Seja Bem Vindo!
Curso
Fotografia Digital
Carga horária: 40hs
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Dicas importantes
• Nunca se esqueça de que o objetivo central é aprender o
conteúdo, e não apenas terminar o curso. Qualquer um termina, só
os determinados aprendem!
• Leia cada trecho do conteúdo com atenção redobrada, não se
deixando dominar pela pressa.
• Explore profundamente as ilustrações explicativas disponíveis,
pois saiba que elas têm uma função bem mais importante que
embelezar o texto, são fundamentais para exemplificar e melhorar
o entendimento sobre o conteúdo.
• Saiba que quanto mais aprofundaste seus conhecimentos mais
se diferenciará dos demais alunos dos cursos.
Todos têm acesso aos mesmos cursos, mas o aproveitamento
que cada aluno faz do seu momento de aprendizagem diferencia os
“alunos certificados” dos “alunos capacitados”.
• Busque complementar sua formação fora do ambiente virtual
onde faz o curso, buscando novas informações e leituras extras,
e quando necessário procurando executar atividades práticas que
não são possíveis de serem feitas durante o curso.
• Entenda que a aprendizagem não se faz apenas no momento
em que está realizando o curso, mas sim durante todo o dia-adia. Ficar atento às coisas que estão à sua volta permite encontrar
elementos para reforçar aquilo que foi aprendido.
• Critique o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação
do conteúdo no dia-a-dia. O aprendizado só tem sentido
quando pode efetivamente ser colocado em prática.
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Conteúdo
Breve Histórico
O que é Fotografar?
A Luz e as Cores
Equipamentos e Formatos (Convencionais x Digitais)
Como a Imagem é Registrada?
Os Dispositivos de Exposição
Como Fotografar?
A Composição da Imagem
Imprima e Impressione
Escolhendo um Equipamento
Cuidados Especiais
Bibliografia/Links Recomendados
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Breve Histórico
1727 – Alemanha – Johann Heinrich. Fenômeno da
fotossensibilidade em sais de prata.
1826 – França - Joseph Nicéphore Nièpce. Inventa a
Héliographie. Morreu antes de ver seu invento mundialmente
aclamado.
1835 – William Henry Fox Talbot. Inventa a Calotipia ou
Talbotipia (Desenho fotogênico). Fazia uso de um tipo de
negativo de papel = Reprodutibilidade.
1839 – França – Jean Jacques Mandé Daguerre inventa a
Daguerreotypie:
- Placa de cobre revestida com prata polida;
- Imagem única e rara;
- Longas horas de exposição (ruim para retratos).
Niépce de Saint Victor (sobrinho de Niépce) - Daguerreótipos
com tênue coloração.
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1869 – Hauron e Cros – Imagens em cores na mesma época,
sem que um tivesse conhecimento do outro.
1907 – Autochrome Lumiére – Féculas de batata previamente
tingidas (RGB) em placas de vidro.
1935 – Leopold Manner e Leopold Godowsky – Filme
diapositivo (slide) – Kodachrome – Emulsões de sais de prata em
3 camadas independentes (RGB).
1941 – Kodak - Negativo / Positivo em cores.
1947 – Ektacolor – Filme colorido que podia ser processado
pelo próprio fotógrafo.
Década 80 – Popularização da revelação em cores (processo
C41), com entrega em 24 hs.
Década 90 – Popularização da revelação em cores, processo
C41, com entrega em 1 hora.
Início dos anos 2000 - Terceiro milênio – Lançamento da
fotografia digital (160 ANOS APÓS). Uma das principais e mais
profundas revoluções tecnológicas.
O que é Fotografar?
É registrar o cotidiano?
Enxergar detalhes?
Descobrir novos olhares?
Captar flagrantes?
Provocar reações?
É luz e sombra?
Estado da arte?
É tudo isso!
É ter a oportunidade de guardar as boas lembranças (No Japão,
chega a favorecer a aprovação de pedido de casamento);
É memória (Filme Titanic / Rose);
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É paixão.
E prática. Muita prática.
Exercício prático 1: Pegar uma revista sobre fotografia e criticar
as obras.
A Luz e as Cores
LUZ
(Aurélio) Radiação eletromagnética de comprimento de onda
compreendido, aproximadamente, entre 4.000Å e 7.800Å, capaz
de provocar sensação visual num observador normal.
VISÃO
O que vemos, portanto, é a reflexão destas ondas diante de uma
superfície (Luminância). As cores (Crominância) que enxergamos
acontecem porque estas ondas vibram em freqüências distintas,
após incidirem em superfícies de materiais distintos.
FONTES DE LUZ
NATURAIS:
1) Sol
Direta – Luz “dura”, com alto contraste. Boa para detalhar relevo
e texturas.
Indireta – Luz difusa, com baixo contraste. Boa para fotografar
pessoas (atenua as marcas de expressão, imperfeições e
rugosidades).
2) LUA – Muito tênue e demasiadamente fraca para registro.
ARTIFICIAIS:
Incandescente, Fluorescente, Vapor de Mercúrio, Vapor de
Sódio, Flash (Direta, difusa ou rebatida) etc.
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AS CORES
OLHO HUMANO:
A visão humana é capaz de distinguir cores a partir do
infravermelho, até o ultravioleta (as cores visíveis no arco-íris), a
partir de três pigmentos visuais dispostos nas células cones, no
fundo da retina do globo ocular (Hearn e Baker).
CORES PRIMÁRIAS (Cores puras):
POSITIVAS: RGB = Red (vermelho), Green (verde) e Blue (azul).
Gráficas usam o padrão CYMK.
Cyan, Yellow, Magenta e K-Black.
CORES SECUNDÁRIAS ou PRIMÁRIAS NEGATIVAS:
CMY = Cyan (ciano), Magenta e Yellow (amarelo).
Resultantes da mistura entre duas cores primárias.
CORES TERCIÁRIAS são formadas por uma primária e uma
secundária.
A TEMPERATURA DE COR
Cada fonte de luz possui uma freqüência de onda diferente,
fazendo com que os objetos sejam vistos, pelas suas respectivas
reflexões, com cores diferentes das originais.
No século 19, o escocês Lord Kelvin criou uma tabela capaz de
medir os desvios de proporção da luz branca, a partir de uma
barra de ferro sendo aquecida. Da cor negra, abaixo dos 1000o
Kelvin, a medida em que ia aquecendo a barra de ferro, passava
a emitir irradiação luminosa, com cores variáveis, do vermelho
(1200o K), ao azul (11000o K), conforme gráfico abaixo.
