UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Ciências Contábeis
Ana Paula Padilha Custódio
Fábio Ferreira Maia
Pedro Vinícius Vasoler
GESTÃO FINANCEIRA EM UMA EMPRESA DE
TRANSPORTE
Transernestoliver Ltda. - ME
Julio Mesquita - SP
LINS – SP
2010
ANA PAULA PADILHA CUSTÓDIO
FÁBIO FERREIRA MAIA
PEDRO VINÍCIUS VASOLER
GESTÃO FINANCEIRA EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Banca Examinadora do
Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium, curso de Ciências Contábeis,
sob a orientação do Professor M.Sc.
Everton Rodrigo Salvático Custódio e
orientação
técnica
da
Professora
M.Sc.Heloisa Helena Rovery da Silva.
LINS – SP
2010
Custódio, Ana Paula Padilha; Maia, Fabio Ferreira; Vasoler, Pedro
Vinícius
C991g
Gestão Financeira em uma empresa de transporte. / Ana Paula
Padilha Custódio; Fábio Ferreira Maia; Pedro Vinícius Vasoler. – – Lins,
2010.
71p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium - UNISALESIANO, Lins–SP, para graduação em
Ciências Contábeis, 2010
Orientadores: Everton Rodrigo Salvático Custódio; Heloisa Helena
Rovery da Silva
1. Gestão Financeira. 2. Controle Financeiro. 3. Planejamento. 4.
Lucratividade. I Título.
CDU 657
ANA PAULA PADILHA CUSTÓDIO
FÁBIO FERREIRA MAIA
PEDRO VINÍCIUS VASOLER
GESTÃO FINANCEIRA EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.
Aprovada em: ______ / ______ / ______
Banca Examinadora:
Prof. M.Sc. Everton Rodrigo Salvático Custódio
Mestre Profissional em Administração pela Universidade Metodista de
Piracicaba - UNIMEP.
Assinatura: _________________________________
1º Prof(a): ______________________________________________________
Titulação: ______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
2º Prof(a): ______________________________________________________
Titulação: ______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
A Deus
Pela vida.
Aos meus pais Ercio e Maria
Pelo amor, dedicação e incentivo.
Aos meus irmãos Telma e Anderson
Pelo carinho e por sempre estarem ao meu lado nos momentos de
dificuldades.
Aos meus colegas de equipe Fábio e Pedro
Pelos momentos de aprendizagem que passamos juntos, pela
confiança e amizade conquistadas ao longo deste trabalho.
Ao meu marido Adilson
Pelo apoio, incentivo e compreensão durante toda a execução
deste trabalho.
Ana Paula
A Deus
Rendo graça a Deus pelo fôlego de vida, a certeza que sempre
está em todos os lugares, onipresente, tudo o saber, onisciente, todo
poder, onipotente, sempre guiando e iluminando nossos passos.
Por ter concedido força e oportunidade para concluir minha
jornada acadêmica.
Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será
contra nós? Romanos 8:31
Aos meus pais Olegário e Nair
Que me deram a vida e ensinaram-me os primeiros passos,
forneceram-me educação e o respeito para com o próximo.
Apoiam-me em minhas virtudes e aconselham-me em minhas
falhas.
Acreditaram em meu potencial e investiram em minha formação
acadêmica.
Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti
mesmo. Mateus 19:19
Fábio
A Deus
Agradeço pelo senhor nosso bom Deus por ele sempre estar ao
meu lado. Somente ele sabe do sofrimento que tive para chegar até aqui,
nas horas difíceis ele deu seu colo para eu chorar e nas alegres ele
estava comigo a sorrir e com isso ele nunca me deixou desanimar,
agradeço por ele ter me dado força e sabedoria para chegar até aqui.
Senhor, quero agradecer por ter me ajudado, sem você comigo eu não
sei o que seria. Aquilo que parecia ser impossível, aquilo que parecia
não ter saída, aquilo que parecia ser minha morte, o Senhor mudou
minha sorte, sou um milagre, estou aqui.
Obrigado meu bom Deus por mais essa vitória.
À minha mãe
Essa pessoa sempre me apoiou para que eu estudasse, sempre me
ajudou nas horas alegres e nas horas difíceis estava ali do meu lado me
auxiliando. Para chegar até aqui tive muitas dificuldades, e graças a
minha mãe, Teresa de Souza Vasoler, consegui superar todas essas
dificuldades. Mãe, agradeço por ter me ajudado a chegar até aqui e o
esforço que fez para que eu pudesse estudar, quero um dia retribuir por
tudo que você fez por mim.
Eu a amo muito!!!!
A meu Pai
Meu pai Antonio Donizete Vasoler sempre deu conselho para mim
e para meus irmãos ensinando-nos o que é certo, dando-nos uma
educação para sempre respeitar o próximo e com a graça de Deus
nunca deixou nada faltar em casa. Agradeço por ter me ajudado a
chegar até aqui. Espero um dia poder retribuir o que vez por mim. O
que sou hoje devo à educação que me deu.
A minha Família
Agradeço meus irmãos Fiori Vasoler e Maira Cristina Vasoler ;
meus sobrinhos Pietro Vasoler, Gabriel Augusto Vasoler Ortiz e
Eduardo Ortiz Junior ; meus cunhados Eduardo Augusto Ortiz e
Lucimar Cardoso Vasoler, por eles terem sempre me apoiado.
