BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
APRESENTAÇÃO
Esta é uma publicação da subseção do DIEESE na Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria - CNTI.
Trata-se de um boletim informativo e analítico que tem por finalidade a
permanente discussão, acompanhamento e atualização de temas
relacionados ao mercado de trabalho, com enfoques voltados para a
conjuntura econômica e social do país.
Neste boletim do primeiro trimestre de 2012 vamos apresentar um
artigo Rotatividade e Flexibilidade no Mercado de Trabalho, conjuntura
econômica, informações setoriais, indicadores econômicos do mercado
de trabalho, índices de inflação e outras informações importantes, além
do desempenho da indústria de uma maneira geral.
1º TRIMESTRE/2012
ÍNDICE
I-
ROTATIVIDADE E FLEXIBILIDADE NO
MERCADO DE TRABALHO
II -
CONJUNTURA ECONÔMICA
III -
DESEMPENHO INDUSTRIAL
IV -
INDICADORES ECONÔMICOS
Como de costume, trazem-se também alguns indicadores econômicos
úteis à vida sindical, como por exemplo, a pesquisa de emprego e
desemprego feita em seis regiões metropolitanas brasileiras e Distrito
Federal e a variação da cesta básica em dezesseis capitais brasileiras.
Boletim de Conjuntura – Janeiro-Março de 2012
Presidente:
José Calixto Ramos
Responsável Técnico: Karla Braz
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
Endereço: Av. W3 Quadra 505 Lote 01 Bloco A SEP/Norte
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Rotatividade e Flexibilidade no Mercado de Trabalho
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funcionamento do mercado de trabalho. Para os trabalhadores,
representa insegurança quanto ao contrato de trabalho, levando-os a
Estudo sobre a rotatividade no mercado de trabalho formal brasileiro
períodos de desemprego, seguido da busca de nova colocação no
confirma alguns aspectos importantes apontados pela literatura,
mercado de trabalho.
difundidos na sociedade e sempre presentes no debate público, ao
mesmo tempo em que introduz elementos novos que suscitam o
Em muitos casos, há intermitência nesta situação. A insegurança diz
aprofundamento da reflexão sobre este impactante tema da realidade do
respeito também às condições de trabalho, sobretudo em relação ao
mercado de trabalho brasileiro.
rebaixamento salarial, devido ao uso recorrente do mecanismo da
rotatividade como expediente de redução de custos pelas empresas; à
Conceitualmente, a rotatividade representa a substituição do ocupante
formação profissional, pois pode representar a interdição da
de um posto de trabalho por outro, ou seja, a demissão seguida da
aprendizagem e da experiência no exercício de certas ocupações. Do
admissão, em um posto específico, individual, ou em diversos postos,
lado empresarial, a literatura da área de Recursos Humanos é enfática
envolvendo vários trabalhadores.
ao apontar os custos decorrentes do processo de seleção e de
treinamento e de avaliação do admitido contratado para substituir o
Deve-se salientar que classificar de forma precisa esse fenômeno e
desligado; a perda de “capital intelectual”; os problemas decorrentes da
mensurá-lo depende de outros fenômenos, de diversas naturezas, que
“aculturação” do novo trabalhador e, de forma mais ampla, a influência
influem sobre o mercado de trabalho como: os econômicos; os
da rotatividade sobre a “saúde organizacional”, com impactos negativos
reguladores do mercado de trabalho; os sociológicos, que determinam
sobre a produtividade e a lucratividade das empresas.
relações de trabalho e emprego; os de natureza tecnológica, que
orientam as escolhas produtivas e influem sobre o volume de força de
As elevadas taxas de rotatividade afetam também os recursos públicos.
trabalho empregada, entre outros.
Uma parcela significativa de verbas que financiam o investimento,
voltado para a infraestrutura urbana (habitação, saneamento), e também
As elevadas taxas de rotatividade são um sério problema e afetam o
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o investimento privado para capacidade física produtiva, tecnologia e
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desenvolvimento tecnológico, entre outros, são lastreados na poupança
Informações Sociais (Rais), segundo a posição em 31 de dezembro da
compulsória dos trabalhadores (Fundo de Garantia do Tempo de
cada ano. As informações referem-se ao setor público e ao privado,
Serviço - FGTS) e nos recursos do fundo público organizado para a
portanto, refletem o conjunto do mercado de trabalho formal. Depois,
proteção dos desempregados, o seguro-desemprego. A utilização
foi feito o cálculo da aqui chamada, taxa descontada, cujo objetivo foi
intensiva e recorrente destes fundos, cuja condição principal de acesso
destacar os desligamentos que não caracterizam necessariamente
vincula-se aos desligamentos dos assalariados no mercado formal de
demissões imotivadas, ou seja, foram desconsiderados do valor do
trabalho impacta fortemente os resultados contábeis destes fundos
mínimo o quantitativo das demissões realizadas a pedido dos
públicos, onerando o volume de recursos despendido com o seguro-
trabalhadores, quer dizer, as voluntárias, os desligamentos decorrentes
desemprego. Dessa forma, os efeitos dos desligamentos sobre o volume
de morte e os das aposentadorias dos trabalhadores, além dos
de saldo destes fundos são comumente relacionados às elevadas taxas
originados das transferências, que implicam apenas mudança
de rotatividade do mercado de trabalho formal.
contratual.
Não obstante, nem todos os tipos de desligamento que determinam a
Além de permitir qualificar a mensuração da rotatividade relacionada
taxa de rotatividade representam condição de acesso a esses fundos,
ao acesso especialmente ao seguro-desemprego, a determinação da taxa
portanto, não é toda rotatividade que impacta sobre os fundos públicos.
descontada, calculada com base na exclusão destes quatro motivos de
desligamento, é também um referencial para o debate sobre a adoção da
Na tentativa de observar o movimento contratual do mercado de
convenção 158, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Estes
trabalho e as motivações dessa movimentação, este estudo procurou
motivos, de modo geral, expressam as demissões que não dependem de
analisar a taxa de rotatividade de duas formas. Primeiro, foi calculada
decisões unilaterais das empresas, pois, de alguma forma, ligam-se
uma taxa para o mercado de trabalho, mensurada com base no valor
também aos trabalhadores. Dessa forma, com estes motivos excluídos
mínimo observado entre o total de admissões e o total de desligamentos
do cálculo, a taxa de rotatividade fica baseada nos desligamentos
anuais, comparado ao estoque médio de cada ano. O cálculo foi feito
referentes à decisão meramente patronal, com a tipificação da demissão
com base nas informações dos resultados anuais da Relação Anual de
imotivada no mercado de trabalho.
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As altas taxas de rotatividade, mesmo após os descontos desses motivos
de cada ano. Dessa forma, a taxa de rotatividade revela o uso da força
de desligamento, são indicativas da liberdade de demitir no país, dado
de trabalho expressa em relação ao estoque, através do intenso processo
que a “institucionalidade” desse mercado não prevê mecanismos que
de contratação e descontratação de trabalhadores no mercado formal de
inibam as demissões imotivadas, ao contrário, estas são facilitadas pela
trabalho, segundo o movimento da Rais. Milhões de pessoas têm
flexibilidade contratual que impera e caracteriza o funcionamento do
contratos (vínculos) de trabalho desligados, enquanto outros tantos mi-
mercado de trabalho no Brasil. A adoção da Convenção 158 da OIT não
lhões são admitidos por meio de um movimento permanente e
tem como objetivo vedar as demissões, entretanto, estabelece critérios a
incessante durante todos os meses de cada ano, sendo a ordem de
serem observados para que elas se realizem.
grandeza do volume resultante deste movimento referenciado no
mínimo entre os admitidos e desligados, considerada como proxy das
As Taxas de Rotatividade
substituições ocorridas no ano.
Estudo realizado pelo DIEESE indica que, na primeira década deste
Os resultados da mensuração das taxas de rotatividade, mesmo depois
século, a rotatividade apresentou elevadas taxas para o mercado de
de descontados os quatro motivos de desligamento – decorrentes de
trabalho: 45,1%, em 2001; 43,6%, em 2004; 46,8%, em 2007; 52,5%,
transferência, desligamento a pedido do trabalhador, aposentadoria,
em 2008, e 49,4%, em 2009. Considerando os últimos resultados
falecimento – indicam taxas de rotatividade ainda bastante expressivas:
disponíveis da Rais, a taxa de 2010 atingiu o patamar de 53,8%. Os
em 2001, a taxa foi de 34,5%; em 2004, de 32,9%; em 2007, de 34,3%;
resultados revelam significativa rotação anual dos postos de trabalho,
em 2008, de 37,5%; em 2009, de 36,0%; e, em 2010, de, 37,28%. Essas
medida em relação ao estoque médio de cada exercício da Rais.
taxas de rotatividade expressam a demanda potencial de acesso ao
seguro- desemprego e parte da demanda potencial ao FGTS.
A magnitude das taxas indica que, para cada 100 contratos de trabalho
(vínculos) do estoque médio da Rais, entre 2008 e 2010,
A rotatividade foi calculada também para os setores e subsetores de
aproximadamente 50 correspondem ao volume de desligamentos
atividades econômicas e o ordenamento, segundo as taxas, foi mantido
substituído pelo volume de admissões equivalentes, durante o decorrer
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durante a década. A seguir são demonstradas as taxas gerais e
Comércio
descontadas (excluindo os quatro motivos), para cada setor em 2009:
Comércio varejista: taxa do subsetor - 59%; taxa descontada - 42%
1º) construção civil: taxa do setor - 108%; taxa descontada - 86%
2º) setor agrícola: taxa do setor - 98%; taxa descontada - 74%
Serviços
3º) comércio: taxa do setor - 58%; taxa descontada - 42%
Administração de imóveis, valores mobiliários, serviços técnicos
4º) serviços: taxa do setor - 54%; taxa descontada - 38%
profissionais: taxa do subsetor - 79%; taxa descontada - 59%
5º) indústria de transformação: taxa do setor - 50%; taxa descontada -
Alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação: taxa
37%
do subsetor - 53%; taxa descontada - 38%
6º) indústria extrativa mineral: taxa do setor - 27%; taxa descontada 20%
Indústria de transformação
7º) serviços industriais de utilidade pública: taxa do setor - 25%;
Alimentos e bebidas: taxa do subsetor - 63%; taxa descontada - 44%
taxa descontada - 17% e
Calçados: taxa do subsetor - 59%; taxa descontada - 46%
8º) administração pública: taxa do setor - 15%; taxa descontada - 11%.
Madeira e mobiliário: taxa do subsetor - 53%; taxa descontada - 39%
Borracha, couro e fumo: taxa do subsetor - 51%; taxa descontada - 39%
É importante destacar aqui que os dois setores com as maiores taxas, a
Têxtil: taxa do subsetor - 51%; taxa descontada - 36%
construção civil e o setor agrícola, apresentam ainda uma rotatividade
de cunho sazonal.
Mensuração dos Desligamentos e Tipos de Movimentação
Quanto ao resultado dos subsetores, são destacados aqui aqueles cujas
Outro ponto a ser destacado diz respeito à mensuração dos
taxas de rotatividade superaram a média dos setores aos quais
desligamentos e da caracterização dos tipos de movimentação
pertencem, em 2009. São eles:
realizados pelas unidades produtivas, por meio dos estabelecimentos
que prestaram informações nos exercícios da Rais. Inicialmente chama
atenção um comportamento relativamente padrão do tipo de
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movimentação realizada pelos estabelecimentos em todos os anos
estabelecimentos (5,7%) responsabilizaram- se por 12,9 milhões (64%)
analisados.
que
do total de 20,3 milhões de desligamentos ocorridos. Em 2007, foram
aproximadamente a metade dos estabelecimentos é responsável por
93,5 mil estabelecimentos (5,1%) os que realizaram 10,5 milhões de
95% dos desligamentos do ano, ao mesmo tempo em que respondem
demissões (61%) do total de 17,0 milhões de desligamentos do ano.
por 95% das admissões. Isso significa dizer que a rotatividade no
Quando se considera o total de estabelecimentos que compuseram o
mercado de trabalho formal brasileiro deve-se praticamente à ação de
universo da Rais no ano e não apenas os que demitiram, eles
metade das empresas. Em relação à outra metade dos estabelecimentos,
representam 3,5% do total e são responsáveis por mais de 60% dos
cerca de 20% não admitiram nem desligaram; 16,3% só admitiram,
desligamentos nestes anos.
Tomando
como
referência
2009,
observa-se
respondendo por 5% das admissões; outros 14,1% só demitiram, com
5,3% do total de desligamentos.