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Por padrão, imagens iluminadas com fonte luminosa natural, do
sol ao meio dia e à sombra, por exemplo, produz uma imagem
tendendo à cor branca. Já ao crepúsculo, produz imagens
avermelhadas. De forma análoga, cada fonte luminosa produz um
padrão cromático distinto. Um bom fotógrafo sabe distinguir quais
são essas tendências de aberrações, antes mesmo do registro.
Veja a tabela abaixo com alguns exemplos desses efeitos com as
fontes luminosas mais comuns:
De forma inteligente, o cérebro humano, ao receber os pulsos
nervosos normais com a imagem, automaticamente, ajusta o
balanço de cor, fazendo com que as cores pareçam mais reais e
naturais,se baseando nas luminâncias mais altas, deixando-as
brancas. Por esse motivo, não percebemos esses efeitos.
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Os filmes fotográficos possuem filtros cromáticos para correção
de temperatura de cor, bem como fazem os equipamentos
fotográficos e filmadoras, que corrigem, manualmente ou
automaticamente, essas aberrações naturais, para que as cores
pareçam mais reais. Quando esse ajuste é feito manualmente,
usa-se o termo “bater o branco” ou “White Balance setting”.
Exercício prático 2: Ajuste a câmera para posição luz natural,
com sol, e fotografe locais com diferentes temperaturas de cor.
Equipamentos e Formatos (Convencionais x
Digitais)
COMPONENTES BÁSICOS
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE EQUIPAMENTOS
QUANTO AO USO: AMADORES
Dotada de recursos automáticos para facilitar a vida do fotógrafo,
tais como foco, velocidade, abertura e ajuste de ISO automáticos
ou fixos. São muito limitadas.
QUANTO AO USO: PROFISSIONAIS
Uso de recursos manuais e automáticos, respectivamente, para
oferecer controle total da exposição e para facilitar a vida do
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fotógrafo, tais como ajustes de foco, velocidade, abertura e de
ISO ou ASA automáticos ou fixos.
A maior característica de um equipamento profissional é a
presença do SLR - Single Lens Reflex - (monoreflex), na qual a
imagem enquadrada passa pela objetiva e chega, por meio de
espelhos, atévisor (ocular). Tal recurso favorece o
enquadramento e a certeza do foco, evitando o erro de paralaxe.
QUANTO A FORMA DE REGISTRO: CONVENCIONAIS
São os equipamentos que fazem uso de películas fotográficas
negativas ou positivas (slides e instantâneos), à base de haleto
de prata.
Os filmes deram
reprodutibilidade.
à
fotografia
a
natureza
intrínseca:
a
Quanto maior a área do filme, maior a definição da imagem.
FORMATOS DE FILMES:
Extintos: 110, 126 etc.
Atuais: APS, 135 (mais usado) e 120 (6x6cm ou 6x7cm) .
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> NEGATIVOS OU POSITIVOS (SLIDES)
> PRETO&BRANCO OU EM CORES
> INSTANTÂNEO (Polaroid).
QUANTO A FORMA DE REGISTRO: DIGITAIS
São os equipamentos que fazem uso de sensores eletrônicos
(CCD ou CMOS) para registrar a imagem e gravam em arquivos
de formatos binários (JPG, TIF, RAW etc.).
Quanto maior o número de pixels (pontos de imagem) no chip,
maior a definição e qualidade da imagem.
Exercício prático 3: Qual formato é a sua câmera, quanto à
forma de registro e quanto ao uso? Como é feito o ajuste de
temperatura de cor da sua câmera?
AS OBJETIVAS
Levam em conta o ângulo da abordagem fotográfica e são
classificadas em função da distância, em milímetros, entre o filme
(ou sensor) e a primeira lente do conjunto óptico da objetiva.
Com base em câmeras de filmes 35mm, podem ser:
FISH EYE (Olho de peixe) – Abaixo de 20mm.
GRANDE ANGULAR – Entre 20 e 45mm.
NORMAL – 45 ~60 mm.
TELEOBJETIVA – Acima de 70 mm.
ZOOM – Distância focal variável.
MACRO – Capaz de focar objetos muito próximos (poucos
centímetros).
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PC – PERSPECTIVE CONTROL – Grande angular com
capacidade de corrigir distorções.
CARACTERÍSTICAS FOCAIS:
OBJETIVA – GRANDE ANGULAR
São as objetivas com distância focal entre 20 e 45mm (filme 135);
Oferecem campo de visão ampliado;
Grande profundidade de campo (área em foco);
Altera a perspectiva gerando distorções na imagem. Os assuntos
mais próximos ficam muito maiores do que os mais distantes.
OBJETIVA - NORMAL
São as objetivas com distância focal aproximada de 50mm (filme
135);
Oferecem campo de visão análogo ao olho humano;
Profundidade de campo moderada (área em foco);
Altera muito pouco a perspectiva.
OBJETIVA - TELEOBJETIVA
São as objetivas com distância focal acima de 55mm (filme 135);
Oferecem
campo
de
visão
fechado;
Baixa
profundidade
de
campo
(área
em
foco);
Altera bem menos a perspectiva.
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OBJETIVA - ZOOM
São as objetivas com distância focal ou campo de visão
VARIÁVEIS;
Profundidade de campo (área em foco) depende do ângulo usado
e
da
abertura;
A distorção de perspectiva altera, também, em função do ângulo.
Observação: O Zoom digital é um recurso que deve ser usado de
forma muito restrita, pelo fato de ser mais um mero apelo de
venda da indústria do que um útil recurso. O maior problema é
que ele causa deformações na imagem final, ao ampliar os pixels
e ao tentar criar novos pontos semelhantes. Seus efeitos podem
ser irreversíveis e nocivos à uma boa imagem.
Exercício prático 4: Faça 3 fotos com distâncias focais em
grande angular, normal e tele e anotem os resultados. Dica:
Cuidado com as gordinhas!
ACESSÓRIOS ÚTEIS
FLASHES
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Fornecem luz balanceada (temperatura de cor da luz do dia = cor
branca), para situações de baixa luminosidade. Podem gerar
iluminação muito dura (luz “chapada”, com altos contrastes,
deixando a imagem muito plana). Esses efeitos indesejados
podem ser atenuados pelo uso de difusores ou de rebatedores,
presentes
nos
modelos
profissionais.
Alguns modelos fazem leitura do ambiente, de sorte a adequar a
intensidade luminosa às condições de iluminação do ambiente e
ao valor do diafragma previamente escolhido. Outros ainda
possuem a capacidade de ajustar o foco, automaticamente, em
função da distância focal do zoom e, ainda, de trocar informações
com as câmeras monoreflex (sistema TTL – Through the lens),
para garantir um melhor ajuste automático.
