FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF
PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES NA
ÁREA DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
A “TERMOQUÍMICA” E O COTIDIANO DE ALUNOS DO ENSINO
MÉDIO – UMA NOVA ESTRATÉGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM.
VITAL JÚNIOR DE OLIVEIRA SOUZA
Marajó-PA
2010
VITAL JÚNIOR DE OLIVEIRA SOUZA
A “TERMOQUÍMICA” E O COTIDIANO DE ALUNOS DO ENSINO
MÉDIO – UMA NOVA ESTRATÉGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM.
.
Monografia apresentada como requisito parcial para
obtenção do título de Licenciado em Química no
Programa Especial de Formações de Docentes da
Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF, sob
a orientação do Profº. Msc. Jean Carlos de Araújo
Brilhante.
Marajó-PA
2010
Monografia submetida ao Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes em
Química, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Licenciado em
Química, autorgado pela Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF.
_______________________
Vital Júnior de Oliveira Souza
______________________________
Prof. Msc. Jean Carlos de Araújo Brilhante
Orientador
______________________________
Profª. Msc. Célia Diógenes
Coordenadora do Curso
Nota obtida: ______
Monografia aprovada em: ___ / ____ / ____
Dedico este trabalho aos meus filhos, Yohan e Davi, juntamente
com minha esposa, pela compreensão e paciência nas horas em
que estive ausente.
Aos meus pais e irmão pelo apoio e incentivo para mais uma
etapa de minha vida acadêmica vencida.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por ter permitido momentos de aprendizagens significativas no decorrer
das atividades.
Em especial ao professor Msc. Jean Carlos de Araújo Brilhante, pelo apoio e incentivo nas
horas difíceis do desenvolvimento das pesquisas e construção do trabalho e a Coordenadora
do Curso de Química Célia Diógenes por seu excelente trabalho.
Agradeço a bancada pelas considerações e correções submetidos ao trabalho, pois dessa forma
poderá haver melhoramentos importantes. Em especial também a Universidade Integrada da
Grande Fortaleza, em proporcionar momentos de reflexão e aprendizagem durante o
transcorrer do curso.
Enfim, agradeço a todos meus familiares, alunos que participaram através da aplicação dos
questionários na Escola Maria Câmara Paes e amigos, principalmente ao meu grande amigo
Odacyl J. Rebelo Tupinambá, pelo apoio e incentivo, bem como a permissão no
acompanhamento e desenvolvimento das atividades em suas turmas de Química no ensino
médio.
"Toda nossa ciência diante de nossa realidade é tão
insignificante, mas é a coisa mais importante que temos”.
Albert Einstein
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo principal incentivar o processo de crescimento no
âmbito do ensino-aprendizagem em Química, levando em consideração todas as adversidades
existentes em nossas escolas a fim de transformá-la para melhor, dentro da visão de mundo
proposto pelos conhecimentos científicos adquiridos ao longo do tempo, como através da
utilização da contextualização, a interdisciplinaridade, podendo ser alcançada através da
utilização, por exemplo, dos Temas Geradores proposto por Paulo Freire. Temos em nossas
escolas uma realidade que vai de encontro com os reais objetivos e preceitos de educação de
qualidade. Na escola Estadual de Ensino Médio Maria Câmara Paes foi desenvolvida a
pesquisa através de questionários para alunos de 1ª e 2ª Séries do ensino médio, onde se
constatou que os resultados obtidos no ensino-aprendizagem em Química está abaixo do que
se espera de nossas escolas, em que possui uma estrutura que não oferece as mínimas
condições necessárias para que o educando possa desenvolver uma educação significativa e de
qualidade. Percebeu-se que às vezes a falha existente no processo se deve ou pela estrutura
oferecida ou por parte do profissional que atua em sala de aula e que não sabe explorar os
recursos oferecidos pela escola, conforme se pode perceber, onde se tem um laboratório que
pelo menos oferece um ambiente adequado para a realização de demonstrações, mas que
nunca foi utilizado pelos anos, passando o tempo todo trancafiado, sendo aberto somente para
a limpeza quando preciso. Enfim, alunos desmotivados, sonolentos e que tem uma única
finalidade na disciplina Química, obter média o suficiente e passar de ano, mesmo
encontrando todas as dificuldades apresentadas, como gastar os recursos de suas famílias que
em sua grande maioria, pertencem a famílias humildes, tem também a linguagem utilizada em
sala de aula pelo professor que também dificulta as fórmulas, o excesso da utilização do
quadro-negro, nesse caso é o único material didático juntamente com o livro e que nem todos
os alunos possuem, esses e muitos outros problemas acabam tornando o ensino da química
algo que ficou para os gênios.
Palavras-Chaves: Contextualização, Tema Gerador e Experimentação.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Grau de didifuldade dos alunos de 1º e 2º ano da escola MCP
p.31
Figura 2
Grau de dificuldades em Química, segundo os alunos 1ª e 2ª Séries do
Ensino Médio – MCP.
Dificuldade em Temoquímica, alunos da 2ª série – MCP
p.32
Dificuldade em Temoquímica, análise de equação, alunos da 2ª série –
MCP.
Dificuldade em Termoquímica: Processo Endotérmico e
Exotérmico, 2ª Série do Ensino Médio – MCP.
Avaliação de aprendizagem dos alunos, segundo seus conceitos
prórpios.
p.35
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
p.34
p.36
p.37
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
Grau de dificuldade em Química, alunos de 1º e 2º ano – MCP.
p.30
Tabela 2
Educação Química oferecida aos alunos
p.33
Tabela 3
Rendimentos dos Alunos
p.37
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................11
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 OBJETIVOS GERAIS .....................................................................................14
1.1.2 . OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..........................................................................14
2.JUSTIFICATIVA......................................................................................................15
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1.A importância do conhecimento químico para o ser humano em sociedade e suas
dificuldades ao longo da História no processo ensino-aprendizagem.................................17
3.2.A Contextualização e Temas Geradores: Um processo de estabelecimento
interacional entre Sociedade e Escola...................................................................21
3.3.Importância da Investigação no Ensino de Química: Interagindo teoria e
prática........................................................................................................................23
3.4. 3.4 – Por que o “Regional” e o “Popular” são válidos no processo
Ensino aprendizagem?.............................................................................................26
4. METODOLOGIA.....................................................................................................27
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................29
6.CONCLUSÃO .........................................................................................................38
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................39
8.ANEXOS..................................................................................................................42
11
1
INTRODUÇÃO
Atualmente uma das grandes preocupações dos educadores relacionados às ciências e
demais áreas do conhecimento, está no fato de possibilitar a interdisciplinaridade e a
contextualização dos conteúdos com a realidade do educando de forma eficaz, onde se possa
dar real significado ao aprendizado, permitindo que se possa exercer papel de agente
transformador e responsável dentro da sociedade a qual está inserido.
Podemos perceber e entender o real significado da palavra “contextualização”, que
vai muito mais além do que simples fato de relacionar o conteúdo com exemplos corriqueiros
percebidos no meio em que se vive, veja o que Almeida et al (2007) dizem a esse respeito em
um artigo apresentado no X Encontro de Extensão da UFPB-PRAC, cujo tema
“Contextualização do Ensino de Química: Motivando Alunos de Ensino Médio”:
Contextualizar a química não é promover uma ligação artificial entre o
conhecimento e o cotidiano do aluno. Não é citar exemplos como
ilustração ao final de algum conteúdo, mas que contextualizar é propor
“situações problemáticas reais e buscar o conhecimento necessário
para entendê-las e procurar solucioná-las”. (ALMEIDA et tal 2007,
apud PCN+, p.93).
Sabe-se que uma das formas de melhorar o aprendizado com relação aos
conhecimentos químicos ou cientifico de modo geral está na utilização de aulas experimentais
e práticas dentro de uma concepção contextual e interdisciplinar também, onde o aluno poderá
interagir com o objeto de estudo investigando, propondo e respondendo as expectativas
propostas na formulação dos objetivos.
Não basta ensinar conceitos químicos para que formemos cidadãos,
pois a questão da cidadania é muito mais ampla, englobando aspectos
da estrutura e do modelo da organização social, política e econômica.
(UHMANN; MALDANER apud SANTOS; SCHNETZLEZ, 2003, pg. 36).
Basicamente, o ensino de Química nas escolas publica e até mesmo nos cursos
universitários estão muito “aquém” do real significado e atribuições dos conhecimentos
envolvidos e propostos pela LDB, essas dificuldades encontradas pelos alunos está na forma
incoerente como o professor vem planejando as atividades até sua aplicação. Esses problemas
persistem até nossos dias, o que se lamenta profundamente, pois o próprio “Pai da Química
Moderna”, Lavoisier já havia questionado basicamente os mesmos problemas e dificuldades
vividos em sua época de aluno. Vejamos o que diz:
12
Quando comecei a fazer, pela primeira vez, um curso de Química, fiquei
surpreso ao ver quanta obscuridade cercava a abordagem desta
ciência, muito embora o professor que eu escolhera passasse por ser o
mais claro, o mais acessível aos principiantes, e ele tomasse infinitos
cuidados para se fazer entender. (RODRIGUES et al 2008 apud
CHASSOT, 1993, p.21).
Apesar de todo esse tempo transcorrido desde as análises bem observadas de A.
Laurent Lavoisier “Pai da Química” não se mudou muita coisa em relação ao Ensino de
Química, onde temos alunos totalmente alheios às aulas ministradas que são amplamente
desconexas a realidade e as experiências de vida adquiridas no dia a dia. Alunos sonolentos
em sala de aula que não entende o que o professor tenta repassar, mesmo que se esforcem para
isso, às dificuldades são enormes, sem falar do despreparo profissional observado em todo o
País devido a carência de profissionais da área, o que acaba sendo outro problema e que
certamente irá refletir na qualidade de ensino, tornando a Química na visão dos alunos como
um “bicho de sete cabeças”.