Esses resultados atualizados para 2010 indicam que 126 mil
Resultado surpreendente e extremamente significativo em relação ao
estabelecimentos (5,8%) foram responsáveis por 14,4 milhões (63%)
comportamento do setor produtivo brasileiro quanto aos desligamentos
dos 22,7 milhões de desligamentos no ano. Dessa forma, constata-se
diz respeito ao ordenamento do volume de demissões realizadas pelos
que pouco menos de 2/3 dos desligamentos anuais foram realizados por
estabelecimentos. Esta análise foi feita ordenando o volume de
cerca de 6% do total dos estabelecimentos, que demitiram trabalhadores
desligamentos realizados, acrescidos unitariamente, e o número de
durante esses exercícios da Rais, o que evidencia o grande número de
estabelecimentos que praticaram as demissões correspondentes,
demissões ocorrido nessas empresas e, como consequência, a forte
excluídos os que não movimentaram no ano, bem como os que só
influência de um pequeno grupo de estabelecimentos sobre a
admitiram. O resultado foi consolidado em dois grupos: o de
rotatividade anual. A forte concentração dos desligamentos em um
estabelecimentos que fizeram até 25 desligamentos e aqueles que
pequeno grupo de estabelecimentos fica ainda mais evidente quando se
praticaram mais de 25 demissões no ano. O resultado desta análise
considera que eles representam aproximadamente 3,5% do total dos que
revelou que, em 2009, 111 mil estabelecimentos (5,5%) foram
prestaram informações à Rais, diante de aproximadamente 5,5%
responsáveis por 12,3 milhões de demissões, ou 62% do total de 19,9
daqueles que praticaram algum desligamento.
milhões de desligamentos do ano. Em 2008, novamente 112 mil
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Em relação à movimentação realizada pelos trabalhadores nesses
19,1 milhões de vínculos da movimentação de 2008 e 15,0 milhões da
exercícios da Rais, também analisada neste estudo, inicialmente, a
movimentação de 2007 foram ocupados por trabalhadores demitidos
avaliação baseou-se em identificar a situação contratual do trabalhador,
em 2009. Da mesma forma, 17,8 milhões dos vínculos de 2007 e 14,4
por meio do número do PIS, na movimentação do ano. Pode-se assim
milhões de 2006 foram ocupados por trabalhadores desligados em
observar
passada,
2008. O mesmo ocorreu com 15,4 milhões de vínculos da
aproximadamente 64% dos trabalhadores desligados no ano foram
movimentação de 2006 e 12,3 milhões de 2005, ocupados por
excluídos do exercício da Rais, enquanto 36% fizeram parte do estoque
desligados em 2007.
que,
nos
três
últimos
anos
da
década
no final do ano. Esse resultado indica que, entre os desligados do ano,
5,2 milhões de trabalhadores, em 2007, e cerca de 6 milhões de
A elevada rotatividade no mercado formal brasileiro resulta em baixo
trabalhadores, em 2008 e 2009, retornaram ao estoque no fim do ano.
tempo médio de emprego dos trabalhadores6, conforme vigência dos
Enquanto isso, 9,2 milhões de desligados foram excluídos do
vínculos informados na Rais. Considerando o total de vínculos
movimento de 2007, e 10,7 milhões e 10,8 milhões, em 2008 e 2009,
movimentados no ano, o tempo médio de emprego era de 4,4 anos, em
respectivamente.
2000, caindo para 3,9 anos, em 2009. Ao levar em consideração apenas
os trabalhadores ativos, ou seja, os que permanecem no estoque em 31
O peso dos trabalhadores que estiveram ativos, que foram desligados e
de dezembro do ano, o tempo médio de emprego correspondeu a 5,5 e a
que retornaram ao mercado de trabalho, caracterizando uma situação de
5,0 anos, em 2000 e em 2009, respectivamente. Na comparação
inserção intermitente na movimentação de cada exercício da Rais,
internacional com 25 países, o país apresenta o tempo médio de
ampliou-se em relação ao início da década, quando eram cerca de 30%,
trabalho mais baixo. Somente quando comparado aos Estados Unidos
em função do aquecimento do mercado de trabalho.
da América é que o tempo médio do emprego no Brasil apresenta
resultado mais elevado, superior em cerca de sete meses.
A participação dos trabalhadores desligados na movimentação de cada
ano foi analisada também por meio da identificação dessas pessoas na
Na movimentação anual da Rais, considerando alguns atributos
movimentação dos dois exercícios anteriores da Rais. Notou-se que
pessoais da força de trabalho, chama atenção o crescimento da
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participação das mulheres, que se elevou de 37%, em 2000, para 40%,
praticados pelas empresas, por meio de milhões de desligamentos,
em 2009. Quanto à faixa etária, observa-se o crescimento da
seguidos de admissões no decorrer da cada exercício da Rais, para os
participação dos que têm mais de 50 anos, que representavam 10,8%
quais concorre decisivamente a flexibilidade contratual que impera no
dos trabalhadores, em 2000, e passaram a 13,8%, em 2009. O
mercado de trabalho no país.
movimento mais expressivo da década refere-se ao significativo
processo de escolarização da força de trabalho, indicado pela queda da
participação relativa dos trabalhadores com escolaridade mais baixa e
Fonte: Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
socioeconômicos – Livro: A Situação do Trabalho no Brasil na Primeira
Década dos anos 2000.
pelo crescimento das faixas mais elevadas. Os trabalhadores com
escolaridade referente ao ensino médio completo eram 23,3%, em
II - CONJUNTURA ECONÔMICA
2000, e 40,1%, em 2009. Considerando a escolaridade ensino superior
completo e incompleto, estes representavam 13,7% e 17,8% dos
I. Indicadores da atividade econômica
trabalhadores do mercado formal de trabalho, respectivamente, em
2000 e 2009. Com escolaridade mínima igual ao ensino médio
PIB
completo havia 37% dos trabalhadores, em 2000, e 58%, em 2009.
A economia brasileira expandiu 2,7% em 2011, de acordo com o
resultado do PIB – Produto Interno Bruto, divulgado pelo IBGE. O
Finalizando, pode-se concluir que a rotatividade é uma característica
crescimento do PIB foi pra lá de modesto, considerando que na média,
marcante do mercado de trabalho formal brasileiro. Anualmente
a América do Sul (excluindo o Brasil) registrou expansão de 6,5% em
aumenta o estoque de trabalhadores formalmente contratados no país. O
2011. Ressalta-se que todos os parceiros seja no Mercosul ou no
estoque da Rais apresenta resultado positivo desde 1998, com taxas de
BRICS , cresceram mais que o Brasil. A Argentina por exemplo,
crescimento dos empregos formais depois de 2003, mesmo nos anos em
registrou crescimento de 8,8% em 2011, o Uruguai 6,0% e o Paraguai
que a economia brasileira não cresceu ou pouco cresceu. Entretanto, é
por sua vez teve seu PIB expandido em 6,4%.
elevada a taxa de rotatividade anual, fruto dos “ajustes da mão de obra”
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O tímido crescimento do PIB pode ser atribuído não apenas aos efeitos
gasto com a dívida pública, uma vez que cerca de 43% da dívida
da crise financeira global, mas principalmente pelas medidas de
brasileira está atrelada à taxa Selic.
contenção da inflação adotadas em 2011 pelo governo brasileiro. Somase a isso, as medidas macroprudenciais implementadas no final de 2010
O resultado do Produto Interno Bruto – PIB, divulgado pelo Instituto
e no início de 201, e o ciclo de aumento de juros entre janeiro e julho
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, referente ao 4º trimestre
do ano passado, além das políticas de maior controle fiscal (corte no
de 2011, registrou aumento de 0,3% na comparação com o trimestre
orçamento, ampliação e ampliação da meta de superávit primário) que
imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal.
fizeram a economia estagnar no 3º trimestre, justamente no período de
agravamento da crise global, dessa vez com a Europa no centro da
Em valores correntes, o PIB a preços de mercado no quarto trimestre de
crise.
2011, alcançou R$ 1.090,7 bilhões, sendo R$ 928,3 bilhões referentes
ao valor adicionado a preços básicos e R$ 162,4 bilhões aos Impostos
Vale destacar que, de todas as causas apontadas como responsáveis
sobre Produtos Líquidos de Subsídios.
pelo fraco desempenho da economia brasileira em 2011, sem dúvida,
uma das mais importantes se refere ao nível da taxa de juros praticado
Sob a ótica da oferta o maior destaque foi a Agropecuária, com
no país. A taxa de juro real no Brasil é a mais elevada do mundo,
crescimento de 0,9% no volume de seu valor adicionado. Os Serviços
atualmente em torno de 4,5% ao ano, o que vai na contra mão do que
registraram crescimento de 0,6%, enquanto que a Indústria teve queda
vem sendo praticado pelos demais países, que na maioria vem
de 0,5% no trimestre.
praticando taxas de juros reais negativas, com forte tendência de assim
permanecerem nos próximos anos. Os EUA, por exemplo, praticam
No que se refere às atividades industriais, o decréscimo apurado de
taxas de juros nominais entre 0% e 0,25% ao ano, a Europa 1,0% e o
0,5%, foi puxado pela Indústria de Transformação, cujo índice de
Japão entre 0% e 0,10%. A prática de taxas de juros elevadas além de
volume do valor adicionado reduziu-se em 2,5%. A Extrativa Mineral e
travar o crescimento e valorizar o câmbio, ainda representam um maior
a Construção Civil registraram crescimento de 1,8% e 0,8%
respectivamente, na comparação com o trimestre imediatamente
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anterior. Quanto a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e
Na análise do quarto trimestre frente igual período do ano anterior, o
limpeza urbana, esta manteve-se praticamente estável em relação ao 3º
PIB a preços de mercado registrou aumento de 1,4%. Nesta base de
trimestre, ao registrar variação de apenas 0,1%.
comparação, o valor adicionado a preços básicos cresceu 1,2% e os
impostos sobre Produtos 2,0%.
Nos Serviços, as maiores elevações foram em Serviços de
Intermediação financeira e seguros (1,4%), seguida por Comércio
Dentre as atividades que contribuem para a geração do Valor
(0,7%), Serviços de
informação (0,6%), e Atividades imobiliárias de
Adicionado, o destaque foi a Agropecuária, que neste trimestre cresceu
aluguel (0,6%). Outros serviços e Administração, saúde e educação
8,4% na comparação com igual período de 2011. A taxa da
pública
0,3%,
Agropecuária pode ser explicada pelo desempenho de alguns produtos
respectivamente. Por fim, a atividade de Transporte, armazenagem e
que possuem safra relevante no trimestre e pelo crescimento na
correio manteve-se praticamente estável ao registrar variação positiva
produtividade, visível na estimativa de aumento proporcionalmente
de 0,1%.
maior da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada, de acorrdo
apresentaram
variações
positivas
de
0,5%
e
com levantamento realizado pelo IBGE.
Sob a ótima da Procura, todos os componentes da demanda interna
apresentaram variações positivas em relação ao trimestre anterior. O
O setor de Serviços avançou 1,4% na comparação com o mesmo
melhor desempenho foi da Despesa de Consumo das Famílias, que
período do ano passado. Observa-se que todas as atividades que o
avançou 1,1%, enquanto que a Despesa de Consumo da Administração
compõem apresentaram variações positivas, com destaque para os
Pública e a Formação Bruta de Capital Fixo registraram expansão de
Serviços de informação, que avançaram 4,6%, Intermediação financeira
0,4% e 0,2%, respectivamente.
e seguros e Administração, saúde e educação pública cresceram 1,5%.
A atividade de Transporte, armazenagem e correio (que engloba
No que se refere ao setor externo, as Importações de bens e serviços
transporte de carga e passageiros) teve crescimento de 1,4%. Comércio
cresceram em ritmo superior ao das Exportações: 2,6% contra 1,9%.
(atacadista e varejista) e Serviços imobiliários e aluguel registraram
expansão de 1,3%. Finalmente, a atividade Outros serviços, que além
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dos serviços prestados às empresas, engloba também serviços prestados
Sob a ótica da demanda, a Despesa de Consumo das Famílias
às famílias, saúde mercantil, educação mercantil, serviços de
apresentou crescimento de 2,1%, sendo a trigésima terceira variação
alojamento e alimentação, serviços associativos, serviços domésticos e
positiva nessa base de comparação. A Formação Bruta de Capital Fixo
serviços de manutenção e reparação, cresceu 0,7%.
registrou expansão de 2,0%, influenciada pela Construção civil e pela
expansão da importação de máquinas e equipamentos. A Despesa de
No que diz respeito ao volume do valor adicionado da indústria,
Consumo da Administração Pública, por sua vez, cresceu 1,3% na
observa-se que nesta base de comparação registrou decréscimo de
comparação com o mesmo período de 2010.
0,4%, além disso, verifica-se também que nesta mesma base de
comparação vem apresentando trajetória de desaceleração desde o
Pelo lado da demanda externa, tanto as Exportações, quanto as
segundo trimestre de 2010. Nos três primeiros trimestres de 2011, o
Importações de Bens e Serviços registraram crescimento nesta
crescimento havia sido de 3,8%, 2,1% e 1,0%, na ordem. A variação
comparação, de 3,7% e 6,4%, respectivamente.
negativa da indústria foi puxada pela queda de 3,1% na Indústria de
transformação.
As
demais
atividades
industriais
apresentaram
Na análise anual, o PIB a preços de mercado apresentou crescimento de
crescimento: Extrativa mineral (3,8%), Construção Civil (3,1%) e
2,7% em 2011, na comparação com o ano anterior. Em valores, o
Eletricidade e gás, água esgoto e limpeza urbana (3,0%).
Produto Interno Bruto a preços de mercado, alcançou R$ 4,143 trilhões,
sendo R$ 3.530,9 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços
Na Indústria de Transformação, o resultado negativo foi influenciado,
básicos e R$ 612,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de
principalmente, pela redução na produção de têxteis, artigos do
subsídios. Vale ressaltar que a variação de 4,3% nos Impostos sobre
vestuário, calçados e máquinas e equipamentos. A retração observada
Produtos líquidos de subsídios, reflete principalmente, o crescimento
nestes setores foi parcialmente contrabalançada pelo crescimento da
em volume de 11,4% do Imposto sobre importação e do aumento de
produção de alimentos e bebidas, papel e celulose e instrumentos
4,7% do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), sendo este
médico-hospitalares.
