UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de
Sementes
DISSERTAÇÃO
FUNGICIDAS PARA CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA E SUA INFLUÊNCIA
NA QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA
Danielli Olsen
Pelotas, 2012
Danielli Olsen
FUNGICIDAS PARA CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA E SUA INFLUÊNCIA
NA QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA
Dissertação apresentada à Universidade
Federal de Pelotas, sob orientação do
Professor Ph.D. Silmar Teichert Peske, como
parte das exigências do Programa de PósGraduação em Ciência e Tecnologia de
Sementes para obtenção do título de Mestre
em Ciências.
Orientador: Ph.D. Silmar Teichert Peske
Co-Orientador: Ph.D. Ademir Assis Henning
Pelotas, fevereiro de 2012
Dados de catalogação na fonte:
( Marlene Cravo Castillo – CRB-10/744
)
O52f Olsen, Danielli
Fungicidas no controle da ferrugem asiática e sua influência
na qualidade de sementes de soja / Danielli Olsen ; orientador
Silmar Teichert Peske ; co-orientador Ademir Assis Henning. Pelotas,2012.49f. : il..- Dissertação (Mestrado ) –Programa de PósGraduação em Ciência e Tecnologia de Sementes. Faculdade de
Agronomia Eliseu Maciel. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, 2012.
1.Glycine max 2.Controle químico 3.Estrobilurinas
4.Phakopsora pachyrhizi 5.Triazóis I.Peske, Silmar teichert(orientador) II. Título.
CDD 633.34
Banca Examindora
____________________________
Silmar Teichert Peske
Orientador/FAEM/UFPel
_________________________________
Ademir Assis Henning
Co-Orientador /EMBRAPA SOJA
__________________________________
Lilian Vanussa Madruga de Tunes
FAEM/UFPel
_________________________________
Orlando Antonio Lucca Filho
FAEM/UFPel
Dedico
Aos meus pais
José Carlos Olsen e
Ana Marli Schafascheck Olsen pelo imenso apoio, carinho,
compreensão e por estarem sempre ao meu lado.
AGRADECIMENTOS
À Deus acima de tudo.
Aos meus pais, José Carlos e Ana Marli, por muitas vezes ter sacrificado seus
sonhos em favor dos meus, pelo amor e incentivo constante.
Aos meus irmãos Eduardo e Jhoni, pelo carinho e grande apoio durante a realização
desse trabalho.
Ao professor Silmar Teichert Peske pelos ensinamentos, orientação e confiança no
meu trabalho.
Ao pesquisador Ademir Assis Henning, pela dedicação, amizade e suporte para a
realização desse trabalho.
Aos funcionários da Embrapa Soja, Agnes, Antônio, Ariane, Vilma e Rafael pelo
imenso apoio nos trabalhos.
À todos os professores, funcionários e colegas do Programa de Pós-Graduação em
Ciência e Tecnologia de Sementes da UFPel.
À CAPES, pela concessão da bolsa de estudos.
À todos aqueles que contribuíram para execução desse trabalho.
Muito Obrigada!
FUNGICIDAS PARA CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA E SUA INFLUÊNCIA
NA QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA
Autor: Danielli Olsen
Orientador: Silmar Teichert Peske
RESUMO: O controle químico é a principal estratégia de controle da ferrugem
asiática da soja, assim informações sobre a eficiência dos fungicidas bem como o
efeito residual nas sementes são necessárias para orientar sua correta utilização no
campo. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes ingredientes
ativos no controle da ferrugem asiática, bem como a sua influência na qualidade
fisiológica e sanitária de sementes de soja. O experimento foi conduzido em Mafra,
SC, na safra 2010/2011, utilizando-se as cultivares Syngenta 3358 RR e Nidera
6411 RR. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro
repetições de 14 tratamentos para a cultivar Syngenta e 15 tratamentos para a
cultivar Nidera. Os ingredientes ativos avaliados foram: tebuconazol (0,5 L p.c. ha-1),
ciproconazol (0,3 L p.c. ha-1), azoxistrobina + ciproconazol (0,3 L p.c. ha-1) + Nimbus
0,5%v/v, piraclostrobina + epoxiconazol (0,5 L p.c. ha-1) + Assist 0,5 L.ha-1,
trifloxistrobina + tebuconazol (0,5 L p.c. ha-1) + Áureo 0,5 L.ha-1, picoxistrobina +
ciproconazol (0,3 L p.c. ha-1) + Nimbus 0,45 L.ha-1, trifloxistrobina + ciproconazol
(0,15 L p.c. ha-1) + Áureo 0,5 L.ha-1, azoxistrobina + tetraconazol (0,5 L p.c. ha-1) +
Nimbus 0,5 L.ha-1, trifloxistrobina + protioconazol (0,4 L p.c. ha-1) + Áureo 0,4 L.ha-1,
piraclostrobina + metconazol (0,5 L p.c. ha-1) + Assist 0,5 L.ha-1, piraclostrobina +
epoxiconazol (0,6 L p.c. ha-1) + Lanzar 0,3%v/v, azoxistrobina (0,35 L p.c. ha-1) +
Assist 0,5%v/v, azoxistrobina + tebuconazol (0,5 L p.c. ha-1) + Assist 0,5%v/v,
oxicarboxim (1,2 L p.c. ha-1) + Silwett 0,05%. Os fungicidas foram aplicados no
florescimento (estádio R2) e no início da formação dos grãos (estádio R5.2). Foram
avaliados: severidade da ferrugem aos sete e 14 dias após a segunda aplicação dos
fungicidas; produtividade (Kg.ha-1), peso de mil sementes (g), germinação (%),
condutividade elétrica (µS.cm-1.g-1), envelhecimento acelerado (%), e sanidade
através do método do papel de filtro. Os resultados indicam que os fungicidas
triazóis combinados com estrobilurinas são mais eficientes no controle da ferrugem
asiática. Os fungicidas não afetam a qualidade fisiológica e sanitária das sementes
de ambas as cultivares.
Palavras chave: estrobilurinas, Glycine max, Phakopsora pachyrhizi, sanidade,
triazóis.
FUNGICIDE FOR CONTROLLING THE ASIAN RUST AND ITS INFLUENCE ON
THE QUALITY OF SOYBEAN SEEDS
Author: Danielli Olsen
Advisor: Silmar Teichert Peske
ABSTRACT: The chemical control is the main strategy for controlling the soybean
asian rust. Thus, information about the efficiency of fungicides as well as the residual
effect on seeds are needed to guide its correct use in the field. The aim of this work
was to evaluate the efficiency of different active ingredients to control the asian rust,
as well as their influence on the physiological and sanitary quality of soybean seeds.
The experiment was conducted in Mafra, SC, in the 2010/2011 growing season,
using the cultivars Syngenta 3358 RR and Nidera 6411 RR. The experimental design
was randomized blocks with four replications of 14 treatments for the Syngenta
cultivar and 15 treatments for the Nidera cultivar. The evaluated active ingredients
were: tebuconazole (0,5 L p.c. ha-1), cyproconazole (0,3 L p.c. ha-1), azoxystrobin +
cyproconazole (0,3 L p.c. ha-1) + Nimbus 0,5%v/v, pyraclostrobin + epoxiconazole
(0,5 L p.c. ha-1) + Assist 0,5 L.ha-1, trifloxystrobin + tebuconazole (0,5 L p.c. ha-1) +
Aureate 0,5 L.ha-1, picoxystrobin + cyproconazole (0,3 L p.c. ha-1) + Nimbus 0,45
L.ha-1, trifloxystrobin + cyproconazole (0,15 L p.c. ha-1) + Aureate 0,5 L.ha-1,
azoxystrobin + tetraconazole (0,5 L p.c. ha-1) + Nimbus 0,5 L.ha-1, trifloxystrobin +
prothioconazole (0,4 L p.c. ha-1) + Aureate 0,4 L.ha-1, pyraclostrobin + metconazole
(0,5 L p.c. ha-1) + Assist 0,5 L.ha-1, pyraclostrobin + epoxiconazole (0,6 L p.c. ha-1) +
Lanzar 0,3%v/v, azoxystrobin (0,35 L p.c. ha-1) + Assist 0,5%v/v, azoxystrobin +
tebuconazole (0,5 L p.c. ha-1) + Assist 0,5%v/v, oxicarboxim (1,2 L p.c. ha-1) + Silwett
0,05%. The fungicides were applied at flowering (R2 stage) and at the beginning of
the grain formation (R5.2 stage). It was evaluated: rust severity at seven and 14 days
after the second fungicide application; yield (kg ha-1), thousand seed weight (g),
germination (%), electrical conductivity (µS.cm-1.g-1), accelerated aging (%), and
seed health, through the Blotter Test. The results indicate that the triazole fungicides
combined with strobilurins are more effective in controlling the asian rust. Fungicides
do not affect in the physiological and sanitary quality of seeds of both cultivars.
Keywords: strobilurins, Glycine max, Phakopsora pachyrhizi, seed health, triazoles.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.
Escala diagramática da severidade (porcentagem de área foliar
infectada), da ferrugem asiática em soja (Glycine max) .................... 27
Figura 2.
Precipitação (mm) e Temperatura média (°C) em Major Vieira, SC,
para o período de 10/11/2010 a 29/04/2011 ...................................... 39
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.
Nome comercial, ingrediente ativo, grupo químico e dose do produto
comercial (L p.c.ha-1) dos fungicidas utilizados no controle da
ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar Syngenta 3358 RR
na safra 2010/2011 em Mafra, Santa Catarina. ................................. 24
Tabela 2.
