Quarta-feira
10 de dezembro de 2014
Jornal do Comércio - Porto Alegre
Geral
DIREITOS HUMANOS
Brasil registrou mais de
3 mil uniões homoafetivas
Mulheres formalizaram 151 casamentos a mais que os homens
ocorreram 1.775 matrimônios. São
Paulo, novamente o líder, registrou
897, seguido de Santa Catarina
(126), Rio de Janeiro (112) e Minas
Gerais (100). No total, portanto,
foram 3.701 uniões de pessoas do
mesmo sexo no Brasil. A idade
mediana foi de 37 anos para os homens e 35 para as mulheres, mais
alta do que a observada entre casais de sexos diferentes, que é de
30 e 27 anos, respectivamente.
Quanto aos divórcios, o IBGE
constatou que o índice diminuiu.
Foram registrados 324.921 divórcios em primeira instância, sem
recursos ou por escrituras judiciais, 5% a menos que em 2012.
Roraima é o estado que tem a
maior taxa geral de divórcios,
EMMANUEL LERROUX-NEGA/AFP/JC
Divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), os dados
das Estatísticas de Registro Civil conferem ao Brasil a marca,
em média, de dez casamentos
homossexuais por dia em 2013.
Metade desses matrimônios foi
realizado no estado de São Paulo, que uniu 1.945 casais. O Acre,
entretanto, apresentou o menor
número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo: apenas um.
As mulheres foram as que
mais formalizaram a união, com
1.926 casamentos. São Paulo, novamente, ficou em primeiro lugar, com 1.048 uniões, seguido de
Minas Gerais (109), Ceará (104) e
Rio de Janeiro (99). Entre homens,
São Paulo é a capital que mais registrou casamentos, com 1.945 uniões
de 4,01 por cada mil habitantes.
O Distrito Federal vem em seguida, com 3,87 por mil habitantes.
Mato Grosso do Sul (3,57 por mil),
Rondônia (3,27 por mil) e Espírito
Santo (3,08 por mil) são os próximos da lista. Amapá, por sua vez,
apresenta a menor taxa do País,
com apenas 0,94 separações a
cada mil habitantes.
O IBGE também colheu dados
acerca da mortalidade infantil no
Brasil, que se concentra nos primeiros 27 dias do bebê. Em 2013,
31.909 crianças com menos de
um ano morreram e 67,4% dessas
mortes foram registradas até o 27º
dia do bebê. Para os pesquisadores
do instituto, à medida que o País
avança nas questões estruturais
de saneamento e acesso à saúde
da gestante e da criança, os óbitos
infantis tendem a se concentrar no
componente neonatal.
O sub-registro de nascimentos
atingiu a mais baixa proporção.
Estima-se que 5,1% das crianças
nascidas em 2013 não tenham sido
registradas até o fim do primeiro
trimestre de 2014. Em 2003, essa
proporção era de 18,8%. A redução, no entanto, ainda é desigual.
No Norte e Nordeste, 15,8% e 14,1%
dos bebês nascidos, respectivamente, não possuem registro. Já
nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a cobertura foi completa.
AEROPORTOS
Operação fim de ano começa na próxima segunda-feira
A operação especial do governo para evitar caos
nos aeroportos começará na próxima segunda-feira e
se estenderá até 10 de janeiro, com reforço médio de
20% nas equipes de órgãos públicos nos terminais.
Estima-se que 20 milhões de passageiros passem pelos aeroportos nesse período, equivalente a uma alta
de 7% em relação ao volume do fim do ano passado.
O esquema vai envolver os 15 aeroportos mais
movimentados nas capitais do País. O período de
maior concentração está previsto entre os dias 19 de
dezembro e 6 de janeiro. As companhias aéreas, que
também participam do plano de contingência, infor-
maram que farão 8.800 voos extras e se comprometeram a não vender assentos acima da capacidade das
aeronaves. Os detalhes da operação foram fechados
ontem na reunião da Conaero (Comissão Nacional das
Autoridades Aeroportuárias).