É inadmissível diante de todas as mudanças e exigências que a vida globalizada e
toda tecnologia existentes tenhamos um ensino rudimentar e sem resultados significativos,
alunos despreparados como fruto de aulas entediantes e sem motivação alguma ou nexo com a
realidade. Sabemos que em uma cozinha existem milhares de processos químicos envolvidos e
que o aluno lida com isso “inconsciente” todos os dias e que traz uma noção dessa ciência,
quando se prepara um café, por exemplo, a quantidade adequada de água, açúcar e café para a
preparação da bebida.
Sabe-se que um dos principais objetivos do ensino é de proporcionar ao cidadão a
capacidade de assimilar questões inerentes ao meio em que vive, para que possa interagir de
forma significativa com o meio, tanto na resolução de problemas como também na melhoria
da qualidade de vida individual e da população de modo geral. Tais responsabilidades da
educação encontram-se descritos nos PCN’s, na LDB e na Constituição de 1988.
Chassot (2001), Rodrigues (2001), Moreira (1981) e Andrade (2003) relatam muito
bem ao tratarem da educação de forma geral e suas peculiaridades e importância para uma
sociedade que almeja desenvolvimento consistente positivamente, lembrando que o
desenvolvimento nunca antecede a educação, isso é fato e que as vezes é vista de forma
inversa. Quanto ao trabalho envolvendo a utilização de eixos temáticos ou Temas conectores,
é apresentado pelo Dr. Licurgo Peixoto de Brito, pró-reitor de Graduação e professor em
Física da Universidade Federal do Pará (UFPA) e que teve como experiência de trabalho
13
voltado para essa questão e que obteve êxito significativo em turmas de graduação de nível
superior realizado na cidade de Breves - Pará, entre 2000 e 2005 em curso de Licenciatura
Plena em Ciências Naturais.
O contexto do ensino de Química deverá ser posto em analise e discussão, para
possíveis ajustes, fazendo um apanhado geral, em seguida o aprofundamento do que
representa a Química para o individuo e para a sociedade de modo geral, avanços
conquistados e a forma como tal disciplina deve ser ensinada e sua relação com o contexto
local. Buscar questões inerentes a conceitos químicos dentro de uma cozinha, voltados para os
princípios da termoquímica, através de pesquisas e levantamentos feitos sobre cada assunto,
buscando comparar com outras situações encontradas no dia a dia do aluno e fazer as
demonstrações necessárias através de experimentos que possam comprovar cada evento
observado.
A utilização de palestras, visitas, vídeos e etc. poderão ser utilizadas como ferramenta
precursora de motivação para os alunos no primeiro contato, fazendo com que comecem a ter
uma visão diferente do que é e o que represente a Química na natureza e sua importância. As
discussões com a classe sempre se apresentará como meio para direcionar as atividades,
principalmente para captar a opinião e idéias dos alunos que poderão destacar subtemas a
serem discutidos e aprofundados através das pesquisas, o que percebemos é que essas
situações não são trabalhadas na pratica, o que acaba tornando as aulas de Química em um
verdadeiro “martírio” para os alunos que nunca entendem a real utilidade dessa área do
conhecimento em suas vidas.
14
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivos Gerais
Procurar investigar formas de como se trabalhar conteúdos relacionados à físicoquímica, mais especificamente com relação à Termoquímica, levando em consideração
o cotidiano da cozinha dos alunos, visando aproximar as informações teóricas
presentes nos livros didáticos com o conhecimento oriundos de trabalhos domésticos
realizados em casa.
Demonstrar através de levantamentos nas escolas o tipo de ensino em Química que é
oferecido para nossos alunos e sociedade em geral, bem como.
Impacto na aprendizagem gerado pela contextualização dos conteúdos de Química.
1.1.2 Objetivos Específicos
Procurar formas em que a cozinha de nossas casas, por exemplo, possa servir de
suporte contextual entre aluno/conhecimento para devidas analogias com um
laboratório, bem como para a representação e demonstração de alguns fenômenos
químicos e até mesmo físicos e biológicos, conforme prega a LDB ao tratar de
interdisciplinaridade e contextualização no processo ensino aprendizagem;
Analisar qual a melhor forma de utilizar essas experiências com os conteúdos
estudados em sala de aula;
Comparar procedimentos realizados nos laboratórios e os existentes na cozinha de
nossas casas, fazendo as devidas colocações;
Discutir formas que visem facilitar o processo ensino-aprendizagem do educando,
pondo a disposição acontecimentos que esta acostuma a presenciar, como lavando uma
louça ou preparando alimentos, por exemplo;
Comparar o desempenho dos alunos no transcorrer do processo educacional
concernente à disciplina e como cidadão.
15
2 JUSTIFICATIVA
Vivemos em um mundo globalizado em que há grande necessidade de tornar o estudo
significativo e de grande valia na vida diária dos membros de uma sociedade. Percebemos que
um dos grandes problemas está nos métodos e formas como os trabalhos didáticos são
desenvolvidos, se preocupando apenas com o repasse de informações, o cumprimento do
planejamento anual feito pela escola, onde alunos fingem que aprendem e professores
fingindo que estão ensinando, considerando o aluno como tabulas rasa que precisam ser
preenchidas por informações.
Na realidade os conhecimentos científicos não evoluem rapidamente. O que evolui
com grande velocidade, são as aplicações tecnológicas. Além disso, é preciso dizer que os
conhecimentos mínimos que um aluno deve ter para entender um livro de Química,
praticamente não mudaram nos últimos cinqüenta anos. Não se pretende formar químicos no
ensino médio para atuar de forma profissional, o que se pretende com novas ferramentas e
métodos de ensino, é como guiar os alunos a compreender alguns processos, como ocorrem?
Porque ocorrem ou como interferir em uma Reação Química? Porque ao se pingar limão em
açaí sua cor é alterada? De que forma aplicar esses mesmo conhecimentos em outras
situações?
A preocupação com o Ensino da Química e a forma como vem sendo aplicada ao
longo dos anos nas salas de aula tem se mostrado muito mais acentuada de uns anos atrás,
segundo Oliveira (2005), Lufti em 1988 lança um livro devido sua insatisfação com o ensino
praticado no qual lança proposta para um ensino mais significativo, tendo como tema
Cotidiano e Educação em Química, direcionado a trabalhar com os Aditivos e Conservantes
dos Alimentos, pode-se perceber aí o trabalho com Temas Geradores.
A mesma autora em sua dissertação de mestrado também cita Schneltzler (2000) que
também demonstrava insatisfação com o ensino praticado, foi mostrado que a química
praticada nas escolas não tinha muito haver com a realidade ou cotidiano dos alunos, em que
os objetivos e estratégias mais abrangentes e significativas para o aprendizado estavam
totalmente dissociados com aquilo que era proposto para um ensino significativo e que
pudesse levar para a formação da cidadania plena.
Trabalhos existentes dessa natureza são desenvolvidos raramente, alguns autores,
dentre eles, Duarte Valério (site: http://www.ajc.pt/cienciaj/n04/marado.php3), demonstra
alguns trabalhos e a forma como desenvolvê-los, de forma eficaz e prazerosa. Todas as
sociedades educam seus membros para assimilarem as informações, os hábitos e costumes que
16
são próprios daquela sociedade. Cada indivíduo é educado, nos diferentes ambientes em que
está permanentemente mergulhado dentro da cultura, para tornar-se parte ativa de seu grupo
social (ANDRADE, 2003).
É muito entediante e desgastante para o aluno assistir uma aula de termoquímica, por
exemplo, apenas ouvindo o professor “balbuciar” termos técnicos na Química, palavras que
soam estranhamente para os alunos, sendo que sempre no final de uma aula pedi para que a
classe anote a atividade para ser entregue na aula seguinte. O aluno faz porque é obrigado, e
ao término das atividades percebe-se que tudo aquilo não serviu para nada, não acrescentou
em nada na vida de cada um, por mais que esse aluno seja muito inteligente, fará a atividade
normalmente, mas não saberá dar significado, não terá quase que nenhuma aplicabilidade em
sua vida.
A intenção é despertar a sociedade de modo geral, que o tipo de ensino da Ciência
Química adotado não acrescenta muita coisa na vida dos futuros cidadãos que estão em faze
de desenvolvimento, sendo que o potencial dos alunos é deixado de lado, caímos no
comodismo, no Tradicionalismo puro. De acordo com Gramsci, citado por Souza (2005) apud
(REVISTA NOVA ESCOLA, 2004):
A função do intelectual e da escola é mediar uma tomada de
consciência que passa pelo autoconhecimento individual e implica
reconhecer, na palavra do pensador, (educador), o seu próprio valor .
Fazer com que o aluno seja capaz de construir seu próprio conhecimento, e quem tem
a incumbência de atender seus anseios e suas necessidades é a escola, onde deverá ser capaz
de envolver e explorar suas vivencia, seu cotidiano, de forma sistematizada, usando, por
exemplo, a cozinha para se trabalhar conceitos Químicos, como a termoquímica,
demonstrarem os mesmo resultados em laboratório, debater assuntos relacionados, como vida
útil dos produtos industrializados, efeito estufa e etc.
