CENTRO UNIVERSITÁRIO
FEEVALE
ESPECIALIZAÇÃO EM ARTETERAPIA
PERCEPÇÃO E CONSCIÊNCIA
CORPORAL
KORINE COMPAGNONI SOARES
Profissional de Educação Física;
Especialista em Dançaterapia;
Mestre em Ciências Aplicadas a Atividade Física e
o Desporto, pela Universidade de Córdoba,
Espanha;
Professora do Município de Novo Hamburgo;
Criadora do Projeto de Dançaterapia para alunos
com necessidades educacionais especiais;
Professora do Pós Graduação em Arteterapia da
UCS, Feevale e UPF.
EMENTA
Propõe, através de atividades teóricovivenciais, o conhecimentto do próprio corpo
como possibilidade de percepção e expressão
do pensar, sentir e fazer, bem como de
prevenção e melhoria da qualidade de vida.
(COMPAGNONI)
OBJETIVOS
Identificar o corpo como representação do Ser Total, onde
mente em corpo estão em interação constante e recíproca.
Perceber que o corpo reflete em suas posturas, gestos e
movimentos a história de vida e percepções de cada sujeito
diante de si e do mundo.
Vivenciar diferentes práticas de Expressão, Percepção,
Consciência Corporal e Dançaterapia, possíveis de aplicar no
meio Arteterapêutico, criando novas possibilidades a partir
(COMPAGNONI)
delas.
PROGRAMA DE APRENDIZAGEM
Contexto sócio-cultural/historicidade
A relação corpo-mente
Integralidade do SER
Comunicação corpo/gesto
Interação e percepção: Eu comigo mesmo Outro com ele mesmo e Nós
(COMPAGNONI)
METODOLOGIA
Aulas dialogadas, expositivas e práticas sobre temas
abordados na disciplina.
Leituras e debates de diferentes textos.
Vivências diversas de Expressão Corporal e
Dançaterapia, buscando a formação pedagógica e
pessoal.
Aplicação por parte dos alunos de atividades práticas.
(COMPAGNONI)
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Memorial descritivo das atividades práticas;
Trabalho em grupo: aplicação de uma prática de
vivências corporais, criada a partir dos textos
desenvolvidos.
Relatório: relato, embasado teoricamente, da
aplicação das atividades vivenciadas em aula em
uma clientela escolhida.
Análise do filme.
(COMPAGNONI)
BIBLIOGRAFIA
(COMPAGNONI)
Bibliografia Básica:
DIEFENBACH, Neide. O eu corporal em terapia morfoanalítica. Porto
Alegre: Edições Est, 1999.
GAIARSA, José Ângelo. Couraça muscular do caráter – trabalho
corporal em psicoterapia. São Paulo: Agora, 1984.
WIEL, Pierre e TOMPAKOW, Roland. O corpo fala - a linguagem
silenciosa da comunicação não-verbal. Petrópolos: Vozes, 1996.
Bibliografia Complementar:
ACURI, I. G. Arteterapia e o Corpo Secreto: técnicas expressivas
coligadas ao trabalho corporal São Paulo: Vetor, 2006.
FUX, M. Dança, experiência de vida. São Paulo: Summus, 1983.
FUX, M. Formação em Dançaterapia. São Paulo: Summus, 1996.
GARAUDY, R. Dançar a Vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
LIBERMAN, F. Danças em Terapia Ocupacional. São Paulo: Summus,
1998.
GARAUDY em Dançar a Vida (1991)
“Aquele que sabe compreender a dança sagrada
conhece o caminho que liberta da ilusão
individualista, pois a dança é sua própria natureza,
sua vida espontânea e total, para além de todos os
fins particulares e limitados: ele se identifica com o
movimento rítmico do todo que o habita.”
“A dança é então um modo total de viver o mundo:
é a um só tempo, conhecimento, arte e religião.”
(COMPAGNONI)
“Como então não acreditar, como o xamã, que a
dança pode curar o indivíduo insuflando-lhe a vida
maior do Todo? Como não crer, com o feiticeiro de
Casamance, conjugar os mortos e evocar ou
reativar o poder do ancestral nos ritos funerários ou
nas festas da tribo?” (GARAUDY, 1991)
(COMPAGNONI)
“A dança exprime a coesão e o poder transcendente
da comunidade. Por isso, revela a grandeza ou o declínio
de uma civilização.
