Maranduba, 15 de Março de 2010 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano I - Edição 03
Destaques:
Rio Lagoinha pede socorro
pg 03
Esporte:
Stand-up chega com força total pg 05
Turismo Rural:
Delícias a base de gengibre pg 06
Dica de Turismo:
Trilha do Bonete e os tesouros da natureza pg 08
Região oculta mistérios e fragmentos do passado pg 09
Gente da Nossa História:
Chico Romão, um homem do mar pg 10
Lenda:
Os Marinhos pg 11
Profissão:
Raios! Descarga direta ou indireta? pg 12
Cultura:
A presença da lingua tupi em Ubatuba pg 13
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Jornal MARANDUBA News
Editorial
Regional Sul atende moradores do Ingá
Um dos princípios do jornalismo é ouvir denúncias e reclamações, apurar os fatos, viabilizar soluções e divulgar os resultados.
O Jornal Maranduba News veio para aplicar esse princípio.
Um exemplo é o problema enfrentado pelos moradores atingidos pelas cheias do Rio Lagoinha devido a falta de limpeza e
assoreamento, que já vem de longa data. Apuramos os fatos e
consultamos os órgãos competentes para a solução do problema. O resultado pode ser conferido na reportagem da página 3
desta edição. Esperamos poder divulgar em breve os resultados
positivos dessa reportagem para que tanto a população local,
como a balneabilidade das praias da baía do Mar Virado não
sejam prejudicados.
O mesmo trabalho será feito com relação ao Rio Maranduba,
onde já fomos informados sobre o lançamento de esgoto in
natura nesse rio. Segundo informações, o fato pode ser comprovado durante a maré baixa onde canos de esgoto, que geralmente ficam abaixo da linha d´água, podem ser detectados.
Nossa missão será registrar e encaminhar aos órgãos competentes para que tal prática seja coibida e seus autores punidos
na forma da lei. Se não houver respeito aos seres humanos e
a preocupação com a natureza, que futuro poderemos deixar
para nossos filhos e netos?
Esse trabalho só é possível quando existe uma imprensa independente, sem vínculos políticos ou econômicos com quem
quer que seja. Por isso agradecemos aos empresários, comerciantes, prestadores de serviço e população que acreditam em
nosso trabalho e empenho de estar sempre em defesa da região
sul de Ubatuba. Essa independência e credibilidade são nossas
principais armas para o progresso, o bem estar e a qualidade
de vida de nossa região.
Gostaríamos também de agradecer aos milhares de leitores
que acessam nosso informativo na internet. São leitores locais,
de outras cidades, estados e até do exterior. Com a facilidade
da internet fica cada dia máis fácil atingir um grande número de
leitores e passar informações com qualidade e agilidade. É impressionante o número de pessoas que, mesmo longe, desejam
se manter informadas sobre os acontecimentos locais.
Atendendo a apelo dos moradores do Sertão do Ingá, a A.
R. Sul realizou serviço de limpeza e aterro de parte do lixo
depositado às margens da estrada que dá acesso ao bairro.
Segundo o administrador da
Regional Sul, Moralino Valim
Coelho, a situação estava crítica, pois no local só é permitido o acúmulo de material de
poda, como galhos, folhas e
detritos vegetais. “O que ocorre é que as pessoas jogam lixo
orgânico, material reciclável
(como garrafas PET) e outros
produtos que agridem a natureza e trazem mau-cheiro ao
local”, afirma Moralino.
As
pessoas
devem
se
conscientizar de que não se
deve jogar esse tipo de material na beira das estradas, e sim
acondicionar em sacos de lixo
para que o serviço de coleta
possa recolher esse material.
Regional Sul aterrou parte do lixo nas margens da estrada do Ingá
Outro problema que ocorre
na orla da Maranduba é que
as pessoas trazem lixo dos estabelecimentos localizados na
Av. Marginal e travessas para
deposita-los nos containeres
destinados aos quiosques.
“Esta semana tive que deslocar
uma máquina para remover
Região Sul recebe melhorias
Moralino Valim Coelho, administador da Regional Sul, se destaca
pelo emprenho na manutenção e
limpeza da região. Ao lado, limpeza da praça da Quadra do Ingá
Emilio Campi
Editor
Editado por:
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Responsabilidade Editorial:
Emilio Campi
Colaboradores:
Adelina Campi, Ezequiel dos Santos, Uesles Rodrigues,
Camilo de Lellis Santos e Fernando Pedreira
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores
e não refletem a opinião da direção deste informativo
lixo que foi jogado no canteiro
do DER, entre a pista e a praia,
onde o correto seria que os comerciantes providenciassem lixeiras adequadas para colocar
esse lixo na própria Marginal,
onde a coleta faria a remoção”,
alerta o administrador da Regional Sul.
Recém designado como administrador da Regional Sul,
Moralino Valim Coelho, ex-vice
prefeito de Ubatuba vem se
destacando pelas ações na região sul de Ubatuba.
Entre os trabalhos realizados
Coelho ressalta a limpeza da
estrada do Sertão da Quina,
limpeza das praças da Bandeira e da Quadra do Ingá, cabe-
ceira da ponte da aldeira, no
Corcovado e está fazendo uma
parceria com os moradores
para implantação da tubulação
para escoamento de água na
rua Sena, na Pedra Preta.
A opinião dos moradores é
unânime quanto a dedicação
que Coelho vem prestando a
região sul, mesmo sem as condições ideais para o bom de-
sempenho da função, no caso
de veículos de maquinários insuficientes.
Mesmo diente destas dificuldades, o administrador regional se empenha ao máximo
para atender todos os pedidos
que chegam a seu conhecimentos, para melhorar a infraestrutura dos bairros da região
sul do município de Ubatuba.
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ALERTA: Rio Lagoinha pede socorro!
Moradores reclamam de esgoto e acúmulo de lixo nas margens do rio que provoca alagamento durante chuvas intensas
EMILIO CAMPI
A comunidade próxima ao
Rio Lagoinha tem reclamado
que durante chuvas intensas
ocorre o transbordamento do
rio, alagando ruas e casas nas
áreas próximas. Tal alagamento se deve a falta de limpeza
das margens do rio, que acumula galhos, vegetação e lixo,
além do assoreamento que reduz a vazão do mesmo.
Outro problema no local é a
constatação de lançamento de
esgoto in natura no bairro da
Vila Mariana Teixeira, as margens desse mesmo rio. Existe
uma passarela que liga essa
vila ao bairro da Lagoinha onde
se constata o cano de esgoto
lançando o esgoto diretamente no rio. Em dias quentes o
cheiro é insuportável. Esse rio
desemboca no canto esquerdo
da praia da Lagoinha, uma das
mais belas praias da região sul
de Ubatuba.
Iniciamos um levantamento
sobre qual procedimento a ser
tomado para solucionar esse
problema no intuito de informar e orientar a população
atingida, a quem cobrar como
agir, além de concientizar os
moradores a não jogar lixo nas
encostas e nas margens dos
rios.
REGIONAL SUL
Contatamos a Administração
da Regional Sul da prefeitura
de Ubatuba e fomos informados que a Prefeitura não pode
efetuar a limpeza por se tratar
de área de preservação. Segundo o administrador regional, Moralino Valim Coelho, “se
pudéssemos fazer a limpeza e
desassorear o rio, com o material retirado poderíamos realizar a manutenção das ruas,
o que melhoraria as condições
dos bairros da região sul”.
