Este experimento tem o objetivo de desmistificar um clássico da mágica mundial, a
cama de Faquir. Durante séculos, pessoas ditas místicas usam uma cama de pregos para
provar seus “poderes mágicos”. Você vai construir e experimentar sua própria cama de
Faquir e, além de testar seus “poderes mágicos”, você também irá verificar o enunciado do
conceito de pressão e comprovar, na prática, como a variação da área de contato da força
aplicada faz uma enorme diferença.
Questões:
01) O princípio da cama de Faquir também pode ser aplicado a outros objetos, tais como cacos de vidro
ou lâminas de uma espada?
02) Calcule o número mínimo de pregos que seriam necessários para que uma pessoa possa sentar na
cama sem se feri; para isto, pesquise a pressão de ruptura da pele humana.
03) Seria possível construir um chinelo de pregos, utilizando o mesmo princípio da cama de Faquir?
Texto Atividade – Cama de Faquir
Objetivos
Evidenciar, na prática, o conceito de pressão, de acordo com seu enunciado.
Materiais
Uma taboa de MDF de 20 cm X 20 cm X 1 cm (espessura); 1 kg de pregos 14 x 18 (cerca de 800
pregos); martelo.
Experimentos
Faça uma grade de 5 mm de lado (0,5 cm) na taboa. Agora pregue um prego em cada encontro de linhas
da grade. No total, serão usados cerca de 800 pregos.
Depois de pregados todos os pregos, agora, está na hora de testar sua cama de faquir. Se tiver receio de
sentar direto sobre 800 pregos, use uma cobaia. Para isto, utilize um balão de festas e coloque-o sobre
sua cama de Faquir. Pressione-o sobre a superfície e observe. Caso ainda tenha dúvidas sobre a
segurança do experimento, você poderá utilizar frutas de casca fina, como bananas e maçãs e veja o
quanto é seguro para você testar a cama no próprio corpo.
O que acontece
O enunciado do conceito de pressão diz que a pressão é a força aplicada dividida pela área de atuação
desta força. No caso da cama de Faquir, a força aplicada é o peso da pessoa e a área de atuação desta
força é a ponta de cada prego. Se tivermos um prego apenas, é lógico perceber que a área será muito
pequena e a consequência disto é um aumento muito grande na pressão, que se resume em penetração
do prego no corpo. Ao colocarmos muitos pregos, o que acontece é que estamos aumentando a área de
atuação da força com o corpo e, consequentemente, diminuindo a pressão na ponta de cada prego. Na
prática, o que acontece é que, com muitos pregos, a força fica dividida para cada um e, sendo assim, cada
prego individual não tem pressão suficiente para perfurar um objeto. O contrário acontece com um único
prego, onde toda a força é aplicada em uma área bem pequena e, com isto, sua pressão torna-se
incrivelmente grande e fácil de perfurar um corpo.