O objeto a na melancolia
Maria de Fátima Ferreira
Sabe-se que, tanto o luto como a melancolia se definem como uma reação à perda
de um ente querido, de uma situação, ou de um ideal. Uma primeira distinção entre o luto e
a melancolia se verifica pela fenomenologia em que, na melancolia se observa a
“perturbação do sentimento de si”. Esse fenômeno elementar apresentado por Freud, se
expressa nas queixas e auto-acusações tão características do melancólico. Segundo Freud, o
melancólico nos mostra um extraordinário rebaixamento de seu eu, com empobrecimento.
No luto, o mundo é que se torna pobre e vazio, mas na melancolia, isso ocorre no próprio
eu. O doente nos descreve seu eu como indigno e desprezível, se humilhando perante todos.
O quadro deste delírio de indignidade leva a um desfalecimento da pulsão.
Para Freud, na melancolia o doente reage à perda, utilizando o recurso de
identificar-se ao o objeto perdido, para, assim, reconstruí-lo em seu eu. Daí a célebre frase:
“A sombra do objeto caiu sobre o eu”, que irá trazer conseqüências perturbadoras, como
uma ferida permanentemente aberta para a perda libidinal, que irá esvaziar o eu.
Segundo Mazzuca, “... o que é próprio do sujeito melancólico, em relação às outras
formas de psicoses, é o tipo de resposta diante a impossibilidade do luto: a alteração do eu
pela identificação com o objeto e o empobrecimento resultante”1.
Lacan apresenta, no sem. X, que a chave para a diferença entre o luto e a melancolia
consiste na distinção de dois registros em relação aos objetos, por um lado, os imaginários,
i(a), e por outro, o objeto a. Em relação ao trabalho final do luto, ele formula a expressão
reintegração do objeto em seu marco narcisista, indicando que quando o sujeito faz uma
retomada do objeto, reunindo em si as mesmas condições em que se estabeleceu a perda do
primeiro objeto de satisfação, essa reintegração lhe permitirá, portanto, se re-apossar
definitivamente da perda do objeto e, em seguida, fazer o seu luto e se orientar na via do
seu desejo. Cabe então fazer uma analogia com a identificação ao objeto na melancolia:
1
MAZZUCA, R. As psicoses: fenômenos e estrutura.
1
nesta última, como não é possível o trabalho do luto, o objeto do desejo não aparece. Podese dizer que nessas circunstâncias a identificação é narcisista.
É, pois, a imagem especular, o i(a), decorrente da ação do narcisismo secundário no
eu que vem fazer com que o a permaneça mascarado. Dessa forma, pode-se dizer que só
existe imagem especular, i(a), onde houve uma perda de objeto com elaboração do luto.
Nesse caso, o ideal do Outro, I(A), exerce sua plena função de sustentar o eu.
Assim, com base nessas formulações, está-se no campo da neurose, onde a perda
fica fora do eu, e onde a morte é do Outro, fora. O contrário disso se vê na melancolia.
Nessa condição, a morte de alguém ou a perda de qualquer objeto amado não se traduz pela
reintegração do objeto, mas sim por uma identificação do sujeito ao objeto perdido em seu
marco narcisista. Sob essa ótica, a morte fica dentro do eu. Ao se instalar no eu, a partir da
“sombra do objeto que recai sobre o eu”, o que advém é uma pura destruição.
O que Lacan apresenta no O Seminário, livro X: a angústia é precisamente o
aspecto da identificação na melancolia e da passagem ao ato suicida. Ao pensar no
melancólico em referência à identificação ao a, ele o distingue do neurótico, que faz sua
identificação à imagem especular, ao i(a), que recobre o objeto, permitindo uma máscara
para o objeto a, impossibilitando o reencontro do objeto.