Descruzar os braços é o primeiro passo, onde, na Ciência ou em qualquer outra área
do conhecimento, não há como crescer moralmente e intelectualmente sem educação de
qualidade, onde se possa construir o conhecimento a partir de trabalhos de pesquisa, de fato, ir
a campo, realizar visitas, como em sistemas de abastecimento de água da cidade conforme
proposto por Souza (2005), por exemplo, ou em indústrias de palmito, em madeireiras e etc.,
dentro dessa perspectiva, devem-se trabalhar os conceitos químicos, os físicos, os biológicos e
17
etc., dando respaldo a interdisciplinaridade e a contextualização, que tanto a LDBEN
9394/1996 e os PCN’s pregam. Chassot (2001) afirma que:
A cidadania só pode ser exercida plenamente se o cidadão ou cidadã
tiver acesso ao conhecimento, e isto não significa apenas obtenção de
informações, sendo que aos educadores da área cabe então fazer esta
educação cientifica.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 – A importância do conhecimento químico para o ser humano em sociedade e suas dificuldades
ao longo da História no processo ensino-aprendizagem.
A Ciência, como um conjunto organizado de conhecimentos, apresenta-se dividida
em várias disciplinas, que se relacionam entre si. Entre elas temos a Química, que estuda a
natureza da matéria, suas propriedades, suas transformações e a energia envolvida nesses
processos. Podemos dizer que tudo à nossa volta pode ser entendido como sendo resultado de
transformações químicas, pois todos os materiais que nos cercam passaram ou passam por
algum tipo de transformação, conforme enunciado por Antoine Laurent Lavoisier (17431794).
Ter certo domínio da Ciência Química, por exemplo, é tida como mérito de poucas
pessoas, pode-se entender dessa forma haja vista que são capazes de entendê-la e fazer uso
para si em seu cotidiano. De acordo Kosminski & Giordan (2002):
Assim, a visão que os adolescentes e jovens constituem em sua
escolarização básica é uma visão ingênua de ciência, ligada ao
extraordinário e realizada por pessoas especiais fora do contexto das
atividades normais de uma organização social. (KOSMINSKI;
GIORDAN, 2002 apud. SANTOS; GRECA 2007, p.52-53).
Nos dias atuais essas pessoas são tidas como gênios e que somente elas podem
discutir e explicar os fenômenos que as envolvem e que se apresentam durante suas vidas.
Dentre muitos autores que fazem pesquisa em educação, podemos destacar Oliveira
(2005), cuja dissertação de mestrado com o tema: A Química no Ensino Médio e a
Contextualização: A Fabricação de Sabão Como Tema Gerador de Ensino Aprendizagem, nos
diz o seguinte:
18
Sabemos que o desenvolvimento da Ciência Química contribui para o
desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida das pessoas, isto é,
o crescimento tecnológico e social atrelado ao crescimento da
Química... Porém, a formação de um pensamento Químico, resultado de
uma aprendizagem significativa, tem sido um desafio para educadores
em química em todo o País. (OLIVEIRA, 2005, pg. 14)
Importante notar a dificuldade que a maioria dos alunos encontra em assimilarem e
conciliarem as informações repassadas em aulas de Química com o seu dia a dia, esses
problemas vem se arrastando desde que a Química surgiu, tal dificuldades se apresentavam na
vida educacional o próprio Pai da Química Moderna, Antoine Laurent Lavoisier, conforme
Rodrigues et al (2008) expuseram no XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV
ENEQ) realizado na UFPR, 21 a 24 de julho de 2008. Curitiba/PR, de acordo com seu artigo,
tendo como tema: “Um Diálogo Com Lavoisier Sobre o Ensino de Química”, que em um de
seus trechos nos diz o seguinte:
Além disso, esta obscuridade não apenas eu sentia. O próprio Senhor de
la Planche, com quem eu estudava, e que, de bom grado, me concedia
alguns instantes de discussão entre as aulas, não cessava de me advertir
que eu deveria resignar-me a não entender nada durante metade do
curso, que um primeiro curso só servia para que se aprendesse o que
ele chamava de dicionário da ciência - para familiarizar com a
terminologia - e que, em todo o tempo que ele lecionava, ainda não
havia encontrado nenhum aluno que soubesse verdadeiramente a
Química ao final de um primeiro curso, que as idéias começavam a
desembaraçar-se ao fim do segundo ano e que, realmente, eram
necessários três anos de estudos aplicados para aprender os elementos
de Química. Experimentei ao longo do curso isso que o Sr. de Ia
Planche me anunciara. Ele supunha já nas primeiras aulas muitas
coisas que prometeu demonstrar nas seguintes e as aulas se passavam
sem que as suposições fossem demonstradas. (RODRIGUES, 2004, pg 1
apud CHASSOT, 1993, p.22-23).
A maioria dos alunos do ensino médio estuda a disciplina Química somente para
passar de ano, achando tal disciplina com seus conteúdos como perda de tempo, pois se torna
muito complicado procurar entender a natureza através dos métodos e técnicas de ensino
proporcionado, mascarando o fascínio do que é estudar e entender os fenômenos naturais, o
porquê de cada acontecimento, já que na maioria das vezes é resumida em teorias e equações
complicadas. Segundo Rodrigues et al.(2008), o próprio Lavoisier apesar de ser um dos
grandes nomes na área com suas inúmeras contribuições para o progresso dessa Ciência,
relatou alguns problemas, que publicou da seguinte forma:
19
Neste texto, Lavoisier tece diversas considerações sobre o ensino de
Química, relatando situações que enfrentou durante suas aulas de
Química quando era estudante. Apesar de o texto ter sido elaborado
num contexto sócio-cultural e educacional diferente da escola atual,
diversos aspectos apresentados por Lavoisier ainda continuam
presentes no ensino de Química. (RODRIGUES, et al., 2008 .pg. 3-4)
Conforme podemos perceber, a problemática relacionada ao ensino de química,
mesmo em tempos diferentes, cultura e a forma de vida é notada nitidamente através das
escritas deixadas por Lavoisier, Rodrigues et al (2008) vai mais afundo segundo as
observações deixadas pelo “Pai da Química”:
Lavoisier se referiu, já naquela época, à dificuldade de compreender a
Química, mesmo que seu professor se esforçasse muito para ser
entendido: “Quando comecei a fazer, pela primeira vez, um curso de
Química, fiquei surpreso ao ver quanta obscuridade cercava a
abordagem desta ciência, muito embora o professor que eu escolhera
passasse por ser o mais claro, o mais acessível aos principiantes, e ele
tomasse infinitos cuidados para se fazer entender”. (LAVOISIER apud
CHASSOT, 1993, pg.21)
A Química a qual conhecemos vai, além disso, está a nossa volta, em tudo aquilo
que podemos tocar sentir e até mesmo nas quais os nossos sentidos não podem perceber,
entende-la, sabemos que não é tão fácil assim, mas buscar meios que facilite o aprendizado do
educando sempre foi à preocupação de vários pesquisadores em educação conforme podemos
perceber. De acordo com Santa Maria et al (2002) apud (Oliveira 2005, pg. 16), nos revela o
seguinte:
A Partir de um bom aprendizado em química, o aluno pode tornar-se
um cidadão com melhores condições de analisar mais criticamente
situações do cotidiano. Pode, por exemplo, em campanhas de
preservação do meio ambiente, solicitar equipamentos de proteção em
seu ambiente de trabalho, evitar exposições a agentes tóxicos. Pode,
portanto, ser um cidadão capaz de interagir de forma mais consciente
com o mundo. (OLIVEIRA, 2005).
Para poder desenvolver e obter um conhecimento ideal para exercer com exatidão
humana a função de cada um dentro da sociedade, é preciso ser capaz em exercer seus direitos
e deveres, isso se deve ou está relacionado com o grau de formação obtido pelo cidadão e
oferecido pelo Poder Público à sociedade. Faz-se um consenso geral a possibilidade e
necessidade em se mudar os parâmetros atuais da forma como as escolas tentam trabalhar a
ciência.
20
Alunos despreparados como fruto de trabalhos desenvolvidos por professores
também despreparados que na maioria das vezes são formados em outras áreas de ensino,
fruto da carência efetivada em nosso país, como resultado a despreocupação de nossos
governantes, já que não criam metas que visem à melhoria do ensino e da educação de modo
em geral, pois o desenvolvimento não poderá vir antes de pessoas realmente educadas em uma
nação. Segundo reportagem realizada pelo programa Fantástico da Rede Globo e editada na
internet no site da globo.com, nos dá certa noção para essa questão da seguinte forma:
O Fantástico percorreu as cinco regiões do país e constatou: nas
escolas públicas brasileiras, falta gente pra ensinar ciências exatas e
biológicas, principalmente no ensino médio.Na semana passada, o
Ministério da Educação divulgou que esse nível de ensino foi o que se
saiu pior no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Esse resultado é uma conseqüência do que o governo já tinha apurado
em 2008 Nesse ano, um levantamento do Ministério da Educação
mostrou um déficit de 240 mil professores da 5ª série ao ensino médio.
As áreas mais críticas eram, justamente, física, química e matemática.
(GLOBO.COM/VESTIBULAR-E-EDUCAÇÃO).
O problema envolvendo principalmente as ciências exatas, como a Química e a Física
em nossa Região, são bastante claro pelo fator do baixo rendimento dos alunos durante as
aulas, apresentando notas baixas em vestibulares, como o PSS (Processo Seletivo Seriado)
realizado pela Universidade Federal do Pará - UFPA, refletindo como fruto do despreparo
profissional com sua parcela de colaboração e a falta de estrutura para se desenvolver um bom
trabalho, conforme podemos perceber nas escolas locais, sendo que esse problema, conforme
o texto realizado sobre a reportagem mostra que esse problema existe em todo o país e de
forma mais acentuada na Região Nordeste e Norte.
Segundo Chassot (1993), citado por Rodrigues et al (2004), Lavoisier se refere a que
perguntas devem ser feitas antes do ato de ensinar:
Assim, ao se começar a ensinar, duas perguntas devem ser feitas aos
alunos: "O que vocês sabem?" e "O que vocês querem saber?" Aquele
que ensina, com maior razão, deve se fazer duas perguntas: "Onde
começa e onde acaba o livro que me proponho a utilizar?"
