Ano XVIII • Nº 61
Publicação trimestral
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Venda proibida
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LEI DAS HEPATITES:
SUS DEVE DAR ATENDIMENTO INTEGRAL
No final de dezembro passado, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.255/05
que define uma Política de Prevenção e Atenção
Integral à Saúde da Pessoa Portadora de Hepatite
(PLC 050/2005). Com a Lei das Hepatites, o Sistema
Único de Saúde passa a prestar atenção integral aos
portadores de hepatite, em todas suas formas, assim
como dos problemas de saúde a ela relacionados.
A
gora, o SUS deve garantir o fornecimento universal de medicamentos, insumos, materiais
de autocontrole e auto-aplicação
de medicações, especialmente a
realização de exames diagnósticos
da doença e exames de biópsia
hepática e de contagem de vírus
(PCR-RNA), além de outros procedimentos necessários à atenção
integral à pessoa portadora de
hepatite.
Pela nova Lei os portadores de
hepatite C também receberão
atendimento gratuito integral do
SUS, inclusive os caros medicamentos para o controle da doença.
No Brasil, existem cerca de 5
milhões de portadores de hepatite C, contra 600 mil pacientes
de Aids. Estima-se que 3% da
população do planeta – algo
como 170 milhões – padeçam da
forma crônica dessa moléstia
transmitida principalmente pelo
sangue e que pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. Ao
contrário das hepatites A e B,
não existe vacina preventiva
contra o HCV.
Conheça a íntegra da Lei das
Hepatites acessando o site:
https://www.planalto.gov.br
(acesse os links Legislação, Leis,
Leis Ordinárias e 2005).
Tratamento de hepatites: SUS deve garantir fornecimento
universal de medicamentos.
Pesquisa
Segurança
Metodologia
ICS
Vigilância
• Como estão
•O impacto
• Desafio para a
• Infecção de fístula
• Risco Biológico
avançando
as pesquisas
brasileiras
para vacinas
anti-Aids
Páginas 2 e 3
psicológico dos
acidentes com
risco biológico
nos profissionais
de saúde
Página 4
Enfermagem:
melhorar a adesão
das gestantes com
HIV ao tratamento
com anti-retrovirais
Página 5
arteriovenosa:
prevenção e
tratamento das
complicações
Páginas 6 e 7
lança PSBio light
Página 7
Veja também
• Livro conta a
história da Vigilância
Sanitária no Brasil
Congressos
• Cursos eÚltima
página
Pesquisa
CRT DST/AIDS PESQUISA VACINAS PREVENTIVAS
E
stá em desenvolvimento no
Brasil um protocolo de pesquisa para avaliar a segurança e eficácia de uma nova vacina preventiva anti-HIV. A pesquisa representa
a primeira fase de testes em que as 4 vacinas experimentais contra o HIV serão
testadas em seres humanos. No entanto,
antes que o estudo se iniciasse no Brasil,
uma primeira etapa dele já havia sido encerrada nos EUA, em 60 voluntários, sem
que tenha havido qualquer efeito adverso grave que desestimulasse a sua continuidade em seres humanos.
No Brasil, o estudo está sendo desenvolvido desde novembro passado na Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV do
Centro de Referência e Treinamento
DST/Aids (CRT-DST/Aids) e no projeto
Praça Onze da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ). Participam nas
Unidades de Pesquisa do Brasil e nos EUA
cerca de 150 voluntários e o tempo de
duração é de cerca de 2 anos.
O Protocolo HVTN 055 é um estudo
de fase I sobre produtos candidatos à
vacina anti-HIV em participantes sadios, negativos para HIV-1 e que não tenham sido imunizados com a vacinia –
a vacina contra a varíola. Segundo o investigador principal deste protocolo, dr.
Artur Kalichman, a imunização prévia
pelo vírus da vacinia pode interferir na
resposta imunológica às vacinas do estudo. Portanto, este estudo está testando 4 vacinas experimentais, sozinhas e
combinadas, contra o HIV. São produtos desenvolvidos pela Therion Biologics
Corporation, em colaboração com a
HVTN e a Divisão de AIDS (DAIDS)
dos Institutos Nacionais de Saúde dos
EUA (NIH). As vacinas são chamadas de
MVA-env/gag, MVA-tat/rev/nef-RT,
FPV-env/gag e FPV-tat/rev/nef-RT. As
vacinas MVA (Modified Vaccinia Ankara)
são produzidas a partir de uma forma
modificada do vírus vacínia. As vacinas
FPV (Fowlpox Virus), por sua vez, são
feitas com base em uma vacina contra
um vírus que acomete aves e as protege
de infecções causadas por poxvírus.
Os vírus MVA e FPV usados nessas vacinas foram modificados de forma a não
infectar o organismo dos participantes da
pesquisa ou que estes possam transmitílos para outras pessoas. Estes vírus foram
escolhidos por dois motivos principais.
Dr. Artur Olhovetchi Kalichman é
médico sanitarista, mestre em Saúde
Pública e investigador principal do
Protocolo HVTN 055.
