Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Resumo Desiré Luciane Dominschek RESUMO: o objetivo deste texto é apresentar para Universidade Estadual de Campinas discussão um instrumento de pesquisa e alguns de seus [email protected] resultados provisórios. Sua finalidade é compreender o impacto dos projetos de iniciação à pesquisa ofertados nos Ivo José Both cursos de formação de professores. Considerando o Centro Universitário Internacional documento Diretrizes Curriculares Nacionais para a [email protected] Formação de Professores da Educação Básica, esta pesquisa trata da formação de professores compreendendo as Mario Sergio Cunha Alencastro dimensões da iniciação da formação do professor; da Centro Universitário Internacional aproximação com a prática profissional do docente em instituições educativas; da relação entre pesquisa e [email protected] profissionalização do professor; das práticas de pesquisa realizadas pelos professores. As principais referências são: Onilza Borges Martins Nóvoa (1992); Carr, Kemmis(1988); Elliott (2000) Josso Centro Universitário Internacional [email protected] (2004); Bueno; Catani; Sousa (1998) Formosinho (2001); Tardif; Zourhal (2005); Gatti (2006, 2009). A metodologia Daniel Soczek segue uma abordagem qualitativa, sendo utilizadas fontes Centro Universitário Internacional documentais e entrevistas. Alguns resultados provisórios da [email protected] pesquisa apontam para a melhoria da qualidade técnica e metodológica das pesquisas realizadas pelos estudantes Joana Paulin Romanowski participantes destes programas bem como o Centro Universitário Internacional desenvolvimento de uma melhor qualificação para a [email protected] docência. Palavras‐chave: formação de professores, pesquisa, iniciação científica. Aurélia Versalli Pontificia Universidade Catolica do Paraná Palavras‐chave: formação de professores, pesquisa, [email protected] iniciação científica. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.1
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli Introdução Este texto apresenta uma pesquisa em desenvolvimento focalizada na iniciação da formação em pesquisa e suas as implicações com a profissionalização do professor. O movimento de valorização da pesquisa na formação de professores tem sua origem nos anos de 1960, na Inglaterra, nos currículos formulados pelas escolas de inovação. Esse movimento da pesquisa e formação do professor da educação básica, desenvolvido em outros países como as propostas de Elliot (2000), Stenhouse (1998), Shön (1992), Zeichner (1992), Carr e Kemmis (1988), tem, aqui no Brasil, encontrado eco e aprofundamento nas proposições de André (2001) e de Lüdke (2009). As proposições de inclusão da pesquisa nos cursos de formação ocorreram, no Brasil, desde o final dos anos de 1980, e intensificaram‐se na década de 1990, e na atualidade se encontram em processo de consolidação por meio de programas de fomento como Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC; LICENCIAR, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID; Programa Novos Talentos; inserção de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC; programas de Monitoria; PIC/FACINTER – Programa de Iniciação Científica; bolsas de estudo para mestrados para professores da educação básica. Sob o ponto de vista da legislação, a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei 9394/96, define os fundamentos metodológicos que presidirão a formação de professores do seguinte modo: Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: 1. a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviços; 2 aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades. A inclusão da pesquisa e a valorização da prática na formação dos professores estão expressas nas recomendações do Parecer CNE/CP 009/2001 do Conselho Nacional de Educação de 08/05/2001, que estabelecem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.2
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior. Ao especificar como os cursos devem ser organizados, o Parecer define que a prática é uma dimensão do conhecimento para os cursos de formação, nos momentos em que se trabalha a reflexão sobre a atividade profissional; e nos momentos em que se exercita a atividade profissional durante o estágio. O planejamento e a execução das práticas no estágio devem estar apoiados nas reflexões desenvolvidas nos cursos de formação. Além disso, é completamente adequado que os professores pesquisem a prática desde o início dos cursos e não apenas na etapa final de sua formação, pois ao término do curso não há tempo suficiente para abordar as diferentes dimensões do trabalho de professor, nem realizar um processo progressivo de aprendizado. Ressalta o Parecer MEC N. 009/2001: De modo semelhante, a atuação prática possui uma dimensão investigativa
e constitui uma forma não de simples reprodução, mas de criação ou, pelo
menos, de recriação do conhecimento. A participação na construção de um
projeto pedagógico institucional, a elaboração de um programa de curso e
de planos de aula envolve pesquisa bibliográfica, seleção de material
pedagógico etc. que implicam uma atividade investigativa que precisa ser
valorizada.