último puxado pela venda de máquinas e equipamentos.
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
O PIB per capita que é definido como a divisão do valor corrente do
saúde e educação pública cresceram, ambas, 2,3%, seguidas por
PIB pela população residente no meio do ano, alcançou R$ 21.252 (em
Serviços imobiliários e aluguel, onde a expansão foi de 1,4%.
valores correntes), o que representa em volume uma variação de 1,8%.
Nesta base de comparação, o volume do valor adicionado da
No setor industrial, dentre as quatro atividades, o destaque foi o
Agropecuária cresceu 3,9%, seguida pelos Serviços (2,7%) e Indústria
crescimento da atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza
1,6%).
urbana (3,8%) e da Construção Civil (3,6%). O desempenho da
Construção Civil é corroborado pelo aumento da população ocupada no
Na Agropecuária, o crescimento do volume adicionado em 2011 foi de
setor, que acumulou crescimento de 3,9%§ e pelo desempenho do
3,9%, influenciado pelo aumento na estimativa anual de produção e
crédito direcionado.
ganhos de produtividade de várias culturas importantes da lavoura. O
bom resultado do setor foi favorecido pelas condições climáticas
A Extrativa Mineral registrou expansão de 3,2% em 2011, com
favoráveis que levaram a safras recordes de cereais, leguminosas e
destaque para a extração de minério de ferro.
oleaginosas.
Transformação, por sua vez, apresentou estabilidade em relação ao ano
A Indústria de
anterior, com pequena variação positiva de 0,1% no volume do valor
No Setor de Serviços, os destaques positivos foram Serviços de
adicionado a preços básicos. O baixo desempenho da indústria de
informação (4,9%) e Intermediação financeira e seguros (3,9%),
transformação foi influenciado, principalmente, pela redução do Valor
Comércio e a atividade de Transporte, armazenagem e correio
Adicionado de artigos do vestuário e acessórios; artigos de plásticos;
apresentaram crescimento de 3,4% e 2,8%, respectivamente. Vale
metalurgia; máquinas, aparelhos e material elétrico; e automóveis. A
ressaltar, que ao longo do ano passado, o crescimento da população
queda observada nestes setores foi parcialmente contrabalançada pelo
empregada e da massa real de salários, ao lado da expansão do crédito
crescimento observado em máquinas e equipamentos;
ao consumo, sustentaram o crescimento das vendas no comércio,
metal; gasolina e óleo diesel; e caminhões e ônibus.
principalmente o varejista, em ritmo superior ao registrado pela
atividade industrial. As atividades Outros serviços e Administração,
§
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Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego – PME-IBGE
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produtos de
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1º TRIMESTRE/2012
Na análise da demanda interna, o principal destaque foi o avanço de
4,7% na Formação Bruta de Capital Fixo, influenciado pela Construção
Civil e a expansão da importação de máquinas e equipamentos. O
Consumo das famílias, por sua vez, cresceu 4,1%, sendo este o oitavo
TABELA 1
Variação do PIB, por Setor e Subsetor de Atividade
Econômica – Brasil 2010 e 2011- Taxa Acumulada ao Longo
do Ano (variação em volume em relação ao mesmo período do
ano anterior- em %)
ano consecutivo de crescimento deste componente. O desempenho
desse indicador foi favorecido pela elevação de 4,8% da massa salarial
dos trabalhadores, em termos reais, e pelo acréscimo, em termos
nominais, de 18,3% do saldo de operações de crédito do sistema
financeiro com recursos livres para as pessoas físicas. A Despesa da
Administração Pública aumentou 1,9%.
No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços
registraram crescimento de 4,5%, enquanto que as Importações
avançaram 9,7%. A valorização do real explica o maior crescimento
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
Setor de Atividade
Agropecuária
Indústria
Extrativa mineral
Transformação
Construção Civil
Prod.e dist.de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana
Serviços
Comércio
Transporte, armazenagem e correio
Serviços de informação
Interm. Financ.,seguros, prev.compl. E serv.relacionados
Outros serviços
Atividades imobiliárias e aluguéis
Adm.saúde e educação públicas
Valor adicionado a preços básicos
Impostos líquidos sobre produtos
PIB a preços de mercado
Despesa de consumo das famílias
Despesa de consumo da administração púbica
Formação bruta de capital fixo
Exportação de bens e serviços
Importação de bens e serviços (-)
2010.IV
2011.I
2011.II
2011.III 2011.IV
6,3
3,3
1,2
2,8
3,9
10,4
3,8
2,9
2,3
1,6
13,6
10,1
11,6
3,3
2,9
5,5
3,2
2,3
3,8
3,0
1,2
3,8
3,2
0,1
3,6
8,1
5,5
5,0
4,0
4,2
3,8
4,1
3,2
3,8
2,7
10,9
9,2
3,7
10,0
3,7
1,7
2,3
6,9
11,7
7,5
5,4
4,6
4,5
6,3
3,5
1,7
3,0
3,9
6,5
4,2
5,5
3,9
5,2
5,6
3,5
1,6
2,9
3,4
6,2
3,8
4,1
3,2
4,9
4,7
2,8
1,5
2,6
2,9
5,1
3,2
3,4
2,8
4,9
3,9
2,3
1,4
2,3
2,5
4,3
2,7
6,9
6,0
5,8
4,8
4,1
4,2
1,8
2,7
2,2
1,9
21,3
8,8
7,5
5,7
4,7
11,5
4,0
5,2
4,8
4,5
35,8
13,4
14,1
11,0
9,7
Fonte: IBGE
relativo das importações – entre 2010 e 2011 a taxa de câmbio variou
Elaboração: DIEESE
* dados preliminares
de R$ 1,76 para R$ 1,67. Os bens da pauta de importação que mais
contribuíram para esse desempenho foram: produtos químicos
Emprego
inorgânicos; máquinas e equipamentos; máquinas, aparelhos e material
elétrico; material eletrônico e equipamentos de comunicação:
Apesar do baixo crescimento econômico em 2011, o desempenho
automóveis; e peças e acessórios para veículos automotores.
do mercado de trabalho foi bastante positivo. Entre janeiro e
dezembro de 2011, foram gerados mais 1,9 milhão de novos
postos de trabalho formais no país. A despeito da quantidade de
postos gerados ser inferior ao ano anterior, o resultado alcançado
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BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
foi muito significativo, uma vez que 2011, conforme já foi
Para 2012, a expectativa do Ministério do Trabalho é de um cenário
anteriormente colocado, foi um ano de baixo crescimento e pouco
favorável para a geração de empregos, uma vez que o órgão federal
investimento.
vem implementando diversas ações (programas) com o objetivo de
estimular a geração de emprego e renda.
Setorialmente, a maior quantidade de postos gerados em 2011, foi no
setor de Serviços
,com a criação de 935,0 mil novos empregos,
Vale destacar que nos dois primeiros meses do ano, foram criados
seguido pelo Comércio (459,9 mil postos), Construção Civil (225,1 mil
aproximadamente 294 mil novos postos de trabalho. O maior destaque
), Indústria (215,1 mil) e, por fim, o setor Agropecuário com cerca de
foi o Setor de Serviços, com a criação 164 mil empregos, seguido pela
83 mil novos empregos criados.
Indústria de Transformação, que gerou cerca de 60 mil novas
oportunidades de emprego.
Na análise regional, observa-se que em todas as regiões o saldo de
geração de novos postos de trabalho foi positivo. O destaque ficou com
a região Sudeste, que sozinha foi responsável pela geração de mais de 1
milhão de novos empregos, seguida pela região Nordeste que gerou 336
TABELA 2
Evolução do Emprego Formal segundo Setor de Atividade
Econômica- 2010-2011(dados até setembro)
mil novos postos, a região Sul, por sua vez, criou mais de 330 mil
Setores
empregos, o Centro-Oeste, gerou mais de 157 mil novas oportunidades
de trabalho e, por fim, a região Norte , com 134 mil novos postos de
trabalho criados no período. Por Unidade da Federação, os destaques
foram: São Paulo, com mais de 505 mil novos empregos gerados,
Minas Gerais (208 mil novos postos), Rio de Janeiro (204 mil novos
Extrativa mineral
Indústria de Transformação
Serviços industriais de utilidade pública
Construção civil
Comércio
Serviços
Agricultura, Silvicultura
Administração Pública
Total
2010
Saldo
Jan-dez
17.715
544.367
20.034
334.311
611.900
1.018.052
-1.375
10.417
2.555.421
postos) e, Paraná com mais de 124 mil novas contratações.
Fonte:CAGED/MTE
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Elaboração:DIEESE
%
10,34
7,34
5,69
14,77
8,27
7,72
-0,09
1,41
7,74
2011
Saldo
Jan-dez
19.538
218.138
9.467
225.145
459.841
934.967
83.227
16.126
2.241.574
%
10,34
2,73
2,48
8,87
5,71
6,50
5,59
1,8
6,24
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1º TRIMESTRE/2012
brasileiras da China representam parcelas crescentes de consumo de
II. Desempenho da Indústria
produtos manufaturados.
O fraco desempenho do PIB em 2011 foi influenciado sobretudo pelo
baixo crescimento da Indústria, que avançou apenas 1,6%, influenciado
Diante das dificuldades apontadas no setor industrial, o governo federal
principalmente pela estagnação da Indústria de Transformação, que
divulgou um plano de incentivo ao setor industrial, para combater a
registrou variação de apenas 0,1% em 2011. o mau desempenho da
perda de dinamismo. Além da desoneração da folha de pagamentos,
Indústria de Transformação foi determinado
outras medidas serão adotadas para atenuar as perdas na indústria em
pela desaceleração da
economia brasileira, influenciada pelas medidas macroprudenciais do
Governo iniciadas em meados de 2010, pelo fraco desempenho das
principais economias mundiais (EUA/Europa), além do menor avanço
alguns segmentos selecionados.
II.1 – Produção Industrial
da economia chinesa. Apesar de todos os fatores elencados acima, o
A produção industrial brasileira encerrou 2011 com um avanço de
principal determinante do fraco desempenho do setor é sem dúvida, a
apenas 0,3%, resultado influenciado principalmente pela perda de
sobrevalorização do real,
competitividade frente aos produtos importados a ao câmbio
porque além de perder competiitividade
frente a mercados mundiais, a indústria vem perdendo mercado
valorizado.
doméstico também, uma vez que as importações industriais vêm
aumentando em ritmo superior às exmportações.
De acordo com dados do IBGE, em 2011 a produção do setor de bens
de capital registrou expansão de 3,0%, o segmento de bens duráveis,
Aliados as todos esses fatores, a pauta exportadora brasileira vem num
processo de “ reprimarização “
**
por sua vez, registrou queda de 2,0%. O setor de bens intermediários, o
. Em 2011, a Indústria de
de maior peso na estrutura produtiva (termômetro do setor , por
Transformação registrou déficit de US$ 48,7 bilhões, 40,2% acima do
fornecer insumos para produção nos demais segmantos industriais),
déficit registrado em 2010, quando o saldo ficou negativo em US$ 34,8
cresceu apenas 0,3% e o de bens de consumo semi e não duráveis,
bilhões. Destaca-se ainda que no ano passado 91% das exportações
registrou retração de 0,2%.
brasileiras para a China foram commodities, enquanto as importações
**
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Processo de reversão da pauta de exportação na direção de Commodities.
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1º TRIMESTRE/2012
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1º TRIMESTRE/2012
Na avaliação do IEDI – Instituto de Estudos para Desenvolvimento
passado, como o Têxtil (-14,9%), Calçados, artigos de couro (-10,4%),
Industrial, os resultados apurados em 2011 mostram
que os
Vestuário e acessórios (-4,4%) e, em menor proporção, Borracha e
investimentos na economia permaneceram relativamente firmes: em
plástico (-1,3%) e o de Madeira (-0,9%). Diante dos resultados
grande parte porque o crescimento do setor de bens de capital (3,0%)
apresentados pela Pesquisa de Produção Física do IBGE, observa-se
decorreu do aumento da produção de bens de capital para equipamentos
que em 2011 o desempenho da Indústria dependeu mais de segmentos
de transporte, para construção e para fins industriais, o que significa um
produtos de commodities, por exemplo, a Indústria Extrativa, que
bom sinal, porém, por outro lado, os resultados também mostram que o
avançou 2,11% no ano passado, além de segmentos produtores de
“termômetro do setor industrial, representado pelo segmento de Bens
petróleo, celulose e papel.
Intermediários, está muito baixo, ou seja, as compras dentro da própria
indústria estão muito aquém dos níveis razoáveis, o que é explicado em
grande parte pela importação de bens intermediários.
Em 2012, a produção industrial brasileira fechou o primeiro mês do
ano com queda de 1,5% e, uma alta de 1,3% em fevereiro. Apesar do
resultado positivo no mês de fevereiro, a trajetória do setor é de queda,
Vale destacar que alguns segmentos da indústria registraram resultados
na avaliação dos especialistas.
positivos em 2011: Equipamentos de instrumentação médicohospitalares, ópticos e outros (11,4%),Outros equipamentos de
transporte (8,0%), Minerais-não-metálicos (3,2%) e Produtos de metal
(2,6%). No entanto, são segmentos cujos produtos são muito
específicos, como no caso do primeiro, ou estão ligados ao setor
Agropecuário – como a produção de caminhões no segundo ou ainda à
atividade da Construção civil, por meio de minerais não metálicos e o
de Produtos de metal.
