União dos Estudantes Africanos em Brasília
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SEMANA DA ÁFRICA: 19 – 24 DE MAIO DE 2014
ÁFRICA E DESAFIOS CONTEMPORANEOS
PROGRAMAÇÃO
Seg. 19/05/2014
MANHÃ
LOCAL: Auditório da Reitoria da Universidade de Brasília.
8:00 – Chegada dos convidados e inscrições.
08h30 – Abertura oficial da Semana da África 2014.
 Momento cultural – Músicas, poemas.
 Pronunciamento das autoridades.
 Prof. Dr. Ivan Marques de Toledo Camargo, Reitor da Universidade de Brasília.
 Profa. Dra. Renata de Melo Rosa, Coordenadora do curso de Relação Internacional e
representando do Reitor do Centro Universitário de Brasília, UNICEUB.
 Excelência, Thomas Sukutai Bvuma, Decano do Grupo dos Embaixadores Africanos no
Brasil.
 Paulo Paim, Senador da República Federativa do Brasil.
 Hilton Cobra, Presidente da Fundação Palmares.
 Prof. Dr. Ivair Augusto Alves dos Santos, Coordenador do Centro de Convivência
Negra da Universidade de Brasília.
 Profa. Dra. Sonia Marise, Diretora da Diversidade da Universidade de Brasília.
 Daniel Arthur Nnang Metogo, Presidente da União dos Estudantes Africanos em
Brasília.
 Apresentação da programação da Semana.
11:30 – Coffee Break
12:00 – ENCERAMENTO
TARDE
LOCAL: Auditório da Reitoria da Universidade de Brasília.
14:00 – CICLO DE PALESTRAS – PARTE 1.
 Moderação: Kathleen Rocheteau Gomes Coutinho.
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
Tema 1: Pensamento de Amílcar Cabral no romance A Ultima Tragédia do escritor
guineense Abdulai Sila. Mouamar Dinis Sequeira, Graduado em Letras pela Universidade de
Brasília.
Resumo: O texto analisa a situação da personagem Régulo de “A última tragédia”, romance de Abdulai Silá,
que é uma personagem muito significante no romance, já que representa o desejo de mudança da condição
do negro e a consciência de sua humanidade. Ele acreditava que o africano tinha necessidade de começar a
pensar. Essas ideias do Régulo apresentam uma filiação bastante clara ao pensamento de Amílcar Cabral, o
grande teórico e estrategista dos movimentos independentistas das colônias portuguesas na África. Trazer
panorama das literaturas africanas de língua portuguesa e procura ressaltar alguns momentos significativos
de cada país.
Palavras-chave: Pensamento, Amilcar Cabral, Régulo, Literaturas africanas.

Tema 2: Africanidades na obra de Guimarães Rosa. Fábio Borges da Silva, Doutorando
em Letras na Universidade de Brasília.

Tema 3: Haiti, identidade cultural e desafios da reconstrução do estado nação.
Vogly Nahum Pongnon, Doutorando em ciências sociais na Universidade de Brasília.
Resumo: A transição do ano 2004 para o ano 2005 para sempre marcará a história do povo haitiano. De
fato, nesse período realçaram-se as triplas cicatrizes que ainda afetam esse povo. Essas advêm do processo
de construção nacional falido em 1806 com o drama da ponte vermelha (o assassinato do pai fundador da
nação, Jean Jacques Dessalines, pelos seus pares). Trata-se de uma tragédia que o sistema escravagista e
colonialista iniciou no século 16 em Saint Domingues e que teve fim com a revolta dos escravizados da ilha
concluída pela vitória do exercito haitiano sobre as tropas de Napoleão Bonaparte em 1803. O insucesso
das elites eurocêntricas da primeira república negra das Américas os tornou responsáveis das três
intervenções estrangeiras norte americanas no país em 1915, 1994 e 2004. A partir desse quadro histórico,
serão analisadas as diferentes crises sociais e estruturais de Haiti, causa da sua instabilidade crônica. Para
melhor entender esses fatos, estes serão situados num contexto de desigualdade racial global pós-colonial e
eurocêntrico com um quadro teórico e de análise explicativa sobre a questão da identidade do povo haitiano
e suas relações ancestrais com o continente africano. Sem nenhuma dúvida, a amplitude dos últimos êxodos
haitianos no mundo a fora e recentemente no Brasil fazem ressurgirem outras faces desta crise pós-colonial
haitiana, e nesse nível, a luta não apenas pode ser circunscrita à defesa da identidade local, como também
deve ser voltada para busca de uma fórmula unitária, desafiadora, continental, contemporânea, à busca de
um projeto original de libertação universal de uma entidade étnico-racial negra.
18:00 – ENCERAMENTO
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Ter. 20/05/2014
MANHÃ
LOCAL 1: Auditório 9, ICC Sul.
8:00 – SESSÃO DE FILMES AFRICANOS 1 – PARTE 1
 Filme 1: A fonte das mulheres