CETESB
Segundo a CETESB, não
consta nenhuma solicitação
de licenciamento relacionado
ao desassoreamento do Rio
Lagoinha. O órgão consultou
representantes da Prefeitura de Ubatuba, que informou
desconhecer a existência de
problemas nesse corpo d’água.
Quanto ao lançamento de
esgotos no corpo d’ água, a
CETESB relata que a Prefeitura
Municipal de Ubatuba deve ser
consultada para esclarecimentos sobre a regularidade da
ocupação citada, assim como
projetos para a implantação de
coleta pública de esgotos nesse bairro, já que a Constituição
Federal estabelece que “compete aos Municípios legislar e
atuar em assuntos de interesse
local, entre eles: saúde pública e regulamentos sanitários”.
Numa ação em curto prazo,
o órgão recomenda que seja
acionada a Vigilância Sanitária
do Município.
SEMA
Relatamos o problema junto
a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente que se prontificou
a entrar junto a Secretaria de
Obras para iniciar um procedimento administrativo com
estudos para outorga junto
ao DAEE (Departamento de
Águas e Energia Elétrica) para
o desassoreamento do rio e
também junto a CETESB para
o licenciamento ambiental necessário para a inclusão das
máquinas nos locais necessários às obras.
COBRANÇA E ATITUDE
A preocupação é grande com
relação ao futuro da região. A
população deve estar ciente
de que deve cobrar junto aos
órgãos responsáveis uma providência para sanar estes pro-
Fotos: Emilio Campi
Mata fechada e galhos impedem a vazão do rio Lagoinha o que causa alagamento durante as chuvas
blemas, mas também deve se
concientizar de fazer a sua parte no tocante a não jogar lixo
nos rios e encostas.
A preservação do meio ambiente é um ato que deve ser
praticado por todos.
O cidadão deve denunciar
quando presenciar tais atos
para que as medidas legais sejam cumpridas.
“A população deve cobrar junto aos órgãos responsáveis
uma providência para sanar este problema,
mas também deve fazer a sua parte:
não jogar lixo nos rios e encostas”
DENUNCIE:
Adm Regional Sul: (12) 3849-8480
CETESB: (12) 3832-3816
SEMA: (12) 3833-4541
Vigilância Sanitária: (12) 3833-8580
Secretaria do Meio Ambiente (0800-113560)
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Restaurante Mar Virado, o sabor e o requinte da região sul
EMILIO CAMPI
Quem gosta de apreciar as
delícias da cozinha a base de
frutos do mar não pode deixar
de conhecer o Restaurante Mar
Virado, na praia da Lagoinha.
Aliado ao bom gosto e requinte do ambiente, a especialidade deste restaurante agrada ao
mais exigente gourmet. Além
de frutos do mar, o Restaurante Mar Virado oferece o melhor
da cozinha regional, além de
pratos a base de carnes, aves,
massas e também possui pizzaria com forno à lenha.
A sugestão da casa é o
Abadejo a Mar Virado, que consiste em filé de abadejo grelhado coberto com frutos do mar,
acompanha arroz branco.
Outro prato que se destaca
é o Abadejo à Lagoinha, que é
servido com amêndoas, brócolis e batata corada. Ambos os
pratos custam R$ 80,00 cada e
servem duas pessoas.
Vale mencionar o Camarão
na Moranga com Palmito, muito apreciado e majestosamente preparado ao custo de R$
98,00, também servido para
duas pessoas.
PIZZARIA
A pizzaria prepara deliciosas
pizzas no forno à lenha, onde
as mais pedidas são a Pizza
Mar Virado com frutos do mar
Fotos: Emilio Campi
Abadejo a Mar Virado: filé de abadejo grelhado coberto com frutos do mar. Um prato que contém o melhor da cozinha localo e regional
(R$ 58,00) e a Pizza de Camarão (R$ 68,00), que são de dar
água na boca.
Em um ambiente minuciosamente decorado, com uma ilu-
Ambiente agradável com uma decoração de muito bom gosto
minação bem sugestiva, o Restaurante Mar Virado também
possui um espaço destinado a
sorveteria, um bar com os mais
finos tipos de bebidas e uma
carta de vinho bem completa.
LOCALIZAÇÃO
O Restaurante Mar Virado
está situado na Rua Colonial
342, na Lagoinha, às mar-
Localização privilegiada no melhor ponto da praia da Lagoinha
gens da Rodovia CaraguáUbatuba. Abre diariamente
das 12 às 24 horas, exceto
às terças-feiras. O telefone é
(12) 3843-1088.
Pizza Mar Virado, com frutos do mar
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Stand-Up chega a Maranduba com força total
LU SHAPER
Criado pelos havaianos o
Stand-up ou Sup e um dos
mais tradicionais e antigos esporte com prancha do mundo.
Nesse verão o Sup foi febre no
Brasil. O Sup é uma maneira
diferente de se relacionar com
as ondas e o oceano. É um esporte fascinante e fácil e qualquer pessoa de qualquer idade pode praticar o Sup.
O Sup é uma prancha com
mais de três metros de altura
e mais de 1 metro de largura. Por ser uma prancha larga,
cheia e grande, ela permite
que o surfista fique em pé com
mais facilidade e utilizar um
remo de 2 metros para se locomover e entrar na onda.
Não é necessário estar rolando onda para utilizar a prancha pois quando o mar esta
pra peixe (sem onda) é só sair
remando e curtir essa bela paisagem da nossa Maranduba,
onde vista da água fica bem
mais bonita.
Remo em torno de 2 a 4 km
quando uso o Sup para remar.
Quando uso para surfar vejo
as ondas melhor porque estou
em pé e não sentado. Entro
com mais facilidade por causa
do remo. Alem de relaxar a
mente e dar um ótimo condicionamento físico o Sup te
Lu Shaper e seu Sup de 3 metros
livra do estresse do dia a dia
e te deixa em contato com a
natureza.
O Stand-up não e um esporte
barato. Uma prancha completa
custa em torno de R$ 2.500,00
a R$ 3.000,00, pois a prancha
e feita em resina de epóxi e o
remo em fibra de carbono.
Hoje o Stand-up está sendo usado por atletas no Brasil
e no mundo principalmente
para aumentar resistência e
performance nas ondas. Atletas como Kelly Slater - 9 vezes campeão mundial de surf
- Laird Hamilton, surfista de
ondas gigantes, e o brasileiro
Carlos Burle, também surfista
de ondas gigantes, Picuruta
Salazar - 10 vezes campeão
brasileiro de long board entre
outros surfistas de nome renomados.
É isso ai galera! Quem quiser
conhecer mais sobre o esporte
e a prancha e só fazer uma visita na loja Super Kort Board
Shop e falar com Lu Shaper.
É isso ai. Aloha e vamos preservar o oceano! Ele e o nosso lar!
Fotos: Super Kort Ubatuba
Por ser uma prancha larga, permite que o surfista fique em pé com
mais facilidade e utilizar um remo de 2 metros para se locomover
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Delícias a base de gengibre são produzidas na Região Sul
EMILIO CAMPI
Foi na década de 40 que
Yoshio Kamiyama, um imigrante japonês, deu inicio a colonização na região. Ele colaborou
com a colonização japonesa
nos bairros do Rio Escuro,
Praia Dura, Maranduba, Araribá e até em Caraguatatuba.