(LAVLOISIER, apud CHASSOT, 1993, pg. 29).
Sendo assim, a tomada de consciência para melhor aproveitamento no processo de
ensino-aprendizagem deverá partir primeiramente do professor, refletindo seus atos, métodos
21
e técnicas aplicados de acordo com os fins estabelecidos e propósitos para uma educação de
qualidade e significativa.
3.2 – A Contextualização e Temas Geradores: Um processo de estabelecimento
interacional entre Sociedade e Escola.
Palavra muito difundida e bastante discutida pelos profissionais em educação de
todas as áreas de ensino, “Contextualizar”, mas será que o real sentido ou significado desse
termo no para uma educação de qualidade tem haver somente em exemplificar durante uma
aula através de assuntos que se costuma perceber ou vivencia em nosso cotidiano, ou vai mais
alem? Segundo Oliveira (2008), contextualizar possui uma abrangência muito maior do que se
imagina, vai muito mais alem que, simplesmente, tomar como exemplo um evento do dia-adia da vida local, vejamos:
A contextualização é o recurso que serve para promover inter-relações
conhecimentos escolares e fatos/relações presentes no dia-a-dia dos
alunos, contextualizar é imprimir significados aos conteúdos escolares,
fazendo com que os alunos aprendam de forma significativa.
(OLIVEIRA, 2008 pg. 14).
Vários trabalhos têm mostrado estratégias e formas de se trabalhar à educação em
Química de forma significativa para o educando, onde se sinta parte integrante do processo e
não apenas “objeto” inserido no contexto escolar. Dentre eles podemos citar Almeida et al.,
(2004) em um artigo apresentado no X Encontro de Extensão na UFPB-PRAC com o tema:
“Contextualização do Ensino de Química: Motivando Alunos de Ensino” nos revela que:
A aprendizagem de Química deve possibilitar aos alunos a
compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo
físico de forma abrangente e integrada, para que os estes possam
julgar, com fundamentos, as informações adquiridas na mídia, na
escola, com pessoas, etc. A partir daí, o aluno tomará sua decisão e
dessa forma, interagirá com o mundo enquanto indivíduo e cidadão
(ALMEIDA et al., 2004, pg. 1 apud PCN's. MEC/SEMTEC, 1999).
Buscar formas de facilitar o aprendizado do aluno, explorar seus conhecimentos e
experiências do dia a dia, poder fazer com que seu aprendizado seja mais prazeroso e
significativo. Estudos com relação e o ensino aprendizagem relacionado aos Temas
Conectores já mostraram que podem trazer ótimos resultados, principalmente na área da Física
e da Química, onde é mais explorado tendo como grandes defensores o próprio Paulo Freire,
22
denominando como Temas Geradores, conforme Brito (2005) destaca, assim como Oliveira
(2004) enfatiza em sua dissertação para mestrado, Souza (2005) em monografia também
enfatiza esse termo bastante difundido.
Estudar fenômenos químicos relacionados com o nosso cotidiano e a partir daí
trabalhar os conteúdos envolvidos pode fazer toda a diferença, pois nesse aspecto, tanto o
professor quanto os alunos iriam agir como pesquisadores, o que traz átona o verdadeiro papel
da Ciência, o descobrir e o redescobrir. De acordo com os PCN (Brasil, 1999a, pg. 138) op cit
Oliveira (2005, pg. 24):
Contextualizar muito mais que informar, que situar, significa também
tornar participes da elaboração, (re) criação do conhecimento e das
implicações sociais desse conhecimento; contextualizar significa
permitir mais que o contato superficial, permiti a integração dos
indivíduos à sociedade de uma forma mais ativa e eficaz.
Isso tornaria as atividades mais prazerosas para o aluno e para o professor também,
que seria uma espécie de tutor ou orientador, descentralizando o conhecimento ou as
informações, tornando o aluno parte e centro de todo o processo. E o estudo de Química em
uma cozinha pode ser um prato cheio para aguçar e estimular atividades do educando, já que
seu contato nessa parte da casa se dá durante boa parte de seu tempo. Então esses
conhecimentos obtidos através de interação de forma direta, poderia ser utilizado como
pretexto para se investigar situações envolvendo a ciência química e também as demais, de
forma que o educando pudesse refazer alguns acontecimentos dentro de um laboratório, pondo
em prática suas experiências com os conhecimentos científicos comprovados pela
experimentação.
Vejamos o relato de seis alunos do ensino médio com relação ao ensino da química
nas escolas, suas peculiaridades, anseios e etc., abordado por Oliveira (2005) em sua
dissertação de mestrado:
O ensino de química nas escolas publica não é muito adequado para
aprendermos o básico, é que nos laboratórios não há condição para de
se fazer aulas praticas... O ensino público hoje, como sabemos, ainda é
pouco lento devido a situação precária dos professores e da escola em
si. Talvez as aulas fossem mais claras se as aulas fossem mais
praticas... o ensino de química que percebemos nas escolas é um ensino
de forma teórica, que as vezes dá até cansaço de estar escutando e não
praticando... Bom, mas nosso ensino é muito teórico, não temos aulas
praticas.
São raras entre muitas teorias que utilizamos em
laboratório... Até o momento se torna um ensino bastante “fraco”, pois
23
seria melhor que nos fossemos para um laboratório para aprender mais
sobre suas formulas... O ensino não é muito bom, pois não utilizamos
muito o laboratório e eu gostaria mais de aprender sobre química, não
só na teoria, mas também na pratica. (OLIVEIRA, 2005, pg. 54-55).
3.3 - Importância da Investigação no Ensino de Química: Interagindo teoria e prática.
Não se pode “fazer Ciência”, sem investigação, trabalho de campo, visitas,
entrevistas e etc., relacionando a parte teórica com a realidade em que se vivi procurar dar
significado para o tipo de ensino/aprendizagem estão sendo fornecidas para poder termos
como resultado uma educação de qualidade. Uma forma de alcançar um objetivo bem mais
significativo para o processo do ensino/aprendizagem está no desenvolvimento de trabalho
com projetos, onde o aluno passará de mero ouvinte e telespectador para um papel bem maior,
que é a construção do seu aprendizado ou conhecimento.
O professor servirá como mediador, sendo que o educando estará no centro de todo o
processo em desenvolvimento, onde seu contexto estará sendo utilizado e avaliado ao mesmo
tempo, já que é conhecedor de sua realidade. Tal procedimento poderá motivá-lo de maneira
que a aprendizagem flua de maneira natural, organizada e duradoura, fazendo com que o
educador seja um eterno professor-pesquisador, competente naquilo que pretende realizar,
segundo Teixeira (2005, p. 15) apud (PERRENOUD, 1999, p. 7) nos revela que: Ser
competente pode ser entendido como ser capaz de “agir eficazmente em um determinado tipo
de situação, apoiado em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles”.
A repercussão dentro da sociedade poderá ser notada muito mais nitidamente, pelo
fato de estarem percorrendo os caminhos do “redescobrimento” de termos científicos
encontrados nos livros de Química, como entalpia, os processos endotérmicos e exotérmicos,
por exemplo.
Já que podemos perceber que em uma cozinha trabalhamos constantemente
acelerando ou desacelerando reações químicas quando se prepara um alimento em uma panela
de pressão ou quando se colocam alimentos como frutas, verduras e peixes na geladeira para
sua conservação se dar em maior espaço de tempo. O aluno passará a entender melhor qual a
importância da Química para sua vida e como utilizá-la de forma adequada, para facilitar seu
dia a dia. Talvez a grande dificuldade no atual ensino da Química, esteja no distanciamento
entre os conceitos gerados através das experiências do aluno e a forma como os conteúdos
presentes nos livros didáticos são trabalhados.
Proporcionar ao educando perceber a química durante o preparo de uma refeição até
seu consumo, durante um jogo de futebol, ou até mesmo em um simples beijo, se tornará mais
24
prazeroso para o aluno poder entender como essas coisas acontecem, já que faz parte de sua
vida e é interesse natural, é um instinto em procurar aprender de fato, nesse sentido,
poderemos explorar sua curiosidade e trabalhar a Química de acordo como deve ser
trabalhada. De acordo com o que está descrito nos PCN’s:
“O interesse e a curiosidade dos estudantes pela natureza, pela
Ciência, pela tecnologia e pela realidade local, favorecem o
envolvimento e o clima de interação que precisa haver para o sucesso
das atividades, pois neles encontra-se mais facilmente significado”.
(PCN, 1998, pg. 10).
É evidente que se torna muito mais prazeroso e claro para o aluno quando se
relacionam fundamentos da Química através de certo tema, com questionamentos
relacionados com seu próprio contexto, onde cada vez mais tenha noção de seu verdadeiro
papel dentro da comunidade, já mencionava Chassot (1997), que: “Vale a pena conhecer
mesmo um pouco de ciência para entender algo do mundo que nos cerca”. Acompanhar o
aluno até o estudo, a investigação de sua realidade é bastante gratificante, tanto pra ele próprio
quanto para o professor e a sociedade de modo geral.
Segundo o filosofo italiano Gramsci (1891-1937), citado pela revista Nova Escola
(2004), “Todos os homens são intelectuais, mas nem todos os homens desempenham na
sociedade o papel de intelectual”. Se percebermos, isso está diretamente relacionado com
nossas praticas adotadas, que levam nossos alunos ao desgaste físico e mental, nas famosas
aulas de falanças e escritas de formulas nos quadros. Vigotsky, apud. (MOREIRA, 1981, pg.
79), em sua concepção construtivista, afirma que:
“O ensino que apela para a atividade do aluno é a que, alem de ser
capaz de criar novas conexões e elaborações no nível de um
determinado conteúdo, favorece o desenvolvimento de processos
mentais superiores que envolvem analises, sínteses, abstrações e
generalizações inteligentes”.