O que Lacan afirma para as duas condições é que o sujeito deve se entender com o
objeto. Na melancolia, o objeto a se encontra, em sua essência, desconhecido. Segundo
Lacan, isso exige
que o melancólico, digamos, atravesse sua própria imagem e primeiro a ataque,
para poder atingir, lá dentro, o objeto a que o transcende, cujo mandamento lhe
escapa — e cuja queda o arrasta para a precipitação suicida, com o automatismo,
o mecanicismo, o caráter imperativo e intrinsecamente alienado com que vocês
sabem que se cometem os suicídios de melancólicos.2
Nesse sentido, é preciso ver, na melancolia, um sujeito que se referencia
radicalmente ao a, de maneira mais arraigada do que qualquer outra relação. Nessa, vê-se
um sujeito marcado por uma perda desconhecida, que o aliena para sempre numa relação
narcísica primária. Nesse sentido, “no melancólico, os parênteses do i(a) se levantam, a
2
LACAN. J. In: Seminário X, “A Angústia”, p. 364.
2
imagem se atravessa e aparece a identificação com o objeto”3. Essa relação é a mais viva
presença do tipo de identificação na melancolia.
Para ilustrar o que Lacan designa como identificação narcísica ao objeto a, recortei
um fragmento de “Um caso de melancolia/A metamorfose da Barbie”, apresentado por
Florência Surmani4, e comentado por Nieves Soria, no qual se destaca a identificação
narcisista ao objeto a, onde a paciente se apresenta radicalmente colada ao objeto, que não
pode ser extraído. Além disso, o caso destaca modo em que ocorre a amarração dos três
registros (real, simbólico, imaginário) na melancolia, bem como o lugar que o analista
ocupou.
Trata-se de uma mulher que após internação por tentativa de suicídio com ingestão
de medicamentos, procura análise por causa dos transtornos alimentares. Conta à analista
que havia se separado, e isso a fez procurar análise. Logo que se casou, passou a ter
compulsão alimentar, engordando quinze quilos, e se sentia deprimida. Às vezes saía
andando e se perdia, até voltar a si. Carregava uma culpa pela separação. Sentia-se um lixo,
uma porcaria e dizia não merecer nada. O ex tampouco merece alguém assim. Ao mesmo
tempo falava em vingança, pois ela dizia que perdeu tudo e ele nada. Seus pais contaram à
analista que R falava em tomar veneno para rato, pois achava que merecia morrer como um
rato.
Em sua análise, que durou dois meses, ela sempre chegava em dois pontos: que era
um lixo e que merecia o pior. A grande questão gira em torno de sua separação: que ela
havia perdido tudo e ele nada. Pensava nele o tempo todo, não pode tirá-lo da cabeça, tudo
lhe fazia signo. Ao ver um televisor na vitrine, ela pensava que ele tinha esse ou um maior,
se via uma mulher bonita, pensava que ele podia se apaixonar por ela. Qualquer objeto que
via, ele o tinha. Ela perdeu tudo, ele nada.
Algumas vezes a compulsão aparecia quando ela se sentia um lixo e precisava fazer
algo. A analista acreditava que tal compulsão estava servindo como uma suplência. A
paciente trazia uma questão com seu corpo, com a imagem do seu corpo, chegando a fazer
7h de exercícios físicos por dia. Sentia que precisava de relações sexuais, assim como da
compulsão alimentar, para colocar algo em seu corpo que a acalmasse. Por outro lado, com
3
CHAMORRO. Clínica de las Psicosis. Cuadernos del Instituto Clínico de Buenos Aires, p. 196.
SORIA, N. “Um caso de melancolia/ A metamorfose da Barbie”. In: Confines de las psicosis. Teoria e
Prática. 1 ed. Buenos Aires: Del Bucle, 2008
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3
o tratamento analítico, a paciente foi introduzindo a tristeza e as penas do amor. Segundo a
analista, este caso lembra o livro de Kafka “A metamorfose”, pelo que ocorre com ela. Ela,
de uma beleza tipo “Barbie”, apaixonou-se por um rapaz, também muito bonito, na internet,
enviava suas fotos e o rapaz as dele. Tudo se passava no plano da imagem, onde parece que
ela vai buscar algo mais ou menos armado. Um dia, R. vende tudo, larga tudo, e vai
embora, se casar com o rapaz. E depois do casamento, isto vai se desarmando, e ela vai se
transformando em uma barata, ou em uma rata. Logo em seguida, o rapaz decide separar-se
dela. Nessa viagem que fez, em R. se opera uma metamorfose da Barbie à barata ou a rata.