Sinopse: Em um pequeno vilarejo, situado entre o Norte da África e o Oriente Médio, as tradições
islâmicas são seguidas a risca. Entre elas, a existência da mulher como procriadora é regra básica, mas existe
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uma que faz com que elas sejam as responsáveis por buscar água em um local distante e de difícil acesso,
restando para os homens a tarefa de matar o tempo bebendo e falando da vida. Certo dia, Leila (Leila
Bekthi), uma das mais jovens e alfabetizadas do grupo, resolve que a melhor maneira de mudar esse cenário,
fazendo com que os homens assumam esta tarefa, é cortar o que eles mais gostam: o sexo. A polêmica
decisão do grupo acaba interferindo nas relações entre os habitantes e provocando provocar uma verdadeira
revolução cultural no povoado e mudando para sempre as suas vidas.
Debate.
 Filme 2.Thomas Sankara: o homem íntegro

Sinopse: O documentário reconstrói - através de imagens de arquivo e entrevistas com colegas de trabalho,
amigos e políticos da época - a figura de SANKARA, descrito como "Che Africano" assassinado com um
golpe de Estado em 15 de Outubro de 1987, depois de quatro anos de uma revolução pacífica em que o
jovem líder (ele tinha apenas 37 anos de idade) tinha trazido um dos países mais pobres do mundo para
"buscar a felicidade" e "se atrevem a inventar o futuro" através de grandes reformas na política, econômica
e cultural. O retrato de um homem de integridade se tornou aos 34 anos o presidente do Burkina Faso e
ainda hoje, 20 anos após sua morte, está vivo na memória de todo o continente Africano, e mais além.
SANKARA foi assassinado 15 de outubro de 1987, juntamente com doze agentes em um golpe organizado
por um ex-companheiro de armas (e, em seguida, seu braço direito), o atual presidente do Burkina Faso,
Blaise Compaoré, com o apoio da França e dos Estados Unidos da América. Os companheiros foram mortos
com ele: Noufou Sawadogo, Amade Sawadogo Abdoulaye Guem, Der Somda, Wallilaye Ouedraogo,
Emmanuel Bationo, Paténema Sore, Frédéric Kiemdé, Bonaventure Compaoré, Paulin Bamouni,
Christophe Saba, Sibiri Zagre.
Debate.
 Filme 3. Conspiração violenta