Na China do século VI, o sábio Confúcio dizia:
“Mostrem-me como dança um povo que eu lhes direi se
sua civilização está doente ou tem boa saúde.”
O explorador Livingstone conta que o Banto, quando
encontra um estrangeiro, não lhe pergunta “Quem és?”
mas “O que danças?” Para um africano, o que um homem
dança é sua tribo, seus costumes, sua religião, os grandes
ritmos humanos de sua comunidade.” (GARAUDY, 1991)
(COMPAGNONI)
“Toda
dança
implica
participação: mesmo quando ela é
espetáculo, não é apenas com os
olhos que a “acompanhamos”, mas
com os movimentos pelo menos
esboçados de nosso próprio corpo”.
(GARAUDY, 1991)
(COMPAGNONI)
“Pela dança, o corpo deixa de ser uma coisa
para tornar-se uma interrogação.” (GARAUDY, 1991)
“Dançar a vida não seria, antes de tudo, tomar
consciência de que não apenas a vida, mas o
universo é uma dança, e sentir-se penetrado e
fecundado por esse fluxo do movimento, do ritmo,
do todo?” (GARAUDY, 1991)
(COMPAGNONI)
“...A dança moderna, fazendo
do corpo inteiro, centrado em si
mesmo, um instrumento controlado
de expressão e de criação, deu
novamente à arte e, em particular à
dança – a única arte em que o
próprio artista se torna obra de arte,
como disse Nietzsche – seu papel
mais importante: desenvolver uma
atividade que não é outra senão a
própria vida, porém mais intensa,
mais despojada, mais significativa.”
(GARAUDY, 1991)
(COMPAGNONI)
Dança e Movimento como
recurso
Arteterapêutico
KORINE COMPAGNONI SOARES
A dança encontra-se
na
existência
humana
desde os seus primórdios,
através da expressão,
comunicação,
oração,
diversão e sobrevivência.
O movimento está presente no dia a dia como
forma de vida, na respiração, circulação do
sangue, na alimentação, no deslocamento e no
prazer. Cada pessoa, mesmo sem estar ciente,
encontra-se dançando a sua vida.
(COMPAGNONI)
A dança também pode ser utilizada de forma
terapêutica, através de atividades que facilitam
auto-conhecimento, trabalhando sobre a imagem e
o esquema corporal e conduzindo o indivíduo a
uma percepção mais realista do seu corpo.
(COMPAGNONI)
A dança como recurso terapêutico é
aconselhada a todas aquelas pessoas
que querem desfrutar do movimento, da
música e da dança; que desejam
ampliar e resgatar os seus padrões de
movimentos
e
de
coordenação;
explorar a linguagem não verbal e
conhecer aspectos comunicativos e
criativos do corpo.
(COMPAGNONI)
PROJETO DE DANÇATERAPIA
Iniciou em 2002, atendendo alunos com NEE da EMEF.
Samuel Dietschi e da Sala de Recursos de Deficientes
Visuais, num total de 6 alunos.
Foi estágio da Especialização em Dançaterapia e fruto do
estudo “A dançaterapia como auxilio na resolução de
conflitos pessoais dos deficientes visuais”.
(COMPAGNONI)
Em 2003 passou a atender 12
crianças.
(COMPAGNONI)
Em 2004 e 2005, passou a atender 22 crianças e foi foco da
Dissertação “La Concepción de Imagen Corporal de los
Portadores de Necesidades Educativas Especiales, Integrantes
de un Proyecto de Danzaterapia”.
(COMPAGNONI)
Em 2006, 2007 e 2008 passou a atender em mais dois
locais, alunos de diversas escolas da rede municipal de
ensino, totalizando 60 crianças com NEE.
(COMPAGNONI)
Em 2009 ocorre no
EMEF. Samuel Dietschi e
no Centro Social Madre
Regina.
CENTRO UNIVERSITÁRIO
FEEVALE
ESPECIALIZAÇÃO EM ARTETERAPIA
PERCEPÇÃO E CONSCIÊNCIA
CORPORAL
Download

Dançar a Vida.