RED EYE REDUCTION: Há um efeito desagradável que ocorre
com as câmeras compactas, cujo flash embutido, por
necessidade de projeto de desenho, fica disposto muito próximo
da lente, que deixa as pessoas com os olhos vermelhos. Esse
efeito ocorre porque o ângulo de reflexão da luz está muito
fechado, fazendo com que a luz do flash ilumine, diretamente, o
fundo do olho e retorne direto para a lente. Como o globo ocular é
irrigado por vasos sangüíneos, resulta na cor vermelha da pupila.
Para evitar esse efeito, algumas câmeras possuem um recurso
chamado de Red Eye Reduction (redutor de olhos vermelhos),
que consiste na emissão de um foco de luz ou de pequenas
rajadas de flashes, para que, por esse estímulo, as pupilas se
contraiam e atenuem esse efeito.
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CARTÕES DE MEMÓRIA (CHIP)
Responsáveis pelo armazenamento da imagem nas câmeras
digitais. É como se fosse a gasolina de um automóvel, portanto, é
indispensável.
Quanto
maior
a
suacapacidade
de
armazenamento, maior quantidade de fotos podemos armazenar
neles.
Quadro comparativo: Megabytes X Megapixels
OUTROS ACESSÓRIOS:
Oferecem recursos adicionais às fotografias e proteção ao
equipamento: tripé, bolsas de proteção, pilhas recarregáveis,
filtros (UV, Polarizador, Close-Up etc.)
FILTRO: POLARIZADOR
Capaz de polarizar a reflexão da luz, eliminando reflexos
indesejáveis.
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LENTE: CLOSE UP
Lente de aproximação, que amplia a imagem.
Exercício Prático 5: Quantos Megabytes tem o seu cartão de
memória e quantos Megapixels tem seu sensor de imagem?
Qual é o zoom óptico e digital de sua câmera.
Como a Imagem é Registrada?
A palavra fotografia deriva do grego Photo (luz), acrescido de
Graphos (escrita ou desenho). Atualmente, fotografias podem ser
registradas por meio de filmes ou papéis fotossensíveis
(equipamentos convencionais) ou por sensores de imagem
(equipamentos digitais).
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CONVENCIONAL: O Filme Fotográfico
O filme negativo fotográfico em cores é composto, basicamente,
por uma base plástica transparente e de três películas sensíveis
à cada uma das cores primárias, compostas de emulsões à base
de sais de prata (virgem), como elemento fotossensível, e de
gelatina, como veículo.
Cada uma dessas películas possui camadas com corantes com
as cores primárias negativas, que atuam como filtros. Só passam
pelos filtros as informações de cores diferentes da cor do mesmo.
Portanto, cada uma das camadas só registra nuances cromáticas
de cores semelhantes à mesma.
DIGITAL : O Sensor
Nas câmeras digitais, no lugar do filme fotográfico, há um ou mais
sensores de captação de imagens do tipo CCD (Charged Couped
Device) ou CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor).
No caso do CCD, cada célula forma um ponto (pixel)
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sensibilizado analogicamente, cujo valor é mensurado e
convertido para sinal digital. A imagem final é composta, portanto,
pelo conjunto desses valores e de outros atributos extras
necessários à formação do arquivo. Já o CMOS é composto por
vários transistores para cada pixel que amplificam e movem a
carga por fios condutores. Como o sinal já é digital, dispensa a
conversão e, com efeito, permite captações mais rápidas (refresh
time). Assim como ocorre com os filmes fotográficos, também, há
filtros de cores para captação das cores (em RGB, RGBK etc.).
DIGITAL : Pixel (Picture Element)
É a menor parte de uma imagem. É um microponto, ou um ponto
discreto de uma imagem.
DIGITAL : Codificação Analógico > Digital
Como apresentado antes, no caso da captação por CCD há a
necessidade de digitalização da imagem. Cada pixel é formado,
basicamente, pelos valores analógicos de cada uma das cores
(normalmente pelo RGB). Esses valores são digitalizados, de
sorte a amostrar milhões de possibilidades de cores, são
agrupados e, por fim, recebem os cabeçalhos e rabichos de
fechamento dos arquivos digitais, formando o arquivo final, sem
compressão.
DIGITAL : Compressão JPEG
Arquivos de imagem, ou tipo raster, demandam grandes
quantidades de memória para amostragem e formação do
conjunto de pixels. Para diminuir o tamanho da informação, em
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bytes, usa-se algoritmos de compressão, sendo o JPEG um dos
mais usados, por causa da qualidade final dos arquivos e do alto
poder de compressão. Vide no diagrama abaixo, o esquema de
compressão e descompressão JPEG.
DIGITAL : Anti Aliasing
Como o formato original do pixel é quadrado, as imagens digitais
formadas tendem a “serrilhar” os detalhes finos. A solução para
disfarçar esse efeito indesejado foi em inserir pixels com valores
intermediários nos contornos dos detalhes, formando uma escala
em degradê.
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CONVENCIONAL x DIGITAL
Fotógrafos mais conservadores ainda defendem a qualidade da
fotografia convencional como superior, tal como ocorre, ainda,
com outros profissionais ao preferirem a fotografia em
preto&branco. Na verdade, se levarmos em conta uma mesma
resolução e óptica, a fotografia digital (1:4000 = 12 pontos de f)
possui uma faixa dinâmica bem maior do que a convencional
(1:32 = 5 pontos f), conforme se pode observar na tabela ao lado,
segundo a PMA (Photo Marketing Association). Essa vantagem
para o digital permite captações com detalhamento mais fino,
com sombras bem mais suaves e menos contrastadas, capazes
de amostrar detalhes antes ocultados pela fotografia em
cores tradicional.
Exercício prático 6: Fazer 3 fotografias com uma mesma
câmera digital e de um mesmo assunto e ângulo, explorando 3
níveis de compressão distintos. Compararem os resultados
obtidos.
Os Dispositivos de Exposição
O FOCO
MANUAL:
Pode ser feito com o auxílio de Telêmetro de Imagem Partida ou
de Microprismas, que é um recurso óptico presente em algumas
câmeras profissionais e pouco usado, hoje em dia, por ter sido
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substituído por sistemas eletrônicos de focalização automática
mais eficientes.
AUTOMÁTICO:
Atualmente, são várias as tecnologias de medição de distância,
para ajuste de foco, tais como por emissão de raios
infravermelhos,
ultra-sônicos
etc.
São
recursos
bem
desenvolvidos e confiáveis. Algumas câmeras contam com
algoritmos inteligentes, capazes de prever onde (a distância
focal) um dado objeto em movimento estará no momento do
registro.