De outro lado, segmentos mais tradicionais da Indústria nacional e
intensivos em mão-de-obra, registraram quedas acentuadas no ano
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No que se refere ao resultado de janeiro, este pode ser relativizado, uma
vez que neste período, fatores pontuais contribuíram para o resutlado:
férias coletivas no segmento de veículos automotores e paralisação
parcial nas atividades da Indústria extrativa mineral. Diante dessas
considerações, pode-se dizer que o avanço registrado em fevereiro
condiz mais com o retorno da produção ao nível anterior, do que a um
processo de recuperação, segundo avalia o IEDI.
Em fevereiro o avanço de 1,3% na produção industrial, refletiu o
aumento do nível de produção em três das quatro categorias de
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BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
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1º TRIMESTRE/2012
uso e na maior parte (18) dos 27 ramos pesquisados, sendo o maior
apresentaram resultados positivos em fevereiro, na comparação com o
destaque o crescimento da produção de veículos automotores (13,1%).
mês imediatamente anterior: 1,3% e 9,3% respectivamente.
Na análise mensal, ou seja, na comparação com o mesmo mês do ano
Na comparação com igual mês do ano anterior, os resultados foram
anterior, a produção física da indústria recuo 3,9%, o sexto recuo
divergentes: a indústria de transformação retraiu 4,4% e a Extrativa
negativo consecutivo. Ainda nessa base de comparação, registraram
mineral por sua vez, avançou 3,8%.
recuo 16 das 27 atividades pesquisadas, 40 dos 76 subsetores e 42% dos
755 produtos investigados. Esse recuo reflete, pelo menos em parte a
elevada base de comparação (aumento de 7,5% em fev/11) e o efeito
calendário, uma vez que fevereiro/2012 teve um dia útil a menos que
Na análise anual (bimestral), observa-se retração tanto na Indústria de
Transformação (3,6%), quanto na Extrativa mineral (1,1%). No
acumulado dos últimos doze meses, a Indústria de Transformação
registrou decréscimo de 1,1%. Já a Extrativa, apresentou avanço de
fevereiro de 2011.
1,2% no período.
No acumulado de 2012 (janeiro a fevereiro), a indústria registrou queda
de 3,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Houve
retração no nível de produção em três das quatro categorias de uso e na
Por categorias de uso, observa-se nos resultados de fevereiro de 2012,
que três dos quatro segmentos da Indústria registraram variação
positiva. A taxa de crescimento mais expressiva ocorreu no setor de
maior parte (15) dos 27 setores pesquisados.
bens de capital (5,7%), seguido pelo setor de bens intermediários
Nos últimos doze meses terminados em fevereiro, o resultado da
(2,3%) e de bens de consumo duráveis (1,1%). Já o segmento de bens
produção industrial também foi negativo (1,0%) na comparação com o
de consumo duráveis registrou queda (-4,3%) pelo segundo mês
mesmo período do ano anterior. Com esse resultado o setor industrial
consecutivo, apesar do bom desempenho da indústria automotiva.
mantém a trajetória de queda iniciada em outubro de 2010.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, observa-se que duas
No
que
diz
(Transformação
respeito
e
as
Extrativa
demais
mineral),
classes
observa-se
da
que
indústria
categorias de uso apresentaram resultados negativos, bem acima da
ambas
média da Indústria (-3,9%). A queda mais expressiva ocorreu no setor
produtor de bens de consumo duráveis (-22,1%), seguido pelo setor de
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1º TRIMESTRE/2012
bens de capital (-16,0%). Nas outras duas categorias de uso, os
Os dados apresentados acima, revelam que a produção física
resultados foram positivos no período, contudo, bem modestos: os
industrial brasileira segue em trajetória de queda, com exceção da
setores de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,5%) e
comparação com o mês imediatamente anterior, todas as demais
de bens intermediários (0,4%).
comparações resultam em retração da produção. Vale destacar
também, que mesmo na comparação da produção com o mês de
Na análise anual, por categoria de uso, verifica-se que o setor de
bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi o único que
acumulou crescimento (1,2%) frente ao mesmo período de 2011.
O setor de bens de consumo duráveis registrou a retração mais
intensa (-15,4%), pressionado pela menor produção de veículos,
setembro de 2008, quando deflagrou a crise financeira
internacional, observa-se que a produção em fevereiro de 2012
está 3,0% menor, ou seja, mesmo após três anos, a industria
brasileira ainda não conseguiu manter o ritimo de sua produção
em patamar superior ao cenário de pré-crise.
seguido pelo setor de bens de capital (-14,6%), influenciado pela
menor produção de bens de capital para transporte (basicamente
A produção da indústria de transformação brasileira na
caminhões), enquanto o setor de bens intermediários recuo bem
comparação com o mesmo período de 2011, registrou queda de
menos que média global da indústria (-1,1% ante a -3,4%).
4,4%. Quando se compara a produção brasileira com economias
TABELA 3
Indicadores da Produção Industrial por Classes da Indústria e
Categorias de Uso - Brasil – Fevereiro de 2012
Segmentos
Classe de Indústria
Indústria Geral
Indústria Extrativa Mineral
Indústria de Transformação
Categorias de Uso
Bens de Capital
Bens Intermediários
Bens de Consumo
Duráveis
Semi-duráveis e não duráveis
Variação %
Acumulado no Acumulado
ano
em 12 meses
fev-12/jan-12
(com ajuste)
fev-12/fev-11
1,3
9,3
1,3
-3,9
3,8
-4,4
-3,4
-1,1
-3,6
-1,0
1,2
-1,1
5,7
2,3
-0,2
-4,3
1,1
-16,0
0,4
-5,4
-22,2
0,5
-14,6
-1,1
-3,0
-15,4
1,2
-1,0
-0,3
-1,8
-6,1
-0,4
periféricas com semelhante grau de desenvolvimento, observa-se
que a produção da Indústria de transformação brasileira foi
inferior a todos os demais países componentes da amostra,
conforme pode ser visto no gráfico a seguir.
Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal
Elaboração:DIEESE
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trimestres anteriores. Na série sem ajuste sazonal, o indicador ficou em
GRÁFICO 1
Brasil e Países Selecionados: variação da produção industrial
Variação no mês em relaçãoao mês anterior – com ajuste
sazonal - %
4,2
Alemanha (dez/11)
83,0%.
GRÁFICO 2
Utilização Média da Capacidade Instalada na Indústria de
Transformação – março de 2011 a março de 2012
-1,0
Área do Euro (dez/11)
1,3
2,1
1,2
México (dez/11)
Polônia (jan/12)
1,0
0,1
Reino Unido (jan/12)
0,0
República Checa (dez/11)
-0,4
Rússia (jan/12)
Turquia (nov/11)
83,8
83,4
mar/12
1,6
83,3
fev/12
Itália (dez/11)
Japão(jan/12)
83,5
jan/12
-10,3
83,6 83,6
dez/11
-1,6
Índia (dez/11)
83,7 83,7
nov/11
-7,8
Hungria (dez/11)
84,1
out/11
-1,4
84,3
set/11
França (dez/11)
84,4 84,4
ago/11
0,7
84,3
jul/11
Estados Unidos (jan/12)
84,6
84,4
84,2
84,0
83,8
83,6
83,4
83,2
83,0
82,8
82,6
jun/11
0,7
mai/11
3,2
Espanha (dez/11)
abr/11
Coréia do Sul (jan/12)
mar/11
Brasil (fev/12)
Irlanda (nov/11)
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BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
-2,8
Utilização Média da Capacidade Instalada
II.2 – Emprego Industrial
O nível de utilização da capacidade instalada da indústria da
O avanço de apenas 1,0% no emprego industrial em 2011, ficou muito
transformação, calculada pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, passou
abaixo do desempenho apresentado em 2010, quando a ocupação
de 83,7% para 83,8% entre fevereiro e março. Com esse resultado, a
cresceu 3,4% , segundo o IBGE. O baixo desempenho da indústria no
média trimestral do indicador ficou em 83,7%, acima da média do
ano passado reflete o comportamento da produção física do setor, que
último trimestre de 2011. Porém, está abaixo da média dos três
manteve-se praticamente estagnada, ao registrar modesta variação de
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BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
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1º TRIMESTRE/2012
0,3%. Vale destacar que nas diversas bases de comparação
Na Indústria Extrativa Mineral o avanço do nível de emprego em 2011
(trimestrais), observa-se estagnação na evolução do emprego nos três
foi de 3,6%, enquanto que na de Transformação a variação foi de
primeiros trimestres de 2011, e retração no último trimestre: 0,2%,
0,9%.
0,0%, 0,1% e (-0,6%).
TABELA 4
Variação do Emprego e Produção industrial
(janeiro-dezembro-2011/janeiro-dezembro de 2010)
Na análise setorial, verifica-se que os setores que mais contribuíram
para o crescimento do emprego total na indústria no ano passado foram:
alimentos e bebidas (2,9%), meios de transporte (6,9%), máquinas e
aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,1%), máquinas e
equipamentos (3,7%) e outros produtos da Indústria de transformação
(4,1%). Por outro lado, os setores que mais influenciaram
negativamente em 2011 foram os setores tradicionais da economia
brasileira: calçados e couro
(-5,0%); vestuário (-3,2%); madeira
(9,3%) e o de papel e gráfica (-7,5%).
Regionalmente, os estados que mais geraram empregos no setor em
2011 foram: Minas Gerais (2,3%), Paraná (5,4%), Rio de Janeiro
(1,3%) e Rio Grande do Sul (2,4%). Por outro lado, São Paulo exerceu
Atividades Industriais
Indústria Geral
Indústrias Extrativas
Indústria de Transformação
Alimentos e Bebidas
Fumo
Têxtil
Vestuário
Calçados e Couro
Madeira
Papel e Gráfica
Coque, Refino e Petróleo, Comb. Nucleares e Àlcool
Produtos Químicos
Borracha e Plástico
Minerais Não-Metálicos
Metalurgia Básica
Produtos de Metal - exclusive máquinas e equipamentos
Máquinas e Equips - excl. elétr. Eletrôn. De Precisão e de
Comunicações.
Máquinas e Aparelhos elétr. Eletrôn. De Precisão e de
Comunicações.
Fabricação de Meios de Transporte
Fabricação de Novos Produtos da Ind. De Transformação
Fonte: IBGE/IEDI
a principal pressão negativa. Lembrando que o emprego no estado de
São Paulo, vem registrando sucessivas retrações desde abril de 2011.
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Emprego
Produção
-0,6
4,7
-0,7
5,0
0,9
-4,8
-6,4
-7,5
-10,8
-3,9
3,6
1,1
-4,5
-1,4
-2,9
-5,2
-3,4
-1,1
-3,6
0,3
1,8
-7,8
-19,6
-3,2
7,2
3,7
6,2
5,1
-6,3
2,0
-2,2
-1,7
2,3
0,0
2,1
2,2
1,2
-10,5
-22,0
-7,3
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
Em 2012, o emprego industrial segue em ritmo abaixo do
necessário para caracterizar uma retomada do emprego no setor,
TABELA 5
Taxas de Variação por Classe da indústria – Brasil –
fevereiro de 2012 %
uma vez que desde setembro de 2011 a indústria vem registrando
Classes da Indústria
sucessivas retrações nesse indicador, sendo rompida somente em
fevereiro de 2012, mês que registrou ligeiro aumento de 0,1%.
Merece destaque o fato de que em outras comparações, a evolução
da ocupação na indústria vem piorando. Ao se comparar
determinado mês com igual período do ano anterior, observam-se
as seguintes variações: 0,3%, -0,5%; -0,4%; -0,7%, nessa ordem,
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
Indústria Geral
No mês (com ajuste sazonal)
Mesmo mês ano anterior
No ano
Doze meses
Indústria Extrativa Mineral
No mês (com ajuste sazonal)
Mesmo mês ano anterior
No ano
Doze meses
Indústria de Transformação
No mês (com ajuste sazonal)
Mesmo mês ano anterior
No ano
Doze meses
Pessoal
Ocupado
Folha de
Pgto. Real
Horas
Pagas
Folha per
capita
0,2
-0,4
1,0
1,0
-2,1
3,1
4,2
4,2
0,4
-1,5
0,5
0,5
-2,3
3,5
3,2
3,2
0,7
3,8
3,6
3,6
10,4
13,0
8,1
8,1
0,4
2,8
3,5
3,5
9,7
8,9
4,2
4,2
0,1
-0,5
0,9
0,9
-2,9
2,5
4,0
4,0
0,4
-1,6
0,4
0,4
-3,0
3,1
3,1
3,1
Fonte:IBGE/IEDI
de outubro/2011 a fevereiro/2012. Em outra base de comparação,
verifica-se que, no primeiro bimestre deste ano, o emprego
industrial acumula retração de 0,6%, resultado mais fraco que o
II.2.1 - Emprego Industrial Segundo o CAGED
registrado no último trimestre de 2011, que foi de -0,4%. Em
ambos os casos, na comparação com o mesmo período do ano
De acordo com os dados do CAGED, a Indústria da Transformação
anterior.
gerou entre janeiro e dezembro de 2011, 218.138 novos postos de
trabalho, enquanto que no mesmo período de 2010, a geração de
Nas demais classes da Indústria, o nível de emprego no primeiro
bimestre do ano avançou 0,7% na Indústria Extrativa Mineral, e
0,2% na Indústria de Transformação.
empregos no setor foi de 544.367 novos empregos no setor.