E-mail: [email protected]
Em primeiro lugar, porque não produzem
doenças no ser humano. Em segundo, porque há uma grande probabilidade da população estudada não ter entrado em contato com os vírus, não tendo, portanto,
desenvolvido anticorpos que poderiam
destruí-los ao entrar no organismo humano”, explica o dr. Kalichman.
As abreviações env, gag, tat, rev, nef
e Rt se referem a genes (unidades biológicas básicas da hereditariedade responsáveis por instruir as células para
que produzam proteínas) encontrados
no HIV. Quando o voluntário for vacinado com uma das vacinas do estudo,
esses genes do HIV fazem com que as
células do organismo produzam determinadas proteínas semelhantes às do
HIV. Os pesquisadores que trabalham
no estudo realizam testes para verificar se o organismo reage a tais proteínas do HIV (resposta imunológica a
esses genes do vírus HIV).
Resposta imunológica
Além de testar a segurança de vacinas
preventivas experimentais contra o HIV
e identificar possíveis efeitos colaterais, o
estudo tem o objetivo de verificar se essas
vacinas provocam alguma resposta do sistema imunológico contra o HIV. Também
está sendo investigado se os participantes
sofrem alguma discriminação social, problemas pessoais ou injustiças por terem
participado deste estudo.
Neste estudo multicêntrico, algumas
pessoas recebem o produto candidato a
vacina e outras recebem controle. “Em um
estudo dessa natureza, o controle é tão
importante quanto o produto candidato
2
a vacina, pois permite comparar as reações dos que o receberam com as reações
de quem recebeu o produto candidato a
vacina”, ressalta o dr. Kalichman. O estudo é randomizado e duplo-cego, de forma que durante o ensaio clínico nenhum
membro da equipe nem os voluntários
sabem quem recebeu vacina e quem recebeu controle. Apenas o Comitê de Revisão de Segurança (CRS) tem essa informação que só será conhecida de todos ao término do estudo.
Acompanhamento
intensivo
Desde 2001, o Centro de Referência e
Treinamento DST/AIDS-SP integra a
Rede Internacional de Pesquisas de Vacinas Anti-HIV, HVTN – HIV Vaccine Trials
Network, da qual participam 12 países.
O Brasil conta com duas unidades de
pesquisa da HVTN, a HVTU Vila
Mariana, ligada ao CRT- DST/AIDS e
Projeto Praça Onze, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
De acordo com o dr. Kalichman, todas
as 4 vacinas usadas neste estudo foram
administradas em coelhos sem causar efeitos colaterais graves. Os testes com animais nem sempre são capazes de prever
todas reações humanas ao produto, mas
o médico garante: não há nenhuma possibilidade de que os produtos em teste provoquem infecção por HIV ou Aids. “O
produto utilizado no estudo não contém
o vírus HIV vivo, morto, atenuado ou partes dele”, observa o médico sanitarista.
Como ainda não se sabe se este produto candidato à vacina anti-HIV funciona,
o voluntário poderá se infectar pelo HIV
se entrar em contato com o vírus, seja através de relações sexuais desprotegidas (sem
uso de preservativo), seja no compartilhamento de agulhas e seringas infectadas,
ou ainda se, por alguma razão, entrar em
contato com sangue contaminado de outra pessoa. Exatamente por isso, os participantes das pesquisas de vacinas contam
com intenso processo de aconselhamento
e orientação sobre práticas de sexo seguro e prevenção do HIV e da AIDS ao longo de sua participação nos estudos. “Se
algum voluntário, por alguma razão,
infectar-se com o HIV no decurso da pesquisa clínica, neste caso o participante
continua sendo acompanhado pela equipe de pesquisa, mas não receberá mais va-
Pesquisa
ANTI-HIV
UFPE EXPANDE PESQUISA EM
VACINA TERAPÊUTICA DE AIDS
Universidade Federal de Pernambuco e Universidade de Paris
desenvolvem método que chega a reduzir a carga viral em até 80%
A
Gabriela Calazans é mestre em Psicologia Social, especialista em Saúde
Coletiva e responsável pela Educação
Comunitária do Centro de Referência e
Treinamento DST/Aids (CRT-DST/Aids).
E-mail: [email protected]
cinas. Será também encaminhado para cuidados médicos apropriados no ambulatório do CRT-DST/Aids”, esclarece a responsável pela Educação Comunitária do CRT
DST/Aids, psicóloga Gabriela Calazans.
No Brasil, este estudo foi revisado e
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) das instituições onde a pesquisa é realizada, pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). Nos Estados Unidos, a pesquisa
foi aprovada pelos comitês de ética das
universidades onde está sendo conduzido
e também pela Food and Drug Administration (FDA). Além dessas instâncias, um
Comitê de Acompanhamento Comunitário (CAC), formado por representantes da
comunidade e de movimentos organizados da sociedade, acompanha as atuações
e condutas da pesquisa.