Isso quer dizer que as propostas de cursos de formação de professores incluem a pesquisa e a prática profissional desde o início até a sua conclusão. No entanto, a integração entre a pesquisa e a prática profissional do docente indicada como necessária por autores como Gatti e Barreto (2009) e legalmente solicitada na prática manifesta‐se restrita. A interação entre as instituições de formação e de pesquisa com as escolas – campo de pesquisa fundamental para pensar a formação de professores ‐ é limitada, isto é, as escolas e as faculdades e universidades realizam poucos projetos em conjunto. Além disso, há pouca divulgação da pesquisa nas escolas o que dificulta o acesso para professores da educação básica. Nesta perspectiva, cabe destacar que os estudos de Lüdke et al (2004) apontam impasses na relação entre a pesquisa e a formação de professores, em que as pesquisas especialmente sobre a prática docente têm pouca credibilidade nos meios acadêmicos. Isso é decorrente da falta de maior rigor nestes estudos, em que a maioria deles X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.3
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli apresenta falta de clareza do objeto de pesquisa, pouca explicitação da metodologia empregada na investigação, além de uma frágil análise interpretativa. Para Lüdke et al (2004), um dos principais problemas está na pouca consistência da análise dos dados para comprovar os resultados da investigação realizada. Na formação inicial em trabalhos de investigação realizados nos cursos de licenciatura, constata‐se que estudantes têm dificuldade de conduzir pesquisa, uma vez que fazer pesquisa implica em dedicação intensa, em disponibilidade de tempo e de condições para o acesso às fontes de referências, além de uma sólida formação. Nesse caso, é preciso envolver os alunos dos cursos de graduação com objetivos bem definidos, o que é alvo dos programas de iniciação científica. É preciso destacar que algumas das pesquisas tem avaliado como os cursos estão realizando este esforço para a sua valorização na formação de professores (ANDRÉ, 2001). Algumas observações permitem indicar que os alunos e professores procuram realizar com seriedade as reflexões sobre a prática pedagógica, o que tem contribuído para identificar os problemas da escola e do ensino, mas há muito por fazer. Para Cochram‐Smith e Lytle (1999), o movimento do professor pesquisador não é uma onda passageira, pois a pesquisa é fundamental para o desenvolvimento profissional do professor. Segundo esses autores, a pesquisa favorece o desenvolvimento do professor como agente de mudança e de produção da teoria crítica em educação. A pesquisa ajuda a encontrar soluções e a lidar com pressupostos e representações, torna o professor produtor de conhecimento e não apenas consumidor. Reconhecem esses autores que as principais críticas giram em torno do tipo de conhecimento produzido, ou seja, é necessário gerar uma produção de conhecimento teórico a partir do conhecimento prático. Tardif e Zourhlal (2005), em estudos realizados com professores da educação básica, indicam que estão interessados pelos resultados de pesquisa. Para os autores, os professores que realizam alguma pesquisa durante a sua formação inicial buscam conhecer a produção acadêmica sobre educação. Os professores ao realizarem pesquisa apreendem e aprendem processos de produção do conhecimento, de questionamento de X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.4