Na década de 50, fundou no
Araribá o Sítio Recanto da Paz,
que foi responsável por uma
grande produção de hortifrutigranjeiros que abastecia o CEAGESP com berinjela, pepino,
pimentão e banana.
Já nos anos 60 e 70 se especializou na produção de gengibre tipo exportação, chegando
a colher mais de 120 toneladas
por safra. Foi um período áureo
para a agricultura da região gerando renda, empregos e uma
série de benefícios para seus
produtores. Mas nos anos 80,
um fungo conhecido como “fuzarium” encerrou uma das mais
promissoras fontes de renda
agrícola que a região já teve.
Porém, em 2007, Anne Kamiyama, filha do colonizador
Yoshio Kamiyama, reintroduziu o cultivo orgânico do gengibre sem uso de agrotóxicos.
A partir de então deu início ao
Fotos: Emilio Campi
processamento do gengibre
em vários produtos tais como
gengibre em conserva, em pó,
desidratado e outras iguarias
como polpa, bala, biscoito,
bolo, suspiro, dietético, com
sal e limão, todos tendo o gengibre como matéria prima.
O gengibre tem ação bactericida, é desintoxicante e
acredita-se também que possua poder afrodisíaco. Suas
propriedades afrodisíacas e estimulantes são conhecidas há
séculos. Na medicina chinesa
tradicional, por sua reconhecida ação na circulação sangüínea, ele é utilizado contra a
disfunção erétil.
Melhora a circulação, quadros de mal estar como dor de
cabeça, enxaqueca, náuseas,
tonturas, zumbido no ouvido,
friagem e ressaca. Na antiguidade, era usado como remédio
para todos os “males” (Panacéia).
O gengibre possui sabor picante e pode ser usado tanto
em pratos salgados quanto nos
doces e em diversas formas:
fresco, seco, em conserva ou
cristalizado. O que não é recomendado é substituir um pelo
outro nas receitas, pois seus
sabores são muito distintos: o
gengibre seco é mais aromático e tem sabor mais suave.
Atendendo a todas as exigências sanitárias para a produção em larga escala, Anne
Kamiyama fundou a “Gengibre
de Ubatuba”, sendo a segunda
empresa na região a produzir
e exportar produtos cultivados
no município. A primeira foi
o “Tachão de Ubatuba” com
seus consagrados produtos
feitos a base de banana.
Agricultor prepara a terra para o plantio de gengibre no Sítio Recanto
da Paz, no Araribá, região sul de Ubatuba
Amarildo Pazelli apresenta o
récem colhido gengibre in natura
Depois de processado, o gengibre se trensforma em iguarias como
balas, biscoitos, conservas, cristalizados e produtos dietéticos
O gengibre contém vitaminas B1, B2, C, Niacina, Água, Fibras, Cálcio, Potássio, Litio, Fósforo, Sódio, Magnésio e Óleo Essenciais. Previne, melhora e até mesmo cura problemas respiratórios tais como gripe, bronquite, asma, pneumonia, alergias, problemas digestivos, renais, ginecológicos e circulatórios.
Você pode adquirir diretamente os produtos da “Gengibre de Ubatuba” através
dos telefones (12) 3849.5401
- 3849.8112 em Ubatuba ou
(11) 5594.2746 – 9564.1626
em São Paulo, SP.
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Vamos falar sobre turismo II
FERNANDO PEDREIRA
Como dissemos no número
anterior, desenvolvemos vários
projetos com a orientação do
Sebrae no Programa de Desenvolvimento do Turismo Receptivo - PDTR.
Basicamente o Programa se
resume em cinco projetos básicos que são: Sensibilização,
Capacitação, Formatação de
Produtos, Gestão e Qualidade
e Comercialização.
Fomos além e fizemos:
Sensibilização das Comunidades Para a Importância do
Turismo
Sensibilização das Escolas
Para a Importância do Turismo
Capacitação dos Operacionais e Empresários da Caldeia
Produtiva do Turismo
Formatação de Produtos Turísticos
Gestão e Qualidade
Comercialização
Sempre focando produtos
perenes, ou seja, comercializáveis o ano todo.
Vamos falar de um por um,
mas antes mais algumas histórias ocorridas neste percurso.
Todos estes projetos foram
desenvolvidos com a participação de Lideranças Comunitárias da Região Sul, além de
algumas da região oeste e por
incrível que possa parecer sem
nenhuma participação dos empresários, os principais interessados.
Foto: Emilio Campi
Convidamos também os
componentes do Conselho Municipal de Turismo que além
de empresários são os presidentes das Associações representativas de seus segmentos,
mas ninguém se prontificou, a
saber, do que se tratava.
Até mesmo a Associação Comercial que assinara a parceria
com o Sebrae, pouco participou e depois de um dado momento começou a participar,
mas tivemos a nítida impressão que era mais para atrapalhar do que para ajudar.
A própria Secretaria de Turismo que ao perceber nosso desenvolvimento veio somar, mas
hoje analisando os ocorridos
percebemos que compareciam
na reunião, se prontificavam a
realizar as tarefas necessárias
definidas em reunião e depois
nada faziam, por este motivo
na reunião seguinte não avançávamos o que provocou o esvaziamento e o desinteresse
daqueles que participavam.
Tiramos “água de pedra” e
assim que percebemos que
jamais avançaríamos paramos
de participar o que provocou o
desaparecimento completo do
projeto, ou seja, confirmamos
que o PDTR existia porque nós
existíamos. Com a nossa saída,
ninguém mais falou do assunto.
Sobre o Primeiro Projeto:
Sensibilização para a
Importância do Turismo
É necessário que se esclareça
a maioria da população o que é o
turismo e como tratar o Turista.
Fazer perceber que o Barbeiro Zezinho, que corta o cabelo
do Antonio pedreiro, que faz a
casa do Sr. Manoel da vendinha do bairro, onde ninguém
vê turista algum, que o Sr. Manoel vende seus produtos às
pessoas que trabalham nos Bares, Restaurantes, Hotéis, etc.
etc. que atendem os turistas,
ou seja, se estes não tiverem o
turista não estão empregados
e não comprariam do Sr. Manoel que por sua vez não construiria deixando Antonio sem
dinheiro para cortar o cabelo.
Fazer entender que os Turistas vem pra cá porque gostam
das Praias, e poderiam gostar
de muitas coisas que desconhecem aqui da nossa Cidade,
gostam também de ser bem
tratados e que, portanto preci-
samos conhecer a nossa Cidade, pontos turísticos, comércio,
hotéis, etc. para podermos informar o turista e bem trata-lo,
Assim também necessitamos
de preservar todos os recursos
e produtos que temos na Cidade, como Cachoeiras, Trilhas,
Praias, etc.
E que Recurso é aquilo que
pode ser atrativo para o turista, como os citados Cachoeiras
etc. e Produto é esta Cachoeira ter banheiro, hora de abrir,
hora de fechar, plano de manejo (não pode ter mais pessoas
que sua capacidade) pessoas
preparadas para levar a trazer
o turista etc.etc. Como então
fazer isso chegar à população?
Você pode obter o projeto na
integra acessando o endereçomaranduba.com.br/doc/pdtr.doc
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Trilha do Bonete e os tesouros da natureza
EZEQUIEL DOS SANTOS
Considerado um roteiro curto, a trilha que sai do canto
esquerdo da Praia da Lagoinha
leva ao bairro da Fortaleza,
passando pela Praia do Oeste, do Perez, Prainha, Bonete,
Grande do Bonete, Deserto,
Prainha do Deserto e Cedro.