Aos Mestres
Só tenho a dizer que aprendi muito com todos os professores
desta casa, excelentes pessoas que contribuíram para o meu
crescimento profissional durante esta jornada.
Ana Paula e Fábio
A vida é meio engraçada, pois quando menos esperamos
encontramos pessoas muito especiais, amigos que ficam eternamente
em nosso coração. O tempo que passei em companhia dessas pessoas
excelentes contribuíu imensamente para meu crescimento pessoal e
profissional, graças ao companheirismo desses dois excelentes amigos:
Fabio e Ana Paula. Agradeço a essas pessoas com quem aprendi muito.
Desejo muito sucesso aos dois. Obrigado!!!!
Ao nosso orientador M. Sc. Everton Rodrigo Salvático Custódio
Por ele ser um excelente profissional, ético e determinado naquilo
que faz. Pessoa que nos momentos mais difíceis nos deu força para
nunca desanimar, sempre nos incentivando.
Desejo muito sucesso em sua vida. Obrigado!!!!
À professora orientadora M. Sc. Heloísa Helena Rovery da Silva
Essa pessoa tem o dom de passar uma energia positiva, ela é uma
pessoa que está sempre nos apoiando e nos incentivando para que
concluíssemos esse trabalho. Obrigado!!!!
Pedro
AGRADECIMENTOS
A Deus
Pela ajuda constante e pela oportunidade de concluirmos mais uma
etapa de nossas vidas.
Às nossas famílias pelos constantes apoios.
Aos mestres por ter nos transmitido os conhecimentos necessários para
a nossa formação acadêmica.
Ao Prof. M.Sc. Everton Rodrigo Salvático Custódio por ter nos
orientado e indicado o melhor caminho a seguir em todas as etapas do
trabalho.
À Profª. M.Sc. Heloísa Helena Rovery Silva pela dedicação e paciência
nas orientações técnicas.
À Transernestoliver Ltda. – ME pela colaboração e abertura para a
realização desse trabalho com sucesso.
Ana, Fábio e Pedro
RESUMO
O tema do presente trabalho parte da importância da gestão financeira
em uma empresa de transporte, evidenciando a necessidade de um sistema de
controle gerencial para garantir a integridade das informações financeiras
utilizadas para atingir o desempenho desejável. A gestão financeira é um fator
crítico para o sucesso da empresa e passa, necessariamente, pela elaboração
do planejamento. Através do planejamento, os objetivos a serem atingidos são
traçados e os meios efetivos, para torná-los reais, são estabelecidos. Os tipos
de planejamento são o planejamento estratégico, com objetivos em longo
prazo; o planejamento tático, que visa objetivos específicos buscando contribuir
com a empresa como um todo e o planejamento operacional, que tem o foco
nas atividades do dia-a-dia da empresa. As ferramentas de controle financeiro
são de extrema importância para identificar antecipadamente as necessidades
da empresa, bem como prever os resultados financeiros da mesma. A
Transernestoliver Ltda. – ME é uma empresa do ramo de prestação de serviços
de transportes rodoviário coletivo de passageiros em geral da cidade de Júlio
Mesquita e atualmente procura, através da implantação da gestão financeira,
obter mais controle financeiro sobre suas operações e expandir sua atuação no
mercado. Foi realizado um estudo de caso nessa empresa com o objetivo de
identificar quais os benefícios que a implantação de uma gestão financeira
proporciona à mesma. A correta utilização dos controles financeiros
implantados na empresa possibilita a visualização dos valores de custos e das
despesas, assim como das entradas e das saídas, permitindo a melhor
utilização
dos
recursos,
reduzindo
despesas
desnecessárias
e,
consequentemente, possibilitando o aumento da lucratividade.
Palavras-chave:
Lucratividade.
Gestão
financeira.
Controle
financeiro.
Planejamento.
ABSTRACT
The theme of this work stems from the importance of financial
management at a trucking company, highlighting the need for a management
control system to ensure the integrity of financial information used to achieve
desirable performance. Financial management is a critical factor for business
success and necessarily involves the preparation of planning. Through the
planning objectives to be achieved are outlined and effective means to make
them real is established. The types of planning are strategic planning, with longterm goals, tactical planning, aimed at specific targets area for help with the
company as a whole and operational planning, which has a focus on day-to-day
the company. The tools of financial control are extremely important to identify in
advance the company's needs as well as provide financial results for the same.
The Transernestoliver Ltda. - ME is a company of the provision of collective
passenger transport by road in the town of General Jules Mosque and is
currently looking through the deployment of financial management, more
financial control over their operations and expand their market performance. We
conducted a case study in this company in order to identify the benefits that the
implementation of financial management gives the same. The proper use of
financial controls in place at the company lets you view the values of costs and
expenses, as well as the inputs and outputs, allowing better use of resources,
reducing unnecessary expenditure and, therefore, enabling increased
profitability.
