“Fazer todo bem
que se possa, amar
sobretudo a liberdade
e, mesmo que seja por
um trono, jamais
renegar a liberdade”
Ludwig van Beethoven
EDITORIAL
GOSP lança primeira edição de revista
Unidade
Em latim, unĭtas. Em francês, unité. Em alemão,
einheit. Em italiano, unità. Em inglês, unit. Seja
qual for o idioma, a palavra ‘Unidade’ traz uma
referência direta a tudo aquilo que não pode ser
dividido. Tudo aquilo que não pode ser dissociado
sem que sua respectiva essência seja destruída
ou alterada.
É com esse propósito de união entre os Maçons e, principalmente, entre os Poderes, que
a nova gestão do Grande Oriente de São Paulo
(GOSP) irá legitimar a continuidade das nossas
ações e objetivos. À frente desse caminho, estão o
Grão-Mestre Estadual, o Eminente Irmão Benedito
Marques Ballouk Filho, e o Grão-Mestre Estadual
Adjunto, o Poderoso Irmão Kamel Aref Saab.
Como uma de nossas ações, temos a satisfação de apresentar a todos os nossos Irmãos da
Jurisdição a primeira edição da Revista Luzes, que
passa a ser veiculada bimestralmente. Trata-se
de um projeto editorial sólido, com informações
relevantes e fontes de inestimado conhecimento, apresentadas em um projeto gráfico elegante
e ao mesmo tempo moderno. A publicação tem
formato digital e, sendo assim, pode se difundir
pelos quatro cantos do País de maneira ágil e
inteligente.
Confira nesta primeira edição uma entrevista
exclusiva com o GME. Nela, nosso Eminente Irmão fala sobre a importância do momento vivido
pelo GOSP e pela Maçonaria Paulista, bem como
apresenta algumas das estratégias e desafios que
permeiam nossas atividades ao longo dos próximos tempos. “É chegada a hora de os Maçons
deixarem a plateia para serem protagonistas no
processo de evolução da sociedade.”
Veja ainda uma reportagem especial sobre os
94 anos de história do GOSP, celebrados em 29
de julho, e passeie pelo tempo a partir do Museu
Maçônico José Bonifácio (MMJB).
As demais editorias trazem o valoroso trabalho de Obreiros, a mensagem da Poderosa Assembleia Estadual Legislativa (PAEL),
ações de Lojas Maçônicas e as atividades
das Paramaçônicas.
Tenham todos uma ótima leitura.
Poderoso Irmão
Reinaldo Lázaro Ruas
Grande Secretário Estadual
de Comunicação e Imprensa
EXPEDIENTE
Grão-Mestre Estadual do Grande Oriente de São Paulo (GOSP): Eminente Irmão Benedito Marques Ballouk Filho • Grão-Mestre Estadual
Adjunto do Grande Oriente de São Paulo (GOSP): Poderoso Irmão Kamel Aref Saab • Grande Secretário Estadual de Comunicação e
Imprensa (GSCI): Poderoso Irmão Reinaldo Lázaro Ruas (Jornalista Responsável GOSP: MTB 42.742) • Poderosos Irmãos Secretários
Estaduais Adjuntos da GSCI: Sérgio Ayres da Silva Filho e Antônio Francisco Mascarenhas
Jornalista Responsável: Roberto Souza (MTB: 11.408) • Editor-Chefe: Fábio Berklian • Editor: Rodrigo Moraes • Reportagem: Daniella Pina e
Lais Cattassini • Revisão: Paulo Furstenau • Projeto Gráfico: Luiz Fernando Almeida • Diagramação: Leonardo Fial, Luiz Fernando Almeida e Willian Fernandes
Foto de capa: GOSP / Arquivo • www.rspress.com.br
ENTREVISTA
O Eminente Irmão Benedito Marques Ballouk
Filho acumula 32 anos de
Ordem Maçônica, tendo
passado por todos os
cargos da Loja Retidão e
Prudência, número 2.143,
onde foi iniciado, além de
postos de destaque como
Presidente da Poderosa
Assembleia Estadual
Legislativa (PAEL) e
Grão-Mestre Estadual
Adjunto. Ele é também
advogado especializado
em direito do trabalho,
professor universitário e
conselheiro estadual da
Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB). Nesta entrevista exclusiva
concedida à Revista Luzes
do GOSP, ele fala sobre os
principais desafios e o
futuro do GOSP.
Como será seu mandato
até 2019? Qual tônica
deve estar presente,
marcando sua gestão?
Um dos eixos de principal destaque é a reaproximação do GOSP com
as Lojas da jurisdição. É
importante que o Grão-Mestrado fique mais
perto dos nossos Veneráveis Mestres, na manutenção dos princípios
iniciáticos e para que a
administração das Lojas
seja auxiliada por todas
as Secretarias do GOSP.
4
Luzes
É chegada a hora de
os Maçons deixarem
a plateia para serem
protagonistas no
processo de evolução
da sociedade
Grão-Mestre Estadual fala sobre os desafios
da gestão e o futuro da Maçonaria Gospiana
Outra ferramenta de
aproximação será a
construção do parque
de informática, que
permitirá que todos os
Irmãos possam interagir em nossos sistemas. Cada um terá seu
e-mail próprio, além de
um ambiente social parecido com o Facebook,
para que a comunicação
seja bastante efetivada.
Quais os principais
desafios e como o Irmão
espera superá-los?
