CAPÍTULO V
DO CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA (Arts. 87 a 89)
Art. 87 - A Corregedoria-Geral da Justiça funcionará sob a direção do Corregedor- Geral
e terá sua própria Secretaria, que integrará os serviços auxiliares do Tribunal.
Parágrafo único - A organização dos serviços da Corregedoria-Geral será a que for estabelecida no
seu Regimento Interno e nos regulamentos e instruções baixadas pelo
Corregedor, desde que aprovados pelo Tribunal Pleno.
Art. 88 - O Corregedor-Geral expedirá, mediante Provimentos, Portarias, Ordens de Serviço ou
simples despachos e instruções, as ordens necessárias ou convenientes ao bom e regular
funcionamento dos serviços, cuja disciplina e fiscalização lhe competem.
Art. 89 - Ao Corregedor Geral, além da correição, inspeção e fiscalização permanentes do serviço
judiciário e dos atos dos Juízes e Servidores da capital e da sua Secretaria,
compete:
I - integrar o Tribunal Pleno e o Conselho da Magistratura;
II - realizar correições parciais e extraordinárias, bem como inspeções, quando entender necessárias
ou quando determinadas pelo Tribunal Pleno ou pelo Conselho da
Magistratura;
III - superintender e presidir, no primeiro grau, a distribuição dos feitos na Comarca da capital,
podendo delegar tais atribuições a Juiz de Direito auxiliar;
IV - conhecer de representação contra Servidores da Comarca de Salvador, inclusive os
lotados nos Juizados Especiais e demais Órgãos integrantes dos serviços auxiliares da
Secretaria do Tribunal de Justiça;
V - praticar todos os atos relativos à posse, matrícula, concessão de férias e licença e conseqüente
substituição dos Servidores da Secretaria da Corregedoria e dos Servidores
da Comarca da Capital;
VI - propor ao Presidente do Tribunal de Justiça a realização de concursos para provimento de cargos
de Servidores;
VII - informar os pedidos de permuta, remoção e transferência dos Servidores da Justiça;
VIII - representar ao Conselho da Magistratura sobre a remoção compulsória de Servidor;
IX - designar Servidores e auxiliares para as Serventias em que devam ter exercício dentro da mesma
Comarca;
X - instaurar, ex-officio, processo de aposentadoria por invalidez ou implemento de idade contra
Servidores da Comarca da Capital;
XI - decidir representações e reclamações relativas aos serviços judiciários ou encaminhá-las aos
Órgãos competentes para fazê-lo;
XII - instaurar sindicâncias e propor a instauração de processos administrativos;
XIII – representar ao Tribunal Pleno sobre a declaração de incapacidade de Magistrado em virtude
de invalidez ou a necessidade de sua aposentadoria por implemento de
idade;
XIV - delegar a Juiz de Direito de igual entrância ou superior, em casos excepcionais, a
correição parcial que versar sobre ato de outro Magistrado vitalício;
XV - delegar poderes aos Magistrados de primeiro grau, para procederem a diligências
nos processos em curso na Corregedoria;
XVI - determinar, independentemente de reclamação, a restituição de custas e salários, impondo as
penas legais, sempre que notar abusos em autos ou papéis que lhe forem
apresentados;
XVII - elaborar o Regimento Interno da Corregedoria, em conjunto com o Corregedor das Comarcas
do Interior, submetendo-o à aprovação do Tribunal Pleno;
XVIII - propor ao Tribunal Pleno a organização dos serviços da Secretaria da Corregedoria;
XIX - baixar provimentos relativos aos serviços judiciários, regulando, especialmente, o
uso de livros de folhas soltas, de distribuição de feitos e de registro de reconhecimento de firmas;
depósito e guarda de bens e valores, bem assim contagem de custas, sem prejuízo das atribuições dos
Juízes;
XX - dar instruções aos Juízes, respondendo às suas consultas, sobre matéria
administrativa;
XXI - propor a designação de Juiz para auxiliar Vara ou Comarca;
XXII - inspecionar estabelecimentos prisionais e de internamento de crianças e adolescentes;
XXIII - apresentar ao Tribunal Pleno, até 31 de dezembro, relatório das correições realizadas durante
o ano;
XXIV - informar, nos autos de pedido de inscrição para promoção ou remoção, se o Juiz reside na
sede da Comarca, se responde a processo disciplinar, se de sua folha funcional constam elogios ou
penalidades e a produção por ele informada, nos últimos 2(dois) anos;
XXV - abrir e encerrar os livros da Corregedoria;
XXVI - apreciar, nos Cartórios, o estado do arquivo, as condições de higiene e a ordem dos
trabalhos, dando aos Servidores as instruções convenientes;
XXVII - examinar autos, livros e papéis, apontando nulidades, erros, falhas, irregularidades,
omissões e promovendo o seu suprimento, se for o caso;
XXVIII - verificar, determinando providências:
a) se os títulos de nomeação dos Juízes e Servidores se revestem das formalidades
legais;
b) se o exercício de cargo, função ou emprego é regular, bem assim o afastamento que
houver;
c) se a posse, assunção de exercício e afastamento têm sido comunicados ao Tribunal;
d ) se existe acumulação proibida de cargos.
