número, partes envolvidas (se houver), relator, local data e dados as
publicação.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Processual Penal. Hábeas-corpus.
Constrangimento ilegal. Hábeas-corpus nº 181.636-1, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo, Brasília, 6 de dezembro de 1994. Lex: jurisprudência do
STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v.10, n.103, p. 236-240, mar. 1998.
6.2.1.8.2 Doutrina
Discussão técnica sobre questões legais
120
BARROS, Raimundo Gomes de. Ministério Público: sua legitimação frente ao Código do
Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados, São Paulo, v.19, nº
139, p. 53-72, ago. 1995.
121
6.2.1.9 Filme no todo
Inclui: DVD, DVD-ROM, VHS (fita de vídeo).
TÍTULO. Diretor. Produtor. Intérpretes. Local: produtora, data. Características
físicas (som, cor e medida).
CAFUNDÓ: resgate de cultura, terra e dignidade. Produção de Juliana Mir Tonello,
Lilian Gomes e Pedro Ramos de Araújo. Orientado por Celso Dario Unzelte. 2008. 1
DVD-ROM, son., color.
DEUS e o diabo na terra do sol. Dirigido por Glauber Rocha. Rio de Janeiro: Copacabana
Filmes, 1964. 1 fita de vídeo (125 min), son., p&b.
LARANJA mecânica. Direção e produção Stanley Kubrick. Intérpretes: Malcolm
McDowell, Patrick Magee, Adrienne Corri, Miriam Karlin. Manaus: Microservice, 2006.
1 videodisco (137 min), son., color.
O XANGÔ de Baker Street. Direção de Miguel Faria Junior. Produção de Bruno
Stroppiana. Manaus: Videolar, 2002. 1 fita de vídeo (118 min), son. color.
SAI de baixo. Direção, Dennis Carvalho, Daniel Filho e José Wilker. Escrito por Cláudio
Paiva, Flávio de Souza e Juca Filho. Manaus: Microservice, 2003. 2 videodiscos (243
min), son., color.
6.2.1.9.1 Filme em parte
Inclui: filme, documentário ou seriado
AUTORIA da parte. Título da parte. In: TÍTULO do filme. Diretor. Produtor. Local:
produtora, data. Características físicas (som, cor e medida).
REICH, Andrew; COHEN, Ted. Aquele da dança de salão. In: FRIENDS: a quarta
temporada completa. Direção, Gail Mancuso. Manaus: Videolar, 2004. 4 videodiscos
(562 min), son., color. Disco 1, episódio 4.
122
Inclui: shows, musicais etc.
AUTORIA. Título da parte ou faixa. Intérprete. Seguidos da expressão In: e da
referência do documento no todo. No final da referência, deve se informar a
parte (cena, capítulo ou faixa) para individualizar a referencia.
JOBIM, Antonio Carlos. Águas de março. Intérprete: Elis Regina. In: Elis Regina: MPB
especial – 1973. Direção, João Marcelo Bôscoli. Produção, Fundação Padre Anchieta.
Manaus: Sonopress, 2004. 1 videodisco (99 min), son., p&b, faixa 15 (3 min 50 s).
6.2.1.10 Documento iconográfico
Inclui: foto, pintura, gravura, desenho, ilustração.
AUTOR. Título (quando não existir, deve-se atribuir uma denominação ou usar
[Sem título]. Data e especificação do suporte.
MIWA, Renata. [Sem título]. 1 ilustração, color, 10 cm x 18 cm. Publicada na revista
Esquinas, n. 46, p. 60, 2º sem., 2009.
TÚLIO, Vidal. Festa de confraternização da Fundação Cásper Líbero. 2005. 1
fotografia, color., 10 cm x 15 cm.
6.2.1.11 Documento cartográfico
Inclui: atlas, mapa, fotografia aérea.
AUTOR. Título. Local, editora, data de publicação, designação específica e
escala.
BRASIL. Diretoria de Hidrografia e Navegação. Atlas da hidrovia do rio Solimões: de
Manaus à Tabatinga. Niterói, RJ, 2001.1 atlas, color. Escalas variam.