A trilha é do tempo dos primeiros moradores da região,
os índios Tupinambás. Assim
como a água era a rodovia dos
antigos moradores, as trilhas
eram as pequenas estradas.
Este trecho não foi diferente. É
um pedaço da trilha que cortava o litoral de Santos ao Rio
de Janeiro, usada por índios
negros e, posteriormente, por
europeus colonizadores.
Como os povoados foram erguidos à beira da praia, aquele
pedaço assim como a Caçandoca já foi muito habitado. O local já foi palco de grandes roças
e muitos ranchos de canoas no
jundú das praias, muitas maresias, ventos fortes, muitos bate-pé, função, festas com consertadas e doces de mamão.
Quem não tinha canoa, ia até
os pequenos povoados a pé por
estas trilhas. Esta passagem de
servidão oferece um divertido e
gostoso passeio, que não combina de jeito nenhum com lixo
abandonado na trilha, com galhos cortados e pedras pixadas.
O local é muito freqüentado e
tem várias opções de atividades: por terra, caminhada inesquecível, bares diferenciados;
por água, de tudo um pouco,
diferente e agradável. O acesso é considerado fácil e foi feito para curtir cada cantinho, o
tempo de caminhada depende
da curiosidade de cada um.
Já na saída da Lagoinha, a
costeira é muito apreciada por
mergulhadores de final de semana, com o devido cuidado,
Fotos: Emilio Campi
Há quem diga que o nome Bonete tem origem na dificuldade da pronuncia francesa da palavra “sabonete”
existe uma pedra que é possível pular na água. Por terra é
possível, dependendo do horário, avistar pequenas aves e
mamíferos, até mesmo bichos
preguiças podem ser avistados
em árvores a beira da trilha.
Nada de preguiça, por água
existem por vezes os serviços
de táxi-boat, que levam até a
Praia Grande do Bonete, mas
também podem ser agendadas
visitas a outros lugares.
Os bares são famosos por
suas especiarias. O percussor
dos bares foi o do Hans MaiersMar Virado, vinham embarcações dos mais distantes lugares, muitas histórias o lugar já
reservou. Continuando a trilha
passamos por locais belíssimos,
de qualquer ângulo se tem
uma vista recompensadora. No
caminho ainda vemos poucas
casas de moradores tradicionais, como a da família Lopes.
Próximo à amendoeira na
Prainha, existe uma anti-
ga fábrica de esculturas em
bronze, que por falta da rede
de energia elétrica parou de
produzir as obras de arte, as
obras que de lá saíram foram
parar em quase meio mundo.
Eram obras que necessitavam
de pelo menos 6 a 10 homens
para erguê-lo. Do local saiu um
cavalo de bronze que hoje enfeita um aeroporto no Canadá.
Mais adiante um pequeno
riacho e a frente um bar com
varanda para o mar. Cada
canto guarda um segredo,
no caminho é possível avistar
uma fazenda de mexilhões,
dizem que a iguaria é afrodisíaca. Na caminhada é possível encontrar com moradores
da localidade. Os mais velhos
ainda mantém seu jeito típico
Praia Deserta também é conhecida como “Praia dos Sonhos”
de falar e até mesmo na andar,
alguns ainda tecem suas redes
de pesca, outros olham para o
mar esperando o melhor momento para pescar.
Por vezes as águas lembram
muito mais as águas do Caribe, suas águas verde-claras é
um atrativo a parte, é possível
avistar tartarugas próximos às
pedras, de tão límpida, tem-se
a sensação de que é um vidro
e por baixo deste vidro não
tem nada. A praia do Bonete é
parada obrigatória de escunas
e de visitantes á um relaxante
banho de mar, seu canto esquerdo é maravilhoso para um
mergulho de snorkel e para a
pesca com vara, para as crianças então o paraíso na terra. Há
quem diga que o nome Bonete
tem origem na dificuldade de
pronunciamento de franceses
na palavra sabonete, e falavam
de uma forma que os nativos
entendessem só o bonete do
sabonete. Pode ser só história.
A trilha que leva a outra praia
existe um pequeno ponto onde
é possível avistar de cima a
praia do Bonete, excelente para
umas fotos e para matar de
inveja quem não pode vir. Do
outro lado está a maior praia
do trecho, a Grande do Bonete,
conhecida por alguns pela sigla
PGB. De tão limpas e branquinhas que são as areias, ainda
é possível ouvir os “ics, ics”
quando arrastamos os pés com
pouco mais de força. Considerada praia de tombo, possui
ondas razoáveis já que é voltada para o mar aberto, no seu
canto direito, na costeira existe
uma caverna, onde pescadores
a utilizam como abrigo e curiosos imaginam quem poderia ter
morado ali. Existem ainda alguns ranchos de canoas e uma
pequena barra de rio, palco de
partidas de futebol de areia.
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Região oculta mistérios e fragmentos do passado
Em frente a praia Grande do
Bonete existe a Ilha do Mar Virado, que não tem praia, mas
existe abrigo nas pedras possível de ancorar uma embarcação. Pesquisadores da Universidade de São Paulo encontraram
Sambaquis milenares na ilha,
do outro lado da ilha existem
dois cortes no morro que parecem que foram realizados por
uma ferramenta gigante.
OVNI
O local guarda muito mistério
e belezas naturais, um desses
mistérios fora a retirada de um
objeto semelhante ao um cachimbo gigante das águas, na
época os moradores foram proibidos de saírem de suas casas,
e a tal peça foi içada por um
navio da marinha americana.
Na ocasião um fotógrafo americano que estava nas Toninhas
tirou algumas fotos e também
foi levado, nunca mais o viram,
especulações informam de que
se tratava de um OVNI, isto parece que aconteceu na década
da de 1930.
OSSADAS MILENARES
Foram encontradas ossadas
de ocupantes da região de cerca de dois mil anos e que possivelmente a ilha fazia parte do
continente, segundo pesquisadores, estes primeiros moradores eram muito baixos, não
viviam mais do que 25 anos e
se alimentavam basicamente
de frutos do mar.
Pesquisa realizada por Diegues, renomado antropólogo
brasileiro e especialista em comunidades tradicionais, aponta
também de que a disposição
social, espacial, geográfica e
cultural dos moradores da Praia
Grande do Bonete em interação
com os turistas não é o modelo
ideal de convivência, mais um
exemplo a ser seguido de convivência entre seus atores.
Da importância de se manter o local limpo moradores
se revezam para levar o lixo
do bairro ao continente, um
serviço voluntário. Ruim para
os moradores é em época de
férias, onde muitos campistas
não respeitam nem moradores
e nem a natureza.
TRADIÇÃO
O local guarda muitos resquícios de seu passado glorioso, a festa de janeiro, a corrida
de canoa, a receptividade, o
jeito de falar, de caminhar, a
interação com a natureza, manutenção do lugar, a defesa de
seus patrimônios e por vezes a
volta de seus filhos.
Como não tem rua, a disposição dos acessos é bem interessante, grande parte tem
nomes de peixes da região e
é conduzida por plantas muito bem cuidadas nas laterais.