No período em questão, doze dos dez subsetores da indústria geraram
postos de trabalho, com destaque para a Indústria Mecânica, com
criação de 31.126 novos postos, seguida pela
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Indústria química,
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
produtos farmacêuticos e veterinários, com a criação de 26.753 novos
empregos. Por outro lado, a Indústria têxtil/vestuário e o Setor
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
TABELA 6
Evolução do Emprego por Setores e Subsetores da Indústria no
Brasil - Saldo Mensal e Acumulado de janeiro a dezembro de 2011
calçadista eliminaram ao longo de 2011 12.105 e 9.682 postos de
SETORES
trabalho, respectivamente.
Em 2012, os dados do CAGED também confirmam a queda no nível
de emprego na Indústria de transformação. No primeiro trimestre de
2012, foram gerados aproximadamente 58 mil novos empregos no
setor, enquanto que no mesmo período do ano passado, foram criados
mais de 134 mil postos novos postos.
Indústria de Transformação
Extrativa mineral
Indústria metalúrgica
Indústria do material de transporte
Indústria mecânica
Indústria do material elétrico e de comunicações
Indústria da madeira e do mobiliário
Indústria de produtos minerais nao metálicos
Indústria do papel, papelao, editorial e gráfica
Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários,
perfumaria, ...
Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos
Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind.
diversas
Indústria de calçados
Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool
etílico
Serviços industriais de utilidade pública
Construçao civil
Total*
2010
2011 (1)
Saldo - jan-out
Saldo - jan-out
647.199
15.345
76.735
53.702
50.165
28.595
33.779
76.735
18.415
407.520
19.077
36.865
28.261
34.704
26.732
19.495
28.157
9.446
53.921
80.609
56.676
23.546
25.706
56.187
11.150
22.333
139.366
16.142
341.627
2.406.210
110.155
10.843
309.425
2.241.574
Fonte: MTE/CAGED
Elaboração: DIEESE
* Total da evolução de empregos geral na economia até set-2011 (inclui Comércio, Serviços, Administ. Pública Direta
e Autárquica e Agricultura, Silvicultura, Criação de Animais, Extrativismo Vegetal).
(1 ) Com ajustes.
Plano Brasil Maior ††
Com o objetivo de fortalecer a indústria nacional e acelerar o
crescimento, o governo anunciou em 03 de abril um amplo pacote de
medidas de estímulo ao setor. O montante total anunciado, representa
††
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GT conjuntura – Abril/2012
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BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
R$ 60,4 bilhões em estímulos, dos quais, R$ 45 bilhões virão via
A proposta da desoneração da folha de pagamentos, talvez seja o
repasse do BNDES. Serão abrangidas pelas medidas as seguintes áreas:
aspecto mais ousado do pacote. Quinze setores da indústria (4 já
Ações sobre o câmbio; medidas tributárias, financiamento do comércio
definidos em 2011, no anúncio da primeira etapa do plano Brasil
exterior; defesa comercial; incentivos ao setor de informação e
Maior) terão a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos
comunicação; medidas creditícias; regime automotivo.
reduzida a zero, o que representa um redução da receita da Previdência
Social em R$ 4,9 bilhões. Os setores contemplados irão compensar essa
diferença com uma contribuição sobre o faturamento bruto, cuja
alíquota varia de 1% a 2% a depender do setor.
De acordo com projeções feitas, a desoneração total anual é estimada
em R$ 7,2 bilhões; para 2012, a desoneração total chegará a R$ 4,9
bilhões. Já a receita anual prevista com a tributação do faturamento
será de R$ 2,3 bilhões e o défcit nas contas previdenciárias, por conta
da
diferença,
será
financiado
pelo
tesouro
nacional.
Como
compensação foram elevadas as alíquotas do PIS/COFINS sobre as
importações, na mesma proporção da alíquota sobre o faturamento que
a produção nacional dos quinze setores pagará para a previdência
social, gerando R$ 1,3 bilhão e encarecendo as importações. As
exportações estarão isentas do imposto sobre o faturamento, com o
objetivo de estimular as vendas externas.
Fonte: Valor Econômico – 04.04.12
Foi criada, via decreto, uma comissão tripartite (governo,
empresários e sindicalistas dos 15 setores) para avaliar os resultados
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BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
das medidas de desoneração da previdência.
O governo pretende
Dos R$ 60,4 bilhões previstos pelas ações, R$ 45 serão
estimular a produção nacional por meio da prioridade à compra de bens
disponibilizados via BNDES, para alavancagem das operações de
e serviços nacionais, com margem de preferência de até 25%, sobre
crédito. O objetivo é reduzir a taxa de juros das linhas de capital de giro
produtos importados. A medida vale para medicamentos, fármacos,
e para financiamento das exportações. Com a medida o governo mira
biofármacos, retroescavadeira e motoniveladoras e o governo estima
também a recuperação da taxa de investimentos no Brasil, que no ano
gastar R$ 3,9 bilhões com a aquisição desses produtos, entre 2012 e
passado foi de apenas 19,3% do PIB. Conforme manifestações da
2013. O governo ainda postergou o prazo de pagamento de PIS/Cofins
cúpula governamental, a ideia é avançar até o final do mandado do
para alguns setores. Atualmente o PIS e COFINS são recolhidos no mês
atual governo para algo em torno dos 24% do PIB, evitando assim
subsequente ao fato gerador (faturamento ou venda). Com a medida, o
gargalos na economia. Com esse aporte do governo federal a previsão
pagamento de abril e maio de 2012 será postergado para,
de desembolsos do banco para este ano ficou entre R$ 145 e R$ 150
respectivamente, novembro e dezembro. Os setores beneficiados foram:
bilhões, superior aos R$ 139 bilhões emprestados em 2011. O
autopeças, têxtil, confecção, calçados e móveis. As renúncias de
Programa de Sustentação do Investimento (PSI) que, desde a sua
arrecadação estão assim distribuídas:
criação em 2009, já desembolsou R$ 155 bilhões, será reforçado em R$
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
10 bilhões, e prorrogado até 31 de dezembro de 2013 (a linha terminava
-Desoneração da folha: R$ 1,8 bilhão (já deduzidas as receitas de R$
o prazo de vigência em dezembro deste ano). As medidas também
1,3 bilhão com a tributação das importações e R$ 2,3 bilhões de
preveem uma redução dos juros das linhas de créditos destinada à
arrecadação com a taxação sobre o faturamento);-Plano Nacional de
produção de ônibus, caminhões e bens de capital.
Banda Larga: R$ 462 milhões; -Regime Especial dos Portos: R$ 186
milhões - Programa um computador por aluno: R$ 154 milhões -
Os recursos destinados ao Programa de Financiamento à Exportação
Prorrogação do IPI reduzido para a linha branca, móveis e luminárias
aumentaram de R$ 1,24 bilhão para R$ 3,1 bilhões. Foi anunciada
até fim de junho: R$ 143 milhões.
também - estranhamente, para um plano de auxílio à indústria - a
criação do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica
(Pronon) que possibilita que pessoas físicas e jurídicas possam deduzir
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BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
do Imposto de Renda as doações para entidades ou fundações dedicadas
exportações
e
o
aumento
do
PIS/Cofins
à pesquisa e tratamento do câncer. Foi criada a Agência Brasileira
correspondente à tributação do faturamento.
nas
importações,
Gestora de Fundos (ABGF), com o objetivo de administrar os fundos
garantidores, e dar garantias para investimentos e exportações de
A redução das taxas de juros, maior cobertura e prazos mais amplos
pequenas empresas. A meta é concentrar os recursos dos vários fundos
para os financiamentos estão no centro das medidas. A Caixa
garantidores em uma única entidade. A estimativa do governo é de que
Econômica Federal já anunciou que ira reduzir os juros para o crédito
a agência irá gerir cerca de R$ 20 bilhões e contará com um fundo para
de famílias e financiamento para micro e pequenas empresas. Os
exportação e outro para infra estrutura. Atualmente esses fundos têm
detalhes do programa, chamado “Caixa Melhor Crédito”, para a
administração privada. Outro objetivo com a criação da agência é dar
redução das taxas e outras ações para facilitar o acesso ao crédito, serão
mais agilidade na obtenção, por parte das empresas, de garantias para
anunciados em 09.04. O Banco do Brasil anunciou também o programa
crédito para exportação e investimentos. Segundo membros do
“Bom para Todos”, para redução de juros das principais linhas de
governo, as empresas estão com mais dificuldades para obter acesso a
crédito para pessoas físicas e micro e pequenas empresas. O programa
garantias do que a crédito para exportação.
do Banco do Brasil pretende aumentar em R$ 26,8 bilhões os limites de
crédito para micro e pequenas empresas e em R$ 16,3 bilhões os limites
Uma parte das medidas visa atender as necessidades mais imediatas,
para pessoas físicas. Um dos objetivos dos programas anunciados pelos
especialmente a de aumentar os investimentos do setor privado, por
bancos federais é pressionar os bancos privados a reduzirem as suas
meio da redução dos juros, mais recursos e prazos mais dilatados. Isso
taxas. O governo vem pressionando também os banqueiros no sentido
será encaminhado basicamente através do PSI, via BNDES. As
de que sejam reduzidos os níveis de spread no Brasil. O aumento da
condições de prazos e financiamento do plano anunciado são, inclusive,
inadimplência, verificado nos últimos meses, fez com que o sistema
provisórias, até dezembro de 2013. Mas as medidas anunciadas contêm
bancário se tornasse mais cauteloso na concessão de crédito. O
também mudanças definitivas, segundo o governo. É o caso das
comprometimento da renda familiar com o pagamento de dívidas é de
desonerações da contribuição previdenciária aos 15 setores anunciados,
22,3%, nada alarmante, mas bastante superior aos 15,6% de 2005. No
que serão permanentes. Da mesma forma, é a isenção de impostos das
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
sistema financeiro, para cada cem consultas de financiamentos para a
de 2008, mês que antecede o agravamento da crise internacional, a
compra de veículos, a média de aprovação é de 25.
produção industrial de fevereiro deste ano é 3,0% inferior, ou seja, após
três anos da crise a indústria brasileira ainda não conseguiu retomar a
Cálculos da Associação Brasileira de Máquinas de e Equipamentos
sua produção em níveis iguais aos de pré-crise. Neste momento em que
(Abimaq) dão conta que o ganho real em relação ao faturamento com o
a indústria anda de lado, portanto, as medidas têm o mérito de estimular
alívio de carga tributária vai variar entre 0,9% e 1,7%. Naquelas
a confiança empresarial no futuro do setor, possibilitando, quem sabe,
empresas em que as importações representam entre 20% e 30% dos
maiores investimentos.
insumos, o impacto será menor, segundo a Abimaq, devido ao
acréscimo de 1% na alíquota de PIS/Cofins sobre importação. Para as
II. 3 - Taxa de Juros
empresas exportadoras o ganho real pode chegar a 1,7% do
faturamento, pois a receita de exportação não compõe o faturamento
Em reunião em abril último, o Comitê de Política Monetária do Banco
sobre o qual o setor deve pagar alíquota de 1%.
Central –COPOM decidiu reduzir novamente a taxa de juros, para os
atuais 9,00% ao ano (sem víes, ou seja, sem possibilidade de revisão
As medidas não devem alterar significativamente o cenário da
até a próxima reunião), mantendo a trajetória de redução da taxa,
indústria para este ano, até porque a sua implementação e,
iniciada em agosto de 2011. A justificativa para a adoção da medida
principalmente, os seus efeitos, devem demorar. A indústria já vinha se
segundo o BC foi de que - “ permanecem limitados os riscos para a
recuperando, como era previsto, em função de ajustes de estoques e
trajetória inflacionária, além da contribuição desinflacionária do setor
retomada de confiança dos empresários. Após um forte recuo em
externo, dada a fragilidade da economia global”.
janeiro (de 1,5%) a produção industrial registrou crescimento em
fevereiro, de 1,3% na série livre de influências sazonais. Esse é o
resultado mais elevado desde os 2,2% registrado em fevereiro de 2011.
Mesmo assim, na comparação com fevereiro de 2011, o total da
indústria ainda é negativo em 3,9%. Se comparado ao mês de setembro
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
fiscais para o consumo de bens duráveis, como alguns produtos da linha
branca , o aumento real de 7,5% do Salário Mínimo, em vigor desde
9,00
10
9,75
janeiro; a expectativa de um cenário mais favorável para a inflação e, o
10,50
11,00
11,50
12,00
12,50
12,25
12,00
11,75
11,25
12
1º TRIMESTRE/2012
de parte das medidas de restrição ao crédito, a adoção de incentivos
GRÁFICO 3
Decisões do Copom sobre a Meta da Taxa Selic
2011-2012 - % a.a
14
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
processo de redução das taxas de juros, iniciado em agosto de 2011.