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli sua própria prática, para o desenvolvimento de uma atitude investigativa, autônoma, criativa e comprometida. (CORTELAZZO; ROMANOWSKI, 2007, p. 17). Além disso, cabe considerar o debate sobre desenvolvimento profissional que vem sendo examinado por diferentes autores, dentre eles, Formosinho (2001) que destaca modelos, o papel da experiência e as perspectivas que implicam na constituição desse processo. Do conjunto dessas reflexões, é possível depreender que a integração entre formação e pesquisa favorece a melhoria da formação docente. A elaboração e a execução de um projeto de pesquisa pelos professores contribui significativamente para a sua profissionalização individual e coletiva. O movimento da realização da pesquisa coloca novas perspectivas no campo da formação docente em que investigar, questionar e confrontar amplia a compreensão da prática ao mesmo tempo em que propicia o desenvolvimento de capacidades investigativas e reflexivas. A pesquisa pode, também, contribuir para a passagem de uma atitude de submissão à ordem, do cumprimento burocrático de atividades acadêmicas para um posicionamento político, superando a alienação, para uma participação social pró‐ativa. 1. PESQUISANDO A FORMAÇÃO DE PROFESSORES: PRESSUPOSTOS Se a finalidade dos cursos de licenciatura é formar o professor da educação básica, a aproximação com a escola é uma exigência, como vimos acima. Deste modo, diante dos inúmeros programas de incentivo de fomento à formação do professor pesquisador, urge indagar a respeito dos impactos desses programas na profissionalização docente, em que a questão básica desta investigação é: “quais são os impactos dos projetos de incentivo a pesquisa no desenvolvimento profissional”? Esta pesquisa tem como objetivo geral compreender o impacto dos projetos de iniciação à pesquisa ofertados nos cursos de formação docente aos professores ao longo de sua experiência profissional. São seus objetivos específicos: X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.5
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli ‐ analisar as políticas públicas de incentivo à pesquisa ofertadas pela Instituição e as possibilidades de formação continuada disponível aos profissionais de educação; ‐ examinar o desempenho dos profissionais que, na graduação, tiveram oportunidade de participar de programas de incentivo à pesquisa; ‐ discutir as propostas das políticas públicas de incentivo à pesquisa e seus resultados ao longo da história de vida dos professores; ‐ promover junto aos profissionais da educação a reflexão sobre as suas histórias de vida e de formação de modo a fomentar uma autorreflexão de sua práxis pedagógica; ‐ ampliar e aprofundar os fundamentos teóricos e metodológicos quanto à relação pesquisa e formação. Para que os objetivos da pesquisa acima propostos possam ser alcançados faz‐se necessária a construção de um referencial metodológico que contemple adequadamente os seus quesitos. Optamos, assim, por uma abordagem qualitativa, que tenha como escopo as perspectivas fenomenológica e histórico‐crítica. De acordo com Moreira e Caleffe, a “pesquisa qualitativa explora as características dos indivíduos e cenários que não podem ser facilmente descritos numericamente” (MOREIRA, H.; CALEFFE, L.G. 2008:73). Esta abordagem representa uma oposição aos modelos positivistas de pesquisa e está adequada à nossa proposta de pesquisa já que esta considera a importância de pensar a experiência dos professores na perspectiva da experiência vivida. Assumindo a abordagem qualitativa, pretende‐se com ela trabalhar a partir de duas perspectivas que, de modo distintas, mas, complementares, já que todos os métodos são válidos ‐ “tudo vale”, como nos ensina Feyerabend (2007), na tentativa de transcender o olhar naturalista do fenômeno a ser pesquisado. Quanto à perspectiva fenomenológica, é importante destacar que “na pesquisa fenomenológica educacional sempre haverá um sujeito, numa situação, vivenciando o fenômeno educacional” (FINI, 1997, p. 25).