Realizar visitas a fábricas, sistemas de abastecimento de água, indústrias, ao meio
natural e em nossa própria casa estimulam e são bastante ricos para o engrandecimento dos
conhecimentos científicos. Treinar em vês de cultivar o intelecto vai muito mais alem e é
dependente da motivação de cada um, tal procedimento poderá ser o ponto chave dos
questionamentos tanto debatidos. Os PCN’s (1998) mencionam trabalhos com aspectos dessa
natureza, em que o desenvolvimento de trabalhos citados acima, traz a vantagem de facilitar
25
os entendimentos dos estudantes, são resultados de trabalhos do homem e que podem
demonstrar muito bem certos fenômenos para serem analisados.
O Dr. Licurgo P. de Brito aplicou o trabalho com temas, no curso de Licenciatura
Plena em Ciências Naturais (2004), segundo texto utilizado em uma palestra, os temas devem
ser desenvolvidos através de duas etapas, vejamos:
“Primeiramente o tema é apresentado de forma “suave”. Esta etapa
compreende uma visão geral do processo a ser estudado, estimulando a
curiosidade para investigação mais detalhada das nuances do processo,
que ocorrerá posteriormente. Na segunda etapa são feitos os
detalhamentos, à luz dos conceitos e princípios... nesse momento o
conhecimento cientifico formal é utilizado no contexto que provocou sua
necessidade”. (SOUZA, 2005, pg. 19 apud. BRITO, 2004).
Chassot (1993) com relação a importância do ensino cientifico visando a melhoria no
aspecto da sociedade em que se está inserido, afirma que:
“... seria desejável que os alfabetizados cientificamente não apenas
tivessem facilitado a leitura do mundo em que vivem, mas entendessem as
necessidades de transformá-los, e transformá-los para melhor”.
Observar e explicar porque uma geladeira evita que o alimento estrague, ou porque
demora mais dissolver sonrisal em água fria do que morna, porque é mais viável realizar o
cozimento de feijão em panela de pressão em vez de uma panela normal, são coisas simples de
nossas vidas, mas que na maioria das vezes não podem podem ser explicadas devido às
deficiências acumuladas ao longo do histórico educacional em nosso País. Para Rogers
(1969), apud. (MOREIRA, 1981, p. 78):
Grande parte da aprendizagem significante é adquirida através de atos.
Um dos meios mais eficazes de promover a aprendizagem consiste em
colocar o aluno em confronto experimental direto com problemas
práticos – de natureza social, ética e filosófica ou pessoal – e com
problemas de pesquisa.
Através do resgate e valorização tanto do conhecimento popular, como também
aspectos sociais, cultural, econômico, geográfico e natural de cada região, é motivar e
interligar a Ciência com a sociedade, onde ambas se completam e o fruto disso são apenas
pessoas capazes não só de cultivar, mas atuar de forma consciente e racional buscando o
verdadeiro progresso em sem amplo sentido.
26
3.4 – Por que o “Regional” e o “Popular” são válidos no processo ensino-aprendizagem?
Praticamente todos os materiais didáticos da ciência e demais áreas do conhecimento,
em maior escala os livros didáticos, que são utilizados em nossas escolas principalmente nas
regiões Norte e Nordeste, são produzidos levando em consideração aspectos culturais da
localidade dos autores, sendo em sua maioria da Região Sul e Sudeste, o que acaba
desprezando, de certa forma, os conhecimentos existentes e produzidos no local. Segundo ElHani; Sepúlveda (2005, pr.161-162):
Historicamente, as disciplinas escolares referentes às Ciências Naturais
sempre tiveram como referencia no processo de seleção de saberes
legítimos a ser ensinados a ciência ocidental moderna, um sistema de
conhecimento cuja origem e desenvolvimento histórico esteve
intimamente relacionado a cultura européia. Diante das inovações
tecnológicas e do domínio sobre o mundo natural sem precedentes
proporcionados pela ciência, este sistema de conhecimento foi
considerado pelos europeus uma ferramenta de “modernização da
cultura indígena. O conhecimento cientifico terminou por suplantar,
desse modo, outras formas de conhecimento vinculadas a cultura de
diferentes povos. Por esse motivo, a mentalidade cientifica tem gerado o
que alguns autores, como Ladrière (1977), Adas (1989) e Cobern e
Loving (2001) consideram um efeito desintegrador das demais formas
de representação do mundo.
Podemos perceber que esse problema é histórico, sempre desmerecendo o
conhecimento local, dando respaldo para o que vem de fora, de outras culturas, basicamente o
processo de colonização em nosso país se deu dessa forma e ainda ficamos “encantados”
quando alguém de outra nacionalidade nos faz uma visita, muita das vezes com algum
interesse particular em mente, conforme ocorreu com a levada de sementes da seringueira para
ser plantada em outro país, prejudicando o próprio ribeirinho que vendeu essas sementes sem
saber o que iria lhe acontecer.
Chassot (2001, p. 168), se referindo à globalização e ao local, sendo que o global não
consegue superar o local. A autora dar maior aprofundamento ao falar dos saberes populares,
segundo Lopes (1997, p. 9) apud. (op. Cit., CHASSOT, 2001, pg. 206-07), dizendo o
seguinte:
Os saberes populares são os saberes associados às praticas cotidianas
das classes destituídas de capital cultural, econômico, enquanto senso
comum abrange saberes que não se difundem por todo tecido social... o
saber popular é aquele que detém, socialmente, o menor prestigio, isto
é, o que resiste a menos códigos. Alias popular pode significar vulgar,
27
trivial, plebeu. Talvez devêssemos recordar que este saber popular, em
algum tempo, foi/é/será um saber cientifico.
Percebemos que não podemos “fazer educação”, sem, contudo, levar em
consideração nossa Região, os conhecimentos produzidos ao longo de sua historia, seus
costumes, a forma como vêem a natureza e a interpretam, por exemplo, ao explicarem às
marés, as chuvas, a forma como produzem a farinha, os processos químicos e físicos
utilizados e etc.
Quando se analisam as relações entre o saber institucionalizado e a
ciência da Escola, aflora, ainda mais, o distanciamento que existe entre
a escola e o saber popular. A escola não só vira as costas para o saber
popular, como o despreza ao cortejar o saber institucionalizado. (op
cit., CHASSOT, 2001, p. 211)
Diante de todas essas concordâncias, percebemos que não se imaginar educação
significativa sem levar em consideração nossos saberes, desconsiderar esses conhecimentos é
desprezar o educando e a sociedade histórica a qual fazemos parte, dando credito apenas aos
conhecimentos apresentados pelos livros, como verdadeiros e absolutos.
4 METODOLOGIA
Conforme vários autores de destaque no cenário mundial no que se refere ao
desenvolvimento humano educacional, como Andrade (2002), Brito (2001) e Chassot (2002) é
importante considerar o cotidiano do aluno e suas experiências. Principalmente no que se diz
respeito ao estudo da ciência, que precisa ser concisa, ampla, investigativa, acima de tudo e
que os resultados obtidos possam beneficiar todo o meio em que está inserido. Importante
mencionar no trabalho em desenvolvimento trabalhos dessa natureza e sua importância,
seguindo princípios da LDBEN, PCN e etc. como incentivadores e também trabalhos de
autores relacionados com a importância de trabalhos investigativos envolvendo temas.
O referente trabalho será desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio Maria
Câmara Paes - MCP, situado na Rua Antônio Fugêncio nº2452 – Bairro Aeroporto - Breves
Pará. A primeira etapa será aplicada através de questionários destinados a alunos de 2° Ano do
Ensino Médio, tendo como professores em Química e colaboradores na pesquisa com
formação em Ciências Naturais e Engenheiro Sanitário com História.
Serão aplicados questionários para os alunos do segundo ano do ensino médio da
referida escola, com número de 30 alunos em duas turmas de 1º ano (20 em cada turma) e
duas de 2º ano, com participação de 45 alunos (15 de cada turma), o mesmo será relacionado
28
aos conteúdos da disciplina que já cursaram, buscando conciliá-los com acontecimentos da
realidade local, bem como também, as principais dificuldades e anseios, haja vista que é
imprescindível para o educando se tornar um cidadão consciente a obtenção de conhecimentos
científicos químicos, em que se possam ter algumas de suas atividades facilitadas.
Através desses levantamentos realizados dentro da escola com esses alunos, será
possível ter um panorama ou “diagnóstico” geral do processo ensino-aprendizagem
desenvolvido na escola, onde a percepção dos alunos será de fundamental e extrema
importância, haja vista que a finalidade de trabalhos dessa natureza, assim como os já citados
anteriormente, se deve único e exclusivamente destinados ao bom aprendizado dos alunos.
Também serão aplicados questionários aos professores, onde se tentarão conhecer
quais as principais dificuldades para o processo ensino-aprendizagem, métodos e técnicas
aplicadas durante as aulas, a estrutura oferecida para se desenvolver trabalhos de pesquisa, por
exemplo, ou até mesmo se há laboratório e qual a avaliação de mesmo quanto ao uso em aulas
experimentais.
Após as conclusões relacionadas aos questionários aplicados aos alunos e
professores, se buscará utilizar aquilo que já é oferecido pela escola, bem como encontrar
meios que supram as deficiências e dificuldades dentro do Ensino de Química, tentando
encontrar meios que viabilizem o melhoramento de rendimento daquilo que já é proposto nos
vários planos de ensino. Como a finalidade do trabalho em questão é propor nova estratégia de
ensino, uma nova busca de mecanismo que viabilizem um ensino em Química de qualidade,
se buscará aplicar trabalhos envolvendo Temas Geradores como método de ensino, sendo que
dentro do tema apresentado para os alunos que poderia se dar através de palestras, vídeos ou
visita como forma de motivação, conforme proposto por Brito (2005), por exemplo, poderia
desenvolver, após os Temas, subtemas para que grupos de alunos pesquisem e
desenvolvessem dentro dos conhecimentos científicos químicos, físicos, biológicos e etc.,
conforme prega a interdisciplinaridade.