Para ser voluntário é preciso ter entre
18 e 25 anos, ser saudável e não ser portador do vírus HIV. Os interessados em
participar da pesquisa podem ligar para
(11) 5082-3954 ou procurar o Núcleo de
Educação Comunitária da Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV, localizado na
rua Santa Cruz, 81, Vila Mariana, ao lado
da Estação Santa Cruz do metrô, ou enviar um e-mail para:
[email protected]
companhando a tendência de aumento no estimulo à pesquisa na
área de vacinas de HIV/Aids, um
convênio entre instituições do Brasil e da França vem desenvolvendo projeto
de vacina terapêutica anti-Aids, com resultados bastante satisfatórios para a continuidade dos testes. Os experimentos iniciados em 2003 sob a direção do dr. Luis Cláudio Arraes na Universidade Federal de Pernambuco e os drs. Wei Lu e Jean-Marie
Andrieu, na Universidade de Paris, para o
desenvolvimento de uma vacina terapêutica, ainda encontra-se em Fase I. No entanto, em diversos indivíduos que experimentaram a vacina, observou-se acentuada redução na carga viral de até 80%.
Células dendríticas
De acordo com o coordenador do Grupo de Pesquisa de Retrovírus em Humanos do Instituto Adolfo Lutz, dr. Luís
Fernando Macedo Brígido, a parceria
pernambucana e parisiense apresenta aspectos inovadores diante dos demais estudos já realizados para uma vacina terapêutica, neste caso uma autovacina.
Segundo descreve o médico, células dendríticas são separadas a partir de leucócitos
de um indivíduo HIV soropositivo. Estas
células são aparentemente fundamentais
na formação da resposta imunológica ao
vírus. Após o isolamento, expansão in
vitro e inativação química do vírus HIV
do doador, as partículas virais são incubadas com as células dendríticas que foram previamente separadas e diferenciadas. Com isso, tais células passam por um
processo de “educação” com o vírus inativado, sendo posteriormente devolvidas
ao doador. “Tenta-se, assim, fazer com que
estas células passem a apresentar o HIV
de forma mais adequada, permitindo estimular melhor a resposta imunológica e
assim, controlar a infecção de forma mais
eficiente,” explica o dr. Brígido.
A pesquisa na UFP e UP ainda não permite conclusões definitivas, mas demonstrou que é um procedimento seguro, embora altamente complexo. Os resultados
preliminares de CD4 e carga viral assim
como os testes imunológicos de Elispot,
demonstraram, em alguns casos, evidencias de reposta imunológica, inclusive com
significativa queda da viremia. Agora o dr.
3
Dr. Luís Fernando Macedo Brígido é
coordenador do Grupo de Pesquisa de
Retrovírus em Humanos do Instituto
Adolfo Lutz
E-mail:[email protected]
Arraes está tentando organizar uma rede
para iniciar a Fase II da pesquisa, com instituições públicas de saúde de referência
em todo o Brasil. “Havendo o interesse
governamental e eventualmente de outros
setores em investir na pesquisa, a Fase II
poderá se desenvolver com amplas perspectivas, pois além de termos uma base laboratorial e em especial clínica já instalada
no país, há muitos cientistas brasileiros com
larga experiência em estudos de vacinas de
HIV/Aids que poderão colaborar nesta iniciativa”, observa o dr. Brígido.
É preciso considerar que vários estudos
já mostraram que as vacinas de Aids pesquisadas em todo o mundo ainda não atingiram a capacidade imunológica esperada. Por isso, os cientistas buscam novos
conceitos para uma vacina eficaz. Para o
dr. Brígido, que vem trabalhando nesta
área há mais de 10 anos, a pesquisa com
células dendríticas inclui-se neste contexto, pois amplia as fronteiras e expande as
possibilidades de descoberta de uma vacina tão importante para a Humanidade.
Saiba mais sobre vacinas anti-Aids
• www.aids.gov.br (acesse área técnica;
pesquisa; vacina e outros insumos)
• www.rcp-hiv.org
• www.iavi.org
Segurança
CONSEQÜÊNCIAS PSICOLÓGICAS RELACIONADAS
À EXPERIÊNCIA DE ACIDENTE OCUPACIONAL
ENVOLVENDO RISCO BIOLÓGICO
Da esquerda para a direita:
Dra. Maria Rosa Rodrigues Rissi
Psicóloga da Unidade de Tratamento
de Doenças Infecciosas do Hospital das
Clínicas de Ribeirão Preto-FMRP/USP
[email protected]
Profª Drª Alcyone Artioli Machado
Docente do Departamento de
Clinica Médica da FMRP-USP
[email protected]
T
rabalhadores da saúde estão continuamente expostos ao risco de
acidente com Material Biológico Potencialmente Contaminado
(MBPC) durante seu exercício profissional. A incidência destes episódios torna
tal problema uma questão de saúde pública principalmente pelo risco biológico representado pela presença de patógenos
como o HIV (Vírus da Imunodeficiência
Humana), o vírus da hepatite B (HBV) e
o vírus da hepatite C (HCV) entre outros.
Como qualquer experiência de acidente, aquele relacionado ao risco biológico
é igualmente carregado de estresse, em especial por estarem envolvidos patógenos,
alguns dos quais suscetíveis de causarem
moléstias de êxito letal.