Nome comercial, ingrediente ativo, grupo químico e dose do produto
comercial (L p.c.ha-1) dos fungicidas utilizados no controle da
ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar Nidera 6411 RR na
safra 2010/2011 em Mafra, Santa Catarina ....................................... 25
Tabela 3.
Severidade da ferrugem asiática da soja (%) aos 7 (SEV7DAA2) e
aos 14 (SEV14DAA2) dias após a segunda aplicação dos
fungicidas, porcentagem de controle (%), produtividade (kg.ha-1) e
peso de mil sementes (g) para os diferentes fungicidas utilizados
no controle da ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar
Syngenta 3358 RR, em Mafra, Santa Catarina, na safra 2010/2011 . 31
Tabela 4.
Severidade da ferrugem asiática da soja (%) aos 7 (SEV7DAA2) e
aos 14 (SEV14DAA2) dias após a segunda aplicação dos
fungicidas, porcentagem de controle (%), produtividade (kg.ha-1) e
peso de mil sementes (g) para os diferentes fungicidas utilizados
no controle da ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar
Nidera 6411 RR, em Mafra, Santa Catarina, na safra 2010/2011 ...... 35
Tabela 5.
Médias de umidade (U%), germinação (G), condutividade elétrica
(CE µS cm-1g-1), envelhecimento acelerado (EA%), para a cultivar
Syngenta 3358 RR, submetida a aplicação foliar de diferentes
fungicidas para controle da ferrugem asiática da soja em Mafra,
Santa Catarina, na safra 2010/2011 .................................................. 37
Tabela 6.
Médias de umidade (U%), germinação (G), condutividade elétrica
(CE µS cm-1g-1), envelhecimento acelerado (EA%), para a cultivar
Nidera 6411 RR, submetida a aplicação foliar de diferentes
fungicidas para controle da ferrugem asiática da soja em Mafra,
Santa Catarina, na safra 2010/2011 .................................................. 38
Tabela 7.
Incidência (%) de Cercospora kikuchii, Phomopsis sp. e Fusarium
spp. nas sementes de soja da cultivar Syngenta 3358 RR em
função da aplicação de diferentes fungicidas, na safra 2010/2011
em Mafra, Santa Catarina. ................................................................. 40
Tabela 8.
Incidência (%) de Cercospora kikuchii, Phomopsis sp. e Fusarium
spp. nas sementes de soja da cultivar Nidera 6411 RR em função
da aplicação de diferentes fungicidas, na safra 2010/2011 em
Mafra, Santa Catarina. ....................................................................... 41
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. vii
LISTA DE TABELAS ................................................................................................ viii
1.
INTRODUÇÃO GERAL .................................................................................. 12
2.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 14
2.1.
Ferrugem asiática da soja............................................................................... 14
2.1.1. Importância econômica .................................................................................. 14
2.1.2. Sintomatologia ................................................................................................ 15
2.1.3. Etiologia e epidemiologia................................................................................ 16
2.1.4. Manejo da doença .......................................................................................... 16
2.1.5. Mecanismo de ação dos fungicidas ................................................................ 19
2.2.
Qualidade de sementes de soja ..................................................................... 19
2.2.1. Qualidade fisiológica ...................................................................................... 19
2.2.2. Qualidade sanitária ........................................................................................ 21
3.
MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 23
3.1.
Experimento I ................................................................................................. 23
3.1.1. Localização ................................................................................................... 23
3.1.2. Cultivar .......................................................................................................... 23
3.1.3. Tratamentos .................................................................................................. 23
3.2.
Experimento II ............................................................................................... 24
3.2.1. Localização ................................................................................................... 24
3.2.2. Cultivar .......................................................................................................... 24
3.2.3.
Tratamentos ................................................................................................. 24
3.3.
Condução dos experimentos ....................................................................... 25
3.4.
Avaliações.................................................................................................... 26
3.4.1.
Severidade da ferrugem asiática da soja ..................................................... 26
3.4.2.
Teor de água ................................................................................................ 27
3.4.3.
Avaliação da produtividade ......................................................................... 27
3.4.4.
Determinação do peso de mil sementes ...................................................... 27
3.4.5.
Germinação .................................................................................................. 27
3.4.6.
Envelhecimento acelerado ........................................................................... 28
3.4.7.
Condutividade elétrica .................................................................................. 28
3.4.8.
Teste de sanidade ........................................................................................ 28
3.5.
Delineamento experimental .......................................................................... 29
4.
RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 30
4.1.
Eficiência de fungicidas no controle da ferrugem asiática da soja ............... 30
4.1.1.
Experimento I ............................................................................................... 30
4.1.2.
Experimento II .............................................................................................. 32
4.2.
Influência de fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática na
qualidade fisiológica e sanitária de sementes de soja .................................. 36
5.
CONCLUSÕES ............................................................................................ 42
6.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 43
1. INTRODUÇÃO
O agronegócio é a principal atividade da economia brasileira, sendo um dos
setores da economia que mais aumentou a sua participação no produto interno bruto
(PIB) do último trimestre de 2010 para o primeiro de 2011. O setor responde por
aproximadamente 25% do PIB, 37% das exportações do país e um terço de todos os
empregos formais do setor.
A safra 2010/2011 teve recorde de produção de grãos, alcançando 162,96
milhões de toneladas, ou 9,2% a mais do que a safra 2009/10, tendo a soja maior
participação na produção agrícola brasileira, com uma produção equivalente a
46,22% da produção nacional de grãos.
Tendo em vista a grande importância da soja para o agronegócio brasileiro,
pesquisas sobre os fatores que limitam a expressão máxima do seu potencial
produtivo são necessários. Entre estes fatores, as doenças assumem papel de
destaque na redução da qualidade e produtividade dos grãos produzidos, e pelo
aumento do custo de produção.
Dentre as doenças que incidem sobre a cultura da soja, a ferrugem asiática
causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi Sydow & Sydow é a de maior relevância
devido ao seu potencial de danos. Reduções de até 80% na produtividade têm sido
relatadas em áreas não tratadas com fungicidas (TECNOLOGIAS, 2008). A queda
prematura das folhas provocada pela ferrugem asiática diminui a capacidade
fotossintética da planta, dificultando o processo de formação das sementes
(SOARES et al., 2004; TECNOLOGIAS, 2008). Quanto mais precoce a desfolha
ocorrer, menor a massa das sementes e maior a perda em produtividade e
qualidade, devido a formação de sementes verdes decorrente da maturação forçada
procedente da desfolha precoce (YORINORI et al., 2004).
13
Várias medidas de controle devem ser adotadas para minimizar os danos
causados pela doença como: escolha de variedades precoces; semeadura no início
da época recomendada para cada região; adequação da densidade de plantas;
variedades resistentes, quando disponíveis; vazio sanitário; acompanhamento das
condições climáticas; obtenção de informações sobre os primeiros focos na região e
controle químico seguindo as devidas orientações técnicas devem ser adotadas,
para se obter a devida eficiência de controle. (TECNOLOGIAS, 2008).
Estudos visando uma análise comparativa dos fungicidas têm permitido a
classificação de acordo com a eficiência de controle, facilitando a assistência técnica
na tomada de decisão para a escolha do melhor fungicida, objetivando o controle da
ferrugem (GODOY et al., 2007).
A ferrugem asiática é uma doença que está presente no campo durante
praticamente todo o ciclo da planta e, portanto, o efeito residual dos fungicidas pode
ser fitotóxico às plantas e permitir que resíduos permaneçam nas suas sementes,
com potencial de afetar sua qualidade fisiológica (GODOY et al., 2007). Por outro
lado, a aplicação de fungicidas foliares pode diminuir a incidência de fungos
associados às sementes.
Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência de
diferentes ingredientes ativos no controle da ferrugem asiática, bem como a sua
influência na qualidade fisiológica e sanitária de sementes de soja.
14
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Ferrugem asiática da soja
2.1.1. Importância econômica
Constatada pela primeira vez no Brasil em 2001 no estado do Paraná, a
ferrugem asiática da soja, encontra-se disseminada em todas as regiões produtoras
de soja do país (YORINORI et al., 2002). O patógeno Phakopsora pachyrhizi
encontrou condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento, o que
possibilitou a sua rápida disseminação pelas regiões produtoras de soja do país,
onde cada vez mais tem se observado a elevada incidência da doença mais
precocemente nas lavouras de soja.
Devido à rápida expansão do patógeno, acentuados prejuízos técnicos e
econômicos tem sido observados, o que comprometem, sobremaneira, a
rentabilidade dos produtores e a economia dos países onde a soja possui destaque
dentro do agronegócio (YORINORI e LAZZAROTTO, 2004).
Acentuados níveis de redução de produtividade frequentemente ocorrem,
quando não se realiza o controle efetivo da doença. Cabe ressaltar, que a extensão
territorial das lavouras, aliada a monocultura contínua, favorece a maior produção de
inóculo e a disseminação desse fungo. Outros fatores que diminuem a eficiência do
controle da doença são: o aparecimento de diferentes isolados/raças do patógeno; a
falta de critérios técnicos na aplicação de fungicidas; a utilização de alta população
de plantas; a semeadura realizada tardiamente, além da sobrevivência do patógeno
em plantas voluntárias de soja e em hospedeiros alternativos, no período da
entressafra (YORINORI et al., 2004).
O prejuízo causado pela ferrugem asiática da soja no Brasil, desde as
primeiras epidemias severas até a safra de 2010/2011, foi estimado em
15
aproximadamente 17,5 bilhões de dólares, incluídas as perdas em produção e o
custo do controle dessa doença (CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM, 2012).