XXIX - baixar normas e determinar medidas capazes de uniformizar e padronizar os serviços
administrativos das Varas da Infância e da Juventude nas Comarcas do Estado
em conjunto com a Corregedoria do Interior;
XXX - expedir, mediante provimento, as instruções necessárias ao relacionamento das Varas da
Infância e da Juventude com Órgãos e entidades ligados aos problemas do
menor;
XXXI - fixar o número de Agentes Voluntários de Proteção à Infância e à Juventude e
autorizar seu credenciamento pelo Juiz;
XXXII - criar cadastro de Leiloeiros, Tradutores, Peritos, Comissários e Síndicos, habilitados a atuar
como auxiliares do Juiz nos feitos em que sua presença se faça
necessária;
XXXIII - designar Substitutos entre Servidores nos casos de vacância e nas faltas e impedimentos
iguais ou superiores a 30 (trinta) dias;
XXXIV - locomover-se, no exercício das suas funções, por deliberação própria, do Tribunal Pleno
ou do Conselho da Magistratura, para o local onde devam apurar fatos relativos à administração da
Justiça;
XXXV - dirigir-se a qualquer lugar onde a regularização do serviço da Justiça reclame sua presença;
XXXVI - tomar em consideração, na medida de suas competências, as representações contra abusos,
erros ou omissões das autoridades judiciárias, de seus auxiliares e dos Servidores da Secretaria da
Corregedoria, determinando reduzir a termo as não formuladas por escrito, adotando as providências
necessárias à sua apuração;
XXXVII - apresentar, anualmente, até o dia 10 (dez) de janeiro, ao Presidente do Tribunal,
o relatório anual dos trabalhos a seu cargo, que integrará o da Presidência;
XXXVIII - propor a punição do Juiz de Direito que deixar de atender ao disposto no Art. 39 da Lei
Orgânica da Magistratura Nacional;
XXXIX – solicitar, excepcionalmente, ao Tribunal Pleno a designação de Juízes, sem
prejuízo de suas funções judicantes, para auxiliá-lo, em situações concretas, nas
diligências a que tiver de proceder na Comarca da capital;
XL - adotar as devidas providências com o objetivo de impedir que os Juízes de Direito:
a) residam fora da sede da Comarca, salvo autorização do Tribunal;
b) deixem de atender às partes a qualquer momento, quando se tratar de assunto
urgente;
c) excedam prazos processuais;
d) demorem na execução de atos e diligências judiciais;
e) maltratem as partes, testemunhas, Servidores e demais auxiliares da Justiça;
f) deixem de presidir, pessoalmente, as audiências e os atos nos quais a lei exige sua presença;
g) deixem de exercer assídua fiscalização sobre seus subordinados, especialmente no que se refere à
cobrança de custas e emolumentos, embora não haja reclamação das
partes;
h) freqüentem lugares onde sua presença possa diminuir a confiança pública na Justiça;
i) cometam repetidos erros de ofício, denotando incapacidade, desídia ou pouca
dedicação ao estudo;
j) pratiquem, no exercício de suas funções ou fora delas, faltas que prejudiquem a
dignidade do cargo.
XLI - exercer quaisquer outras atribuições conferidas em Lei, neste Regimento e no
CAPÍTULO VI
DO CORREGEDOR DAS COMARCAS DO INTERIOR (Art. 90)
Art. 90 - Compete ao Corregedor das Comarcas do Interior:
I - integrar o Tribunal Pleno e o Conselho da Magistratura;
II - exercer as atividades próprias do Corregedor Geral da Justiça, restringindo-se a sua
competência aos Juízes e Servidores lotados nas Comarcas do Interior do Estado;
III - apresentar ao Presidente do Tribunal de Justiça relatório sobre a inspeção realizada
em Comarca a ser instalada ou vaga;
IV - dirigir-se a qualquer Comarca ou Distrito Judiciário do Interior onde a regularização do serviço
da Justiça reclame sua presença;
V - visitar, anualmente, pelo menos, 50 (cinqüenta) Comarcas do Interior do Estado, em
correição geral ordinária, sem prejuízo das correições extraordinárias, gerais ou parciais,
que entenda fazer ou haja de realizar por deliberação do Conselho da Magistratura ou do
Tribunal Pleno;
VI – solicitar, excepcionalmente, ao Tribunal Pleno a designação de Juízes, sem prejuízo de suas
funções judicantes, para auxiliá-lo, em situações concretas, nas diligências a que tiver de proceder
nas Comarcas do Interior;
VII - exercer quaisquer outras atribuições conferidas em Lei, neste Regimento e no
Regimento Interno da Corregedoria Geral de Justiça.
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