Neste contexto, tais ocorrências apresentam-se como concretização dos agravos à saúde em decorrência da atividade
produtiva, recebendo inferências inerentes à própria pessoa e aos contextos do qual
faz parte. Causas e conseqüências da ocorrência de acidentes ultrapassam questões
técnicas sendo necessário considerar dimensões subjetivas implicadas no evento.
O Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, estruturou no ano de
1997 o Ambulatório de Acidente Ocupacional ao profissional da saúde, com a finalidade de normatizar as condutas em relação à exposição a material biológico potencialmente contaminado pelo HBV, HCV
e/ou HIV e o fornecimento das drogas antiretrovirais indicadas para a profilaxia.
Desde então diversos estudos têm sido
conduzidos junto aos profissionais acidentados com o intuito de averiguar diferentes dimensões relacionadas ao acidente,
dentre elas aspectos psicológicos relacionados ao evento. Os resultados destes estudos têm suscitado discussões que visam
identificar a compreensão dos sentidos
atribuídos à vivência do acidente do ponto de vista de repercussão emocional deste, assim como dos reflexos imediatos na
vida pessoal do profissional da saúde.
A possibilidade de se infectar através de
exposição acidental, ao que tudo indica,
desperta o trabalhador da saúde para questões mais imediatas, até então colocadas
em outro nível de representação. É neste
momento que ele pode perceber que necessidades básicas ligadas ao real, como a
segurança para o trabalho e sua saúde se
encontra invariavelmente sobre alicerces
frágeis. Também o medo da discriminação e da rejeição social podem passar a
incidir sobre a vida e a prática destes trabalhadores. Desta maneira, os dois pólos
de representação e conduta do trabalhador da saúde, ficam definidos entre uma
perda de contato com os riscos reais, imediatos e uma supervalorização da possibilidade de diminuir o sofrimento do outro, onde se encontram depositadas grande parte das expectativas de realização
pessoal e profissional.
Um terceiro nível de desdobramento,
referente aos aspectos técnicos que influenciam a prática, é representado pela crença de que a pressa pode ser uma das causas de acidentes. Contudo esta contingência parece estar associada a outras dificuldades verificadas no “setting” de trabalho, como o número insuficiente de funcionários, a negligência no uso de equipamentos de proteção em função do tempo, a conduta inadequada no descarte de
materiais, a pressa durante a realização dos
4
procedimentos e as dificuldades do trabalho em equipe.
O papel do profissional de psicologia
neste contexto é de grande importância,
tanto no que se refere ao preparo dos profissionais de saúde para lidar com as dificuldades cotidianas como no acompanhamento dos trabalhadores que se acidentam
e que, por algum tempo, precisam conviver com a incerteza e a angústia originada
na situação de acidente.
Os estudos aqui referidos apontam que
trabalhadores que conseguem elaborar de
forma consistente a situação do acidente
e repensam suas vidas sob o olhar dos
acontecimentos, normalmente apresentam
respostas cognitivas importantes, transformando suas práticas do ponto de vista da
segurança profissional.
Sendo assim, a complexidade do trabalho acarreta um significativo desgaste emocional, apontando para a importância de
ações que visam oferecer condições favoráveis de atuação, incluindo apoio e suporte
psicológico aos profissionais, no intuito de
se caminhar na direção de uma relação
menos ameaçadora e mais verdadeira.
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BRANDÃO JUNIOR, P.S. Biossegurança e AIDS: as
dimensões psicossociais do acidente com material biológico no trabalho em hospital. 2000. 124f. Dissertação (Mestrado). Fundação Oswaldo Cruz, Escola
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RAPPARINI, C. & CARDO, D.M. Principais doenças infecciosas diagnosticadas em profissionais da
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RISSI, M.R.R. Profissionais de Saúde e Aids: um
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RISSI, M.R.R., MACHADO, A.A., FIGUEIREDO,
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experience of accidental exposure to blood. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, vol.21, n°.1,
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SÊCCO,
I.A.O.;
ROBAZZI,
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GUTIERREZ, P.R.; MATSUO, T. Acidentes de trabalho e riscos ocupacionais no dia-a-dia do trabalhador hospitalar: desafio para a saúde do trabalhador. Espaço para Saúde, Londrina, v. 4, n.1, 2004.
Metodologia
INTERVENÇÃO DA ENFERMAGEM PARA MELHORAR
A ADESÃO AO TRATAMENTO ANTI-RETROVIRAL
ENTRE GESTANTES COM HIV
Maria José Rodrigues Vaz – Enfermeira obstetra/Doutora em Ciências
Atuação: Professora da UNINOVE e Enfermeira do NUPAIG – UNIFESP/EPM
E-mail: [email protected]
J
á na Antigüidade, a não adesão é
citada em um provérbio de
Hipócrates: “manter-se atento às
falhas dos pacientes, que os levam
a mentir sobre seguir as recomendações
prescritas”. As primeiras medidas de saúde pública com pacientes não cooperativos ocorreram em 1890 para prevenir a
expansão da tuberculose. Após 1945, a
introdução de antibióticos na terapia para
a tuberculose aumentou a preocupação
com a não adesão, pois, muitos pacientes não seguiam as prescrições médicas e
desenvolviam resistência aos medicamentos e rápida evolução da doença.