Embora o número de aplicações de fungicida na cultura se altere
dependendo da região e das condições climáticas de cada safra, dificilmente uma
lavoura de soja é conduzida sem, ao menos, uma aplicação de fungicida para o
controle da ferrugem. Este fato contribui significativamente para o aumento do custo
de produção e redução da margem de ganho com a cultura.
Na safra 2010/2011 danos de produção ocorreram de forma localizada em
decorrência do inverno seco que desfavoreceu a sobrevivência de plantas
voluntárias e manutenção do inóculo na entressafra, além do atraso das chuvas no
início da safra (CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM, 2012). Em um estudo visando
estimar o custo do controle químico da ferrugem asiática no Mato Grosso do Sul,
Roese e Richetti (2011), relatam que o custo por aplicação varia de R$21,65.ha-1 a
R$44,81.ha-1, o que representa uma participação de 1,8% a 3,8% no custo total de
produção de soja.
2.1.2 Sintomatologia
Os sintomas causados pela ferrugem asiática podem aparecer em qualquer
estádio de desenvolvimento da planta, em folhas, hastes e vagens, sendo mais
comum iniciar seu desenvolvimento em folhas localizadas no terço inferior da planta
(YORINORI et al., 2004).
Os sintomas iniciais são caracterizados por minúsculas pontuações (1-2mm
de diâmetro) mais escuras que o tecido foliar sadio da folha, apresentando coloração
variando de esverdeada a cinza-esverdeada, ocorrendo, principalmente no terço
inferior das plantas. A razão deste tipo de ocorrência esta relacionado ao microclima
mais favorável a germinação dos uredósporos, penetração e infecção pelo fungo.
As lesões são predominantes na face abaxial da folha e relativas às urédias,
que
correspondem às
estruturas
de
reprodução
do fungo,
apresentando
determinada saliência, semelhante a um “vulcão” podendo ser observada com
auxílio de uma lupa de 20 aumentos (CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM, 2012).
Com o passar do tempo as urédias adquirem coloração castanho-clara a
castanho-escura e abrem-se em um minúsculo poro expelindo os uredósporos que
são carregados pelo vento. As folhas infectadas amarelam, secam e caem
16
prematuramente podendo antecipar o ciclo da cultura em até 25 dias, o que,
compromete a formação e o enchimento de grãos levando a grandes perdas de
produção e queda na qualidade dos grãos (HENNING et al., 2009; SOARES et al.,
2004; YANG et al.,1991).
2.1.3 Etiologia e epidemiologia
O fungo é um parasita obrigatório, pois sobrevive apenas em hospedeiros
vivos, é disseminado pelo vento e não é transmitido pela semente. Portanto para
sobreviver na entressafra necessita de hospedeiros alternativos ou da própria soja
voluntária, ou em cultivos sob irrigação (TECNOLOGIAS, 2008).
A disseminação é feita principalmente através da dispersão dos uredósporos
pelo vento. O ciclo da doença tem duração de seis a sete dias, o qual a torna
policíclica, realizando vários ciclos durante o ciclo do hospedeiro (YORINORI et al.,
2002).
As condições climáticas que favorecem o desenvolvimento da doença são
chuvas bem distribuídas e longos períodos de molhamento foliar (ótimo entre 10 e
12 horas), sendo que quanto maior for à duração do período de molhamento foliar
maiores serão as chances de se obter sucesso na infecção (HENNING, 2009). A
faixa de temperatura ótima para seu desenvolvimento é variável entre 18 e 28ºC
(YORINORI & WILFRIDO, 2002). Em condições ótimas de temperatura, ao redor de
cinco dias após a penetração, é possível visualizar os primeiros sintomas. Com mais
quatro a seis dias, as urédias (saliências) podem ser vistas, e os “novos” esporos
começam a ser liberados. Cada urédia pode produzir esporos por 21 dias, esses
esporos vão iniciar novas infecções na mesma lavoura ou irão, através do vento,
para lavouras mais distantes (CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM, 2012).
2.1.4. Manejo da doença
Tendo em vista a capacidade do patógeno em formar novas raças, o
controle da doença exige a combinação de várias estratégias que visam à redução
do nível de inóculo, que a cultura será submetida. Deste modo, medidas como
semeadura de cultivares precoces no início da época recomendada para cada
região; adequação da população de plantas; adubação equilibrada; eliminação de
17
plantas de soja voluntárias e a ausência de cultivos de soja na entressafra (vazio
sanitário), além da eliminação de hospedeiros alternativos, são estratégias que
devem estar aliadas ao controle químico (SOARES et al., 2004; YORINORI e
LAZZAROTTO, 2004).
O vazio sanitário adotado por diversos estados é uma medida adicional no
controle da ferrugem, por quebrar a “ponte verde” existente na entressafra e assim
reduzir a quantidade de uredósporos no ambiente. Esta medida considera um
período de 60 a 90 dias sem soja na entressafra, visto que a viabilidade máxima dos
uredósporos é de 55 dias (CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM, 2012).
Cultivares com genes de resistência já se encontram disponíveis
comercialmente para a região Centro-Oeste. No entanto, essas cultivares não
dispensam a utilização de fungicidas e devem ser utilizadas como uma estratégia a
mais de manejo (CONSÓRCIO ANTIFERRUGEM, 2012). Deste modo, a resistência
não será duradoura se não houver um esforço contínuo para a redução das fontes
de inóculo da entressafra e das plantas voluntárias de soja.
O fungo P. pachyrhizi é capaz de expressar ou desenvolver novas raças
patogênicas, capazes de superar a resistência de novas variedades. Portanto, o uso
de cultivares resistentes ou tolerantes não dispensa totalmente o emprego de
fungicidas e deve ser entendido como uma forma de reduzir o número de aplicações
de fungicidas. Considera-se essa tecnologia como parte do manejo integrado
recomendado para a cultura da soja (YORINORI, 2007).
O controle químico com fungicidas é, até o momento, o principal método de
controle, visto a baixa disponibilidade de cultivares resistentes (YORINORI et al.,
2002; GODOY e CANTERI, 2004; TECNOLOGIAS, 2008; SOARES et al., 2004).
Apesar do grande número de produtos comerciais registrados para o controle da
doença, até o momento, os fungicidas se restringem à apenas dois grupos químicos:
as estrobilurinas e os triazóis (GODOY; CANTERI, 2004).
Dependendo das condições climáticas reinantes e do estádio fenológico em
que surge a doença, mais de uma aplicação pode ser necessária, visto que a grande
maioria dos fungicidas apresenta efeito residual variável de 14 a 20 dias, podendo
se alterar em função da pressão de inóculo (SILVA et al., 2005). Entretanto, tem-se
contestado a eficácia, bem como o período residual dos fungicidas empregados em
aplicações sequenciais.
18
Segundo Godoy et al.,(2007), por mais eficientes que sejam os produtos
usados no controle das doenças da soja, ainda existem alguns pontos críticos, como
o momento ideal para o início da aplicação, o que pode comprometer o sucesso do
controle. O uso indevido ou aplicação em momento inadequado poderá resultar no
aumento do custo de produção e/ou controle ineficiente (YORINORI et al., 2005).
A eficiência de controle da ferrugem asiática depende da severidade da
doença no momento da aplicação, da sistemicidade, eficácia e dosagem do
fungicida, do equipamento de pulverização, do volume da calda, do tamanho das
gotas, da densidade de plantas que favorece a máxima cobertura pelo fungicida, do
estádio fenológico de desenvolvimento da cultura e ciclo das cultivares, das
condições meteorológicas no momento da aplicação, entre outros (YORINORI et al.,
2004).
Testes sobre a eficiência de fungicidas indicaram que os ingredientes ativos
utilizados concentram-se em dois grupos principais de fungicidas sistêmicos,
formados pelos triazóis e estrobilurinas e pela mistura pronta dos dois, e mostram
serem os mais eficientes no controle da ferrugem asiática (GODOY e CANTERI,
2004).
A presença de mais de um grupo com eficiência comprovada é importante
no que diz respeito ao manejo de resistência de fungos a fungicidas. Fungicidas com
modo de ação específico oferecem maior risco de seleção de populações resistentes
do patógeno, devendo-se, dessa forma, alternar produtos com diferentes modos de
ação ou utilizar misturas prontas dos dois grupos (KIMATI, 1995).
O momento da primeira e demais aplicações, se necessárias, será
determinado pelas condições climáticas, pela presença e/ou severidade da doença
na propriedade ou na região, pela idade das plantas de soja, pela extensão das
lavouras e, principalmente, pela eficácia e poder residual dos fungicidas escolhidos
(YORINORI et al., 2004). Estudos evidenciam que, em condições severas de
epidemia, são necessárias de três a cinco aplicações de fungicida em intervalos de
dez dias (GODOY e CANTERI, 2004).
O controle químico ainda é a principal estratégia de controle da doença,
assim informações sobre a eficiência de fungicidas para o seu controle, são cada
vez mais necessárias, para orientar sua correta utilização no campo.
19
2.1.5 Mecanismo de ação dos fungicidas
Os grupos químicos dos triazóis e das estrobilurinas são os principais
fungicidas utilizados na cultura da soja para o controle de oídio, ferrugem e das
doenças de final de ciclo. Já o fungicida oxicarboxina pertencente ao grupo das
carboxanilidas é considerado o mais eficiente para o controle da ferrugem do
feijoeiro (Uromyces appendiculatus).
