Encompassing the Globe. Portugal e o Mundo nos séculos XVI e XVII
A exposição foi produzida pela Smithsonian Institution, através da A. M. Sackler and Freer Gallery, Washington DC,
onde esteve patente entre Junho e Setembro de 2007, com o título Encompassing the Globe. Portugal in the 16th
and 17th centuries. Realizou-se uma segunda edição no coração da Europa, no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas,
entre Outubro de 2007 e Fevereiro de 2008, com o título Autour du Globe. Na sua edição portuguesa a exposição foi
designada pelo seu título em inglês – Encompassing the Globe – marca identificativa desta realização da Smithsonian
Institution, e em português – Portugal e o Mundo nos séculos XVI e XVII – o seu âmbito temático e cronológico.
A riqueza da perspectiva inscrita pelos comissários científicos da exposição –
Julian Raby, director da A. M. Sackler and Freer Gallery, Jay Levenson, curador de
várias exposições relacionadas com Portugal, e Nuno Vassalo e Silva, director
adjunto do Museu Calouste Gulbenkian – mostra Portugal como pioneiro absoluto
da actual era de globalização de conhecimentos, facto que levou o Ministério da
Cultura e o Ministério da Economia e Inovação a apoiar, tendo em conta o
superior interesse nacional, a vinda desta importante exposição a Lisboa.
Foram quatro anos de trabalho de comissariado com o nome da Smithsonian Institution e o peso dos seus 19
museus e 9 centros de investigação por detrás para chegar à exposição em que Jay Levenson andava a pensar há
muito sem encontrar interlocutor, uma exposição com cerca de 180 peças e um investimento nacional de três
milhões de euros.
A exposição é um eloquente testemunho da presença cultural portuguesa em África, na Ásia e nas Américas, e
destas na arte portuguesa – lê-se a importância magna de Portugal, nos séculos XVI e XVII, na criação de redes de
comunicação em tempo real, o estabelecimento de mercados internacionais e o intercâmbio cultural, artístico,
científico e linguístico que permitiram à Europa, através de Portugal, influenciar e ser influenciada por culturas
transcontinentais. Portugal constituiu-se, pois, em epicentro de novas estruturas económicas, políticas e culturais
em todo o mundo, que configuraram o pensamento europeu com efeitos definitivos para a comunicação global. Um
milhão de falantes do português no século XV “globalizou-se”, assim, em duzentos milhões, na actualidade.
Podemos compreender como Portugal, a partir do século XV, abriu o Mundo à Europa, estabelecendo contactos e
trocas comerciais e, naturalmente, culturais em pioneiras rotas traçadas nos oceanos Atlântico, Indico e Pacífico. As
relações de Portugal e a Europa nos séculos XV e XVI é o núcleo que nos conduz para os núcleos dos diferentes
territórios que maior expressão cultural tiveram neste momento pioneiro da globalização – África, Brasil, as terras do
Índico, China e Japão.
Um total de cerca 200 obras – Cartografia, Marfins, Imaginária,
Desenho, Gravura, Escultura, Pintura, Plumária e Ourivesaria –
serão reunidas em Lisboa provenientes de prestigiadas
colecções públicas e privadas. Para além das peças oriundas de
colecções particulares, destacam-se as cedências de obras pelo
Staatliches Museum für Völkerkunde, Munique, o Staatliche
Kunstsammlungen, Dresden, o Kunsthistoriches Museum e o
Albertina Museum, Viena, o Musée Royal de l’Afrique Centrale,
Bruxelas, o Museu do Louvre, Paris, o Nationalmuseet da
Dinamarca, o Património Nacional de Espanha, o Museum Boijmans van Beuningen, Roterdão, a British Library, o
Victoria and Albert Museum e o British Museum, Londres, Biblioteca Nazionale Centrale, Florença, Biblioteca
Casanatense, de Roma, o Museu do Hermitage, S. Petersburgo, os Museus do Kremlin, Moscovo, o Museu de Arte
Sacra de S. Paulo, Brasil, e muitos outros museus e colecções particulares nacionais. Acresce a este elenco alguns dos
Tesouros Nacionais de Portugal, cuja cedência para o estrangeiro se desaconselha - os painéis quatrocentistas de S.
Vicente, a Custódia de Belém e a rara série de biombos Nambam.
Percurso
1º - Europa (Galeria sul, nascente e norte).
Navegação
Casa Real portuguesa
Câmaras de Maravilhas
2º - África (Sala 1).
3º - Índia e Ceilão (Salas 1, 3 e 4).
4º - Japão (Sala 5 e Galeria poente).
5º - China/ Macau (Salas 6, 7 e 8).
6º - Brasil (Sala 9).
Download

Encompassing the Globe - Escola Secundária Rainha Dona Leonor