Keywords: Financial Management. Financial control. Planning. Profitability.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Modelo de Fluxo de Caixa ................................................................ 32
Figura 2: Fotos da frota da empresa Transernestoliver Ltda. - ME ................... 40
Figura 3: Fluxo de Caixa ................................................................................... 53
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Características básicas da contabilidade financeira e gerencial ...... 26
Quadro 2: Etapas do Processo de Gestão ....................................................... 27
Quadro 3: Quadro de controle de despesas ..................................................... 48
Quadro 4: Quadro de controle de custos .......................................................... 49
Quadro 5: Quadro de controle de receitas ........................................................ 50
Quadro 6: Quadro de controle da receita líquida .............................................. 51
Quadro 7: Balanço Patrimonial ......................................................................... 54
Quadro 8: Demonstração do Resultado do Exercício ....................................... 55
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
FASB – Financial Accounting Standards Board
SEC – Securities and Exchange Commission
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 17
CAPÍTULO I – A CONTROLADORIA E A GESTÃO FINANCEIRA ................ 19
1
CONCEITOS ......................................................................................... 19
1.1
Controladoria .......................................................................................... 19
1.2
Contabilidade Gerencial ......................................................................... 20
1.3
Contabilidade Financeira ........................................................................ 23
1.4
Contabilidade Gerencial x Contabilidade Financeira .............................. 24
1.5
Conceito de Gestão ................................................................................ 26
1.5.1 Gestão Financeira .................................................................................. 27
1.5.2 Planejamento ......................................................................................... 28
1.5.2.1
Planejamento Estratégico ................................................................. 29
1.5.2.2
Planejamento Tático ......................................................................... 29
1.5.2.3
Planejamento Operacional................................................................ 30
1.6
Ferramentas de Controle Financeiro ...................................................... 30
1.6.1 Orçamento.............................................................................................. 31
1.6.2 Fluxo de Caixa ....................................................................................... 31
1.6.3 Tesouraria .............................................................................................. 33
1.7
Custos .................................................................................................... 35
1.7.1 Classificação dos Custos ....................................................................... 36
1.7.1.1
Custos Diretos e Custos Indiretos .................................................... 36
1.7.1.2
Custos Fixos e Custos Variáveis ...................................................... 37
CAPÍTULO II - TRANSERNESTOLIVER LTDA. – ME .................................... 38
2
HISTÓRICO DA EMPRESA TRANSERNESTOLIVER LTDA. – ME ..... 38
2.1
Setores da empresa ............................................................................... 38
2.1.1 Setor administrativo ................................................................................ 39
2.1.2 Setor financeiro ...................................................................................... 39
2.2
Objetivos gerais da empresa .................................................................. 40
2.3
Frota ....................................................................................................... 40
2.3.1 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho, na
Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
(NR31). ............................................................................................................. 41
2.3.2 Código de Trânsito Brasileiro ................................................................. 42
2.3.3 Portaria SUP/DER nº 17, do Estado de São Paulo ................................ 42
2.4
Parceiros ................................................................................................ 43
2.4.1 Bradesco ................................................................................................ 43
2.4.2 Auto Posto Dias e Mira Ltda. .................................................................. 43
2.4.3 Auto Mecânica Guaimbê Ltda. ............................................................... 44
2.5
Clientes .................................................................................................. 44
2.5.1 Louis Dreyfus Commodities S/A ............................................................. 44
2.6
Concorrentes .......................................................................................... 45
CAPÍTULO
III
–
A
GESTÃO
FINANCEIRA
E
A
EMPRESA
TRANSERNESTOLIVER LTDA. – ME ............................................................. 46
3
INTRODUÇÃO ....................................................................................... 46
3.1
Gestão financeira da Transernestoliver Ltda. – Me ................................ 47
3.1.1 Controle de despesas da Transernestoliver Ltda. – ME ......................... 48
3.1.2 Controle de custos da Transernestoliver Ltda. – ME.............................. 48
3.1.2.1
Acompanhamento de custos de manutenção ................................... 49
3.1.3 Controle de receitas da empresa Transernestoliver Ltda. – ME............. 50
3.1.4 Controle de contratos da Transernestoliver Ltda. – ME ......................... 51
3.1.5 Controle de segurança da empresa Transernestoliver Ltda. – ME ........ 51
3.1.6 Fluxo de caixa da empresa Transernestoliver Ltda. – ME ..................... 52
3.1.7 Demonstrações contábeis da empresa Transernestoliver Ltda. – ME ... 53
3.1.7.1
Balanço Patrimonial da empresa Transernestoliver Ltda. – ME ....... 54
3.1.7.2
Demonstração
do
Resultado
do
Exercício
da
empresa
Transernestoliver Ltda. – ME ............................................................................ 55
3.1.8 Parecer final sobre o caso ...................................................................... 56
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 57
CONCLUSÃO .................................................................................................. 58
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 59
APÊNDICES .................................................................................................... 62
ANEXOS ........................................................................................................... 69
17
INTRODUÇÃO
O tema abordado no presente trabalho é mostrar sobre a necessidade
de um sistema de gestão financeira em uma empresa de transporte.
O crescimento da competitividade exige das empresas maior controle na
gestão dos recursos financeiros, levando as empresas a adotarem um sistema
de gestão financeira que auxilie no planejamento e utilização dos recursos
financeiros.
A gestão financeira desempenha um papel importante nas tomadas de
decisões da empresa sendo relevante no planejamento das necessidades, na
inventariação dos recursos disponíveis, na obtenção de financiamentos de
forma mais vantajosa, na aplicação criteriosa dos recursos financeiros e,
principalmente, na análise econômica e financeira da mesma.