Os fungicidas triazóis atuam inibindo a biossíntese do ergosterol, substância
importante para manutenção da integridade da membrana celular dos fungos. A
redução da disponibilidade de ergosterol leva ao rompimento da célula fúngica e à
interrupção do crescimento micelial (HEWITT, 1998). Os triazóis podem atuar como
protetores ou como curativos. No primeiro caso, a ação tóxica é exercida sobre a
germinação dos esporos, na formação do tubo germinativo e no apressório. Contudo
a inibição é apenas parcial, de modo que ocorre penetração do patógenos nos
tecidos tratados. No segundo, o desenvolvimento do haustório e/ou o crescimento
micelial no interior dos tecidos são inibidos pela presença do fungicida
(BUCHENAUER, 1987).
As estrobilurinas interferem na respiração mitocondrial, bloqueando a
transferência de elétrons pelo complexo citocrômico bcl, através da inibição da
oxído-redutase de ubihidroquinona-citocromo c nas mitocôndrias (KIMATI, 1995).
Apresentam alta atividade contra a germinação de esporos, no entanto, os
fungicidas também inibem o crescimento micelial de fungos. Portanto, estes
fungicidas possuem propriedades erradicantes e protetoras.
Os fungicidas pertencentes ao grupo das carboxanilidas são sistêmicos e
atuam inibindo a enzima succinata desidrogenada, paralisando o ciclo de Krebs nas
células fúngicas e prevenindo a oxidação aeróbica do piruvato pela célula do fungo.
2.2. Qualidade de sementes de soja
2.2.1. Qualidade Fisiológica
Uma das etapas mais importantes na produção de soja é a obtenção de
sementes de alta qualidade, que possam ser economicamente utilizadas pelos
20
agricultores no estabelecimento de suas lavouras (ROCHA et al., 1996). A garantia
de melhor desenvolvimento da lavoura depende, fundamentalmente, da utilização de
sementes vigorosas e isentas de doenças (YORINORI, 1988).
De acordo com Popinigis (1985), a qualidade da semente é definida como o
somatório de todos os atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários que
afetam a sua capacidade de originar plantas geneticamente puras e de alta
produtividade.
A qualidade da semente de soja pode ser influenciada por diversos fatores,
que podem ocorrer durante a fase de produção no campo, na operação de colheita,
na secagem, no beneficiamento, no armazenamento, no transporte e na semeadura.
Tais fatores abrangem extremos de temperatura durante a maturação, flutuações
das condições de umidade ambiente, incluindo secas, deficiências na nutrição das
plantas, ocorrência de insetos e doenças, além da adoção de técnicas inadequadas
de colheita, secagem e armazenamento. (KRZYZANOWSKI et al., 2008).
Um importante fator de deterioração se constitui na permanência das
sementes de soja no campo (BRACCINI et al., 2003). Condições ambientais
desfavoráveis reinantes durante o período de maturação prejudicam a qualidade das
sementes (PELUZIO et al., 2003). A deterioração é irreversível e progressiva, e tanto
Peske e Pereira (1983) como França Neto (1984) consideram que as maiores
perdas ocorrem quando as sementes secas de soja são expostas à água da chuva
ou orvalho.
O atraso da colheita, associado à variação da umidade relativa do ar
ocasiona a alternância de ganho e perda de água pelas sementes devido a sua
higroscopicidade, o que acarreta vários prejuízos como o aumento de rachadura e
enrugamento do tegumento, acelerando, dessa forma, o processo de deterioração,
em virtude da maior facilidade de penetração de patógenos e maior exposição do
tecido embrionário ao ambiente (SANTOS et al., 1996).
Segundo Sediyama et al., (1981) e Bonato (1982), a utilização de sementes
de alta qualidade é de grande importância
para o aumento da produção e
produtividade da soja, em razão de aumentar a uniformidade na emergência das
plantas, melhorar o fechamento das entrelinhas, controlar plantas daninhas e obter
boa altura de plantas.
A qualidade de um lote de sementes em regra é avaliada por meio do teste
de germinação. Este foi concebido para atender o comércio de sementes, sendo um
21
teste padronizado, permitindo deste modo a reprodutibilidade do mesmo. Não
obstante, ele raramente é capaz de predizer o desempenho da semente no campo,
pois é realizado em condições ótimas de laboratório (MARCOS FILHO, 2005).
Entretanto, o vigor das sementes é o reflexo de um conjunto de
características ou propriedades que determinam o seu potencial fisiológico, ou seja,
a capacidade de apresentar desempenho adequado quando expostas a diferentes
condições de ambiente (MARCOS FILHO, 2005). Os testes de envelhecimento
acelerado, condutividade elétrica, e de crescimento e avaliação de plântulas, são
alguns dos mais usados para determinação do vigor das sementes (VIEIRA &
KRZYZANOWSKI, 1999).
Plantas imaturas, sujeitas a estresses bióticos ou abióticos, que resultam em
morte prematura ou maturação forçada, poderão produzir semente e grão
esverdeados, o que resultará em acentuada redução das suas qualidades, além de
severa redução da produtividade da lavoura (FRANÇA NETO et al., 2005).
A utilização de fungicidas foliares, conforme é recomendado pode propiciar
melhores rendimentos e alta qualidade de sementes (PESKE e BARROS, 2006).
Porém como relatado por Klingelfuss e Yorinori (2001), faltam informações sobre o
período residual dos fungicidas com relação às doenças de final de ciclo.
2.2.2. Qualidade Sanitária
As sementes como principal insumo, devem merecer uma maior importância
por parte de qualquer seguimento agrícola, uma vez que determinados
microorganismos, associados a elas, podem constituir-se em fator altamente
negativo no estabelecimento inicial de uma lavoura (GOULART, 1997).
Garantias
de
melhor
desempenho
de
determinada
área
depende,
fundamentalmente, da utilização de sementes vigorosas e isentas de doenças
(YORINORI, 1988).
A condição sanitária é extremamente importante se consideramos que as
sementes são veículos de agentes fitopatogênicos, que nelas podem se alojar e com
elas serem levados ao campo, provocando redução na germinação e vigor e
originando focos primários de infecção (GOULART, 1997).
22
No campo a soja é atacada por um amplo número de doenças fúngicas,
algumas bactérias, além de viroses e nematóides, sendo o grupo dos fungos o mais
numeroso. Grande número desses organismos utiliza a semente como principal
veículo de disseminação e introdução em novas áreas de cultivo, onde sob
condições favoráveis de ambiente, poderão causar sérios danos à cultura
(HENNING, 1987 e 1996).
A ocorrência de fungos em sementes de soja varia, em função de inúmeros
fatores, principalmente das condições de clima durante o ciclo da cultura (HENNING
& YUYAMA, 1999). Em condições de abundante precipitação durante a maturação,
maiores níveis de infecção são observados, agravando-se quando a colheita é
retardada devido ao excesso de umidade (YORINORI, 1988).
Altas temperaturas e elevada umidade relativa do ar durante as fases de
maturação e colheita da semente de soja podem aumentar a infecção de sementes
por fungos como Phomopsis sp. e Fusarium sp. (FRANÇA NETO & HENNING,
1992). Na maioria dos casos esses organismos são responsáveis pela baixa
germinação das sementes no laboratório (25ºC/rolo de papel). Porém, se a semente
não apresentar problema de deterioração fisiológica (danos mecânicos, deterioração
por umidade ou dano de percevejo) a germinação no substrato areia ou solo não é
prejudicada devido ao mecanismo de escape (HENNING & FRANÇA NETO, 1980).
23
3. MATERIAL E MÉTODOS
Foram conduzidos dois experimentos de campo na safra 2010/2011, no
município de Mafra, Santa Catarina, onde o clima da região é correspondente a cfb,
segundo a classificação de Köeppen.
Os experimentos foram instalados em lavouras comerciais de soja.
3.1. Experimento I
3.1.1. Localização
Situado a 883m de altitude, 26° 10´ 17,66´´ S de la titude e 49° 45´17,27´´ W
de longitude.
3.1.2. Cultivar
A cultivar utilizada foi a Syngenta 3358 RR de ciclo precoce e hábito de
crescimento indeterminado.
3.1.3. Tratamentos
Os tratamentos utilizados estão discriminados na Tabela 1. Entre os
princípios ativos utilizados, encontram-se fungicidas já registrados no controle da
ferrugem asiática e aqueles em fase de registro (RET 3), além da testemunha sem
controle. Dentre os fungicidas, encontram-se princípios ativos pertencentes ao grupo
químico dos triazóis, estrobilurinas, e misturas entre triazóis e estrobilurinas.
Os tratamentos foram constituídos por aplicações de fungicidas, sendo a
primeira
aplicação
realizada
preventivamente
no
estádio
fenológico
R2
(florescimento pleno) e a segunda aplicação realizada 20 dias após a primeira
aplicação, momento em que as plantas encontravam-se no estádio fenológico R5.2
(início da formação da semente).
24
Tabela 1. Nome comercial, ingrediente ativo, grupo químico e dose do produto
comercial (L p.c.ha-1) dos fungicidas utilizados no controle da ferrugem
asiática da soja aplicados na cultivar Syngenta 3358 RR na safra
2010/2011 em Mafra, Santa Catarina.
Nome Comercial
Ingrediente ativo
Grupo químico
Dose p.c
-1
L p.c.ha
1.
Testemunha
....................
..........
......
2.
Folicur
tebuconazol
triazol
0,50
3.
Alto 100
ciproconazol
triazol
0,30
1
4.
Priori Xtra
5.
Opera
6.
7.
