boletim
ISSN - 0103-6688
ABNT
Abril 2012 | volume 10 | nº 116
O futuro que queremos
Os caminhos para o desenvolvimento sustentável, que serão
discutidos na conferência Rio+20, tornam-se cada vez mais acessíveis
com a aplicação de normas técnicas. A conjugação das dimensões
econômica, ambiental e social, há muito tempo contempladas pela
normalização, ajuda a garantir o futuro das próximas gerações.
Cursos
Destaques de abril e maio de 2012
Trabalhos acadêmicos
Brasília - 15 e 16/05
Padronização de livros e periódicos
São Paulo - 10 e 11/05
Gestão de riscos - Princípios e diretrizes
ABNT NBR ISO 31000:2009
São Paulo - 17 e 18/05
Aplicação da norma ABNT NBR 10151:2000 ao controle do
ruído no meio ambiente - Conceitos procedimentos e uso de
instrumentos de medição
Brasília - 17 e 18/05
Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas
urbanas para fins não potáveis - ABNT NBR 15527:2007
São Paulo - 16/04
Manejo de águas pluviais - Parte 1: Quantidade
São Paulo - 17/04
Manejo de águas pluviais - Parte 2: Qualidade
São Paulo - 18/04
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos - ABNT NBR 9050:2004
São Paulo – 18, 19 e 20/04
São Paulo – 23, 24 e 25/05
Introdução à normalização
Rio de Janeiro - 18/04
Porto Alegre - 30/05
Responsabilidade social - ABNT NBR 16001:2004 e
ABNT NBR ISO 26000:2010
São Paulo - 19 e 20/04
Guia sobre técnicas estatísticas para a ABNT NBR ISO 9001 ABNT ISO/TR 10017:2005
São Paulo - 23/04
Auditoria interna do SGSI - Sistema de gestão da segurança
da informação (ABNT NBR ISO/IEC 27001:2006)
São Paulo - 23 e 24/04
Curitiba - 26 e 27/04
Gerenciamento de riscos de explosão
ABNT NBR 15662:2009
São Paulo - 23/04
Sistemas de gestão de segurança da informação –
Requisitos - ABNT NBR ISO/IEC 27001:2006 e
ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005 - Código de prática
Curitiba - 25/04
Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas ABNT NBR 5419:2005
São Paulo - 26 e 27/04
Porto Alegre - 22 e 23/05
Produtos para saúde - Sistemas de gestão da qualidade Requisitos para fins regulamentares
ABNT NBR ISO 13485:2004
São Paulo - 07 e 08/05
Passivo ambiental em solo e água subterrânea - Avaliação
confirmatória - ABNT NBR 15515-2
São Paulo - 07 e 08/05
Instalações elétricas de baixa tensão I
ABNT NBR 5410:2004 - Proteção e segurança
São Paulo - 08, 09, 10 e 11/05
Transporte terrestre, rotulagem e documentação de
produtos químicos e resíduos perigosos - Normas brasileiras
e legislação
São Paulo - 10 e 11/05
Etiquetagem de têxteis com ênfase na norma
ABNT NBR NM ISO 3758:2010
São Paulo - 15 e 16/05
Sistemas de aterramento, projeto, construção, medições e
manutenção
São Paulo - 16, 17 e 18/05
Auditor interno de sistema integrado de gestão
São Paulo - 17 e 18/05
Introdução às instalações elétricas em atmosferas
explosivas - ABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Parte 1:
Ambientes com gases e vapores inflamáveis
Rio de Janeiro - 17/05
Introdução às instalações elétricas em atmosferas
explosivas - ABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Parte 2:
Ambientes com pós combustíveis
Rio de Janeiro - 18/05
Gestão de riscos de segurança da informação
ABNT NBR ISO/IEC 27005:2008
São Paulo - 24 e 25/05
Diretrizes para treinamento - ABNT NBR ISO 10015:2001
Rio de Janeiro - 25/05
Indústrias do petróleo gás natural e petroquímica - Sistemas
de gestão da qualidade específicos do setor - Requisitos
para organizações de fornecimento de produtos e serviços ABNT ISO/TS 29001:2010
São Paulo - 28/05
Meios de hospedagem – Sistema de gestão da
sustentabilidade – Requisitos - ABNT NBR 15401:2006
Rio de Janeiro - 3105 e 01/06
Aplicação de gerenciamento de risco a produtos para a
saúde - ABNT NBR ISO 14971:2009
São Paulo - 31/05 e 01/06
Veja a programação completa no site: www.abnt.org.br
Informações e inscrições: [email protected] Tel.: (11) 2344 1722 / 1723
[ Editorial ]
Enfrentando os desafios globais
O
O Brasil prepara-se para receber a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), evento que colocará em discussão a agenda
mundial de sustentabilidade para as próximas décadas.
Desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio92), a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), atuando junto da International
Organization for Standardization (ISO), despertou para o fato de que precisava dar sua
contribuição para o enfrentamento dos novos desafios globais em prol do desenvolvimento
sustentável. Era necessário focar, ao mesmo tempo, os aspectos econômico, ambiental e
social.
Já era do conhecimento mundial que normas técnicas aplicadas a produtos, processos e
serviços como, por exemplo, a família ABNT NBR ISO 9000, de sistemas de gestão da qualidade, contribuem para o desenvolvimento econômico, pois conduzem as organizações na
busca da melhoria de desempenho e da excelência.
Depois da Rio-92, os organismos de normalização passaram a se questionar como as normas poderiam servir de guia para que as empresas, de qualquer porte e ramo de atividade,
aliassem aos seus processos boas práticas ambientais, aumentando sua produtividade com
menos recursos.
A norma de sistemas de gestão ambiental (ABNT NBR ISO 14001:2004) surgiu em resposta
a esses anseios e estimulou a elaboração de uma série de outras normas que impulsionam
a sustentabilidade em seu aspecto ambiental.
Para sedimentar o caminho rumo ao desenvolvimento sustentável, uma infinidade de normas defende os interesses da sociedade ao promover qualidade de vida e lidar com importantes questões como saúde, poluição, segurança dos alimentos e acessibilidade.
As organizações sensibilizadas para atender às expectativas do novo padrão de desenvolvimento mundial contam também com as orientações da norma de responsabilidade social
(ABNT NBR ISO 26000:2010) e com as diretrizes da (ABNT NBR 16000:2011) para a implementação e certificação da gestão socialmente responsável.
Diante desse cenário, a ABNT vai participar da Rio+20 para demonstrar como as normas
técnicas podem ser a solução para os desafios globais, transformando o discurso das boas
intenções em ferramentas efetivas na conquista do desenvolvimento sustentável.
Ricardo Fragoso
Diretor-geral
boletim
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ABNT
Abril 2012 | volume 10 | nº 116
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO:
Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa
Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra
São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e
Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland
O futuro que queremos
Os caminhos para o desenvolvimento sustentável, que serão
discutidos na conferência Rio+20, tornam-se cada vez mais acessíveis
com a aplicação de normas técnicas. A conjugação das dimensões
econômica, ambiental e social, há muito tempo contempladas pela
normalização, ajuda a garantir o futuro das próximas gerações.
Capas Boletim.indd 9
28/03/2012 14:00:30
(ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da
indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Instituto Brasileiro
de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTec), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT),
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Petróleo Brasileiro S/A
(PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), SIEMENS
Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos Elétricos S/A /
Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
(ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira
da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Departamento de Ciência e Tecnologia
Aeroespacial (DCTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São
Paulo (SINDUSCON) / Sócio Contribuinte Microempresa: Associação Brasileira da Indústria de
Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) / Sócio
Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Conselho Técnico - Presidente do
Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros: ABNT/CB-03 – Eletricidade,
ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 – Cimento, concreto e agregados, ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO FISCAL
Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Mantenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira
da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas
Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello
Lettière Pilar
CONSELHO TÉCNICO:
Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)
[ Índice ]
03 [ Capa ]
O futuro que queremos
13 [ Entrevista ]
Construindo um legado de sustentabilidade
17 [ Artigo ]
As Normas ISO ajudam a tornar o planeta mais
verde
18 [ Institucional ]
Foco e comprometimento
ISO TC 20/SC 14 reúne-se no Brasil
Para seu conhecimento
DIRETORIA EXECUTIVA:
Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso ([email protected]) / Diretor de Relações Externas
– Carlos Santos Amorim Júnior ([email protected]) / Diretor Técnico – Eugenio Guilherme
Tolstoy De Simone ([email protected])/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista
Teixeira ([email protected])
ESCRITÓRIOS:
Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ –
Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 ([email protected]) – São Paulo:
Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017.3600 –
Fax (11) 3017.3633 ([email protected]) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007
27 [Dúvidas]
28 [ Turismo e Normalização ]
Rumo à Córeia
29 [ Negócios ]
Capacitação amplia atuação
– 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 ([email protected]) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/DF
– Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 ([email protected]) – Paraná: Rua
Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento.pr@
abnt.org.br) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto
Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 (atendimento.poa@
abnt.org.br) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/
BA – Telefone: (71) 3329-4799 ([email protected])
EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT:
Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares / Publicidade: [email protected] / Redação e Revisão: Monalisa Zia (MTB 50.448) /
Oficina da Palavra / Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) / Assessoria de Imprensa: Oficina da
Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Garbelini (MTB 19.375)
/ Coordenação: Laila Pieroni / Boletim ABNT: Abril 2012 – Volume 10 – Nº116 / Periodicidade:
Mensal / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: RP Diagramação ([email protected]) /
Impressão: Type Brasil.
PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA:
www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax: (11) 3017-3633
31 [ Normalização em Movimento ]
ABNT inicia trabalhos na área de Defensivos
Agrícolas
CEE de Símbolos Gráficos
ABNT NBR ISO/IEC 31010 aprovada para publicação
Segurança em parques de diversões
32 [ Fique por Dentro ]
[ Capa ]
O futuro que queremos
Durante a Rio+20, a ABNT pretende demonstrar como as normas técnicas fornecem
soluções nos aspectos econômico, ambiental e social, que compõem o tripé da
sustentabilidade, ajudando a transformar boas intenções em resultados concretos.
O
O Pnuma contribuiu para a elaboração Draft Zero
com base em seu relatório Rumo a uma Economia
Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável
e a Erradicação da Pobreza. “Este documento revela
que um investimento de 2% do Produto Interno Bruto
(PIB) global, cerca de US$ 1,3 trilhão, em dez setores
- agricultura, edificações, energia, pesca, silvicultura,
indústria, turismo, transporte, água e gestão de
resíduos, seria suficiente para concretizar a transição
para a economia verde que tanto almejamos”, revela
abril | 2012
A Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente
Humano realizada pela ONU em Estocolmo, Suécia,
em 1972, chamou a atenção para as discussões sobre
desenvolvimento e meio ambiente. Esse encontro
produziu a Declaração sobre o Meio Ambiente Humano
e estimulou a criação do Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (Pnuma).
Em 1992, no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
Haroldo Mattos de Lemos, superintendente do Comitê Brasileiro
de Gestão Ambiental (ABNT/CB-38)
3
Rio+20
(Rio-92) consolidou o conceito de desenvolvimento
sustentável, criando importantes documentos, atuais
até hoje, como a Agenda 21, a Convenção sobre
Mudanças Climáticas e a Declaração do Rio. (veja
box na pág. 10). Agora, a Rio+20 deverá renovar
o compromisso político com o desenvolvimento
sustentável e apontar os caminhos futuros.
O Draft Zero, documento da ONU que serve de
base para as negociações da Conferência, define
dois temas principais: a economia verde no contexto
do desenvolvimento sustentável e da erradicação
da pobreza; e a estrutura institucional para o
desenvolvimento sustentável. De acordo com o
Pnuma, economia verde “é aquela que resulta na
melhoria do bem-estar humano e da igualdade social,
ao mesmo tempo que reduz significativamente os
riscos ambientais e as carências ecológicas”.
boletim ABNT
mundo voltará suas atenções ao Brasil, nos
dias 13 a 22 de junho, quando será realizada
a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, no Rio de
Janeiro (RJ). Representantes dos Estados-membros
da Organização das Nações Unidas (ONU) e dos mais
variados segmentos da sociedade discutirão a agenda
mundial de sustentabilidade para as próximas décadas,
vinte anos depois da histórica Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
(Rio-92).
A Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), assim como a International Organization
for Standardization (ISO), participarão do evento,
demonstrando como as normas técnicas são
ferramentas fundamentais para o desenvolvimento
sustentável, atuando em suas três dimensões:
econômica, ambiental e social.
Grande parte do acervo da ABNT, com cerca de 9 mil
normas , contribui para o desenvolvimento sustentável
ao responder aos desafios ambientais como o
aquecimento global, a poluição, o consumo de energia
e o desmatamento florestal. Nos negócios, as normas
oferecem meios para que as organizações avaliem
e melhorem seu desempenho, realizem transações
comerciais justas e seguras, tornando-se também um
instrumento de marketing e de competitividade.
As normas também defendem os interesses da
sociedade ao tratar de questões como saúde e bemestar, qualidade da água, segurança dos alimentos,
acessibilidade e responsabilidade social.
[ Capa ]
“Um investimento de 2% do PIB global seria suficiente para
concretizar a transição para a economia verde que tanto
almejamos”
boletim ABNT
4
abril | 2012
Haroldo Mattos de Lemos, superintendente do
Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB38), presidente do Conselho Técnico da ABNT, vicepresidente do Comitê Técnico de Gestão Ambiental
da ISO (ISO/TC-207) e Presidente do Instituto Brasil
PNUMA.
Já o debate sobre a estrutura institucional tem o
objetivo de melhorar a coordenação e a eficácia das
atividades desenvolvidas pelas diversas instituições do
sistema ONU que se dedicam aos diferentes pilares do
desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental). Nesse sentido, pretende-se discutir reformas
nos programas da ONU que tratam dessas questões,
tais como a Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável (CDS) e o Pnuma.
ABNT e ISO
Durante a Rio+20, a ABNT e a ISO vão demonstrar
para empresas, autoridades mundiais e sociedade
como as normas técnicas podem transpor o discurso
das boas intenções para obtenção de resultados concretos rumo ao desenvolvimento sustentável.