Os objetivos desta pesquisa foram de acompanhar os controles
gerencias da empresa; pesquisar sobre ferramentas de gestão financeira;
enfatizar a importância da controladoria, da contabilidade gerencial e da
contabilidade financeira; verificar a utilização das ferramentas de gestão
financeira na empresa estagiada; destacar as vantagens de uma empresa
possuir um controle de gestão financeira e implantar uma gestão financeira na
empresa Transernestoliver Ltda.- ME.
Baseando-se nestes fundamentos, foi levantada a seguinte questão:
Quais os benefícios que a implantação de uma gestão financeira
proporciona à empresa?
A priori surgiu a seguinte hipótese: a utilização da contabilidade para
uma gestão financeira proporciona crescimento econômico para a empresa?
Para buscar uma resposta clara e objetiva para tal questionamento foi
realizada uma pesquisa na empresa Transernestoliver Ltda.- ME durante o
período de fevereiro a outubro de 2010, cujos métodos e técnicas estão
descritos no Capítulo III.
A Transernestoliver Ltda.-ME é uma empresa que presta serviços de
transporte rodoviário coletivo de passageiros em geral. Está localizada na Rua
Dr. Horácio Sabino, nº 247, na cidade de Júlio Mesquita – SP.
O trabalho está assim estruturado:
18
Capítulo I – aborda teoricamente a controladoria, contabilidade
financeira e gerencial, conceitos, ferramentas, objetivos e importância da
gestão financeira.
Capítulo II – descreve a Transernestoliver Ltda.-ME, seu histórico, seus
setores, objetivos, parceiros e concorrentes.
Capítulo III – demonstra a pesquisa realizada na Transernestoliver Ltda.ME.
Por fim, apresenta-se a proposta de intervenção e a conclusão.
19
CAPÍTULO I
A CONTROLADORIA E A GESTÃO FINANCEIRA
1
CONCEITOS
Este capítulo apresenta alguns conceitos ligados à Gestão Financeira,
tais como: Controladoria, Contabilidade Gerencial, Contabilidade Financeira,
Ferramentas de Controle Financeiro e outros.
1.1
Controladoria
A Controladoria tem como função principal promover a eficácia das
decisões desenvolvendo e analisando as alternativas disponíveis para as
soluções dos problemas.
“A função da controladoria é apoiar o processo de decisão através de
sistemas de informações que possibilitem o controle operacional, visando o
monitoramento das atividades da empresa”. (NASCIMENTO; REGINATO,
2007, p. 2).
Compreende as operações globais da empresa monitorando a execução
dos objetivos estabelecidos, investigando e diagnosticando as razões para a
ocorrência de eventuais desvios entre os resultados alcançados e os
esperados.
Pode-se entender Controladoria como o departamento responsável
pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema
integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis de
determinada entidade, com ou sem finalidades lucrativas, sendo
considerada por muitos autores como o atual estágio evolutivo da
Contabilidade. (OLIVEIRA; PEREZ JR.; SILVA, 2002, p.12).
Pode-se entender como o conjunto de princípios, procedimentos e
20
métodos originados das ciências da Contabilidade, Administração, Economia e
Estatística, relacionado às atividades econômicas da empresa.
De acordo com Nascimento e Reginato (2007), a área da controladoria
tem a função de interagir, constantemente com o processo decisório da
empresa, buscando dados e informações econômico-financeiras em suas
áreas de apoio utilizando-se, principalmente, dos sistemas de mensuração,
informação e de controles internos.
Na busca pela eficácia gerencial, os gestores utilizam o setor de
controladoria para garantir informações adequadas ao processo decisório.
Segundo Padoveze (2004), a Controladoria, por meio do sistema
contábil gerencial, incorpora os conceitos de lucro econômico, dá as condições
à empresa de avaliar todo o processo de geração ou criação de valor (geração
de lucro para os acionistas).
No exercício da função contábil gerencial, a Controladoria pode
monitorar o processo de geração de valor dentro da empresa por meio da
adoção dos conceitos adequados de mensuração do lucro empresarial e por
meio do apoio às atividades operacionais no processo de geração de valor
através do sistema de informação contábil gerencial.
1.2
Contabilidade Gerencial
Pode-se entender a Contabilidade Gerencial como a ferramenta contábil
que
mede
o
desempenho
econômico
de
unidades
operacionais
descentralizadas, como unidades de negócios, divisões e departamentos.
Segundo Horngren, Sundem e Stratton (2006), a Contabilidade
Gerencial é o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar,
interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingir objetivos
organizacionais.
A Contabilidade Gerencial é por sua vez um dos principais meios pelos
quais trabalhadores, gerentes e executivos recebem retorno de seu
desempenho, fazendo com que utilizem experiências passadas para melhorar
o futuro.
21
Contabilidade gerencial é processo de produção de informações
financeiras e operacionais para funcionários e gerentes. O processo
deve ser orientado pelas necessidades de informação interna e deve
dirigir suas decisões operacionais e de investimentos. (ATKINSON et
al., 2008, p.36).
As funções da Contabilidade Gerencial podem ser apontadas como:
identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e
comunicação das informações financeiras usadas pela administração.
A identificação é o reconhecimento e a avaliação das transações
empresariais e outros eventos econômicos.
A mensuração é a quantificação, incluindo estimação das transações
empresariais ou de outros eventos econômicos ocorridos ou as previsões sobre
o que possa ocorrer.