Segundo o presidente da Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, a maior preocupação é com o impacto das chuvas nas operações
e com a prestação de assistência aos usuários, em
caso de atraso e cancelamentos de voos. A Anac está
presente em 22 aeroportos e irá reforçar a fiscalização
no período, com a escalação de 326 servidores.
SAÚDE
Ministério confirma primeiro
caso de Febre do Nilo no País
O Ministério da Saúde (MS)
confirmou ontem o primeiro caso
no País de uma infecção conhecida como Febre do Nilo, em um
trabalhador rural do Piauí. O nome
da doença ocorre por ser originária do Egito, no Norte da África.
O caso estava em investigação
desde agosto deste ano, quando o
paciente apresentou encefalite (inflamação do cérebro). A doença foi
confirmada no fim de novembro,
após a realização de dois exames
sorológicos específicos para a detecção do vírus.
O MS trata o caso como isolado e diz que investiga a forma de
transmissão e como o vírus chegou ao País. Em nota, nega a possibilidade de ocorrer uma epidemia
e afirma que o caso não representa
risco para a saúde pública do Piauí
e do Brasil. Após os primeiros sintomas, o paciente apresentou dificuldades para andar e deve passar
por fisioterapia.
Ainda não há confirmação de
como o vírus chegou ao País. Uma
das hipóteses é que tenha sido
transmitido após um mosquito
picar uma ave contaminada e, em
seguida, transformar-se em vetor
da doença. O vírus é transmitido
por mosquitos comuns, principalmente do gênero Culex. Segundo
o ministério, outros países, como
Estados Unidos, já apresentam relatos da doença – uma das possibilidades investigadas é que o vírus
tenha chegado ao País por uma
ave migratória, por exemplo.
Ao todo, cerca de 80% dos
casos em humanos não apresentam sintomas. Apenas 20% apresentam sinais semelhantes aos da
gripe, como febre, fadiga, dores
de cabeça e dores musculares ou
articulares, e menos de 1% dos
humanos infectados ficam gravemente doentes.
BOATE KISS
Limpeza termina com cinco
contêineres de lixo recolhidos
Terminou ontem a operação
de limpeza do interior da boate
Kiss, em Santa Maria, onde um
incêndio provocou a morte de 242
pessoas em janeiro de 2013. Como
resultado, foram recolhidos cinco
contêineres de resíduos, escombros e equipamentos estragados
que estavam dentro da casa noturna desde a tragédia. Uma vez que
há risco de o material conter substâncias nocivas à saúde, todos os
resíduos estão sendo depositados
em um aterro industrial na Região
Metropolitana de Porto Alegre.
Centenas de pés de sapatos encontrados dentro da boate foram
recolhidos e guardados dentro do
estabelecimento. O material será
entregue às famílias das vítimas
após um procedimento de descontaminação. Ainda não se sabe, porém, quem pagará por essa nova
etapa da limpeza.
As paredes internas da casa
foram lavadas com detergente.
Do lado de fora, parte da fachada do estabelecimento foi pintada com cal, segundo os técnicos,
para higienização. Os buracos que
tinham sido abertos no resgate
foram fechados com tapumes. A
calçada, que estava praticamente
interditada desde o incêndio, passou por uma pequena reforma e
será liberada.
Os familiares das vítimas
acompanharam os trabalhos de
perto desde o início. Mensagens de
protesto foram escritas no asfalto
em frente à tenda montada para a
operação de limpeza.
A Eccon Empreendimentos,
empresa dona do imóvel onde
funcionava a Kiss, arcou com os
custos dos oito dias de trabalho e
pretende buscar o ressarcimento
na Justiça junto aos réus que respondem pelas mortes.
Com a presença de um oficial
de Justiça, o imóvel foi novamente lacrado. O prédio ficará sob
responsabilidade do Judiciário enquanto o processo sobre as mortes
estiver tramitando. Quatro pessoas, incluindo dois sócios da casa
noturna, são acusadas de 242 homicídios.
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