MODELOS DE GESTÃO DO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO SOBRE O
ROTARACT CLUB DE AGUDOS
Peterson de Santis Silva – MBA Gestão de Pessoas – FAAG (Faculdade de Agudos)
Especialização Comunicação nas Organizações – USC (Universidade do Sagrado
Coração)
Resumo: Este artigo tem por objetivo apresentar um caso de sucesso
mundial dentro do terceiro setor. O Rotaract Club tornou-se referência, assim como o
Rotary Club, em modelo de gestão na prestação de serviços em prol das carências
existentes hoje em nossa comunidade. Através deste exemplo queremos fomentar
ainda mais nas pessoas o caráter do voluntariado e do serviço ao próximo, mas
mais que isso, essa pesquisa vem para mostrar que pequenas idéias podem tornarse grandes programas sociais de sucesso, isso se forem adotados modelos de
gestões eficientes e eficazes. Através de revisão bibliográfica e entrevista informal
aberta e sem roteiro, foi possível traçar todo o histórico e modelo organizacional do
Rotaract Club de Agudos.
Palavras-chave: Modelos de Gestão, Rotaract, Rotary, Voluntariado e Terceiro
Setor.
Abstract: This paper aims to present a successful case worldwide
within the third sector. The Rotaract Club has become a benchmark, as well as the
Rotary Club in the management model in service delivery in support of the
deficiencies that exist today in our community. Through this example we want to
encourage people even more in the nature of volunteering and service to others, but
more than that, this research is to show that small ideas can become big social
programs to succeed, that if adopted models of efficient managements and effective.
Through literature review and open and informal interview without a script, it was
possible to trace the entire historical and organizational model of the Rotaract Club of
Agudos.
Keywords: Management Model, Rotaract, Rotary, Volunteering and Third Sector.
1. Introdução
Talvez o que falte hoje no mundo todo é um pouco mais de
solidariedade e compaixão ao próximo. O mundo sofre conseqüências devastadoras
devido a falta de humanização entre os povos. Em vista dessa necessidade, um dos
programas que surgiu foi o Rotaract Club, uma organização que busca levar um
pouco mais de dignidade e qualidade de vida as pessoas. O trabalho desse clube de
serviço vai muito mais além do que aproximar pessoas e ajudar os menos
favorecidos, ele tenta construir um sonho, mas que muitas pessoas ainda não
acreditam: a paz mundial através da solidariedade e da compreensão das
diferenças.
Para a elaboração desse artigo, foi feito uma revisão bibliográfica
sobre a temática proposta, além de consulta aos regimentos internos e distritais do
Rotaract Club, bem como alguns artigos e textos publicados em sites de clubes do
Brasil. Também foi realizada uma entrevista informal e sem roteiro com alguns
sócios do Rotaract Club de Agudos para compreendermos melhor o modelo
organizacional do clube.
2. O Terceiro Setor
Antes de aprofundarmos na estrutura de gestão do Rotaract, é
necessário contextualizar alguns pontos.
Primeiro: o que é o terceiro setor?
Atualmente, o mundo todo se organiza de diversas formas, podendo
ser, por exemplo, Geograficamente (Pólos, Continentes, Fusos), Geopoliticamente
(Países, Estados, Municípios) e uma das maneiras de o mundo também se
organizar é Sócio-Economicamente em três setores:

Primeiro Setor – Esfera estatal

Segundo Setor – Esfera privada
Terceiro Setor – Esfera de atuação pública não-estatal. (GONÇALVES,
2006).
O terceiro setor busca na verdade sanar, ou ao menos amenizar, os
problemas que deveriam ser de total responsabilidade do primeiro setor. Sabe-se
atualmente que muitas empresas (segundo setor) contribuem ativamente em
projetos do terceiro setor.
Segundo Peter Drucker "As instituições do terceiro setor são
essenciais à qualidade de vida, à cidadania e, na verdade, trazem consigo os
valores e a tradição da sociedade como um todo." (DRUCKER, 2001, p. 15).
Não é possível ainda mensurar a quantidade exata de entidade do
terceiro setor existentes no Brasil, porém, o Mapa do 3º Setor nos dá uma visão
aproximada dessa realidade. De acordo com o último relatório publicado pelo portal,
existem cadastradas até julho de 2005, 4.589 organizações do terceiro setor, o que
não corresponde no total real existente no Brasil.
“A exigência do Mapa do 3º Setor para cadastramento é que a
Organização possua CNPJ válido e que caracterize sua área de atuação,
ou seja, que o código da área cadastrada na Receita Federal pertença ao
grupo 3. As definições e classificações adotadas pelo Mapa do 3º Setor
são baseadas no “Manual do Terceiro Setor no Sistema de Contas
Nacionais” (Handbook on Non-Profit Institutions in the System of National
Accounts) recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para
ser aplicado pelos 180 países membros e permitir a inclusão do terceiro
setor no mapa econômico.” (A Cultura no Terceiro Setor – IBGE – 2006).
Existe também um outro órgão, A FASFIL, que busca quantificar o
número de organizações do terceiro setor no Brasil:
“A FASFIL – (As Fundações Privadas e Associações Sem Fins Lucrativos
no Brasil), foi desenvolvida no ano de 2002 e é o único levantamento
nacional de organizações sociais. Esse senso foi realizado pelo IBGE em
parceria com o IPEA, Gife e a Abong, tendo como base o Cadastro Central
de Empresas – CEMPRE2 do IBGE (2002). Basicamente, o cadastro cobre
o universo das organizações inscritas no Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica – CNPJ, ou seja, instituições ainda não regularizadas legalmente,
ou com registro diferente de sua forma de atuação, não foram abarcadas
pela pesquisa. No entanto, com o objetivo de construir uma estatística
comparável internacionalmente, optou-se por adotar outras referências
para definição de FASFIL. Nesse sentido, foram consideradas nesse
estudo, instituições registradas no CEMPRE como entidades sem fins
lucrativos, segundo seu código de natureza jurídica 3 e enquadradas em
cinco critérios, sendo: privadas, sem fins lucrativos, institucionalizadas,
auto administradas e voluntárias.” (A Cultura no Terceiro Setor – IBGE –
2006).
Através desse estudo, o IBGE concluiu que em 2002, existiam cerca de
276 mil entidades dentro das características aplicadas (sem fins lucrativos), o que
representam 5% do total das organizações (privadas-lucrativas, privadas-sem fins
lucrativos e públicas) formalmente cadastradas no país.
3. Modelos de Gestão
Para compreendermos o que são modelos de gestão, vamos buscar
primeiro sua origem lingüística. A palavra modelo vem do latim “Modulus” que
significa molde, forma. Gerir é criar, organizar e gerenciar qualquer tipo de recurso.
Sendo assim, modelo de gestão é conduzir de determinada maneira os recursos
disponíveis a fim de alcançar um objetivo previamente concebido.
A busca pelo melhor modelo de gestão sempre foi objeto de pesquisa
no campo da administração. Um dos estudiosos mais conhecidos na busca por
estabelecer de maneira científica um modelo de gestão foi Fredrick W.Taylor. Em
1911, Taylor publicou “Princípios de Administração Científica”, em que defendeu
diversas idéias, entre elas os quatro princípios básicos da administração:
1.
Princípio do planejamento
2.
Princípio da preparação dos trabalhadores
3.
Princípio do controle
4.
Princípio da execução
Sua ênfase sempre foi nas tarefas e na superespecialização do
funcionário. Sua filosofia parte do suposto de que quanto mais o empregado
realizasse uma determinada tarefa, melhor e em menos tempo ele a faria. Seu
legado, apesar de muito criticado até hoje, fundamentou e contribuiu para muitos
dos processos e teorias que hoje constituem a ciência da Administração. Seu
período foi denominado de “Teoria Científica”.
Depois de Taylor, surgiram outras teorias importantes:

Teoria Clássica (Henri Fayol) – ênfase na estrutura
organizacional e definição hierárquica de todos os seus membros;

Fordismo – ênfase na linha de produção e no processo

Teoria da Burocracia – ênfase na previsão e registro
produtivo;
detalhado de todos os processos da empresa;

Escola das Relações Humanas – ênfase nas pessoas,
constituindo o homem como um agente pensante e influenciável a diversos
fatores físicos e psicológicos dentro da organização;

Teoria dos Sistemas – ênfase nos subsistemas (ou
departamentos) que compõe a empresa como um todo, visão semi-aberta;