Dentro de cada subtema seriam desenvolvidos e aprofundados os conhecimentos
teóricos relacionados aos conteúdos presentes dentro da disciplina de Química, que poderiam
ser pesquisados nas mais diversas fontes possível, como livros didáticos, internet, DVD, TV e
etc., bem como, tentar conciliar esses conhecimentos com acontecimentos vividos, procurando
entendê-los, bem como também a tentativa de refazer esses fenômenos através da
experimentação como forma de comprovação e aplicação dos métodos científicos seguidos,
ressaltando sempre a importância da valorização do “Regional” em estudos, dos
procedimentos investigados e os princípios Químicos em evidência nas situações analisadas.
29
Importante salientar que o objetivo da pesquisa é evidenciar meios de se trabalhar a
Química no processo ensino-aprendizagem local de forma mais prazerosa e significativa e que
venha realmente servir para o crescimento e desenvolvimento do educando como pessoa
responsável e atuante dentro da sociedade em que vive desempenhando sua cidadania com
mais responsabilidade.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a apresentação dos dados, serão utilizadas as legendas:
MCP: Maria Câmara Paes
Segundo os questionários aplicados a professores e alunos relacionados a estrutura
oferecida e metódos e técnicas no ensino de Química na Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio Maria Câmara Paes, podemos perceber o motivo pelo qual os alunos
apresentam dificuldades em aprender e aplicar conceitos oriundo dessa Ciência.
Só para termos uma idéia, de todos os alunos que participaram da pesquisa, 85%
alegaram que sua aprendizagem seria mais eficaz caso fossem utilizados o laboratório
existente na escola, que não possui concições ideais, mas que atende alguns requisitos básicos
para a aplicação de experimentos, situação demonstrada na impressão apresentada sobre a
disciplina e seu grau de dificuldade, onde 68,9% dos alunos alegaram que o estudo da
Química é dificil, vejamos essa relação na Tabela 1.
Outros 15% associaram suas dificuldades com a dificuldade em que o professor
possui em apresentar os conteúdos. Vejamos o relato de um aluno: “No meu ponto de vista
deveria mudar muitas coisas, como por exemplo, o modo como o professor explica o assunto,
e ser acrescentado nas aulas demonstrações, experiencias e etc.” Observemos a tabela abaixo
que demonstra o grau de didiculdade apresentado pelos alunos do segundo ano do ensino
médio em relação ao aprendizado em Química.
Tabela 1: Grau de dificuldade em Química, alunos de 1º e 2º ano – MCP.
Fácil
Médio
Difícil
Muito
Difícil
Nº de Alunos 2º Ano
0
9
31
5
%
0%
20%
68,9%
11,1%
Nº de Alunos 1º Ano
1
20
10
1
%
3,3%
66,7%
33,3%
3,3%
30
Figura 1: Grau de didifuldade dos alunos de 1º e 2º ano da escola MCP:
Nota-se que o grau de dificuldade enfrentado pelos alunos em Química na 2ª Série é
muito maior se comparado com a primeira série, esse fato está intimamente relacionado com o
grau de dificuldade dos conteúdos ministrados nessa fase, pois a parte que envolve à FísicoQuímica é bastante complexa, sendo que esses alunos nunca tiveram nenhum contato antes, o
que acaba sendo mais um fator contra seu aprendizado, portanto o grau de dificuldade
“Difícl”(68,9%) retrata muito bem isso, acompanhado dos (11,1%) para “Muito Difícil”.
Já os alunos da 1ª Série, apresentaram dificuldade “Média” (66,7%) pelo fato de já
terem tido contato anteriormente na oitava série do fundamental com os conteúdos estudados,
o que facilita a compreensão dos mesmos. Podemos relacionar essas dificuldades pela forma
como o ensino é encaminhado, principalmente na segunda série do médio, podendo ser
destacado, de acordo com a “leitura” dos alunos edas dificuldades apresentadas e analisadas
por cada um, o que mais dificulta o entendimento durante as aulas de Química está
relacionada com alguns fatores, dentes eles, foram apresentados alguns para que pudessem
opinar, levando em consideração a de maior relavância para cada um.
Vejamos a representação dos resultados obtidos através do gráfico abaixo:
31
40
30
20
10
0
A
B
A=
C
D
B
2: Grau de dificuldades em Química, segundo os alunos 1ª e 2ª Séries do Ensino
Médio – MCP.
Seguindo a ordem de acordo com as letras (A,B,C e D) no gráfico, temos:
A linguagem estabelecida durante as aulas, que parecem complicadas demais;
As fórmulas químicas;
A falta de relação dos conteúdos com o cotidiano;
A falta de experiências como demonstrações que possam ser realizadas pelos próprios
alunos.
De acordo com o que se pode perceber com relação aos problemas educacionais
vividos e verificados nesse dado momento, há uma correlação entre as variáveis
problemáticas, que são: A falta de estrutura adequada como o uso de laboratório, segundo os
alunos entrevistados, a escola MCP possui laboratório de ciências, mas a falta de capacitação
profissional por parte dos professores não permite que o mesmo seja utilizado nas aulas de
química ou a falta de interece em utilizá-lo acaba inviabilizando, segundo os próprios alunos,
nunca utilizaram esse laboratório. Por esse motivo, os alunos demonstraram e demonstram de
maneira bastante clara a sua insatisfação com o ensino-aprendizado e os processos envolvidos
no seu mal desempenho com à Química, o que se torna bastante frustrante e decepcionante
para todos.
Vejamos então o que os alunos da 1ª Série do médio, acham do tipo de educação que
é oferecido a eles através dos conceitos abaixo demonstrados:
Tabela 2: Educação Química oferecida aos alunos:
32
Péssimo Ruim Regular Bom Excelente
50%
40%
5%
5%
0%
Vimos que o resultado que todos já esperavam, sendo que o “Péssimo e Ruim”
retratam muito bem o que vivenciamos todos os dias em nossas escolas. Podemos relacionar
com o recebimento de livros didáticos, segundo os prórpios alunos, apenas alguns receberam,
outra questão mencionada por eles segundo o questionário aplicado, 83% admitiram gastar
recursos próprios em seus estudos para realizarem pesquisas e etc., o que acaba sendo um
equivoco, sabendo que se trata de pessoas com poder aquisitivo bastante restrito e isso, muita
das vezes, atrapalha o desempenho desses alunos já que nem sempre terão dinheiro para isso.
Apenas 15% afirmaram utilizar livros presentes na biblioteca da escola, que é
bastante carente, existindo alguns livros didáticos e outros doados e que são, em sua maioria,
ultrapassados. Percebemos de forma muito mais clara o problema que afeta todo o país, a
carência de profissionais qualificados que possam atuar na área da Ciência (Química, Física e
Biologia) no ensino médio, já que o professor da turma onde foi feito esse questionamento
possui o curso de licenciatura em outras áreas, (Engenheiro Sanitarista e História). Podemos
perceber certa “deficiência”, quando se analisa o questionamento relacionado à necessidade de
complementação de conteúdos com relação a Termoquímica e Transformrações Físicas,
respondeu que haveria necesside de complementação sim e que deveria haver melhores
condições de ambiente para melhor entendimento dos conteúdos.
O grau de dificuldade encontrado pelos alunos pode está relacionado com o número
de aulas utilizadas com finalidade de se trabalhar com os principios relacionados à
Termoquímica, nesse caso, apenas três aulas, o que na verdade deveriam ser trabalhadas de 10
à 12 aulas para melhor entendimento e compreensão dos alunos, há também aí a falta de
dominio do assunto por parte do professor, conforme a alegação de alguns alunos na questão 3
do Questionário I. Conforme veremos a seguir, temos aí a “ponta do iceberg”, os alunos
sabem qual o motivo de suas dificuldades, o professor também está a par da situação, mas a
área é carente de profissionais, logo, os alunos ficam sem muitas escolhas, devido as
deficiências técnicas e metodológicas apresentadas pelo professore de outras áreas que atuam
no ensino de Química na rede Pública Estadual de Ensino no Pará e demais regiões do país,
que podemos considerar e deixar claro, que em sua grande maioria, fazem esforço para fazer
com que o ensino oferecido tenha um bom aproveitamento, isso é elogiável.
33
Discutiremos algumas respostas apresentados pelo professor e algumas observações
que serão feitas encima disso. Segundo o professor, foram utilizadas três aulas para se
trabalhar a Termoquímica e três para se trabalhar Lei de Hess (que faz parte da
Termoquímica), em turmas de segundo ano, o que demonstra que esses conteúdos não foram
trabalhados de forma correta, já que a Termoquimica é um conteudo bastante extenso e que
exige, no mínimo 10 aulas, o que acaba demonstrando o problema da falta de dominio por
parte do profissional, para a Lei de Hess no máximo duas aulas seriam o suficiente para sanar
todas as dúvidas dos alunos.
Quanto aos recursos utilizados no questionário, o único utilizado pelo professor
durante as aulas, foi o “Quadro-Negro” juntamente com alguns livros didáticos, o que explica
a deficiência como resultado apresentada pelos alunos. Então, veremos o que os alunos
acharam do que foi trabalhado em Termoquímica, com relação ao grau de dificuldade:
20
15
10
5
0
Fácil
Médio
A
Difícil
Muito Difícil
B
Figura 3: Dificuldade em Temoquímica, alunos da 2ª série – MCP.