2
3
Nativo
4
Aproach Prima
0,50
trifloxistrobina + tebuconazol
estrobilurina + triazol
0,50
0,30
estrobilurina + triazol
trifloxistrobina + ciproconazol
estrobilurina + triazol
0,15
5
azoxistrobina + tetraconazol
estrobilurina + triazol
0,50
trifloxistrobina + protioconazol
estrobilurina + triazol
0,40
piraclostrobina + metconazol
estrobilurina + triazol
0,50
piraclostrobina + epoxiconazol
estrobilurina + triazol
0,60
azoxistrobina
estrobilurina
0,35
Sphere Max
Domark XL
10.
Fox
13
0,30
estrobilurina + triazol
picoxistrobina + ciproconazol
9.
12.
estrobilurina + triazol
3
8.
11.
azoxistrobina + ciproconazol
piraclostrobina + epoxiconazol
6
BAS 556 01F
2
7
Envoy
8
NTX 32002
8
14.
NTX 39002
azoxistrobina + tebuconazol
estrobilurina + triazol
0,50
1
2
-1 3
-1 4
adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado
-1 5
-1 6
-1 7
Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar
8
0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v.
3.2. Experimento II
3.2.1. Localização
Situado a 864m de altitude, 26° 09´ 05,14´´ S de la titude, 49° 44´55,32´´ W de
longitude.
3.2.2. Cultivar
A cultivar utilizada foi a Nidera 6411 RR de ciclo semiprecoce e hábito de
crescimento determinado.
3.2.3. Tratamentos
Os tratamentos utilizados estão discriminados na Tabela 2. Entre os
tratamentos utilizados encontram-se fungicidas já registrados no controle da
ferrugem asiática e aqueles em fase de registro (RET 3). Dentre os fungicidas,
25
encontram-se princípios ativos pertencentes ao grupo químico dos triazóis,
estrobilurinas, carboxanilidas e misturas entre triazóis e estrobilurinas.
Os tratamentos foram constituídos por aplicações de fungicidas, sendo a
primeira
aplicação
realizada
preventivamente
no
estádio
fenológico
R2
(florescimento pleno) e a segunda aplicação realizada 20 dias após a primeira
aplicação, momento em que as plantas encontravam-se no estádio fenológico R5.2
(início da formação da semente).
Tabela 2. Nome comercial, ingrediente ativo, grupo químico e dose do produto
comercial (L p.c.ha-1) dos fungicidas utilizados no controle da ferrugem
asiática da soja aplicados na cultivar Nidera 6411 RR na safra
2010/2011 em Mafra, Santa Catarina.
Dose p.c
Nome comercial
Grupo químico
-1
L p.c.ha
1.
Testemunha
....................
..........
......
2.
Folicur
tebuconazol
triazol
0,50
3.
Alto 100
ciproconazol
triazol
0,30
1
4.
Priori Xtra
5.
Opera
6.
7.
2
3
Nativo
4
Aproach Prima
azoxistrobina + ciproconazol
estrobilurina + triazol
0,30
piraclostrobina + epoxiconazol
estrobilurina + triazol
0,50
trifloxistrobina + tebuconazol
estrobilurina + triazol
0,50
0,30
picoxistrobina + ciproconazol
estrobilurina + teiazol
3
trifloxistrobina + ciproconazol
estrobilurina + triazol
0,15
5
azoxistrobina + tetraconazol
estrobilurina + triazol
0,50
trifloxistrobina + protioconazol
estrobilurina + triazol
0,40
piraclostrobina + metconazol
estrobilurina + triazol
0,50
piraclostrobina + epoxiconazol
estrobilurina + triazol
0,60
azoxistrobina
estrobilurina
0,35
azoxistrobina + tebuconazol
estrobilurina + triazol
0,50
oxicarboxina
carboxanilidas
8.
Sphere Max
9.
Domark XL
10.
Fox
11.
6
BAS 556 01F
2
7
12.
Envoy
13
NTX 32002
14.
NTX 39002
8
8
9
15. Plantvax 750WP
1
Ingrediente ativo
2
-1 3
1,20
-1 4
adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado
-1 5
-1 6
-1 7
Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar
8
9
0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v; adicionado Silwett 0,05% v/v.
3.3. Condução dos experimentos
As sementes foram tratadas previamente à semeadura com carbendazin +
thiram (Derosal Plus®) e inoculadas com estirpes de Bradyrhizobium japonicum
26
conforme recomendação do fabricante. A adubação de base foi de 300kg.ha-1 da
formulação N:P:K (02:20:20) conforme a análise de solo.
A semeadura da cultivar Syngenta 3358 RR foi realizada no dia 15/11/2010
e da cultivar Nidera 6411 RR no dia 19/12/2010 em sistema de plantio direto, com
espaçamento entre linhas de 0,40m e uma população final de 350.000 plantas.ha-1
para ambas as cultivares. Os demais tratos culturais como controle de plantas
daninhas, controle de insetos praga foram realizados conforme as recomendações
técnicas para a cultura da soja (TECNOLOGIAS, 2008).
Os experimentos foram demarcados quando as plantas encontravam-se no
estádio R2 (florescimento pleno). Para a aplicação dos fungicidas nas parcelas
experimentais foi utilizado um pulverizador costal pressurizado com CO2, barra de
dois metros, com quatro bicos modelo TEEJET XR 11002 VR espaçados em 0,5m e
calibrados para uma vazão equivalente a 200L.ha-1.
A colheita foi realizada no estádio R8 (maturação plena), no dia 06/04/2011
para a cultivar Syngenta 3358 RR, e no dia 26/04/2011 para a cultivar Nidera 6411
RR. A colheita foi efetuada manualmente, coletando-se todas as plantas da área útil
de cada parcela. Após, as plantas foram trilhadas em uma ceifeira-debulhadora de
parcelas modelo Wintersteiger, sendo então, encaminhadas ao Laboratório de
Análises de Sementes da Embrapa Soja para a determinação do teor de água das
sementes, produtividade e peso de mil sementes. As sementes foram mantidas em
câmera fria até o seu transporte para o Laboratório de Análises de Sementes da
UFPel onde permaneceram armazenadas em câmara fria, até a realização das
análises de qualidade fisiológica e sanitária das sementes.
3.4. Avaliações
3.4.1. Severidade da ferrugem asiática da soja
Foram realizadas avaliações da severidade da ferrugem asiática a partir da
segunda aplicação dos fungicidas, sendo a primeira avaliação realizada no sétimo
dia após a segunda aplicação (SEV7DAA2), e no 14º dia após a segunda aplicação
dos fungicidas (SEV14DAA2). As avaliações foram realizadas com auxílio da escala
diagramática proposta por Godoy et al., 2006 (Figura 1). Para tal análise, foram
avaliados, na área útil de cada parcela, dez trifólios, os quais foram retirados
27
aleatoriamente do terço inferior, médio e superior das plantas. As amostras foliares
foram analisadas com auxílio de uma lupa de bolso com aumento de 20X.
Figura 1.
Escala diagramática da severidade (porcentagem de área foliar
infectada), da ferrugem asiática em soja (Glycine max). Fonte: Godoy
et al., (2006).
3.4.2. Teor de água
Determinado pelo método da estufa (105 ± 3°C, dura nte 24 horas), os
resultados, expressos em porcentagem, foram calculados com base na massa
úmida (BRASIL, 2009). A determinação foi realizada após a trilha das plantas para a
correção da produtividade à 13% de umidade e inicialmente às avaliações de
qualidade fisiológica das sementes.
3.4.3. Avaliação da produtividade
Estimada através da colheita da área útil de cada parcela (8m2), sendo os
dados corrigidos para 13% de umidade e convertidos em kg ha-1.
3.4.4. Determinação do peso de mil sementes
Realizado com oito repetições de 100 sementes de acordo com Brasil,
(2009). Os resultados foram expressos em gramas.
3.4.5. Germinação
Para a execução do teste as sementes foram previamente tratadas com o
fungicida Derosal Plus® (carbendazin + thiram) na dose de 200mL p.c.100kg-1 de
sementes. Para a análise foram utilizadas 200 sementes por repetição, sendo
dividida em quatro sub-amostras de 50 sementes, colocadas para germinar em rolo
28
de papel toalha, tipo germitest umedecido com 2,5 vezes a massa do papel. Os rolos
foram acondicionados em germinador a 25ºC e as avaliações foram realizadas no
oitavo dia após a instalação do teste, de acordo com as Regras para Análise de
Sementes (BRASIL, 2009). Os resultados foram expressos em porcentagem de
plântulas normais.
3.4.6. Envelhecimento acelerado
Amostras de 42g de sementes tratadas com o fungicida Derosal Plus®
(carbendazin + thiram) na dose de 200mL p.c.100kg-1 de sementes, de cada
tratamento foram dispostas sobre uma tela metálica suspensa em caixa plástica
“gerbox”, possuindo em seu interior 40mL de água destilada, onde permaneceram
por 48 horas em câmera tipo BOD à 41ºC, conforme metodologia descrita por
Marcos Filho (2005). Após o período de envelhecimento, as sementes foram postas
para germinar conforme BRASIL (2009). Os resultados foram expressos em
porcentagem de plântulas normais.
3.4.7. Condutividade elétrica
Foram utilizadas duas sub-amostras de 50 sementes por repetição, as quais
foram colocadas para embeber em recipientes contendo 75mL de água deionizada,
e mantidas em câmara tipo BOD a 25ºC por 24 horas. Após o período de embebição
realizou-se a leitura da condutividade elétrica em condutivímetro. Os resultados
foram expressos em µS.cm-1.g-1 (VIEIRA & KRZYZANOWSKI, 1999).