Observa-se que o que desencadeia a melancolia em R. é uma perda. Neste caso, algo
se desencadeou antes, mas culmina com a passagem ao ato suicida após a ruptura com o
marido. A impossibilidade em perder o objeto, que é a diferença que Freud assinalou em
Luto e melancolia, faz pensar que em R., a sombra do objeto tenha caído sobre o eu, e que a
resposta dela à separação do marido ou a perda do objeto amoroso tenha sido perder-se ela
mesma. Se trata aqui de uma amarração pela imagem, pois desde que conheceu o rapaz pela
internet, trocaram fotos onde ele dizia que ela era charmosa, que era o amor de sua vida.
Uma espécie de relação especular entre as fotos dela e as fotos dele. Cada um se apaixona
por si mesmo na imagem do outro. É esse tipo de paixão meramente narcisista.
O sujeito melancólico, cuja vivência fundamental é um ser de resto, de dejeto, de
objeto, pode chegar a recorrer a incluir-se em uma imagem no outro, tentando encontrar ali
algum lugar, algum véu, algum revestimento. Mas se trata de uma pura imagem vazia. R se
apaixona por uma foto e faz uma passagem ao ato. Ela se apaixona por uma foto e vende
tudo, deixa tudo, deixa a vida que levava e vai atrás dessa imagem buscando alojar-se no
brilho que encontra nela, devolvendo o brilho a sua própria foto.
E assim é em toda relação puramente narcisista e especular, quando se atravessa o
plano da imagem as coisas começam a andar mal. Esse ponto de atravessamento do plano
da imagem, é quando se produz novamente, ou pela primeira vez, o desencadeamento cai
no lugar de dejeto. É quando ela engorda quinze quilos, e se sente deprimida. R. diz que as
baratas a incomodavam muito, que era algo que não podia suportar, e diz: “Me sentia suja,
um asco”. De modo que a barata resulta finalmente nela mesma, que cai como uma barata.
Pode-se dizer que, na medida em que perde essa regulação do gozo corporal que
possibilita o véu imaginário, tem um retorno do gozo no corpo, que toma a forma de
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compulsões. Não somente se sente um asco e deprime, senão, engorda. Há uma invasão do
gozo corporal sob a forma do objeto alimentar.
Para ela, muito deprimida é não saber quanto gasta comendo, e sair a caminhar e
não saber onde está indo, até voltar a si. Nesses momentos, fica totalmente perdida, sem
referencia. Tem um fenômeno de perda do eu, aí presente, uma ausência de limite no
movimento corporal.
Os vaivens do ódio:
Ela se sente um lixo quando o dia está lindo. Na melancolia, o delírio de
indignidade às vezes está presente e na condição de lixo, não pode fazer o mínimo para que
alguém a queira, não merece nada e ele tampouco merece alguém assim. O delírio lhe dá
uma certeza de ser um lixo, um dejeto, um resto.
R. quer vingança, pois ela perdeu tudo e ele nada. O melancólico identificado ao
objeto a, na medida em que se trata de um ódio em direção ao objeto, ódio que
eventualmente pode tomar a forma de uma passagem ao ato, de um ataque ao objeto – que
era o que ela estava pensando. Muitas passagens ao ato psicóticas podem ser consideradas
nessa lógica, na qual o sujeito, para sair do ser de dejeto pelo que se sente totalmente
invadido, ataca o corpo do outro. Já que nesta lógica – quando ela vai buscar este lugar no
outro, mas atravessa o plano da imagem – cai desse lugar.