Ao centro da localidade uma
Capela, a escola e uma área
para as festividades. Do bairro saem duas trilhas, uma que
leva ao bairro da Fortaleza,
outra que leva ao Cedro, uma
praia que tão bela parece que
foi feito à mão, existe uma pequena casa próxima à mata,
um rancho antigo, no meio da
praia pedras que a separam
em duas partes, como se dissessem: “Você lá e eu aqui”.
As águas limpas e transparentes o convidam a curtir
o local sem pressa. A frente
o ilhote do Mar Virado, onde
moradores acharam objetos e
marcações da Marinha do Brasil. Um local que parece abandonado, mas que guardam ótimas lembranças do passado,
um pedaço com muita história,
gente boa e que ainda mantém
o lugar com ares de paraíso e
paraíso não combina com lixo
e com depredação, lembre-se
disso.
Fotos: Emilio Campi
Praia Grande do Bonete guarda resquícios da tradição, patrimônio e cultura caiçara
Praia do Cedro pode ser acessada através de trilhas que saem da Praia Grande do BHonete e Fortaleza
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Jornal MARANDUBA News
15 Março 2010
Gente da nossa história: Chico Romão, um homem do mar
Francisco Lopes de Araújo
(Chico Romão) nasceu em 26
de julho de 1911, ano em que
afundava o Titanic, maior navio do mundo. Nasceu à beira
mar em uma casa humilde. Ao
redor se via o jundú avançar
o quintal, o vento balançar as
folhas das bananeiras, onde a
melodia que o fazia dormir era
o som do mar, do vento, das
aves, das trovoadas, da areia
no jundú da praia.
Assim crescia o exemplo de
homem do mar, o nosso Jacque Costeau Tupiniquim. A relação com a natureza ditava as
regras e dentro destas normas
Chico crescia e aprendia.
Cedo descobriu suas duas
maiores paixões, seus amores.
Casou-se com as duas. Uma
era o mar, e outra era Dona
Leopoldina Francisca de Araújo, de onde tiveram 12 filhos:
Duas Marias (uma falecida),
Sebastiana, Benedita, Lídia,
Anísio, Izabel, e os que já foram: Terezinha, Terezina, Renato, Sebastião e Bernadete,
dos quais muitos filhos, netos,
bisnetos o alegraram.
Chico Romão morou até
1975 no local onde existe hoje
uma marina, entre a praia da
Maranduba e a curva da SP55, próximo as pontes do rio
Maranduba. Já naquela época
a especulação imobiliária, a conivência de membros do judiciário e do executivo, utilizava-se
de meios obscuros para legalizar os roubos de terras e de
violência policial. Chico Romão
então recebeu uma ordem de
despejo, para que no mesmo
dia desocupasse o que havia
conquistado com tanto suor.
Não querendo ver a partida
de seu patrimônio, Chico então pegou sua canoa, lançou a
rede ao mar e depois voltou,
entrou pela barra do rio e foi à
casa da irmã. Os amigos e parentes lembram de que o despejo fora como uma máquina
que arrancou uma frondosa árvore e jogou sem explicação ao
mar. Lembram ainda de que a
truculência policial se estendeu
aos turistas que no local acampavam. Chutaram suas barracas, empurravam as pessoas,
todos foram tratados pior de
que animais sem dono. Mesmo
com o coração em prantos, ergueu a cabeça e recomeçou.
Sua casa, em quatro finais
de semana, foi construída com
a ajuda de amigos, parentes,
filhos e genros em regime de
mutirão. A filha Izabel pescava com o pai, já que tinham
de economizar para reerguer
a vida e a casa. Chico foi amigo, foi pai, foi conselheiro por
muitas vezes, muitos se lembram de quando ele oferecia
seu chapéu para dar sorte na
pescaria. Para os pescadores
era uma honra a consultoria
gratuita de Chico, além da sua
companhia que era mais do
que agradável.
Para Aristides Félix dos Santos (Canéco), ele sempre foi
um caiçara mão aberta, alegre,
divertido e sorridente. “Lembro-me de quando ele morava do outro lado da barra, do
lado de cá tinha o armazém do
Chico da Barra e a escola da
Dona Brandina”, termina.
Por vezes o peixe era vendido por cento (cem unidades) e
quem comprava um cento de
peixes do Chico Romão, levava outro cento de presente.
Quem não tinha dinheiro levava de graça o peixe. Aos companheiros de pesca, ele repartia o quinhão certinho.
Pedro Félix dos Santos,
quando moleque a mando de
seu pai, foi na barra do Rio
Maranduba comprar peixes e
então recebeu uma proposta irrecusável: trabalhar com Chico
Romão. Pedro Felix lembra
com emoção: “Pesquei mais
de vinte anos com ele. Desde
moleque a gente aprendia cada
dia uma coisa nova sobre o
mar e o tempo. Ele era valente
no mar, pescava de tudo e com
todo tipo de rede, tresmalho,
picaré, malhão, arrasto e espinhel, cada rede ou linhada para
um tipo de peixe e sua época
certa”, finaliza o aluno.
Bastava o tempo ficar estranho para todos fossem até
Chico consultá-lo sobre o tempo e tomar seus conselhos.
Chico gostava da brisa que vinha do mar e também das poucas caminhadas até a praia.
Todo dia 10 de outubro era
aniversário de casamento de
Chico e Leopoldina. O aniversário de bodas de ouro foi
uma alegria só. O casamento
foi na capela da Maranduba,
com três dias de festa com a
família inteira. Já as bodas de
esmeralda foi em Aparecida do
Norte. Lotaram um ônibus do
litoral e outro que saiu da Capital. Na chegada uma grande
faixa com os dizeres: “Viemos
homenageá-los pelas bodas
de esmeralda”. Chico trouxe a
faixa para frente de sua casa
onde pendurou para que todos
pudessem ver.
Já mais cansado, as bodas
de diamante, foi um grande almoço em sua casa. Adivinhem
o que foi servido? Isto mesmo,
frutos do mar! Todo tipo de
frutos do mar ao homem que
sabia o que estava comendo.
Muito debilitado, Chico chegou a comemorar em vida
ainda 66 anos de casamento.
Por ser uma biblioteca ambulante, uma japonesa que muito
o visitava, publicou um livro
com o titulo “Origem”, e den-
Texto e Foto: Ezequiel dos Santos
tro dele havia um texto e uma
foto deste honrado pescador.
Infelizmente Chico não conseguiu ver esta obra. Ele se foi
de uma forma como sempre
viveu, olhando pro mar.
No seu último dia no hospital,
ele perguntou aos familiares
o que seria aquela fumaça lá
fora. “Será que a Leopoldina ta
queimando panela?” Responde
a filha Benê: “Pai, é neblina do
mar, que vem pela boca da
barra, é uma serração”. Confortado, Chico se sentou na
varanda de sua casa, abaixou
suavemente sua cabeça para
olhar a frente da aba de seu
chapéu como se estivesse avistando o céu, o tempo e o mar.
Responde: “Pois é, o tempo ta
virando!”
Após essa conversa DEUS o
levou para o paraíso. Isso foi
em 02 de janeiro de 2003. O
que será que realmente ele
via por trás daqueles pequenos olhos? Que segredos ele
levou?
Ah! Ia me esquecendo, no
último dia 03 de março, dona
Leopoldina, exemplo de filha,
mãe, mulher, companheira,
amiga e conselheira fez noventa anos de vida, quase um século de existência. Desejamos
a dona Leopoldina, muitas felicidades, muitos anos de vida e
sinceramente meus PARABÉNS
e muito obrigado por tudo.