Com isso, o mercado interno continua sendo o principal motor de
8
6
crescimento da economia brasileira e assim deverá permanecer pelos
4
próximos anos, o que tem possibilitado ao Brasil superar os efeitos
2
deletérios da crise econômica, com mais tranqüilidade.
19
.0
1.
11
02
.0
3.
11
20
.0
4.
11
08
.0
6.
11
20
.0
7.
11
31
.0
8.
11
19
.1
0.
11
30
.1
1.
11
18
.0
1.
12
07
.0
3.
12
18
.0
4.
12
0
Fonte:BACEN
Os resultados da PMC realizada pelo IBGE mostram que no 1º bimestre
de 2012, os indicadores de volume de venda e receita nominal
Comércio
registraram alta de 8,7% e 12,6¨%. Na análise mensal, comparando
fevereiro de 2012 com o mês imediatamente anterior, o índice de
Em 2011 o volume de vendas do Comércio varejista registrou avanço
volume de vendas apresentou retração de 0,5% e a receita nominal
de 6,7% em termos reais, enquanto a receita nominal cresceu 11,5%.
decréscimo de 0,7%, para esta última, o primeiro resultado negativo
Verifica-se que nos últimos anos o setor tem registrado
desde março de 2010, nesta base de comparação.
taxas de
crescimento superiores ao PIB, influenciado principalmente pela
expansão do crédito e pelo aumento da massa salarial. Além disso, o
Para o Comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as
aumento do Salário Mínimo, os reajustes dos pisos regionais, os
atividades de veículos, motos, partes e peças e de Material de
programas de transferência de renda, além do aumento do volume de
Construção, o resultado apurado em fevereiro/12 na série com ajuste
crédito tem contribuído para vigorosos resultados do setor. Para 2012,
sazonal, na comparação com o mês anterior, mostra retração tanto para
alguns fatores devem impulsionar a atividade do comércio: a retirada
o volume de vendas quanto para a receita nominal de (-1,1%) e
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
(-1,4%), respectivamente. Na análise bimestral, o índice de volume de
O nível ocupacional reduziu-se em 0,5%. A eliminação de 92 mil
vendas registrou variação de 5,4%, enquanto a receita nominal avançou
postos de trabalho e a pequena variação positiva da PEA (0,4%, ou
7,7%.
ingresso de 84 mil pessoas na força de trabalho das regiões) resultaram
no aumento do contingente de desempregados em 22.392 mil pessoas.
III – Indicadores Econômicos
III. 1 – Mercado de Trabalho Metropolitano
A taxa de desemprego total elevou-se em todas as regiões onde a
pesquisa é realizada, conforme se observa na tabela abaixo.
Os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED mostram que,
em março, o contingente de desempregados no conjunto das sete
regiões onde a pesquisa é realizada foi estimado em 2.423 mil pessoas,
175 mil a mais do que no mês anterior.
TABELA 8
Taxa de Desemprego Total – Regiões Metropolitanas e
Distrito Federal (1) – Março/2011-Março 2012
Em porcentagem
Variação
A taxa de desemprego total aumentou, ao passar de 10,1%, em
fevereiro, para os atuais 10,8%.
TABELA 7
Estimativas do Número de Pessoas de 10 anos e mais, segundo
a condição de atividade nas Regiões Metropolitanas e no
Distrito Federal (1) – Março-2011- Março-2012
Estimativas
(em mil pessoas)
Variações
Absoluta
Relativa
(em mil pessoas)
(%)
Total
Distrito Federal
Belo Horizonte
Fortaleza
Porto Alegre
Recife
Salvador
São Paulo
Mar-11
Fev-12
Mar-12
11,2
13,4
8,5
9,3
7,4
13,9
15,7
11,3
10,1
12,4
5,1
8,5
7,0
11,9
15,8
10,4
10,8
13,3
5,4
9,6
7,6
12,3
17,3
11,1
Mar-12/
Fev-12
6,9
7,3
5,9
12,9
8,6
3,4
9,5
6,7
Mar-12/
Mar-11
-3,6
-0,7
-36,5
3,2
2,7
-11,5
10,2
-1,8
Fonte: Convênio Seade/Dieese/MTE-FAT e convênios regionais.
(1) Correspondem ao total das Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte,Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e ao Distrito Federal.
Em termos setoriais, no conjunto das regiões, o nível ocupacional
retraiu na Indústria (-53 mil postos de trabalho, ou -1,8%), no agregado
Condição de Atividade
População em Idade Ativa
População Economicamente Ativa
Ocupados
Desempregados
Em Desemprego Aberto
Em Desemprego Oculto pelo Trabalho Precário
Em Desemprego Oculto pelo Desalento
Regiões Metropolitanas
Mar-11
Fev-12
Mar-12
Mar-12/
Fev-12
36.611
21.803
19.366
2.436
1.820
382
234
37.168
22.308
20.060
2.248
1.721
346
180
37.211
22.392
19.968
2.423
1.873
365
186
43
84
-92
175
152
19
6
Mar-12/
Mar-11
600
589
602
-13
53
-17
-48
Mar-12/ Mar-12/
Fev-12 Mar-11
0,1
0,4
-0,5
7,8
8,8
5,5
3,3
1,6
2,7
3,1
-0,5
2,9
-4,5
-20,5
Outros Setores (-47 mil, ou -3,0%) e na Construção Civil (-35 mil, ou 2,5%), permaneceu relativamente estável nos Serviços (23 mil postos
Fonte: Convênio Seade/Dieese/MTE-FAT e convênios regionais.
(1) Correspondem ao total das Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e ao Distrito Federal.
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
de trabalho, ou 0,2%) e apresentou pequeno crescimento no Comércio
(20 mil, ou 0,6%).
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
Na comparação com março de 2011, assalariamento total cresceu
4,1%. O crescimento no segmento privado resultou da ampliação do
número de empregados com carteira de trabalho assinada (6,4%) e da
TABELA 9
Estimativas de Ocupados, segundo Setores de Atividade
Regiões Metropolitanas e Distrito Federal (1)
Março/2012- Março/2011
redução
do
contingentes
contingente
de
sem
Empregados
carteira
(-2,1%).Elevaram-se
domésticos
(3,0%)
e
os
daqueles
classificados nas demais posições ocupacionais (2,9%) e variou
negativamente o dos autônomos (-0,6%).
Estimativas
(em mil pessoas)
Setores de Atividade
Total
Indústria
Comércio
Serviços
Construção Civil (1)
Outros (2)
Mar-11
Fev-12
Mar-12
19.366
3.020
3.159
10.443
1.251
1.493
20.060
3.014
3.305
10.800
1.384
1.557
19.968
2.961
3.325
10.823
1.349
1.510
Variações
Absoluta
Relativa
(em mil pessoas)
(%)
Mar-12/ Mar-12/ Mar-12/ Mar-12/
Fev-12 Mar-11 Fev-12 Mar-11
-92
602
-0,5
3,1
-53
-59
-1,8
-2,0
20
166
0,6
5,3
23
380
0,2
3,6
-35
98
-2,5
7,8
-47
17
-3,0
1,1
TABELA 10
Estimativas de Ocupados, segundo Posição na Ocupação
Regiões Metropolitanas e Distrito Federal (1)
Março/2012-Março/2011
Fonte: Convênio Dieese – Seade; MTE – FAT e convênios regionais. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.
(1) Correspondem ao total das Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife,
Posição na Ocupação
Salvador, São Paulo e o Distrito Federal.
(2) Inclui obras de infraestrutura, novas edificações e reformas e reparações de edificações.
(3) Incluem serviços domésticos e outros setores de atividade não mencionados.
Segundo posição na ocupação, o número de assalariados pouco variou
(0,3%) em março. No setor privado, mantiveram-se em relativa
Total
Total de Assalariados
Setor Privado
Com Carteira Assinada
Sem Carteira Assinada
Autônomos
Empregados Domésticos
Demais Posições (1)
Estimativas
(em mil pessoas)
Mar-11
Fev-12
Mar-12
19.366
13.357
11.297
9.407
1.891
3.312
1.343
1.354
20.060
13.864
11.827
9.977
1.850
3.399
1.410
1.387
19.968
13.899
11.857
10.006
1.851
3.293
1.383
1.393
Absoluta
(em mil pessoas)
Mar-12/ Mar-12/
Fev-12 Mar-11
-92
602
35
542
30
560
29
599
1
-40
-106
-19
-27
40
6
39
Relativa
(%)
Mar-12/ Mar-12/
Fev-12 Mar-11
-0,5
3,1
0,3
4,1
0,3
5,0
0,3
6,4
0,1
-2,1
-3,1
-0,6
-1,9
3,0
0,4
2,9
Fonte: Convênio Dieese – Seade; MTE – FAT e convênios regionais. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.
(1) Correspondem ao total das Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo
e o Distrito Federal.
estabilidade os contingentes de empregados com e sem carteira de
(2) Incluem donos de negócio familiar, profissionais universitários autônomos, trabalhadores familiares sem remuneração salarial, etc.
trabalho assinada (0,3% e 0,1%, respectivamente). Diminuiu o número
de autônomos (-3,1%) e de empregados domésticos (-1,9%) e variou o
Em Fevereiro, no conjunto das regiões pesquisadas, cresceu o
dos classificados nas demais posições ocupacionais (0,4%).
rendimento médio real dos ocupados (0,9%) e permaneceu estável o
dos assalariados. Em termos monetários, seus valores passaram a
equivaler R$ 1.459 e R$ 1.516, respectivamente. Regionalmente, o
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BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
rendimento dos ocupados aumentou em São Paulo (2,2%, passando a
valer R$ 1.582), Fortaleza (1,6%, R$ 987), Recife (1,5%, R$ 1.077) e
Distrito Federal(1,4%, R$ 2.254) e diminuiu em Belo Horizonte
TABELA 11
Rendimento Médio Real Trimestral e índices do Rendimento
Médio Real Trimestral dos Ocupados e Assalariados –
Regiões Metropolitanas (1) e Distrito Federal
(-2,7%, R$ 1.441), Porto Alegre (-1,0%, R$ 1.439) e Salvador (-0,5%,
Período
R$ 1.029) .
Na comparação com fevereiro de 2011, no conjunto das sete regiões
pesquisadas, permaneceu estável o rendimento médio real dos ocupados
e variou negativamente o dos assalariados (-0,4%). Regionalmente, o
rendimento dos ocupados apresentou comportamento diferenciado:
elevou-se em Recife (7,0%), Fortaleza (6,6%) e Distrito Federal
(5,3%); reduziu-se em Salvador (-8,8%), Belo Horizonte (-3,0%) e
Porto alegre (-2,3%); e manteve-se em relativa estabilidade em São
Paulo (0,2%).
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
Fev-2011
jan/12
fev/12
Variações relativas
Fev-12/Jan-12
Fev-12/Fev-11
Ocupados (2)
Assalariados (3)
Média
Média
1.458
1.446
1.459
1.521
1.516
1.516
0,9
0,0
0,0
-0,4
Fonte: Convênio Dieese – Seade; MTE – FAT e convênios regionais. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.
(1) Correspondem ao total das Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife,
Salvador, São Paulo e o Distrito Federal.
(2) Exclusive os assalariados e os empregados domésticos assalariados que não tiveram remuneração
no mês, os trabalhadores familiares sem remuneração salarial e os trabalhadores que ganharam
exclusivamente em espécie ou benefício.
(3) Exclusive os assalariados que não tiveram remuneração no mês.
(4) Base: janeiro de 2009 = 100.
Nota: Inflator utilizado: IPCA/BH/IPEAD; INPC-DF/IBGE; INPC-RMF/IBGE; IPC-IEPE/RS; INPC-RMR/IBGE/PE;
IPC-SEI/BA; ICV-DIEESE/SP. Valores em reais de abril de 2010.
Nos últimos 12 meses, no conjunto das regiões pesquisadas, o nível de
ocupação elevou-se em 3,1%, variação superior à dos nove meses
anteriores, nessa base de comparação. Nesse período, foram criadas 602
mil ocupações, número ligeiramente superior ao de pessoas que
passaram a integrar a força de trabalho (589 mil pessoas), resultando na
pequena redução do contingente de desempregados em 13 mil pessoas.
(Gráfico 4).
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
Variação Anual
GRÁFICO 4
da Ocupação nas Regiões Metropolitanas (2)
2011/2012
2,5
2,2
1º TRIMESTRE/2012
Em março de 2012, o custo de vida no município de São Paulo ficou
em 0,59%, taxa 0,46 ponto percentual (PP) superior a de fevereiro,
quando os preços subiram 0,13%. Os grupos Habitação (1,19%) e
Alimentação (0,62%) foram os principais responsáveis pela elevação do
3,4
3,1
2,5
2,6
2,4
1,7
2,5
índice no mês e juntos contribuíram com 0,45pp. no cálculo da taxa do
período.
1,9
1,5
1,5
1,1
No grupo Habitação, com alta de 1,19%, os aumentos observados
ocorreram, principalmente, para os subgrupos locação, impostos e
condomínios (4,39%) ou nos serviços de empregados mensalistas ou
m
ar
/1
1
ab
r/1
1
m
ai
/1
1
ju
n/
11
ju
l/1
1
ag
o/
11
se
t/1
1
ou
t/1
1
no
v/
11
de
z/
11
ja
n/
12
fe
v/
12
m
ar
/1
2
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
(1)
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
diaristas (5,28%), itens que agravaram a inflação em 0,27 pp.. O
Fonte: Convênio Dieese – Seade; MTE – FAT e convênios regionais. Pesquisa de Emprego e
Desemprego – PED.