Temos inúmeros desafios. Destaco o combate
às ‘pseudomaçonarias’,
que hoje já passam de
140 entidades que promovem um verdadeiro
comércio. Pretendemos
combatê-las fortalecendo a relação com nossas
Lojas e com a Grande
Loja Maçônica do Estado
de São Paulo (GLESP) e,
ainda, dificultando que
os Irmãos vindos dessas ‘Lojas comerciais’
mantenham os graus que
tiverem nestas.
Outro ponto é, mais
uma vez, incentivar o
Instituto Acácia de Responsabilidade Social
para que centralize o
trabalho filantrópico da
Maçonaria, servindo
como elo direto entre os
recursos privados e públicos e as mais de 150
entidades filantrópicas
mantidas atualmente
pelas Lojas e Irmãos.
Finalmente, enfrentaremos também a evasão,
que faz o GOSP perder
membros que sem
dúvida têm potencial.
Isso será combatido
não apenas mostrando
nosso passado histórico, mas falando sobre
nosso futuro.
julho/agosto 2015
Gosp / divulgação
eminente irmão benedito
marques ballouk filho tem
32 anos de ordem maçônica
julho/agosto 2015
Fale um pouco sobre a
relação do Poder Executivo com os demais
poderes constitucionais
Maçônicos. Como essas
forças institucionais se
unem em prol da Maçonaria Gospiana?
Podemos dizer que
temos hoje uma relação
completamente harmônica. Depois de muitos
problemas entre os três
poderes, essa nova gestão da PAEL foi eleita
em chapa única, o que
demonstra essa harmonia, união e preparo de
todos. Mostra também
que todos temos consciência de nossos desafios. Se não fizermos a
Maçonaria dar um salto
de qualidade, estamos
fadados a ser um clube
de amigos. Essa união
é fundamental para um
futuro promissor. Ninguém é tão bom quanto
todos nós juntos.
Qual será a importância
dada em sua gestão para
temas como tempo de
estudo e formação maçônica? Os Encontros
Regionais de Aprendizes e Companheiros
(ERACs) passam a ser
subsidiados pelo GOSP.
Como será isso?
Cada Loja Maçônica é
um centro de estudos
tanto dos princípios
iniciáticos quanto das
discussões ideárias da
sociedade civil. Isso já
ocorre dentro de cada
um desses micronúcleos. Queremos fomentar os ERACs para
trazer a esses membros
nossos princípios iniciáticos e ouvi-los em
nível regional. A realização desses eventos
sempre foi muito complicada para as Lojas,
sobretudo em função do
alto custo e do trabalho
de organização necessário. O GOSP passa a
patrocinar financeira,
logística e institucionalmente esses encontros.
Luzes
5
ENTREVISTA
“A grande ação do
Maçom está fora da
Loja, na sociedade, nas
166 horas de semana
que restam. É hora de os
Maçons se aliarem às
outras pessoas de bem”
As nove Regiões Maçônicas receberão esse
evento uma vez por ano e
nós participaremos com
cadastramento, diplomas, banners e até grade
pedagógica.
A política estadual
também é marcada
atualmente pela regionalização (criação
de subsedes). Como
isso facilita as Lojas
e Obreiros? Que tipo
de transformação está
sendo alcançada?
Nossa ideia é valorizar
a identidade regional da
Maçonaria. Pensar que
uma instituição do tamanho do GOSP é completamente homogênea
seria um erro. Existe um
núcleo único, com motivações e objetivos iguais,
mas regionalmente ele é
permeado por inúmeras
nuances e variáveis. O
6
Luzes
objetivo é deixar nascer
dessa capilaridade o interesse que cada região
tem pelo desenvolvimento dos temas.
Um homem sentado em
uma cadeira da rua São
Joaquim 457 é incapaz
de satisfazer a todas as
expectativas de mais
de 645 municípios. As
Regiões Maçônicas já
estão maduras para isso
e vamos dar todo o apoio
e incentivo necessários.
Faremos um projeto-piloto nas regiões de
Santos e Ribeirão Preto.
O Brasil vive uma profunda crise econômica e
social, influenciada por
um problema estrutural e político básico:
a corrupção. Como a
Maçonaria é impactada
nesse contexto e age
diante desse cenário de
políticas malfeitas?
A corrupção é o maior
inimigo do Brasil atualmente, matando milhares de pessoas e atrasando o desenvolvimento
do País. Nada como uma
entidade interessada e
comprometida com a Pátria para combater esse
cenário. Acreditamos
que a ação de influenciar
a mudança do parlamento, tirando os corruptos e
colocando em seu lugar
homens de bem, é um
caminho para isso.
Os Maçons precisam
estar envolvidos nisso.
Não adianta sermos
líderes e construtores
sociais dentro de uma
Loja Maçônica enquanto deixamos o País
continuar dessa forma.
Vale frisar que a Maçonaria nunca fez nada
pelo Brasil nesses 193
anos de história. Quem
fez foram os Maçons,
pessoas de carne, osso e
muita boa vontade.
Qual o papel da
Maçonaria nesse meio?
Nosso papel é fazer
uma interface entre o
Discurso Maçônico e
a prática cidadã. Em
duas horas semanais de
Maçonaria, você aprende Filosofia Maçônica
e a edificação moral do
homem. A grande ação
do Maçom está fora da
Loja, na sociedade, nas
166 horas de semana
que restam.
