Autor: FLÁVIA MARIA PEIXOTO
Título: A ESCOLA NORMAL OFICIAL DE PERNAMBUCO: a inserção das
mulheres
Ano: 2006
Linha de Pesquisa: Teoria e História da Educação
Palavras-Chave: Gênero, Magistério, Feminização, Escolas Normais, Mulheres
Resumo
A presente pesquisa se apóia no conceito de gênero e na construção do
processo de feminização do magistério em Pernambuco. No início do século
XIX, a mulher se preparava apenas para ser esposa, dona-de-casa e mãe tanto
que ao surgirem as primeiras escolas normais recebiam como alunos apenas
homens. As mulheres ainda não tinham acesso a elas embora já lecionassem.
Não podemos esquecer, entretanto, que sempre existiram mulheres que
reivindicaram seus direitos. As transformações econômicas e sociais, o
processo de industrialização e urbanização do país que consolidaram um novo
tipo de sociedade na qual a escola básica era necessária, o novo discurso
sobre a infância e a maior importância dada às mães mudam a situação. O
discurso que antes negava às mulheres o acesso ao estudo modifica-se e
apresenta-as agora como possuidoras de "características femininas" que as
indicam para o magistério. O magistério exige o cuidado de crianças e a
professora passa a ser vista como uma segunda mãe. A relação magistério
domesticidade é construída As escolas normais (entre elas a Escola Normal
Oficial de Pernambuco) se abrem então às mulheres. Entretanto, alunas e
alunos não se misturavam nas salas de aula. Havia também diferença nos
currículos de ambos os sexos, pois no das alunas constavam disciplinas
consideradas femininas. Mas o número de homens vai decrescendo enquanto
aumenta o número de mulheres que se tornam maioria nas escolas normais.
Era o magistério se feminizando.
Orientador: Flavio Henrique Albert Brayner
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Autor: FLÁVIA MARIA PEIXOTO Título: A ESCOLA