MAGALHÃES, Cláudia Freitas. Anexo V: modelo do mapa turístico utilizado no teste
em Catas Altas, MG (reduzido). São Paulo: Rocca, 2002. 1 mapa, p&b. Escala 1:50.000.
123
MAPA mundi físico. São Paulo: Geomapas, 1997. 1 mapa, color. Escala 1:30.000.
124
6.2.1.12 Documento sonoro no todo
Inclui: CD, disco, fita cassete.
Compositores ou intérpretes. Título. Local: gravadora (ou equivalente), data.
Especificação do suporte.
AS MELHORES: Gazeta FM 88.1. Rio de Janeiro: Sony Music, 1999. 1 CD (49 min),
digital., 4 ¾ pol.
SOARES, Aumir; TANAKA, Paulo. O planejamento em propaganda. São Paulo:
ESPM, [19-]. 1 fita cassete (60 min).
TITÃS. Tudo ao mesmo tempo agora. Manaus: Videolar, 1991. 1 disco sonoro (38
min).
6.2.1.12.1 Documento sonoro em parte
COMPOSITOR. Título da parte ou faixa. Intérprete. Seguidos da expressão In:, e
da referência do documento sonoro no todo. No final da referência, deve-se
informar a faixa ou outra forma de individualizar a parte referenciada.
ZDANOWSKI, Paulo. Coleção. Intérprete: Ivete Sangalo. In: AS MELHORES: Gazeta
FM 88.1. Rio de Janeiro: Sony Music, 1999. 1 CD (49 min), digital, 4 ¾ pol., faixa 8 (2
min 50 s).
TOOLER, Paula; VIANA, Herbert. Porque não eu? Intérprete: KID Abelha e os abóboras
selvagens. In: Seu espião. Manaus: Videolar, 1995. 1 disco sonoro (38 min), faixa 8 (3
min 02 s).
6.2.1.13 Partitura
AUTOR. Título. Local: editora, data. Designação específica e instrumento a que
se destina.
125
SILVA, Mario. Buscando amores: pas de quatre para piano. Bahia: [s.n.], 1904. 1
partitura. (2 p.). Piano.
GURGEL, Gao. Anjinho. São Paulo: Fermata do Brasil, 1977.(2 p., il., 32 cm.). Flauta.
6.2.1.14 Documento tridimensional
Inclui: objetos, esculturas, maquetes, fósseis etc.
AUTOR. Título. Data. Especificação do objeto.
FONSECA, Eduardo. Parque Municipal de Itaquaquecetuba. 1 maquete, color. Escala
1:1000
PASTORIN, Clarisse. Vaso de argila: decorado com flores e frutos. 2009. 1 escultura
variável.
6.2.2 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico
Inclui: Bases de dados, listas de discussão, arquivos em disco rígido, programas,
mensagens eletrônicas entre outros.
AUTOR. Título do serviço ou produto.Versão (se houver) e descrição física do
meio eletrônico.
6.2.2.1 Disquete
ANUÁRIO brasileiro da educação: 1997. São Paulo: Rubi, 1997. 2 disquetes, 3 ½ pol.
SHINODA, Carlos. Matemática financeira para usuários do Excel. São Paulo: Atlas,
1998. 1 disquete 3 ½ pol.
6.2.2.2 CD-ROM
Monografia no todo (livro, folheto, manual, guia, catálogo, dicionário)
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio: versão 5.0. Edição
revista e atualizada. Curitiba: Positivo Informática, 2004. 1 CD-ROM.
126
NERI, Marcelo. Retratos da deficiência no Brasil. Rio de Janeiro: Opção Produções
Artísticas 2003. 1 CD-ROM.
Revista no todo
BRAVO!: conteúdo integral de 84 edições da revista Bravo! de 1997 a 2004. Manaus:
Microservice Tecnologia Digital da Amazônia, 2005. 5 CD-ROM.
Trabalho apresentado em evento
SANTOS, Silvio Marcos Dias; SILVA, Carlos Henrique Valença. A Biblioteca
Universitária: partejando saberes e sabedoria. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 22., 2007, Brasilia. Anais... Brasília:
FEBAB, 2007. 1 CD-ROM.
Trabalho acadêmico
HABR, Fabio Ferreira. Comboio da véia: uma tribo no Orkut. 2009. 1 CD-ROM.
Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Marketing e Comunicação
Publicitária) - Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, 2009.
Base de dados
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Vocabulário controlado USP: base de dados de
descritores em língua portuguesa para indexação e recuperação da informação. São
Paulo: SIBi/USP, 2001. 1 CD-ROM.
6.2.2.3 E-mail8
MIRANDA, Edimilson. Proposta de contrato de manutenção [mensagem pessoal].
Mensagem recebida por <[email protected]> em 22 jan. 2009.
6.2.2.4 Home page
8
O e-mail só deve ser referenciado quando não dispuser de outra fonte para abordar o tema, ou se este for
o foco do trabalho. Estas mensagens possuem caráter informal e podem desaparecer rapidamente, assim
como outras obtidas via Intenet.
127
FACULDADE CÁSPER LÍBERO. Disponível em: <http://www.casperlibero.edu.br>.
Acesso em: 27 jan. 2010.
6.2.2.5 Base de dados
COMMUNICATION & Mass Media Complete. Estados Unidos: EBSCO Information
Services, [19-]. Disponível em:
<http://web.ebscohost.com/ehost/search?vid=1&hid=5&sid=03466a7a-7210-457c-963e4fa9139a3983%40sessionmgr10>. Acesso em: 05 fev. 2010.
6.2.3 Referência de documento obtido na Internet
A referência deve seguir o padrão dos itens solicitados no documento impresso, bastando
ser acrescentado o endereço na Internet e a data de acesso.
Nota: Em todos os casos de fontes de informações obtidas na web, consulte seu
orientador quanto a necessidade de imprimir os originais e disponibilizá-los em “anexos”.
6.2.3.1 Texto em geral
AUTOR. Título: subtítulo. Data da composição da obra. Disponível em:
<Endereço na Internet>. Acesso em: data da obtenção do texto.
FONSECA, Edson Nery da. Apogeu e declínio das classificações bibliográficas.
Disponível em: < http://www.conexaorio.com/biti/nery/index.htm>. Acesso em: 22 jan.
2010.
LOURENÇO, Vivian. Quem são os nossos verdadeiros heróis?. 26 jan. 2010.
Disponível em:
<http://www.jornalistas.blog.br/jornalistas3.0/artigo.php?idArtigo=1433>. Acesso em: 29
jan. 2010.
6.2. 3. 2 Livro completo
AUTOR. Título: subtítulo. Local: editora, cidade. Páginas. Disponível em:
<Endereço na Internet>. Acesso em: data da obtenção do texto.
128
NABUCO, Joaquim. A escravidão. Recife: FUNDAJ, 1988. Disponível em: <
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jn000061.pdf>. Acesso em 20 dez.
2009.
6.2.3.2.1 Parte de livro
AUTOR da parte. Título da parte. In: AUTORIA do livro. Título: subtítulo. Local:
editora, cidade. Paginação inicial-final. Disponível em: <Endereço na Internet>.
Acesso em: data da obtenção do e texto.
Texto
PESSOA, Fernando. Na floresta do alheamento. In: ______. O Eu profundo e os outros
Eus. São Paulo: Nova Fronteira, [s.d.]. p. 107-112. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/vo000009.pdf>. Acesso em: 22 jan.
2010.
Verbete
AVATAR. In: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Lisboa: Priberam
Informática, 1996. Disponível em: < http://www.priberam.pt/tabid/62/language/ptPT/Default.aspx>. Acesso em: 27 jan. 2010.
6.2.3.3 Número de revista
TÍTULO DO PERIÓDICO. Título do fascículo. Local: editora, ano, v., n., data do
fascículo. Páginas. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da
obtenção do texto.
LÍBERO: revista do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero. São Paulo:
Faculdade Cásper Líbero. Programa de Pós-graduação, v. 12, n. 24, dez. 2009. 160 p.
Disponível em:
<http://www.casperlibero.edu.br/_upload/publicacoes/6/Líbero%2024.pdf>. Acesso em:
28 jan. 2010.
6.2.3.3.1 Artigo ou matéria de revista
AUTOR. Título do artigo. Título da revista, local, ano, v., n., Paginação inicialfinal, data. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da
129
obtenção do texto.