A EXPOSIÇÃO
É o ato de expor o sensor ou o filme fotográfico a uma quantidade
exata de luz, de forma a excitá-lo plenamente e sem excesso,
para que uma imagem seja bem registrada, de acordo com a
leitura de fotometria (vide parágrafo abaixo). Caso falte luz
(subexposição), as áreas mais escuras da imagem vão se
esmaecendo, proporcionalmente à falta de luz, chegando a não
ser sequer registradas. Do contrário, caso haja excesso, as
partes mais claras são sacrificadas, até que cause um quadro
completamente branco.
FOTOMETRIA: É o ato de medir a quantidade de luz, de sorte a
informar quais os números de diafragma e de velocidade do
obturador são indicados para o registro da imagem. A fotometria
é realizada pelo FOTÔMETRO (interno), ao se pressionar
levemente (na maioria das câmeras) o botão do obturador
(disparo). Os resultados da medição dependerão da sensibilidade
de ISO ajustada.
Há equipamentos que permitem a configuração do sistema de
fotometria em: EVALUATIVE = É o modo mais inteligente
presente em câmeras avançadas, que avalia vários pontos no
quadro, para analisar o objeto principal, a iluminação de frente e
de fundo, brilho etc., para, então, definir quais regulagens de
diafragma e velocidade deve-se usar, em função do programa
definido pelo fotógrafo (P, Green Zone, Av, Tv etc.);
SPOT (pontual) = Analisa apenas um ponto central do quadro,
ignorando as demais áreas;
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PARTIAL = É como o SPOT, só que mede uma área maior ao
centro (+- 9% da área);
CENTER-WEIGHTED AVERAGE = Calcula a média de
iluminação do quadro, mas prioriza a luz presente no centro
(média ponderada).
FOTÔMETRO EXTERNO: Essa medição pode ser, também,
realizada por equipamentos profissionais dedicados, que só são
úteis para fotografia profissional. A precisão da leitura de um
fotômetro resulta na qualidade do registro.
CONTROLES BÁSICOS DA EXPOSIÇÃO
As máquinas fotográficas mais avançadas contam com, pelo
menos, três recursos essenciais a uma boa fotografia (diafragma
ou íris, cortina do obturador, ajuste de sensibilidade), como forma
de ajuste da exposição do filme ou do sensor à luz. Por razões
econômicas ou de desenho, alguns equipamentos são
construídos com um ou mais desses ajustes com valores
medianos fixos. Ou seja, ao invés de contarem com conjuntos
eletromecânicos de alta precisão, substituem por circuitos
eletrônicos que simulam os seus funcionamentos (p.ex. aparelhos
celulares), de forma limitada, ou mesmo não oferecem qualquer
ajuste (p.ex. câmeras descartáveis, populares ou falsificadas),
tendo suas funções básicas fixadas em valores medianos.
Nesses casos, a qualidade final da exposição àluz fica limitada às
condições às quais esses equipamentos foram pré-programados,
não havendo como o fotógrafo interagir com a exposição.
DISPOSITIVOS MANUAIS DE EXPOSIÇÃO
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CORTINA DO OBTURADOR
É um dispositivo mecânico, controlado eletronicamente nos
equipamentos mais avançados, disposto entre a objetiva e o
sensor ou filme fotográfico, que é responsável por obstruir o
sensor ou filme quando não estiver em registro da imagem e por
abrir a cortina durante o período de tempo definido pelo fotógrafo
ou pelos cálculos automáticos, de sorte a expor o sensor ou filme
à luz necessária ao registro da imagem.
AJUSTE DE VELOCIDADE DO OBTURADOR
Regula a tempo, em frações de segundos, em que a película ou o
sensor será exposto à luz. Quanto maior o número de
Velocidade, mais rápida será a exposição.
Escala geral: 2”, 1”, 2, 4, 8, 15, 30, 60, 125, 250, 500, 1000, 2000.
Velocidades altas, “congelam” a cena.
Velocidades baixas, borram os pontos com movimento. (Usar
tripé)
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FOTOS EM LONGA EXPOSIÇÃO: São fotos registradas a
velocidades extremamente baixas, capturadas com tripé e
propulsor ou com Timer, para cenas com pouca iluminação
(paisagens noturnas) ou quando se pretende enfatizar o
movimento.
DIAFRAGMA ou IRIS
Regula a entrada de luz pela objetiva, de forma análoga ao íris do
olho humano. Nas máquinas fotográficas, quanto maior o número
de f, mais fechado está o diafragma. Escala geral: 1.8, 2.8, 4, 5.6,
8, 11, 16, 22.
Nota: Relação óptica do diafragma: Quanto mais aberto, menor
profundidade de campo, ou seja, a região em foco limita-se ao
plano de foco, borrando os elementos anteriores e posteriores
deste plano focal. O foco, nesta situação de lente muito aberta,
fica muito crítico. À medida em que se fecha o íris ou diafragma,
a profundidade de campo em foco aumenta proporcionalmente.
Vale ressaltar que a arte fotográfica depende, em muito, desse
conceito. Uma boa composição fotográfica pode ser conseguida
na delimitação das áreas em foco, como meio de guiar o olhar do
expectador para o assunto que o fotógrafo deseja que seja
percebido.
SENSIBILIDADE
Calibra a leitura do fotômetro (dispositivo que mensura a
quantidade de luz do ambiente), em função da sensibilidade à luz
desejada. Em câmeras convencionais que usam filmes
fotográficos, a sensibilidade é definida em ASA ou ISO e depende
da quantidade de prata que foi aplicada neles durante a
fabricação. Já no caso de equipamentos digitais, trata-se de um
ajuste eletrônico que regula o quanto sensível à luz ficará o
sensor. Quanto maior a sensibilidade à luz (porque mais sais de
prata há nos filmes ou mais forçados serão os circuitos
eletrônicos), menos luz precisará para o registro da imagem e,
em compensação, mais “granulada” ficará a imagem (porque sais
24
de prata não são translúcidos e o excesso de sensibilidade,
ajustado eletronicamente, gera ruídos).
Escala geral: ..., 25, 50, 100, 200, 400, 800, 1600...
Nota: Algumas câmeras convencionais recentes, que fazem uso
de filmes fotográficos, eram dotadas com um sistema de leitura
de ASA (ou ISO) automático, chamado de sistema DX. As
bobinas dos filmes fotográficos 135 possuíam um tipo de código
de barras, com informações da quantidade de chapas e da
sensibilidade do filme.
DISPOSITIVOS AUTOMÁTICOS
Notem que, nas ilustrações anteriores, por questões econômicas
e/ou de desenho, cada câmera possui uma localização própria
dessas funções, bem como de quais recursos estão disponíveis.