Teoria da Contingência – ênfase na visão macro da
organização, onde os fatos internos e externos do ambiente influenciam todo
o processo da empresa.
Existem ainda muitas outras teorias, mas basicamente são essas as
que fazem parte da evolução científica da administração. Todos esses modelos de
gestão contribuíram de alguma maneira para a administração como hoje
conhecemos. Portanto, apontar em específico um determinado modelo como o
melhor é insuficiente.
A partir dessa visão, ficou claro que não há um procedimento ou um
método perfeitamente aplicável a qualquer organização. Quando se fala, portanto,
em modelos de gestão, a busca na verdade é para integrar as diversas maneiras de
se gerenciar os meios em busca dos fins, ou seja, utilizar de cada campo do
conhecimento da administração para adaptar aquilo que for melhor para
determinada empresa ou organização.
4. Rotaract Club: um modelo de gestão organizacional
O Rotaract Club é um programa para jovens entre 18 e 30
anos, com uma das maiores atuações frente à comunidade
no mundo.
É um programa de esforço global em prol da paz e
compreensão mundial que inicia-se nas comunidades mas
tem um alcance ilimitado. Os Rotaractianos têm acesso a
numerosos recursos do Rotary International e da Fundação
Rotária. O Rotary International fornece apoio administrativo ao Rotaract.
Com o objetivo de desenvolver a liderança, o trabalho em equipe e as
relações internacionais, o Rotaract reúne jovens profissionais e estudantes que
acreditam poder fazer a diferença, interagindo e transformando a sociedade. Seu
trabalho na comunidade mundial é fundamental, diminuindo problemas sociais e
elaborando projetos vencedores (alfabetização, planejamento familiar, fluoretação,
palestras de orientação, etc.) diretamente com a comunidade ou em parceria com
empresas.
5. Histórico da Organização
O Rotaract Club foi criado pelo Rotary International em 1968, em North
Charlotte, Carolina do Norte, EUA.
No Brasil, o primeiro Rotaract Club surgiu também em 1968,
precisamente em 20 de novembro de 1968 foi fundado o Rotaract Club de Ribeirão
Pires/SP – D. 4420.
Em Agudos/SP, teve sua fundação em 25 de Setembro de 1981 por
um grupo de jovens apoiado e incentivado pelo Rotary Club de Agudos.
6. História
O nome Rotaract surgiu da expressão “Rotary in Action” (Rotary em
Ação) e o seu é lema: “Companheirismo através do serviço”.
O Rotaract está presente em quase todo o mundo. Pela última
estatística, são 163.000 Rotaractianos, organizados em 7.490 Rotaract Clubs
diferentes, espalhados em 155 países.
O Brasil é o segundo país no mundo que concentra o maior número de
rotaractianos em seu território (está somente atrás da Índia). Existem cerca de
17.300 rotaractianos, organizados em 660 núcleos por todo o Brasil. O primeiro
clube do Brasil, o Rotaract Club de Ribeirão Pires/SP – D. 4420, até hoje é
conhecido no Brasil e no mundo como um dos Rotaracts mais antigos em atividade
e que, em nenhum momento, nem mesmo nos momentos de maior crise, pois eram
tempos conturbados e aquele ano de 1968 foi particularmente um ano de agitações
políticas e mudanças comportamentais no país, deixou de funcionar. Ele foi criado
pouco tempo após ter sido fundado o primeiro Rotaract nos EUA.
Já o Rotaract Club de Agudos/SP foi fundando 13 anos depois do
primeiro clube a ser fundado, e até hoje, 27 anos depois, continua com suas funções
de forma ativa e ininterrupta.
7. Principais Marcos
1905 - Fundação de Rotary em Chicago
1911 - Internacionalidade de Rotary
1917 – Criação da Fundação Rotária
1923 - Fundação do Primeiro Rotary Club do Brasil no Rio de Janeiro
1932 - Concepção da Prova Quádrupla
1947 – Instituição de Intercâmbio de Jovens