Sinopse: Quando a apartheid era a política vigente na África do Sul, Shack Twala (Sidney Poitier), um
ativista negro, é surpreendentemente absolvido. Porém, logo após sair do tribunal na companhia da sua
advogada, Rina Van Niekirk (Prunella Gee) e do noivo dela, Jim Keogh (Michael Caine), policiais agridem
Twala pelo simples motivo de ele ser um kaffir (negro), que estava trafegando sem passe. Este tumulto
desnecessário dá origem a uma briga nos quais os guardas ficam desacordados, fazendo com que Keogh e
Twala sejam obrigados a fugir. Twala quer recuperar US$ 750 mil em diamantes brutos, que ele deseja
entregar a Wilby (Joe De Graft), um líder ativista que pretende comprar armas. Durante o percurso eles
são seguidos por Horn (Nicol Williamson), um sádico major que, apesar de ter chance de prendê-los várias
vezes, não o faz como estivesse esperando algo mais importante para então agir.
Debate.
TARDE
LOCAL: Auditório 9, ICC Sul.
14:00 – SESSÃO DE FILMES AFRICANOS 1 – PARTE 2
 Filme 4. Neram N´Dok Ilhas Bijagós

Sinopse: Neram N'Dok é uma expressão Bijagó que significa "levem e guardem convosco". Este é um filme
que traz consigo um olhar sobre um processo de governação participativa nas Ilhas Urok, uma área marinha
protegida no Arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau, onde a conservação, desenvolvimento, cultura e
tradição são pilares indissociáveis nos quais assenta o modelo de gestão deste espaço.
Este filme foi feito no âmbito da parceria entre a Universidade de Aveiro e o Instituto Marquês de Valle
Flôr, incluído no projeto Urok Osheni!, implementado pela ONG guineense Tiniguena e pela ONG
portuguesa IMVF, tem como objetivo construir um modelo de desenvolvimento sustentável para a área
marinha protegida comunitária das Ilhas Urok, na Guiné-Bissau. Este modelo é assente na governação
participativa e na melhoria das condições de vida da população residente.
Debate.
 Filme 5. Na cidade vazia
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
Sinopse: Em 1991, um grupo de crianças refugiadas de guerra, acompanhadas por uma freira, segue num
vôo rumo a Luanda, capital de Angola. Ao chegarem ao aeroporto, N’dala, um menino de 12 anos,
consegue fugir do grupo e procura encontrar uma forma de voltar à sua aldeia, onde pretende reencontrar
os pais, que estão mortos. Em sua jornada, entra em contato com diferentes personagens que, cada um a seu
modo, experimentam as vivências da grande cidade, em meio à conturbada situação política de Angola e os
efeitos da guerra para seus habitantes. É o primeiro filme feito por uma mulher angolana, o segundo feito
em Angola após a guerra.
Debate.
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LOCAL: Auditório 9, ICC Sul.
8:00 – SESSÃO DE FILMES AFRICANOS 2 – EM PARCERIA COM O CINE GROUP
 Filme 1: Mama África - Documentário

Sinopse: Mostrar a África a partir do ponto de vista dos africanos. Em vez de um continente marcado
somente por miséria, guerra e tristeza, o documentário apresenta a alegria e o otimismo do povo africano.
O diretor Alê Braga retratou as visões de homens e mulheres de Moçambique, Tanzânia, África do Sul,
Senegal, Malaui, Marrocos, Suazilândia, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Gana. Em suas narrativas, os
personagens insistem na desconstrução dos estereótipos que condenam a África ao eterno estado de
calamidade e mostram que por trás de problemas sociais, políticos e históricos existe uma realidade
fascinante. Aclamado pela crítica, “Mama África” foi exibido em festivais internacionais, como o Doc
Meeting Argentina e o BRAFFT (Festival Brasileiro de Cinema no Canadá).
 Filme 2: Tambores - Documentário