É hora de os Maçons
se aliarem às outras
pessoas de bem. Deixando a plateia e se
tornando protagonistas
no processo de evolução
da sociedade, por meio
único e legítimo, no
exercício da política. É
uma revolução pacífica,
um movimento cívico e
democrático. Em vez de
trabalhar apenas denunciando corruptos que
são depois beneficiados
pelo sistema arcaico
de leis e aplicação da
justiça e que resultam
na impunidade, nós, do
GOSP – pelo projeto do
Grupo Estadual de Ação
Política (GEAP) –, nos
encarregamos de articular um pacto social para
buscar apoio de líderes e
entidades a essa proposta. Uma grande aliança
formada para disputar
o espaço hoje ocupado
pelos corruptos, colocando em seus lugares
cidadãos de bem. Se há
muitos anos os maçons
foram operativos na
construção de edifícios e
plantaram as sementes
da razão, hoje se dedicam à construção moral
da sociedade.
julho/agosto 2015
Iniciado em 12 de novembro de 1998 na ARLS
Fraternidade Paulistana
2309, o Poderoso Irmão
Grão-Mestre Estadual
Adjunto Kamel Aref Saab
foi elevado em 18 de novembro de 1999 e exaltado
no dia 17 de agosto de
2000. Foi instalado e empossado Venerável Mestre
em 6 de junho de 2004.
Nessa Oficina, foi responsável pela arrecadação
para construção pró-templo, no período de 1999 a
2002. Também foi V M
da ARLS Ézio Donatti, de
3 de junho de 2006 a 31
de maio de 2007.
Em Lojas, foi Tesoureiro, Orador, membro
e Presidente de Comissões Permanentes e de
Comissões de Instalação
e Posse, na qualidade
de Presidente, 1º e 2º
Vigilantes e Mestre de
Cerimônias.
Eleito Deputado
Estadual pela ARLS
Fraternidade Paulistana
para o período de 2007 a
31 de março de 2009, foi
nessa época presidente
da Comissão do Regimento Interno da PAEL.
Ir Saab exerceu novo
período parlamentar,
de julho de 2009 a maio
de 2011, desta vez pela
ARLS Lealdade Paulistana 2920, ocasião em
que foi eleito à presidência da Comissão de
Relações com a Soberana Assembleia Federal
Legislativa (SAFL).
Novamente eleito,
dessa vez pela ARLS Ézio
Donatti para o período de
junho de 2011 a maio de
2015, Ir Saab foi escolhido por seus pares para
Vice-Presidente da PAEL
no biênio 2011/13 e, nos
dois anos posteriores,
eleito Presidente da PAEL,
cujo mandato se encerrou
em 20 de junho de 2015.
Iniciou nos corpos
filosóficos em 13 de
março de 2002, na Loja
de Perfeição Paulistana,
20219. Atingiu o Grau 33
em 26 de junho de 2010
Gosp / Arquivo
Perfil do Grão-Mestre Adjunto,
o poderoso Irmão Kamel Aref Saab
no Rito Escocês Antigo e
Aceito. Ocupou, de 2004
a 2011, diversos cargos
nos Corpos de Perfeição, Sublime Capítulo
Bandeirantes, Conselho
Kadosh e Consistório,
como Orador, 1º Vigilante e T V P . Em 28
de outubro de 2014, teve
reconhecimento do Grau
33 para o Rito Brasileiro.
Foi agraciado em
janeiro de 2015 com a
Medalha e Título do Mérito Cultural. Em abril
recebeu a Medalha José
Bonifácio, conferida pelo
Grande Oriente de São
Paulo (GOSP). No dia 23
de maio deste ano, recebeu a Medalha MMDC,
honraria reconhecida pelo Governo do
Estado de São Paulo,
por meio do decreto
40.087, de 14 de maio
de 1962.
Graduou-se em
1977 na Superior
Escola de Engenharia da Universidade
Mackenzie, concluindo pós-graduação
em Engenharia de
Higiene e Segurança
Industrial em 1978.
Uma década depois,
concluiu o curso de
bacharel em administração de empresas pela mesma
instituição de ensino
superior.
Confira entrevista exclusiva com o Poderoso Irmão Grão-Mestre Estadual Adjunto Kamel Aref Saab na próxima edição da Revista
Luzes. Veja ainda reportagem sobre o Ilustre Conselho Estadual (ICE), do qual o Poderoso Ir.’. Saab é presidente, no site do GOSP.
julho/agosto 2015
Luzes
7
LOJAS • Trabalho em todas as regiões do estado
Estrela de Santos
melhores sentimentos
de solidariedade. Para
dar cumprimento a um
dos seus objetivos, a
Loja assumiu, em 1981,
a entidade Associação
Casa de Estar de Santos,
que mantém até hoje. O
espaço atende 96 crianças de forma integral,
fornecendo alimentação
e cuidados pedagógicos
gratuitamente.
O Capítulo Santos
da Ordem DeMolay
também é uma Entidade Paramaçônica
patrocinada pela Loja
Estrela de Santos. Nele,
jovens são orientados
para que tenham os
mesmos princípios de
Estrela de Santos / Arquivo
Fundada em 1937, a
Loja Maçônica Estrela
de Santos é a maior da
América Latina, com
cerca de 230 Irmãos que
participam dos trabalhos nesse Oriente, no
litoral de São Paulo.
Segundo o Venerável
Mestre, Ir .’. Dirceu
Agostinho, a Oficina
realiza reuniões semanais às quartas-feiras,
às 20h30, e trabalha no
Rito Moderno.
A Loja é uma entidade cultural e filantrópica, constituída
com a finalidade de
congregar homens
livres e de bons costumes e imbuídos com os
Perseverança III
8
Luzes
“amor filial”, “reverência sobre as coisas
sagradas”, “cortesia”,
“companheirismo”,
“fidelidade”, “pureza”
e “patriotismo”. O
Capítulo é presidido
pelo Ir.’. Francisco
Alexandre de Paula
Ferreira.