1962 - Criação do Programa Interact
1968 - Criação do Programa Rotaract
1968 – Criação do Primeiro Rotaract no Brasil em Ribeirão Pires/SP
1969 – Declaração como Entidade de Utilidade Pública
1978 - Instituição do Programa “3H”
1981 – Fundação do Rotaract de Agudos/SP
1982 – Impressão da Literatura Básica de Rotary
1985 - Projeto Pólio 2005
8. Principais Serviços
Os principais serviços prestados pelo Rotaract Club, em especial, o de
Agudos/SP estão divididos em dois grupos, sendo um de serviços de caráter interno,
no desenvolvimento de novas lideranças, comportamento pessoal e profissional,
companheirismo e oratória e outro com serviços de caráter externo, que são serviços
de desenvolvimento social, cultural e educacional, que é seu objetivo principal.
9. Tendências Futuras da Organização
O Rotaract Club de
Agudos
possui constante
tendência de
crescimento. Apesar da grande falta de interesse das pessoas em participar de
organizações como essas, ainda existem pessoas que se importam em levar um
pouco de solidariedade ao próximo. O Rotaract não visa somente crescer apenas
em número de projetos, mas também em número de sócios, o que de certa forma é
o que fomenta a ascensão do projeto a elevado nível de participação na
comunidade. Digamos que a tendência de crescimento mais importante e notável ao
longo dos anos, e que pode ser afirmada com precisão, é que o Rotaract Club
adquiriu muita experiência e maturidade, e com isso, a tendência é realizar projetos
cada vez mais completos, abrangentes, eficientes e eficazes para a comunidade
onde ele está inserido.
10. Tendências Futuras do Setor
A atividade filantrópica, ou seja, sem fins lucrativos, no caso do
Rotaract Club, tem tendência de crescimento para o futuro, pois a preocupação com
o próximo e a dedicação a atividades assistenciais, são quesitos já observados
pelas empresas no momento da seleção/contratação de novos funcionários, e isso,
hoje em dia, é um diferencial. Deve-se levar em consideração também que, pessoas
que passam por organizações como essas, tendem a ter posturas mais adequadas
em momentos de liderança. Nessas organizações, aprendemos algumas atitudes
éticas e corretas, como a "Dar de si antes de pensar em si" (princípio-guia do
Rotary), portanto, as pessoas acabam tendo visões mais abrangentes de diversas
situações, e adquire com isso conhecimentos e experiências suficientes para
solucionar problemas, bem como lidar com diferentes pessoas e situações buscando
sempre o interesse comum e não o próprio. Por isso, em suma, a tendência de
crescimento para esse setor no futuro é positiva e esperada.
11. Missão da Organização
A missão do Rotaract é servir às comunidades e às famílias mais
pobres do mundo e promover a Paz Mundial, utilizando para isso a diversidade e os
recursos existentes na sociedade. Os Rotaractianos querem ser agentes
catalisadores no processos de transformação social e para isso criam soluções
duradouras para a erradicação da pobreza e da violência. Em Agudos, a missão da
organização é de proporcionar aos sócios a prática da liderança, oratória,
companheirismo, solidariedade e principalmente a elaboração, planejamento,
organização e execução de projetos de caráter social, cultural e educacional para a
comunidade onde o ele está inserido.
12. Descrição dos Departamentos
Para o desenvolvimento de suas atividades, o Rotaract é organizado
da seguinte forma:
12.1 Diretoria Executiva
Compõem a diretoria executiva, os cargos que irão coordenar, analisar,
avaliar, condicionar e auxiliar a execução dos trabalhos a serem realizados pelo
clube. A diretoria executiva é composta pelos seguintes cargos respectivamente:

Presidente – É o líder da organização, ele dará instruções
gerais de como o clube irá caminhar durante sua gestão. Tem responsabilidades
perante aos demais clubes do distrito e de seu superior, o RDR (Representante
Distrital de Rotaract). Ele também presidia as reuniões e tem o “voto de minerva” em
caso de empate nas votações de qualquer caráter.

Vice-Presidente – Responde na ausência do Presidente, e caso
o mesmo renuncie ou não possa continuar no seu cargo, automaticamente assume
sua posição. É também o “braço direito” do presidente, podendo dar conselhos ao
mesmo, bem como auxilia-lo na sua gestão, na organização e direção do seu
mandato.

Secretário – É de competência do secretário registrar em ata
todo o teor discutido em reunião, bem como elaborar cartas, ofícios, convites, etc.
quando necessário. O mesmo auxilia o presidente, apresentando pautas e
recebendo correspondências. No geral responde pelo setor “burocrático” do clube,
cuida dos arquivos e demais matérias de escritório.

2º Secretário – Auxilia e responde na ausência do 1º.

Tesoureiro – É responsável por todo controle financeiro do
clube, mensalidades, caixa disponível, repasses distritais, pagamento de despesas,
controle de entradas e saídas, etc.

2º Tesoureiro – Auxilia e responde na ausência do 1º.

Protocolo – Tem a função de controlar a agenda de
compromissos do clube e organizar toda a parte formal e cerimonial das reuniões e
encontros.

2º Protocolo – Auxilia e responde na ausência do 1º.
12.2 Avenidas de Serviços (Diretorias)
Compõem o setor de avenidas (ou diretorias) de serviços os cargos
destinados ao desenvolvimento das atividades que um Rotaract Club realiza, sendo
estes:

Serviços Internos – Desenvolve serviços voltados para o clube,
para seus sócios e para os demais clubes que integra a Família Rotária (Rotary,
Rotaract, Interact e Rotakids)

Serviços Internacionais – Desenvolve serviços voltados para
os demais clubes do distrito, do estado, do país e do mundo, bem como para seus
membros.

Serviços da Comunidade – “Carro-chefe” junto com os serviços
de finanças de um Rotaract Club, destina-se a elaboração das principais atividades
do clube que é projetos de caráter social, cultural e educacional.

Serviços de Finanças – Junto com os serviços da comunidade,
o serviço de finanças tem por objetivos promover eventos para alocar recursos
financeiros afim da manutenção do clube e realização de projetos.

Serviços Profissionais – Tem por objetivo desenvolver e
auxiliar as atividades profissionais de seus sócios e das pessoas da comunidade,
criando oportunidades de desenvolvimento nas carreiras profissionais e educando
as pessoas para que conquistem um lugar no mercado de trabalho.

Serviços da Internet – Responsável pela organização do meio-
eletrônico, recebimento de e-mails, manutenção de sites e toda e qualquer atividade
relacionado ao mundo digital.
12.3 Corpo Social
São todos os membros do Clube, sendo estes classificados em:

Sócios Ativos - São todos os membros da diretoria, avenidas e
demais sócios atuantes no clube.

