Tenentismo
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Nomes: Verônica Santos de
Oliveira
Daniela Nunes Kruger
Flávio de Melo
Jeferson Ramos dos Santos
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Profª: Joelma
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N°: 21,05,08 e 11
Tenentismo foi o nome dado ao movimento
político-militar e à série de rebeliões de jovens
oficiais de baixa e média patente do Exército
Brasileiro no início da década de 1920,
descontentes com a situação política do Brasil.
Não declaravam nenhuma ideologia,
propunham reformas na estrutura de poder do
país, entre as quais se destacam o fim do voto
de cabresto, instituição do voto secreto e a
reforma na educação pública.
O movimento tenentista não conseguiu produzir
resultados imediatos na estrutura política do
país, já que nenhuma de suas tentativas teve
sucesso, mas conseguiu manter viva a revolta
contra o poder das oligarquias, representada na
Política do café com leite. No entanto, o
tenentismo preparou o caminho para a
Revolução de 1930, que alterou definitivamente
as estruturas de poder no país.
O Movimento Tenentista surgiu nos quartéis espalhados
em todo território nacional a partir da década de 1920.
Segundo Paulo Assiz Pinheiro em "Estratégias da Ilusão"
em 5 de julho de 1922 ocorre a primeira revolta que tem
uma forte influência dos tenentes, conhecida como os 18
do Forte, que se opunha à posse do presidente eleito
Arthur Bernardes. Deste movimento participaram o
Capitão Hermes da Fonseca Filho, o Tenente Eduardo
Gomes, o Tenente Siqueira Campos entre outros. Na
Marinha do Brasil se destacaram os tenentes Protógenes
Pereira Guimarães, Ernani do Amaral Peixoto e Augusto
do Amaral Peixoto.
Rebelada a revolta ressurge o movimento armado em 5 de
julho de 1924 em São Paulo. O qual consegue dominar a
capital do estado e é dirigido pelo General Isidoro Dias Lopes.
Essas tropas tenentistas retiram-se da capital de São Paulo,
mas de armas na mão. Percorrem todo o interior do Brasil, no
Rio Grande do Sul receberam a adesão de novos sublevados,
como a do Capitão Luís Carlos Prestes. Quando passaram
pela Paraíba enfrentaram as tropas do Padre Aristides Ferreira
da Cruz, chefe político de Piancó, o qual é derrotado e
assassinado. A esta altura participam entre outros, Djalma
Soares Dutra, Juarez Távora, Cordeiro de Farias, João Alberto
e Miguel Costa. Na sua maioria eram tenentes ou patentes
mais graduadas.
A Coluna Prestes, como passou a ser chamada, após dois
anos de luta enfrentando tropas governistas e tropas de
Polícias Estaduais, além de “Provisórios” armados às pressas
no sertão do nordeste. Passaram dois anos, sempre se
deslocando de um lugar para outro e terminaram se
internando na Bolívia.
O Tenentismo passa a participar da Aliança Liberal em 1929
com exceção de Luís Carlos Prestes. A Aliança Liberal era
formada pelos presidentes de Rio Grande do Sul, Minas
Gerais e Paraíba. A Aliança pregava a justiça trabalhista, o
voto secreto e o voto feminino.
O Tenentismo em sua grande maioria apoiou este
movimento e, depois da vitória e posse de Getúlio
Vargas, vários tenentes se tornaram interventores. Lúis
Carlos Prestes não apoiou o movimento de 1930 pois
aderira ao comunismo em maio daquele ano. Siqueira
Campos que seria um dos líderes falecera em acidente
aéreo também em 1930. Este foi o caso de Juracy
Magalhães na Bahia, Landri Sales no Piauí, Magalhães
Almeida no Maranhão e Magalhães Barata no Pará,
entre outros.
Tenentismo continua presente na vida pública
nacional, mas tem uma divisão nessa época,
uma minoria acompanha Luís Carlos Prestes e
em 1937 a outra divisão no tenentismo, uma
parte rompe com o Presidente Getúlio Vargas e
passa para a oposição, é o caso de Juracy
Magalhães, Juarez Távora, Eduardo Gomes, que
se distanciam do poder. Alguns deles como
Newton de Andrade Cavalcanti e Ernesto Geisel
participaram da deposição de Getúlio Vargas em
1945.
Após a vitória da Revolução de 1930, quase todos os
governos dos estados brasileiros foram entregues
aos tenentes, e a incapacidade dos tenentes de
governar depois que assumiram o poder nos estados
foi assim comentada pelo João Cabanas, um dos
chefe da Revolução de 1924 e revolucionário de 1930
Em 1945, o tenentismo Anti-Getulista consegue depor
o Ditador Getúlio Vargas e lança a candidatura do
Brigadeiro Eduardo Gomes, um nome ligado sempre
ao tenentismo, ao contrário do candidato vitorioso
Eurico Gaspar Dutra, ex-ministro de Getúlio Vargas e
que, inclusive, já havia demonstrado interesse pela
aproximação do Brasil com as potências do Eixo
Em 1950 volta Eduardo Gomes sendo derrotado por
Getúlio Vargas. E em 1955 o tenentismo disputa
novamente com o nome do General Juarez Távora,
um dos expoentes do tenentismo.
Em 1964, quase todos os comandantes militares do
golpe militar de 1964 eram ex tenentes de 1930 como
Cordeiro de Farias, Ernesto Geisel, Eduardo Gomes,
Castelo Branco, Médici, Juraci Magalhães e Juarez
Távora.
O Tenentismo viveu até quando morreram os seus
membros, ou seja, em torno de 1970.
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9° B TENENTISMO