FUSER, Igor. O Estadão e a diplomacia do "pragmatismo responsável". Communicare:
revista de pesquisa, São Paulo ,v.8, n.2, p. 25-32, jul. 2008. Disponível em:
<http://www.casperlibero.edu.br/_upload/publicacoes/7/Communicare%208.2.pdf>.
Acesso em: 29 jan. 2010.
6.2.3.3.2 Artigo ou matéria de jornal
AUTOR. Título do artigo. Título do jornal, local de publicação, data de
publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação correspondente.
Quando não houver seção, caderno ou parte a paginação do artigo ou matéria
precede a data. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da
obtenção do texto.
VIEIRA, Douglas. McCartney lança CD e DVD ao vivo repleto de Beatles. Metro, São
Paulo, 28 jan. 2010. Metro cultura, p. 8. Disponível em:
<http://publimetro.band.com.br/pdf/20100128_MetroSaoPaulo.pdf>. Acesso em: 28 jan.
2010.
6.2.3.3.3 Entrevista
ENTREVISTADO. Título da entrevista. Entrevista concedida a nome(s) do(s)
entrevistador(es) em data abreviada da entrevista. Título da revista, local, ano,
v., n., página inicial-final, mês e/ou ano. Indicação do tipo de fascículo.
Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da obtenção do texto.
DOV SHINAR. Jornalismo de guerra e jornalismo de paz: o valor de notícia e as
narrativas de conflito. Entrevista concedida a Rodrigo Fonseca Fernandes e Sérgio
Pinheiro da Silva em 21 e 22 ago. 2009. Comtempo: revista eletrônica do Programa de
Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, v.1, n.1, 5 p., dez. 2009.
Disponível em:
<http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo/article/viewFile/6752/6113
>. Acesso em 29 jan. 2010.
6.2.3.3.4 Resenha
130
AUTOR da resenha. Título da resenha. Resenha de SOBRENOME, Nome do
autor, título da obra resenhada, edição, local, editora, data, número de páginas.
Título da revista, local, ano, v., n., página inicial-final, data. Indicação do tipo de
fascículo. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da obtenção
do texto.
COSTA, Carlos. A teoria da comunicação sem complicação. Resenha de MARTINO,
Luis Mauro Sá. Teoria da comunicação: idéias, conceitos e métodos. Petrópolis: Vozes,
2009. Comtempo: revista eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper
Líbero, São Paulo, 2009, v.1, n.1, 4 p., dez. 2009. Disponível em:
<http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo/article/viewFile/6750/6112
> Acesso em: 05 jan. 2010.
6.2.3.4 Documento jurídico
Jurisdição. Título. Numeração, data e dados da publicação. No caso de
constituições e emendas, entre o nome da jurisdição e o título acrescenta-se a
palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre parênteses.
Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso: data da obtenção do
documento.
BRASIL. Lei 127, de 14 de agosto de 2007. Altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006. Diário Oficial da União. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp127.htm>. Acesso em: 28 dez.
2009.
6.2.3.5 Evento
CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 23., 2009,
Curitiba. Anais eletrônicos... Curitiba: Intercom, 2009. Disponível em:
<http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2009/index.htm#>. Acesso em: 26 jan.
2010.
6.2.3.6 Trabalho acadêmico
COSTA, Caio Túlio. Moral provisória: ética e jornalismo da gênese à nova mídia. 2008.
385 p. Tese (Doutorado em Estudos dos meios e da produção mediática) - Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em:
131
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27153/tde-24042009-151655/>. Acesso
em: 29 jan. 2010.
6.2.4 Outros exemplos e orientações
6.2.4.1.1 Obra composta por mais de um volume
Indica-se a data mais antiga e mais recente da publicação, separada por hífen.
ALBISETTI, César; VENTURELLI, Ângelo Jayme. Enciclopédia Bororo. Campo
Grande, MS: Museu Regional Dom Bosco, 1962-1969. 2 v.
Quando apenas um dos volumes é consultado
ANSARAH, Marília Gomes dos Reis; CANTON, Antonia Marisa (Org.). Turismo:
como aprender, como ensinar. 3. ed. São Paulo: SENAC, 2004. v. 2.
6.2.4.1.2 Livro ilustrado
(Imagens, desenhos, fotos etc.)