Sócios Honorários - São os que não tem obrigação de estar
nas reuniões e sempre que convocados, podem auxiliar nos projetos a serem
realizados, porém também não tem responsabilidades diretas nestes. No entanto,
para se tornar sócio honorário, o mesmo terá de ter um motivo concreto para tal
mérito, uma vez que o título de honorário é dado à aqueles que já contribuíram e
muito para o clube, sempre de forma ativa e positiva e que por razões adversas não
pode estar mais atuando no clube com freqüência.
13. ORGANOGRAMA DA ORGANIZAÇÃO
Abaixo podemos observar o organograma hierárquico do Rotaract Club de Agudos:
Diretoria
PRESIDENTE
VICEPRESIDENTE
PROTOCOLO
SECRETÁRIO
TESOUREIRO
2º PROTOCOLO
1º SECRETÁRIO
2º TESOUREIRO
SERVIÇOS DA
INTERNET
SERVIÇOS
Avenidas de Serviços
SERVIÇOS
INTERNOS
SERVIÇOS
PROFISSIONAIS
Sócios Ativos
INTERNACIONAIS
SERVIÇOS
FINANCEIROS
SERVIÇOS À
COMUNIDADE
Sócios Honorários
14. Contexto de Atuação da Organização
O Rotaract Club está situado em 155 países espalhados por todo o
planeta, e atua na área de serviço social voluntário para com as pessoas menos
favorecidas da sociedade. No Brasil
15. Principais Concorrentes
A organização do Rotaract Club não possui concorrentes, mas sim,
companheiros da Família Rotária (Rotary, Interact e Rotakids) bem como
companheiros de outras organizações sem fins lucrativos, como Lions Club, Léo
Club, Massonaria, etc., pois a visão de todos é a mesma, e ao contrário de
empresas
com
fins
lucrativos,
nossa
organização,
quanto
mais
“concorrentes/parceiros” conhecermos, mais poderemos ajudar o mundo no projeto
principal que é a Paz Mundial.
16. Principais Fornecedores
O principal parceiro e não fornecedor é o Rotary Club, no caso, o
Rotary de Agudos que na verdade seria o mentor e padrinho do clube, uma vez que
são eles quem ajudam a patrocinar as atividades do Rotaract de Agudos. Além dele,
existe a OMIR Brasil (Organização Multidistrital de Rotaracts Clubs – Brasil), e a
Fundação Rotária que é de administração do Rotary International. Também é
parceiro a própria comunidade onde estamos inseridos, uma vez que é ela quem
nos fornece problemas a serem solucionados (nossa atividade fim).
17. Principais Clientes
Temos como “clientes” a comunidade em que estamos inserido e os
sócios do clube que é para quem o programa e os projetos são dirigidos.
18. Influências Ambientais Externas
As influências ambientais externas que sofremos são as do governo a
nível municipal, estadual, federal e internacional, principalmente quanto tentam
suprir as necessidades educacionais e culturais da sociedade sem grande êxito
devido a extensão da pobreza pelo mundo e pelo descaso de muitos dos nossos
líderes governantes. Assim, o Rotaract vem para de uma certa forma, suprir essa
demanda. Outra influência ambiental externa é as de caráter natural, como chuvas,
alagamentos, ventanias, devastações, etc., em suma, destruições ou problemas de
causa natural, onde o nosso clube acaba atuando ativamente para tentar
reestabilizar a comunidade o mais rápido possível com ações conjuntas. Também é
influência externa todos os nosso parceiros nesse segmento, como o Lions Club,
Massonaria, etc., que nos influenciam já de forma positiva a sempre querer ajudar a
população com projetos solidários.
19. Influências Ambientais Internas
Temos como influências ambientais internas o voluntariado e a
disponibilidade dos sócios. Também existe a influência dos demais clubes do
distrito, do RDR (Representante Distrital de Rotaract), do colégio de distritos, da
OMIR Brasil e da Organização Mundial de Rotaracts, bem como do Rotary de
Agudos, da Família Rotária, da Fundação Rotária e do Rotary International. Além
dessas influência hierárquicas da nossa organização, também sofremos influencias
internas da comunidade em que estamos inseridos, onde temos obrigação de atuar
de forma ativa.
20. Outras Informações
Como já dito acima, o Rotaract Club é um programa do Rotary
International, mas, o que é o Rotary?
O Rotary é uma organização internacional de profissionais e
pessoas de negócios, líderes em suas áreas de atuação, que
prestam serviços humanitários, fomentam elevado padrão de ética
em todas as profissões e ajudam a estabelecer a paz e a boa vontade no mundo.
Cerca de 1,2 milhão de rotarianos pertence a mais de 31.000 Rotary Clubs em 166
nações, que são divididos em distritos. Rotary é entidade humanitária apolítica e
sem vínculos religiosos, fundada em 1905, que comemorou em fevereiro deste ano,
105 anos de relevantes trabalhos para a humanidade. O lema “Dar de si antes de
pensar em si” reflete o principal objetivo do Rotary na comunidade, no local de
trabalho e no mundo. Rotarianos desenvolvem projetos comunitários de prestação
de serviços com o intuito de aliviar as carências mais graves. Além disso, apóiam a
profissionalização;
programas
para
jovens;
oportunidades
educacionais
e
intercâmbios no exterior para estudantes, professores e outros profissionais.