COMPENSAÇÃO
25
Ajustes finos para compensar aberrações de leitura do sistema
de fotometria, principalmente usado para situações de forte
contra-luz ou de objetos muito brancos com fundos escuros.
Pode ser ajustado em passos (pontos) inteiros ou frações de
exposição.
Varia, em geral, de -2.0 a +2.0 pontos de exposição. Médio: 0.
WHITE BALANCE: Balanço de Branco.
É o ajuste necessário para que a câmera digital filtre as
aberrações cromáticas das fontes de luz predominantes da cena,
de sorte a deixar a imagem com cores mais naturais. Pode ser
feito manualmente (posição set, para “bater o branco”), por
ajustes pré-ajustados (lâmpadas fluorescentes, halógenas, sol,
tempo nublado etc.) ou automaticamente.
Exercício prático 7: Anote quais recursos (ajustes) têm em sua
máquina fotográfica, manuais e automáticos.
Como Fotografar?
A questão que mais confunde os fotógrafos iniciantes é que, para
expor o filme ou sensor, os três dispositivos básicos utilizados na
exposição (diafragma ou íris, velocidade do obturador e ajuste de
sensibilidade)
são
GRANDEZAS
INVERSAMENTE
PROPORCIONAIS. Desta forma, para melhor explicar,
apresentamos uma analogia desenvolvida pelo autor, como um
interessante recurso didático: A Caixa D’Água.
ANALOGIA: A CAIXA D’ÁGUA
26
Tal como ocorre com a exposição de uma imagem durante um
registro fotográfico, uma caixa d’água conta com elementos
semelhantes para que fique 100% cheia. Ou seja, o tempo gasto
para que uma caixa se encha plenamente, sem jogar água fora,
depende do tamanho do recipiente e de quanto aberta está a
torneira. Certo?
Desta forma, para encher uma caixa com capacidade de 1 litro de
água, por exemplo, contando uma torneira aberta pela metade,
leva-se, hipoteticamente, 3 segundos, para que se encha sem
transbordar.
Caso aumentemos a abertura da torneira para ¾ de vazão, para
encher o mesmo recipiente, o tempo reduzirá em 1 segundo. No
mesmo raciocínio, caso fechemos um pouco a abertura da
torneira para ¼, o tempo gasto subirá em 1 segundo, conforme
se pode notar na ilustração ao lado.
Portanto, a cada passo que damos na abertura ou fechamento da
torneira, diminui ou aumenta em um segundo, respectivamente, o
tempo adequado para enchê-la. Seguindo o mesmo raciocínio,
caso o volume da caixa seja aumentado, ou levará mais tempo
para enchê-la com a mesma vazão ou teremos que compensar
com uma maior abertura da torneira. Não é?
Finalmente, pode-se concluir que, com a máquina fotográfica, o
registro da imagem ocorre da mesma forma. Assim como há a
abertura da torneira, a máquina fotográfica conta com a abertura
27
da lente, realizado pelo ÍRIS ou DIAFRAGMA. O tempo em que o
sensor ou película fotográfica ficará exposto é definido pelo ajuste
de VELOCIDADE DO OBTURADOR. Já o volume da caixa
d’água foi usado para exemplificar como funciona o ajuste de
SENSIBILIDADE, conforme pode-se ver nas ilustrações a seguir.
De forma análoga ao enchimento da caixa d’água, o ato de
fotografar, também, segue os mesmos efeitos causados por
GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS. A cada
passo de velocidade de obturação que é acrescido, ou seja, que
aumenta-se a velocidade de abertura da cortina, faz-se
necessário que compense com um passo de abertura do
diafragma ou que aumente em um passo a sensibilidade.
COMO TIRAR UMA FOTOGRAFIA NO MODO MANUAL,
SEM FLASH? (Recomendado para câmeras que possuam
posição Manual (M))
1. Ajuste a máquina fotográfica para exposição manual (M).
2. Ajuste a sensibilidade da câmera (valores menores garantem
melhores resoluções e os maiores são mais indicados para
ambientes mais escuros ou que não se podem usar flashes).
3. Escolha se prefere priorizar o valor do diafragma ou da
velocidade do obturador e fixe o valor desejado. Velocidades
muito
baixas
fazem
fotos
tremidas.
4. Ajuste o balanço de branco, de acordo com a iluminação
predominante
(só
câmeras
digitais).
5.
Faça
o
enquadramento
da
composição.
6.
Ajuste
o
foco.
7. Faça a fotometria, apertando levemente o obturador. (Como
cada máquina possui uma forma de apresentar a leitura, é
indicado ler o manual. Em geral, fotometrias com iluminação
28
deficiente fazem com que o Led verde fique piscando e que
apareça uma marca na escala de compensação indicando a
super ou subexposição. Quando a luz está correta, o Led fica
aceso, sem piscar, e a marca de compensação situa-se ao
centro.).
8. Ajuste o valor do diafragma (se preferiu fixar a velocidade) ou a
velocidade (se fixou o diafragma) até que o Led verde pare de
piscar e permaneça aceso. Caso em todos os ajustes o LED
permaneça piscando, poderá ser necessário abaixar ou aumentar
o valor fixado, por ter sido fixado além do valor possível.
9.
Recomponha
o
enquadramento.
10. Dispare a foto.
COMO TIRAR UMA FOTOGRAFIA MANUAL, COM FLASH
MANUAL? (Recomendado para câmeras que possuam
posição Manual (M) e que tenham sapatas para flashes
externos.)
1. Ajuste a máquina fotográfica para exposição manual (M).
2. Ajuste a sensibilidade de ASA do flash e o coloque na posição
manual
(M).
3. Ajuste o balanço de branco para a posição flash (só as
câmeras
digitais).
4. Saiba qual é a velocidade máxima de sincronismo entre a
máquina e o flash e a ajuste com valor menor ou igual ao limite
de velocidade. Velocidades ajustadas acima do limite fazem com
que apenas parte da imagem saia iluminada e muito baixas
fazem
fotos
tremidas.
5. Ajuste o foco e leia qual é a distância aferida.
6. Leia a tabela do flash e ajuste o número de diafragma
correspondente para a distância do objeto em foco e em função
da
sensibilidade
do
filme
ou
do
sensor.
7.
Recomponha
o
enquadramento.
8. Dispare a foto.
COMO TIRAR UMA FOTOGRAFIA MANUAL, COM FLASH
AUTOMÁTICO? (Recomendado para câmeras que possuam
posição Manual (M), com flash externo automático.)
1. Ajuste a máquina fotográfica para exposição manual (M).
2. Ajuste a sensibilidade de ASA do flash e o coloque na posição
29
AUTO
(M).