Ainda que alguns autores como Frigotto (1997) insistam na distinção entre uma metodologia histórico‐crítica e as demais, afirmando como ideológicas as tendências que X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.6
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli consideram as metodologias como complementares a exemplo de Lefebvre (apud FRIGOTTO, 1997) com sua “sopa metodológica”, por exemplo, é preciso ter em mente a observação de Bicudo de que (...) o pensar fenomenológico não prescinde da práxis, isto é, da
experiência vivida no mundo-vida. A essência de que trato a
fenomenologia não é a idealidade abstrata dada a priori, separada da
práxis, mas ela se mostra nesse próprio fazer reflexivo. Ao desvenda
a essência, a consciência, em um movimento reflexivo, realiza a
experiência de percebê-la, abarcando-a compreensivamente, ou
seja, trazendo-a para o seu círculo de inclusão ou horizonte de
compreensão. É a experiência transcendental, ao apropriar-se do
desvendado, ou seja, do que a incursão realizada apontou como
característico do fenômeno interrogado (BICUDO,1997, p. 21)
A especificidade e mérito desta pesquisa está em, de alguma forma, realizar o estudo acima proposto com uma delimitação no período da vida dos professores que pretendemos pesquisar. Ao refletir sobre esta metodologia e a diversidade de abordagens possíveis destes estudos, emergiu a preocupação de pensar as trajetórias de vida focadas na perspectiva da formação profissional na tentativa de evidenciar os impactos de programas de incentivo à pesquisa e à docência como Monitoria, o PIBIC considerando a adesão massiva das instituições de ensino a estes programas e o investimento neles realizado. Estudando as metodologias empregadas em várias pesquisas que tratam dos problemas relativos à formação docente, e considerando os pressupostos acima, encontramos uma ferramenta de pesquisa que contempla os horizontes desta proposta de pesquisa: a metodologia denominada de “história de vida”. Tal proposta de trabalho ganhou destaque e gerou resultados desde o final dos anos 80 na Europa com os trabalhos de pesquisadores, por exemplo, como Goodson (1992), Ferrarotti (1988), Nóvoa (1992) e Josso (2004), dentre outros. Estes estudos, focados na condição do profissional da educação, tem como referência, por exemplo, o olhar retrospectivo de professores aposentados (BEN‐PERETZ, 1992) e avaliação de diários da prática docente (JOSSO, 2004) permitindo uma análise e reflexão das trajetórias de vida dos professores pesquisados. A recorrência de alguns elementos permite a construção de teorias como, por exemplo, os “ciclos de vida” que se dividem em “entrada para o magistério, X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.7
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli estabilização, diversificação, serenidade ou conservantismo, desinvestimento (sereno ou amargo)” (HUBERMAN, 1992, p. 47). Esta metodologia fez escola no Brasil, dentre outros, com os trabalhos do GEDOMGE (Grupo de Pesquisa, Grupo de Estudos Docência, Memória e Gênero‐História da Educação e Formação de Professores ‐ FEUSP) capitaneados por Catani, Bueno e Souza que, desde o final dos anos 90, tem produzido pesquisas com resultados excelentes. Estes estudos, tanto fora do Brasil como aqui, procuraram resgatar a história de vida dos professores a partir de relatos de atuação em sala de aula, como, por exemplo, em Pereira, Lívio, Amaral ou Moreno, todos descritos em Catani, Bueno e Souza (1998). Estas análises ajudam a compreender, de modo generalizado, a trajetória de vida do professor, permitindo uma análise do que é construir‐se como docente. Enquanto os estudos acima citados tendo como dados originários da pesquisa um olhar retrospectivo de uma experiência vivida gerando limites interpretativos, a ideia desta pesquisa é captar o movimento do processo formativo. Na perspectiva de captar o real no seu movimento, Nóvoa (1992) aponta uma sugestão, que ele mesmo refutou, mas que consideramos ser parcialmente factível. Segundo ele, a única maneira de resolver este dilema (a indeterminação da influência relativa dos fatores devido à idade, á pertença a uma coorte específica e ás influências de um período histórico mais amplo) seria fazer um estudo realmente longitudinal, isto é, continuar 40 anos com a mesma coorte de professores. Por razões evidentes, existem poucos estudos deste gênero, nenhum dos quais sobre o ensino (NÓVOA, 1992, p. 57) A especificidade e mérito desta pesquisa estão em realizar o estudo acima proposto com uma delimitação no período da vida dos professores que pesquisamos. Ao refletir sobre esta metodologia e a diversidade de abordagens possíveis destes estudos emergiu a preocupação de pensar as trajetórias de vida focadas na perspectiva da formação continuada, considerando os anos finais de formação e os anos iniciais da carreira profissional na tentativa de evidenciar os impactos de programas de incentivo à pesquisa e à docência como Monitoria, o PIBIC ou PIBID, considerando a adesão massiva das instituições de ensino a estes programas e o investimento neles realizado. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.8