A Loja também
adota a Fraternidade
Feminina Cruzeiro
do Sul – Unidade
Estrela de Santos.
“Esse trabalho é
fundamental para a
comunidade. Estou
na Loja há 10 anos e
cresci muito como
ser humano. Aprendemos princípios e
esses ensinamentos
ajudam a Sociedade a se desenvolver
também”, afirma o
Ir.’. Agostinho. “Vejo
a importância da
nossa Loja no dia a
dia, como no apoio à
Casa de Estar, no trabalho das Cunhadas
que visitam asilos e
em como os Maçons
procuram ajudar.
Crescemos como
cidadãos e seres humanos”, conclui.
Fundada em 1869, a Loja
Maçônica Perseverança
III, em Sorocaba, tem sua
história intimamente
ligada ao desenvolvimento
social do País. Vinte e quatro membros abolicionistas
da Oficina sorocabana
Constância decidiram abrir
a própria Loja baseada em
princípios da liberdade
e educação do homem.
A instituição arrecadava
dinheiro entre os Irmãos,
comprava escravos e os
libertava. “A Loja também
criou uma escola para atender esses negros”, conta o
Grande Secretário de Cultura e Educação Maçônica e
Membro da Loja, Poderoso
Irmão João Carlos Wey.
A Loja mantém,
por meio da Fundação
Ubaldino do Amaral, o
jornal Cruzeiro do Sul e
responde pela Fundação
Cultural Cruzeiro do Sul,
mantenedora da Rádio
Jornal Cruzeiro do Sul
FM. Entre os projetos
sociais apoiados, estão
a Fundação Educacional
Politécnica de Sorocaba;
a Associação Protetora
dos Insanos de Sorocaba;
o Lar Escola Monteiro
Lobato, entre outros.
julho/agosto 2015
OBREIROS
Natural de Piquerobí, o
Irmãos que
Irmão Bento Oliveira Sildesenvolvem
va é advogado trabalhista
e atua há mais de 30 anos
trabalhos
em seu próprio escritório.
reconhecidos,
Foi iniciado em 21 de novembro de 1987 na Loja
ajudando a molDuque de Caxias, nº 1.357,
dar a Maçonaria
no Oriente de São José
dos Campos, desenvolnos âmbitos estavendo diversas funções
dual e nacional
dentro da Maçonaria.
Entre suas principais
realizações, está a criação
do Instituto Próvisão, com a proposta de prestar
atendimento gratuito para pessoas do interior com
doenças oculares, deficiência visual, surdocegueira
e múltipla deficiência sensorial. A iniciativa evoluiu
e resultou na fundação do Hospital Oftalmológico,
em uma colaboração entre o Grande Oriente de São
Paulo (GOSP), Grande Oriente do Brasil (GOB),
Poder Público e iniciativas privadas nacional e
internacional. O centro de referência realiza atualmente 30 mil consultas por mês.
Os anos de dedicação às obras filantrópicas e à
Maçonaria renderam uma trajetória que passou por
funções como Venerável Mestre, Deputado Federal e
participação no Ilustre Conselho Estadual do GOSP.
Atualmente, o Irmão Oliveira desempenha a função
de Membro do Ilustre Conselho Federal do GOB.
O Irmão Laelso Rodrigues foi iniciado em 27 de
abril de 1957 na Loja Perseverança III, nº 0199, no
Oriente de Sorocaba, acumulou funções que foram
de Hospitaleiro a Deputado Federal. Entre seus diversos cargos, foi Soberano Grão-Mestre-Geral do
Grande Oriente do Brasil em dois mandatos e tem a
honra de ser Grão-Mestre-Geral de Honra do GOB.
julho/agosto 2015
Gosp / Arquivo
Atuação dos Irmãos Laelso
Rodrigues e Bento Oliveira Silva
Contador por formação, atuou a vida inteira na
indústria, passando pelas áreas têxtil e automobilística. A experiência foi fundamental para que o
Irmão Rodrigues fizesse parte decisiva na industrialização de Sorocaba, ocupando o cargo de Presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento
Industrial. Seu trabalho ajudou na modernização
do parque industrial e na construção da cidade
como é conhecida hoje.
Atualmente aposentado, dedica seu tempo
apoiando e promovendo as entidades mantidas pela
ARLS Perseverança III: Fundação Cultural Cruzeiro
do Sul, Vila dos Velhinhos, Associação Protetora
dos Insanos, Liga Sorocabana de Combate ao Câncer e Lar Escola Monteiro Lobato. Indiretamente, a
Loja também auxilia o Serviço de Obras Sociais e a
Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba.
Luzes
9
REPORTAGEM
Grande Oriente
de São Paulo
completa
94 anos
Objetos expostos no museu maçônico
ajudam a contar a história do GOSP
10
Luzes
julho/agosto 2015
GOSP / Arquivo
Fundado em 29 de julho de 1921,
GOSP acumula história e conquistas
julho/agosto 2015
Luzes
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REPORTAGEM
A Maçonaria em São Paulo
antecede a criação do
Grande Oriente de São Paulo
(GOSP).A primeira Loja de que
se tem registro no estado é a
Loja Maçônica Inteligência,
de Porto Feliz, fundada em
1831. A Loja Maçônica Amizade, fundada em
1832 na capital, é a segunda mais antiga da qual se tem
informação. Nessa época, a Maçonaria crescia à medida que chegavam novos estudantes à cidade, principalmente os alunos da Faculdade de Direito do Largo
São Francisco, que chegavam já iniciados em Lojas
de outros estados. O grande número de Maçons que
passaram a morar na capital justificou a formação de
outras Lojas Maçônicas, que reuniram nomes abolicionistas como Rui Barbosa e Luiz Gama.