Sinopse: O som e o ritmo dos tambores em diferentes estilos musicais são os temas centrais deste
documentário, produzido em 2011. Lançado no Festival de Cinema de Maputo, em Moçambique, o filme
mostra imagens rodadas no Brasil, Qatar, China, Portugal e em diversos países africanos. Mais do que
somente a música, “Tambores” retrata a cultura destas nações, com todas as suas diferenças e correlações.
No Brasil, o documentário registrou a vibração do Tambor de Crioula, típico do Maranhão, tombado como
patrimônio imaterial do país. “Tambores” foi exibido no Festival de Cinema do Rio de Janeiro e no Doha
Tribeca Film Festival, no Qatar.
 Filme 3: Faces do Malawi - Documentário
 Sinopse: Pela primeira vez, os brasileiros vão conhecer o Malawi. E pelos olhos do seu povo. Eles irão
contar histórias que atravessaram os séculos. O objetivo é preservar os costumes e registrar traços da
cultura do país. Não para transformar danças e tradições em artigos de museus, mas para não deixar
desaparecer o patrimônio imaterial do país. A obra é exibida gratuitamente em instituições brasileiras e
africanas, com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o Malawi.
 Filme 4: Valores da Guiné - Documentário

Sinopse: “Valores da Guiné” reúne o conhecimento sobre essa parte do continente que vem ganhando
destaque: documentário registra as belezas naturais, a gastronomia típica e a cultura guineense. A partir de
relatos em primeira pessoa, vamos conhecer o país pelos olhos de seus filhos.
 Filme 5: Mulheres africanas - Documentário
 Sinopse: Histórias, opiniões, questionamentos, lutas e conquistas de cinco mulheres africanas são o tema
deste documentário. Com depoimentos de líderes como Graça Machel, Leymah Gbowee, Sara Masasi,
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Nadine Gordimer e Luisa Diogo, o documentário também destaca as mulheres comuns, igualmente
corajosas e vitoriosas em suas lutas no dia-a-dia.
 Filme 6: Presidentes africanos - Documentário
 Sinopse: Do Egito à África do Sul. Da Costa do Marfim à Moçambique. Em cada episódio, a série traz
grandes histórias sobre um país e uma entrevista exclusiva com seu chefe de Estado. A proposta é enfrentar
a barreira da desinformação e fornecer uma visão equilibrada, abrangente e moderna sobre o continente
africano. “Presidentes Africanos” mostra aspectos da história, características, potencialidades, problemas e
culturas locais. E ainda apresenta a vida e a carreira do presidente.
18:00 – ENCERAMENTO
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Qua. 21/05/2014
MANHÃ
LOCAL: Instituto das Relações Internacionais da Universidade de Brasília.
9:00 – 18: 00 – APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS.
 Exposição de trabalhos sob o formato de banner por estudantes sobre temáticas voltadas à
África.
TARDE
LOCAL: Auditório do Instituto das Relações Internacionais da Universidade de Brasília
14:00 – MESAS REDONDAS
 Mesa 1: África: Política e economia no contexto do século XXI.
 José Flávio Sombra Saraiva, Doutor em História pela Universidade de Birminghan, GrãBretanha (1991), com estudos pós-doutorais (Grã-Bretanha, 1998). Professor Titular.
Pós-Graduação em Relações Internacionais. Áreas de interesse: História das Relações
Internacionais Contemporâneas, História da Política Exterior do Brasil, Relações BrasilEuropa, Relações Brasil-África.
 Pio Penna Filho, Doutor em História das Relações Internacionais, Universidade de
Brasília (2001). Professor Associado. Pós-Graduação em Relações Internacionais. Áreas
de interesse: História das Relações Internacionais, Relações Internacionais da África,
Relações Internacionais da América do Sul, Relações Brasil-África, Segurança
Internacional e História do Brasil.
16:00 – 16:15 – Coffee Break
 Mesa 2: Poligamia, relações homoafetivas e culturas africanas.



Geraldo Saranga, Ministro conselheiro da embaixada de Moçambique no Brasil.
Aninho Mucundramo Irachande, PhD em Políticas Públicas, Gestão Ambiental e
Desenvolvimento Sustentável.
Sr. Representante da embaixada da África do Sul no Brasil.
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 Sr. Representante da embaixada do Zimbábue no Brasil.
18:00 – ENCERAMENTO
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Qui. 22/05/2014
MANHÃ
LOCAL: Auditório do UniCEUB, unidade de Taguatinga.
8:00 – CICLO DE PALESTRAS – PARTE 2.