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli Diante da exposição acima, e considerando a complexidade de variáveis contempladas, entendemos que o melhor caminho para a realização de uma pesquisa que alcance os objetivos propostos fosse um blended de procedimentos, articulados entre si, como a seguir descritos. 2. Pesquisando a formação de professores: caminhos Tendo em vista a proposta desta pesquisa, é importante esclarecer alguns elementos que delinearam a proposta. Foram eles: a) universo da pesquisa: o universo desta pesquisa foram as instituições de ensino superior da cidade de Curitiba que desenvolvem programas de fomento a iniciação científica e fomento à formação para a docência; b) sujeitos da pesquisa: alunos concluintes e egressos de cursos de graduação em formação de professores, dos cursos de Pedagogia e Licenciaturas, participantes de programas de iniciação científica e fomento à docência. Até agora foram entrevistados 14 professores em início de carreira, estudantes do curso de Pedagogia e licenciatura em Sociologia. São estudantes de três instituições de ensino superior que participaram de programas como o PIC – Programa de Iniciação Científica ou participantes do PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. c) frequência de encontros: localizados os sujeitos participantes foi realizada uma entrevista anual para acompanhar estes sujeitos em seu desenvolvimento profissional. Cada pesquisador acompanhou dois sujeitos no primeiro momento da pesquisa; d) continuidade: a cada ano poderão ser agregados outros sujeitos, ampliando o universo investigado. A coleta de dados abrangeu análise documental e entrevista. A análise documental, de acordo com Lüdke e Andre (2007, p. 38): constituiu‐se numa técnica valiosa de abordagem de dados qualitativos, seja complementando as informações X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.9
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema. [...] Quanto à entrevista, o encontro entre pesquisador e sujeito participante não esteve circunscrito a uma perspectiva de neutralidade e na perspectiva de Szymanski (2008, p.12‐
13), enquanto “prática reflexiva”. Considerando o participante da pesquisa como sujeito ativo no processo, as entrevistas foram conduzidas de forma semiestruturada. Os tópicos abordados na entrevista foram: 1) necessidade de articulação ‐teórico prática; 2) atitude crítico reflexiva nos processos de autoformação; 3) saberes/práticas docentes; 4) instituição escolar como espaço da formação docente; 5) desenvolvimento profissional e do trabalho coletivo nas escolas; 6) história de vida pessoal e profissional do professor; história da formação docente; 7) tecnologias e docência; 8) investimentos na formação profissional; 8) inserção acadêmica. As entrevistas foram realizadas tendo como referência dois momentos distintos. Em primeiro lugar foi feita uma breve caracterização dos sujeitos da pesquisa. Na sequência foram levantadas questões distribuídas em quatro eixos temáticos, como segue: 1) Primeiro Momento – caracterização dos sujeitos: a) história da vida acadêmica; b) histórico de experiência em PIC e/ou PIBIC; c) história da formação docente; d) história de vida pessoal e profissional como professor. Pergunta mobilizadora: a quanto tempo participa do PIBIC/ quanto tempo trabalha/1ª ou 2ª graduação; se vislumbra a possibilidade de lecionar como alternativa ou como falta de outra alternativa melhor, etc. 2) Segundo momento – eixos temáticos da pesquisa a) a relação com a pesquisa e a formação acadêmica – elaboração e apropriação de novos conhecimentos (articulação teórico/prática entre saberes e práticas docentes, instituição escolar como espaço da formação docente). Pergunta X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.10