A acumulação é a sistematização de abordagens disciplinadas e
consistentes para registrar e classificar as transações empresariais apropriadas
e outros eventos econômicos.
A análise é a determinação das razões para a atividade relatada e seu
relacionamento com outros eventos e situações econômicas.
A preparação e a interpretação são a coordenação da contabilidade e/ou
planejamento dos dados para fornecer informações apresentadas de forma
lógica, que inclui se apropriadas, as conclusões extraídas desses dados.
A comunicação consiste na preparação de relatórios pertinentes à
administração e a outros usuários internos e externos.
As informações financeiras fornecidas aos administradores pela
Contabilidade Gerencial servem para planejar, avaliar e controlar uma
organização e assegurar o uso apropriado e a responsabilização por seus
recursos e a elaboração de relatórios externos.
O planejamento é a quantificação e interpretação dos efeitos das
transações planejadas e de outros eventos econômicos sobre a organização.
Este planejamento inclui aspectos estratégicos, táticos e operacionais e requer
que o contador forneça informações históricas quantitativas e prospectivas para
facilitá-lo. Inclui também a participação no desenvolvimento do sistema de
planejamento, no estabelecimento de metas alcançáveis e na escolha de meios
apropriados para monitorar o cumprimento dessas metas.
A avaliação é o julgamento das implicações dos eventos históricos e
22
esperados.
A
avaliação
inclui
transformar
dados
em
tendências
e
relacionamentos; comunicação pontual e efetiva das conclusões extraídas das
análises.
O controle é a garantia da integridade das informações financeiras;
monitoramento e mensuração do desempenho. Fornece informações aos
executivos em suas áreas operacionais e funcionais que possam ser usadas
para atingir o desempenho desejável.
Assegurar recursos de responsabilização, trata-se da implementação de
um
sistema
de
relatórios
que
esteja
alinhado
às
responsabilidades
organizacionais que contribua ao uso efetivo dos recursos e que mensure o
desempenho da administração; transmitir as metas e os objetivos da
administração
em
toda
organização
na
forma
de
atribuição
de
responsabilidades, base para identificar a responsabilização; fornecer um
sistema contábil e de relatórios que acumule as receitas, as despesas, os
ativos, as obrigações e relacione as informações quantitativas aos gerentes
que terão melhor controle sobre esses elementos.
Os relatórios externos são destinados à preparação de documentos
financeiros baseados em princípios contábeis geralmente aceitos ou em outras
bases apropriadas a grupos não administrativos, como: acionistas, credores,
órgãos regulatórios e autoridades tributárias e participar no processo de
desenvolvimento dos princípios contábeis que formam a base dos relatórios
externos.
Segundo Padoveze (2004), para se fazer Contabilidade Gerencial é
necessário um Sistema de Informação Contábil Gerencial, um Sistema de
Informação Operacional, que seja um instrumento dotado de características
que preencham todas as necessidades informacionais dos administradores
para o gerenciamento de sua entidade.
O Sistema de Informação é um conjunto de recursos humanos,
materiais, tecnológicos e financeiros que permite às organizações o
cumprimento de seus objetivos. Classifica-se em Sistemas de Informação de
Apoio às Operações, que têm como objetivo auxiliar os departamentos e
atividades a executarem suas funções operacionais, como: compras,
estocagem, produção, vendas, recebimentos, pagamentos e Sistemas de
Informação de Apoio à Gestão, que se preocupam basicamente com as
23
informações necessárias à gestão econômica da empresa e têm como base de
apoio informacional as informações de processo e quantitativas geradas pelos
sistemas operacionais.
De acordo com Padoveze (2004), o Sistema de Informação Contábil é
um sistema de apoio à gestão, juntamente com os demais sistemas de
controladoria e finanças.
Os fundamentos de um Sistema de Informação Contábil são os
seguintes:
a) operacionalidade: significa que todos que utilizam e trabalham com a
informação contábil devem saber e sentir que estão operando com
dados reais, significativos, práticos e objetivos;
b) integração:
é
quando
todas
as
áreas
necessárias
para
o
gerenciamento da informação contábil estejam abrangidas por um
único sistema de informação contábil, em outras palavras, todos os
usuários do sistema de informação contábil receberão a mesma
informação e falarão a mesma língua;
c) custo da informação: é quando o Sistema de Informação Contábil é
analisado na relação custo-benefício para a empresa.
A Informação Gerencial é uma das principais fontes de controle e
tomada de decisão nas organizações.
Informação contábil gerencial são dados financeiros e operacionais
sobre atividades, processos, unidades operacionais, produtos,
serviços e clientes de uma organização; por exemplo, o custo
calculado de um produto, de uma atividade ou de um departamento
em período de tempo recente. (ATKINSON et al., 2008, p.36).
As informações contábeis internas e externas são elaboradas pelos
contadores gerenciais,os quais trabalham com os administradores analisando e
apresentando dados relevantes no sentido de orientar as decisões.
“O contador gerencial fornece dados que ajudam no desenvolvimento da
estratégia, na construção de recursos e capacidades e na implementação da
estratégia”. (HORNGREN; DATAR; FOSTER, 2008, p.3).
1.3
Contabilidade Financeira
24
A Contabilidade financeira está relacionada ao fornecimento de
informações para os proprietários, credores e outros que estão direta ou
indiretamente ligados à empresa.
