Rastreios Oncológicos – Colo Útero
Unidade de Colposcopia e Laser
Coordenadora: Dra. Anabela Colaço
Departamento de Obstetrícia,
Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
O CANCRO DO COLO DO ÚTERO é a segunda causa de morte por
cancro em mulheres jovens na Europa *
OUTROS
CANCROS
**
CANCRO DO
COLO DO
ÚTERO
CANCRO
DA MAMA
33.400 mulheres diagnosticadas
com cancro do colo do útero
por ano na Europa*¹
15.000 mortes (~45%) por ano¹
equivalente a 40 mortes/ dia ou
cerca de 2 mortes / hora
CANCROS FEMININOS (IDADE 15–44 ANOS)
NA UNIÃO EUROPEIA (2002)2
* European Union (25 member states) plus Iceland, Norway and Switzerland
** Skin melanoma (7.5), Ovary (5.4), Thyroid (4.9), Colon/Rectum (4.4), Non-Hodgkin lymphoma (3.2), Hodgkin lymphoma (2.7), Lung (2.6), Corpus uteri (2.5), Brain-CNS (2.4), Leukaemia (2.3), Stomach (1.7), Kidney (1.3),
Oral Cavity (0.7), Bladder (0.7), Pancreas (0.6), Liver (0.4), Other Pharynx (0.4), Multiple Myeloma (0.3), Larynx (0.2), Nasopharynx (0.2), Oesophagus (0.2)
[1] Ferlay et al, Globocan 2002: IARC Cancer Base No.5. Version 2.0 ARC Press, 2004
[2] Insinga et al. Am J Obstet Gynecol 2004
Colo Normal
Unidade de Colposcopia e Laser
Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
História Natural do Cancro Colo Útero
Neoplasias intraepiteliais cervicais (CIN)
Papilomavírus Humano (HPV)
Infecção sexualmente transmissível
Genotipos do Papilomavírus Humano
História Natural do Cancro Colo Útero
Papilomavírus Humano
Infecção persistente por tipos oncogénicos
Factor causal indispensável para o desenvolvimento de cancro
cervical
99,7% dos Cancros Cervicais associam-se a HPV oncogénicos
Eurogin 2006
História Natural do Cancro Colo Útero
Num ano
Infecção a
HPV
inicial
Até 5 anos
Infecção
persistente
CIN 2/3
HSIL
10 ou + anos
Cancro
do colo
do útero
CIN 1
LSIL
Desaparecimento da infecção a HPV
Where HPV = human PapillomaVirus. 1. Koutsky. Am J Med. 1997;102:3–8. 2. Feoli-Fonseca et al. J Med Virol. 2001;63:284–292. 3. Clifford et al. Int
Papillomavirus Conference 2004. 4. Globocan 2002 (EU + Norway, Switzerland + Iceland).
Relação entre taxas de incidência da infecção HPV , cancro cervical e
mortalidade
Prevenção e Diagnóstico Precoce
CANCRO DO COLO DO ÚTERO
Exame pélvico
Papanicolaou
Prevenção e Diagnóstico Precoce
CANCRO DO COLO DO ÚTERO
Métodos de Rastreio
Citologia convencional (Pap teste)
Citologia em meio líquido (Thin prep)
Biologia Molecular
• Identificação do grupo oncogénico de HPVs
• Genotipagem
Prevenção e Diagnóstico Precoce
CANCRO DO COLO DO ÚTERO
Rastreio de lesões pré-malignas e
malignas (fase sub-clínica)
Citologia cérvico-vaginal:
Citologia convencional
Citologia em meio líquido
especificidade > 90%
sensibilidade 50 – 80%
Prevenção e Diagnóstico Precoce
CANCRO DO COLO DO ÚTERO
Citologia Cervical
Rastreio oportunístico
Rastreio organizado
Idade: 25 aos 64 anos
Periodicidade:
reduz a incidência do cancro cervical
5/5 anos
→
84%
3/3 anos
→
91%
Citologia cérvico-vaginal
Sistema Bethesda 2001
Qualidade da amostra:
Satisfatória
satisfatória mas limitada
não satisfatória
Classificação geral:
Normal
alts. celulares benignas
anomalias das células epiteliais
Diagnóstico descritivo:
• Alts. celulares benignas – infecções, alts. reaccionais
• Anomalias das células epiteliais:
Epitélio escamoso
ASC-US ASC-H LSIL HSIL Carc. escamoso
Epitélio glandular
Cels. glandulares atípicas AGC-NOS
Adenocarcinoma endocervical
Outras neoplasias malignas
AGC- favor neoplasia
adenocarcinoma endometrial
Detecção de anomalias cervicais
Exame pélvico
Papanicolaou
Repetir
Citologia
Atipia minor
Normal
Citologia
atípica
Teste HPV +
Biópsia
Colposcopia
Terapêutica
Where HPV = human PapillomaVirus. 1. Syrjänen and Syrjänen. Papillomavirus infections in human pathology. Wiley & Sons, Chichester; 2000. p.11–46. 2.
Franco EL. Lancet. 2003;362:1866–1867. 3. Barrasso et al. Cervix and vagina: Treatment. In: Human papilloma virus infection: A clinical atlas. Ullstein Mosby,
Berlin Weisbaden 1997. p.275–287.