Os dois organismos de normalização ministrarão
palestra no espaço oficial da Convenção, o Riocentro.
“Vamos falar de Normas Internacionais como solução
para os desafios globais e sua contribuição para desenvolvimento sustentável”, informa o gerente de Relações Internacionais da ABNT, Eduardo São Thiago.
A ABNT vai realizar mais quatro eventos, sendo dois
no Forte de Copacabana e os outros no Pier Mauá,
em parceria com a ISO, a Federação das Indústrias
do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Global
Ecolabelling Network (GEN), sobre normalização, sustentabilidade e rotulagem ambiental.
“Esperamos transmitir a mensagem da importância
da normalização nesse contexto de globalização e de-
senvolvimento sustentável às autoridades e ao público
que lá estará”, comenta São Thiago.
Economia
Aplicadas a produtos, serviços, processos ou qualificação de pessoal, as normas técnicas são fundamentais para que empresas, governos e entidades setoriais
conquistem a excelência em aspectos como gestão da
qualidade, segurança, desempenho ambiental, eficiência energética, atendimento ao cliente.
Os sistemas de gestão da qualidade (ABNT NBR ISO
9001:2008), ambiental (ABNT NBR ISO 14000:2004),
da energia (ABNT NBR ISO 50001:2011), de segurança
da informação (ABNT NBR ISO/IEC 27003:2010), entre
outros, traduzem os benefícios que as normas técnicas
trazem para o desenvolvimento sustentável.
Publicada pela primeira vez em 1987, a ISO 9001
agora passa por uma importante revisão de conteúdo.
“Desde seu lançamento, a ISO 9001 facilitou o comércio nacional e internacional. Essa norma é o primeiro
passo para se caminhar para a excelência”, assegura
o superintendente do Comitê Brasileiro da Qualidade
(ABNT/CB-25), Renato Pedroso Lee.
Renato Pedroso Lee, superintendente do Comitê Brasileiro da
Qualidade (ABNT/CB-25)
ABNT vai sediar evento internacional
O Global Ecolabelling Network (GEN) é uma
associação sem fins lucrativos, formada por
organizações de terceira parte, que desde 1994
promove o reconhecimento de desempenho
ambiental, a certificação e a rotulagem de produtos
e serviços. Na América do Sul, apenas o Brasil tem
representação no GEN, por meio da ABNT.
Anualmente o GEN realiza uma reunião geral,
com a participação de todos os membros. Este ano o
evento será no Brasil, no Rio de Janeiro, na primeira
“O evento compreende uma reunião do Board
do GEN, seminário internacional aberto ao público
com palestras e discussões a respeito de rotulagem
ambiental e outros temas relacionados, reunião
interna com participação de todos os membros e
um workshop a respeito de algum tema relacionado
com a rotulagem ambiental”, antecipa o gerente de
Certificação de Sistemas da ABNT, Guy Ladvocat
[ Capa ]
“Vamos falar de Normas Internacionais como solução para os
desafios globais”
Com a ABNT NBR ISO 9001, vieram normas complementares, que auxiliam em sua implementação. “Existe também a ABNT NBR ISO 9004 que ainda é pouco
utilizada, mas atende a todas as partes interessadas:
empresários, empregados, fornecedores, comunidade
no entorno e a sociedade. Essa visão global é resultado
dos conceitos de sustentabilidade que a norma traz”,
observa Lee.
A norma em questão é a ABNT NBR ISO 9004:2010 Gestão para o sucesso sustentado de uma organização
— Uma abordagem da gestão da qualidade.
Eficiência energética
5
abril | 2012
Alberto J. Fossa, coordenador da Comissão de Estudo Especial
de Gestão de Energia (ABNT/CEE-116)
Uma norma inovadora. É assim que José Augusto
Pinto de Abreu, diretor da Sextante Ltda. e técnico de
apoio da Secretaria do Comitê Brasileiro do Turismo
(ABNT/CB-54), avalia a ABNT NBR 15401:2006 - Meios
de hospedagem - Sistema de gestão da sustentabilidade
– requisitos, por ter sido uma das primeiras normas do
mundo a reconhecer a importância da gestão nesse
segmento.
Implementada em variados tipos de meios de
hospedagem (hotéis, pousadas, resorts), a norma vem
proporcionando bons resultados. “Sua aplicação gera
o aumento da rentabilidade e satisfação dos clientes,
um melhor desempenho ambiental (incluindo aspectos que são críticos na hospedagem, como o consumo
de água, de energia ou a geração de resíduos), além de
trabalhadores mais motivados, assíduos e satisfeitos e
melhores relações com as comunidades locais”, revela
Abreu.
boletim ABNT
Todo tipo de energia causa impactos ao meio ambiente, por isso as nações têm se esforçado na busca
de alternativas sustentáveis e de eficiência energética.
A ABNT NBR ISO 50001:2011 - Sistemas de gestão da
energia — Requisitos com orientações para uso enquadra-se nesse contexto.
“A ISO 50001 trata dos elementos de um sistema
de gestão de energia e possibilita que qualquer tipo
de organização estabeleça procedimentos para gerenciamento do desempenho energético associado
ao uso, consumo e eficiência da energia utilizada em
suas atividades”, explica Alberto J. Fossa, coordenador
da Comissão de Estudo Especial de Gestão de Energia
(ABNT/CEE-116).
De acordo com Fossa, que é diretor executivo da
Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações (Abrinstal), sócio diretor da MDJ
Assessoria e Engenharia Consultiva e consultor do ICA/
Procobre para gestão da energia, a norma ainda preconiza a necessidade de serem adotados indicadores
para monitorar o desempenho energético ao longo do
tempo, possibilitando que a organização evidencie as
melhorias alcançadas.
Inovação no turismo
José Augusto Pinto de Abreu, técnico de apoio da Secretaria do
Comitê Brasileiro do Turismo (ABNT/CB-54)
Meio ambiente
O Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB38) foi criado em 1999 para acompanhar a normalização
ambiental internacional, junto ao Comitê Técnico
de Gestão Ambiental (ISO/TC-207). A publicação da
ABNT NBR ISO 14001 - Sistemas da gestão ambiental
- Requisitos com orientações para uso foi um marco
para as organizações desenvolverem e atestarem boas
práticas ambientais aos seus processos.
O sucesso e a aceitação da norma foram tão grandes,
que a família ISO 14000 só tem crescido ao longo do
tempo, com documentos que tratam de avaliação
de ciclo de vida (ABNT NBR ISO 14040:2009 e ABNT
NBR ISO 14044:2009), de avaliação de desempenho
[ Capa ]
“A ISO 9001 é o primeiro passo para se caminhar para a
excelência”
ambiental (ABNT NBR ISO 14031:2004) e de rotulagem
ambiental (ABNT NBR ISO 14020:2002; ABNT NBR ISO
14021:2004 e ABNT NBR ISO 14024:2004).
“As normas de gestão ambiental evitam desperdícios,
racionam de forma equilibrada os recursos naturais,
gerem a renda, aumentam a qualidade de vida
da população e mantêm os recursos econômicos
boletim ABNT
6
abril | 2012
Alexandre Valadares Mello, coordenador do Subcomitê 09 - Mudanças Climáticas do ABNT/CB-38
favoráveis para o crescimento”, ressalta Alexandre
Valadares Mello, coordenador do Subcomitê 09 Mudanças Climáticas do ABNT/CB-38. Ele é também
coordenador do Comitê de Clima do Conselho de
Empresários de Meio Ambiente da Federação das
Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e assessor de
Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da V&M do
Brasil.
As mudanças climáticas também têm mobilizado
os normalizadores. A ABNT NBR ISO 14064:2007,
com três partes, permite a uma organização projetar,
desenvolver, administrar e relatar inventários de gases
de efeito estufa (GEE), assim como desenvolver e
validar os projetos.
Nessa mesma linha, a ABNT NBR 15948:2011
- Mercado voluntário de carbono — Princípios,
requisitos e orientações para comercialização de
reduções verificadas de emissões especifica princípios,
requisitos e orientações para comercialização de
reduções verificadas de emissões no mercado
voluntário de carbono nacional.
Projeto de gestão de GEE para pequenas e médias empresas
A ABNT e o Fundo Multilateral de Investimentos
(Fumin) do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) estão desenvolvendo um projeto para auxiliar
pequenas e médias empresas (PME) a medirem e
gerenciarem sua pegada de carbono. O convênio prevê
também a acreditação da ABNT como um organismo
de terceira parte para validação de verificação de
gases de efeito estufa (GEE).
“O objetivo desse projeto-piloto é criar um modelo
de gestão de GEE voltado para as pequenas e médias
empresas e construir um melhor entendimento de
como criar estratégias mais efetivas para as PME no
combate às mudanças climáticas”, informa o chefe da
equipe de Desenho do Projeto do BID/Fumin, Luciano
Schweizer.
O projeto está previsto para durar três anos e vai
contar com a participação de 200 PME. “Os critérios
para a seleção das empresas que farão parte do projeto
levarão em consideração questões como consumo
de energia e/ou setores que geram impactos mais
significativos ao meio ambiente”, explica o gerente de
Certificação de Sistemas da ABNT, Guy Ladvocat.
De acordo com Ladvocat, o BID/Fumin investirá
US$ 920 mil e a ABNT já tem compromissos com
algumas instituições, como o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para
investimentos na ordem de US$ 1,8 milhão.
“A questão das mudanças climáticas é muito
importante para o BID. Nossa expectativa é que o
projeto em parceria com a ABNT possa tornar-se um
modelo ampliável e replicável às pequenas e médias
empresas no Brasil, na América Latina e no Caribe,
escopo de atuação da entidade”, conclui Schweizer
Luciano Schweizer, chefe da equipe de Desenho do Projeto do
Fundo Multilateral de Investimentos do BID/Fumin
[ Capa ]
“A aplicação da ABNT NBR 15401:2006 gera o aumento da
rentabilidade e um melhor desempenho ambiental”
7
Quase uma década após sua publicação, a ABNT
NBR 16001:2004 - Responsabilidade social - Sistema
da gestão – Requisitos está em Consulta Nacional.
“Para as organizações, esta norma é uma ferramenta de gestão importante que facilita o alcance dos objetivos da responsabilidade social, o fortalecimento de
boas práticas e o tratamento de impactos adversos”,
declara o coordenador da ABNT/CEE-111 e gerente de
Novos Negócios da Fundação Vanzolini, José Salvador
da Silva Filho.
abril | 2012
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A iniciativa brasileira
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Nas últimas décadas, os organismos de normalização têm procurado responder aos anseios da sociedade, com a elaboração de normas que dão suporte
às atividades dos setores público e privado rumo ao
desenvolvimento sustentável.
Em meio a normas sobre saúde, segurança alimentar, acessibilidade, entre outras, que promovem a
qualidade de vida, a ABNT NBR ISO 26000:2010 - Diretrizes sobre Responsabilidade Social veio fortalecer definitivamente a prática da sustentabilidade. De adesão
voluntária, a norma internacional fornece orientações
para todos os tipos de organizações, sobre princípios
e práticas de responsabilidade social.
A gerente do Departamento de Sustentabilidade de
Furnas, Lisangela da Costa Reis, comenta que a empresa acompanhou todo o processo de elaboração da
ISO 26000 e participa da Comissão de Estudo Especial
de Responsabilidade Social (ABNT/CEE-111) desde sua
criação. “Furnas representou a Indústria, na qualidade de observadora, na delegação brasileira do Grupo
de Trabalho Internacional que elaborou a ISO 26000”,
lembra.
para uma organização que pretende contribuir para
o desenvolvimento sustentável e ser reconhecida
como socialmente responsável”, conclui Lisangela.
José Salvador da Silva Filho, coordenador da Comissão de Estudo
Especial de Responsabilidade Social (ABNT/CEE-111)
Lisangela da Costa Reis, gerente do Departamento de Sustentabilidade de Furnas
Mais de um ano após o lançamento da norma, a
empresa permanece divulgando a ISO 26000 em
seminários e tem aplicado suas principais diretrizes no
planejamento das ações de responsabilidade social e
sustentabilidade.
“A adoção das diretrizes da ISO 26000 nos dá certeza
de que estamos trabalhando com o estado da arte da
responsabilidade social e da sustentabilidade, porque
a norma foi construída em torno do consenso de vários
especialistas de mais de 90 países sobre o que é essencial
boletim ABNT
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Fator social
“Os consumidores ligados a uma organização certificada serão beneficiados com práticas de marketing leal,
proteção à saúde e segurança, solução de reclamações
e controvérsias, proteção e privacidade de seus dados”, ressalta o coordenador da ABNT/CEE-111.
A família de normas é composta pela ABNT NBR
16002:2005, para qualificação auditores, e ABNT NBR
16003:2009, que oferece diretrizes para realização de
auditorias.
Certificação
A organização que conquista a certificação ambiental pode comprovar ao mercado e à sociedade que
adota um conjunto de práticas destinadas a minimizar
impactos prejudiciais à preservação da biodiversidade.
Em tempos de busca da sustentabilidade, esse é um
diferencial muito relevante.
[ Capa ]
boletim
boletim ABNT
ABNT
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“As normas de gestão ambiental mantêm os recursos
econômicos favoráveis para o crescimento”
A ABNT dispõe de diversos programas de certificação nessa área, envolvendo desde Sistema de Gestão Ambiental (ABNT NBR ISO 14001:2004) a Sustentabilidade para Meios de Hospedagem (ABNT NBR
15401:2006) e Sistema de Gestão da Responsabilidade
Social (ABNT NBR 16001:2004). Há ainda um programa em parceria com o Instituto Algodão Social (IAS),
do Mato Grosso, para a certificação anual da safra de
algodão das fazendas associadas à entidade, com base
em requisitos de responsabilidade social.
Entretanto, o gerente de Certificação de Sistemas
da ABNT, Guy Ladvocat, afirma que o programa de
maior evidência atualmente é o de Rotulagem Ambiental, para certificação de produto ou de serviço.