A despeito dos novos esquemas terapêuticos que têm prolongado e melhorado a
qualidade de vida dos indivíduos com aids,
a prescrição de ARV (anti-retroviral) pode
ser complexa. Vários esquemas potentes
(HAART) requerem que o paciente tome
mais de 15 comprimidos ou cápsulas por
dia, além disso, os efeitos colaterais próprios de cada ARV e orientações específicas, como freqüência das doses, tomar
com alimentos ou em jejum, podem reduzir a adesão ao tratamento.
Como conseqüência da não adesão, temse menor efetividade dos ARVs, resistência viral e risco de transmissão de vírus resistentes, um grave risco considerando a
gestante infectada pelo HIV. A não adesão
ao tratamento ARV pode ser classificada
como diagnóstico de enfermagem de não
comprometimento, definido como situação em que o indivíduo deseja colaborar,
mas, diversos fatores desencorajam a adesão. As ações de enfermagem (descritas
abaixo) buscam facilitar a abordagem dos
enfermeiros para melhorar a adesão aos
ARVs pelas gestantes com HIV/aids.
vos nomes dos medicamentos, diminuindo, também, a chance de erros quando os medicamentos
são parecidos e a mulher retira o rótulo de identificação (lembrem-se que o preconceito contra a
aids é grande e nem todos as gestantes contam
até mesmo para pessoas próximas);
Ao fornecer os ARVs deve-se estabelecer junto à gestante:
; convocar por carta ou telefone as gestantes
; adequar os horários das doses de acordo com
as atividades diárias (horários que acorda, inclusive finais de semana; de refeições; de trabalho/escola; viagens), e recomendações específicas (como
jejum e alimentos);
; abrir os frascos e mostrar o formato/cor/tamanho dos comprimidos/cápsulas e os respecti-
; fornecer por escrito o esquema estabelecido
de acordo com o grau de instrução da paciente,
colar etiquetas nos frascos com a dose e horário
facilita bastante, inclusive com símbolos/desenhos
ilustrativos (como sol, lua, estrelas...);
pacientes no uso dos medicamentos, é
importante que elas se sintam à vontade
para falar a verdade, sem medo de represálias, informando-as que o objetivo
do levantamento é estabelecer relação
com resultados de exames e poder alterar ou substituir, quando possível, os
ARVs. Assim, algumas colocações auxiliam nos questionamentos: “não se preocupe se não estiver tomando o medicamento corretamente, pois para nós é importante saber como realmente está tomando”; “nós sabemos as dificuldades de
tomar os ARVs e gostaríamos de saber
como você está tomando para que possamos ajudá-la”. São medidas simples que
geram maior confiança e demonstram interesse por parte dos profissionais e não
devem ser negligenciadas.
Referências bibliográficas:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação Nacional de DST/Aids.
Disponível na Internet: www.aids.gov.br.
; orientar quando é necessário acondicionamento especial (por exemplo, manter em geladeira);
; facilitar estratégias de manter a omissão do
uso dos ARVs, como colar a etiqueta sobre o nome
e indicação do medicamento;
; informar os possíveis efeitos colaterais de cada
ARV e como melhorar esses sintomas;
; reforçar a importância do uso correto dos medicamentos, para o cuidado da própria saúde e reduzir os riscos de transmissão para seu filho;
; solicitar que traga os frascos nas consultas se-
guintes, mesmo com sobras, para retirar os novos
frascos, evitando que a paciente tenha muitas sobras em casa;
que faltam, os motivos podem ser resolvidos com
ajuda de outros profissionais, como voluntárias e
serviço social;
; fornecer um telefone para que a mulher possa
entrar em contato com o serviço em caso de dúvidas, evitando retornos desnecessários.
Para evitar omissão de informações
sobre as dificuldades enfrentadas pelas
5
CHESNEY MA. New antiretroviral therapies:
adherence challenges and strategies. In: ICAACInterscience Conference on Antimicrobial Agents
and Chemoterapy 1997 Satellite Symposium
Evolving HIV treatements: advances and challenge
of adherence. [online] 1997. Available from URL:
http://www.medscape.com/medscape/ HIV/
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WRIGHT EC. Non-compliance - or how many
aunts has Matilda? Lancet 1993; 342: 909-13.