Após a seqüência de páginas usa-se “il. quando ilustrado; usa-se “color.” quando
colorido; usa-se “p&b” quando preto e branco.
COMO fazer quase tudo. Rio de Janeiro: Reader's Digest, 2001. 471 p., il. color.
SALGADO, Sebastião. Retratos de crianças do êxodo. São Paulo: Companhia das
Letras, 2000. 111 p., il. p&b.
6.2.4.2 Livro sem local de publicação
Usa-se a expressão “sine loco” abreviada e entre colchetes [S.l.]
TRIGO, Salvato. Actualidade de Fernando Pessoa. 3. ed. [S.l.]: Feirense, 1983. 29 p.
(Santamariana).
132
6.2.4.2.1 Livro sem editora
Usa-se a expressão “sine nomine” abreviada e entre colchetes [s.n].
ALVES, Henrique L. Um agitador cultural. Lisboa: [s.n.], 1989. 40 p.
6.2.4.2.2 Livro sem local de publicação e sem editora
Usa-se a expressão “sine loco e sine nomine” abreviadas e entre colchetes [S.l.: s.n.]
LEONE, Aldo. 50 anos de turismo: Agaxtur. [S.l.: s.n.], 2003. 64 p.
6.2.4.2.3 Livro sem local de publicação, mas que pode ser identificado
A informação é colocada entre colchetes, por não estar explícita na obra.
MIRANDA, Duda. A coleção Duda Miranda. [Minas Gerais]: Rona Editora, 2007. 180
p.
6.2.4.2.4 Livro sem data de publicação
Se nenhuma data de publicação, distribuição ou impressão puder ser determinada,
registra-se uma data aproximada entre colchetes, conforme indicado:
[1991 ou 1992]
[1998?]
[2002]
[entre 1985 e 1990]
[ca. 2007]
[200-]
[200?]
[19-]
[19?]
um ano ou outro
data provável
data certa, não indicada na obra
use intervalos menores que 20 anos
data aproximada
década certa
década provável
século certo
século provável
6.2.4.2.5 Livro com duas editoras
133
Quando houver duas editoras, indicam-se ambas, com seus respectivos locais (cidades),
separadas por ponto e vírgula. Se as editoras forem três ou mais, indica-se a primeira ou a
que estiver em destaque.
MCKENNA, Regis. Estratégias de marketing em tempos de crise. Rio de Janeiro:
Livraria Erico Veríssimo; São Paulo: Publifolha 1999. 177 p.
6.2.4.3 Nomes de cidades homônimos
Acrescemta-se o nome do estado, do país etc., para distinguir a cidade.
Viçosa, AL
Viçosa, MG
Viçosa, RJ
6.2.4.4 Abreviação para os meses
Usada na referência periódicos.
Janeiro – jan.
Abril – abr.
Julho – jul.
Outubro – out
Fevereiro – fev.
Maio – maio
Agosto – ago.
Novembro – nov.
Março – mar.
Junho – jun.
Setembro – set.
Dezembro – dez.
6.2.4.5 Autor com sobrenome composto
DEL NERO, Henrique Schützer. Anarquia e alucinações. [S.l.]: Hermes, [199-?]. 121 p.
134
6.2.4.5.1 Autor com sobrenome designativo de parentesco
Filho, neto, júnior.
ASSUMPÇÃO FILHO, Milton Mira de; YOSHIDA, Ernesto. Brasil Japão: 100 anos de
paixão. São Paulo: M.Books do Brasil, 2008. 197 p.
BOTURA JÚNIOR, Wimer. Agressões silenciosas. São Paulo: O. L. M., 1997. 140 p.
ISBN 85-86630-01-2
DIMENSTEIN, Gilberto; CIPRO NETO, Pasquale. O brasil na ponta da língua. São
Paulo: Ática, 2002. 136 p.
6.2.4.5.2 Obras do mesmo autor referenciadas na mesma página da lista de
referências
Neste caso, o nome do autor é citado uma única vez e nas próximas obras usar 6 espaços
de underline e ponto final, ao invés de repetir o nome.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências - elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de
um documento escrito – apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
VARELLA, Drauzio. Estação Carandiru. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. 297
p.