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli mobilizadora: o que a pesquisa agregou à sua formação em termos de conhecimentos? b) a relação com a pesquisa e a compreensão de sua prática profissional (desenvolvimento profissional e do trabalho coletivo nas escolas). Pergunta mobilizadora: que contribuições a pesquisa trouxe para a sua prática profissional – conteúdos e metodologia? a relação entre a pesquisa e a sua iniciação em pesquisa (uso da tecnologia, organização). Perguntas mobilizadoras: como a participação no PIBIC contribuiu para que houvesse um incentivo para pesquisar? Você sabe o que é um projeto? Como trabalhar com a teoria? Como relacionar teoria com dados empíricos?.. d) a relação entre pesquisa e a formação do sujeito (autoavaliação; relação da pesquisa com a formação ampla/cultural; desenvolvimento de uma postura crítico‐reflexiva). Perguntas mobilizadoras: você melhorou seus critérios na hora de escolher um livro? Assistir um filme? Como a sua história de vida particular melhorou na participação do PIBID? Como você acessa e usa as tecnologias/ferramentas de pesquisa para os problemas do seu dia‐a‐dia? investimentos na formação profissional? Na definição do foco da investigação foram consideradas as etapas das entrevistas com os participantes e a análise documental. Ela desencadeou‐se analisando a narrativa autobiográfica quanto à inclusão da pesquisa na formação durante a sua escolarização enquanto uma narrativa abrangente. Em seguida, foi contemplada a narrativa sobre esta experiência e sua continuidade, buscando fragmentos e complementações significativas para a investigação. Num terceiro momento, a partir da narrativa autobiográfica e reflexão do potencial desta experiência, foram discutidos seus resultados com a consequente abertura de novas fases de realização de pesquisa, destacando o que foi de maior importância e o que se repete. Para tal tomou‐se como aporte as recomendações de Schütze (2010). Na análise recomenda Schütze (2010) que uma primeira leitura tem por finalidade a análise formal do texto, eliminando e ordenando o texto em torno do foco e contexto X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.11
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli em que se situa a investigação. Na segunda fase a análise recai sobre o registro de indicadores. São elementos formais internos, isto é advém da marcação do conteúdo do texto. Um terceiro momento, de sistematização, consistiu em colocar os dados em agrupamentos formando indicadores provisórios. Segue a busca dos aportes presentes na narrativa, isto é, um possível esboço das orientações teóricas expressas na narrativa, e por fim foi estabelecida uma comparação contrastiva com a escolha de trechos que contemplem as situações indicadas pelos narradores. Além disso, foi necessário considerar na pesquisa as condições pelas quais os sujeitos foram motivados, permanecem e desistem da experiência no desenvolvimento de projetos de pesquisa (GOSS, 2010, p. 227/30). 3. Resultados provisórios: a pesquisa e a formação de professores Considerando os eixos temáticos da pesquisa apontados no segundo momento e seus objetivos, é possível indicar como resultados provisórios as inferências oriundas da análise das entrevistas já realizadas. Os estudos realizados sobre a formação de professores, apesar de significativos avanços em muitas áreas, ainda carece de uma análise mais aprofundada quanto aos impactos efetivos dos programas de iniciação científica nas práticas docentes. Assim, um dos propósitos desta pesquisa é verificar a importância da articulação entre aprendizagem e pesquisa como metodologia para a formação de professores. A relevância desta articulação é percebida pelos estudantes e vêm contribuindo de forma significativa para a transformação no modo de pensar e agir dos acadêmicos propiciando‐
lhes uma melhoria significativa nos processos de formação. Uma das pesquisadas destaca isso na seguinte narrativa: “Entendo que a participação no PIC, para o professor em formação, trás contribuições muito valiosas: acesso direto e diálogo constante com professor orientador, fato que amplia a visão em relação à educação e ao tema pesquisado; leituras mais complexas e direcionadas; prática de produção acadêmica, já que é necessário escrever diversos relatórios no decorrer da Iniciação e a apresentação da pesquisa no ENFOC enriquece a prática profissional e o currículo acadêmico.” (Aluna A) X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.12