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Deste modo, o que se produz é uma disjunção absoluta entre seu ser de objeto e essa
imagem fálica que fica do lado dele, então, tudo para ele, e nada para ela. É um momento
no qual ela quer revestir isto, daí o recurso à vingança, a atacá-lo, a tirar isso que ele tem.
Se trata de atacar nele o objeto precioso que a ela lhe desaparece.
Seu primeiro desencadeamento fora aos 15 anos, cuja única manifestação parece ter sido a
bulimia. Mas, aos 14 anos R. se deixara degradar pelo seu primeiro noivo, que separou-se
dela. E uma vez que ela perde esse objeto, irrompe a bulimia, como um querer voltar a
incorporar esse objeto todo o tempo.
O desligamento do simbólico:
Nieves Soria, ao comentar o caso, apresenta sua hipótese acerca da estrutura da
melancolia: o lapso do nó consiste no desatamento do simbólico, de modo que o sujeito vai
ter que se arranjar com isso. O simbólico se solta, dando lugar a uma interpenetração entre
o real e o imaginário. Como falta a mediação simbólica da castração, tem algo que não
encaixa entre o i e o a. Ali se verifica a interpenetração.
Se entre o real e o imaginário estivesse mediando o simbólico, os primeiros não estariam
interpenetrados, e a relação com o corpo seria um pouco mais amável para R.
O desejo do analista versus o desejo de morte:
O desejo de morte, e a ideação suicida estavam sempre presente. E, em relação à
bulimia na melancolia, se vê precisamente isto que se deteve tanto Abraham, que são os
transtornos alimentares presentes na melancolia, e que ele abordou pelo lado da oralidade.
O que não engancha no discurso de R. é o fato do simbólico estar solto, e o simbólico é o
que dá uma ordem ao discurso.
A analista se propõe como sustentação de uma ordem simbólica quando localiza a
questão da causa, e possibilita então um armado, e um armado é um ordenamento. O desejo
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do analista aponta a devolver algo do ordenamento que possibilita no simbólico as relações
entre real e imaginário; e aqui podemos localizar o armado, o significante armado. No
gráfico abaixo, onde vemos o armado, ou seja, a posição do analista ocupar o lugar do
enlaçamento ali onde o simbólico está solto.
Segundo comentário feito por Nieves Soria, o termo armado soa como amar, tem
algo do amor de transferência que – poderíamos dizer – se arma.
Reenlaçando o simbólico:
R. Diz que pensa todo o tempo nele, pontualmente não pode perder esse objeto, isto
está presente todo o tempo (é o que coloca Freud em “Luto e Melancolia). Por sua vez, é
essa lógica segundo a qual ele é tudo e ela nada, própria da melancolia. E quando ela
localiza esta questão, novamente se aproxima da passagem ao ato, uma noite telefona a
analista, para dizer-lhe que vai tomar todos os remédios. É interessante como frente à
eminência da passagem ao ato, ela conta com o recurso que já havia previsto a analista: o
chamado ao Outro. A intervenção da analista é colocar que ela está triste, falar-lhe da dor
que pode ser uma pena de amor. Novamente introduz algo de uma ordem simbólica que
daria conta deste gozo que a invade, que a empurra à passagem ao ato.
Por outro lado, estão as compulsões. R. de repente se encontra comendo sem poder
parar. O que vai colocar Freud no texto “Totem e Tabu”, e em outro texto “Neuroses de
transferência – Uma síntese”, é como se na melancolia o sujeito permanecesse detido no
momento posterior ao assassinato do pai. Identificado com o pai morto, não pode terminar
de incorporar o pai, o pai está morto, mas não pode acabar de comê-lo, não pode acabar de
engoli-lo, não se termina de operar a passagem do pai vivo ao pai morto – ou seja, ao Nome
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do Pai. O que se verifica na bulimia é que o sujeito não pode terminar de comer o pai, está
o tempo todo comendo-o.