“Os requisitos a serem atendidos são definidos em um
documento que engloba um conjunto de critérios ambientais, com base em considerações sobre o ciclo de
vida do produto”, ele explica.
Conforme o nível de impacto ambiental que o produto pode causar ao meio ambiente ao longo de seu
ciclo de vida (extração da matéria-prima, produção,
utilização e descarte), os critérios serão mais ou menos rigorosos nessas etapas.
“O interesse pela certificação ambiental também
tem sido impulsionado pela tendência cada vez maior
de os governos estabelecerem critérios ambientais, ou
de sustentabilidade, nas compras públicas”, comenta o
gerente de Certificação de Sistemas da ABNT.
Ladvocat cita como exemplo a Instrução Normativa
N° 1 de Janeiro de 2010, emitida pelo Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, que dispõe sobre
os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição
de bens, contratação de serviços ou obras pela administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
“Não se trata de uma reserva de mercado para as empresas certificadas. Entretanto, aquelas que buscarem
a certificação terão uma evidência imediata de atendimento aos critérios ambientais estabelecidos para as
compras públicas”, ele ressalta.
Com o Rótulo Ecológico ABNT
Atender às exigências de conformidade ambiental
para obras financiadas pelo Governo, melhorar a qualidade ambiental e exigências ambientais para atender a
exportações de produtos e incentivar a melhoria contínua de seus processos e produtos. Estes são alguns dos
muitos motivos que levaram a ArcelorMittal a buscar o
programa de certificação de Rotulagem Ambiental da
ABNT.
De acordo com José Otávio Andrade Franco, gerente
de Meio Ambiente - Aços Longos da ArcelorMittal na
América do Sul, o processo de certificação levou cerca
de um ano. Ao todo foram certificados nove produtos
pelo programa de Rotulagem Ambiental, entre eles,
vergalhões, treliças, pregos, arames para amarração e
barras laminadas.
“A obtenção do Rótulo Ambiental ABNT contribui
para que os processos produtivos da empresa sejam
realizados de forma sustentável, pois devem atender
O legado da Rio-92
A Conferência Rio-92 é considerada um marco para
o debate sobre desenvolvimento sustentável. Dela
surgiram importantes documentos com propostas e
orientações a serem aplicadas pela comunidade internacional. Alguns deles:
• Agenda 21 – Define o conceito e propõe medidas
práticas para se alcançar o desenvolvimento sustentável. Trata das dimensões sociais e econômicas do
desenvolvimento; da conservação e gerenciamento
dos recursos naturais; do fortalecimento da participação da sociedade e dos meios de implementação
dos compromissos acordados. O documento permanece como referência para os programas de desenvolvimento. A implementação da Agenda 21 no Brasil
tem sido realizada pela Comissão de Políticas para o
Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS), do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC). Para saber mais, acesse o site: www.
desenvolvimento.gov.br.
• Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – Reconhece que as mudanças climáticas e seus efeitos negativos são uma preocupação comum à humanidade, estabelecendo diretrizes
para os países atuarem no combate às emissões de
gases de efeito estufa (GEE). Em 1997, serviu de base
para a elaboração do Protocolo de Kyoto, que propõe
metas para a redução de GEE.
• Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – Documento com 27 princípios, apontando a necessidade de os países desenvolvidos manterem oferta adequada de recursos financeiros e de
transferência de tecnologia para auxiliar os países em
desenvolvimento a atenderem às demandas por sustentabilidade
[ Capa ]
9
José Otávio Andrade Franco, gerente de Meio Ambiente - Aços
Longos da ArcelorMittal na América do Sul
No âmbito da ISO há várias normas sobre
sustentabilidade em elaboração ou próximas da
publicação, que têm a participação da ABNT. É o caso
da norma de pegada de carbono para organizações
(ISO 14069), pegada de carbono para produtos (ISO
14067), critérios de sustentabilidade em bioenergia
(ISO 13065) e gestão da sustentabilidade em eventos
(ISO 20121).
Luiz Fernando do Amaral, coordenador da Comissão de Estudo
Especial de Critérios de Sustentabilidade em Bioenergia (ABNT/
CEE-128)
Rodrigo Pimenta Giacomini, gerente de Meio Ambiente da Antares Reciclagem Ltda.
Ainda em fase inicial, a Comissão de Estudo Especial
de Critérios de Sustentabilidade em Bioenergia
(ABNT/CEE-128) acompanha de perto as discussões
internacionais sobre a norma de bioenergia. “Ela vai
ser uma ferramenta de transparência nas informações
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a procedimentos padrões de operação, seguir normas técnicas e legislações ambientais, manter as certificações ISO 9001 e ISO 14001 e cumprir programas
de prevenção de riscos”, argumenta Franco.
Outra empresa que ostenta o Rótulo Ambiental
ABNT é a Antares Reciclagem Ltda., que atua no tratamento e destinação adequada de resíduos líquidos
industriais, visando a sua reciclagem ou regeneração,
deixando-os em condições de serem reaproveitados
em outros segmentos industriais.
O gerente de Meio Ambiente da Antares, Rodrigo Pimenta Giacomini, conta que a ABNT foi requisitada para certificar seu processo pioneiro de
reciclagem e seu produto, a solução de ácido sulfúrico (Ecoácido), devido à grande procura pela tecnologia patenteada e desenvolvida pela empresa.
Novos rumos
9
boletim ABNT
A Antares também percebeu a importância
de ser certificada por uma instituição de
credibilidade
mundial,
que
comprova
se os benefícios ambientais e sociais de seu processo
junto aos seus parceiros e clientes.
“O Rótulo Ecológico foi emitido para o Processo
de Reciclagem de Ácido Sulfúrico – Ecoácido, que tem
por objetivo promover a transformação de um resíduo
antes tratado, neutralizado e descartado no meio
ambiente, em matéria-prima recuperada para outros
processos industriais”, explica o gerente.
A certificação vem contribuindo para que todos
os processos produtivos da Antares sejam realizados
de forma sustentável. “Além da redução do consumo
de energia, água e matérias-primas, e da correta
disposição de resíduos, os funcionários estão mais
conscientes das questões ambientais e da importância
de sua atuação para o sucesso de nossos processos”,
concluiu Giacomini.
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“A adoção das diretrizes da ISO 26000 nos dá certeza de que
estamos trabalhando com o estado da arte da responsabilidade
social e da sustentabilidade”
[ Capa ]
Marina Grossi, presidente-executiva do CEBDS
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veitar resíduos ou em direcionar seus negócios para
base da pirâmide social. Portanto, fundamentalmente, o que mudou de 1992 para cá foi a relação das
empresas com a sustentabilidade, primeiro referente
à análise de riscos ambientais, depois em uma postura mais proativa. As empresas estão cada vez mais
assumindo o seu papel como catalisadoras de uma
mudança rumo ao desenvolvimento sustentável”.
As normas técnicas, de acordo com Marina Grossi, tem função relevante para a sustentabilidade. “Por
mais que haja diversos indicadores econômicos ou sociais capazes de nos guiar no primeiro momento em
uma análise mais profunda de um empreendimento,
produto ou serviço, a análise do conjunto é, à primeira vista, majoritariamente subjetiva. Isso dificulta na
comparação e, principalmente, na medição do “quão
sustentável” é este objeto. Ao normalizar a partir de
indicadores claros, objetivos e públicos, tal problema
é imensamente minimizado”, ela afirma.
Outro aspecto destacado pela presidente-executiva
do CEBS é que as normas técnicas possibilitam definir
um mínimo denominador comum àqueles que desejem adquirir o grau exigido de sustentabilidade em
sua produção, indicando objetivamente que determinado empreendimento, serviço ou produto seguiu os
padrões satisfatórios de qualidade a fim de que obtivesse uma certificação. “Isso motiva a repensar suas
estratégias de produção, sua relação com seu meio e
seu diálogo com a comunidade. As normas técnicas
seriam, dessa forma, não só uma “proteção” ao consumidor, mas um motivador explícito da própria sustentabilidade”, conclui
10
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) reúne os maiores
grupos empresariais do país e é representante no Brasil do World Business Council for Sustainable Development (WSBCD), que conta com mais de 60 conselhos
nacionais e regionais ao redor do mundo. Presente
em boa parte dos arranjos pré-Rio+20, o CEBDS enviou colaborações ao texto do Draft Zero, marcando o
posicionamento brasileiro no documento da ONU que
serve de base para o evento.
Na Rio+20, o CEBDS entregará aos representantes
do governo federal do relatório Visão 2050: a nova
agenda para os negócios no Brasil. Trata-se de um
documento que apresenta metas para o país se tornar um líder da economia verde nos próximos anos
a partir da abordagem de nove temas fundamentais:
Valores das pessoas; Desenvolvimento humano; Economia; Agricultura; Florestas; Energia; Edifícios; Recursos & Insumos e Mobilidade.
A presidente-executiva do CEBDS, Marina Grossi,
explica o posicionamento da instituição alegando que
um dos pontos impossíveis de se conceber em 92 era
a necessidade de articulação com o setor empresarial para que os objetivos da sustentabilidade fossem
alcançados. “Hoje uma governança que inclua um diálogo entre os dois setores é um dos resultados esperado da Rio+20, afinal não há qualquer hipótese de
articulação em prol da sustentabilidade que não passe, necessariamente, pela articulação empresarial”.
Marina Grossi acredita que o setor empresarial
mostra-se preparado para uma economia verde até
porque, será absolutamente insustentável um mundo de 9 bilhões de pessoas consumindo em 2050. “A
única forma da sustentabilidade plena e sem restrições a ser alcançada nas próximas décadas é que as
três pontas da sustentabilidade (social, econômica e
ambiental) sejam priorizadas de forma equânime e
universalizadas. Daí a relevância de se abordar a erradicação da pobreza, mal que limita o potencial de
desenvolvimento humano, e sobre como a economia
verde pode ser sua solução”.
Na opinião da presidente-executiva do CEBS, uma
base organizacional internacional deve ser definida
para gerir os temas, mas o importante é que o resultado seja uma estrutura multilateral que contemple
as três dimensões do desenvolvimento sustentável e
que tenha poder e a agilidade necessária para auxiliar
e acelerar na mudança em direção a um mundo mais
sustentável.
Para Marina Grossi, é inegável a evolução obtida a
partir da Rio+92, apesar de estarmos ainda distantes
dos resultados almejados.
“Há 20 anos, seria inimaginável uma empresa estar preocupada em estabelecer metas de redução de
gases de efeito estufa, em reutilizar água, em reapro-
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A economia verde
[ Capa ]
“A obtenção do Rótulo Ambiental ABNT contribui para que os
processos produtivos da empresa sejam realizados de forma
sustentável”
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das práticas de produção e consumo de bioenergia
na redução de emissões de gases de efeito estufa”,
garante o coordenador da ABNT/CEE-128 e gerente de
Sustentabilidade da União da Indústria de Cana–deAçúcar (Unica), Luiz Fernando do Amaral.
Mais próxima da publicação está a norma de
gestão da sustentabilidade em eventos (ISO 20121).
Deve ser lançada no mesmo período da Olimpíada de
Daniel de Freitas Costa, coordenador da Comissão de Estudo
Especial de Sustentabilidade na Gestão de Eventos (ABNT/CEE142)
Londres, em julho. “A norma orienta que as empresas
implantem um processo de gestão da sustentabilidade
do evento, criando-se uma matriz de maturidade”,
explica Daniel de Freitas Costa, coordenador da
Comissão de Estudo Especial de Sustentabilidade
na Gestão de Eventos (ABNT/CEE-142). Ele é diretor
de Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de
Eventos (IBEV), sócio proprietário da Linha Aberta
Marketing Promocional e membro da Comissão de
Sustentabilidade e Meio Ambiente da Ordem dos
Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP).
A futura norma sugere, por exemplo, que sejam
utilizados fornecedores da região de onde o evento será
realizado, privilegiando a mão de obra e a economia
local. Aborda ainda os cuidados com a comunidade
do entorno; o tratamento dos recursos naturais
e energéticos; o papel de liderança dos gestores,
assim como a comunicação, a conscientização e o
engajamento das partes.
A Rio+20 vem comprovar que a sustentabilidade
é a melhor forma de garantir o futuro das próximas
gerações, e as normas técnicas estão aí para ajudar a
sociedade a enfrentar esse desafio
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[ Entrevista ]
Construindo um legado de sustentabilidade
Para o Ministério do Meio Ambiente, a Rio+20 é uma oportunidade única de avançar no
compromisso com um novo padrão de desenvolvimento mundial.
O
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O processo preparatório do
Ministério está centrado em
dois eixos: o de coordenação do
13
Como o MMA vem se preparando para a Rio+20?
boletim ABNT
Assessor
Extraordinário do Ministério
do Meio Ambiente
(MMA) para a Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20),
Fernando Antonio Lyrio Silva,
é responsável por coordenar o
tratamento dos temas ambientais na Rio+20, em articulação
com os demais órgãos federais,
estaduais e municipais, bem
como com os diversos setores
da sociedade civil.
“Embora se trate de um
processo sob a governança
da Organização das Nações
Unidas (ONU), na condição
de Presidente da Rio+20 o
Brasil tem importante papel
político de buscar resultados
que
correspondam
aos
grandes desafios globais do
desenvolvimento”,
observa
Silva. E na busca por esses
resultados, ele acredita ser
essencial a mobilização de todos
os atores: governos, cientistas,
acadêmicos,
empresários,
trabalhadores, organizações não
governamentais e movimentos
sociais.
Em entrevista ao Boletim
ABNT, Fernando Antonio Lyrio
Silva revela de que forma o
MMA tem se preparado para a
Rio+20, quais as expectativas do
Brasil com relação ao evento e
como as normas técnicas podem contribuir de forma efetiva
para a sustentabilidade.