15 Março 2010
Lenda: Os Marinhos
Barbaridade!
Há mais de três meses não
chovia, numa estiada jamais verificada nestas redondezas. Aqui
a chuva é uma constante no
decorrer do ano e assim, uma
seca como aquela exasperava a
população, mormente a gente
dos bairros que, se dependia da
pesca, muito mais dependia da
lavoura para garantir a própria
sobrevivência.
De chuva, nem sinal! O céu
mantinha uma limpidez imaculada, um azul puríssimo, sem
um mínimo resquício de nuvem
que pudesse dar a esperança
de um próximo aguaceiro! O ar,
parado! Nem uma brisa, nem
uma aragem para refrescar um
pouco, fazendo balançar a ressequida galharia das árvores
desnudas, murchas, desfolhadas...
Toda a região sofria por igual
os efeitos daninhos da seca,
mas os moradores da Praia das
Toninhas, inconformados, afirmavam que lá era pior, que lá a
areia da praia era mais quente
que a das outras, chegando a
tostar-lhes as plantas dos pés
se não a evitassem, precisando
caminhar por cima, por sobre o
emaranhado dos “jundus”.
Lá, diziam, dava pena olhar as
roças, onde a plantação amarelecia esturricada sob a ação
escaldante dos raios solares!
Até a cachoeirinha que, sempre
farta descia murmurante a encosta pedregosa, estava agora
reduzida a um minguado filete
de água, torturando o mulherio
que amanhecia aglomerado ao
pé da bica, na angustiante espera de encher o vasilhame!
Seca tirana aquela!
E a pesca? Também falhara.
Se todo santo dia, logo cedo, os
pescadores saiam mar afora em
busca do básico alimento para
o seu sustento, retomavam alto
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Jornal MARANDUBA News
dia, desanimados, com rebotalhos, trazendo aquilo que até há
pouco desprezavam na praia à
acirrada disputa dos famintos
urubus.- “É - dizia Tonico Honorato, patriarca da Toninhas, por
isso mesmo acatado e respeitado -, isso aí é castigo, e pelos
pecadores pagam os inocentes... Já não há mais respeito,
não há mais recato!
Ninguém mais tem palavra! As
igrejas vazias... Pra essa gente
parece que Deus já não existe
e seus mandamentos não valem
mais nada. .. Isso é castigo!”
Na Toninhas o que Tonico Honorato dizia era sagrado. Se ele
disse que aquela provação era
castigo, outra coisa não cabia
senão rezar.
Enquanto os crédulos rezavam,
aguardando o milagre da chuva
redentora, Júlio e Camilo, dois
inseparáveis rapazes do bairro
passaram a observar o procedimento estranho de Marino, também amigo e companheiro, mas
agora arredio, evitando-os com
desculpas descabidas e alegações inconcebíveis.
A princípio não deram importância, mas num dado momento, como que acordando,
ficaram intrigados com tal procedimento. Ainda mais porque,
se a pesca fracassava para todos, por que para Marino era
diferente? Ele não saía com os
outros pela madrugada, mar
afora, singrando as ondas. Ficava em casa entretendo-se
em pequenos afazeres ou indo
á roça em desnecessária vistoria às ressequidas plantas que
teimavam vegetar nos aceiros.
A tarde, porém, viam-no caminhar pela costeira com petrechos de pesca, saltando de pedra em pedra, indo ponta afora,
para o costão do Itapecericuçu,
onde se demorava até o fim do
dia, quando regressava com o
Extraído do livro “Ubatuba - Lendas & Outras Estórias”
de Washington de Oliveira (“seo” Filhinho)
balaio transbordando de peixes,
bastante para o consumo da
família e com sobras até para
mimosear generosamente a vizinhança carente.
Para Júlio e Camilo - pensaram
- desvendava-se o mistério: o
bom pesqueiro estava para o
lado do Itapecericuçu, portanto,
bastaria ir lá. Mas, não querendo melindrar o arredio amigo,
para lá se dirigiram várias vezes, cautelosos, a fim de não
serem percebidos: umas, pela
manhã, bem cedo, outras, alta
noite, bem tarde. Interessante,
se lá permaneciam horas inteiras, o resultado era sempre
o mesmo: apenas dois ou três
peixinhos de pouco mais de um
palmo, daqueles sem condições
de serem postejados...
Por quê? - indagavam-se - por
que eles também bons pescadores, pescando no mesmo ponto,
não conseguiam resultado igual
ao de seu esquivo amigo?
Convencidos de que um segredo maior havia e que era preciso desvendar, certa noite foram
mais cedo e ocultaram-se entre
moitas de samambaias, aguardando a chegada de Marino.
Após longa espera, viramno chegar e encaminhar-se ao
declive de extensa laje, quase
plana, que descia em rampa
suave aprofundando-se no mar.
Viram-no, depois de acomodar
seus petrechos de pesca, descer vagarosamente o declive e
parar, absorto, olhando o mar,
cujas ondas subiam mansamente, uma a uma, beijando-lhe os
pés, para voltarem depois, borbulhantes e alvacentas, rendilhadas de espumas.
Num dado momento um farfalhar mais forte agitou as águas
próximas e dali emergiu uma
encantadora mulher, inteiramente nua, que, com desembaraço galgou a penedia, mal
disfarçando a total nudez com
basta cabeleira entremeada de
algas e de espumas!
Surpresos, viram Marino correr ao seu encontro, enlaçando-a nos braços, e ali permanecerem em doce e prolongado
idílio!
Que mulher era aquela - indagavam-se -, jovem, encantadoramente bela, que emergia
das águas, gesticulando como
se fosse muda e vinha entregar-se em arroubos de amor a
uma criatura humana? Não era
por certo uma sereia, misto de
peixe e de mulher que, com o
enlevo de seus cânticos, em
noites enluaradas atraía traiçoeiramente incautos navegantes
a pélagos profundos, para a
satisfação de voluptuosos desígnios de amor! Não! Aquela
era mulher perfeita, de corpo
escultural e beleza fascinante
que ali permaneceu por longo
tempo em arroubos de amor
até que, vencendo a relutância
de Marino, que tentava retê-la
junto a ele, desgarrou-se dele
e, rápida, solerte, atirou-se ao
mar, desaparecendo no verde
esmeraldino das águas.
Marino, então, pôs-se a pescar e em poucos momentos,
como fazia todos os dias, regressou com farta provisão de
peixes de grande porte - garoupas, sargos e badejos.
Júlio e Camilo, atônitos com o
que viram, voltaram outras vezes aquele pesqueiro, na esperança de desvendar o mistério
de que eram testemunhas.
Um dia a enamorada tardou
a aparecer. O crepúsculo já se
aproximava quando, emergindo airosa e bela, subiu apressadamente a inclinação da laje
para entregar-se aos braços de
Marino. Entretanto, ao contrário das outras vezes, demonstrava ansiedade em voltar ao
mar e fazendo entender o seu
intento, encontrava oposição de
seu amante, que a prendia nos
braços sem querer desgarrar-se
dela. Parecia resolvido a mantêla para sempre junto dele.
Compreendendo a situação
em que se achava, a jovem
passou a debater-se desesperadamente, querendo gritar mas
sem conseguir desprender a
voz, nem emitir um gemido sequer!