Com o crescimento da Maçonaria na região e
em todo o Brasil, a comissão com delegação dos Veneráveis das Lojas da capital de São Paulo enviou,
em 5 de abril de 1898, a proposta da descentralização administrativa da Maçonaria de cada estado,
como já acontecia com a organização do Poder
Executivo da República. Por isso, em 1900 foram
suspensos os cargos de Delegados Gerais e criados
os Grandes Orientes Estaduais.
No período entre 1901 e 1920, segundo a historiadora e assistente do Museu Maçônico José Bonifácio, Elizabeth do
Val, São Paulo chegou a ter o Grande
Oriente Estadual de São Paulo, porém, a Maçonaria Paulista precisava
de mais autonomia em suas decisões
jurisdicionais. Algumas mudanças na
constituição do Grande Oriente Estadual levaram à formação do GOSP.
A fundação do Grande Oriente
de São Paulo teve representantes das
Lojas Maçônicas de São Paulo e, como
primeiro Grão-Mestre Estadual, o Eminente Irmão José Adriano Marrey Júnior. Os primeiros membros do GOSP
formaram uma Assembleia Constituinte, que elaborou os artigos da Carta
Magna Gospiana. Marrey Júnior dirigiu
a Maçonaria paulista por 21 anos.
Ao longo de seus 94 anos de história, o Grande Oriente de São Paulo
foi presidido por 20 Grão-Mestres, que
enfrentaram momentos históricos importantes e pavimentaram o caminho
para a força da Maçonaria no Brasil.
José Adriano Marrey Júnior – 1921/1942
Benedito Pinheiro Machado Tolosa – 1942/1960
Luiz Meira – 1960/1962
Aurélio de Souza – 1962/1964
José Menezes Júnior – 1964/1969
Danylo José Fernandes – 1969/1973
José Camilo de Andrade – 1973/1974
Paulo Breda Filho – 1974/1979
Dionísio Pereira de Souza – 1979/1982
Januário Sylvio Pezzotti – 1982/1983
Ézio Donatti – 1983/1987
Francisco Murilo Pinto – 1987/1987
Décio Azevedo – 1987/1991
Rubens Barbosa de Mattos – 1991/1995
Romeu Bonini – 1995/1999
José Baptista Morais de Oliveira – 1999/2003
Claudio Roque Buono Ferreira – 2003/2007
Mario Sergio Nunes da Costa – 2011/2015
Benedito Ballouk Filho – 2007/2011 – 2015/2019
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Luzes
julho/agosto 2015
GOSP / Arquivo
Galeria dos Grão-Mestres Estaduais
Marrey Júnior enfrentou períodos em que o
governo brasileiro perseguiu a Maçonaria. Durante o governo de Getúlio Vargas, os trabalhos das
Lojas Maçônicas precisaram ser suspensos. Após
o mandato de Marrey Júnior, quem assumiu foi o
Eminente Irmão Benedito Pinheiro Machado Tolosa, que respondeu pela direção do GOSP de 1942
a 1960. Tolosa foi médico e professor universitário,
tendo sido cofundador da Maternidade Pró-Matre
Paulista. Como médico, prestou serviços durante a
Revolução Constitucionalista de 1932.
Foi durante esse período que se iniciou a
construção do Edifício-Sede do Grande Oriente
de São Paulo, localizado à rua São Joaquim, 457,
no bairro da Liberdade, em São Paulo (SP). Tolosa
no estado, criando novas
e resgatando as inativas.
Hoje, existem cerca de
800 Lojas Maçônicas e
25 mil Obreiros trabalhando em quase 400
Orientes da Jurisdição.
Foi o Eminente
Ir.’. Ezio Donatti quem
reestruturou o Museu
Maçônico durante sua
gestão, entre 1983 e 1987.
O Museu (ver box) funciona no terceiro andar
do Palácio Maçônico e a
trabalhou para arrecadar o dinheiro necessário
para a construção do templo e, em 1950, o Grande
Oriente do Brasil se comprometeu com uma doação para o término das obras. O espaço foi inaugurado em 25 de janeiro de 1955 e recebeu o nome
Benedito Pinheiro Machado Tolosa, em homenagem ao então Grão-Mestre.
Entre 1974 e 1979, o GOSP foi conduzido pelo
Eminente Irmão Paulo Breda Filho, advogado e
jornalista que trabalhou para reintegrar as Lojas e
o patrimônio do Grande Oriente de São Paulo. O
empenho de Breda foi continuado pelo Eminente
Irmão Dionísio Pereira de Souza, que entre 1979 e
1983 esforçou-se para aumentar o número de Lojas
visitação é gratuita. O espaço é dedicado à preservação
da cultura e da história do GOSP e da Maçonaria Paulista. “É importante preservar a memória. Qualquer
instituição que não tem memória, não tem futuro, não
tem presente e não tem passado. A história, para ser
preservada, deve ser conhecida. Para ser conhecida,
deve ser difundida”, observa o Eminente Grão-Mestre
Estadual do GOSP, Benedito Marques Ballouk Filho.
