Projeto de Pesquisa

Orientador: Prof. Msc. Rogério Santos
Costa.
Projeto de Pesquisa
Orientando: Felipe Fernandez
Grande Área e Área de
Conhecimento
Consultar CNPq (www.cnpq.br), por exemplo:
 - Grande área: Ciências Humanas-7.00.00.00-0
 - Área de conhecimento: Relações
Internacionais-7.09.05.04-5; Organizações
Internacionais-7.09.05.02-9.
 Palavras-Chave: Integração na América – Latina;
Marxismo nas Relações Internacionais,
Organizações Internacionais

Justificativa

A idéia de integração na América Latina é longa,
vem desde Simon Bolívar até a concepção de
ALBA e UNASUL. Neste percurso, vários motivos
têm fragilizado as tentativas de integração,
dentre os quais cabe destacar: a influência e os
interesses de potências externas; as condições
de desenvolvimento internacional; as condições
de desenvolvimento regional; as crises
econômicas dos principais países da região; bem
como as Políticas Externas dos principais
articuladores de uma integração, como o Brasil.
(Amado Cervo-1994).
Justificativa

Sendo assim, e a luz dos fenômenos políticos Latino
Americanos, desencadeados a partir da “Revolução
Bolivariana” e do ”Socialismo do Século XXI”, (termo
cunhado pelo presidente venezuelano Hugo Chávez para
se referir ao conjunto de mudanças econômicas,
políticas e sociais iniciadas com seu acesso ao governo
em 1.999, estando estas baseadas nos ideários do
libertador Simon Bolívar; apesar dos vieses liberais
deste; o que é para muitos especialistas uma
contradição), fica patente esclarecer a dimensão e as
potencialidades do processo de integração em curso na
América – latina a partir do arcabouço teórico marxista.
Justificativa

Sabe-se que Marx não fez uma contribuição
significativa para uma teoria das relações
internacionais e que não dedicou interesse
particular pelo desenvolvimento do capitalismo
em nível internacional. (Nogueira/Messari-2005).
Sendo assim, este também não conferiu maior
atenção ao epifenômeno das Organizações
Internacionais. Entretanto outros marxistas
como Lênin e Gramsci, abordaram o tema mais
a fundo. (Herz-2004).
Justificativa

Para a teoria marxista das relações internacionais, o
sistema de estados é moldado pelas forças da produção,
e serve de sustentáculo ao capitalismo. Ou seja, a
função primordial do estado, portanto, seria garantir que
os trabalhadores continuassem vendendo sua força de
trabalho no mercado e comportando-se como cidadãos
seguidores da lei. (Nogueira/Messari-2005). A partir daí
esta teoria se opõem ao realismo e ao liberalismo, para
os quais a “Anarquia” é a regra básica que molda as
relações de poder deste sistema. (Herz-2004).
Justificativa

Para (Herz-2004), Gramsci foi o primeiro teórico
marxista a admitir que mais forças, além daquelas que
orbitam o mundo da produção moldam a história
humana. Já Lênin teria sido o primeiro a tomar as
Organizações Internacionais como arranjos possíveis as
potências capitalistas em determinado momento
histórico. Sendo, portanto necessário um
redimensionamento das instituições internacionais em
processo de integração na América – Latina em paralelo
ao discurso teórico transformador dos governos de
esquerda da região a partir da óptica do marxismo.
Justificativa

Um processo de integração regional cria, a partir de seus
Estados-membros, uma estrutura institucional própria,
que pode ser mais densa ou supranacional (União
Européia), de um lado, ou menos densa ou
intergovernamental (MERCOSUL), de outro. A diferença
entre um e outro dá o nível de aprofundamento que os
Estados-membros querem dar para a integração, sendo
o supranacional mais intenso e aprofundado do que o
intergovernamental. Assim, entender as estratégias de
integração do(s) principais países numa integração
regional em sua dimensão institucional delimitará qual o
papel que este país dá para este processo. (Herz-2004;
Penna Filho-2006).
Justificativa

Os discursos de integração na América Latina são uma
constante na retórica dos governos de esquerda da
região. Tendo inclusive gerado resultados práticos, na
forma de instituições, entre cujos exemplos mais típicos
se dão a ALBA e a UNASUL. No entanto o viés de
integração destas instituições carece de um estudo mais
abrangente, seja por sua contemporaneidade, seja por
que, os especialistas temem enfrentar uma questão
importante: Qual a compatibilidade entre o discurso
transformador dos governos de esquerda da América
Latina, com a proposta de integração apresentada por
estas novas instituições internacionais a partir de uma
abordagem marxista das Relações Internacionais?
Objetivo Geral