ICS
INFECÇÃO DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA
A
fístula arteriovenosa consiste na
principal via de acesso vascular,
para o encaminhamento do
sangue do paciente com insuficiência renal crônica em programa de hemodiálise, para o sistema extracorpóreo,
onde ocorrerá a depuração de escórias e
retirada do excesso de líquido. Criada em
1966 é, até hoje, o tipo de acesso vascular
permanente mais seguro e durável e pode
ser considerada a grande responsável pela
manutenção do paciente na terapia dialítica. Consiste na anastomose subcutânea
de uma artéria com uma veia subjacente,
onde a presença de sangue arterial no interior da veia, provoca transformações na
parede desta veia, tornando-a mais espessa, possibilitando a punção, repetidas vezes, com agulhas de grandes calibres, e
vaso mais dilatado, com elevado e constante fluxo sangüíneo indispensável para
a realização da hemodiálise. O tempo de
amadurecimento da fístula é de no mínimo 30 dias após a sua confecção. Punções em períodos inferiores comprometem a sobrevida deste acesso.
Complicações com acessos vasculares
são responsáveis por 48% das hospitalizações nos pacientes em programa de
hemodiálise e a infecção representa a
maior causa de morbidade e mortalidade neste grupo, seguido apenas das complicações cardiovasculares. As infecções
outros acessos vasculares, quando se faz
necessário. O paciente renal crônico possui um déficit em sua imunidade e o acesso vascular fornece uma porta de entrada para infecções ao organismo que geralmente são de origem bacteriana
As infecções de fístula podem ser classificadas, com relação a sua etiologia em:
a) Complicações infecciosas
relacionadas ao procedimento
cirúrgico
O procedimento cirúrgico é realizado
por uma equipe de cirurgia vascular. O
conhecimento e validação da equipe cirúrgica, assim como a garantia de integridade do local da realização do procedimento e materiais utilizados, excluindo fontes de contaminação é de grande
importância. Antes da realização do procedimento, deve ser excluída a presença
de qualquer foco infeccioso no paciente.
Algumas equipes cirúrgicas utilizam, de
rotina, a administração de antibióticos
profiláticos antes da realização do procedimento. Cuidados de higiene no estágio pré e pós-operatório, tanto da equipe como do paciente é imprescindível.
Após a realização do procedimento cirúrgico, o paciente deve ser orientado
quanto aos cuidados com o curativo cirúrgico, geralmente realizado na própria
unidade de diálise. A retirada dos pontos de sutura não deve ser feita com um
tempo menor de 14 dias após sua confecção, prevenindo o risco de deiscência
de sutura, visto que o tempo de cicatrização no paciente com insuficiência renal é
mais demorado. Manter um canal de contato aberto entre equipe cirúrgica e equipe nefrológica irá beneficiar o paciente.
b) Complicações infecciosas
relacionadas ao procedimento
dialítico
Infecção de fístula exige intervenção
urgente para prevenir perda de acesso
e complicações severas.
de fístula arteriovenosa estão presentes
em 14,2% dos casos de complicações de
acesso vascular. O paciente renal crônico estará sujeito às intercorrências oriundas das infecções do acesso, como por
exemplo endocardite bacteriana, septicemia, entre outras e complicações resultantes da diminuição da qualidade da diálise neste período ou da implantação de
A prática de punção da fístula exige de
toda equipe de enfermagem, um alto grau
de responsabilidade e treinamento. As
técnicas de anti-sepsia no momento que
antecede a punção são fundamentais. O
paciente ao entrar na sala de diálise deve
ser orientado quanto a importância da
lavagem do braço da fístula com água e
sabão. A equipe de enfermagem deverá
utilizar o EPI (equipamento de proteção
individual) e, antes do procedimento,
fazer a anti-sepsia nos sítios de punção,
com a solução padronizada pela instituição. Alguns pacientes utilizam pomada
6
Regina Maria Alves é enfermeira chefe
e responsável técnico da CDR – Clínica
de Doenças Renais (Unidade Botafogo,
Rio de Janeiro); profa. do Curso de Pós
Graduação em Enfermagem em Nefrologia na Faculdade São Camilo e na Faculdade Gama Filho. Especialista em
Nefrologia pela SOBEN – Sociedade Brasileira de Enfermagem em Nefrologia.
E-mail: [email protected]
anestésica no local de punção, que deve
ser removida durante a anti-sepsia. As
embalagens de agulhas de fístula, só deverão ser abertas no momento da punção, para garantir sua esterilidade.
O hematoma é uma complicação de punção de acesso vascular, que quando não tratado com eficácia pode gerar um processo
infeccioso. Ocorre por transfixação da agulha no vaso, ocasionando extravasamento
sangüíneo nos tecidos adjacentes ao vaso.
O paciente deve ser orientado a colocar
compressa de gelo no dia em que ocorreu
o hematoma com o objetivo de realizar vaso
constrição, diminuindo do extravasamento sangüíneo, e calor úmido no dia posterior, para fluidificar o sangue extravasado e sua absorção pelo organismo.
c) Complicações infecciosas
relacionadas ao paciente
Alguns grupos de pacientes estão mais
susceptíveis a infecções. É o caso do paciente com insuficiência renal crônica
portador de Diabete Mellitus. Os cuidados de higiene corporal e com a fístula
arteriovenosa são fundamentais para prevenir o desenvolvimento de infecções locais. O paciente deve ser orientado a não
ICS
utilizar produtos como pomadas e outras substâncias ou curativos caseiros, comum em alguns
pacientes com determinados hábitos culturais,
após a retirada do curativo da fístula. O paciente deve ser educado para inspecionar diariamente a fístula arteriovenosa e, se detectar qualquer anormalidade, este deverá procurar auxílio da equipe imediatamente. É vetado ao paciente a manipulação de focos purulentos que
apareçam na fístula.