(1) Mês de referência em relação o mesmo mês do ano anterior.
(2) (2) Correspondem ao total das Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte, Porto
Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza, São Paulo e Distrito Federal.
subgrupo referente à conservação do domicílio (0,05%), praticamente,
não teve alteração.
Na alimentação, a taxa de 0,62% derivou da combinação do
comportamento
de produtos in natura e semielaborados (0,59%);
III. 2 – Taxas de Inflação
produtos da indústria alimentícia (0,47%) e alimentação fora do
III.2.1- ICV-DIEESE
domicílio (0,95%).
O índice do Custo de Vida no município de São Paulo (ICV-DIEESE) é
calculado pelo DIEESE desde 1959 com famílias que recebem de 1 a
30 salários mínimos, em três níveis distintos de rendimentos familiares.
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BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
estrato 1 (0,50%), estrato 2 (0,50%) e estrato 3 (0,65%). Estas taxas em
TABELA 12
Índice do Custo de Vida (ICV-DIEESE)
Taxas, contribuições e porcentagem por grupos e subgrupos –
março de 2011 – Município de São Paulo
relação às de fevereiro foram bem maiores: 1º estrato (0,46 pp.),
2º (0,44 pp.) e 3º (0,47 pp.).
O estrato 1 corresponde à estrutura de gastos de 1/3 das famílias mais
pobres (renda média= R$ 377,49, em junho/1996); o estrato 2
contempla os gastos das famílias com nível intermediário de
rendimento (renda média = R$ 934,17 em jun/96) e o estrato 3 reúne
aquelas de maior poder aquisitivo (renda média = R$ 2.792,90 em
jun/96) (Tabela 13).
TABELA 13
Índice do Custo de Vida (ICV-DIEESE) Taxa Geral e por
estrato de renda – Município de São Paulo –fev/12 e mar/12
Índices
Geral
Estrato 1
Estrato 2
Estrato 3
fev/12
(%)
mar/12
(%)
Diferença
(p.p)
0,13
0,04
0,06
0,18
0,59
0,50
0,50
0,65
0,46
0,46
0,44
0,47
Fonte: DIEESE
Índices por Estrato de Renda
Além do índice geral, o DIEESE calcula ainda mais três indicadores de
inflação, segundo tercis da renda das famílias paulistanas. Em outubro,
Comportamento dos preços no 1º trimestre de 2012
Taxas superiores à média acumulada no primeiro trimestre deste ano –
de 2,05% - foram observadas para os grupos: Educação e Leitura
as taxas foram positivas e decrescentes segundo o poder aquisitivo:
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
(7,51%), Habitação (3,21%) e Saúde (2,93%). Quatro grupos tiveram
medicamentos e produtos farmacêuticos (0,35%), a taxa está baixa,
taxas pequenas e positivas: Despesas Pessoais (1,58%), Despesas
porém já foram anunciados reajustes em abril.
Diversas
(1,16%), Alimentação (1,07%) e Recreação (0,16%). Para outros
Na Alimentação a variação acumulada de 1,07% poderia ser menor
três, a variação acumulada foi negativa: Equipamento Doméstico (-
caso o subgrupo da alimentação fora do domicílio (2,70%) não tivesse
1,13%), Vestuário (-0,12%) e Transporte (-0,11%).
continuado a pressionar a taxa deste mês. Os demais subgrupos tiveram
menor alteração: produtos in natura e semielaborados (0,67%) e bens
Os aumentos da Educação e Leitura, de um modo geral, já foram
da indústria alimentícia (0,60%).
reajustados neste início de ano e não devem ter modificações até o final
de 2012. Os dois subgrupos apresentaram taxas distintas: de 7,81% para
A taxa de -0,11% registrada em março no grupo Transporte foi em
educação e 2,31% para leitura.
ritmo menor do que vinha ocorrendo, resultando nas seguintes
variações: o subgrupo individual (-0,70%) e o coletivo (1,17%).
Na Habitação (3,21%), os subgrupos apresentam variação acumulada
bastante próximas de 4,12% para locação, impostos e condomínio e
A maior deflação foi detectada no grupo Equipamento Doméstico
3,56%, para operação do domicílio. Taxa bem menor foi observada na
(-1,13%), sendo mais acentuada nos subgrupos dos eletrodomésticos
conservação do domicílio (0,29%).
(-2,73%) e da rouparia (-0,39%). Pequenos aumentos foram praticados
nos utensílios (0,37%) e móveis (0,21%).
Na Saúde, a assistência médica (3,56%) foi o subgrupo com maior
elevação nos três primeiros meses do ano, (2,93%), principalmente
devido à alta em seguros e convênios (3,90%) e nas consultas médicas
(2,42%). Estes aumentos causam preocupação, uma vez que alterações
costumam ocorrer durante todos os meses do ano. Quanto aos
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BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
Comportamento dos preços nos últimos 12 meses
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
Em março o IPCA apresentou variação de 0,21% e ficou 0,21 ponto
percentual abaixo da taxa de 0,45% do mês anterior. Com o resultado
A variação acumulada em 12 meses, até março, de 5,49% é menor que
de março, o primeiro trimestre do ano fechou em 1,22%, abaixo da taxa
a registrada em fevereiro, quando correspondia a 5,83%, com uma
de 2,44% relativa ao mesmo período de 2011. Considerando os últimos
diferença, portanto, de 0,34 pp.. Dos 10 grupos que compõem o ICV,
doze meses, o índice situou-se em 5,24% recuando em relação aos
dois apresentaram taxas bem superiores a 5,49%, a saber: Saúde
5,85% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em março
(9,11%) e Educação e Leitura (8,33%); outros três registraram
de 2011 a taxa havia ficado em 0,79%.
variações no patamar do índice geral: Alimentação (6,19%);
Habitação (6,15%) e Despesas Pessoais (4,57%). Taxas menores
A menor variação do IPCA em março foi influenciada principalmente
foram observadas nos grupos: Vestuário (3,00%), Despesas Diversas
pela redução do grupo Educação, que, concentrando 5,62% em
(2,67%), Transporte (1,33%), Recreação (1,02%) e Equipamento
fevereiro, exerceu impacto de 0,25 ponto percentual, enquanto em
doméstico (-3,26%).
março, com variação de 0,54%, o impacto foi de apenas 0,02 ponto.
Mas não foi apenas o grupo educação o responsável pela redução da
III. 2.2 – IPCA -IBGE e INPC-IBGE
taxa em março. À exceção somente dos grupos Alimentação e bebidas
(de 0,19% para 0,25%) e Transportes (de -0,33% para 0,16%), os
O IPCA-IBGE ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo é
demais grupos apresentaram resultados inferiores aos registrados no
calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento
mês anterior, conforme pode ser visualizado na tabela abaixo.
monetário de um a quarenta salários mínimos, em 9 regiões
metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.
Também é utilizado pelo governo como parâmetro para o chamado
sistema de metas de inflação.
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
TABELA 14
Variação mensal e acumulada dos grupos componentes do
IPCA-IBGE – Fevereiro e Março de 2012
2012
Grupo
Variação %
fev
Ìndice Geral
Alimentação e Bebidas
Habitação
Artigos de Residência
Vestuário
Transportes
Saúde e Cuidados Pessoais
Despesas Pessoais
Educação
Comunicação
mar
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
imediatamente anteriores. Em março de 2011 o INPC havia ficado em
0,66%.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,25% em março,
Impacto (p.p)
enquanto os não alimentícios aumentaram 0,15%. No mês anterior,
fev
esses resultados foram de 0,21% e 0,47%, respectivamente.
mar
0,45
0,21
0,45
0,21
0,19
0,60
0,06
-0,23
-0,33
0,70
0,88
5,62
-0,17
0,25
0,48
-0,40
-0,61
0,16
0,38
0,55
0,54
-0,36
0,04
0,09
0,00
-0,02
-0,07
0,08
0,09
0,25
-0,01
0,06
0,07
-0,02
-0,04
0,03
0,04
0,06
0,02
-0,02
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Fortaleza (0,63%) que,
influenciado pelo grupo Educação (5,15%), refletiu o reajuste das
mensalidades dos cursos regulares (9,95%), apropriados em março. O
menor foi o de São Paulo (-0,06%), onde os alimentos não registraram
variação, além da redução no grupo de transportes (-0,24%).
Fonte: IBGE
O INPC também é calculado pelo IBGE, desde 1.979, no mesmo
espaço geográfico, porém se refere às famílias com rendimento
monetário de 01 a 06 salários mínimos. Normalmente é o índice
utilizado nas negociações coletivas entre trabalhadores e patrões.
No mês de março, o INPC fechou em 0,18%, e ficou abaixo da taxa de
0,39% do mês anterior. Com o resultado de março o primeiro trimestre
do ano ficou em 1,08%, abaixo da taxa de 2,16% relativa a igual
período de 2011. Considerando os últimos doze meses, o índice situouse em 4,97%, abaixo dos 5,47% referentes aos doze meses
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1º TRIMESTRE/2012
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
necessidade em São Paulo, a cesta básica da capital paulista continuou
Em %
2010
2011
jan/12
fev/12
mar/12
DATA BASE 1° DE ABRIL DE 2012
ICVDIEESEE
6,91
6,09
1,28
0,41
0,91
INPCIBGE
6,47
6,08
0,94
0,54
0,66
5,49
4,97
1º TRIMESTRE/2012
Mesmo com recuo de 1,19% no custo dos gêneros de primeira
TABELA 15
Variação Mensal e Acumulada da Inflação no Brasil
2011-2012
Período
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
IPCA-IBGE
5,91
6,50
0,83
0,80
0,79
a ser a mais cara, em março, com valor de R$ 273,25, ainda bem mais
alta que nas demais localidades: Porto Alegre (R$ 264,19), Belo
Horizonte (R$ 260,93) e Vitória (R$ 260,23). Aracaju (R$ 192,41),
apesar do aumento no mês, continuou a apresentar o menor custo,
seguido por Fortaleza (R$ 211,39), única cidade do Nordeste onde
houve retração no preço da cesta.
5,24
Para estimar o valor do salário mínimo necessário, o DIEESE leva em
Fonte: DIEESE e IBGE
consideração o maior custo para o conjunto de itens básicos - que em
III. 3 – CESTA BÁSICA
março foi verificado em São Paulo - e o preceito constitucional que
estabelece que o menor salário pago deveria suprir as despesas de um
O preço do conjunto de produtos alimentícios essenciais, mantiveram,
trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação,
em março, a tendência de queda , ao registrarem queda de preços em 11
vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Para atender a essas
das 17 cidades onde o DIEESE - Departamento Intersindical de
necessidades, em março, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.295,58,
Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza a Pesquisa Nacional da
o que corresponde a 3,69 vezes o mínimo em vigor, de R$ 622,00. Em
Cesta Básica. As principais retrações ocorreram em Goiânia (-6,73%),
fevereiro, o valor estimado era um pouco maior, R$ 2.323,21, ou seja,
Vitória (-2,60%), Rio de Janeiro (-2,55%) e Porto Alegre (-2,01%). Os
3,74 vezes o mínimo atual. O valor calculado este ano é ligeiramente
aumentos foram registrados em capitais do Nordeste e Norte do país:
superior ao de um ano atrás, quando ficava em R$ 2.247,94, mas que
Salvador (3,60%), Aracaju (2,03%), Manaus (1,77%), Recife (1,68%),
então equivalia a 4,12 vezes o mínimo em vigor, de R$ 545,00.
João Pessoa (0,89%) e Natal (0,36%).
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BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
Variações Acumuladas
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
Quando a relação é feita com o salário mínimo líquido - após o
desconto da parcela correspondente à Previdência - verifica-se que o
Após dois meses nos quais o custo da cesta predominantemente caiu,
trabalhador que ganha o piso comprometeu, em março deste ano,
nove capitais registram, entre janeiro e março, variação acumulada
41,94% de seus vencimentos com a compra da cesta básica, percentual
negativa, com destaque para Vitória (-5,50%), Goiânia (-5,09%) e Porto
pouco menor que o exigido em fevereiro (42,24%) e bem inferior ao
Alegre (-4,58%). Dentre as oito localidades onde o preço da cesta
comprometido em março do ano passado, de 47,54%.
subiu, os destaques foram para localidades nordestinas: Aracaju
(5,59%), João Pessoa (5,06%), Recife (3,29%) e Natal (3,13%).
TABELA 16
Pesquisa Nacional da Cesta Básica Custo e variação da cesta
básica em 17 capitais – Brasil – Março de 2012
Em doze meses – entre abril de 2011 e março último – 11 capitais
tiveram aumento no custo da cesta, com as maiores elevações apuradas
em Recife (6,35%), Belém (5,29%), João Pessoa (5,20%) e Belo
Horizonte (4,89%). Seis capitais apresentaram variação acumulada
negativa, com destaque para Natal (-6,75%) e Salvador (-4,01%).
Cesta x Salário Mínimo
Para adquirir a cesta básica em março, o trabalhador que é remunerado
pelo salário mínimo precisou cumprir, na média das 17 capitais
pesquisadas, uma jornada de 84 horas e 53 minutos, enquanto em
fevereiro eram necessárias 85 horas e 30 minutos. Em março de 2011 a
jornada exigida era muito maior, ficando em 96 horas e 13 minutos.