Na luta que se desenvolvia
Marino percebeu-lhe, na boca
exageradamente aberta, a garganta obstruída por enorme
guelra vermelha, que nos peixes
funciona como órgão respiratório. Instintivamente, sem vacilar
um instante, introduziu-lhe dois
dedos na boca e num gesto rápido, volteando-os, estirpou,
esponjosa e sanguinolenta, a
guelra que a impedia de falar,
mas que lhe dava condições de
viver mergulhada nas águas do
oceano.
Foi então que de seu esconderijo os dois rapazes ouviram a
jovem falar e perceberam que,
trocando juras de amor, perfeito entendimento se estabeleceu
entre eles: ela seria Ondina,
filha das ondas e, casada com
Marino, formariam, os dois, o
venturoso lar dos Marinhos.
Logo mais, protegidos pela
sombra da noite que descia
alcoviteiramente, o jovem par
encaminhou-se à Toninhas, à
casinha nova coberta de sapé
com beirais rendilhados de róseas trepadeiras - que Marino
havia construído há pouco - e
lá, como em todas as estórias,
a família Marinho cresceu, multiplicou-se e viveu muitos e muitos anos, alegre e feliz.
***
Não posso afirmar, mas dizem que ainda há muito Marinho por aí...
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15 Março 2010
Jornal MARANDUBA News
Raios!!!??? Descarga direta ou indireta?
Foto: Emilio Campi
DENIS RONALDO
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam que
existem somente um tipo,
existem basicamente dois tipos de descargas elétricas de
origem atmosféricas; a direta
e a indireta. Desta forma toda
vez que fizermos alguma referência sobre os raios ou descargas elétricas de origem atmosférica, devemos identificar
exatamente o tipo da mesma,
pois os dois tipos tem a mesma
origem, que é da atmosfera,
entretanto a penetração nas
dependências de uma empresa, escola, hospital ou qualquer outra instalação civil ou
elétrica, é realizada através de
caminhos diferentes.
Caminho das Descargas
Elétricas Diretas
Quando as condições atmosféricas entre uma determinada
região geográfica e climática
sobre esta região promover
uma diferença de potencial eletrostático muito intensa, isto é,
o campo elétrico formado nesse meio for tão intenso que
ioniza o ar (torna condutivo à
passagem de corrente elétrica), neste momento poderá
haver a passagem de corrente
elétrica por este “meio”, ora
antes isolante, mas agora condutivo, formando uma “ponte”
entre as cargas das nuvens
(negativa) repletas de elétrons
e o solo/ estrutura (positivo)
com falta de elétrons, até que
ocorra um equilíbrio de cargas
diminuindo a intensidade do
campo elétrico gerado nesse
meio, cessando assim a ligação
elétrica formada entre nuvens
e solo/estrutura (momento da
extinção do arco voltaíco).
Saiba como se previnir das descargas elétricas de origem atmosféricas que atingem nossa região
Caminho das Descargas
Elétricas Indiretas
Vale a explicação anterior,
entretanto, o termo “solo/estrutura” utilizado anteriormente, neste caso agora será solo/
estrutura aonde se encontra
uma torre ou poste, ou ainda a
rede elétrica ou telefônica, nas
regiões públicas de uma cidade
ou meio rural. Assim quando
ocorrer uma descarga elétrica
de origem atmosférica e ela
atingir uma dessas estruturas
ou linhas de transmissão, que
estão indiretamente conectadas às instalações elétricas
ou telefônicas, ocorrerá uma
conexão elétrica de descarga
realizada por cabos condutores
entre as instalações públicas
com as instalações privadas
(residênciais, comerciais, industriais, etc.). Esta descarga
elétrica na rede pode elevar
o nível de tensão elétrica nominal de uma tomada residencial. Por exemplo: de 127
volts, para valores da ordem
de dezenas de milhares de
volts (1000 volts, 2000 volts,
ou mais). Com este aumento
de tensão elétrica, inúmeros
aparelhos elétricos e eletrônicos podem ser danificados
caso não exista um sistema de
pára-raios específico, chamado
Pára-Raios de Secundária ou
Pára-Raio de Rede, ou ainda
Sistema de Pára-Raios Contra
Descargas Elétricas de Origem
Atmosférica Indireta.
Podemos fazer uma comparação “grosseira” dessa proteção, com o conhecido “ladrão”
ou saída de escape de um reservatório de água que evita a
sobrecarga, neste caso, sobrecarga hidráulica, na ocorrência
de falha da válvula de nível
tipo bóia.
Conclusão
Um Sistema de Pára-Raios
Contra Descargas Elétricas de
Origem Atmosférica Indireta
devidamente instalado junto
as fases de energia elétrica ou
junto aos fios da linha telefônica de empresas ou residências,
pode “drenar” as sobretensões
elétricas para um sistema de
aterramento, mantendo os níveis de tensão elétrica da rede
normais, protegendo assim os
equipamentos elétricos e eletrônicos contra danos.
Muitos acidentes causados por
raios da forma Indireta (pela
rede elétrica ou telefônica),
são confundidos com raios da
forma Direta e necessitam de
um sistema de proteção específico, conhecido pelos páraraios sobre as coberturas dos
telhados ou prédios, ou sobre
as torres de celular.
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Jornal MARANDUBA News
A presença da língua tupi em Ubatuba
Conheça o significado dos nomes de alguns lugares de Ubatuba segundo o idioma tupi-guarani
CAMILO DE LELLIS SANTOS
A língua portuguesa, apesar
de sua origem indo-européia,
sofreu no Brasil a influência
de muitos outros idiomas, provenientes de nossos colonizadores, dos escravos africanos
e principalmente dos nossos
ancestrais indígenas. Dessa
maneira, muitas palavras que
compõem nosso dia-a-dia têm
origem na língua tupi. Como
em Ubatuba houve uma marcante presença indígena tupi
(Tupinambá e Tupiniquim),a
cidade herdou uma variedade de nomes oriundos desses
povos. Em entrevista ao nosso
jornal, o antropólogo e mestre em toponímia (nominação
de lugar) pela Universidade
de São Paulo (USP), Benedito
Prezia, autor de
livros sobre a
questão indígena, além
de ter um
trabalho
junto às
comu-
nidades indígenas do Estado
de São Paulo, nos fala sobre
a forte presença da língua tupi
na geografia ubatubense.
Quais foram os primeiros
moradores de Ubatuba?
Foram os indígenas Tupinambás, conhecido também
como Tamoios, que ocuparam
o litoral desde São Sebastião
até Cabo Frio, no Rio de Janeiro, com mais de 40 aldeias
espalhadas ao longo do litoral.
Há uma certa dúvida quanto à
localização da atual Ubatuba,
cuja referência encontramos
no relato do alemão Hans
Staden. Aliás, nesse território
Tupinambá, havia três aldeias
com esse nome: a aldeia onde
está a atual Ubatuba, uma outra, em frente à Ilha Grande,
perto da atual Angra dos Reis,
e uma terceira, próximo à Niterói. Historiadores também
indicam a aldeia de Iperuy
(ou Iperoig), onde ficou Anchieta durante a Guerra dos
Tamoios, como a ancestral
da atual Ubatuba. Podemos
dizer que Yperuy deveria
ser a aldeia principal, localizada na colina, próximo
ao centro de Ubatuba, e
que a Ubatuba citada
por Staden, deveria ser uma aldeia
de menor importância. Com o extermínio
dos
Tupinambá, o
nome Iperuy
foi substi-
tuído pelo de Ubatuba, tornando-se uma vila mestiça, como
indígenas Tupiniquins, alguns
Tupinambá que se aliaram e
alguns portugueses.