O Rotaract é um programa do Rotary como já apresentado, porém,
existem outros programas do Rotary, que são o Interact Club e o Rotarykids, todos
bem similares ao Rotaract, porém com algumas diferenças organizacionais:
Interact são clubes de jovens de 14 à 18 anos que prestam
serviços patrocinados pelo Rotary. Uma das metas do Interact
Club é a formação e criação de jovens com potenciais de
liderança e com capacidade de se relacionar melhor com as
pessoas.
Os Interacts estão espalhados por 69 regiões geográficas
com mais de 160.000 associados, ou seja, Interactianos. O Interactiano é recebido
de braços abertos em mais de 88 países. São números surpreendentes que
mostram o crescimento de um clube, que já tem 36 anos de implementação de pelo
menos dois projetos de prestações de serviços, um em beneficio da comunidade,
escola, asilo..., e outro com fins de promoção da compreensão internacional.
Interact é uma abreviação de International Action (Ação Internacional), o primeiro
Interact foi fundado em Melbourn na Florida, EUA, expandiu-se e hoje atinge uma
marca superior a 7.230 clubes espalhados por vários países, estados e municípios.
Além do apoio do Rotary, o Interact tem a maturidade e experiência do Rotaract,
clube medianeiro, esse nos ajuda em projetos, na organização de atividades de
prestações de serviço, nos passam disposição e conhecimento.
Já o Rotary Kids ou Rota Kids é uma organização de serviços
patrocinada pelo RI (Rotary International) e apadrinhada por
um ou mais Rotary Clubs, constituída por crianças de idade
entre 4 e 13 anos que tem por lema “Servir Brincando”, onde
essas crianças e pré-adolescentes exercitam a cidadania
através de projetos em parceria com o Interact e com o Rotary, aprendendo desde
cedo princípios sociais, culturais, educacionais e ambientais.
A Omir Brasil foi criada para aumentar o intercâmbio
de informações entre os Rotaracts, elevando o nível
de trabalho, o profissionalismo e o marketing para
toda a Organização. A Omir não é apenas seu
presidente e equipe, mas os RDRs, os presidentes
dos clubes e toda a rede de informações gerada por todos esses. As deliberações
que não sejam atos administrativos (que visem o bom cumprimento do Regimento e
funcionamento da Omir) são tomadas pelos RDRs. A Omir tem alterado, inclusive,
situações problemáticas nos Distritos e clubes, simplesmente informando e
aconselhando. A visão global que uma Organização como esta tem favorece muito
as ações estratégicas de todo o movimento.
21. Conclusão
Talvez o mundo esteja ainda muito longe de alcançar a igualdade e a
solidariedade entre todos, porém, é possível constatar que o Rotaract é um
programa que tem um suporte extramente consistente para a busca desses e outros
objetivos. Através de um sólido e estruturado modelo de gestão, fica claro que esse
programa faz parte de um dos maiores movimentos na busca de um mundo mais
justo e melhor. Toda a sua estrutura contempla vários dos modelos de gestão
apresentados no curso da história da administração e também integra pensamentos
e formatos inovadores e atuais. Em sua composição notamos traços da teoria
burocrática, através dois regimentos e serviços de secretaria, passando por uma
preocupação estrutural e hierárquica, além de uma forte preocupação com a
condição do sócio, sua motivação e seu aprendizado. O que na verdade o artigo
quis proporcionar, foi a compreensão de que todos os modelos contribuem de
alguma maneira para a gestão do Rotaract, e que na verdade, o Rotaract se tornou
também um modelo de gestão altamente eficiente e eficaz para o terceiro setor.
REFERÊNCIAS
A CULTURA no terceiro setor. Integração a revista eletrônica do terceiro setor.
Disponível em: http://integracao.fgvsp.br/BancoPesquisa/pesquisas_n49_2006.htm
CHIAVENATO, Alberto. Administração: teoria, processo e prática. 4 ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2007.
DRUCKER, Peter F. Terceiro setor: exercícios de auto-avaliação para empresas.
São Paulo: Futura, 2001.
FERREIRA, Victor Cláudio Paradela; CARDOSO, Antonio Semeraro Rito; CORRÊA,
Carlos José; FRANÇA, Célio Francisco. Modelos de gestão. Série Gestão de
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de 2008.
REGIMENTO DISTRITAL DE ROTARACT CLUB – DISTRITO 4.310. Gestão
20072008.
REGIMENTO INTERNO DE ROTARACT CLUB. Agudos/SP
ROTARACT – DISTRITO 4610. Disponível em: www.rotaract4610.org.br. Acesso
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ROTARACT CLUB. Disponível em: www.rotarysantosporto.org.br. Acesso em: 14 de
novembro de 2008.
SILVA, Peterson de Santis. Liderança, motivação e planejamento estratégico no
terceiro setor. 2008. Trabalho de Conclusão de Curso (Relatório de Estágio) –
Faculdade de Agudos, Agudos.
SOBRE o mapa do terceiro setor. Mapa do terceiro setor, sua referencia para
investir no social. Disponível em:
http://www.mapadoterceirosetor.org.br/conteudo.aspx?pg=14. Acesso em 01 de
Setembro de 2009.
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