Percebe-se que a maioria dos alunos encontraram bastante dificuldade na
compreensão do conteúdo estudado, pode-se relacionar essa dificuldade com o número de
aulas, falta de contextualização e etc., problemas já percebidos anteriormente aqui, pois o
professor afirmou que utiliza reflexões do dia-a-dia como forma de contextualização, o que
contradiz o conceito de contextualizar, citado por Oliveira (2005) na página 21, também
podemos destacar a falta de procedimentos experimentais como forma de demonstração da
parte teórica, conciliando teoria versus prática.
Vamos apresentar novamente o aproveitamento dos alunos em relação as questões
relacionada à Termoquímica, de acordo com a equação apresentada e o grau de dificuldade
apresentadas em relação a análise da equação H2(g) +
(25ºC; 1 atm).
O2(g)  H2O
H = -286,6 KJ/mol
34
25
20
15
10
5
0
Fácil
Médio
A
Difícil
B
C
Muito Difícil
D
Figura 4: Dificuldade em Temoquímica, análise de equação, alunos da 2ª série –
MCP.
Grande parte dos alunos pesquisados apresentaram dificuldades “Média”, seguida de
“Difícil”, o que parece ser normal, mas que segundo o número de aulas utilizadas para se
trabalhar a respeito da Lei de Hess, demonstrou ser um resultado insatisfatório, o que acaba
retratando os resultados já discutidos anteriormente, conforme visto, somente através do uso
de quadro-negro como recurso didático e livro, demonstram ser insuficientes, podemos
comparar esse resultado com o que foi apresentado na Figura 2 presente na página 32.
Outro assunto bem simples também envolvido em Termoquímica e que mereceu
participação no Questionário II aplicado no segundo ano, está relacionado com a energia
cedida para o meio ambiente (Processo Exotérmico) e energia externa recebida (Processo
Endotérmico), cuja questão referida (10ª), fez relação com a questão discutida anteriormente
no (gráfico 2), vejamos agora a representação dos resultados devidamente apresentados
(Figura 4).
30
25
20
15
10
5
0
A
B
Erros
Acertos
Figura 5: Dificuldade em Termoquímica: Processo Endotérmico e Exotérmico,
2ª Série do Ensino Médio – MCP.
35
A maioria dos alunos conseguiram relacionar o termo ( =-286,6 KJ/mol (25ºC; 1
atm) com processos envolvendo liberação ou excesso de energia em uma transformação
química, mas a quantidade de alunos que responderam que é um processo Endotérmico,
demonstrou o que não entendimento do assunto estudado, o que nos mostra, mas uma vez,
grande preocupação, haja vista que os conceitos de Processo Endotérmico e Exotérmico são
de fácil entendimento se trabalhado de forma correta.
Segundo Feltre (2005), um processo é considerado Endotérmico quando a energia
interna total dos reagentes é menor que a energia dos produtos formados, necessitando a
absorção de energia do meio externo e para o Processo Exotérmico o inverso, energia total dos
reagentes é maior que a dos produtos formados, havendo uma sobra. Representamos o valor (
+ ) para a absorção de energia e ( - ) para a liberação. Poderia-se se utilizar a decomposição do
carbonato de cácio (CaCO3) como processo Endotérmico e a reação de neutralização entre o
ácido clorídrico (HCl) com o hidróxido de sódio (NaOH) em baixa concentração como
processo de liberação de energia, Exotérmico, percebemos através das respostas dos alunos
acima representados pela fala de um de seus representantes, as demonstrações através da
experimentação ajudaria bastante o entendimento e compreensão da parte teórica.
Outra questão bem simples aplicada no questionário que é considerada de fácil
entendimento se trabalhada de forma correta relacionou-se com a “Panela de Pressão” e sua
possivel relação com a Termoquímica, nesse caso, Fatores Ajudam na Aceleração de
Velocidade de Uma reação Química, foi aplicado no Questionário II (3ª questão), onde 91%
dos alunos afirmaram que havia relação e apenas 9% discordaram, afirmando não saber opinar
ao certo, resumindo, ficaram com dúvidas.
Importante dar ênfase ao grau de entendimento ou compreensão que cada aluno tem
com relação ao seu desempenho em sala de aula durante o processo ensino-aprendizagem,
sendo assim, faremos a comparação levando em consideração esse aspecto, entre os alunos da
1ª e 2ª Séries do Nível Médio na escola MCP, de acordo com a tabela abaixo:
Tabela 3: Rendimentos dos Alunos:
Ruim
Regular
Bom
Excelente
1º Ano
5,7%
49%
44,3%
0%
2º Ano
10%
47,6%
42,4%
0%
36
Figura 6: Avaliação de aprendizagem dos alunos, segundo seus conceitos
prórpios:
De acordo com o gráfico apresentado, o rendimento dentro de cada série se
equiparam, sendo o rendimento na primeira série um obtendo certa vantagem, mas isso pode
ser explciado, se levarmos em consideração o que já mencionamos anteriormente, mais
expecificamente relacionado com os conteúdos estudados por eles, pois os mesmos foram
vistos na oitava série do ensino fundamental em CFB (Ciências Físicas e Biológicas). Essa é a
mais pura realidade na qual a educação se encontra em nossa sociedade, mais expecificamente
em Breves-Marajó-Pará, onde os conceitos mais satisfatórios obtidos como resultado variam
entre o regular e bom, o que parece ser razoável, mas que se fossemos levar em consideração
o grau de rendimento segundo os parametros reais, veriamos que o percentual desses
conceitos iriam variam bastante para menos, podendo ficar entre o ruim, ou péssimo se fosse o
caso e o regular.
Fica cada vez mais claro que a educação significativa se dá quando há troca de
conhecimento
entre professor/aluno
e escola/sociedade, conforme foi apresentado
anteriormente através de vários autores. Explorar o cotidiano, começando por algumas
atividades realizadas dentro e fora de nossas residências, principalmente em nossa cozinha, já
que podemos considerar como um “laboratório” com suas próprias leis e regras mas que está
intimamente relacionado com a ciência química, por exemplo, ao elaborar e aplciar uma
receita de bolo, com as quantidades proporcionais dos ingredientes, quando conservamos os
alimentos agimos incoscientemente sobre a velocidade das reações e assim por diante.
Conforme percebemos, os alunos sentem falta e necessidade em se trabalhar com a
37
experimentação, em poder utilizar o laboratório, em se trabalhar com softwars em forma de
uma laboratório virtual, por exemplo.
Sabe-se onde reside o problema tanto discutido e apresentado em pesquisas e
principalmente nos resultados obtidos através dos vestibulares, ressaltando que não se deve
avaliar os alunos através desse mecanismo de entrada na universidade, mas que não deixa de
ser um indicador do quanto nossa educação cientifica precisa melhorar em nossas escolas,
conforme Chassot (2002) já enfatizou. Diante de tudo isso mostrado aqui, podemos ver que
nossa “Educação”, a oferecida pela sociedade para as ciranças, jovens e adolescentes, não
passa de “ilusão”, alunos fingindo que aprendem e professores que ensinam, há muitos
exemplos de trabalhos que vêm dando certo e precisamos seguir os bons exemplos, para que
possamos ter uma sociedade mais justa.
38
6. CONCLUSÃO
Analisando os resultados obtidos percebe-se os problemas vivenciados pelo ensino da
Química ao longo dos anos, com escolas que não oferecem a estrutura que garanta um ensino
de qualidade para nossos alunos, como laboratórios de ciências, de informática, bibliotecas
descentes contendo livros de qaulidade, com profissionais que em sua grande maioria não são
formados na área que atuam pela defiêcincia de profissionais da área.
Alunos completamente desmotivado com o atual modelo de ensino, estudando apenas
para obter uma nota e passar de ano na disciplina, pois conforme podemos perceber, em sua
grande maioria, não compreendem aquilo que está tentando ser repassado, devido os vários
fatores negativos que existe e persistem em nossas escolas.
Se faz necessário a mudança nos parametros aqui demonstrado, profissionais
qualificados aplicando aquilo que alguns autores já discutem a algum tempo, como a
contextualização do ensino na integra, a pesquisa, a utilização de projetos que venham fazer
com que o educando possa se sentir como parte do processo e não apenas um expectador
cansado e sonolento entre “Quatro Paredes”, esquecendo do mundo que os cerca, dando-se
mais ênfase as teorias e suas variáveis que muitas das vezes se mostram para o aluno como
verdadeiros labirintos, onde fica quase improvável se chegar as conclusões nas quais se
pretendeu em um planejamento.
39
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
ALMEIDA, Elba Cristina S. de; SILVA, Maria de Fátima Caetano da; LIMA, Janaina
P. de; SILVA, Milca Limeira da; BRAGA, Claudia de; BRASILINO, Maria das
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Ensino Médio. X Encontro de Extensão. Universidade Federal da Paraíba. João
Pessoa. 2007.
ANDRADE, Antônio De: Disciplina e a Educação Para a Cidadania. 1ª Ed. Lorena,
SP: Opção, 2003.
BRITO, Peixoto de. Ensino de Física Através de Temas: Uma Experiência de Ensino
na Formação de Professores de Ciências. IV CONGRESSO NORTE/NORDESTE DE
DUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E MATEMÁTICA (CNNECIM), de 08 de Dezembro de
2004.
CHASSOT, Ático. Alfabetização Científica: Questões e Desafios para a Educação.
Ijui: Unijui, 2001.
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FELTRE, Ricardo. Química: Físico-Química. Vol. 2. Editora Moderna. 6ª Edição. São
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GONÇALVEZ, Terezinha Valim Oliver; SILVA, Maria de Fátima Vilhena da &
OLIVEIRA, Sued: Educação, Ciência e Cidadania, vol. 25. Ed.UFPA. Belem, 2005.