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
ANEXO
TABELA 17
Evolução do emprego celetista por Unidade da Federação
na Indústria do Papel e Celulose - 2010-2011(sem ajuste)
Unidade da Federação
11 - Rondônia
12 - Acre
13 - Amazonas
14 - Roraima
15 - Para
16- Amapá
17 - Tocantins
21 - Maranhão
22 - Piaui
23 - Ceará
24 - Rio Grande do Norte
25 - Paraíba
26 - Pernambuco
27 - Alagoas
28 - Sergipe
29 - Bahia
31 - Minas Gerais
32 - Espírito Santo
33 - Rio de Janeiro
35 - São Paulo
41 - Paraná
42 - Santa Catarina
43 - Rio Grande do Sul
50 - Mato Grosso do Sul
51 - Mato Grosso
52 - Goiás
53 - Distrito Federal
Brasil
Saldo
jan-dez-2010
jan-dez-2011
-9
-39
-6
-1
65
453
-2
0
46
7
0
0
0
0
9
-23
-6
21
276
81
1
12
138
-181
265
240
57
-2
12
38
531
193
404
255
-71
-43
222
-138
3.898
264
654
263
463
857
437
91
-20
-14
28
36
1
354
0
-18
7.393
2.706
Fonte:CAGED/MTE
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
TABELA 18
Evolução do emprego celetista por Unidade da Federação
na Indústria do Papel e Celulose – 2011/2012 (sem ajuste)
Unidade da Federação
11 - Rondônia
12 - Acre
13 - Amazonas
14 - Roraima
15 - Para
16 - Amapa
21 - Maranhão
22 - Piaui
23 - Ceará
24 - Rio Grande do Norte
25 - Paraíba
26 - Pernambuco
27 - Alagoas
28 - Sergipe
29 - Bahia
31 - Minas Gerais
32 - Espírito Santo
33 - Rio de Janeiro
35 - São Paulo
41 - Paraná
42 - Santa Catarina
43 - Rio Grande do Sul
50 - Mato Grosso do Sul
51 - Mato Grosso
52 - Goiás
53 - Distrito Federal
Brasil
Saldo
jan-mar-2011
jan-mar-2012
-6
1
-1 176
-76
024
-3
0
1
-1
5
2
7
-61
-76
-4
33
-214
-56
105
55
-7
9
30
2
97
-48
131
192
-31
-20
-74
-347
257
-1.206
-97
213
426
545
67
193
-96
10
23
1
43
61
-9
6
780
-498
Fonte:CAGED/MTE
Elaboração:DIEESE
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
TABELA 19
Evolução do emprego celetista por Unidade da Federação
na Indústria de Calçados - 2010/2011 - (sem ajuste)
Unidade da Federação
11 - Rondônia
13 - Amazonas
14 - Roraima
15 - Para
17 - Tocantins
21 - Maranhão
22 - Piaui
23 - Ceará
24 - Rio Grande do Norte
25 - Paraíba
26 - Pernambuco
27 - Alagoas
28 - Sergipe
29 - Bahia
31 - Minas Gerais
32 - Espírito Santo
33 - Rio de Janeiro
35 - São Paulo
41 - Paraná
42 - Santa Catarina
43 - Rio Grande do Sul
50 - Mato Grosso do Sul
51 - Mato Grosso
52 - Goiás
53 - Distrito Federal
Brasil
Saldo
jan-dez-2010
jan-dez-2011
-5
4
1
-1
87
20
22
20
0
8
15
4
1.633
-2.373
97
-35
2.170
198
280
10
21
5
1.552
445
3.715
-3.124
4.329
-1.217
110
412
-176
-67
4.456
-1.504
392
227
636
-666
8.363
-4.184
336
376
14
-9
7
216
-52
46
28.002
-11.188
Fonte:CAGED/MTE
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
TABELA 20
Evolução do emprego celetista por Unidade da Federação
na Indústria de Calçados - 2011/2012 - (sem ajuste)
Unidade da Federação
13 - Amazonas
14 - Roraíma
15 - Para
17 - Tocantins
21 - Maranhão
22 - Piaui
23 - Ceará
24 - Rio Grande do Norte
25 - Paraíba
26 - Pernambuco
27 - Alagoas
28 - Sergipe
29 - Bahia
31 - Minas Gerais
32 - Espírito Santo
33 - Rio de Janeiro
35 - São Paulo
41 - Paraná
42 - Santa Catarina
43 - Rio Grande do Sul
50 - Mato Grosso do Sul
51 - Mato Grosso
52 - Goiás
53 - Distrito Federal
BRASIL
Saldo
jan-mar-2011
jan-mar-2012
-1
-1
-7
29
10
-4
2
-4
2
6
66
-1.169
-54
75
-217
41
62
-8
2
5
298
133
567
-183
2.570
3.660
195
113
-152
-55
8.255
8.853
165
-46
159
482
5.016
3.381
183
304
5
2
133
17
23
-1
17.283
15.629
Fonte:CAGED/MTE
Elaboração:DIEESE
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
TABELA 21
Evolução do emprego celetista por Unidade da Federação
na Indústria da Madeira e do Mobiliário - 2010/2011
( sem ajuste)
Unidade da Federação
11 - Rondônia
12 - Acre
13 - Amazonas
14 - Roraima
15 - Para
16 - Amapa
17 - Tocantins
21 - Maranhão
22 - Piaui
23 - Ceará
24 - Rio Grande do Norte
25 - Paraíba
26 - Pernambuco
27 - Alagoas
28 - Sergipe
29 - Bahia
31 - Minas Gerais
32 - Espírito Santo
33 - Rio de Janeiro
35 - São Paulo
41 - Paraná
42 - Santa Catarina
43 - Rio Grande do Sul
50 - Mato Grosso do Sul
51 - Mato Grosso
52 - Goiás
53 - Distrito Federal
Brasil
Saldo
jan-dez-2010
jan-dez-2011
-406
-486
114
18
76
-5
-32
-52
740
-1.247
12
-46
25
17
306
-39
25
36
778
369
159
100
123
167
622
384
66
17
206
131
390
576
3.672
1.832
440
335
551
774
6.938
1.901
6.001
280
2.507
-595
3.376
2.674
159
16
-485
-562
669
713
218
9
27.250
7.317
Fonte:CAGED/MTE
Elaboração:DIEESE
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
TABELA 22
Evolução do emprego celetista por Unidade da Federação
na Indústria da Madeira e do Mobiliário – 2011/2012 –
(sem ajuste)
Unidade da Federação
11 - Rondônia
12 - Acre
13 - Amazonas
14 - Roraima
15 - Para
16 - Amapa
17 - Tocantins
21 - Maranhão
22 - Piaui
23 - Ceará
24 - Rio Grande do Norte
25 - Paraíba
26 - Pernambuco
27 - Alagoas
28 - Sergipe
29 - Bahia
31 - Minas Gerais
32 - Espírito Santo
33 - Rio de Janeiro
35 - São Paulo
41 - Paraná
42 - Santa Catarina
43 - Rio Grande do Sul
50 - Mato Grosso do Sul
51 - Mato Grosso
52 - Goiás
53 - Distrito Federal
Brasil
Saldo
jan-mar-2011
jan-mar-2012
-271
-549
-26
-68
25
29
47
0
-928
-668
-21
-14
15
42
-85
-13
42
30
-34
119
32
11
57
-178
116
-129
33
11
20
-8
169
-171
571
290
41
-29
-22
5
487
513
533
1.315
571
1.405
1.104
961
24
46
-428
-280
350
333
34
9
2.456
3.012
Fonte:CAGED/MTE
Elaboração:DIEESE
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
TABELA 23
Evolução do emprego celetista por Unidade da Federação
na Indústria Têxtil e do Vestuário – 2010/2011 - (sem ajuste)
TABELA 24
Evolução do emprego celetista por Unidade da Federação
na Indústria Têxtil e do Vestuário – 2011/2012 - (sem ajuste)
Unidade da Federação
Unidade da Federação
11 - Rondônia
12 - Acre
13 - Amazonas
14 - Roraima
15 - Para
16 - Amapa
17 - Tocantins
21 - Maranhão
22 - Piaui
23 - Ceará
24 - Rio Grande do Norte
25 - Paraíba
26 - Pernambuco
27 - Alagoas
28 - Sergipe
29 - Bahia
31 - Minas Gerais
32 - Espírito Santo
33 - Rio de Janeiro
35 - São Paulo
41 - Paraná
42 - Santa Catarina
43 - Rio Grande do Sul
50 - Mato Grosso do Sul
51 - Mato Grosso
52 - Goiás
53 - Distrito Federal
Brasil
Saldo
jan-dez-2010
jan-dez-2011
127
11
5
-8
158
131
10
-4
419
-240
-11
13
-26
-2
48
-22
337
-211
4.237
-1.390
2.699
-4.853
580
-429
1.624
276
-209
44
674
-262
1.617
-83
6.824
-958
262
-138
2.606
236
14.087
-7.006
4.435
-795
8.075
-3.514
2.747
-369
1.479
-104
577
188
1.875
1.056
-32
-70
55.224
-18.503
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
11 - Rondônia
12 - Acre
13 - Amazonas
14 - Roraima
15 - Para
16 - Amapa
17 - Tocantins
21 - Maranhão
22 - Piaui
23 - Ceará
24 - Rio Grande do Norte
25 - Paraíba
26 - Pernambuco
27 - Alagoas
28 - Sergipe
29 - Bahia
31 - Minas Gerais
32 - Espírito Santo
33 - Rio de Janeiro
35 - São Paulo
41 - Paraná
42 - Santa Catarina
43 - Rio Grande do Sul
50 - Mato Grosso do Sul
51 - Mato Grosso
52 - Goiás
53 - Distrito Federal
Brasil
Saldo
jan-mar-2011
jan-mar-2012
-12
-16
-8
-11
-4
55
1
8
21
-170
7
-14
-9
0
-4
-5
-121
-47
404
-700
-672
-844
-161
-124
189
222
-2
21
159
-127
-194
-43
1.079
-3
-155
-312
-1.348
-1.396
2.435
664
3.002
2.508
3.734
6.036
952
527
357
170
109
39
633
753
-6
-59
10.386
7.132
Fonte:CAGED/MTE
Elaboração:DIEESE
Fonte:CAGED/MTE
Elaboração:DIEESE
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1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
TABELA 25
Evolução do emprego celetista por Unidade da Federação
na Indústria da Construção Civil – 2010/2011 - (sem ajuste)
Unidade da Federação
11 - Rondônia
12 - Acre
13 - Amazonas
14 - Roraima
15 - Para
16 - Amapa
17 - Tocantins
21 - Maranhão
22 - Piaui
23 - Ceará
24 - Rio Grande do Norte
25 - Paraíba
26 - Pernambuco
27 - Alagoas
28 - Sergipe
29 - Bahia
31 - Minas Gerais
32 - Espírito Santo
33 - Rio de Janeiro
35 - São Paulo
41 - Paraná
42 - Santa Catarina
43 - Rio Grande do Sul
50 - Mato Grosso do Sul
51 - Mato Grosso
52 - Goiás
53 - Distrito Federal
Brasil
Saldo
jan-dez-2010
jan-dez-2011
11.271
-1.622
-119
-1.469
-436
3.185
565
-344
4.466
10.436
370
1.818
1.617
-2.428
7.068
-2.857
5.434
-1.780
13.941
5.104
6.351
805
4.561
4.468
28.230
17.743
4.958
4.454
3.492
1.591
20.485
1.962
31.766
7.290
4.260
3.324
11.654
29.859
44.751
29.180
17.597
9.059
6.963
8.416
15.076
9.792
1.412
2.513
2.149
1.864
5.717
1.739
579
4.858
254.178
148.960
1º TRIMESTRE/2012
BOLETIM SUBSEÇÃO DO DIEESE
TABELA 26
Evolução do emprego celetista por Unidade da Federação
na Indústria da Construção Civil – 2011/2012 - (sem ajuste)
Unidade da Federação
11 - Rondônia
12 - Acre
13 - Amazonas
14 - Roraima
15 - Para
16 - Amapa
17 - Tocantins
21 - Maranhão
22 - Piaui
23 - Ceará
24 - Rio Grande do Norte
25 - Paraíba
26 - Pernambuco
27 - Alagoas
28 - Sergipe
29 - Bahia
31 - Minas Gerais
32 - Espírito Santo
33 - Rio de Janeiro
35 - São Paulo
41 - Paraná
42 - Santa Catarina
43 - Rio Grande do Sul
50 - Mato Grosso do Sul
51 - Mato Grosso
52 - Goiás
53 - Distrito Federal
Brasil
Saldo
jan-mar-2011
jan-mar-2012
4.144
2.840
-807
24
852
-363
-269
388
-482
1.492
-322
-59
-832
89
-6.568
-4.724
-2.013
1.326
584
-618
-2
490
766
1.253
4.845
6.817
2.706
713
1.301
2.686
1.597
2.366
9.926
18.214
834
2.944
6.578
17.443
23.580
25.666
5.070
5.900
4.883
3.870
3.727
4.379
2.118
1.079
-1.216
2.239
2.680
5.059
3.694
4.432
67.374
105.945
Fonte:CAGED/MTE
Elaboração:DIEESE
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