O Eminente Irmão Ballouk, que assumiu a
direção do GOSP pela primeira vez em 2007, foi responsável pelo projeto Reinserção Política da Maçonaria
do Estado de São Paulo, com o objetivo de combater
a corrupção. Ballouk foi o primeiro GME a unir as
Obediências Maçônicas Paulistas.
julho/agosto 2015
Da esq. para a dir.:
Busto de Luiz gama; cópia
da bíblia de Martinho
Lutero; Símbolo da sabedoria
são alguns dos destaques
do museu maçônico josé
Bonifácio (MMJB)
Luzes
13
REPORTAGEM
.
É importante
.
preservar a memória. Qualquer instituição que não tem memória, não tem futuro,
não tem presente e não
tem passado
Eminente Ir.’. Ballouk
Benedito Pinheiro Tolosa foi o idealizador do palácio do
GOSP e arrecadou fundos para a construção da sede
14
Luzes
julho/agosto 2015
GOSP / Arquivo
A história do GOSP se confunde com a história
brasileira. De acordo com Elizabeth, o GOSP se fez
presente principalmente em projetos educacionais.
“O GOSP foi representado pelas Lojas que trabalhavam em prol da educação de base para crianças
e operários desde a segunda metade do século 19.
Esse movimento em prol da educação se estendia
também aos orfanatos criados e mantidos pela
Maçonaria Paulista, que igualmente contribuíram
para o crescimento da cidade por meio da instrução
popular”, avalia.
O Eminente Ir.’. Ballouk salienta que não é a
Maçonaria que participa ativamente de processos
históricos, mas os Maçons. “A Maçonaria jamais
irá se posicionar politicamente. São os Maçons
que, por meio de ensinamentos e da filosofia maçônica, trabalham para a construção social.”
“A história do GOSP é bastante presente na
vida política do estado de São Paulo. Os Maçons
têm uma participação muito
grande nos movimentos sociais
do estado e também em eventos
políticos”, completa o Poderoso Ir.’. João Carlos Wey, Grande
Secretário Estadual de Cultura e
Educação Maçônica do GOSP.
Durante a Revolução de 1932,
por exemplo, Maçons ilustres
como o Irmão Ibrahim Nobre trabalharam em hospitais e contribuíram para os bancos de sangue
do estado. “O Grande Oriente de
São Paulo trabalhou pela união
da sociedade e para defender a liberdade de pensamento em todas
as correntes religiosas, sociais e
filosóficas”, observa Elizabeth.
Assim como a história paulista, a trajetória do GOSP continua
por meio de trabalhos de Obreiros
que levam adiante a Moral Maçônica. “Temos uma rica história
nestes 94 anos de Fundação. São
muitos Obreiros que se dedicaram
à causa, à sociedade, às famílias,
às sementes da razão, da virtude e
da moral. Não podemos deixar de
agradecer a cada um, cada homem
livre e de bons costumes, que ajudou a escrever essa rica história da
Maçonaria Paulista, cujo destino
está hoje em nossas mãos, de cada
Obreiro, de cada Dignidade, de
cada Oficial, de cada membro dos
Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário do GOSP. Precisamos
trabalhar com entusiasmo para,
de fato, deixar um legado que seja
motivo de orgulho para as futuras
gerações de Irmãos, assim como
aquele que herdamos até aqui”,
declara Ballouk.
julho/agosto 2015
história viva
Nas paredes do Museu Maçônico José Bonifácio (MMJB), a história do GOSP
é contada por meio de quadros, bandeiras, estandartes, selos, paramentos,
medalhas e diversos outros objetos históricos da Cultura Maçônica. “O Museu
é a história viva desses 94 anos do GOSP e 193 anos do GOB”, conta o Eminente Ir.’. Benedito Marques Ballouk Filho.
Seja pelo simbolismo, seja pelo valor imaterial de seus itens, o espaço localizado no terceiro andar do GOSP abriga peças que valem a visita, como o livro
de ouro de 1948, a réplica da Bíblia Sagrada de Martinho Lutero e os Cadastros da Ordem do GOB e do GOSP, que datam da década de 1920.
Fundado em 28 de maio de 1955, na gestão do Eminente Grão-Mestre Benedito
Pinheiro Machado Tolosa, o espaço abriga itens de Lojas paulistas, brasileiras e
estrangeiras, doados por membros da Ordem e acumulados desde então. Por
meio do Decreto nº 236, instituído pelo Eminente Ir.’. Tolosa, o museu começou
a ganhar forma sob o plano de ser um cartão de visitas da Maçonaria. Em 1956,
o Ir.’. Ferdinand Krackowizer, então diretor do Museu Maçônico, começou a fazer
contato com inúmeras potências a fim ampliar o acervo. Em 1986, na gestão do
GME, o Eminente Ir.’. Ézio Donatti, foi realizada a primeira etapa de catalogação
dos objetos. Pouco a pouco, o Museu se estabeleceu e foi otimizando seu funcionamento, bem como a Biblioteca e a Hemeroteca, que conseguiram crescer
rapidamente por meio da doação de livros e periódicos maçônicos.
Em 1997, durante a gestão do GME, Eminente Ir.’. Romeu Bonini, o Museu
ganhou o nome de Museu Maçônico José Bonifácio (MMJB), como homenagem ao mineralogista, estadista e poeta santista, patriarca da Independência
do Brasil e primeiro Grão-Mestre do GOB.
Em 2011, o projeto do museu virtual do GOSP recebeu um prêmio pela participação no edital Modernização de Museus, do Instituto Brasileiro de Museus
(Ibram). Isso permitiu a catalogação do acervo. Dessa forma, foi possível divulgar o rico acervo para Maçons, além de estudantes, pesquisadores e público
em geral. “Minha ideia é que, por meio da Lei Rouanet, nós possamos tornar
o Museu Maçônico um museu público, frequentado, inclusive, por alunos das
redes municipais e estaduais”, completa o Eminente Ir.’. Ballouk Filho.