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli A análise preliminar dos dados permite apontar algumas dimensões de interações entre a realização de pesquisa em programas de iniciação científica e a formação docente. São elas: a formação para a pesquisa quanto à compreensão dos elementos técnicos; a formação para a docência por meio da pesquisa; formação ética e social. Quanto à primeira dimensão, formação para a pesquisa, os depoimentos de todos são afirmativos quanto à contribuição da pesquisa para o aprendizado técnico, como elaborar projetos, desenvolver instrumentos de investigação, escolher a literatura que fundamenta a pesquisa, sintetizar texto, elaborar levantamentos, escrever relatórios, referenciar, organizar e analisar dados, inferir resultados. Falas como da Aluna B retratam bem esta dinâmica de crescimento quando afirma que “... o diálogo entre o científico e a realidade me tornou mais crítica e reflexiva, o que possibilitou o desenvolvimento de uma nova postura acadêmica e que certamente refletirá no meu trabalho como docente.” bem como o incentivo às atividades de pesquisa. A fala da Aluna C expressa isso quando afirma que “.... a iniciação científica contribui bastante para a minha formação e até para depois de formada, eu ir em busca de um mestrado.” Todos afirmam que tiveram dificuldade com essa aprendizagem, mas que com orientações e desenvolvimento do trabalho de pesquisa foi possível compreender os elementos e as etapas da realização de uma pesquisa. Os depoimentos expressam elementos dessa formação, como por exemplo: ”Pude aprofundar meus conhecimentos nos assuntos em que tinha desejo de conhecer mais com mais detalhes, ampliando os saberes necessários a minha formação e complementando de forma significativa a minha caminhada acadêmica.” (Aluna D) Também constatamos elementos de ruptura entre a formação teórica e prática profissional docente como na seguinte fala: “Na aula de metodologia o professor ensinou a pesquisar, usar o google..mas eu uso mais as redes sociais...o que foi ensinado não faz muita diferença” (Aluna E). Há indícios de que esta dificuldade possa estar relacionada à maturidade do estudante no que diz respeito a sua inserção profissional. Segundo uma das pesquisadas, a pesquisa agregou novos conhecimentos à sua formação, mas teria sido melhor se ela tivesse naquele momento a mentalidade que tem hoje. Quanto ao desenvolvimento de leituras a Aluna F relata que: “Não sei se melhorou, mas os critérios mudaram, pois antes eu buscava fazer leituras com linguagens mais X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.13
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli acessíveis, bastante auto ajuda e muitos romances. E nem me atentava ao autor da obra. Hoje percebo que me atento ao autor, busco me inteirar mais sobre quem é ele, principalmente se ele é teórico da educação, pesquisas cientificas. A leitura ou um filme eram mais como entretenimentos e lazer e hoje eles são eleitos também para informações e para isso eles ficaram mais seletos.” Além disso, para a Aluna G, “antes das leituras e de conhecer as dimensões do PIC, só tinha as visões do senso comum e após foi se dando conta das dimensões e da seriedade de uma pesquisa, do conhecer a história que até então era somente decorações de fatos e datas”. Todos os alunos entrevistados desenvolveram TCC ‐ trabalho de conclusão de curso, tiveram boa aprovação pelas bancas avaliadoras. Destaca‐se que os alunos que permaneceram por mais tempo obtiveram a nota máxima nos seus trabalhos de conclusão de curso, com elogios da banca examinadora. Uma das pesquisadas foi premiada no Seminário de PIBIC pois ficou entre os dez melhores trabalhos de investigação desenvolvidos no programa. Eles também percebem esta melhora em sua prática cotidiana: “A partir de participação em pesquisa fui me conscientizando mais e melhor a respeito do objeto de estudo no curso de Pedagogia” (Aluna H) e “Com a participação em pesquisa comecei a cultivar a ideia de que o entendimento educacional vai além da visão da área de conhecimento em que estou inserida” (Aluna I) Quanto à segunda dimensão, considerando os depoimentos dos estudantes entrevistados, as duas alunas que já atuam em escolas indicam que o desenvolvimento da pesquisa leva ao desenvolvimento de observação mais atenta ao processo de aprendizagem de seus alunos, principalmente quanto a indagações sobre como eles estão aprendendo. “Foi extremamente importante a minha pesquisa, pois, pude compreender a importância e como se constitui a profissão docente. Conhecimentos aplicáveis no meu cotidiano, melhorando a relação ensino‐aprendizagem que é tão necessária para o desenvolvimento das atividades dos profissionais envolvidos no processo educativo.” (Aluna J) No depoimento “Primeiro, queria atuar na gestão da escola, ser pedagoga. Hoje, prefiro sala de aula, gosto de estar com os alunos” (Aluna D) acentua‐se a definição da escolha profissional. Reforçam este vínculo da pesquisa com a compreensão da área: “A X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.14