O diagnóstico do processo infeccioso pode
ser realizado com a presença dos seguintes sinais e sintomas: calor, rubor e dor local; entumecimento da área, raramente com zona flutuante; necrose cutânea; secreção ou pontos
purulentos às vezes com presença de sangramento; febre. Na presença destes sintomas é
contra indicado a punção do acesso, até a avaliação do mesmo pela equipe médica para prevenir a migração de uma infecção local para
uma infecção sistêmica.
A infecção de fístula é uma complicação grave que exige rápida intervenção da equipe,
principalmente para prevenir a perda do acesso
e complicações severas como endocardites
bacterianas, septicemia, entre outras. O diagnóstico é simples e confirmado por culturas
ou swabs nasais. O tratamento com antibioticoterapia é eficaz e deve ser iniciado imediatamente. Nos casos mais severos, onde não há
resposta à antibioticoterapia, pode ser necessário o desligamento da fístula afetada e confecção de um novo acesso.
É prioritário um programa de educação continuada para equipe, aprimorando e reciclando
seus conhecimentos, tornando-a capaz da execução correta da prática, possibilidade de diagnóstico e intervenção precoce, bem como a
orientação de pacientes e familiares. O programa de educação ao paciente auxiliará na
manutenção e sobrevida do acesso.
Referências bibliográficas:
1. Jerone I. Tokars, MD, MPH, Paul Light, MD, Jonh
Anderson, MD, Elaine R. Miller, RN, MPH. A prospective
study of vascular access infections at seven outpatient
hemodialysis centers. American Journal of Kidney Diseases,
vol 37 2001: pp 1232-1240
2. Santos CAS, Pitta GBB. Fístula artério venosa para hemodiálise. In: Pitta GBB, Castro AA, Burighan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió:
UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003
3. Vanholder R., Nefrology Unit, University Hospital,
Gent, Belgiun Vascular access Am J Nephrol, 16, 118123, 1996
4. Daurgirdas JT, Balck PG, Ing TS. Manual de diálise. 3a
ed. Rio de Janeiro. Editora Médica e Científica Ltda.,
2003, pp 68-102
5. Valderrábano F. Tratado de Hemodiálisis. 1.ed.Espanh.
Editora Médica Jins, 1999, pp 125-149
6. Linardi F, Bevilacqua JL, Morad JFM, Costa JÁ. Programa de melhoria continuada em acesso vascular para
hemodiálise. Continuous quality improvement in vascular
access for hemodialysis. J Vasc Br 2004; 3(3):191-6
Vigilância
RISCO BIOLÓGICO LANÇA NOVA
VERSÃO SIMPLIFICADA DO
E
PSBio
stará disponível no início
de janeiro a nova versão
PSBio, programa de notificação e vigilância de acidentes em profissionais de saúde.
A proposta do software desenvolvido pelo Projeto Risco Biológico
é implementar um sistema de vigilância de acidentes ocupacionais
com material biológico ocorridos
em serviços de saúde brasileiros.
A nova versão está muito mais
simplificada e serve como um instrumento extremamente útil para
os serviços de saúde que diariamente enfrentam este problema de
saúde pública. A
nova versão permitirá o uso em computadores em rede.
O intuito de um
sistema de vigilância com instrumentos de notificação
padronizados é
permitir a obtenção de dados selecionados que proporcionem o conhecimento das características mais
comuns destes acidentes, as medidas de profilaxia
pós-exposição e as ações necessárias de intervenção específica.
Reunindo características do
NaSH R (software do CDC Centers for Disease Control and
Prevention) e do sistema EPINetR
(elaborado pelo Centro Internacional de Segurança Entre Profissionais de Saúde da Universidade
Virgínia, EUA), o PSBio permite a
entrada e o gerenciamento de dados sobre os profissionais, imunizações, informações sobre as características e circunstâncias dos acidentes, profilaxias indicadas, agendamento de consultas de acompanhamento e emissão de relatórios.
Através deste programa, as notificações dos acidentes e os dados do
profissional de saúde acidentado
7
são centralizados em órgãos específicos para consolidação e posterior divulgação dos resultados.
Sistemas como este começaram a
ser criados há cerca de 20 anos em
alguns países, principalmente após
o início da epidemia de Aids nos
anos 80. O PSBio vem preencher a
carência de um sistema de vigilância de acidentes ocupacionais na
área de saúde no Brasil. Até agora,
os estudos feitos em nosso país referem-se apenas a programas desenvolvidos de maneira individualizada em hospitais universitários e outros serviços de saúde.