Luzes
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FILOSÓFICAS
As boas e as
más línguas
U
m fabulista grego, nascido em fins do
século 6 a.C. na cidade de Phrygia, na
Ásia Menor, de nome Esopo, nos deixou
muitas histórias. Esopo tinha um aspecto
feio, era corcunda e gaguejava, porém, era ao mesmo
tempo dono de uma inteligência privilegiada, aliada a
um espírito sutil e engenhoso. Foi escravo em Samos
e morreu tragicamente executado em Delphos.
Uma passagem altamente marcante da vida do
fértil fabulista e historiador é conhecida como As
Línguas de Esopo. “Certo dia, Xanto, o último amo a
quem Esopo serviu como escravo, querendo oferecer
um suntuoso almoço, pediu a ele para comprar no
mercado o que de melhor encontrasse.
Esopo comprou apenas línguas, que mandou cozinhar de diversos modos. Os comensais logicamente
se aborreceram e indagaram de Esopo sobre o significado daquilo, ao que prontamente ele respondeu:
“Existe coisa melhor do que a língua?”.
“Ela é o vínculo da vida civil, chave das ciências, o
órgão da verdade e da razão. Por meio dela,
constroem-se e policiam-se as cidades. Instrui-se,
persuade-se e domina-se nas assembleias.
Cumpre-se o primeiro de todos os deveres, que é
louvar a Deus.”
Xanto, tentando confundir e embaraçar seu escravo, mandou comprar no dia seguinte o que de pior
houvesse no mercado. E novamente Esopo comprou
línguas. Interpelado por seu amo, prontamente se expli-
cou: “A língua é a pior coisa que há no mundo. É a mãe
de todas as questões, de todos os processos, a fonte das
discórdias e das guerras. Se ela é o órgão da verdade, é
também o do erro e, pior ainda, da infâmia e da calúnia.
Por seu intermédio, destroem-se as cidades e os seres
humanos. Se por um lado louva os deuses e os poderosos, por outro é o órgão da blasfêmia e da impiedade”.
Hoje a humanidade continua sendo servida de
línguas. Quais têm prevalecido? As piores ou as melhores? As boas ou as más línguas?
Que sejamos sempre a boa-nova, a boa língua,
aquela que ensina a encontrar soluções, aquela que
forma, que educa, que apoia o sublime trabalho de
lutar pela vida. Sejamos a língua que dignifica o ser
humano, que se doa sem alardes, sem ostentação, que
socorre um irmão necessitado, não praticando um
ato de caridade, mas sim um dever de solidariedade.
A caridade muitas vezes constrange quem a pratica e
humilha quem a recebe. A solidariedade, ao contrário,
dignifica quem dela se beneficia.
Sejamos a boa língua que defende a liberdade,
que não aceita que mutilem, deformem ou suprimam
os direitos fundamentais do ser humano. Somente o
império da fraternidade universal vencerá a escravidão e imporá o respeito mútuo.
Sejamos a língua da virtude, do saber, do amar
a liberdade, do defender a igualdade e do estimular a
fraternidade.
Sejamos apenas Maçons.
Irmão João Carlos Wey Grande Secretário Estadual de Cultura e Educação Maçônica
16
Luzes
julho/agosto 2015
PAEL
Presidente eleito da
Poderosa Assembleia
Estadual Legislativa
(PAEL), o Eminente Irmão Raimundo
Hermes Barbosa fala
sobre a relação entre
Executivo e Legislativo
em prol do avanço do
GOSP. Com 34 anos de
Ordem e uma carreira
Maçonica em Lojas até
a presidência da PAEL,
o advogado fala dos
principais desafios desse momento histórico e
do futuro da Maçonaria
Estadual.
Como é seu cotidiano
como Presidente da
PAEL?
A PAEL é composta por
cerca de 450 Veneráveis
Irmãos Deputados com
distintas ideias. Compete a mim e ao restante da
Mesa Diretora, composta por Primeiro e Segundo Vice-presidentes,
Orador e Secretário,
coordenar os trabalhos
da casa em direção a
uma unanimidade ou o
mais próximo possível
disso. Essa tarefa nem
sempre é fácil.
julho/agostO 2015
GOSP / Arquivo
Poderes independentes unidos
por um bem comum
Quais os seus principais desafios e como
eles são superados?
Além da condução dos
trabalhos de forma
harmônica, como disse,
os desafios também
envolvem a continuidade
do trabalho desenvolvido até agora e buscar
aprimorá-lo com maior
sintonia interna, com
os outros poderes e com
a Maçonaria Gospiana
como um todo. Outro
desafio à parte é auditar
as contas da construção
do Palácio Maçônico
Benedito Pinheiro Machado Tolosa, ajudando a
viabilizar tão necessário
projeto. Esse processo
deve ter início em 2015.
Apesar de ser extremamente importante,
a PAEL e suas ações
ainda precisam ser
mais difundidas. Temos
aproximadamente 800
Lojas, um número muito
maior do que os 450
Deputados Estaduais.
Isso é combatido no
cotidiano, trabalhando
em um recadastramento
de todos os Irmãos para
que o GOSP possa ter
acesso às informações do
que é discutido e votado
na Poderosa Assembleia.
Também faremos um
resgate da história da
PAEL. Esse levantamento precisa ser feito para
que todos saibam de seu
passado glorioso.
