Coluna Roda Viva traz análise Projeto #kinobar exibe filmes
sobre governadores do estado em locais inusitados da cidade
Benedito Buzar avaliou período de 1947 a 2014. P. 6
Proposta é divulgar cinema maranhense. P. 5
Alternativo
Cena do curta-metragem
Instante, uma das
produções na
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do projeto
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O ESTADO DO MARANHÃO · SÃO LUÍS, 5 de outubro de 2014 - domingo
Obras reunidas em catálogo
Poemas, romances, crônicas e outros escritos do senador José Sarney foram organizados em catálogo, que reúne
ainda prefácios e críticas publicadas em diversos idiomas; obra está disponível em bibliotecas, universidade e escolas
Arquivo
A
vasta bibliografia e fortuna crítica do escritor
e estadista José Sarney
está organizada no catálogo Bibliografia de José Sarney, um
guia que reúne 102 títulos, 142
volumes, além de dezenas de
prefácios e críticas de suas publicações. Com obras traduzidas para várias línguas, o guia
foi publicado em 2011 e está
disponível em bibliotecas, universidades e escolas.
Autor de romances, poemas,
contos, ensaios e crônicas, José
Sarney tem seus livros publicados em espanhol, francês, inglês, alemão, italiano, grego,
chinês, coreano, árabe, romeno, russo, búlgaro e húngaro.
No livro, que reúne os prefácios em todos estes idiomas,
também podem ser encontrados textos alusivos à obra e assinados por nomes como Claude Lévi-Strauss, Jorge Amado,
Nélida Piñon, Alberto da Costa e Silva, Marcos Aguinis, Claude Couffon, entre outras personalidades eminentes da literatura brasileira e mundial.
Dividido em 20 partes, o catálogo apresenta toda a produção literária de José Sarney começando pelas poesias. Além
das imagens das capas de A
canção inicial, Os marimbondos de fogo e Saudades mortas,
o interessado pode encontrar
informações como o ano da publicação, editora, quantidades
de páginas e registros dos livros.
Quanto aos contos, somente
de Norte das águas podem ser
vistas capas das edições brasileiras e as publicadas em inglês,
romeno, russo, espanhol, búlgaro, francês, chinês e alemão.
Fazem parte também os livros
Brejal dos Guarás e outras histórias e Dez contos escolhidos.
Entre os romances, destaque para O Dono do Mar e suas
traduções para o francês, romeno, grego, espanhol, entre outros idiomas. José Sarney publicou ainda Saraminda – também com diversas traduções,
inclusive em coreano – e A duquesa vale uma missa.
O lado político de José Sarney também se manifesta pelas letras. Prova disso são os 21
textos nos quais discorre sobre
as questões de seu mandato
quando ocupou a Presidência
da República, bem como as
mensagens enviadas ao Congresso Nacional e os discursos
proferidos por ele quando era
presidente.
Prefácios – Na parte dedicada
aos prefácios, o leitor poderá
encontrar textos assinados
por nomes representativos da
literatura maranhense, brasileira e mundial. Além do português, estão publicadas as
traduções para os mais diversos idiomas nos quais os livros foram lançados.
O escritor e pesquisador Jomar Moraes assina a abertura
da edição feita pela Academia
Maranhense de Letras de A
canção inicial. Sobre o mesmo
livro, José Chagas destaca: “Sarney – o poeta – faz parte da ge-
O senador e escritor José Sarney tem uma vasta produção literária, que já foi traduzida para vários idiomas, como inglês, russo, espanhol, francês, chinês e búlgaro
Reprodu;’aoCapa livro
ração de jovens que, em fins da
década de 1940 e início de cinquenta promoveu, por assim
dizer, a ressurreição de nossa
vida literária. Os poetas da geração anterior viram-se realizados, consagrados pelo público,
mas já estavam certos de que
uma etapa da literatura maranhense se fechava com eles”.
Sobre Brejal dos Guarás e outras histórias, Lago Burnett escreveu artigo no qual explicita
as duas faces de José Sarney: o
escritor e o político. No texto,
intitulado Um político no reino
da fábula, ele escreve: “As inevitáveis comparações entre o es-
critor e o político que coabitam
numa personalidade complexa
como a de José Sarney convergem sistematicamente para um
julgamento apoiado em padrões convencionais de competitividade: a consagração de um
e a condenação de outro (...).
Porque a verdade é que José Sarney é um escritor político, da
mesma forma que é um político escritor”.
C. E. Zavaleta também escreveu sobre a mesma obra. “Em
suma, um livro político e poético sobre a vida rural, no qual o
regionalismo alcança suas melhores metas, atendendo à uni-
versalidade. E um escritor que
não precisa ser presidente da República para que o seu nome
transcenda o molde artístico, onde seu prestígio é autêntico”.
Nomes como Afonso Arinos;
Josué Montello; Odylo Costa,
filho; Antonio Alçada Baptista; Léo Gilson Ribeiro; Antonio Carlos Villaça; Lucy Teixeira; Jorge Amado; Carlos
Castello Branco; João Gaspar
Simões; Ivan Junqueira; Rachel de Queiroz; Ferreira Gullar; Darcy Ribeiro; José Louzeiro, entre outros também
assinam textos sobre a obra
literária de José Sarney.
Mais
Leia abaixo algumas opiniões sobre a obra de José Sarney ao longo dos anos
“José Sarney,
poeta e defensor
da liberdade”
Octavio Paz, poeta, ensaísta e
diplomata mexicano
Obra reúne informações de todas as publicações de José Sarney
“José Sarney se
serve da língua como
de um organismo
cultural cuja
estrutura é a mente
do povo que ele apresenta
literariamente”
Lucy Teixeira, poeta
“Poucos escritores
brasileiros criaram imagens
com tanta cor. O Dono do Mar
deixa o leitor perplexo,
excitado e desconfiado”
Marcelo Rubens Paiva, escritor
“Li O Dono do Mar e gostei.
Muito. Não imaginava José
Sarney um romancista
poderoso. E é”
Darcy Ribeiro, antropólogo
“Como etnólogo, fiquei
sensibilizado pela atenção
que José Sarney dedica à
pesca, a seu vocabulário, a
suas técnicas locais. Mas o
que me tocou acima de
tudo é a arte com a qual
Sarney demonstra como um
gênero de vida tradicional
está indissoluvelmente
ligado a crenças onde se
afirma uma continuidade
entre o mundo terrestre
(melhor seria dizer, neste caso,
marítimo) e o além”
Claude Lévi-Strauss, antropólogo e
filósofo francês
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