3.4.8. Teste de sanidade
A qualidade sanitária das sementes foi avaliada através do método do papel
de filtro, onde foram utilizadas 100 sementes por repetição, sendo 5 sub-amostras
de 20 sementes. As sementes foram dispostas em caixas plásticas “gerbox”, sobre
duas folhas de papel mata borrão, umedecidas com água destilada. Os gerbox com
as sementes permaneceram em sala de incubação durante sete dias a 20 ±2ºC, com
fotoperíodo de 12 horas (BRASIL, 2009). Decorrido esse período, as sementes
foram analisadas sob microscópio estereoscópico a resolução de 50X e os
patógenos foram identificados e quantificados, sendo os resultados expressos em
percentual de incidência.
29
3.5. Delineamento experimental
Nos ensaios de campo, cada parcela foi constituída por seis linhas de seis
metros de comprimento, sendo as duas linhas externas e 0,50 metros de cada
extremidade considerados como bordadura.
O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com 14
tratamentos para o experimento I e 15 tratamentos para o experimento II, ambos
com quatro repetições. Os dados foram analisados separadamente para cada
experimento, por meio do software SAS (SAS Institute, 2000). As médias foram
comparadas pelo teste de Tukey, à 5% de probabilidade. Para a análise dos dados
de sanidade foi utilizado o coeficiente de transformação arcsen
.
30
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Eficiência de fungicidas no controle da ferrugem asiática da soja
4.1.1. Experimento I
A severidade apresentou correlação negativa com a produtividade (r=-0,76
aos 7DAA2 e r=-0,86 para 14DAA2), indicando que a ferrugem foi a principal causa
da redução do rendimento (Tabela 3), o qual está de acordo com Andrade &
Andrade (2002).
Com relação à severidade da doença avaliada aos sete dias após a segunda
aplicação dos fungicidas (SEV7DAA2), pode-se observar na Tabela 3 que todos os
tratamentos com fungicidas apresentaram severidade inferior a testemunha, sendo
que o tratamento (T14) azoxistrobina + tebuconazol apresentou maior severidade da
doença (8,4%) seguido pelo tratamento (T3) ciproconazol, que não diferiu dos
demais tratamentos com exceção ao tratamento (T7) picoxistrobina + ciproconazol
que apresentou a menor severidade da doença. Com o progresso da doença, na
segunda avaliação da severidade (SEV14DAA2) observou-se uma melhor
diferenciação entre os fungicidas, com a formação de dois grupos estatísticos
(Tabela 3). As maiores porcentagens de severidade foram observadas para os
fungicidas do grupo químico dos triazóis, (T2) tebuconazol e (T3) ciproconazol, com
severidade de 38,39% e 31,89% respectivamente, os quais não diferiram
estatisticamente da testemunha. No entanto, entre os fungicidas mais eficazes à
testemunha, os tratamentos (T8) trifloxistrobina + ciproconazol, (T9) azoxistrobina +
tetraconazol e (T10) trifloxistrobina + protioconazol, (T11) piraclostrobina +
metconazol, apresentaram eficiência de controle acima de 90%.
Desde a safra 2007/2008 tem-se observado a baixa eficiência de controle
dos triazóis isolados em relação aos produtos formulados a base de misturas entre
triazóis e estrobilurinas, com diferença na eficiência de controle dentro de cada
Tabela 3. Severidade da ferrugem asiática da soja (%) aos 7 (SEV7DAA2) e aos 14 (SEV14DAA2) dias após a segunda aplicação
dos fungicidas, porcentagem de controle (%), produtividade (kg.ha-1) e peso de mil sementes (g) para os diferentes
fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar Syngenta 3358 RR, em Mafra, Santa
Catarina, na safra 2010/2011.
Nome
comercial
Ingrediente ativo
Dose
p.c.
SEV7DAA2*
CONTROLE
-1
L.ha
SEVE14DAA2*
%
kg.ha
....................
......
2. Folicur
tebuconazol
0,50
3,14 CD
79
38,39 A
ciproconazol
0,30
4,02 C
74
1
4. Priori Xtra
44,75 A
PMS*
g
2.713 B
129 D
14
3.008 AB
139 BC
31,89 A
29
3.020 AB
138 C
10,10 B
77
3.053 AB
146 ABC
azoxistrobina + ciproconazol
0,30
0,42 CD
97
2
piraclostrobina + epoxiconazol
0,50
0,31 CD
98
5,75 B
87
3.209 A
149 A
3
trifloxistrobina + tebuconazol
0,50
0,40 CD
97
12,32 B
72
3.169 A
146 ABC
picoxistrobina + ciproconazol
0,30
0,15 D
99
5,10 B
89
3.319 A
147 ABC
trifloxistrobina + ciproconazol
0,15
0,32 CD
98
4,17 B
91
3.299 A
147 ABC
azoxistrobina + tetraconazol
0,50
0,27 CD
98
3,80 B
92
3.349 A
148 AB
trifloxistrobina +protioconazol
0,40
0,21 CD
99
2,82 B
94
3.168 A
152 A
piraclostrobina +metconazol
0,50
0,21 CD
99
4,21 B
91
3.361 A
152 A
piraclostrobina + epoxiconazol
0,60
1,23 CD
92
6,53 B
85
3.195 A
151 A
azoxistrobina
0,35
1,86 CD
88
8,74 B
80
3.088 AB
144 ABC
0,50
8,40 B
38.69
45
13,19 B
37,83
71
3.182 A
5,37
139 BC
2,47
5. Opera
6. Nativo
4
7. Aproach Prima
8. Sphere Max
3
5
9. Domark XL
10. Fox
15,25 A
PROD*
-1
1. Testemunha
3. Alto 100
CONTROLE
6
11. BAS 556 01F
7
12. Envoy
8
13. NTX 32002
8
2
14. NTX 39002
azoxistrobina + tebuconazol
Coeficiente de variação (%)
Coeficiente de correlação com produtividade
-0.76
-0,86
2
-1 3
-1 4
-1 5
-1
adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ;
6
-1 7
8
adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar 0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v.
*Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
1
32
grupo (GODOY et al., 2007; GODOY et al., 2009; GODOY et al., 2010), condizendo
com os resultados encontrados no presente trabalho.
Para a variável produtividade (Tabela 3) houve diferença significativa entre
os tratamentos, sendo a testemunha com a menor produtividade (2.713 kg.ha-1),
contudo, não diferindo estatisticamente dos tratamentos (T2) tebuconazol, (T3)
ciproconazol, (T4) azoxistrobina + ciproconazol e (T13) azoxistrobina. Os demais
tratamentos não diferiram entre si, produzindo de 11% a 24% a mais que a
testemunha. Resultados similares também foram encontrados por Godoy et al.,
2011, onde menores produtividades foram observadas para os triazóis.
Com relação ao peso de mil sementes (PMS) houve diferença significativa
entre os tratamentos, conforme a Tabela 3, sendo que a testemunha apresentou o
menor PMS (129 g), indicando que a ferrugem compromete o enchimento de grãos
devido à desfolha precoce e consequentemente compromete o rendimento e a
qualidade da semente, devido ao alto índice de sementes verdes que pode ocorrer.
Pode-se observar ainda, que os fungicidas triazóis (T2) tebuconazol e (T3)
ciproconazol proporcionaram sementes com menor massa, porém, não diferindo
estatisticamente do tratamento (T14) azoxistrobina + tebuconazol.
Resultados
similares também foram verificados por Olsen et al., 2010, onde os triazóis
apresentaram os menores valores e peso de mil sementes, em decorrência da baixa
eficiência de controle. Os tratamentos que proporcionaram a formação de sementes
mais pesadas (T5), (T10), (T11) e (T12), obtiveram PMS variando de 144g a 152g,
isto reflete em um ganho mínimo de 10% em relação a testemunha.
4.1.2. Experimento II
De acordo com os dados obtidos nas avaliações de severidade
(SEV7DAA2), observa-se na Tabela 4 que todos os tratamentos diferiram
estatisticamente da testemunha. O tratamento (T15) oxicarboxina apresentou a
maior severidade da doença (17,02%) entre os tratamentos com fungicida, seguida
pelos tratamentos pertencentes ao grupo químico dos triazóis (T2) tebuconazol, (T3)
ciproconazol, com severidades de 13,58% e 10,8% respectivamente. Os demais
tratamentos não diferiram estatisticamente entre si e foram os que apresentaram a
maior eficiência de controle, acima de 80%.
Em ensaios visando testar a eficiência de controle de diferentes princípios
ativos no controle da ferrugem asiática realizados nas principais regiões produtoras
33
de soja, Godoy et al., (2011) também demonstraram a baixa eficiência por parte do
fungicida oxicarboxina no controle da ferrugem asiática, no entanto este ingrediente
ativo ainda não encontra-se registrado para o controle da doença em soja.
A baixa eficiência de controle dos fungicidas triazóis também tem sido
relatada em diversos experimentos (GODOY et al., 2007; GODOY et al., 2009;
GODOY et al., 2010).
Na segunda avaliação da severidade (SEV14DDA2), todos os fungicidas
reduziram o progresso da doença (Tabela 4), destacando-se o fungicida (T10)
trifloxistrobina + protioconazol, o qual apresentou a menor severidade da doença,
diferindo-se dos demais tratamentos. Todos os tratamentos oriundos de misturas
entre triazóis e estrobilurinas e somente estrobilurina foram superiores a testemunha
(T1), aos triazóis (T2 e T3) e a oxicarboxina (T15), com diferença na eficiência de
controle dentro de cada formulação.