Prevenção e Diagnóstico Precoce
CANCRO DO COLO DO ÚTERO
O estudo colposcópico permite a identificação das características
subtis dos epitélios, que são a expressão de alterações patológicas,
não observáveis à vista desarmada.
A colposcopia consolidou-se como parte fundamental do protocolo
de diagnóstico das lesões intraepiteliais e do cancro microinvasivo
do tracto genital inferior, bem como da sua vigilância.
Consenso em Patologia Cérvico-Vulvovaginal, Nov./04
Sociedade Portuguesa de Ginecologia
Objectivos do estudo colposcópico:
Definir a topografia e as características da lesão o que implica:
Decidir se a colposcopia é ou não satisfatória
Identificar e classificar adequadamente a lesão
(classificação e terminologia colposcópicas, IFCPC)
Avaliar multifocalidade
Avaliar endocolo
Estabelecer a extensão da lesão
Seleccionar as zonas preferenciais de biópsia
LSIL/CIN 1
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Centro Hospitalar Lisboa Norte
HSIL/CIN 2/3
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CIN 2/3/HSIL
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Carc. Pavimentoso Microinvasivo
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Centro Hospitalar Lisboa Norte
Carc. Pavimentoso Microinvasivo
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Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
Carc. Pavimentoso Microinvasivo
Unidade de Colposcopia e Laser
Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
Car. Pavimentoso Invasivo IB1
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Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
Car. Pavimentoso invasivo IB1
Unidade de Colposcopia e Laser
Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
Car. Pavimentoso invasivo IB1
Unidade de Colposcopia e Laser
Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
Carc. Adenopavimentoso IB1
Unidade de Colposcopia e Laser
Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
Carc. Adenoescamoso IB1
Unidade de Colposcopia e Laser
Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
Carc. Pavimentoso Invasivo
Unidade de Colposcopia e Laser
Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
Carc. Pavimentoso Invasivo
Unidade de Colposcopia e Laser
Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
Lesões intraepiteliais
Modalidades terapêuticas
Destrutivas
Excisionais
Lesões intraepiteliais
Terapêuticas Destrutivas
Vaporização LASER
Criocoagulação
Electrocoagulação
Tratamento das Lesões Intraepiteliais
CIN I
Terapêuticas Destrutivas
Vaporização Laser
Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation
•CO2 o mais utilizado
•Produz feixe com comprimento de onda na parte infravermelho do espectro
•Absorção pela água tecidular formando vapor intracelular que
ao expandir destrói
•90% da energia é absorvida nos primeiros 0,03mm de tecido
•Água é mau condutor de calor pelo que tecido adjacente é
pouco afectado
•Anestesia depende da extensão da lesão
LASER
LASER

Vantagens
–
–
–
–
–
–
Preciso
Escassa hemorragia
Lesão do tecido adjacente é mínima
Raras sequelas
Aplicação em qualquer zona da região genital
Habitualmente uma sessão
Tratamento das Lesões Intraepiteliais
CIN I
Terapêuticas Destrutivas
•Criocoagulação
Aplicação de azoto liquido
Zonas pequenas
Com ou sem anestesia local
Pouco controlo da profundidade
Electrocoagulação
Tratamento das Lesões Intraepiteliais
CIN I
Tratamento sistemático questionável
40 - 50% regridem
10 – 20% progridem
Abstenção terapêutica e controlo pode ser
uma opção válida
TRATAMENTO das Lesões Pré-malignas
CIN I
Atitude expectante nas seguintes condições:
• idade < 35 anos
• citologia concordante
• ausência de SIL prévia
• colposcopia satisfatória
• vigilância garantida
• bom controlo da ansiedade da doente
• experiência comprovada do colposcopista
TRATAMENTO das Lesões Pré-malignas
CIN I
ATITUDE EXPECTANTE:
Vigilância cito-colposcópica c/ pesquisa de HPV
semestral ou anualmente
durante 2 anos
TRATAMENTO:
• persistência ou progressão da lesão
• colposcopia não satisfatória
• discordância cito-colpo-histológica
Terapêutica destrutiva, excisional ou mista
Tratamento das Lesões Intraepiteliais
CIN 2/3 e do CA Cervical Microinvasivo
Terapêuticas Excisionais
Laser
Ansa diatérmica
Bisturi
Considerarm-se as técnicas de eleição pois
permitem o estudo histológido e a exclusão
de um carcinoma invasor inesperado
Conduta Terapêutica em Mulheres c/
Adenocarcinoma In Situ
Lesão Multifocal
Frequentemente associada a SIL
Conização diagnóstica (a frio)
Terapêutica em mulheres jovens c/ desejo de
preservar a fertilidade
Terapêutica excisional – Conização
Unidade de Colposcopia e Laser
Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
Operação de Wertheim-Meigs
Unidade de Colposcopia e Laser
Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução
Centro Hospitalar Lisboa Norte
Cancro do Colo do útero
Prevenção e diagnóstico precoce
CENTROS de SAÚDE
Prevenção primária → vacinação
Prevenção secundária → rastreio organizado c/ monitorização rigorosa
da qualidade de todas as actividades
UNIDADES HOSPITALARES
Orientação das mulheres c/ citologia atípica, sintomáticas
(coitorragias) ou observação clinicamente suspeita para Unidades de
Referência em Patologia do Tracto Genital Inferior
Colaboração Interinstitucional e interdisciplinar
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HSM - aula