Para fazer o download do formulário (documento em pdf) de notificação de acidentes do sistema de
vigilância PSBio basta acessar
www.riscobiologico.org e clicar no
link Vigilância. Há uma versão com
instruções para preenchimento no
final das fichas. Este link também
dá acesso para o preenchimento do
formulário de dados cadastrais dos
profissionais e serviços de saúde
interessados em receber gratuitamente o programa PSBio e participar do sistema brasileiro de vigilância de acidentes de trabalho com
material biológico.
O programa também pode ser
solicitado pelos telefones (21)
8189-7336 ou 2266-7953 (tel/fax).
Entre em contato também com
[email protected]
Publicações
LIVRO CONTA A HISTÓRIA DA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO BRASIL
A
Editora Anvisa lançou recentemente o
livro À sua Saúde A Vigilância Sanitária na
História do Brasil do escritor e jornalista Eduardo Bueno - autor dos consagrados A Viagem do
Descobrimento e Capitães
do Brasil. A obra conta a
evolução da Saúde Pública no Brasil, reunindo
dados e fatos extraídos do contexto social e político da história do país. Para sua produção, Bueno realizou extensa
pesquisa documental, percorrendo as bibliotecas da Fundação Oswaldo Cruz, a Biblioteca Nacional e os arquivos do
Ministério da Saúde.
O resultado desse trabalho é uma obra inédita, que, por
meio de uma linguagem acessível e descontraída, resgata fatos históricos importantes, como as medidas sanitárias inovadoras de Oswaldo Cruz, no combate à febre amarela. Com
tiragem inicial de 5 mil exemplares, o livro tem introdução
do escritor membro da Academia Brasileira de Letras e médico sanitarista, Moacyr Scliar.
A obra está à venda no link da Editora Anvisa no site da
Anvisa (http://www.anvisa.gov.br/institucional/editora/
index.htm). A compra pode ser feita por meio de GRU (Guia
de Recolhimento da União).
Cursos
E
GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS QUÍMICOS
stá programado para os dias 16 e 17 de março em São
Paulo, o seminário Gerenciando Resíduos Químicos.
Na ocasião serão discutidos os aspectos científicos e
técnicos nas rotinas da gestão de resíduos químicos e a aplicação de soluções ambientais pós-geração. O evento coordenado pela Ambiance – Consultoria em Saúde e Soluções
Ambientais deverá contar com a participação de representantes dos setores da saúde, industrial, ambiental, governamental, ensino e pesquisa. Informações sobre inscrições e programação pelo tel. (11) 5096-2521 ou e-mail
[email protected]
FAÇA SUA
RA
ASSINATU
Eventos
EDUCAÇÃO CONTINUADA
À DISTÂNCIA EM IRAS
Ocorrerá entre março e junho o 2º Curso de Educação Continuada a Distância em Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IrAS).
Promovido por um convênio entre ANVISA, UNIFESP e IDIPA (Instituto Paulista de Doenças Infecciosas e Parasitárias), o curso abordará os seguintes temas como Legislação e Criação de um Programa de
Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar, Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares; Investigação e Controle de Epidemias Hospitalares (Surtos); Prevenção de Infecções em Unidade de
Terapia Intensiva; Risco Ocupacional e Medidas de Precaução e Isolamento. O curso é gratuito, tendo como público alvo os profissionais que atuam em Vigilâncias Epidemiológicas, Sanitárias (estaduais
ou municipais) e em Programas de Controle de Infecção Hospitalar.
Informações podem ser obtidas no site www.iras.org.br ou através do
contato com a equipe do IrAS pelo telefone: 011 - 5084-7920 ou
email: [email protected]
Agenda 2006
16ª Reunião Científica Anual da Sociedade Norte-Americana
de Epidemiologia de Serviços de Saúde
De 18 a 21 de março, em Chicago (EUA). Promovida pela Society for
Healthcare Epidemiology of America. Informações: www.shea-online.org
XXXIII Curso Básico de Introdução ao Controle
de Infecção Hospitalar
De 27 a 07 de abril, em São Paulo (SP). Promovido pela APECIH.
Informações: (11) 3253-8229. www.apecih.org.br / [email protected]
V Congresso Paulista de Infectologia
De 23 a 16 de agosto, em Campinas (SP). Promovido pela SPI.
Informações: [email protected]
X Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e
Epidemiologia Hospitalar
De 12 a 15 de setembro, em Porto Alegre (RS). Promovido pela ABIH.
Informações: [email protected]
6ª Conferência da Sociedade Britânica de Infecção Hospitalar
De 15 a 18 de outubro em Amsterdã (Holanda). Promovida pela Hospital
Infection Society. Informações: www.his.org.uk
XXXIV Curso Básico de Introdução ao Controle
de Infecção Hospitalar
De 16 a 28 de outubro, em São Paulo. Promovido pela APECIH.
Informações: (11) 3253-8229 / www.apecih.org.br / [email protected]
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Entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Endereço: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
CEP: __ __ __ __ __ - __ __ __ Cidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estado: __ __
Fone: ........................................................... Fax: ...............................................................
E-mail: .............................................................................................................................
Função ou cargo que ocupa na entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Controle de Infecção é uma publicação
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lei das hepatites: sus deve dar atendimento integral