3. Ajuste o balanço de branco para a posição flash (só as
câmeras
digitais).
4. Saiba qual é a velocidade máxima de sincronismo entre a
máquina e o flash e a ajuste com valor menor ou igual ao limite
de velocidade. Velocidades ajustadas acima do limite fazem com
que apenas parte da imagem saia iluminada e muito baixas
fazem
fotos
tremidas.
5. Ajuste o diafragma da câmera, de acordo com o valor
recomendado na tabela do flash (posição: automático).
6. Ajuste o foco e confira se a distância encontrada está dentro
do
limite
da
escala
automática
do
flash.
7.
Recomponha
o
enquadramento.
8. Dispare a foto.
COMO
TIRAR
UMA
FOTOGRAFIA
NO
MODO
AUTOMÁTICO? (Recomendado para câmeras que
possuam, pelo menos, uma das posições automáticas
descritas.)
1. Escolha qual programa prefere e que esteja disponível:
a. Green Zone (Quadro verde) – Modo automático pleno. Basta
apontar
e
disparar
a
foto.
A
câmera,
automaticamente, ajusta o foco, a sensibilidade, o balanço de
branco, aciona o flash se necessário (com Red Eye Reduction) e
salva
na
melhor
resolução
possível.
b. Program (P): Modo semi-automático. A câmera toma as
principais decisões (de velocidade e de abertura de diafragma),
mas o fotógrafo pode interagir e alterar alguns ajustes (formato
de arquivo a ser salvo, ISO, balanço de branco, acionamento do
30
flash
etc.).
c. Shutter-Priority (Tv): Prioridade de velocidade do obturador. O
fotógrafo fixa a velocidade e a câmera encontra qual o diafragma
necessário. Todos os demais ajustes podem ser definidos
manualmente.
d. Aperture-Priority (Av): Prioridade de abertura de diafragma. O
fotógrafo fixa a abertura e a câmera encontra qual a velocidade
necessária. Todos os demais ajustes podem ser definidos
manualmente.
e. Automatic Deph-of-field (A-Dep): O fotógrafo informa (primeiro
toque leve no obturador) qual é o primeiro plano focal e o último
(segundo toque leve no obturador), que a câmera calcula os
ajustes de diafragma e velocidade necessários. Todos os demais
ajustes podem ser, também, definidos pelo fotógrafo.
f. Portrait: A câmera toma as decisões essenciais para se tirar
uma boa fotografia de retrato e não permite ajustes manuais de
outras funções. Procura por diafragmas mais abertos para
desfocar
o
fundo.
g. Landscape: A câmera toma as decisões essenciais para se
tirar uma boa fotografia de paisagem e não permite ajustes
manuais de outras funções. Procura usar diafragmas mais altos,
para manter em foco o máximo de assunto possível.
h. Close-up: A câmera toma as decisões essenciais para se tirar
uma boa fotografia de retrato e não permite ajustes manuais de
outras funções. Procura por objetos a curta distância.
i. Sports: A câmera toma as decisões essenciais para se tirar
uma boa fotografia de ação e não permite ajustes manuais de
outras funções. Procura usar as mais altas velocidades de
obturador
possíveis,
para
congelar
a
cena.
j. Night Portrait: A câmera toma as decisões essenciais para se
tirar uma boa fotografia de retrato à noite e não permite ajustes
manuais de outras funções. Ela procura abaixar a velocidade de
sincronismo e diminuir o diafragma (abrir) para explorar ao
máximo a iluminação local, permitindo que o fundo apareça. É
preciso tomar cuidado para não tremer a foto, como fazer uso de
tripé.
k. Flash off: Modo para desabilitar o flash para locais onde não
possa ou deva ser usado. A câmera toma todas as demais
decisões. É preciso tomar cuidado para não tremer a foto, como
fazer uso de tripé.
31
2. Aperte, levemente, o obturador e verifique se o Led indicador
de condição de foco e de exposição sinaliza como situação
positiva (aceso, sem piscar), caso contrário, verifique o problema
no manual da câmera e trate-o.
3. Ajuste os itens restantes, caso necessário (ISO, resolução da
foto, balanço de branco etc.).
4. Recomponha a foto.
5. Dispare.
COMPENSAÇÃO OU BACK LIGHT
Praticamente, todos os recursos automáticos falham, por mais
precisos que sejam os sensores de distância e de fotometria. Isso
ocorre porque, na verdade, a câmera, por mais que seu programa
se esforce, não sabe, exatamente, qual é o objetivo do fotógrafo.
Em composições com predominância de cores escuras, caso o
fotógrafo queira registrar um pequeno objeto claro, haverá a
tendência de “estourar” a luz no objeto, porque o sistema
automático da câmera tentará clarear o restante da composição
(que preenche a maioria do quadro). De forma análoga, objetos
dispostos diante de uma forte contraluz, a câmera tenderá cortar
o excesso de claridade do fundo, deixando o objeto principal
32
ainda mais escuro, conforme se pode notar na foto à esquerda.
Para corrigir essas aberrações de interpretação em situações
críticas, algumas câmeras contam com recursos especiais, como
Anel de Compensação (presente em equipamentos mais
avançados, que, geralmente, permite correções de +2 a –2
pontos de correção) ou com a função Back Light (que,
geralmente, aumenta em 2 pontos a exposição para situações de
contra-luz), conforme se pode ver o resultado na foto à direita.
DICA 1: FOTOGRAFIA COM FLASH
Nem sempre o flash precisa ser a luz principal e única de uma
cena. Mesmo numa praia ensolarada, o uso do flash pode ser
muito útil para correção de sombras muito duras. A luz do flash,
portanto, pode e deve ser usada como luz de enchimento ou de
correção de sombras, para conseguirmos detalhar relevos e
texturas ocultas pela sombra. Explore a iluminação ambiente
interna, à noite, abaixando a velocidade até que consiga segurar
a câmera sem tremer e explore diafragmas e rajadas de flash
33
mais brandas, para registrar toda a cena, evitando que o fundo
fique escuro demais.
DICA 2: MULTIEXPOSIÇÃO
Para quem não quer usar um editor de fotos, como o Adobe
Photoshop, há algumas câmeras profissionais convencionais
(filmes) que contam com recurso de multiexposição. Consiste em
um recurso que, ao sensibilizar a película, a câmera não avança
o filme para a próxima chapa, até que o programa termine,
permitindo que, uma mesma chapa seja sensibilizada mais de
uma vez. Para tal recurso, demanda-se muita habilidade do
fotógrafo e de conhecimento técnico, para que partes da
composição não saiam “veladas”.