“Contabilidade financeira refere-se à informação contábil desenvolvida
para usuários externos, como acionistas, fornecedores, bancos e agências
regulatórias governamentais”. (HORNGREN; SUNDEM; STRATTON, 2006,
p.5).
Tem como objetivo facilitar a análise financeira para as necessidades
dos usuários externos, utilizando-se de relatórios financeiros, tais como:
Balanço Patrimonial, Demonstração dos Resultados, Demonstração das
Origens e Aplicações de Recursos, Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido e Fluxo de Caixa, entre outros. O processo contábil-financeiro está
restrito às exigências obrigatórias de elaboração de relatórios por parte das
autoridades
regulamentadoras
externas,
como
o
Financial
Accounting
Standards Board (FASB) e a Securities and Exchange Commission (SEC) nos
Estados Unidos, bem como por órgãos governamentais de impostos.
De acordo com Atkinson et al. (2008), Contabilidade Financeira é o
processo de geração de demonstrativos financeiros para públicos externos,
como acionistas, credores e autoridades governamentais. Esse processo é
fortemente limitado por autoridades governamentais que definem padrões,
regulamentações e impostos, além de exigir o parecer de auditores
independentes (contrasta com a contabilidade gerencial).
1.4
Contabilidade Gerencial x Contabilidade Financeira
A Contabilidade Gerencial e a Contabilidade Financeira são diferentes,
embora tradicionalmente a informação contábil gerencial tenha sido financeira,
entretanto, recentemente, a informação contábil gerencial expandiu-se para
envolver a informação operacional ou física (não-financeira), como qualidade e
tempos de processos, bem como uma informação mais subjetiva; já a
informação contábil financeira deve ser objetiva, verificável e relevante.
O objetivo da Contabilidade Financeira é facilitar a análise financeira
25
para as necessidades dos usuários externos, em contrapartida com o objetivo
da Contabilidade Gerencial que é facilitar o planejamento, o controle, a
avaliação de desempenho e a tomada de decisão internamente.
A contabilidade gerencial é relacionada com o fornecimento de
informações para os administradores – isto é, aqueles que estão
dentro da organização e que são responsáveis pela direção e
controle de suas operações. A contabilidade gerencial pode ser
contrastada com a contabilidade financeira, que é relacionada com o
fornecimento de informações para os acionistas, credores e outros
que estão fora da organização. (PADOVEZE, 2004, p.39).
Os relatórios na Contabilidade Financeira são elaborados sob orientação
histórica e os relatórios da Contabilidade gerencial são orientados para o futuro
a fim de facilitar o planejamento, o controle e a avaliação de desempenho antes
do fato (para impor metas), acoplada com uma orientação histórica para avaliar
os resultados reais (para o controle posterior do fato).
Uma das principais diferenças entre contabilidade financeira e
contabilidade gerencial é que a informação contábil financeira é
prescrita ou exigida pelas autoridades que estabelecem os padrões
dos relatórios externos. Em contraste, a informação contábil gerencial
deve sempre ser justificada pelos benefícios que fornece à
organização. (ATKINSON et al., 2008, p.92).
continua
Características básicas da contabilidade financeira e gerencial
Audiência
Propósito
Externa:
Contabilidade
Contabilidade
Financeira
Gerencial
acionistas,
credores,
Interna: funcionários, gerentes,
autoridades tributárias.
executivos.
Relatar o desempenho passado
Informar as decisões internas
ao público externo, contratos com
tomadas por funcionários ou
proprietários e credores.
gerentes;
dar
controlar
o
feedback
e
desempenho
operacional.
Posição do Tempo
Histórica; atrasada.
Restrições
Regulamentada;
Atual, orientada para o futuro.
por
Desregulamentada; sistemas e
princípios contábeis geralmente
informações determinados pela
aceitos
administração para atender às
e
por
governamentais.
orientada
autoridades
necessidades
operacionais.
estratégicas
e
26
Tipo de Informação
Apenas mensurações financeiras.
conclusão
financeiras,
Mensurações
operacionais
processos,
fornecedores,
e
físicas
sobre
tecnologias,
clientes
e
concorrentes.
Natureza
da
Objetiva,
auditável,
Informação
consistente, precisa.
Escopo
Altamente
agregada;
confiável,
Mais subjetiva e sujeita a juízo de
valor; válida, relevante, precisa.
relatórios
sobre a organização total.
Desagregada; informa decisões e
ações locais.
Fonte: ATKINSON et al., 2008, p.38.
Quadro 1: Características básicas da contabilidade financeira e gerencial
1.5
Conceito de Gestão
Gestão é o ato de gerir, administrar a organização conduzindo-a para a
concretização de objetivos, através das seguintes fases: planejamento,
execução e controle.
O termo Gestão deriva do latim gestione e significa gerir, gerência,
administração. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar
recursos, visando atingir determinado objetivo. Gerir é fazer as coisas
acontecerem e conduzir a organização para seus objetivos. Portanto,
Gestão é o ato de conduzir para a obtenção dos resultados
desejados. (OLIVEIRA; PEREZ; SILVA, 2002, p.136).
O gestor é o responsável pela identificação, mensuração e controladoria
do processo financeiro com funções e princípios norteadores definidos do
modelo da gestão do sistema da empresa e com uma área de conhecimento
humano com fundamentos, conceitos, princípios e métodos oriundos de outras
ciências.
continua
Etapas do Processo de Gestão
Etapas
Normas decorrentes dos princípios
Elementos da
Organização
27
conclusão
Formulação de objetivos organizacionais ótimos e
de planos eficazes de apoio.