Os fungicidas do grupo químico dos triazóis (T2 e T3) e a carboxanilida
(T15) não diferiram entre si e foram os que apresentaram as maiores porcentagens
de severidade da doença e controle inferior a 40%.
A maior eficiência de controle alcançada com a mistura de grupos químicos
se deve ao fato dos mesmos possibilitarem o aumento do espectro de ação e
controle através de mecanismos de ação diferenciados, visto a capacidade do
patógeno em desenvolver novas raças. Segundo Singer et al., (2008) a queda de
eficiência por parte dos triazóis está relacionada com a existência de populações ou
raças com variação na sensibilidade quanto ao mesmo fungicida e não a ocorrência
de resistência de fungos causadores de ferrugens aos triazóis.
Com relação à produtividade (Tabela 4), o tratamento (T15) oxicarboxina
não diferiu estatisticamente da testemunha sem controle, isto está relacionado à
baixa eficiência de controle (34%). Os fungicidas (T2) tebuconazol e (T3)
ciproconazol que não diferiram entre si, apresentaram as menores produtividades
em relação aos demais tratamentos. Os resultados sumarizados dos ensaios
cooperativos visando avaliar a eficiência dos fungicidas no controle da ferrugem
também evidenciaram menores produtividades para os triazóis e carboxanilidas
(GODOY, et al., 2011).
Os melhores tratamentos, que apresentaram produtividades estatisticamente
iguais entre si, produziram de 39% a 67% a mais que a testemunha. O ganho em
34
produtividade entre o tratamento mais eficiente (T10) trifloxistrobina + protioconazol
e a testemunha foi de aproximadamente 66%.
Para o componente de produção peso de mil sementes (Tabela 4), houve
diferença significativa entre os tratamentos, sendo a testemunha a apresentar o
menor PMS não diferindo do tratamento (T15) oxicarboxina.
Dentre os demais tratamentos os fungicidas (T2) tebuconazol e (T3)
ciproconazol obtiveram os menores valores de PMS, pois apresentaram baixa
eficiência de controle da ferrugem asiática (abaixo de 35%). Resultados similares
também foram encontrados por Olsen et al., 2010.
Os tratamentos (T4) azoxistrobina + ciproconazol, (T5) piraclostrobina +
epoxiconazol,
(T8)
protioconazol,
(T11)
trifloxistrobina
piraclostrobina
+
+
ciproconazol,
(T10)
trifloxistrobina
+
metconazol,
(T12)
piraclostrobina
+
epoxiconazol, os quais não diferiram entre si obtiveram os maiores valores de PMS
e as maiores produtividades. Os demais tratamentos, apesar de também
apresentarem as maiores produtividades, obtiveram menor PMS variando de 183g a
186g.
De acordo com os resultados obtidos, pode-se observar, que os fungicidas
provenientes de misturas entre triazóis e estrobilurinas são os mais eficientes no
controle da ferrugem asiática, resultados também verificados por Godoy e Canteri
(2004) que constataram que os ingredientes ativos mais eficientes pertencem a
esses dois grupos químicos, e que aplicações isoladas e sequenciais de triazóis
devem ser evitadas, devido à queda da eficiência dos mesmos, verificada desde a
safra 2007/2008.
Tabela 4. Severidade da ferrugem asiática da soja (%) aos 7 (SEV7DAA2) e aos 14 (SEV14DAA2) dias após a segunda aplicação
dos fungicidas, porcentagem de controle (%), produtividade (kg.ha-1) e peso de mil sementes (g) para os diferentes
fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática da soja aplicados na cultivar Nidera 6411 RR, em Mafra, Santa
Catarina, na safra 2010/2011.
Nome comercial
Ingrediente ativo
Dose p.c
SEV7DAA2*
CONTROLE SEVE14DAA2*
-1
L p.c.ha
1. Testemunha
....................
tebuconazol
ciproconazol
2. Folicur
3. Alto 100
1
4. Priori Xtra
azoxistrobina + ciproconazol
piraclostrobina + epoxiconazol
2
5. Opera
3
6. Nativo
trifloxistrobina + tebuconazol
4
picoxistrobina + ciproconazol
trifloxistrobina + ciproconazol
7. Aproach Prima
8 Sphere Max
5
9. Domark XL
3
azoxistrobina + tetraconazol
trifloxistrobina +protioconazol
6
10. Fox
2
11. BAS 556 01F
piraclostrobina + metconazol
piraclostrobina + epoxiconazol
7
12. Envoy
8
13. NTX 32002
azoxistrobina
8
14. NTX 39002
9
15. Plantvax 750WP
azoxistrobina + tebuconazol
oxicarboxina
Coeficiente de variação (%)
CONTROLE
PROD*
-1
%
54,68 A
PMS*
kg.ha
g
2.597 C
148 D
......
30,25 A
0,50
13,58 C
55
37,30 B
32
3.400 B
165 C
0,30
0,30
10,80 D
3,11 E
64
90
36,58 B
9,38 D
33
83
3.188 B
3.945 A
162 C
199 A
0,50
0,50
1,81 E
5,28 E
94
83
11,37 C
17,27 C
79
68
4.067 A
3.815 A
194 A
185 B
0,30
2,69 E
91
9,30 D
83
3.894 A
184 B
0,15
0,50
2,97 E
3,28 E
90
89
9,64 D
11,95 C
82
78
3.833 A
4.173 A
194 A
186 B
0,40
0,50
0,74 E
4,14 E
98
86
2,95 E
8,05 D
95
85
4.326 A
4.081 A
198 A
201 A
0,60
0,35
2,76 E
2,78 E
91
91
13,55 C
13,47 C
75
75
3.875 A
3.926 A
199 A
183 B
0,50
4,30 E
86
11,89 C
78
3.609 A
184 B
1,20
17,02 B
22,21
44
36,28 B
17,22
34
2.740 C
7,32
151 D
4,30
Coeficiente de correlação com produtividade
-0,92
-0,93
2
-1 3
-1 4
-1 5
-1
adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ;
6
-1 7
8
9
adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar 0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v; adicionado Silwett 0,05% v/v.
*Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
1
36
4.2. Influência de fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática na
qualidade fisiológica e sanitária das sementes de soja
A qualidade fisiológica das sementes de soja em função da aplicação de
fungicidas visando o controle da ferrugem asiática avaliadas pelos testes de
germinação, condutividade elétrica e envelhecimento acelerado, para as cultivares
Syngenta 3358 RR e Nidera 6411 RR encontram-se nas Tabelas 5 e 6. Como podese observar para ambas as cultivares, não houve diferenças significativas entre os
tratamentos para todas as variáveis analisadas, indicando que os fungicidas
utilizados no controle da ferrugem asiática não afetam a qualidade fisiológica das
sementes.
Em um estudo visando avaliar o efeito de fungicidas do grupo químico das
estrobilurinas na qualidade de sementes de soja, Pinto (2010), também constatou a
não influência dos fungicidas foliares visando o controle da ferrugem asiática na
qualidade fisiológica de sementes de soja. Resultados similares também foram
encontrados por Barros (2005), Gagliardi et al., (2009) e Henning, (2010) testando
diferentes ingredientes ativos no controle da ferrugem, constatando que os
fungicidas não prejudicam a qualidade fisiológica das sementes.
37
Tabela 5. Médias de umidade (U%), germinação (G), condutividade elétrica (CE µS
cm-1g-1), envelhecimento acelerado (EA%), para a cultivar Syngenta 3358
RR, submetida a aplicação foliar de diferentes fungicidas para controle da
ferrugem asiática da soja em Mafra, Santa Catarina, na safra 2010/2011.
Tratamentos
U
G
CE
%
n.s.
EA
-1 -1
µS cm g
%
n.s.
91
1.
testemunha
10.93
96
2.
tebuconazol
11.20
95
47
93
3.
ciproconazol
10.73
94
46
93
10.70
97
45
94
4.
1
azoxistrobina + ciproconazol
2
50
5.
piraclostrobina + epoxiconazol
10.48
97
45
91
6.
3
11.12
95
41
91
4
11.35
95
42
93
3
10.81
95
42
92
7.
trifloxistrobina + tebuconazol
picoxistrobina + ciproconazol
8.
trifloxistrobina + ciproconazol
9.
5
10.
11.
12.
13.
14.
azoxistrobina + tetraconazol
11.29
96
39
93
6
10.86
96
46
90
2
11.01
96
42
87
11.22
94
47
91
11.24
96
43
91
11.25
96
40
92
trifloxistrobina +protioconazol
piraclostrobina + metconazol
7
piraclostrobina + epoxiconazol
8
azoxistrobina
8
azoxistrobina + tebuconazol
n.s.
CV (%)
2.07
11.11
5.07
2
-1 3
-1 4
adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado
-1 5
-1 6
-1 7
Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar
8
0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v.
n.s. valores não significativos.
1
38
Tabela 6. Médias de umidade (U%), germinação (G), condutividade elétrica (CE µS
cm-1g-1), envelhecimento acelerado (EA%), para a cultivar Nidera 6411
RR, submetida a aplicação foliar de diferentes fungicidas para controle da
ferrugem asiática da soja em Mafra, Santa Catarina, na safra 2010/2011.
Tratamentos
U
G
CE
%
1.
2.
3.
4.
5.
testemunha
tebuconazol
ciproconazol
1
azoxistrobina + ciproconazol
2
piraclostrobina + epoxiconazol
6.
7.
8.
9.
10.
11.
trifloxistrobina + tebuconazol
4
picoxistrobina + ciproconazol
3
trifloxistrobina + ciproconazol
5
azoxistrobina + tetraconazol
6
trifloxistrobina + protioconazol
2
piraclostrobina + metconazol
12.