LEMBRETE:
PARA DIMINUIR A PROFUNDIDADE DE CAMPO:
Use a objetiva com distância focal acima de 70mm e/ou
Abra o DIAFRAGMA até conseguir a profundidade desejada,
compensando com o aumento da VELOCIDADE.
PARA CONGELAR A CENA:
Aumente a VELOCIDADE, compensando com a abertura do
DIAFRAGMA.
PARA DIMINUIR DISTORÇÕES NA IMAGEM:
Use objetiva com distância focal acima de 70mm.
PARA CAPTURAR CENAS SEM TREMIDOS:
Use sempre um tripé em baixas exposições ou quando estiver
usando uma teleobjetiva ou com zoom muito puxado.
34
Exercício prático 8: Explore todas as funções automáticas e
manuais presentes na sua câmera, registrando fotos de teste, e
eleja as que mais gostou e justifique a resposta.
A Composição da Imagem
MARCA DE PARALAXE - EQUIPAMENTOS AMADORES
Como nas câmeras compactas a imagem formada na ocular não
passa pela objetiva, podem ocorrer cortes na composição. A esse
erro, chama-se erro de paralaxe. Para evitar esses cortes, essas
câmeras contam com marcas de segurança para delimitação do
quadro, chamadas de Marcas de Paralaxe.
REGRA DOS TERÇOS
A regra dos terços é uma técnica bastante popular e útil para
facilitar o enquadramento. Consiste na divisão imaginária da
composição em três partes iguais horizontais e verticais, devendo
o fotógrafo tentar colocar o objetivo principal da foto no quadro
central.
DINÂMICA DA DIREÇÃO
35
Trata-se de uma técnica própria do autor, que
consiste na descentralização do objetivo principal da fotografia,
de sorte a deixar uma margem maior a favor de um olhar ou de
algum objeto em movimento.
Note que, nas fotos à esquerda, a composição incomoda, fica
estranha. No caso da serpente, o observador não consegue
enxergar o que ela olha. No caso do ousado piloto, a ausência de
espaço no sentido do movimento corrompe a imaginação, tanto
da altura, quanto para aonde ele vai. Uma ligeira
descentralização, vide imagens à direita, corrige bem a
composição.
ÂNGULOS DE ABORDAGEM
Durante a composição, tenha em mente que, ângulos de
abordagem superiores ao assunto principal, inferiorizam o
assunto. Ao nível do olhar, estabelece-se um padrão de
igualdade e respeito mútuo.
36
Ângulos inferiores ao assunto, crescem a importância do assunto,
deixando-os imponentes, superiores ou realçados.
ENQUADRAMENTO
A seguir, serão expostos alguns enquadramentos muito
populares para as técnicas de cinema e de produção de vídeo:
Geral, Médio, Americano, Portrait, Close e Big Close. O corte do
enquadramento leva em consideração o elemento humano. No
Plano Geral, interessa é captar o máximo possível da cena. No
Plano Médio, limita-se à altura da pessoa. No Americano, da
cintura ao final da cabeça. No Portrait ou retrato, enquadra-se a
partir do peito. No Plano de Close, limita-se o quadro na cabeça e
no Big Close, praticamente, só a expressão.
37
ELEMENTOS DA COMPOSIÇÃO
Apresentaremos alguns elementos que podem ser explorados na
composição.
1. FORMA
38
Para realçar o objetivo principal
da composição, busque criar contrastes entre o objetivo principal
e o fundo, de sorte a valorizar a forma. A clareza da intenção do
autor conduz o olhar de quem for ver a obra.
2. LINHA
Há situações que pode-se descentralizar o assunto principal e,
mesmo assim, chamar a atenção para o objetivo da foto.
Alinhamentos, retas e curvas conduzem o olhar para o ponto
central do assunto.
3. TEXTURA
39
Enquanto que, no primeiro
elemento, o destaque é feito pela forma, em outras situações
pode-se não conseguir essa composição, como o caso de objetos
de mesmas cores, como a natureza morta ao lado. Uma solução
de realce pode se dar na diferença de texturas. Diferenças de
texturas, em geral, aguçam a curiosidade e ornamentam o
quadro.
4. DIMENSÃO E ESPAÇO
Se você olhar bem a foto à esquerda, tampando a foto da direita,
por se tratar de um objeto desconhecido, percebe-se que não
seria possível ao observador inferir quanto à sua real dimensão.
Objetos desconhecidos ou fractais (cachoeiras, árvores, insetos
desconhecidos, trincas emparedes etc.) precisam de alguma
referência conhecida no enquadramento, para que se tenha
40
noção de proporcionalidade e dimensão.
Imprima e Impressione
IMPRIMIR OU VISUALIZAR?
Graças à evolução tecnológica, os microcomputadores têm se
tornado, a cada dia, mais presentes entre nós e, desde que a
fotografia chegou às telas dos micros, a qualidade, o
armazenamento e a facilidade de retoques deram novo salto para
seu crescimento e popularização.
Entretanto, a fotografia tem, como uma de suas qualidades
intrínsecas, a portabilidade. É de fácil transporte e, a qualquer
momento, em qualquer lugar e sem depender de nenhuma
tecnologia especial ou de energia, podemos vê-la naturalmente.
Desde que, é claro, esteja impressa no papel.
Fotos em telas de computador tendem a ficar esquecidas, além
de vulneráveis aos ataques comuns dos hackers e vírus e, então,
perder o fio da história. Imprimir as fotos é necessário.
JATO DE TINTA DOMÉSTICA
As impressoras a Jato de Tinta domésticas, geralmente, não têm
boa qualidade de imagem e têm estabilidade fraca. A qualidade
delas tem melhorado, à medida em que são utilizados mais
cartuchos com cores intermediárias (acima de 6 cartuchos de
cores). Outras desvantagens são que os cartuchos são muito
caros e a estabilidade da imagem, na maioria, dura pouco mais
de 2 anos. Não são indicadas para impressão de fotos. São
indicadas apenas para impressões de documentos.
41
JATO DE TINTA DE FINALIZAÇÃO
As impressões de finalização apresentam boa estabilidade de
imagem (resistência +-5 anos em uso externo) e menor custo, por
serem impressas em materiais plásticos (lonas Night&day e Vinil).
Entretanto, a resolução e a fidelidade de cores são bem inferiores
às de Jato de Tinta Fotográficas, pelo fato de usarem tintas
pigmentadas e por usarem materiais mais rústicos. Por isso que
são indicadas para peças publicitárias que precisam de maior
resistência em uso externo e menor custo.
Não são indicadas para substituir as impressões fotográficas.
JATO DE TINTA
FOTOGRÁFICA
As impressoras a Jato de Tinta Fotográficas usam tintas
especiais à base de corantes, que oferecem excelente qualidade
e excelente estabilidade. Imprimem em papel ou em materiais
plásticos. Podem, também, usar tintas à base de Pigmentos.