Fernando Antonio Lyrio Silva, Assessor Extraordinário do Ministério do Meio Ambiente
para a Rio+20
tratamento dos temas ambientais
da Conferência e o de articulação
com a sociedade. Nesse contexto, o
Ministério participa dos processos
preparatórios para as negociações
formais da Rio+20, os quais têm
como objeto o chamado Rascunho
Zero da declaração a ser adotada
pelos Chefes de Estado ao final da
Conferência. A Rio+20 é um evento
sobre desenvolvimento, no qual as
questões ambientais têm incontestável relevância. Assim, o MMA coordena a elaboração de estudos e
análises, sob a perspectiva ambiental, acerca das principais propostas
em negociação, a fim de subsidiar
as posições do País no processo negociador. O segundo eixo de participa
ção do MMA, de igual importância,
é a interlocução com a sociedade
brasileira e a construção de um legado que fique para o país mesmo após
o término da Conferência. O fato de
o Brasil hospedar um evento de tamanho porte, em um tema chave,
como é a questão do desenvolvimento sustentável, precisa ser revertido
em ganhos concretos, em termos de
aprimoramento do arcabouço de po
líticas públicas do País e de melhores práticas empresariais e sociais.
Para tanto, desde o ano passado, o
Ministério realizou diversas consultas informais com representantes da
sociedade civil, realizando, inclusive,
uma consulta pública virtual, que
contou com expressiva participação
de diversos segmentos da sociedade,
como empresas, universidades, pre-
[ Entrevista ]
“O fato de o Brasil hospedar um evento de tamanho porte, em um
tema chave, precisa ser revertido em ganhos concretos”
feituras, ONGs, movimentos sociais.
Neste ano, o MMA realizará ainda
uma série de consultas setoriais e regionais em contribuição à construção
do legado que queremos deixar para
o país.
boletim
boletim ABNT
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Qual a relevância desse evento
para o Brasil?
A Senhora Presidenta Dilma
Rousseff declarou, em seu discurso
no último Fórum Social Mundial,
que a Rio+20 tem tudo a ver com
o que nós somos e queremos ser.
Isto, segundo suas palavras, significa um compromisso sem precedentes com a sustentabilidade. A
relevância da Conferência, não só
para o Brasil, mas para todos os
países, está na oportunidade única de renovar e avançar no compromisso com um novo padrão
de desenvolvimento mundial, cuja
adoção é urgente e inadiável, conforme demonstram crises profundas e complexas que tem atingido
países ao redor do mundo. O Brasil
participa da Rio+20 com múltiplos
papéis. Na condição de anfitrião,
há de assegurar as perfeitas condições para participação dos milhares de visitantes esperados no
Rio de Janeiro em junho, representando todos os setores governamentais e não-governamentais
de países de todo o mundo. Como
Presidente da Conferência, embora
se trate de um processo sob a governança da ONU, o Brasil tem importante papel político de buscar
resultados que correspondam aos
grandes desafios globais do desenvolvimento. Por fim, como membro da ONU e em sua condição de
país emergente, está qualificado a
buscar resultados que aproximem
países desenvolvidos e em desenvolvimento, mitigando a perversa
clivagem Norte-Sul, que tem se
revelado pouco produtiva para os
processos internacionais, e fortale-
cendo o sistema multilateral como
o foro adequado para o tratamento
dos problemas globais.
Economia verde, erradicação da
pobreza e a estrutura institucional
para o desenvolvimento sustentável serão temas da Rio+20. Como
avalia a importância dessas questões?
O fato de serem objeto de uma
Conferência das Nações Unidas
que ocorre a cada 10 ou 20 anos
demonstra a importância desses
temas para o desenvolvimento sustentável. Discutir essas questões
significa trilhar um caminho para a
mudança do modelo de desenvolvimento mundial, que nos últimos
anos exacerbou seu foco em retornos econômicos, à custa da marginalização das questões sociais e
ambientais. É exatamente isso que
queremos reverter e que está em
jogo na Rio+20.
Quais serão os assuntos mais polêmicos da Rio+20?
Muitas divergências vêm à tona
ao falarmos de mudança de modelo de desenvolvimento global. Uma
questão que tem gerado inúmeros
debates entre os países, como demonstrado no próprio Rascunho
Zero, é a estrutura institucional
para o desenvolvimento sustentável, mais especificamente a governança ambiental internacional.
Estamos falando do Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Há aqueles, principalmente liderados pela União
Europeia e pelos países africanos,
que propõem que o programa se
transforme numa agência ambiental internacional, enquanto outros
países defendem o fortalecimento
do Pnuma, por meio de estabelecimento de participação universal
e contribuições obrigatórias. Não
obstante, há consenso de que a
arquitetura institucional da ONU
para o desenvolvimento sustentável é fragmentada e ineficiente,
tornando-se necessário discutir
uma nova moldura institucional.
A Rio+20 marca os vinte anos da
Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Que balanço o
senhor faz desse período?
A Rio-92 consagrou a ideia de
desenvolvimento sustentável nos
meios diplomáticos, político, técnico, acadêmico, empresarial. Desde
então, a conexão entre as diversas
dimensões do desenvolvimento
sustentável ficou mais evidente, e
a suposta contradição entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental e inclusão social
foi colocada em xeque. Vários dos
documentos adotados na Rio-92,
como a Agenda 21, a Declaração do
Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento, a Declaração de Princípios
sobre Florestas e as Convenções
sobre Biodiversidade e Mudança do Clima, propiciaram avanços
significativos na discussão internacional sobre esses temas e vários
países, como o Brasil, chegaram a
progredir significativamente na implementação desses compromissos. Contudo, ainda há expressivas
lacunas na implementação de alguns desses compromissos acordados em 1992. Várias dessas lacunas
são apontadas no documento Rascunho Zero, que constitui a base
para as negociações do documento
final da Rio+20.
E qual é o retrato do Brasil? Podemos ser considerados um país sustentável?
O retrato atual do Brasil é o de uma
nação que está passando por um
processo, ao mesmo tempo profundo e abrangente, de transformação.
Acreditados (OIVA), os Organismos de Inspeção Acreditado
[ Entrevista ]
“A relevância da Rio+20 está na oportunidade única de renovar e avançar
no compromisso com um novo padrão de desenvolvimento mundial”
É impossível pensar em desenvolvimento sustentável sem engajar
as cadeias produtivas formadas
por micro e pequenas empresas.
De igual modo, a transição para a
sustentabilidade não traz consigo
somente custos, mas proporciona,
também, ganhos que, se reinvestidos corretamente, podem consolidar o desenvolvimento sustentável
de MPEs. Por exemplo, ganhos acumulados em termos de aumento de
eficiência energética e diminuição
de desperdício de insumos e materiais, quando associados à identificação de nichos e oportunidades,
como em inovação e no adensamento da cadeia de reciclagem, podem ser bem explorados por MPEs,
que certamente terão vantagens
competitivas devido à sua agilidade. Nesse contexto, chama-nos
atenção a forte atuação do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o qual
já possui uma robusta carteira de
produtos ligados à sustentabilidade
Qual será o legado da Rio +20?
O Brasil espera que os resultados
da Rio+20 sirvam como referência à
comunidade internacional, dando
um sinal claro de inflexão no modo
como o mundo é pensado. Os resultados da Conferência deverão
assegurar que todos os países se
sintam capazes de implementar as
decisões, a partir da criação de condições adequadas – os necessários
recursos financeiros, tecnológicos e
de capacitação – para implementálos, construindo, assim, uma visão
compartilhada de sustentabilidade
válida para as próximas décadas. O
Brasil enxerga a Rio+20 como uma
oportunidade única para a mobilização dos recursos políticos necessários para desenhar uma saída eficaz e duradoura para a atual crise
internacional, em que se leve em
consideração a complexidade de
seus aspectos econômicos, sociais
eambientais. Esperamos que a Conferência incorpore definitivamente
a erradicação da pobreza e o uso racional dos ativos ambientais como
elemento indispensável à concretização do desenvolvimento sustentável e a plena consideração do
conceito de desenvolvimento sustentável na tomada de decisão dos
diversos atores
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Nesse caso a máxima “pense
globalmente, haja localmente” se
aplica plenamente. A mudança do
padrão de desenvolvimento que
queremos deve ser traduzida e implementada a todas as instâncias
da sociedade. Todas as organizações, empresariais, públicas ou sociais, têm seu papel na promoção
do desenvolvimento sustentável,
seja por meio do oferecimento de
produtos inovadores a serem disponibilizados à sociedade, seja por
meio do aprimoramento de práticas
Como as micro e pequenas empresa (MPE) podem se tornar sustentáveis?
de MPEs e um Centro de Sustentabilidade, criado recentemente para
disseminar melhores práticas. Na
área de políticas públicas, a Lei Geral das micro e pequenas empresas
confere foco diferenciado ao tratamento dos pequenos negócios,
assim como os produtos do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep), que, além de promover e
disseminar a cultura da inovação
voltada à sustentabilidade, proporciona alavancagem de recursos voltados para os pequenos negócios.
15
Junto da ISO, a ABNT tem elaborado
normas sobre temas relacionados à
sustentabilidade, como gestão ambiental e responsabilidade social.
Qual a importância de normas técnicas para o desenvolvimento sustentável?
de gestão sustentável de seus próprios ambientes organizacionais.
Adicionalmente, há consenso de
que os padrões atuais de produção
e consumo, intensivos em recursos
naturais e frequentemente ineficientes, são insustentáveis tanto
no médio quanto no longo prazo.
Esses padrões devem ser modificados para que parcelas crescentes
da sociedade alcancem níveis ideais
de bem-estar socioeconômico, sem
comprometer o meio ambiente. É
nesse contexto que se insere a grande relevância das normas técnicas.
Seu papel é fundamental no estabelecimento de padrões de produção,
consumo e gestão organizacional
que sejam alinhados ao novo padrão de desenvolvimento que queremos.
boletim ABNT
Em sua história recente, o Brasil
mostrou ser possível crescer as taxas consideráveis, em um modelo
calcado em inclusão social, com
ações inovadoras de conservação
ambiental. Nos últimos anos, houve
um intenso dinamismo econômico
que, aliado ao combate à pobreza,
acabou por gerar crescimento do
emprego formal, melhor distribuição de renda e melhora na segurança alimentar e nutricional. Sob o
aspecto ambiental, observa-se vigoroso combate às mudanças do clima
– com compromissos voluntários e
planos setoriais ousados de redução de emissões –, a conservação da
biodiversidade, a diversificação da
matriz energética, com ênfase em
fontes renováveis, a existência de
movimentos sociais fortes e avanços
na equidade de gênero. É certo, entretanto, que o País ainda apresenta
desafios compatíveis com seu atual
estágio de desenvolvimento, como
aprimorar a qualidade da educação,
intensificar o progresso científico e
tecnológico, promover urbanização
mais adequada e melhor desenvolvimento rural.
[ Artigo ]
As Normas ISO ajudam a
tornar o planeta mais verde
* Por Sandrine Tranchard
abril | 2012
*Sandrine Tranchard trabalha na área de
Comunicação da Secretaria Central da ISO.
(ISO Focus+ Janeiro 2012 - página 9)
17
suas normas. O trabalho realizado por
estes comitês influencia diretamente
na escolha de materiais, práticas e soluções verdes. Em um nível mais amplo, o Conselho de Gestão Técnica da
ISO está preparando um guia sobre a
aplicação dos princípios de sustentabilidade em seu programa de normalização global.
Para medir quanto o conceito de
responsabilidade social se tornou
mundial, basta olhar para a notoriedade da ISO 26000:2010, Diretrizes
sobre responsabilidade social, que
ficou evidente no ano desde a sua
publicação. O interesse por essa norma tem crescido exponencialmente,
espalhando-se para 53 países.
É necessária uma transformação
fundamental na maneira de produzir,
distribuir e consumir produtos e serviços, e uma das missões mais importantes das normas ISO é responder
a essa necessidade crucial. Com seu
portifólio em constante evolução, a
ISO é uma parceira confiável na elaboração de normas, contribuindo
para os objetivos do desenvolvimento sustentável e apoiando a comunidade internacional, pela forma como
ela aborda os desafios da sustentabilidade
boletim ABNT
O
impacto da mudança climática sobre nosso meio-ambiente, nossas economias e
nossa segurança é uma das questões
que definem o século 21. Embora
produza benefícios econômicos, a atividade humana provoca significativo
impacto ambiental negativo, incluindo as emissões de gases de efeito
estufa, poluição atmosférica, poluição da água, repercussões negativas
sobre a biodiversidade, problemas de
saúde etc.
O desenvolvimento sustentável é,
mais do que nunca, uma grande preocupação e nunca é tarde demais para
iniciar o processo de recuperação.
“Desenvolvimento que atende às
necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações
futuras em atender as suas próprias
necessidades”. Esta é a definição
mais comumente aceita de desenvolvimento sustentável. Como faz a
Organização Internacional de Normalização (ISO), em seu trabalho diário
de normalização, para converter esta
definição em ação e apoiar os três
pilares do desenvolvimento sustentável: ambiental, econômico e social?
Em janeiro, a edição da revista ISO
Focus+ destacou o trabalho feito pela
comunidade da ISO no desenvolvimento de normas que incluem especificações sustentáveis relacionadas
a materiais, a troca de informações e
as melhores práticas para auxiliar os
reguladores, fabricantes e consumidores a agirem de uma forma mais
eficiente.
Organizações internacionais em
ligação com a ISO, tais como o Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente, o Pacto Global das Nações
Unidas, o Instituto Internacional para
o Desenvolvimento Sustentável e o
Global Reporting Initiative (GRI) , desempenham um papel importante na
normalização e nos dão seus pontos
de vista sobre os benefícios que as
normas ISO oferecem e como elas
contribuem para um mundo mais
sustentável.
Alguns setores são bem conhecidos por terem um impacto significativo sobre o meio-ambiente. Alguns
dos comitês técnicos da ISO focados
em setores como o marítimo, construção civil, máquinas rodoviárias e
plásticos nos dão exemplos de que
eles têm conseguido incorporar considerações sobre sustentabilidade nas
[ Institucional ]
Foco e comprometimento
A equipe de gerentes e coordenadores da ABNT revela como vem atuando para garantir
que as metas do planejamento estratégico propostas para 2012 sejam alcançadas.