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli partir de participação em pesquisa fui me conscientizando mais e melhor a respeito do objeto de estudo no curso de Pedagogia”. (Aluna E) “Com a participação em pesquisa comecei a cultivar a ideia de que o entendimento educacional vai além da visão da área de conhecimento em que estou inserida”. (Aluna F) Em relação à escolha e definição profissional alguns alunos se sentem indecisos, como aponta o depoimento a seguir: “tenho muitas pessoas na família que trabalham com educação...eu estava meio perdida, então o pessoal me incentivou...e era um curso mais barato”. (Aluna C); “senti dificuldades na escola...era muito desorganizada, os professores não tinham voz...na escola pública (onde eu fiz estágio) as coisas são bem mais organizadas” ... [vendo o contexto de trabalho] converso com 5 pedagogos. Um tem mestrado, aprofundou na pesquisa, mas ela e outros três não gostam do que fazem...apenas uma gosta do que faz....então me pergunto:será que vou ficar empolgada? Ou será que vou me frustar no futuro?” (Aluna D) Alguns entrevistados destacaram a importância da relação teórico prática da pesquisa. Um dos entrevistados afirmou que ouve avanço em participar do PIC, pois antes das leituras e de conhecer as dimensões do PIC, só tinha as visões do senso comum e após foi se dando conta das dimensões e da seriedade de uma pesquisa, do conhecer a história que até então era somente decorações de fatos e datas. No entanto, há alunos que não estabelecem esta relação, principalmente os que não estão diretamente atuando na Escola: “Não pude atrelar as vivencias na faculdade com a prática profissional, pelo fato de não atuar na área, porém a pesquisa e as vivências teóricas na instituição têm contribuído para questões pessoais e para atuar nos estágios”. (Aluna G) Além disso, é importante destacar outra face desta necessária articulação teórico‐
prática. De acordo com a Aluna J “Eu acho a pesquisa importante....a gente até pode fazer pesquisa, mas na prática é sempre bem diferente....ela não resolve o que a gente busca....o professor aprende muito mais com os alunos em sala de aula...aproveito uns 30% da teoria que aprendi”. Por outro lado, importa também destacar os bons resultados onde a articulação pesquisa e ensino esteve articulado. Dos alunos entrevistados, dois que não X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.15
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Impactos de programas de iniciação científica na formação de professores Desiré Luciane Dominschek ‐ Ivo José Both ‐ Mario Sergio Cunha Alencastro ‐ Onilza Borges Martins ‐ Daniel Soczek ‐ Joana Paulin Romanowski ‐ Aurélia Versalli atuavam profissionalmente foram aprovados em concurso público para atuarem no ensino básico, uma aluna de pedagogia nos anos iniciais, e o aluno de licenciatura em sociologia para o ensino médio. Ambos obtiveram boa classificação na aprovação, e atribuem que a participação no PIBIC foi uma contribuição para esta aprovação. E, finalizando, quanto à terceira dimensão, nos depoimentos realizados pelos alunos participantes o envio de seus projetos para o Comitê de Ética em pesquisa permitiu a compreensão da dimensão ética que envolve a realização de pesquisa. Um dos pesquisados destaca que “Tinha uma ideia fechada a respeito do desenvolvimento da sociologia, não sabia quase nada. O que li e estudei ajudou a estabelecer relações entre esta ciência e o contexto histórico brasileiro”. (Aluno H) Referências AMARAL, A C P. Soltando‐me das pedras. In BUENO, O B; CATANI, D B; SOUSA, C P. (orgs) A Vida e o Ofício dos Professores. Editora Escrituras: São Paulo, 1998. P. 151‐157. ANDRÉ, M. (Org.). O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. 2. ed. Campinas, 2001. BEN‐PERETZ, Episódios do Passado Evocados por Professores Aposentados, in NÓVOA, A. (org) Vida de Professores. 2. ed. Editora do Porto, Portugal, 1992, p. 199‐214. BICUDO, M.A.V.; ESPOSITO, V.H.C. Pesquisa qualitativa em Educação. Piracicaba: Ed. Unimep, 1997 BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 009/2001, do Conselho Nacional de Educação, de 08/05/2001. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394/96. BRASIL. Lei n. 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da Republica Federativa do Brasil, Brasília, 23 dez. 1996. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.16
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