As tecnologias mais recentes oferecem resistência à água e
durabilidade de até 100 anos (uso interno), desde que se utilizem
insumos originais (pouco mais caros).
Podem imprimir fotos para uso externo.
IMPRESSORAS DE SUBLIMAÇÃO (DYE SUBLIMATION)
42
As impressoras de Sublimação Térmica
imprimem fotos com qualidade fotográfica, de excelente
resistência e durabilidade.
São bastante rápidas de impressão (menos de 1 minuto) e estão
presentes nas maiorias dos quiosques. São limitadas a larguras
mais convencionais (até 15x21cm.). Alguns quiosques oferecem
recursos de retoques e recortes básicos com interface fácil para
usuários comuns.
Os insumos são mais caros do que a fotografia convencional
(química). Por isso, devem ser mais usadas quando não houver
tempo para espera (impressão em 1 hora).
LASER
As impressoras a Laser, tais como as impressoras usadas em
Finalização (lonas Night&day e Vinil) têm resoluções, em geral,
bem menores do que as impressoras a Jato de Tinta Fotográfica.
Apresentam boa estabilidade de imagem (resistência +-5 anos
em uso externo). São mais indicadas para provas de peças
publicitárias e para impressão de documentos.
43
PAPEL FOTOGRÁFICO (Processo C41 - Haleto de Prata)
As impressões realizadas em Minilabs, em papel fotográfico, têm
qualidade
consagrada.
Apresentam
excelente
relação
CustoXBenefício. Os custos de impressão são mais baixos, têm
excelente durabilidade (>60 anos), resolução extra e são
resistentes à água.
TABELA BÁSICA DE IMPRESSÃO
Exercício prático 10: Qual é o máximo de ampliação suportada,
com qualidade fotográfica, possível de fazer com sua máquina
e com qual nível de compressão de imagem?
Escolhendo um Equipamento
VAI COMPRAR UMA NOVA CÂMERA?
44
Dê uma olhada nas dicas abaixo e tire suas próprias conclusões.
Cuidado com vendedores preocupados só com a comissão e que
não entendem do assunto. Lamentavelmente, pouquíssimos
profissionais de venda dominam o assunto.
1)Qual será o uso?
Se for para uso amador, qual é o sue nível de exigência? Quais
recursos mínimos deseja que ela tenha?
Se for para uso profissional, dê preferência para câmeras do
formato SLR, com ajustes manuais e automáticos.
2)Custo X Benefício
Quanto pretende investir e o que espera do equipamento?
3) Critérios Essenciais:
• Ter Zoom Óptico (zoom digital é embromação!);
• Resolução igual ou acima de 4.0 MP.
Em geral, uma câmera com até uns 6 MP atende perfeitamente à
maioria das demandas. Raramente um usuário amador precisará
de imprimir fotos acima de 30x40 centímetros.
Portanto, resoluções acima de 6, podem ser um exagero.
Certamente, a indústria fotográfica conhece bem o perfil do seu
consumidor e, mês após mês, vem lançando câmeras com
resoluções exageradas, na tentativa de abocanhar o consumidor
desavisado, que compra câmeras com 12 ou mais MP e se
esquece de um bom Zoom ÓPTICO, de recursos essenciais etc.;
• Ter boa qualidade e precisão eletrônica (Fabricante de 1a.
linha).
Cuidados Especiais
FOTOGRAFIAS
1) Dê preferência para impressões em papel fotográfico (química
ou sublimação ou jato de tinta fotográfica em papel
próprio/original).
45
2) Se ficar em exposição, coloque-a em moldura com vidro para
reduzir a incidência dos raios UV e para protegê-la de pragas
domésticas e ataques de fungos e microorganismos.
3) Evite, ao máximo, a exposição à luz direta do sol.
4) Não as deixem expostas a umidade e ao excesso de calor.
EQUIPAMENTOS
1) Mantenha-os devidamente guardados em bolsas próprias ou
Cases;
2) Não os deixem expostos à umidade ou ao excesso de calor
(porta-luvas e porta-malas de veículos);
3) Evite locais com alta incidência de poeira, ácidos ou sal;
4) Quando for guardá-los por muito tempo, retire as pilhas e
guarde-as em local separado;
5) Evite tocar nas objetivas e lentes.
REGRAS X ARTE
A fotografia se tornou um dos mais importantes recursos que
convivem com o nosso dia-a-dia. Por meio dela, nós preservamos
a nossa história, convivemos com a arte e registramos o
cotidiano.
Enxergamos e aprendemos com as últimas descobertas da
ciência. Com ela, somos, também, estimulados ao consumo.
A fotografia já faz parte do acervo cultural humano e é capaz de
abranger, desde o real, ao imaginário. É, sobretudo, arte.
Esperamos que, com este curso, o aluno consiga transcender as
técnicas e regras aqui abordadas.
Que não fique totalmente preso a elas, mas que se solte e, por
meio delas, consiga aplicá-las em maior número, com maior
domínio possível, de sorte a alcançar novos patamares, ainda
não atingidos.
46
Imprima o seu estilo pessoal e nos mostre como você enxerga a
vida.
Boas Fotos!
Bibliografia/Links Recomendados
- Curso de Fotografia Digital, de Fernando Martins.
- BUSSELLE, Michael. Tudo sobre fotografia. São Paulo:
Pioneira, 1982.
- GURAN, Milton. Linguagem fotográfica e informação. Rio de
Janeiro: Gama Filho, 1999.
- HEDGECOE, John. Guia Completo de Fotografia. São Paulo,
Martins Fontes, 1996.·
- LANGFORD, M. J. Fotografia básica. São Paulo: Martins
Fontes, 1990.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
- HUMBERTO, Luís. Fotografia – universos e arrabaldes. Brasília:
FUNARTE, 1983.
- LIMA, Ivan. A fotografia é sua linguagem. Rio de Janeiro:
Espaço e tempo, 1988.
- MACHADO, Arlindo. A imagem espetacular: introdução à
fotografia. Rio de Janeiro: Vozes, 1984.
- SONTAG, Susan. Ensaios sobre a Fotografia. Rio de Janeiro,
Arbor, 1981.
- ITTEN, Johannes. The Elements of Color. Estados Unidos, John
Wiley & Sons, 2001.
- MANGUEL, Alberto. Lendo Imagens. São Paulo, Companhia
das Letras, 2001.
47
- VARIS, Lee. Digital Photography for Graphic Designers. Estados
Unidos, Rockport Publishers, 2001.
48
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Curso Fotografia Digital