Ciências Humanas e
suas Tecnologias
História
Prof.: Nilton Sousa
nº
1
Retrospectiva 2010
“
Relembre os principais fatos que marcaram o ano
Uma mulher na Presidência da República,
no Brasil? Barack Obama com problemas de
popularidade? Um ex-hacker desafiando a
maior potência econômica e militar do planeta?
Mineiros que viram celebridades?
O ano de 2010 trouxe algumas novidades
surpreendentes, além de velhos conhecidos –
tragédias naturais, aquecimento global, tráfico de
drogas e violações dos direitos humanos. O certo
é que o modo como a história foi escrita, nesse
ano, irá influenciar nossas vidas nos próximos.
No Brasil, a política foi o grande destaque
em 2010. Depois de oito anos, a “era Lula”
termina com a eleição de Dilma Rousseff.
Inexperiente nas urnas, a ex-ministra da Casa
Civil chegou ao Palácio do Planalto amparada
pela popularidade recorde do presidente Lula.
Nem mesmo os sucessivos escândalos de
corrupção envolvendo o PT abalaram a confiança
dos eleitores. A vitória da petista foi um reflexo da
estabilidade econômica do país e dos avanços na
área social. Em 2011, ela terá que governar com
autonomia para resolver problemas deixados pela
gestão anterior, sobretudo nas áreas de educação,
saúde e infraestrutura.
Para boa parte dos brasileiros, contudo,
o ano será lembrado pelo fiasco da seleção
brasileira na Copa do Mundo na África do Sul.
A teimosia do técnico Dunga custou uma derrota
nas quartas de final para o futebol holandês,
adiando os sonhos do hexacampeonato para a
Copa no Brasil, em 2014.
Por José Renato Salatiel
O ano de 2010
trouxe algumas
novidades
surpreendentes,
além de velhos
conhecidos –
tragédias naturais,
aquecimento global,
tráfico de drogas
e violações dos
direitos humanos.
O certo é que o modo
como a história
foi escrita, nesse
ano, irá influenciar
nossas vidas nos
próximos.
”
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Fora dos campos, a população teve preocupações bem mais sérias. As chuvas provocaram
enchentes e deslizamentos de terras que mataram dezenas de pessoas no Estado do Rio de
Janeiro, nos meses de janeiro e abril.
TRÁFICO
A violência no Rio foi notícia, mais uma vez, na imprensa internacional. Primeiro em julho, com
a prisão do goleiro Bruno, astro do Flamengo envolvido na morte da ex-amante Eliza Samúdio.
Depois, entre os dias 25 e 28 de novembro, com a retomada de áreas controladas por facções
criminosas no Complexo do Alemão. Agora, o governo tem pela frente o desafio de manter a
segurança nos morros, rompendo uma tradição de décadas de descaso político.
A Justiça também foi elogiada pela rápida resposta no caso da morte da menina Isabella
Nardoni, 5 anos, ocorrida em março de 2008. O casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá
foi condenado em 27 de março por um júri popular, num dos julgamentos mais esperados de 2010.
EUA x CHINA
Nos Estados Unidos, este será provavelmente um ano que o presidente Obama gostaria de
esquecer. No meio do mandato, restava pouco da vitória triunfante do primeiro negro na Casa
Branca. Os pacotes de estímulo à economia não surtiram efeito e ele ainda perdeu a maioria
democrata na Câmara dos Deputados, nas eleições legislativas de novembro.
Porém, uma promessa de campanha foi cumprida: os Estados Unidos começaram a retirar
as tropas de combate do Iraque. A guerra, que já dura sete anos, deixou mais de 4 mil soldados
mortos e custou bilhões de dólares aos cofres públicos.
Já no final do ano, o ex-hacker Julian Assange roubou a cena, divulgando em seu site, o
Wikileaks, 250 mil documentos secretos da diplomacia norte-americana e causando a maior
“saia justa” em Washington.
A China, que neste ano ultrapassou o Japão e se tornou a segunda maior economia mundial,
foi outra oponente de peso ao Império Americano. Os conflitos ocorreram no campo das finanças,
com a “guerra fiscal”, e no ciberespaço, com o ataque de hackers.
Para Pequim, a posição de destaque no mercado veio acompanhada de cobranças em política,
meio ambiente e direitos humanos. O recado mais contundente foi a indicação do Prêmio Nobel
da Paz para o dissidente Liu Xiaobo. Preso, ele não pode receber a condecoração no dia 10 de
dezembro. Foi representado por uma cadeira vazia.
As críticas também foram duras contra o Irã. O governo de Mahmoud Ahmadinejad teve que
voltar atrás e adiar a condenação da iraniana Sakineh Mohammadie Ashtiani, que seria apedrejada
até morte por crime de adultério.
HAITI e CHILE
2010 ainda emocionou o mundo por duas tragédias na América Latina. Em 12 de janeiro, um
dos terremotos mais violentos da história devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe, matando
230 mil pessoas. Na sequência, uma epidemia de cólera se espalhou pelo país mais pobre do
continente, que não conseguiu se reerguer dos escombros.