Tema 1: Análise histórica das relações entre Cabo Verde e Guiné Bissau. Davidson
Gomes, Mestrando em Antropologia, Universidade de Cabo Verde.
Resumo: A presente comunicação analisa as várias fases do movimento migratório de ambos os país em
analise, reportando ao período pré-colonial como marco importante para melhor compreensão dessas
dinâmicas de relacionamento históricas e socioculturais. O movimento migratório dos guineenses para Cabo
Verde teve a sua origem já no período colonial. Primitivamente tinha carácter forçado, mas após a
independência, ou seja, os finais da década de 70 e nos inícios de 80 do século XX passou a ser livre e
espontânea. O fluxo migratório veio intensificar - se na 2ª metade dos anos 90 e no último quartel dessa
década, movidas pelas cíclicas crises político – militar e socioeconómicas, razões que continuam a provocar
a contínua sangria dos guineenses para Cabo Verde partir dos finais de 90 e os meados da década de 2000.
Importa referir que no caso cabo-verdiano, constatou - se desde o inicio do seu povoamento, com
contribuições de segmentos sociais e culturais (grupos étnicos) provenientes de então costa de Guiné e que
posteriormente fizeram parte na constituição dessa sociedade e para mais tarde nos finais de século XVII,
verificar uma crescente deslocação ao solo guineense dos segmentos cabo-verdianos em diversas
circunstancias que, por conseguinte vieram a dar impulso na nova reconfiguração social e cultural da então
“Guiné Portuguesa” principalmente nos centros urbanos através da miscigenação, fruto de interação com as
populações locais, em diversos contextos de relacionamento (politicas, sociais, culturais e ideológicas).
Pretendo trazer para esse debate o fenómeno migratório tendo em conta o presente quadro das relações
existentes entre Cabo Verde e a Guiné, que urdiram através das perspectivas históricas, proximidades
linguísticas, políticos e culturais existentes entre os dois países. Para a elaboração da presente comunicação,
foi privilegiado a inventariação de todas as fontes documentais disponíveis, tais como, jornais, revistas,
documentos oficiais, boletins, artigos, monografias e pesquisas na Internet, procurando assim recolher os
principais dados com vista a reconstituição dos dados que reportam as relações históricas e de irmandade
que existiu desde os primórdios entre estes dois povos.
Palavras-chave: Movimento Migratório, Cabo-verdianos, Guineense, Períodos.

Tema 2: Universidades africanas e os desafios da educação da juventude. Martin
Fonkoua, Doutorando em farmacologia na Universidade de Brasília.
Resumo: As economias africanas estão crescendo e a população também. Com o crescimento da população
e o numero de jovens alfabetizados, as universidades do continente ainda enfrentam uma série de desafios,
oportunidades e problemas que condicionam a qualidade da formação tão dos quadros que dos estudantes..
a maioria das instituições universitárias de África encontram-se num nível “bastante incipiente”, tendo em
conta a ausência das mesmas nas 200 melhores do mundo. Contudo os governos africanos estão fazendo
bastante esforço para melhorar e a diversificar as formações superiores. Vários países com a Nigéria, a
África do Sul, Egito estão colocando mais recursos bastantes para ter universidades de alta qualidade capaz
de oferecer conhecimentos científicos e tecnológicos para jovens do continente e do resto do mundo.
Espera-se por um futuro melhor com mais universidades africanas de qualidade.
12:00 – ENCERAMENTO
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TARDE
LOCAL: Auditório do UniCEUB, Unidade de Asa Norte.
14:00 – CICLO DE PALESTRAS – PARTE 3.