Verificar qual a compatibilidade entre o
discurso transformador dos governos de
esquerda da América Latina com a
proposta de integração apresentada por
estas novas instituições internacionais, a
partir de uma abordagem marxista das
Relações Internacionais.
Objetivos específicos




a) Identificar as bases da teoria marxista, com foco nas instituições
presentes no processo de integração latino – americano.
b) Sistematizar os discursos de política externa e interna dos
principais países da América – Latina envolvidos em projetos de
integração regional.
c) Comparar os discursos de integração regional latino – americana
dos países com governos de esquerda, no ambiente da política
interna e externa, a pratica das instituições de integração regional;
a luz do arcabouço teórico marxista.
d) Definir os limites e possibilidades, da compatibilidade entre
instituições em processos de integração e o discurso transformador
dos governos de esquerda na América – Latina, a partir de uma
abordagem marxista das instituições internacionais.
Metodologia


Os objetos desta pesquisa são os discursos de política externa e
interna, dos governos de esquerda da America – Latina, as
instituições em processos de integração regional no subcontinente,
e a teoria marxista das relações internacionais, a partir da
sistematização de suas bases com ênfase na questão das
instituições internacionais, e sua aplicabilidade ao estudo de caso
especifico dos processos de integração na America – Latina.
O delimitador espacial será a região conhecida como America –
latina, e que compreende desde o México em seu ponto mais
setentrional, até o Chile e a argentina em seu ponto mais
meridional, por extrato temporal se delimita como ponto de partida
o ano de 1.999, quando do inicio da revolução bolivariana.
Metodologia

A análise do discurso será a principal ferramenta de
pesquisa, com sua coleta sendo efetuada nos ministérios
de relações exteriores dos países estudados. Nas
sistematizações dos discursos, serão considerados os
indicativos que defina qual e de que tipo é o interesse
que os países possuem na integração. Também será
utilizada a vasta bibliografia marxista, existente em
bibliotecas e na internet. Assim como os documentos
oficiais das instituições em processo de integração
regional na America – Latina, disponíveis virtualmente
ou em bibliotecas da região.
Metodologia

A pesquisa se caracteriza como predominantemente
qualitativa e de base exploratória. O tratamento dos
dados será feito pela conjunção de métodos
quantitativos e qualitativos, que serão sistematizados em
tabelas e quadros, e daí em gráficos, que demonstrem
as principais características das instituições em processo
de integração regional na America – latina, bem como
dos discursos transformadores dos governos de
esquerda da região, como forma de verificar, sob a
óptica teoria marxista das relações internacionais os
limites e possibilidades da compatibilidade destes
processos.
Resultados Esperados

Pretende-se contribuir, a partir desta pesquisa,
com a revisão e discussão teórica nas Relações
Internacionais, com ênfase nos processos de
integração regional em curso no subcontinente
Latino – Americano. Bem como, com uma
avaliação das possibilidades e limites da
compatibilidade entre instituições em processos
de integração e o discurso transformador dos
governos de esquerda na América - Latina a
partir da óptica da teoria marxista das Relações
Internacionais.
Verificações
1: A dinâmica das mudanças nas relações
Internacionais.
 2: Um novo modelo de Organizações
Internacionais.
 3: A dinâmica da relação entre os atores
destas O.I.s que compõem o grupo que
aqui classificamos como novo modelo.

Metodologia

A pesquisa se caracteriza como predominantemente
qualitativa e de base exploratória. O tratamento dos
dados será feito pela conjunção de métodos
quantitativos e qualitativos, que serão sistematizados em
tabelas e quadros, e daí em gráficos, que demonstrem
as principais características das instituições em processo
de integração regional na America – latina, bem como
dos discursos transformadores dos governos de
esquerda da região, como forma de verificar, sob a
óptica teoria marxista das relações internacionais os
limites e possibilidades da compatibilidade destes
processos.
RESULTADOS

Existe compatibilidade entre este novo
modelo de Organizações Internacionais,
com a teoria marxista das relações
internacionais em várias perspectivas no
caso da ALBA e em algumas no caso da
Unasul.
RESULTADOS
Unasul: Modelo mais próximo das
perspectivas liberais do que das marxistas,
com menos resultados práticos do que a
ALBA.
 ALBA:
Modelo mais próximo das
perspectivas marxistas, tendo resultado
em várias iniciativas e na criação de
inúmeras estatais.

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