Como você traduziria
Iperoig e Ubatuba, já que
há tantas etimologias?
Iperuy (melhor que Iperoig)
significa rio do tubarão (IPERU= tubarão + Y= rio). O sufixo /ig/ foi criado pelos jesuítas
para representar o /i/ gutural
indígena (Y).
As outras duas aldeias
Ubatuba, com o tempo desapareceram. Quanto ao significado de Ubatuba, na minha opinião é “lugar com muita cana
do tipo flecha” (UBA= cana +
TUBA= muito, sufixo de abundância). A tradução “lugar de
muitas canoas” não tem sentido, pois indicaria uma espécie
de estaleiro, o que não devia
ocorrer entre os indígenas. O
fato de existir três aldeias com
esse nome, mostra que essa
vegetação (ubá) que, aliás, é
abundante na região, devia
estar presente em outras partes do litoral. A toponímia tupi
é muito descritiva, como ocorre com outros topônimos nessa linha, como Caraguatatuba
(lugar com muito caraguatá,
planta da família das bromélias), Araçatuba (lugar com
muito araçá, que é da família
da goiaba).
Que significado tem os
nomes tupis de tantos bairros e praias de Ubatuba?
Os nomes indígenas são
quase sempre descritivos. Alguns são de difíceis compreensão, pois a história do lugar se perdeu. Certos nomes
podemos ainda chegar a uma
tradução, pela formação eti-
mológica deles. Por exemplo:
Maranduba que quer dizer
‘notícia ruim’ (MARÃ= ruim,
guerra + DUBA= notícia). Estaria ligado a algum episódio
guerreiro? Itamambuca, quer
dizer ‘pedra furada’ (ITA= pedra + MANBUC= furada); Ipiranguinha, provavelmente derivado da palavra piranguim,
que quer dizer ‘rio vermelho,
o pequeno’ (PIRANGA= vermelho + Y= rio + MIRIM/IM
= pequeno); Puruba, que deve
significar ‘rosto do tubarão’
(IPERU=tubarão + OBA= rosto); Itaguá, quer dizer ‘buraco
de pedra’ (ITA= pedra + GUA/
QUARA= buraco), devendo indicar baía onde se localiza este
bairro; Prumirim, deve significar ‘rio do tubarão, o pequeno’
(IPERU= tubarão + Y= rio +
MIRIM= pequeno).
E caiçara? Por que recebemos este nome?
Vem da palavra tupi kaaysa,
que significa cerca de galho,
usada para pegar peixe ou
fortificação construída para
defender a aldeia. Caiçara passou a ser o homem que vive
desse tipo de pesca, capturando peixes nessa armadilha rudimentar, feita com galhos de
árvore do manguezal.
Para encerrar nossa conversa, nosso entrevistado, que é
defensor da causa indígena,
nos traz essa bela frase do escritor João Ribeiro, para nossa
reflexão: Os conquistadores
que tudo destruíram, não puderam apagar do arvoredo,
dos rios e das montanhas essas vozes [nomes indígenas]
claras e sonoras, esses nomes
de lugares que ainda hoje palpitam sobre os destroços dos
povos vencidos.
Camilo de Lellis Santos é biólogo.
Página 14
Jornal MARANDUBA News
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9601.5472 c/ Eduardo
No próximo dia 20 e 21, de março, durante todo o dia, na praia da Caçandoca haverá diversas apresentações culturais, Shows Musicais, Sarau Literário, Desfiles, Hip Hop, Danças
Típicas, Bate Papo Histórico, Comidas Típicas e Palestras, com a participação das Comunidades Quilombolas convidadas do Cafundó, Brotas, São Bento do Sapucaí, Fazenda, Camburi, Caçandoca, União do Morro, Jaó e de Guará. Vale a pena conferir. Participe.
DVD “Caraguá: da catástrofe ao progresso”
ATENÇÃO: Os anúncios classificados representa um serviço do Jornal Maranduba News à
comunidade da região sul de Ubatuba e norte
de Caraguatatuba. O jornal não tem qualquer
interesse ou participação dos negócios aqui
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15 Março 2010
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Jornal MARANDUBA News
Gordinha, mas elegante Túnel do Tempo
Registro de fatos do século passado em nossa região
1994
Época áurea do Esporte Clube Maranduba em final de campeonato
ADELINA CAMPI
Quem é gordinha ou está
com uns quilinhos a mais e se
sente totalmente confortável
com isso as vezes encontra o
problema de não saber o que
vestir para se sentir elegante,
sexy ou até mesmo valorizar
o corpo. Assim como em todo
tipo físico, há dicas para que
você possa se sentir bem e em
dia com a moda. Afinal as mulheres gordinhas também tem
o seu charme!
Depois de fazer uma avaliação crítica e saber seus pontos
fortes e fracos, preste atenção
às dicas. Se você tem o busto
grande, mas o quadril estreito
pode usar cores claras na parte de cima e uma peça de cor
média em baixo.
O truque da sobreposição
pode ser usado sem erros, por
exemplo: camisa branca com
um colete longo de cor escura
e uma calça jeans escuro reta
ou ainda pode montar um look
com jaqueta jeans, camiseta
colorida, cachecol ou um colar
e saia godê, já que este tipo de
saia disfarça os quadris.
A calça jeans sempre coringa
no guarda-roupa de toda mu-
lher deve ser escura por que
alonga a silhueta. Os tons mais
usados são o cinza, marrom,
preto ou mesmo o famoso índigo. E cuidado com a cintura:
Ela deve ser no local correto
e nada de cintura baixa, pois
marca muito o abdômen.
Cuidado também com os
bolsos e detalhes; eles podem
tanto emagrecer quando aumentar o volume. Atenção total
quando for comprar uma calça
com detalhes.
E como em toda e qualquer
produção, use e abuse dos
acessórios; eles criam diferentes looks com poucas peças,
assim você sempre sai com
uma cara nova de casa, mesmo repetindo algumas roupas.
Já o salto alto alonga a silhueta
e faz toda e qualquer mulher se
sentir mais elegante.
Dentre todas essas dicas, a
última é a mais valiosa: sempre
gaste um tempo experimentando, olhando criticamente e
atentamente ao espelho, afinal de contas, se você se sente bem e gosta da roupa todos
irão gostar. Caso ainda fique na
dúvida, não compre isso é sinal
de que a roupa não ficou bem.
1995
Época de fartura: Vadinho mostra
tainhas pescadas na Maranduba
1993
Irmãos Sergio e Zé. Que dupla!
1995
O Boêmio Bar sempre foi muito bem frequentado. Na foto Salete, o
advogado Silvio Salata e o fotografo e colunista Marcos Badilho
1994
1996
Construção do muro de contenção da orla da Maranduba
1995
Em casamento memorável: Sueli,
Valéria (noiva) e Carol
Aqui teve início o Kort’s Banana.
Quem conheceu essa turma
nunca mais esquece...
1996
Maranduba já sediou até etapa do campeonato nacional de Jet Ski
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Rio Lagoinha pede socorro pg 03 Stand