Há algo que não acaba de se fechar no plano da identificação primária, da
incorporação do significante do Nome do Pai. E concretamente, disso se trata em “Totem e
Tabu”, com a comida totêmica. De modo que não é casual a incidência, a freqüência, dos
transtornos alimentares na melancolia.
O olhar vivo e a imagem vazia:
Não é por acaso que esse pai começa a surgir como perseguidor. Por um lado,
aparecem as idéias de que o pai sabe o que ela fez, ainda que isso depois caia, e logo vem a
idéia de que o pai é a causa de que ela tenha separado. Começa a se fazer presente algo da
ordem desse pai vivo, gozador, que R. não pode acabar de matar, e que estava bem
encarnado pelo pai. Isto se reflete no relato à analista, de que o pai a pressiona até quando
ela começa a deixar de sentir-se um lixo, uma porcaria. O pai ajuda muito para que ela não
possa engoli-lo.
Para R. a imagem é vazia, é um i com o parênteses vazio: i ( ), ou seja, é o i, mas
sem carne, sem volume. Pontualmente, o que se vê na descrição que faz Florência – do que
é a imagem para R -, e a disjunção entre o i e o a: estão separados. Desta maneira, no
tratamento, o “ir armando algo” por um lado toma essa vertente, a vertente de reenlaçar o i
e o a, por exemplo, quando Florência introduz o corpo em tudo o que ela conta, fazendo
referencia ao cansaço corporal. Todas essas manobras transferenciais, e todas essas
intervenções apontam para introduzir alguma mediação que re-enlace o i e o a.
O melancólico, no caso R. ao vender tudo e ir embora, ela fica sem o Outro do
simbólico, e o que retorna é a interpenetração entre imaginário e real. Na interpenetração
podem acontecer diferentes movimentos. Às vezes, é o real que avança sobre o imaginário,
o resultado é o afeto depressivo, a difamação, o delírio de indignidade, que é o real do
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objeto como desfeito desarmando, que pulveriza o narcisismo, o amor por ela mesma.
Também está presente o movimento contrário, quando o imaginário arrasa sobre o
real, é a mania. Os episódios maníacos, na melancolia, são momentos nos quais o sentido
do giro dos círculos na interpenetração se revertem, e então o sujeito passa a tratar o real
pelo imaginário, mas sem a mediação do simbólico, é uma pura imagem.
Neste caso, o primeiro episódio maníaco, que também é uma passagem ao ato, se
manifesta quando ela acredita que é uma pura foto, e que com a foto vai fazer tudo que quer
fazer. Ela, como pura foto, se vê lançada como se não houvesse outras coisas em jogo na
relação amorosa com o outro, como se tratasse de um puro assunto de imagem. Ao largar
tudo e ir embora, cai como um objeto, identificada narcisicamente.
Referências Bibliográficas:
CHAMORRO, J. Clínica de las psicosis. Cuadernos del Instituto Clínico de Buenos Aires n. 8, 254, p. 2004.
LACAN, J. (1949). O estádio do espelho como formador do eu – tal como nos é revelada na experiência
psicanalítica. In: _____. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
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LACAN, J. (1963). O Seminário, livro X. A angústia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. 368 p.
FREUD, S. “Luto e Melancolia”. Obras completas, Vol .XVI. Ed. Amorrotu. Buenos Aires, 1980.
FREUD,S. “Totem e Tabu”. Obras completas, vol XIII, Totem e Tabu e outras obras. Ed. Amorrotu, Buenos
Aires, 1980.
FREUD, S. “Neuroses de transferência- Uma síntese”. Barcelona. Ed. Ariel, 1989
MAZZUCA, R. Las psicosis – fenômeno y estrutura. Buenos Aires, Ed. Bergasse 19, 2004
SORIA, N. Confines de las Psicosis. Ed. Del Bucle, Buenos Aires, 2008
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