13.
14.
15.
piraclostrobina + epoxiconazol
8
azoxistrobina
8
azoxistrobina + tebuconazol
9
oxicarboxina
3
7
n.s.
EA
-1 -1
µS cm g
%
n.s.
85
81
87
84
87
9.24
9.71
10.07
9.93
9.84
92
89
90
94
94
80
79
73
70
66
9.35
11.70
10.55
9.95
9.67
9.66
94
94
94
91
90
87
72
68
69
70
73
69
84
81
84
86
83
82
9.86
9.57
9.57
9.07
93
91
93
94
78
64
65
77
83
86
85
81
n.s.
CV (%)
3.21
9.54
7.67
2
-1 3
-1 4
adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado
-1 5
-1 6
-1 7
Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar
8
9
0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v; adicionado Silwett 0,05% v/v.
n.s. valores não significativos.
1
De acordo com os resultados do teste de sanidade apresentados nas
Tabelas 7 e 8 pode-se observar elevada incidência de Phomopsis sp. e Fusarium
spp. nas sementes da cultivar Syngenta 3358 RR, com incidência na testemunha de
54,50% e 16,50% respectivamente. A cultivar Nidera 6411 RR apresentou
inicidência na testemunha de 3,25% para Phomopsis sp. e 5,50% para Fusarium
spp.. A incidência de Cercospora kikuchii, fungo mais frequentemente encontrado
em sementes de soja (YUYAMA; HENNING, 1999), apresentou níveis inferiores na
cultivar Syngenta 3358 RR (14,2%) daqueles observados na cultivar Nidera 6411 RR
(experimento II), o qual apresentou incidência na testemunha de 28%. Este fato
deve-se a uma maior incidência de Phomopsis sp. e Fusarium spp. nas sementes
da cultivar Sygenta , pois ocorreu um antagonismo entre estes fungos e Cercospora
kikuchii ou então o mesmo foi encoberto pelos outros dois não sendo identificado.
Conforme relatado por França Neto & Henning
(1992), a ocorrência de
chuvas durante os períodos de maturação ou colheita, resulta em altas incidência de
39
Phomopsis sp. e Fusarium spp. nas sementes. Estes fungos ocasionam problemas
no teste padrão de germinação (rolo de papel 25ºC), tornando o teste inviável em
lotes que apresentam altos indíces de infecção (HENNING & FRANÇA NETO, 1980;
GOULART, 1997). Entretanto, os mesmos perdem a viabilidade durante o período
de armazenamento (HENNING; FRANÇA NETO; COSTA, 1981) e não prejudicam a
emergência no campo se as mesmas não apresentarem problemas na qualidade
fisiológica devido a ocorrência de danos mecânicos, insetos e umidade (HENNING,
2005).
A elevada incidência de fungos na cultivar Syngenta 3358 RR é justificada
pelas condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento de patógenos durante o
final do ciclo da cultura (Figura 2). Tendências de aumento na incidência de fungos,
com o retardamento da colheita, também foram observadas por Gondin et al., (2002)
e Oliveira, (1996).
Figura 2. Precipitação (mm) e Temperatura média (°C) em Majo r Vieira, SC, para o
período de 10/11/2010 a 29/04/2011. Fonte: Epagri/Ciram.
Segundo Peluzio et al., (2003), após a maturidade fisiológica as sementes
podem ser consideradas armazenadas a campo, ficando expostas as condições
adversas do ambiente. O processo deteriorativo das sementes acarreta menor
qualidade, associando sanidade e desempenho fisiológico, considerando uma
relação em que os patógenos podem afetar o vigor das sementes. Por outro lado, o
baixo vigor de sementes decorrente de fatores não-infecciosos, pode predispor as
40
sementes à ação mais severa de patógenos (MACHADO, 1988; MARCOS FILHO,
2005; ALBRECHT et al., 2008).
No entanto, foi observada menor incidência de fungos para a cultivar Nidera
6411 RR, este fato provavelmente está relacionado a menor freqüência de chuvas
no final do ciclo, como pode ser verificado na Figura 2. Entretanto Pereira et al.
(2000) e Minuzzi et al., (2010), afirmam que a qualidade sanitária das sementes
também é influenciada pelo genótipo, assim como França Neto et al. (2007)
descrevem a influência da cultivar, das condições de campo, de armazenagem, dos
patógenos e da época de colheita na qualidade da semente de soja.
Tabela 7. Incidência (%) de Cercospora kikuchii, Phomopsis sp. e Fusarium spp.
nas sementes de soja da cultivar Syngenta 3358 RR em função da
aplicação de diferentes fungicidas, na safra 2010/2011 em Mafra, Santa
Catarina.
Cercospora
kikuchii*
Tratamentos
Phomopsis sp.
Fusarium spp.
%
1.
testemunha
13,25 BCD
54,50
n.s.
16,50
2.
tebuconazol
10,50 CD
61,00
14,25
3.
ciproconazol
12,00 BCD
60,25
16,25
13,50 BCD
52,25
13,25
20,75 A
50,25
14,00
4.
1
azoxistrobina + ciproconazol
2
5.
piraclostrobina + epoxiconazol
6.
3
trifloxistrobina + tebuconazol
13,50 BCD
53,50
14,25
7.
picoxistrobina + ciproconazol
4
18,25 AB
45,50
16,75
3
15,50 ABC
53,00
16,50
12,75 BCD
56,75
10,75
13,75 ABCD
51,75
17,50
16,50 ABC
46,00
15,00
12,75 BCD
53,00
15,75
52,25
12,00
55,75
11,25
8.
trifloxistrobina + ciproconazol
9.
5
azoxistrobina + tetraconazol
6
10.
trifloxistrobina + protioconazol
11.
piraclostrobina + metconazol
2
7
12. piraclostrobina + epoxiconazol
13.
14.
8
azoxistrobina
9,00 D
8
azoxistrobina + tebuconazol
14,00 ABCD
n.s.
CV (%)
10,08
12,27
16,53
2
-1 3
-1 4
adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado
-1 5
-1 6
-1 7
Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar
8
0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v.
* Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
n.s. valores não significativos.
Médias originais, dados transformados em arcsen
.
1
41
Tabela 8. Incidência (%) de Cercospora kikuchii, Phomopsis sp. e Fusarium spp.
nas sementes de soja da cultivar Nidera 6411 RR em função da
aplicação de diferentes fungicidas, na safra 2010/2011 em Mafra, Santa
Catarina.
Cercospora
kikuchii*
Tratamentos
Phomopsis sp.*
Fusarium spp.*
%
1.
testemunha
28,00 ABC
3,25 B
5,50 AB
2.
tebuconazol
18,00 BC
3,00 B
7,75 AB
14,00 C
4,50 AB
7,25 AB
30,75 AB
5,50 AB
6,75 AB
28,25 ABC
2,25 B
5,25 AB
24,25 ABC
5,25 AB
6,50 AB
19,50 BC
3,25 B
3,50 B
25,50 ABC
4,00 AB
3,50 B
21,25 ABC
3,25 B
8,75 A
17,50 BC
8,00 A
7,50 AB
31,50 AB
5,00 AB
7,00 AB
37,25 A
4,25 AB
5,00 AB
3.
ciproconazol
4.
azoxistrobina + ciproconazol
1
2
5. piraclostrobina + epoxiconazol
3
6. trifloxistrobina + tebuconazol
4
7.
picoxistrobina + ciproconazol
8.
trifloxistrobina + ciproconazol
3
5
azoxistrobina + tetraconazol
9.
6
10. trifloxistrobina + protioconazol
2
11. piraclostrobina + metconazol
7
12. piraclostrobina + epoxiconazol
8
azoxistrobina
13.
14.
15.
8
azoxistrobina + tebuconazol
9
oxicarboxina
18,75 BC
3,50 AB
7,75 AB
17,75 BC
4,50 AB
3,50 B
19,00 BC
5,25 AB
4,25 AB
CV (%)
14,86
18,93
17,09
2
-1 3
-1 4
adicionado Nimbus 0,5%v/v; adicionado Assist 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,5 L.ha ; adicionado
-1 5
-1 6
-1 7
Nimbus 0,45 L.ha ; adicionado Nimbus 0,5 L.ha ; adicionado Áureo 0,4 L.ha ; adicionado Lanzar
8
9
0,3%v/v; adicionado Assist 0,5% v/v; adicionado Silwett 0,05% v/v.
*Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
*Médias originais, dados transformados em arcsen
.
1
Vale ressaltar que nas condições do presente estudo não houve efeito dos
fungicidas sobre a qualidade sanitária das sementes colhidas (Tabelas 7 e 8),
indicando que os fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática não são os
mais adequados para o controle das doenças de final de ciclo (DFCs). Segundo
Henning, (2009), os fungicidas mais indicados para o controle dessas doenças são
os pertencentes ao grupo dos benzimidazóis, que além de mais baratos que as
estrobilurinas e os triazóis, apresentam melhor eficiência de controle de outras
doenças como a mancha alvo e a antracnose.
42
5. CONCLUSÕES
Com base nos resultados chegaram-se as seguintes conclusões:
1 - Os fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática da soja não
afetam a qualidade fisiológica das sementes.
2 - A ocorrência de fungos nas sementes não é afetada pelas aplicações de
fungicidas visando o controle da ferrugem asiática.
3 - O melhor controle da ferrugem asiática da soja é proporcionado pelas
misturas entre triazóis e estrobilurinas.
43
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