18
boletim ABNT
Ao final do ano de 2011, como comprometimento
da Diretoria Técnica, ficou acordada a atualização do
acervo em 70% de normas brasileiras com menos de
cinco anos. Para tanto, estão sendo conduzidos vários
estudos de viabilidade e estratégia da forma de trabalho que será desenvolvida. Entre essas abordagens
está a continuidade da revisão das pendências dos
formatos antigos de Normas Brasileiras (conhecidos
como formatos 2 e 6), bem como a ampliação do campo de abrangência da chamada Análise Sistemática,
prática similar à utilizada pela International Organization for Standardization (ISO), em que as normas que
completam cinco anos são submetidas à avaliação da
Janaína da Silva Mendonça - Gerente de Editoração e Acervo
Nosso foco está na diminuição da idade do acervo de normas técnicas, para que a sociedade tenha a
certeza de contar com uma normalização sempre atual e de acordo com os avanços tecnológicos. Também
pretendemos a inclusão do Internacional Classification
abril | 2012
Cláudio Guerreiro - Gerente do Processo de Normalização
18
Diretoria Técnica
sociedade para verificar a manutenção (confirmação),
cancelamento ou revisão de seu conteúdo técnico.
Procuramos ainda um maior estreitamento de relações com os Comitês Brasileiros e suas Secretarias,
para auxiliar e esclarecer eventuais questões e determinar quais os melhores horizontes de trabalho para a
normalização brasileira.
Por fim, destaco o esforço da ABNT para aumentar
sua capacidade de participação internacional. Em 2012
este objetivo será reforçado, de forma que tenhamos
um volume cada vez maior de normas ISO que reflitam
os interesses nacionais e, portanto, sejam adotadas
como Normas Brasileiras.
Entre os nossos principais desafios está a disseminação da cultura de normalização. Nos últimos anos
vimos crescer na sociedade a conscientização da normalização como ferramenta de inovação e inserção
em mercados. Alavancar este processo é um grande
desafio, pois apenas com uma sociedade comprometida e conhecedora das normas poderemos garantir maior inserção das partes interessadas e,
consequentemente, um universo cada vez mais amplo de normas que garantam segurança e qualidade
às pessoas.
boletim ABNT
abril | 2012
A
o adotar uma visão empresarial, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
conquistou credibilidade no mercado e junto a outros organismos de normalização nas últimas
décadas. Mas não foi uma tarefa fácil. Tem sido um
trabalho árduo, desempenhado por toda uma equipe
altamente qualificada e entrosada, que segue à risca o
planejamento estratégico desenvolvido pela Diretoria
Executiva e pelo Conselho Deliberativo.
Nesta edição reunimos os gerentes e coordenadores
de todas as áreas da ABNT para falar sobre os desafios
de 2012 e fazer um balanço das ações realizadas nestes primeiros meses.
[ Institucional ]
tos. Estamos empenhados também na atualização dos
procedimentos e instruções de trabalho da Diretoria
Técnica, visando à implementação dos Códigos de Estágios, que caracterizam as fases e etapas da elaboração de uma norma, ou seja, do momento da demanda
até sua publicação e suas atualizações. Além dessas
atividades, estamos trabalhando na reestruturação e
criação de alguns Comitês Técnicos, de modo a garantirmos novas estruturas técnicas para atendimento à
necessidade de normalização da sociedade.
Por ser um setor de apoio à tomada de decisões de
outras áreas da Diretoria Técnica, seus principais desafios são:
• Identificar os temas a serem explorados e responder
o mais claramente possível para cada um deles: “o
que, quem, por que, como, onde e quando”, de modo
que possam contribuir efetivamente para a normalização e para a instituição;
• Controlar o andamento da execução dos contratos e
convênios já firmados, devido às suas complexidades.
Marcia Cristina de Oliveira - Gerente de Planejamento e Projetos
A Gerência de Planejamento e Projetos trabalha, principalmente, no suporte à qualificação das
demandas para normalização de novos temas e no
acompanhamento da execução de projetos e convênios firmados pela ABNT para suporte de algumas
atividades.
Nesse sentido, podemos afirmar que os resultados
obtidos neste trimestre pela área de planejamento
estão alinhados com as metas e cronogramas propos-
Entre as metas estabelecidas para a área internacional, está a assinatura de novos acordos de cooperação com organizações de outros países. No primeiro
trimestre, focamos no estabelecimento de cooperação
com as entidades norte-americanas Conveyor Equipment Manufacturers Association (Cema) e American
Society of Mechanical Engineers (Asme).
Com a CEMA estamos em fase final de entendimentos visando à assinatura de acordo para a tradução da
7ª Edição de sua publicação Belt Conveyors for Bulk
Solids Book para a língua portuguesa, um dos mais
respeitados documentos nessa área e caberá ao Brasil
abril | 2012
Eduardo São Thiago - Gerente de Relações Internacionais
19
Diretoria de Relações Externas
boletim ABNT
for Standards (ICS) nos mecanismos de busca, como o
ABNTCatálogo e o ABNTColeção. O sistema facilitará a
pesquisa de normas, nacionais ou internacionais, uma
vez que esta classificação já é amplamente difundida
entre os países membros da ISO e pode até reduzir
barreiras linguísticas.
Acrescentamos também como meta a inclusão de
títulos e objetivos traduzidos para o inglês em normas
mais antigas, mas ainda em vigor. E diante das necessidades de muitos clientes de adquirir um conjunto
de normas sobre assuntos específicos, continuaremos concentrados na criação de novas coletâneas de
normas técnicas. Além disso, foi criada uma comissão
dentro da Diretoria Técnica para buscarmos alternativas de novos produtos a partir da Normalização.
Entre os nossos desafios, estão: desenvolver um processo participativo entre os colaboradores para que
as tomadas de decisão sejam as mais eficazes, fornecendo melhores resultados ao final do ano; desnivelar
o acesso ao conhecimento e às informações sobre o
escopo da Normalização, sobre nossa atividade, nossamissão e nossos valores, para que os pensamentos dos
colaboradores possam estar em sintonia; e criar e estabelecer planos de ação e indicadores consistentes e mais
objetivos e de acordo com as melhores práticas de gestão.
boletim ABNT
20
abril | 2012
[ Institucional ]
realizar a conversão de suas tabelas do sistema imperial para o sistema métrico.
Com a ASME, a ABNT mantém entendimentos para
ampliar o acordo de venda de normas já existente,
tendo em vista o grande interesse manifestado por
aquela entidade em ter o Boiler and Pressure Vessel Code (BPVC), sua mais importante e respeitada
publicação, traduzida para o português e comercializada pela ABNT.
A ABNT está avançando em negociações com o
Deutsches Institut für Normung (DIN), da Alemanha,
para a comercialização de suas normas no Brasil, bem
como para a disponibilização das normas ABNT e Mercosul naquele país e sua inclusão no Perinorm, uma
base de dados bibliográfica para pesquisa que reúne
normas e regulamentos técnicos de 23 países e de organismos de normalização europeus e internacionais.
Ainda no primeiro trimestre, foram iniciados entendimentos com a Associação de Normas da Finlândia
(SFS) para a comercialização das Normas Brasileiras no
país.
Outra meta para 2012 consiste na participação
adequada da ABNT no Conselho da ISO, após termos sido eleitos para o período 2012-2013. A ABNT,
representada pelo diretor-geral, Ricardo Fragoso, esteve presente nas duas reuniões realizadas até agora.
Além disso, a ABNT foi convidada a integrar o DEVCO
Chair’s Advisory Group, grupo do qual fazem parte
apenas 11 membros da ISO, e cujo principal objetivo
é monitorar a implementação do Plano de Ação para
países em desenvolvimento. A ABNT é representada
nesse grupo pelo diretor de Relações Externas, Carlos
Santos Amorim Junior.
Destaca-se ainda o apoio da área internacional para
a realização da Assembleia Geral da Comissão PanAmericana de Normas Técnicas (Copant) e da reunião
de seu conselho superior, no Brasil. Ambas acontecerão em Fortaleza, no Ceará, nos dias 7 a 11 de
maio.
Nosso principal desafio é contribuir para que a ABNT
seja ainda mais forte e presente nos cenários nacional
e internacional, buscando estar em sintonia com as
demandas por cooperação com outros países, tanto
as identificadas pela própria ABNT quanto aquelas
do governo brasileiro relacionadas a normalização e
avaliação de conformidade.
Laila Pieroni Ribeiro - Gerente de Comunicação e Eventos
Para 2012 temos vários grandes desafios. A equipe
está concentrada em reduzir custos e aumentar os resultados. Realizaremos em maio a Semana da ABNT
em Fortaleza, onde acontecerá a Assembleia Geral da
Copant, evento internacional organizado pela ABNT.
Também na capital cearense teremos mais dois seminários, um sobre Energias Renováveis e outro sobre
Responsabilidade Social.
O Exponorma, que é nosso grande evento anual,
acontecerá em novo local, durante dois dias. Acreditamos que vamos atrair um maior número de participantes. Também estamos intensificando o relacionamento com as Comissões de Estudos e com os
analistas técnicos, para mostrar a importância de
fazermos eventos de lançamento de normas.
Ainda temos mais dois grandes desafios:
desenvolver e implementar um Plano de Comunicação
da ABNT e lançar o novo Portal.
Nosso objetivo é fazer com que a sociedade conheça a marca ABNT e sua importância, que tenha uma
visão real das atividades da ABNT e participe mais,
não apenas do processo de normalização, mas também cobrando qualidade de produtos e serviços por
meio da aplicação de normas. Com o Portal pretendemos mostrar a norma presente no cotidiano das pessoas e fazer com que todas as nossas ações resultem
em aumento da visibilidade da ABNT.
[ Institucional ]
Diretoria Adjunta de Negócios
21
boletim ABNT
abril | 2012
Concluímos o primeiro trimestre de 2012 cumprindo as
metas estabelecidas, com a realização de cursos sobre 21
temas, entre eles, gestão da qualidade, gestão ambiental,
responsabilidade social, segurança de alimentos, saúde e
segurança ocupacional, coordenação e seletividade, aterramento, etiquetagem de têxteis, trabalhos acadêmicos e
acústica.
Neste ano, estamos focados na melhoria do atendimento ao cliente por meio, principalmente, da criação de
um novo sistema de divulgação dos cursos e de recebimento de inscrições e pagamentos, que facilitará a aplicação da política de descontos, favorecendo os associados
da ABNT e buscando maior fidelização de clientes.
Um dos nossos desafios é disseminar entre as empresas comerciais cursos como o de Atendimento ao cliente –
Qualidade de serviço para pequeno comércio (ABNT NBR
15842:2010) e Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias para empresas de serviços de alimentação (ABNT
NBR 15635:2008).
Continuamos com o trabalho iniciado no ano passado, resultado de um convênio com o Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que
consiste na preparação de sua equipe para conscientizar
as micro e pequenas empresas (MPE) da importância da
normalização como instrumento de inovação e competitividade.
21
Vamos intensificar nossas parcerias com entidades
que também abraçam a normalização e assim difundir cada vez mais a norma como uma ferramenta que
só traz benefícios aos produtos e serviços, lembrando
que nos últimos anos o Brasil tem se projetado com
muito sucesso no mercado externo e com certeza esse
sucesso em parte se deve à normalização. Um dos
desafios que assumimos é o de conquistar e manter o
número de associados para que possamos dar maior
suporte à ABNT. Das metas traçadas para 2012, destacamos a interação e a renegociação com o quadro
associativo. Iniciamos bem essas ações: angariamos
21 novos associados e cumprimos as metas estipuladas para o bimestre.
Completamos e motivamos a equipe, com o objetivo de reforçar a comunicação e valorizar a marca
ABNT, por meio de participação e apoio em feiras e
eventos.
Já confirmamos a participação em oito feiras de negócios e apoio a outras 22. Nossa meta é expandir ações
e intensificar o trabalho junto ao público jovem e às
micro e pequenas empresas.
Iniciamos negociações de acordos de cooperação
com o Governo, com o objetivo de disseminar as normas técnicas e defender os interesses da sociedade
brasileira
Ademilde Muniz de Castro - Gerente de Capacitação
boletim ABNT
fevereiro | 2012
Roberto Silva Santos - Gerente de Articulação Nacional
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[ Institucional ]
boletim ABNT
22
abril | 2012
Rafael Antonio Sorrija – Coordenador do Centro de Informação
Tecnológica (CIT)
O Centro de Informação Tecnológica (CIT) é responsável pelo auxílio aos nossos usuários disponibilizando serviços como pesquisa e levantamento para
indicação de normas, tanto as da ABNT como aquelas
desenvolvidas no âmbito da Associação Mercosul de
Normalização (AMN), da ISO e outros organismos estrangeiros.
No primeiro trimestre tivemos grande avanço na
parceria com o Sebrae, com o site setorial Ideias de
Negócios. Nele, usuários interessados em aprimorar
ou abrir seu próprio negócio podem pesquisar a
respeito de normas técnicas disponíveis para diversificados ramos de atividade, desde uma administradora
de condomínio até uma fábrica de tijolo ecológico.
Também estamos em negociação com o Sistema
Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT) para também
provê-lo de informações sobre normas técnicas em
seu portal.
Este ano, um de nossos desafios consiste na implantação de um sistema de banco de dados e de relacionamento, que permitirá o gerenciamento das relações da ABNT com os usuários, resultando em melhor
monitoramento do uso da informação tecnológica fornecida no pós-atendimento.
Somado a isso, trabalhamos na reformulação e consolidação do site setorial para micro e pequenas empresas (portalmpe.abnt.org.br) como instrumento de
apoio à sensibilização e articulação dessas organizações nos processos da normalização, e também como
promoção e fomento na aquisição e uso das normas
técnicas. O CIT é responsável pela atualização e manutenção do seu conteúdo.
Regiane Guaglione Contier - Gerente Comercial
A área Comercial da ABNT propõe-se a facilitar o
acesso às normas técnicas, seja em forma eletrônica
ou impressa, coleções ou coletâneas customizadas.
Para tanto, empenha-se na divulgação dos serviços e
produtos oferecidos, alguns ainda desconhecidos por
uma grande parcela da sociedade.