Já a segunda tragédia teve um final feliz. O resgate de 33 mineiros presos em uma mina no
Chile, em 13 de outubro, foi acompanhado por meios de comunicação de todo o mundo. Eles
ficaram 60 dias soterrados a 700 metros de profundidade e se tornaram celebridades internacionais.
Para o bem ou para o mal, foi um ano inesquecível.
[http://educacao.uol.com.br/atualidades/retrospectiva-2010relembre-os-principais-fatos-que-marcaram-o-ano.jhtm] – Acesso em 03.01.2011.
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EXERCÍCIOS
1. (Ufu – 2006)
A foto ao lado, publicada na Folha de
S. Paulo, em 07 de maio de 2005, mostra
imagens de uma marcha dos trabalhadores
sem-terra, entre Goiânia e Brasília. Ao final da
marcha, representantes do movimento foram
recebidos em audiência pelo Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Sobre os significados políticos dessa marcha
e sobre o relacionamento entre o Movimento
dos Trabalhadores Sem-Terra e o governo
Lula, assinale a alternativa correta.
A) A defesa do impeachment do Presidente Lula, em função das denúncias de corrupção no
seu governo, foi a principal bandeira levantada pelo Movimento dos Trabalhadores SemTerra, na marcha de Goiânia à Brasília.
B) Na audiência com o Presidente da República, os representantes do Movimento dos
Trabalhadores Sem-Terra entregaram-lhe um documento que continha, entre outras
reivindicações, a necessidade de o governo aumentar significativamente o número de
famílias assentadas até o fim de seu mandato, além de liberar crédito especial para os
trabalhadores assentados.
C) A marcha de Goiânia à Brasília unificou as organizações dos trabalhadores sem-terra
que externaram, em documento, a sua completa desconfiança em relação ao Presidente
da República, considerando-o representante dos setores conservadores da sociedade
brasileira, portanto, sem nenhuma credibilidade para implementar os assentamentos de
reforma agrária pretendidos.
D) A decisão do Presidente Lula de compor seu governo com ministros do campo progressista
foi determinante para lhe assegurar maioria no Congresso Nacional, possibilitando o
cumprimento das promessas de campanha relativas ao número de assentamentos de
reforma agrária e colocando fim aos conflitos e à violência no campo. Por isso, a marcha
objetivou explicitar o apoio do movimento ao Presidente da República.
2. (UFMG – 97) Leia o seguinte trecho de Haiti, música de Caetano Veloso e Gilberto Gil.
“. . . Quando você for convidado prá subir no adro
Da Fundação Casa de Jorge Amado
Prá ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos tratados como pretos
Só prá mostrar aos outros quase pretos
(e são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se olhos do mundo inteiro
Possam estar um momento voltados para o largo
Onde escravos eram castigados . . .”
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A partir desse trecho, pode-se afirmar que:
A) a repressão policial dos “quase pretos” trata violentamente apenas os malandros “quase brancos”.
B) em nosso país os mulatos são tratados com mais violência, quando identificados com os
“quase brancos”.
C) os “olhos do mundo”, em relação ao Brasil, preocupam-se apenas com a situação política
dos negros e dos “quase mulatos”.
D) os “quase brancos”, os “quase pretos” e os “pretos”, quando pobres, são tratados socialmente
da mesma maneira no Brasil.
3. (UFG 2008) No decorrer do século XX, a China vivenciou diferentes experiências
econômicas. Da Revolução Chinesa, de 1949, à China contemporânea, essas
experiências podem ser representadas:
A) pela radicalização do processo de isolamento econômico.
B) pela continuidade da política de valorização da economia agrária.
C) pelo distanciamento dos ideais econômicos coletivistas, defendidos pelo socialismo ortodoxo.
D) pela formação de blocos econômicos transnacionais, sob sua liderança.
E) pelo incentivo à aproximação dos mercados orientais para fortalecer a região diante do
Ocidente.
4. (Unesp – 2004) O principal defeito do elefante é, como eu ia dizendo, o de certos
políticos brasileiros: é um bicho interessante, mas come demais (...) Tem um
apetite latifundiário...
Rubem Braga. A traição das elegantes.
Este fragmento de uma crônica de Rubem Braga refere-se:
A) ao gigantismo do Estado brasileiro.
B) ao aspecto ingênuo da política e da sociedade brasileiras.
C) a temas permanentes da vida geral dos povos.
D) à corrupção política e à desigualdade de riqueza no Brasil.
E) a uma situação política e social ultrapassada na história brasileira.
5. (UFMG – 2003) O relatório elaborado pela Anistia Internacional sobre atentados
aos direitos humanos cometidos durante o ano de 2001 apresentou estes dados:
execuções ilegais em 47 países, desaparecimentos em 35 e tortura em 111.
O mesmo relatório informou, também, que existem evidências de que há
prisioneiros de consciência, ou políticos em 56 nações. A inclusão dos EUA na
relação dos envolvidos nessas denúncias deve-se:
A) aos abusos contra suspeitos após os atentados terroristas de 11 de Setembro.
B) à política de tolerância zero ao crime adotada pela política de Nova Iorque.
C) ao aumento dos distúrbios raciais entre brancos e negros nos Estados do Sul.
D) ao crescimento das prisões de imigrantes ilegais nas fronteiras com o Canadá.
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OSG: 41264/10 - A.J - REV.: CLA
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