______. Macacos. São Paulo: Publifolha, 2000. 89 p. (Folha explica; Biologia 1)
______. Por um fio. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. 218 p.
135
6.2.4.5.3 Obras com entrada por título iniciado com artigo
O artigo e a palavra subseqüente ficam em letra maiúscula.
A REVISTA no Brasil. São Paulo: Abril, 2000. 249 p.
UM RETRATO no jornal: a história de São Paulo na Imprensa Oficial (1891-1994). São
Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1994. 175 p.
6.2.4.5.4 Obras com título em mais de uma língua
Registra-se o primeiro título e opcionalmente, registra-se o segundo ou o que estiver em
destaque, separando-o do primeiro pelo sinal de igualdade.
MENEZES, José Eugenio de Oliveira; MARTINO, Luís Mauro Sá. Construindo uma
política de pesquisa = Constructing a research politics. Communicare: Revista de
Pesquisa, São Paulo ,v.6, n.2, p.9-11, jul. 2006.
136
6.3 Glossário
•
•
Relação de palavras ou expressões técnicas utilizadas no texto, por serem de uso
restrito são descritas acompanhadas das respectivas definições;
É elaborado em ordem alfabética, fonte tamanho 12.
Tamanho 14
Letra maiúscula
Modelo
Centralizado
GLOSSÁRIO
Alínea – Subdivisão de um artigo ou inciso, precedida de minúscula.
Contrafação – Falsificação de produtos, valores ou assinaturas de outrem –
Violação do direito da propriedade intelectual.
Lauda – Folha de papel com dimensões padronizadas, utilizada nas redações de
jornais e revistas para excrever os originais.
Plágio – Apresentação de trabalho literário ou científico de outros como sendo
seu.
Quizila – Pendência ou rixa. – Desavença ou desinteligência.
Retícula – Lâmina de vidro ou plástico empregada na reprodução da imagem
de meios-tons por processo fotomecânico.
Retranca – Marcação de palavras ou algarismos nos originais para jornais ou
revistas.
Tricomia – Qualquer dos processos fotomecânicos que reproduzem as cores do
original. – Estampa obtida por esse processo fotomecânico.
Verbetes consultados em (STACKS, 2007).
137
6.4 Apêndice
•
•
•
Texto ou documento criado pelo próprio autor, a fim de complementar, ilustrar ou
comprovar a argumentação do trabalho;
São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos
títulos;
Quando esgotadas todas as letras do alfabeto, utilizam-se letras maiúsculas dobradas
para a identificação dos apêndices.
Modelo
Tamanho 14
Letra maiúscula
Centralizado
APÊNDICES
APÊNDICE A – Organograma da Fundação Cásper Líbero
APÊNDICE B – Entidades assistidas pelo Grupo de Cidadania Empresarial
APÊNDICE C – Prospecto para criação de novo departamento comercial
138
139
6.5 Anexo
•
•
•
Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de comprovação ou
ilustração do trabalho;
São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos
títulos;
Quando esgotadas todas as letras do alfabeto, utilizam-se letras maiúsculas dobradas
para a identificação dos anexos.
Modelo
Tamanho 14
Letra maiúscula
Centralizado
ANEXOS
ANEXO A – Anúncio de cerveja na revista Época
ANEXO B – Pesquisa sobre o consumo de cerveja entre jovens paulistanos
ANEXO C – Eventos patrocinados por fabricantes de cerveja em 2009
140
141
6.6 Índice9
•
•
•
•
•
•
•
Relação de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que localiza e
remete para as informações contidas no texto;
É impresso no final do documento, com paginação consecutiva ou em volume
separado;
Seu título deve definir sua função e/ou conteúdo. Exemplo: Índice de assunto, índice
cronológico ou índice onomástico;
Pode ser ordenado em ordem alfabética, sistemática, cronológica, numérica ou
alfanumérica;
Seu foco pode ser especial (organizado por autores; assuntos; títulos; nomes
geográficos; citações) ou geral (quando combinadas duas ou mais das categorias
anteriores);
Em índice geral, as entradas de cada categoria devem ser diferenciadas
gramaticamente e ordenadas conforme ABNT NBR 6033;
Recomenda-se a apresentação das entradas em linhas separadas, com recuo
progresssivo da esquerda para a direita para subcabeçalhos.
