Durante toda a Idade Média o sistema feudal predominou com uma forma
econômica totalmente baseada na agricultura. Esse movimento se abrangeu por
todo território europeu, estima - se que a maior parte do povo europeu vivia do
feudo. Porém por volta do século XI ao XV, a Europa passava por profundas
transformações econômicas, políticas e sociais, ou seja, levando a desagregação do
feudalismo e dando origem a um novo modo de produção, o capitalista.
Uns dos principais motivos para a dissolução do feudalismo foi o aumento continuo
da população e o surgimento comercial urbano, levando o fim definitivo do sistema
feudal. O feudalismo enfrentou muitas crises como a fome da população, as
epidemias trazidas pelos as novas levas e as guerras.
Desse modo surgiu uma nova forma de comércio e uma nova classe para liderá-la,
esses eram chamados de burgueses, os quais viajavam em busca de produtos raros
a fim de comercializar. A exploração do ouro e de outras pedras preciosas tornou
muitos comerciantes extremamente ricos. Logo a partir desse movimento os
comerciantes necessitavam de auxilio para a produção de mercadorias. Nesse
período muitos burgueses já tinham sob controle o trabalho artesanal e já contavam
com muitos camponeses expulsos dos campos, contudo esses camponeses
necessitavam de serviços para a sua sobrevivência, daí começaram implorar
trabalho, o qual os burgueses entravam com matérias primas, utensílios de trabalho
e todas as condições para a produção. Nesse novo modo de produção os
trabalhadores nada possuíam, há não ser um pagamento pela a sua própria força de
trabalho. Fato que gerou o trabalho assalariado. Marca registrada do sistema
capitalista, que por sua vez, é o alvo principal do modo de produção capitalista na
sociedade contemporânea.
Mas tarde, o processo da corrente capitalista é automaticamente transformado,
servos e escravos passam a ser homens livres, porém aprisionados ao sistema, que
por sua vez, se encontram presos ao próprio objeto de produção. Nessa primeira
fase do capitalismo a nobreza ainda dominava os poderes políticos, enquanto os
burgueses governavam o campo econômico. Porém, devido esse contraste os
burgueses necessitavam de subsídios para a aceitação de outros meios para
investimentos nas produções, ou seja, esses elementos eram negados e isso fez
com que a nobreza e os burgueses entrassem em conflitos. A nobreza interessava-
se somente por uma vida monótona de luxúria e gastos, enquanto os burgueses
dedicavam-se a vida produtiva, onde a cumulação do capital se tornou o alvo
principal, inclusive em âmbito singular, gerando dinheiro nas mãos de poucos, e
uma crescente massa de pobres.
No entanto ainda falando da origem do capitalismo, a burguesia vendia uma
propaganda inteiramente convincente, o lema era; liberdade, igualdade e
fraternidade. Isso fazia com que a nobreza perdesse espaço e os camponeses
expulsos do campo tornassem - se peças fundamentais na atuação desse novo
método. Desse modo, o poder político e o econômico encontravam-se interligados
ao novo sistema. Acredito que de modo contrário, este não teria alcançado a sua
hegemonia. Logo os poderes econômicos e políticos aliados, o sistema capitalista
girava em larga escala. Levando a sociedade em divisões plenas de classes, devido
à acumulação do capital, a qual deixou pobre mais pobre e rico mais rico e, dessa
acumulação surgiu à mais-valia, a qual Marx em sua obra o Capital relatou.
“Assim aconteceu que os dominantes acumularam
riquezas, e os dominados, por fim nada tinham para
vender a não ser a sua própria pele”
Conhecendo a história do homem em um âmbito sócio-econômico, pode-se dizer
que o espírito capitalista não é de forma alguma natural, pois a intenção do acumulo
de riqueza era totalmente adquirida através das formas de produção suscetíveis de
cada época. Vejamos nas primeiras fases de produção das comunidades primitivas,
onde os chefes guerreiros utilizavam a excedente ao seu favor, isso ocorreu nas
primeiras formas de produção anteriores ao capitalismo. Logo sempre foi intuito do
próprio homem pensar mais em si, ou seja, quanto mais se possuía, mas queria
possuir. Analisamos essa trajetória, partindo também dos pressupostos, ou seja, o
modo de produção escravocrata se encontrou em todas as partes da agregação
econômica antiga, todos que possuíam poder usufruíram-se da mão-de-obra
escrava, o qual motivou o homem explorar o homem.
Desse modo acredito que o sistema capitalista originou-se da acumulação do capital
nas mãos de poucos e, sobretudo o surgimento de uma excedente que deu origem a
mais-valia. Não devemos esquecer também, que o crescimento de uma grande
massa urbana, desprovida de subsistência, deu estabilidade e expansão ao sistema.
Fonte de Pesquisa:
MARLENE, ordoñez e QUEVEDO, Julio, História;
Texto 09, Marx Karl, O Capital;
Módulo de Sociologia;
Sindicato dos metalúrgicos do ABC
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