UHMANN, Rosângela Inês Matos; MALDANER, Otávio Aloísio. O Ensino
Contextualizado: Novas ênfases na Significação de Conceitos Químicos. XXIV
EDEQ- Encontro de Debates sobre o Ensino de Química Saberes e Fazeres do
Educador em Química: Fenômeno de Múltiplas Áreas. Universidade de Caxias do Sul
– RS. 28 a 30 de Outubro de 2004.
MOREIRA, M.A. Melhoria do Ensino. Nº16. PADES/UFRGS.1981. Traduzido de
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40
OLIVEIRA, Ana Maria Cardoso De. A Química no Ensino Médio e a
Contextualização: A Fábrica do Sabão Como Tema Gerador de Ensino Aprendizagem.
2005. 120 pg. Dissertação (mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
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RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da Educação/Sociedade, Educação e Vida
Moral. Ed. DPEA. RJ, 2001.
RODRIGUES, Adriano Antunes; MILARÉ, Tatiane; EVANGELISTA, Fábio
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Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ) Ensino Aprendizagem. UFPR, 21 a 24
de julho de 2008. Curitiba/PR. 2008.
SANTOS, Maria Teixeira dos; GRECA, Ileana Maria. A Pesquisa em Ensino de
Ciências no Brasil e suas Metodologias. Ed. Unijui. Ijuí, 2007.
SOUZA, Vital Júnior de Oliveira. Princípios Físicos no Sistema de Abastecimento de
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DUARTE, Valério. Cientista Marado: A química da cozinha. Número 04 –
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41
CARNEIRO,
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cozinha.
(http://www.quimica.net/emiliano/especiais/quimicanacozinha/index.htm) Visitado em 14 de
Julho de 2010.
TELECUSO 2000. Química na Cozinha: Funções Quimicas. Telecurso 2000.
(http://www.cienciamao.if.usp.br/tudo/exibir.php?midia=t2k&cod=_ciencias_cie64b) Visitado
em
10
de
Julho
de
2010.
42
8 ANEXOS
8.1 - Questionário aos alunos I – Alunos 2º Ano
1 – Através da análise dos conteúdos já estudados em Química nesse ano (2010), qual o grau
de dificuldade enfrentado por você em sala de aula?
(
2
) fácil (
) médio (
) difícil (
) muito difícil
– Dentre os problemas abaixo relacionados, o que mais dificulta as aulas de Química no
seu entendimento?
(
) A linguagem estabelecida durante as aulas que parecem complicadas demais;
(
) As fórmulas químicas;
(
) A falta de relação dos conteúdos com o cotidiano;
( ) A falta de experiências como demonstrações que possam ser realizadas pelos próprios
alunos.
O que deveria ser mudado ou acrescentado nas aulas de imediato, para facilitar o
aprendizado em Química no seu ponto de vista?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3
Que conceito você daria quanto à estrutura oferecida pelo governo para o ensino de
Química em sua escola?
(
4
(
5
)Péssima (
)Ruim ( )Regular (
)Bom (
Com relação aos livros didáticos, todos receberam esse material?
)Sim (
) Não
( ) Apenas alguns
Que meios utilizam para realizar suas pesquisas?
(
) Livros em bibliotecas fora da escola (
(
) Vídeos (
6
)Excelente
)biblioteca da escola (
)Internet
) Outros
Costumam gastar dinheiro próprio com materiais básicos que o governo deveria
fornecer?
( ) Sim
(
) Não
(
) Às vezes
43
7
A escola dispõe de laboratório de informática para se trabalhar com softwares
(programas) relacionados ao ensino de Química?
(
8
) Sim
( ) Não
(
) Temos laboratório mas não funciona
Existe laboratório de Ciências com condições mínimas para se trabalhar com
experimentação, como algumas vidrarias, substâncias e etc.?
(
9
(
) Sim
( )Não
(
) Existe mas não utilizamos
Costumam fazer aulas práticas envolvendo experimentos para demonstração?
) Sim
( ) Não
(
) Raramente
8.2 - Questionário II – 2º Ano (Alunos)
1-
Qual sua impressão geral a respeito da disciplina de Química quanto ao grau de
dificuldade de entendimento:
(
2-
) fácil
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
Em relação ao estudo de assuntos envolvendo a parte de Termoquímica, como por
exemplo, a Energia e a Transformação da Matéria, Fatores que Influem nas Entalpias (ou
calores) das Reações e etc. Com relação a esses e outros assuntos já visto, você considerou o
conteúdo estudado esse ano:
(
3-
) fácil
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
A utilização de “Panelas de Pressão” tem alguma coisa haver com o estudo da
Termoquímica?
(
) Sim. Está relacionado com o trabalho da temperatura e pressão ao mesmo.
(
) Não. Pois essas grandezas físicas (pressão e temperatura) não têm nada haver com a
Termoquímica.
(
4-
) Não sei dizer ao certo.
Em relação às Equações Termoquímicas e sua análise, como por exemplo:

H2 (g) + 1/2O2
H2O(l)
H= -286,6 Kj/mol (25ºC; 1 atm)
O que você achou durante os estudos?
(
) fácil
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
44
5(
Qual o grau de dificuldade na compreensão ao se tratar sobre energia de ligação?
6-
) fácil
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
(
Qual sua opinião a respeito da nomenclatura dos compostos químicos?
7-
) fácil
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
Qual sua dificuldade ao ler o enunciado de um problema para traduzir para uma
equação química os dados fornecidos?
(
8-
) fácil
) fácil
9-
(
) difícil
(
) muito difícil
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
Quanto ao nível de dificuldade relacionado à Lei de Hess foi:
(
) fácil
10-
11
) médio
Você considera os cálculos de regras de três e conversões de potências de dez:
(
(
(
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
Como você avalia seu aprendizado em relação ao estudo da Termoquímica?
) Ruim
(
) Regular
(
) Bom
(
) Excelente
No questionamento quatro é dada uma equação termoquímica, com a variação de
entalpia igual a H = -286,6 Kj/mol (25ºC; 1 atm), quanto à classificação de energia cedida ou
absorvida, pode-se dizer que se trata de:
(
) Processo Endotérmico
(
)Processo Exotérmico
8.3 - Questionário aos professores 2º Ano:
1-
Quanto ao número de aulas utilizadas para cada conteúdo:
(
) Equação Termoquímica
(
) Lei de Hess
2-
Quanto aos recursos utilizados:
(
) quadro-negro
(
(
) exposição dialogada
) data show
(
) outros
(
) aulas práticas
45
3(
4(
5(
Quanto a observação da compreensão dos alunos:
) nula
(
) boa
(
) média
(
) ótima
(
) excelente
Quanto ao resultado final das avaliações dos conteúdos relacionados à Termoquímica:
) bom
(
) médio
(
) ótimo
(
) excelente
Haveria necessidade de complementação para os conteúdos?
) sim
(
) não
Em caso positivo, quais: _________________________________________________
6-
Quais as maiores dificuldades apresentadas pelos alunos durante as aulas de Química,
na sua opinião?
(
) A linguagem utilizada, principalmente nos livros, caso os utilizem;
(
) Os cálculos
(
) A interpretação e resolução de problemas.
(
) Todas as alternativa acima
7-
Qual a importância para o ensino-aprendizagem do aluno a utilização efetiva de um
laboratório de ciências como meio de fixação de conhecimento?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
8-
Você acha que laboratório de informática poderia ajudar no ensino aprendizagem de
Química? De que forma poderia utilizá-los durante uma aula relacionada à Termoquímica, por
exemplo?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
46
9-
Você costuma contextualizar o ensino durante as aulas, para que os alunos possam
melhor compreender o real significa dessa ciência?
(
) Sim
10-
( ) Não
(
) As vezes
De que forma você costuma fazer essa contextualização?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
8.4 - Questionário para Alunos, o 1° Ano
1-
Qual sua impressão geral a respeito da disciplina de química quanto ao grau de
dificuldade de entendimento:
(
) fácil
2(
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
Em relação ao estudo da constituição da matéria, você considerou o conteúdo:
) fácil
3-
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
Para você, aplicar de maneira prática seus conhecimentos de mudança de estado físico
será:
(
4(
5(
6(
7-
) fácil
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
Em relação aos cálculos estequiométricos, como você considera o conceito de mol?
) fácil
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
Qual o grau de dificuldade na compreensão das Leis Ponderais?
) fácil
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
Qual sua opinião a respeito da nomenclatura dos compostos químicos?
) fácil
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
Qual sua dificuldade ao ler o enunciado de um problema para traduzir para uma
equação química os dados fornecidos?
(
) fácil
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
47
8-
Você considera os cálculos de regras de três e conversões de potencias de dez):
(
) fácil
9-
) fácil
10-
11(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
O entendimento das relações estequiométricas foi:
(
(
(
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
Como você avalia seu aprendizado em relação aos cálculos estequiométricos?
) fácil
(
) médio
(
) difícil
(
) muito difícil
Como você avalia seu aprendizado em Química nesse ano?
) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Excelente
8.5 - Questionário aos professores 1º Ano:
1-
Quanto ao número de aulas utilizados para cada conteúdo:
(
) mudança de estados físicos
(
) cálculos estequiométricos
2-
Quanto aos recursos utilizados:
(
) quadro-negro
(
) exposição dialogada
3-
) data show (
(
) aulas práticas
) outros
Quanto à observação da compreensão dos alunos:
( ) nula (
4-
(
) boa
(
) média
(
) ótima
(
) excelente
Quanto ao resultado final das avaliações dos conteúdos:
- mudança de estados físicos
(
) bom
(
) médio
(
) ótimo
(
) excelente
48
- cálculos estequiométricos:
(
5-
) bom
(
) médio
(
) ótimo
(
) excelente
Haveria necessidade de complementação para os conteúdos?
-mudança de estados físicos: (
) sim
(
) não
-cálculos estequiométricos: (
) sim
(
) não
Download

a “termoquímica” e o cotidiano de alunos do ensino médio