Exemplo: Monografia
definição, 3.7
em meio eletrônico, 7,2
CD-ROM, 7.2.1
Nota: Por ser incomum o uso de índice nos trabalhos da Faculdade Cásper Líbero, neste
item não serão expostas todas as suas normas e orientações, acima estão apenas as regras
gerais. Caso seja do interesse do aluno em conhecer mais sobre a elaboração do índice
consulte a ABNT NBR 6034 na Biblioteca da Faculdade.
9
Não confundir índice com sumário e lista.
142
Modelo 1
(Título em fonte 14 e centralizado)
ÍNDICE REMISSIVO
Acionista
minoria em subsidiárias praticamente integrais, 27.7, 27.10
Ações
lucro por ações, 33.1-33.53
Adiantamentos
Bancos, 30.43-30.49
Agregação
Demonstrações contábeis, 1.29-1.32
Aquisição
Definição, 22.8
Bases contábeis
1.21
Capital
conceitos de, 102-103
Clientes
usuários das demonstrações contábeis 35
Deságio
ativo de imposto diferido, 12.32
combinações de negócios, 12.66-12.68, 22.59-22.64, 22.91
Metais
contrato de licenciamentos excluídos da IAS, 17, 17.2
(Termos em fonte 12, alinhados a esquerda)
Nota: Exemplo de índice extraído em Serra Negra (2004).
143
Modelo 2
(Título em fonte 14 e centralizado)
ÍNDICE CRONOLÓGICO
1890 19 de maio nasce Nguyen Sin Cung no protetorado francês do Anam. p. 23
1909 Expulso da escola por distribuir jornais anticolonialistas. p. 31
1911 Junta-se à tripulação de um navio mercante francês. p. 41
1919 Tenta infrutiferamente pedir a independência da Indochina na Conferência
de Paz, em Versalhes. p. 43
1963 Diem é assassinado. p. 83
1968 A FLN lança a ofensiva do Tet no Vietnam do Sul. p. 92
1976 Vietinam do Norte e Vietnam do Sul são unificados e formam a República
Socialista do Vietnam. p. 101
(Termos em fonte 12, alinhados a esquerda)
144
Nota: Exemplo de índice extraído em Serra Negra (2004).
145
REFERÊNCIAS USADAS NO GUIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências - elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de
um documento escrito – apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6027: informação e documentação: sumário – apresentação. Rio de
Janeiro, 2003.
______. NBR 6028: informação e documentação: resumo – apresentação. Rio de Janeiro,
2003.
______. NBR 6034: informação e documentação: índice – apresentação. 2. ed. Rio de
Janeiro, 2004.
______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos –
apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 12225: informação e documentação: lombada – apresentação. 2. ed. Rio de
Janeiro, 2004.
______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos - apresentação.
2. ed. Rio de Janeiro, 2005.
MONTEIRO, Gilson. Guia para a elaboração de projetos, trabalhos de conclusão de
curso (TCCs), dissertações e teses. São Paulo: EDICON, 1998. 73 p.
MUNTEAL, Oswaldo; GRANDI, Larissa. A imprensa na história do Brasil:
fotojornalismo no século XX. Rio de Janeiro: PUC, 2005. 200 p.
PARRA FILHO, Domingos; SANTOS, João Almeida. Apresentação de trabalhos
científicos: monografia, TCC, teses e dissertações. 10. ed. São Paulo: Futura, 2004. 140
p.
146
PESCUMA, Derna; CASTILHO, Antonio Paulo F. de. Referências bibliográficas: um
guia para documentar suas pesquisas. São Paulo: Olho d'Água, 2005. 124 p.
SANTOS, Izequias Estevam dos. Manual de métodos e técnicas de pesquisa científica.
6. ed. rev. atual. Niterói: Impetus, 2009. 385 p.
SERRA NEGRA, Carlos Alberto; SERRA NEGRA, Elizabete Marinho. Manual de
trabalhos monográficos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 2004. 238 p.
STACKS, Don W. Dicionário de mensuração e pesquisa em relações públicas e
comunicação organizacional. São Paulo: ABERJE, 2007. 85 p.
147
Download

Manual de metodologia de pesquisa