Uma das principais
tônicas no discurso
do GME é a da união
entre os Poderes Maçônicos. Como a PAEL
se enquadra nesse
contexto?
A chapa eleita com o
Eminente Irmão Ballouk e o Poderoso Irmão
Kamel, assim como essa
nova PAEL, foi marcada
pela união. O discurso
visto foi de resgate da
dignidade, fraternidade e união. Esses três
poderes [incluindo o
Judiciário] são completamente independentes,
mas não há uma guerra
entre eles. Pelo contrário, vivemos em um período de harmonia em
que a insubordinação dá
lugar à colaboração.
Quando falamos da
construção do novo Palácio, não estamos apenas
falando de uma construção física de pedra, mas
do momento de União
Fraterna que se descortina para benefício de toda
a Maçonaria Gospiana.
Clique aqui e confira a
íntegra da entrevista.
Luzes
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Nova diretoria da
Ordem DeMolay SP
participa de eventos
2º Grande Mestre Estadual Adjunto, o Ir.’. Reno
Barroso Bezerra.
A Entidade é patrocinada pelo GOSP e mantém
uma relação de fraternidade por meio de projetos voltados aos ideais
e princípios maçônicos.
Durante o Encontro de
Paramaçônicas realizado em 9 de maio, no
Palácio do GOSP, a Ordem DeMolay estreitou
esse laço, representada
por seu Grande Mestre
Estadual, pelo Mestre
Conselheiro Estadual,
pelo Oficial Executivo da
3a Região Administrati-
va e diversos Capítulos
da 1ª Região Administrativa do Grande Capítulo do Estado de São
Paulo. A diretoria da
Ordem DeMolay também esteve presente na
cerimônia de posse do
GME do GOSP, o Eminente Irmão Benedito
Marques Ballouk Filho,
quando recebeu um
certificado de agradecimento e apoio do GOSP
à Ordem DeMolay.
Além das atividades
de relacionamento de
líderes, os Jogos DeMolay
Paulista movimentaram
membros da Entidade.
A 22ª edição do evento,
em Sertãozinho (SP),
reuniu mais de 600
DeMolays para disputas esportivas. Ao todo,
mais de 50 Capítulos estaduais marcaram presença, além das lideranças juvenil e adulta da
Ordem DeMolay SP.
Francisco Lima Photo / Divulgação
Nos dias 18 e 19 de abril,
foi realizado em São
José do Rio Preto o 35º
Congresso Estadual da
Ordem DeMolay SP.
Na presença de mais de
mil jovens DeMolays e
Maçons dos aproximadamente 100 Capítulos
instalados no estado,
o evento apresentou a
nova diretoria da organização. Para o cargo de
Grande Mestre Estadual, tomou posse o Ir.’.
Samuel Aleixo Miguel;
como Grande Mestre
Estadual Adjunto, foi
eleito o Ir.’. Renato da
Silva Shishido, e como
Samuel Aleixo Miguel / Arquivo
PARAMAÇÔNICAS • Entidades disseminam ideais da Maçonaria
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Luzes
julho/agosto 2015
O barulho dos motores,
as jaquetas de couro,
as botas e os capacetes
importados não passam
despercebidos. Sempre
que aparecem, os Bodes do Asfalto roubam
a cena, disseminando
ideais maçônicos como
a prática da filantropia
e da benemerência. A
Entidade Paramaçônica
participa de diversos
eventos, como o Porco
à Paraguaia realizado
no dia 31 de maio em
Boituva, interior de São
Paulo. O almoço bene-
ficente arrecadou mais
de R$ 40 mil, que foram
destinados ao Nosso Lar São Vicente de
Paulo, à Fundação Crescer Criança e ao Lions
Clube de Boituva, organizadores do evento.
Os motociclistas
também marcaram
presença na 8ª Festa
Junina do Instituto Ingo
Hoffmann, no dia 13 de
junho, em Campinas.
A celebração tem como
objetivo arrecadar fundos para manter o projeto, além de promover
Hugo Santana / Arquivo
Bodes do Asfalto
disseminam filantropia
sobre duas rodas
um dia de diversão às
crianças em tratamento
de câncer. De acordo
com o Coordenador
Estadual do GOB para
os Bodes do Asfalto, Ir.’.
Hugo Santana, o grupo
representa um elo entre
o GOB e o Moto Clube
e tem como ideal divulgar a filantropia da
entidade entre formadores de opinião.
Com apoio dos escoteiros, os Bodes do
Asfalto participaram
ainda do desfile cívico
de 9 de julho, realizado
no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Facções da capital e Grande São Paulo fizeram
um belo desfile, que
teve a participação de
Irmãos e Cunhadas em
80 motos.
Desfile de Escoteiros presta homenagem à
memória da Revolução de 32
Concentrados nos arredores do Obelisco de São Paulo, maior símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932,
membros do escotismo paulista homenagearam o histórico 9 de julho nos 83 anos do movimento. O desfile
cívico-militar contou com 36 grupos de escoteiros, totalizando 1.500 membros. A atividade relembra o importante papel do escotismo nos tempos de Revolução. Durante os meses do movimento, os escoteiros prestaram os
mais diversos serviços de apoio à causa revolucionária e aos combatentes, sobretudo ao manter o abastecimento
e a distribuição de alimentos em várias cidades do estado. De acordo com o Ir.’. Luiz Ferrarezi, dos Escoteiros
do Brasil, além da homenagem, o objetivo do desfile é apresentar os principais valores do escotismo através das
práticas do civismo, como fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina.
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grande oriente de São paulo completa 94 anoS