Cabe à área Comercial dar continuidade aos convênios e parcerias com o Ministério do Turismo (MTur)
para disponibilização das normas do Comitê Brasileiro
de Turismo e do Comitê Brasileiro de Acessibilidade.
Essas normas estão disponíveis para visualização e impressão no site do MTur.
No âmbito do convênio com o Sebrae, atendemos
as micro e pequenas empresas (MPE), que hoje somam aproximadamente 7 milhões no país, em ações
de disponibilização gratuita de normas reunidas em
coleções setoriais. As MPE também podem adquirir
quaisquer normas ABNT e AMN por 1/3 do seu valor.
Estamos em negociação com o Sistema Confea/Crea
e Mútua para renovação do convênio que oferece a
engenheiros e arquitetos a aquisição de normas com
50% de desconto. Também permanecemos em campanha nas escolas técnicas e universidades para disponibilização de normas aos estudantes, incentivando
a sua aplicação pelos futuros profissionais.
Além das normas ABNT NBR e da AMN, disponibilizamos documentos de organismos internacionais ou
estrangeiros: ISO, IEC, JIS e NFPA. Estamos, por meio
da Diretoria de Relações Externas, em tratativas com
as entidades ASTM, DIN e British Standards Institution
(BSI) para também oferecermos suas normas em nosso catálogo na web.
[ Institucional ]
Diretoria Geral
Guy Ladvocat - Gerente de Certificação de Sistemas
Fazendo um balanço do trimestre, verifica-se que a
Gerência de Certificação de Sistemas está conseguindo atingir as metas estabelecidas para 2012. Considerando que o Estado de São Paulo corresponde a,
aproxiadamente, 50% de todo o mercado brasileiro,
uma das estratégias adotadas para atingir as metas
deste ano foi a reestruturação da área comercial em
abril | 2012
23
A marca ABNT tem expressão no mercado nacional.
Nos últimos seis anos, definimos o posicionamento
com relação à estratégia a ser adotada em um ambiente maduro e competitivo. A revisão e a atualização de
nossos planos de ação e o monitoramento de nossos
processos foram pontos prioritários para o crescimento de todas as atividades de certificação.
Incrementar as atividades de venda foi a nossa tônica nos últimos anos. O crescimento sustentável da
certificação está alicerçado no ciclo que se inicia com
a fase de prospecção do mercado, oferta do produto,
follow up, contratação, execução e acompanhamento. Todas as etapas têm peso significativo para gerar a
qualidade esperada do produto final.
As realizações da certificação nas áreas técnica e
comercial levaram a um crescimento significativo de
novos clientes, na maioria dos casos procurando soluções customizadas para suas demandas. Desenvolvemos sistemas informatizados possibilitando o acompanhamento permanente das ações, de forma a otimizar
os resultados.
Ao longo dos últimos anos tivemos um crescimento maduro e progressivo que gera expectativas para
o próximo triênio 2012/2015. Há grandes desafios
para atendimento ao nosso planejamento para 2012 e
serão suportados com ações como:
• Mapeamento do mercado de certificação por meio
de telemarketing, para identificarmos potenciais clientes para nossos serviços;
23
boletim ABNT
Antonio Carlos Barros de Oliveira - Gerente Geral de Certificação
boletim ABNT
abril | 2012
Certificação
• Segmentação do mercado por região geográfica, permitindo a escolha de estratégias locais relacionadas a
preços, parceiros e melhor forma de sensibilização dos
clientes;
• Definição de nichos de mercado a serem explorados
em caráter de pioneirismo;
• Desenvolvimento e ampliação da certificação de
produtos (voluntária e compulsória);
• Aproximação/parcerias com entidades/associações
representativas do patronato, formadoras de opinião
junto a empresas de seus segmentos;
• Implementação de atividades de marketing para
ampliar o mercado por meio de informações do mapeamento, com a preparação/distribuição de informações, realização de seminários etc., sobre o processo
de certificação, para as empresas que desconhecem o
assunto;
• Atualização dos sistemas informatizados no âmbito
gerencial/comercial, com o objetivo de otimizar o tempo dos profissionais, o controle das diversas atividades
de rotina etc.
Nossa equipe gerencial de produtos e sistemas está
consciente dos esforços necessários para atender ao
planejamento 2012. A Gerência de Certificação e a Direção Geral devem avaliar de forma progressiva as metas estabelecidas, oferecendo os recursos necessários
à sua execução
São Paulo, buscando maior eficácia no processo de
busca de novos clientes.
Outra ação adotada no sentido de assegurar o cumprimento das metas foi o treinamento e a conscientização do pessoal que trabalha na operação do Programa
de Rotulagem Ambiental, hoje bastante promissor,
para que atuem também na busca de novos clientes,
já que a questão ambiental está em evidência no mundo e o programa da ABNT representa um diferencial
de mercado para as empresas certificadas.
As metas da Gerência de Certificação de Sistemas
para 2012 são bastante desafiadoras. Entre nossos
maiores desafios está, em primeiro lugar, o mercado
de certificação de sistemas de gestão, que é extremamente competitivo e a ABNT está se posicionando
como um dos principais players. Outro grande desafio é a busca de novos mercados para programas de
certificação, como o da Rotulagem Ambiental. Apesar
de ser uma questão que está em evidência, ainda há
muito desconhecimento em relação ao assunto. Neste
caso, portanto, estamos trabalhando bastante para
transformar o Rótulo Ecológico ABNT conhecido e
exigido pelo mercado consumidor.
foi planejado com métodos melhores e mais eficazes.
Por outro lado, nossas áreas comerciais, de desenvolvimento, técnica e administrativa terão melhor
oportunidade de demonstrar o atingimento de metas,
em razão da criação de indicadores específicos.
Atuam no Brasil cerca de 70 organismos certificadores de produtos, nacionais e estrangeiros, de variados
portes. Os estrangeiros utilizam sua ramificação internacional como vantagem competitiva no atual cenário
de importação de produtos. Neste ambiente, graças
ao empenho interno e confiança externa, somos um
dos primeiros do ranking.
Nosso principal desafio é atender (ou superar) às
expectativas de todos que depositaram confiança na
ABNT Certificadora, buscando valorizar ainda mais a
nossa marca. São fabricantes, prestadores de serviços,
consumidores, laboratórios, auditores, colaboradores
internos e parceiros externos, membros de comitês
técnicos de certificação, nosso Conselho Deliberativo,
diretores. Todos confiando na adequação de nossos
processos e capacidade de avaliação técnica.
boletim ABNT
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abril | 2012
[ Institucional ]
Marli Mariotti - Coordenadora de Secretaria
Sergio Pacheco - Gerente de Certificação de Produtos
A certificação de produtos é uma atividade de alta
complexidade, cujo sucesso depende da correta realização de cada uma de suas etapas, sejam comerciais,
técnicas ou administrativas. Para alcançar as metas
estabelecidas em nosso plano estratégico 2012, estamos trabalhando fortemente na gestão e no controle de
todos os indicadores de desempenho, de modo a agirmos prontamente em eventuais correções de rumo.
Também estamos dando muita ênfase na capacitação de pessoal e no balanceamento dos recursos disponíveis visando à redução de gargalos administrativos. Enfim, estamos executando e monitorando o que
A maior meta da Secretaria é o atendimento. Destaca-se também a execução orçamentária das despesas com representação (viagens), tendo em vista as
constantes variações de preços, principalmente das
passagens aéreas (há tarifas que chegam a ter aumento considerável num mesmo dia). Utilizamos um
calendário que contempla as reuniões do Presidente e
da Diretoria, adotamos o procedimento de solicitar as
passagens com antecedência e introduzimos a cotação
imediata, conseguindo assim obter tarifas com preços
bastante satisfatórios.
Para a Secretaria, os principais desafios nestes
primeiros meses são: o encerramento do processo
eletivo para Superintendentes dos Comitês Brasileiros;
[ Institucional ]
a continuidade do processo eletivo para membros do
Conselho Deliberativo, que se encerrará no final de
abril (dia 24); e a realização da Assembleia Geral Ordinária (AGO), que também acontecerá em 24 de abril.
Essas ações são estatutárias, ou seja, não pode haver
qualquer atraso. O cronograma deve ser respeitado
na íntegra, pois se houver alguma falha as eleições e
a AGO poderão ser impugnadas pelos nossos associados, o que traria transtornos, retrabalho e deixaria lacunas nos Conselhos Deliberativo e Técnico.
25
boletim ABNT
abril | 2012
Para 2012 temos uma série de ações em desenvolvimento no setor. Destaco algumas delas:
• Acompanhamento mensal da execução orçamentária e emissão de relatórios para suprir a Diretoria
e demais gestores com informações relativas à área,
subsidiando a tomada de decisões;
• Administração e acompanhamento da movimentação do fluxo de caixa da ABNT, de forma a assegurar a
saúde financeira da Instituição;
• Atualização das certidões negativas da ABNT, para
que não haja comprometimento de seus negócios;
• Reavaliação das despesas administrativas e financeiras, com a finalidade de redução de custos;
• Acompanhamento dos trabalhos da Auditoria externa, para fechamento do Balanço 2011, para apreciação do Conselho Fiscal e aprovação do Conselho Deliberativo e Assembleia Geral, assegurando o registro
fiscal e legal da ABNT.
Já o nosso desafio é manter o fluxo de caixa sempre
positivo e controle da execução orçamentária dentro
do previsto, para que se possa atingir as metas e compromissos assumidos pela Diretoria Executiva com o
Conselho Deliberativo da ABNT.
25
Marcia Henriques Cornelsen - Gerente Administrativa/financeira
A área de Tecnologia da Informação (TI) possui
metas audaciosas em 2012, que será um ano de avanço com relação à implementação de plataformas de
gestão em segmentos ainda não informatizados em
seus processos, como o Centro de Informação Tecnológica (CIT) e a Capacitação.
Na área comercial, estamos implantando uma platforma de Customer Relationship Management, totalmente integrada ao Cadastro de Pessoas, que permitirá à equipe do ABNT Coleção gerenciar seus processos de vendas e dar um melhor follow up às propostas e contratos vigentes.
Junto à Diretoria de Relações Externas, daremos
continuidade à implementação dos acordos de cooperação comercial, somando à ISO, a International Electrotechnical Commission (IEC), a Japanese Industrial
Standards (JIS) e a National Fire Protection Association
(NFPA) os acordos que disponibilizarão normas ASTM,
DIN, da Associação Francesa de Normalização (AFNOR)
e do European Committee for Standardization (CEN).
Na Normalização, estamos iniciando com a Gerência do Processo de Normalização um importante projeto conhecido internamente como PMDB. Essa nova
plataforma irá auxiliar a Gerência a ter uma maior
visibilidade das atividades em curso, bem como
possibilitar a expansão dos seus trabalhos e mais rapidez na conclusão dos projetos de normas.
Com relação à Certificação, área que tem crescido
significativamente, continuaremos evoluindo as plataformas de gestão, em especial a Certificação Operacional (Certo). Ainda nessa área, estamos lançando um
novo portal do produto Rótulo Ecológico.
nacional, a TI continuará atuando nos foros internacionais, defendendo as posições da ABNT em conjunto
nacional, a TI continuará atuando nos foros internacionais, defendendo as posições da ABNT em conjunto
boletim ABNT
abril | 2012
Nelson Al Assal Filho - Assessor de TI da Diretoria Executiva
[ Institucional ]
boletim ABNT
26
abril | 2012
com a Diretoria de Relações Externas. Estamos realizando reuniões na ISO, liderando as discussões sobre
modelo de negócio no iTAG, Grupo de Assessoria do
Secretário-Geral da ISO, e coordenando como chairman o grupo ISOlutions, responsável pela disseminação de produtos eletrônicos para os membros da ISO.
Buscamos nessas atuações consolidar a ABNT como
referência em modelos de negócios digitais para toda
a ISO e liderar essa discussão e implementação no que
diz respeito aos países em desenvolvimento. Ainda na
área internacional, teremos uma atuação de destaque
na Copant.
Também estamos implementando um acordo com
o Instituto Argentino de Normalização (IRAM), para
apoiá-lo em TI e fornecer soluções de modelos de
negócios digitais, criando assim um case inédito de
auxílio mútuo entre países em desenvolvimento.
Na área de comunicação, temos o grande desafio de
apoiar a elaboração e implementação do novo Portal
ABNT, assim como da Página MPE, projetos estratégicos para nossa organização.
Este ano será de avanço e construção e temos um
único desafio, que é desenvolver todos os projetos
citados, bem como dar conta da evolução dos produtos já em operação. Ou seja, coordenar todas essas
ações, em conjunto com as áreas que detêm os processos de negócio, para que elas possam atingir seus
resultados.
Com isso, a área de TI deseja dar as condições para
que a ABNT continue sua trajetória notável de crescimento em todos os seus grandes ativos, tanto financeiramente, como também em visibilidade, liderança
e reputação
ISO/TC 20/SC 14 reúne-se no Brasil
Atividades serão realizadas em duas cidades
paulistas, de 14 a 17 de maio.
O Subcomitê Técnico ISO/TC 20/SC 14 Space
Systems and Operations realizará no Brasil, em maio,
a sua 22ª Reunião Plenária. O evento vai ocorrer em
duas cidades paulistas: em São José dos Campos, os
Working Groups (WG) se reunirão nos dias 14 a 16;
em Campos do Jordão, acontecerá a Plenária, no dia
17 de maio.
A cidade de São José dos Campos concentra as
principais atividades do setor espacial do Brasil. Ali
estão o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais
(INPE), o Departamento de Ciência e Tecnologia
Aeroespacial (DCTA), indústrias aeroespaciais e
Para seu conhecimento
Esta seção é destinada à divulgação de processos,
termos e curiosidades utilizados na Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e relacionados
à normalização. Nesta edição destacamos o que é
Certificação voluntária.
Certificação voluntária é aquela que não possui
qualquer regulamentação de órgão oficial. São
exemplos as certificações de sistemas de gestão da
qualidade (ABNT NBR ISO 9000) e gestão ambiental
(ABNT NBR ISO 14000). Segundo o Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro),
a certificação voluntária é decisão exclusiva do
também está sediado o Secretariado do Comitê
Brasileiro de Aeronáutica e Espaço (ABNT/CB-08).