Tomadas
de
decisões
para
otimizar
o
desempenho organizacional.
Planejamento
Pessoas e
a qualidade das decisões.
tecnologia
Pessoas e
das previsões.
Tecnologia
Formulação de estratégias eficazes em resposta
Pessoas e
às previsões.
Tecnologia
empregados.
Criação de um ambiente agradável para otimizar
o desempenho dos trabalhadores.
Integração
das
necessidades
e
objetivos
individuais com os da organização.
Estrutura
Estrutura
Estrutura
Criação de um sistema de educação eficiente
Estrutura e
para transferência rápida de informações.
Tecnologia
Atribuição
de
recompensas
baseadas
no
desempenho.
Estrutura
Criação de atribuições de tarefas para maximizar
Estrutura,
a produção dos empregados; alterar a tarefa
Tecnologia e
adaptando-a ao homem
Tarefas
Estabelecimento de relações de autoridades
claramente delineadas.
Delineamento
claro
das
responsabilidades
individuais.
Instituição de avaliadores em pontos estratégicos
da organização, de modo a receber informação
Avaliação
Pessoas
Antecipação das mudanças do ambiente por meio
Criação de cargos de desafio para estimular os
Organização
Pessoas
Utilização de técnicas quantitativas para otimizar
Tomada de decisões socialmente responsáveis.
Liderança
Pessoas
rápida s/ o desempenho em áreas-chave.
Medida
de
desempenho,
padrões, correção de desvios.
Fonte: NASCIMENTO; REGINATO, 2007, p. 44.
Quadro 2: Etapas do Processo de Gestão
1.5.1 Gestão Financeira
comparação
com
Estrutura
Estrutura
Estrutura e
Tecnologia
Estrutura e
Tecnologia
28
Atualmente uma Gestão Financeira eficaz é um fator crítico para o
sucesso de uma empresa.
A gestão financeira, para ser eficaz, precisa ser sustentada e orientada
por um planejamento de suas disponibilidades, para isso, o gestor precisa de
instrumentos confiáveis que auxiliem a otimizar os rendimentos dos excessos
de caixa ou estimar as necessidades futuras de financiamentos, para que
possa tomar decisões certas e oportunas.
A Gestão Financeira necessariamente passa pela elaboração de seu
planejamento.
O Planejamento Financeiro torna-se uma ferramenta importante para
quantificar em termos financeiros os anseios declarados no Planejamento
Estratégico, nos Planos Táticos e Operacionais. Além disso, indica caminhos
que levam a alcançar os objetivos da empresa, tanto em curto como em longo
prazo, cria mecanismos de controle que envolvem todas as suas atividades
operacionais e não-operacionais.
1.5.2 Planejamento
Através do Planejamento, os gestores traçam os objetivos que serão
atingidos no processo da execução, de modo que proporcione sucesso à
empresa.
É através do Planejamento que se dará a análise de como os objetivos
serão atingidos, com o acompanhamento constante dos resultados obtidos,
comparados ao que foi planejado.
Planejamento é a mais básica de todas as funções gerenciais, e a
habilidade com que esta função está sendo desempenhada
determina o sucesso de todas as operações. Planejamento pode ser
definido como o processo de reflexão que precede a ação e é dirigido
para a tomada de decisão agora com vistas no futuro. (CATELLI,
2002, p. 43).
O Planejamento pode ser dividido em três níveis: Planejamento
Estratégico, Planejamento Operacional e Planejamento Tático.
29
1.5.2.1 Planejamento Estratégico
O Planejamento Estratégico tem o propósito de fazer com que a
empresa tenha a possibilidade de modelar o futuro ao invés de apenas tentar
antecipá-lo, ou seja, ele estabelece quais os caminhos a serem percorridos
para atingir o objetivo desejado.
O planejamento estratégico é o processo administrativo que
proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor
direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de
interação com os fatores externos – não controláveis – e atuando de
forma inovadora e diferenciada. (OLIVEIRA, 2007, p. 17).
Segundo Catelli (2002), a fase do planejamento estratégico tem como
premissa fundamental assegurar o cumprimento da missão e da continuidade
da empresa.
A elaboração de um planejamento estratégico é uma tarefa que não é
simples, pois requer sabedoria, sem a qual os seus resultados práticos podem
vir a ser insípidos, com benefícios que não superam os custos de realização.
De fato, no planejamento estratégico temos um conjunto de decisões.
Algumas delas podem ser complexas e outras mais simples, mas o
fato é que são interdependentes. Essa característica talvez seja a
principal complexidade associada à elaboração do planejamento, pois
requer um ajustamento perfeito dessa cadeia sistêmica de decisões e
a avaliação de suas conseqüências. (NASCIMENTO; REGINATO,
2007, p.128).
O Planejamento Estratégico deve refletir o conjunto dos planos de todas
as áreas da empresa, ou seja, devem-se entender os objetivos pretendidos
pela empresa como um todo e suas repercussões em cada uma de suas áreas,
através da análise da natureza do problema que deseja resolver com a sua
adoção.
É um conjunto de diretrizes estratégicas que busca nortear o
desenvolvimento do Planejamento Operacional.