Tema 1: Panorama geral do continente africano. Carlos Simba, Graduando em
administração pela Universidade de Brasília.
Resumo: Quando, no final da Idade Média, os estados da Europa começaram a descobrir a África,
encontraram aí reinos ou estados. Os primeiros contatos com estes povos não foram imediatamente de
dominação, mas de carácter comercial. No entanto, os conflitos originados pela competição entre as várias
potências europeias levaram no século XIX à dominação, e geralmente à destruição de reinos, processo este
que culminou com a partilha do Continente africano pelos estados europeus na Conferência de Berlim, em
1885. Definidos em mapas traçados na ocasião da partilha, ou seja, ainda durante a Conferência de Berlim,
em 1885, esses Estados criados pelas potencias colonizadoras, seriam organizados com base nos
fundamentos estabelecidos pelo próprio colonizador, isto é, a língua, o sistema educacional, a estrutura
econômica e a administração pública. Após a independência, o continente africano viu-se às voltas com a
necessidade de construir os Estados nacionais que sucederiam às antigas colônias. Isto significou que a
dominação colonial seria substituída por países cujos territórios, além de delimitados artificialmente,
permaneceriam marcados pela falta de desenvolvimento econômico, político, e social. As populações das
jovens nações africanas praticamente não tiveram benefícios em termos de melhoria das condições de vida
durante a colonização. Ademais, permanece imensa a dificuldade de desenvolvimento da própria concepção
de nação entre os jovens países da África, com todo o ônus que isto acarreta para suas populações diante dos
avanços do capitalismo internacional. A atualmente a África se encontra numa nova fase da sua história, com
a parceira sul-sul com os países da América Latina nomeadamente o Brasil e os países da Ásia onde os mais
expressivos é a China.

Tema 2: África, ciência e tecnologia: percurso e contribuições à civilização mundial.
Daniel Arthur Nnang Metogo, Doutorando em engenharia civil na Universidade de Brasília.
Resumo: Na historiografia “universal” nota-se com persistência, a exclusão sistemática do continente
africano quando se refere às realizações cientificas e tecnológicas. Desta situação, transparece uma forma de
negação aos povos africanos de qualquer capacidade intelectual intrínseca. Neste sentido, embora diversas
pesquisas já nem tão recentes assim apontam com insistência o continente africano como berço da
humanidade moderna, a academia ocidental continua de situar o surgimento do pensamento simbólico nas
grutas pré-históricas francesas, espanholas ou italianas. Da mesma forma, a Grécia Antiga é unanimemente
exaltada como o berço das ciências. No mesmo raciocino, a história “universal” das inovações não faz
referência a nenhum inventor africano, nativo ou de ascendência. Desses fatos, surge a pergunta de saber se
o ser humano moderno, nascido na África, apenas manifestou a dimensão da sua inteligência ao chegar à
Europa? Para elucidar esse questionamento será analisado o percurso dos africanos nas áreas das ciências e
tecnologias, desde o inicio da Humanidade moderna até os dias atuais e ressaltar suas contribuições à
edificação da civilização mundial. Essa análise mostra sem complacência que além de berço da Humanidade,
a África é o berço do pensamento cientifico, e da inteligência humana em geral. Ainda, serão apresentados
alguns inventores africanos cujos trabalhos, apesar de pouco divulgados, têm um grande impacto em nosso
dia a dia.
18:00 – ENCERAMENTO.
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Sex. 23/05/2014
HORÁRIO DE ALMOÇO
LOCAL: Restaurante Universitário da UnB.
12:00 – MOMENTO CULTURAL
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 Desfile de trajes africanos.
 Demonstração de danças africanas.
14:00 – ENCERRAMENTO
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Sáb. 24/05/2014
TARDE
LOCAL: Centro Olímpico da Universidade de Brasília.
14:00 – TORNEIO DE FUTSAL
18:00 – ENCERRAMENTO
NOITE
LOCAL: Clube Sindilegis, SGAS 610, Asa Sul, CEP: 70200-700. Brasília.
22:00 – MEGA FESTA AFRICANA – DEGUSTAÇÃO DE COMIDAS TÍPICAS
4:00 – ENCERRAMENTO DA SEMANA DA ÁFRICA 2014.
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