As reuniões do ISO/TC 20/SC 14 sempre têm
apoio e participação de organizações espaciais e são
preparadas pelo Organismo Nacional de Normalização
do país anfitrião. No caso do Brasil, um Grupo de
Trabalho foi organizado sob a coordenação do INPE
e ABNT, por meio do Subcomitê de Atividade Espacial
(SC 08:010), cujo Secretariado está localizado nas
instalações do Laboratório de Integração e Testes do
INPE.
Esta será a segunda vez que o ISO/TC 20/SC 14
realiza Plenária no Brasil (a primeira foi em 2001) e a
expectativa é de reunir cerca de 120 especialistas de
13 países.
solicitante e tem como objetivo garantir a
conformidade de processos, produtos e serviços
às normas elaboradas por entidades reconhecidas
pelo Sistema Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial (Sinmetro). Portanto, a
certificação voluntária, no âmbito do Sistema Brasileiro
de Certificação (SBC), deve ser executada com base
nas Normas Brasileiras, regionais ou internacionais,
atendendo aos níveis de normalização. Em situações
específicas, normas estrangeiras e de consórcios
também podem ser utilizadas.
Outras informações sobre a Certificação ABNT em:
http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=940
[ Dúvidas ]
1. Preciso de uma norma da ABNT sobre o cálculo de perda de cargas
de uma instalação predial de água fria.
Luiz Diniz – Boamarca Agropecuária Ltda – Aldeia – PE
No que se refere aos usos não domésticos, esta Norma aponta as exigências a serem observadas quando tais usos ocorrem associados ao
uso doméstico, com o objetivo de resguardar a segurança sanitária e
o desempenho da instalação. Esta Norma pode ser utilizada como
referência técnica de procedimento de recebimento de uma instalação predial de água fria, em contrato entre o construtor e o
usuário, ou entre o construtor e o projetista ou, ainda, entre o
construtor e o instalador.
2. Gostaria de saber se a ABNT tem uma norma que trate de
ataduras ortopédicas.
Andresa Mércia – União Têxtil Ind. e Com. de Produtos Hospitalares Ltda. – Bragança Paulista – SP
A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 15620:2008
- Artigos têxteis hospitalares - Atadura ortopédica - requisitos e métodos de ensaio, que especifica os requisitos de
ensaio para atadura ortopédica.
3. Por favor, informem qual norma da ABNT trata de
execução de estaca Strauss.
Tabata Silva – Comercial Construtora PPR - São Paulo – SP
A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 6122:2010 Projeto e execução de fundações, que estabelece os
requisitos a serem observados no projeto e execução
de fundações de todas as estruturas da engenharia civil.
Esta Norma possui um anexo G, que trata de “Estacas moldadas in loco
Strauss – Procedimento Executivos”
4.Estou procurando alguma norma da ABNT que se refira a regulador
de pressão para gás GLP e cite a vida útil desse produto.
Silton Jr – FireGas Instalações e Manutenções Ltda – Jarinu – SP
27
A ABNT responde: A ABNT
NBR 8473:2005 – Regulador de
baixa pressão para gás liquefeito
de petróleo (GLP) com capacidade até
4 kg/h estabelece as características de
construção e de funcionamento e os métodos de ensaio para reguladores de baixa
pressão para gás liquefeito de petróleo (GLP)
com capacidade até 4 kg/h. Esta Norma é aplicável a reguladores com pressão nominal de saída de
2,80 kPa e vazão nominal em massa de até 4 kg/h de
GLP, entre temperaturas de - 10°C a 60°C, para instalações com recipientes transportáveis de aço para GLP conforme a ABNT NBR 8460:2011, ou para instalações prediais
conforme ABNT NBR 15526:2007.
5. Estou desenvolvendo um projeto para um condomínio e
gostaria de saber quais normas da ABNT posso aplicar para tratamento de esgotos (fossas sépticas).
Deoclecio Pereira Leite – Engenheiro Autônomo – Caldas Novas – Goiás.
A ABNT responde: Existem as seguintes normas sobre o assunto:
- ABNT NBR 7229:1993 Versão Corrigida:1997 – Projeto, construção
e operação de sistemas de tanques sépticos, que fixa as condições
exigíveis para projeto, construção e operação de sistemas de tanques
sépticos, incluindo tratamento e disposição de afluentes e lodo sedimentado. Tem por objetivo preservar a saúde pública e ambiental, a
higiene, o conforto e a segurança dos habitantes de áreas servidas por
estes sistemas.
- ABNT NBR 13969:1997 – Tanques sépticos - Unidades de tratamento
complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação, que tem o objetivo de oferecer alternativas de procedimentos técnicos para o projeto e operação de unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos de tanque séptico, dentro do sistema de tanque séptico para o tratamento
local de esgotos. As alternativas aqui citadas devem ser selecionadas
de acordo com as necessidades e condições locais onde é implantado
o sistema de tratamento, não havendo restrições quanto à capacidade
de tratamento das unidades.
abril | 2012
Esta Norma é aplicável à instalação predial que possibilita o uso doméstico da água em qualquer tipo de edifício, residencial ou não. O
uso doméstico da água prevê a possibilidade de uso de água potável e
de água não potável.
27
boletim ABNT
À instalação objeto desta Norma podem estar integrados outros sistemas hidráulicos prediais para os quais devem ser observadas normas
específicas. No caso da instalação predial de água quente, deve ser
atendida a ABNT NBR 7198:1993 e no caso da instalação predial de
combate a incêndio deve ser atendida a ABNT NBR 13714:2000.
boletim ABNT
abril | 2012
A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 5626:1998 – Instalação predial
de água fria, que estabelece exigências e recomendações relativas ao
projeto, execução e manutenção da instalação predial de água fria. As
exigências e recomendações aqui estabelecidas emanam fundamentalmente do respeito aos princípios de bom desempenho da instalação
e da garantia de potabilidade da água no caso de instalação de água
potável, devendo ser observadas pelos projetistas, assim como pelos
construtores, instaladores, fabricantes de componentes, concessionárias e pelos próprios usuários.
[ Turismo e Normalização ]
Rumo à Coréia
Parceria ABNT e SEBRAE
Nossa norma é
ajudar você a crescer
A ABNT e o SEBRAE firmaram um convênio que possibilita às MPE, após breve cadastro, o acesso às normas
técnicas brasileiras por 1/3 do seu preço de mercado.
www.abnt.org.br/paginampe
28
boletim ABNT
abril | 2012
O Brasil conta com perto de 100
empresas de turismo de aventura
certificadas conforme a ABNT NBR
15331:2005, Turismo de Aventura
– Sistema de gestão da Segurança –
Requisitos.
Espera-se uma intensa discussão
na reunião de Seul, com a elevação
dos textos ao estágio ISO/DIS, o penúltimo antes de se converterem em
Normas Internacionais.
Também em março, reuniu-se a Comissão de Estudos de Mergulho, que
acompanha os trabalhos do WG1 –
Diving, que é o mais ativo Grupo de
Trabalho do TC 228 e já publicou 10
normas.
Seis desses documentos, que tratam de mergulho autônomo, já foram
adotados como Normas Brasileiras. O
WG 1 inicia agora a sua revisão. A comissão discutiu as estratégias para a
participação nessa revisão e decidiu
também iniciar os trabalhos para a
adoção da demais normas, que incluem mergulho com snorkelling,
modalidade muito praticada no Brasil
com finalidades turísticas
28
mínima antes, durante e após a atividade de turismo de aventura).
Nos dias 12 e 13 de março, três
Comissões de Estudo do ABNT/CB
54 reuniram-se em São Paulo para
discutir e preparar comentários aos
documentos de trabalho que resultaram da última reunião do WG7, realizada no Brasil em outubro de 2011.
Estiveram reunidas as comissões de
Sistema de Gestão da Segurança em
Turismo de Aventura, de Competências de condutores de turismo de
aventura e de Informações a clientes
de turismo de aventura.
As reuniões foram muito produtivas e contaram com a presença de
empresários, especialistas e representantes dos consumidores de São
Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas
Gerais. A participação dos representantes de micro e pequenas empresas foi apoiada pelo Sebrae.
Após a análise dos textos foram
preparados comentários para o seu
aperfeiçoamento, tirando partido da
experiência brasileira de campo com
as Normas Brasileiras que serviram
de base para os textos da ISO.
boletim ABNT
abril | 2012
S
erá realizada, em maio, a reunião plenária do ISO/TC 228
– Tourism, em Seul, na Coréia
do Sul. Vários grupos de trabalho do
ISO/TC 228 também se reunirão na
oportunidade, entre eles o WG 7 –
Adventure Tourism, que é liderado
pelo Brasil, em cooperação com o
Reino Unido.
A participação brasileira nesse
evento será apoiada pelo convênio
entre a ABNT e o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae).
O WG 7 discutirá em Seul os projetos de normas ISO 14.489-1, Adventure tourism – Safety management
system – Requirements (Turismo de
aventura – Sistema de gestão da segurança – Requisitos), ISO 14.489-2,
Adventure tourism – Leader – Personnel competences (Turismo de
aventura – Líderes – Competências
de pessoal) e ISO 14.489-3, Adventure Tourism — Information for Participants — Minimum Before, During
and After the Adventure Tourism Activity (Turismo de aventura - Informação aos participantes - Informação
[ Negócios ]
A Gerência de Capacitação da ABNT planeja expandir suas atividades além do eixo Rio-São Paulo e já
tem realizado cursos abertos em Porto Alegre, Brasília e Curitiba sobre as normas de Aproveitamento de
água de chuva, Acessibilidade, Trabalhos acadêmicos,
Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, Avaliação de ruído no meio ambiente e Segurança da informação.
Na área de cursos in company, como resultado da
maior divulgação dos treinamentos e da qualificação
da equipe e dos instrutores, já foram atendidos empresas e órgãos públicos das seguintes regiões: Centro-Oeste, com destaque para Brasília e Cuiabá; Nordeste, em São Luis e Fortaleza; e Norte, em Manaus,
Altamira e Rio Branco.
Entre os cursos promovidos em 2012, destacou-se o
de Etiquetagem de têxteis realizado em janeiro com
mais de 20 participantes (máximo permitido). Trata do histórico da lei de etiquetagem e da norma de
simbologia; da Resolução Conmetro nº 02/2008; do
Regulamento Mercosul e várias Normas da ABNT com
ênfase na ABNT NBR NM ISO 3758:2010 que estabelece um sistema de símbolos gráficos, objetivando o
uso em artigos têxteis fornecendo informações para
prevenir danos irreversíveis durante os processos de
cuidados.
No primeiro trimestre deste ano, a área já contabilizou edições de 21 diferentes assuntos, inclusive
aqueles que têm a ver com a época das fortes chuvas
como o de aproveitamento da água de chuva em regiões urbanas e o manejo de águas pluviais, dirigidos,
principalmente a engenheiros e arquitetos de empresas públicas ou privadas.
boletim ABNT
abril | 2012
Capacitação amplia atuação
Nos últimos anos a ABNT vem aprimorando seus
sistemas de Tecnologia da Informação para que a sociedade tenha facilidade de acesso às Normas Técnicas via web com agilidade e praticidade, além da segurança de adquirir produtos originais e atualizados.
No Catálogo Eletrônico, além das normas ABNT NBR
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) e AMN
(Associação Mercosul de Normalização), podem
ser encontrados nos formatos impresso e eletrônico documentos ISO (International Organization for
Standardization), IEC (International Electrotechnical
Commission), JSA (Japanese Standards Association) e
NFPA (National Fire Protection Association).
Representante exclusiva da ISO no Brasil, a ABNT
também representa oficialmente outros organismos,
como JIS, DIN, ASTM, ASME, BSI, IEEE e assim sendo
pode oferecer condições de fornecimento mais favoráveis aos usuários.
Coerentes com o nosso lema “PENSOU NORMAS TÉCNICAS, PENSOU ABNT”, estamos em fase final de negociação para representar no Brasil outras entidades
de normalização, como, API, AWWA, SAE, MIL, entre
outras. Ainda neste ano, teremos mais novidades no
Catálogo de normas.
Contra pragas urbanas
Durante o verão, a população preocupa-se com
chuvas, raios e inundações, mas tem também a atenção voltada para as chamadas pragas urbanas, que
provocam danos econômicos, à saúde e ao meio ambiente, tanto no campo quanto na cidade. É no verão
que pragas como ratos, baratas e cupins e mosquitos,
entre eles o temível disseminador da dengue, espalham-se com maior intensidade.
Para orientar o combate a esses seres indesejáveis,
a ABNT mantém em seu acervo as seguintes normas
técnicas:
- ABNT NBR 15584-1:2008 - Controle de vetores e pragas urbanas - Parte 1: Terminologia.
- ABNT NBR 15584-2:2008 - Controle de vetores e pragas urbanas - Parte 2: Manejo integrado.
- ABNT NBR 15584-3:2008 - Parte 3: Sistema de gestão da qualidade - Requisitos particulares para aplicação da ABNT NBR ISO 9001:2000 para empresas
controladoras de pragas.
Essas normas estão disponibilizadas por meio do
sistema ABNT Catálogo e podem ser adquiridas pela
web (www.abnt.org.br/catalogo)
abril | 2012
boletim ABNT
29
29
Normas técnicas do mundo ao seu alcance
Patrocínio de normas ABNT
Tenha o nome da sua empresa ao lado de quem
representa qualidade e confiança.
boletim ABNT
30
janeiro | 2012
Divulgue sua empresa, produtos e serviços nas normas
publicadas pela ABNT.
Solicite uma proposta
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(11) 3017 3648
www.abnt.org.br
Conteúdo original e normas de uso exclusivo para sua empresa,
só a ABNT garante.
[ Normalização em Movimento ]
ABNT inicia trabalhos na área de Defensivos Agrícolas
No dia 10 de fevereiro, foi instalada a Comissão de
Estudo Especial de Defensivos Agrícolas (ABNT/CEE171), com a presença de aproximadamente 15 entidades. O evento foi realizado no prédio do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em
São Paulo, onde serão realizadas as reuniões da Comissão em 2012.
O grupo é responsável pela normalização no campo
de defensivos agrícolas, no que concerne a terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades.
A ABNT/CEE-171 irá se reunir uma vez por mês e os
interessados em participar deste trabalho podem encaminhar e-mail para [email protected].
CEE de Símbolos Gráficos
rais, marcas de pontuação, sinais e símbolos matemáticos, e símbolos de grandezas e unidades não farão
parte dos projetos da CEE.
A nova Comissão também atuará como espelho do
ISO/TC145 – Graphical symbols. A ABNT/CEE-168 irá
se reunir uma vez por mês e os interessados em participar deste trabalho podem encaminhar e-mail para
[email protected].
31000:2009, pois fornece orientações sobre a seleção
e aplicação de técnicas sistemáticas para o processo
de avaliação de riscos. O documento, que não se destina à certificação, uso regulatório ou contratual, introduz uma série de técnicas, com referências específicas a outras normas, no qual o conceito e aplicação
delas são detalhadamente descritos.
Segurança em parques de diversões
Convidado pelo Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ),
o analista técnico Eduardo Lima foi o palestrante no
treinamento “Segurança em parques de diversão –
Como elaborar o laudo técnico”. O evento teve como
objetivo divulgar entre os participantes competências
para o estabelecimento de normas e procedimentos
(técnicos, legais e administrativos), visando a uma se-
gurança maior dos usuários de parques de diversões.
O assunto abordado pelo analista foi a normalização como suporte à legislação. O evento contou com
a presença, entre outros, do deputado estadual Wagner Montes, do presidente do CREA-RJ, Agostinho
Guerreiro, e do tenente-coronel Leonardo Tupan, do
Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro.
Participação em eventos internacionais
A ABNT, em sua posição de Secretaria desenvolvida
por seus analistas, participa no mês de abril, dos seguintes eventos:
• Reunião do ISO/TC 242 - Gestão de Energia, em Dublin, Irlanda, nos dias 30 de abril a 5 de maio;
• Reunião do ISO/TC 34 - Alimentos, em Nairóbi, Quênia, nos dias 23 a 27 de abril;
• Workshop para países em desenvolvimento, em
Nairóbi, Quênia, nos dias 24 e 25 de abril.
abril | 2012
ABNT NBR ISO/IEC 31010, Gestão de Riscos – Técnicas para o processo de avaliação de riscos foi aprovada para publicação, em reunião realizada no dia 6 de
fevereiro pela Comissão de Estudo Especial de Gestão
de Riscos (ABNT/CEE – 63). Atualmente em fase de
editoração, o documento estará disponível para o público em breve.
A Norma servirá como apoio à ABNT NBR ISO
31
ABNT NBR ISO/IEC 31010 aprovada para publicação
boletim ABNT
A Comissão de Estudo Especial de Símbolos Gráficos
(ABNT/CEE-168) foi instalada no dia 28 de fevereiro,
com a presença de mais de dez entidades. A reunião
foi realizada na ABNT em São Paulo.
O escopo de trabalho da Comissão engloba normalização no campo de símbolos gráficos compreendendo cores e formatos, no que concerne a princípios de
terminologia, coordenação, aplicação e padronização
de símbolos gráficos. A normalização de letras, nume-
[ Fique por Dentro ]
Reuniões das Comissões de Estudo
ABNT/CB-06 - Comitê Brasileiro Metroferroviário
ABRIL
CE-06:400.01
Sinalização
24
CE-06:100.04
Traçado e Infra-estrutura
24
CE-06:100.02
Trilhos e Fixações
25
CE-06:100.01
Dormentes e Lastros
25
CE-06:300.04
Rodas, Eixos, Rolamentos e Rodeiros
26
CE-06:100.03
Aparelho de Mudança de via e Cruzamentos
26
CE-06:300.01
Vagões, Truques, Engates e Acessórios
27
CE-06:300.02
Locomotivas, Truques, Engates e Acessórios
27
ABNT/CB-11 - Comitê Brasileiro de Couro, Calçados e Artefatos de Couro
19
CE-11:300.03
Construção Inferior do Calçado 17
CE-11:100.04
Resíduos Líquidos
27
CE-11:100.01
Insumos
27
CE-11:100.02
Ensaios Físicos e Químicos em Couro
26
CE-11:300.02
Adesivos para Calçados e Correlatos
18
ABNT/CB-15 - Comitê Brasileiro do Mobiliário
ABRIL
CE 15:002.06
32
32
Calçados
boletim ABNT
abril | 2012
ABRIL
CE-11:200.01
18
Travesseiros
abril | 2012
boletim ABNT
ABNT/CB-21 - Comitê Brasileiro de Computadores e Processamento de Dados
ABRIL
CE-21:007.26
Teste de Software 12
CE-21:038.00
Plataformas e Serviços de aplicativos Distribuídos
26
ABNT/CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio
ABRIL
CE-24:202.03
Sistemas de Detecção e Alarme Contra Incêndio
14
CE-24:204.01
Sistema de Iluminação de Emergência
24
CE-24:301.13
Proteção Contra Incêndio em Túneis
24
CE-24:204.03
Sistemas de Controle do Movimento da Fumaça de Incêndio
24
MAIO
CE-24:203.02
Planos e Equipes de Emergência Contra Incêndio
CE-24:302.05
Mangueiras de Combate a Incêndio e Acessórios
CE-24:302.03
Extintores de Incêndio
CE-24:301.12
Líquido Gerador de Espuma (LGE) para Extinção de Incêndio
CE-24:202.03
Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio
7
8
9
12
14
ABNT/CB-26 - Comitê Brasileiro Odonto-Médico-Hospitalar
ABRIL
CE-26:140.01
Artigos não Duráveis de Puericultura
16
CE-26:130.01
Avaliação Biológica de Produtos para Saúde
20
CE-26:090.01
Esterilização de produtos para saúde
25
CE-26:050.03
Brocas diamantadas odontológicas
24
CE-26:060.01
Equipamento Respiratório e de Anestesia
24
CE-26:060.02
Gases para uso Hospitalar, seus Processos e suas Instalações
25
CE-26:130.02
Agente antimicrobiano em produtos para uso em serviços de saúde
26
[ Fique por Dentro ]
MAIO
CE-26:150.01
Gestão da qualidade
3
CE-26:070.01
Implantes Ortopédicos
8
CE-26:020.01
Aspectos Gerais de Segurança de Equipamento Eletromédico
4
CE-26:020.02
Equipamento Eletromédico
4
CE-26:030.01 Dispositivos e produtos de plástico, vidro e elastômeros para uso médico, e sistema de coleta de sangue
9
CE-26:040.01
Seringas e Agulhas
9
CE-26:120.02
Classificação e terminologia de produtos de apoio para pessoas com eficiência ou mobilidade reduzida
CE-26:130.01
Avaliação Biológica de Produtos para Saúde
10
CE-26:140.01
Artigos não Duráveis de Puericultura
CE-26:130.02
Agente antimicrobiano em produtos para uso em serviços de saúde
18
21
24
ABNT/ONS-34 - Organismo de Normalização Setorial de Petróleo
ABRIL
CE-34:007.01
Etanol Combustível
29
CE-34:007.02
Biodiesel
20
CE-34:000.02
Combustíveis e Produtos Especiais
21
MAIO
CE-41:000.00.02
9
Pastilha Fundida
Fluidos de Perfuração / Completação e Cimentação de Poços
25
CE-50:000.04
Equipamentos de Perfuração e Produção 18
CE-50:000.05
MAIO
Tubos de Revestimento, Produção e Perfuração 15
ABNT/ONS-58 - Organismo de Normalização Setorial de Ensaios Não Destrutivos
ABRIL
CE-58:000.03
Metrologia de END
25
CE-58:000.01
Métodos Superficiais
26
CE-58:000.11
Termografia
27
CE-58:000.06
Ultrassom
26
ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial ABNT/CEE-124
ABRIL
Escadas Transportáveis
16
ABNT/CEE-100
Segurança dos Brinquedos
ABNT/CEE-93
Gestão de Projetos ABNT/CEE-104
Segurança de Alimentos ABNT/CEE-128
Critérios de Sustentabilidade em Bioenergia
ABNT/CEE-135
Radiações Ionizantes
18
ABNT/CEE-94
Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas
25
ABNT/CEE-168
Símbolos Gráficos
26
ABNT/CEE-80
ABNT/CEE-103
20
16
24
16
MAIO
Sistemas de Prevenção Contra Explosão 7
Manejo Florestal - CERFLOR
8
ABNT/CEE-166
Abastecimento d´ água 4
ABNT/CEE-166
Abastecimento d´ água 3
ABNT/CEE-97
Gestão de Segurança para Cadeia Logística
7
ABNT/CEE-103
Manejo Florestal 9
ABNT/CEE-111
Responsabilidade Social
15
ABNT/CEE-111
Responsabilidade Social
14
ABNT/CEE-106
Análises Ecotoxicológicas
8,9 e 10
ABNT/CEE-162
Elaboração de Orçamentos e Formação de Preços de Empreendimentos de Infraestrutura
10
ABNT/CEE-100
Segurança dos Brinquedos
11
abril | 2012
boletim ABNT
ABRIL
CE-50:000.03
33
33
abril | 2012
boletim ABNT
ABNT/CB-50 - Comitê Brasileiro de Materiais, Equipamentos e Estruturas Offshore para Indústria do Petróleo e Gás Natural boletim ABNT
34
abril | 2012
[ Fique por Dentro ]
Eventos
Seminário de Energias Renováveis
09 de maio de 2012
Horário: 8h30 às 17h30
Local: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 - Meireles Fortaleza - CE
Mais informações e inscrições: [email protected]
Seminário de Responsabilidade Social
11 de maio de 2012
Horário: 8h30 às 17h30
Local: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 - Meireles Fortaleza - CE
Mais informações e inscrições: [email protected]
Feiras
14° EBRATS - Encontro e Exposição Brasileira de Tratamento de Superfície
11 a 13 de Abril de 2012
Local: Expo Center Norte
Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo/SP
Mais informações, www.ebrats.org.br
ISC BRASIL 2012
7ª. Feira e Conferência Internacional de Segurança Pública
24 a 26 de Abril de 2012
Local: Expo Center Norte – Pavilhão Verde
Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – São Paulo/SP
Mais informações, www.iscexpo.com.br
FORIND NE 2012
A Feira da Indústria Nordestina
24 a 27 de Abril de 2012
Local: Centro de Convenções de Pernambuco - Recife/PE
Mais informações, www.forindne.com.br
CNASI - Congresso Latino-Americano de Auditoria de TI, Segurança da Informação e Governança
23 e 24 de Abril de 2012 - 3ª. Edição - Local Porto Alegre/RS
14 e 15 de Maio de 2012 - 9ª. Edição - Local Brasília/DF
16 e 17 de Julho de 2012 - 2ª. Edição - Local Recife/PE
23 a 24 de Outubro de 2012 - 21ª. Edição - Local São Paulo/SP
Para mais informações, www.Ideti.com.br
abril | 2012
ABRASEL SP - Food Service Show 2012
1ª Feira Internacional de Equipamentos, Produtos e Serviços para Alimentação Fora do Lar
23 a 26 de Abril de 2012
Local: Bienal do Ibirapuera
Rua Pedro Álvares Cabral - Moema - São Paulo/SP
Mais informações, http://abraselspfoodserviceshow.com.br
35
10ª EXPOBOR - Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha
10ª PNEU SHOW - Feira Internacional da Indústria de Pneus
11 a 13 de Abril de 2012
Local: Expo Center Norte
Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo/SP
Mais informações, www.expobor.com.br
boletim ABNT
29 ª ABRIN - Feira Brasileira de Brinquedos
09 a 12 de Abril de 2012
Local: Expo Center Norte
Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo/SP
Mais informações, www.abrin.com.br
[ Fique por Dentro ]
Seminário de Gerenciamento de Mídias e Redes Sociais & Socialização Web
25 de Abril de 2012 - 1ª. Edição - Local Porto Alegre/RS
16 de Maio de 2012 - 1ª. Edição - Local Brasília/DF
18 de Julho de 2012 - 1ª. Edição - Local Recife/PE
Para mais informações, www.Ideti.com.br
9º Congresso INFRA
16 a 18 de Abril de 2012
Local: Centro de Eventos Fecomércio
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista - São Paulo/SP
Para mais informações, www.temfeirasecongressos.com.br/default.asp?tp=1&cd=2301&cor=000000
36
CCMCC - Congresso Consumidor Moderno de Crédito, Cobrança e Meios de Pagamento
8 a 9 de Maio de 2012
Local: Centro de Eventos Fecomércio
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista - São Paulo/SP
Para mais informações, www.ccmcc.com.br
36
FIMA BRASIL - Feira Industrial de Manutenção e Automação
15 a 18 de maio de 2012
Local: Mendes Convention Center
Av. Gen. Francisco Glicério, 206 - Santos/SP
Para mais informações, www.fimabrasil.com.br
ECOFAIR BRASIL - Feira Ambiental de Inovações Regionais
16 a 20 de Maio 2012
Local: Clube União Recreativo
Rua Francisco Paulo Brajon 650 - Jardim Guadalajara - Sorocaba/SP
Para mais informações, www.ecofair.com.br
abril | 2012
boletim ABNT
boletim ABNT
abril | 2012
ExpoAlumínio 2012
V Congresso Internacional do Alumínio
XI Seminário Internacional de Reciclagem do Alumínio
24 a 26 de abril de 2012
Local: Centro de Exposições Imigrantes
Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo/SP
Para mais informações, www.expoaluminio.com.br
Para acompanhar os eventos da ABNT, acesse
www.abnt.org.br/eventos
[ Novos Sócios ] 16/02/2012 a 15/03/2012
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Alpunto Brasil Refrigeradores e Serviços Ltda.
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Sociedade de Educação Tiradentes S/S Ltda. COLETIVO CONTR. - D
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30 e 31 de outubro de 2012
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