1.5.2.2 Planejamento Tático
30
O Planejamento Tático é utilizado para traduzir os objetivos gerais e as
estratégias da alta diretoria em objetivos e atividades mais específicas.
O planejamento tático tem por objetivo otimizar determinada área de
resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com
decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no
planejamento estratégico. (OLIVEIRA, 2007, p.18).
O principal desafio neste nível é promover um contato eficiente e eficaz
entre o nível estratégico e o nível operacional.
De acordo com Oliveira (2007), o Planejamento Tático é desenvolvido
pelos níveis organizacionais intermediários, tendo como principal finalidade a
utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução de objetivos
previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada, bem como as
políticas orientativas para o processo decisório da empresa.
1.5.2.3 Planejamento Operacional
O Planejamento Operacional é a base de controle e avaliação de
desempenho, pois é o parâmetro para qualificar a eficácia atingida pela
execução das operações realizadas.
De forma mais específica, ele é a representação quantitativa das
diretrizes emanadas do planejamento estratégico e embasado nas
premissas operacionais que redundaram da opção escolhida na fase
do pré-planejamento operacional como a melhor alternativa de
viabilizar operacionalmente aquelas diretrizes. (NASCIMENTO;
REGINATO, 2007, p.139).
É nessa fase que se identificam e escolhem as alternativas operacionais
que vão viabilizar as diretrizes estratégicas esboçadas no Planejamento
Estratégico.
1.6
Ferramentas de Controle Financeiro
As Ferramentas de Controle Financeiro são fundamentais para a
31
empresa, já que permitem a ela acompanhar o dia-a-dia da mesma, planejar o
futuro, acompanhar as diretrizes de mudança e rever, quando necessário, as
metas já estabelecidas.
A seguir destacam-se algumas ferramentas de controle.
1.6.1 Orçamento
O Orçamento corresponde ao detalhamento das operações planejadas,
normalmente abrangendo o período de um ano.
“O orçamento é um instrumento importante para o planejamento e
controle das empresas a curto prazo. Geralmente, um orçamento operacional
cobre um ano e inclui as receitas e as receitas previstas para esse”.
(ANTHONY; GOVINDARAJAN, 2002, p. 461).
O orçamento possui as seguintes características:
a) estima o potencial de lucro;
b) é apresentado em termos monetários, embora as cifras possam ser
fundamentadas em valores não monetários como, por exemplo, as
unidades vendidas ou produzidas;
c) cobre geralmente o período de um ano;
d) é um compromisso gerencial, pois os executivos comprometem-se a
aceitar a responsabilidade de atingir os objetivos do orçamento;
e) a proposta orçamentária é aprovada por autoridade mais alta do que
os responsáveis pela execução do orçamento;
f) uma vez aprovado, só pode ser alterado sob condições especiais;
g) o desempenho financeiro real é comparado com o orçamento e com
as variações analisadas e explicadas.
1.6.2 Fluxo de Caixa
O Fluxo de Caixa constitui uma ferramenta de fundamental importância
32
para a boa administração e avaliação das empresas.
Tem por objetivo principal a projeção das entradas e das saídas dos
recursos financeiros da empresa em um determinado período de tempo.
O fluxo de caixa é um instrumento (planilha) pelo qual o administrador
financeiro planeja e administra os numerários da empresa, isto é, as
entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa. Funciona como
uma agenda sofisticada onde são registrados todos os recebimentos
esperados e despesas programadas, num certo período. (TÓFOLI,
2008, p. 69).
De acordo com Assaf Neto; Silva (1997), o Fluxo de Caixa é um
instrumento que relaciona os ingressos e saídas (desembolsos) de recursos
monetários no âmbito de uma empresa em determinado intervalo de tempo. A
partir da elaboração do Fluxo de Caixa é possível prognosticar eventuais
excedentes ou escassez de caixa, determinando – se medidas saneadoras a
serem tomadas.
A seguir apresenta-se um modelo de fluxo de caixa:
Fonte: Modelo...,2010.
Figura 1: Modelo de Fluxo de Caixa
A sua adoção possibilita uma boa gestão dos recursos financeiros,
evitando situações de insolvência ou falta de liquidez que representam sérias
ameaças à continuidade das organizações.
33
Uma adequada administração dos fluxos de caixa pressupõe a
obtenção de resultados positivos para a empresa, devendo ser
focalizada como um segmento lucrativo para seus negócios. A melhor
capacidade de geração de recursos de caixa promove, entre outros
benefícios à empresa, menor necessidade de financiamento dos
investimentos em giro, reduzindo seus custos financeiros. (ASSAF
NETO; SILVA, 2002, p. 41).
Há dois tipos de Fluxo de Caixa: o Fluxo de Caixa Planejado e o Fluxo
de Caixa Real.
Normalmente, devem ser elaborados dois fluxos de caixa por período:
o Fluxo de Caixa Planejado (ou projetado) e o Fluxo de Caixa Real. O
primeiro trata de planejar, antever, os fluxos de dinheiro num período
futuro e o segundo, registra os acontecimentos efetivos de
movimentação de numerários da empresa. (TÓFOLI, 2008, p. 69).
O Fluxo de Caixa Planejado fornece, antecipadamente, informações
sobre a liquidez do caixa em determinado período, permitindo a avaliação
periódica e, com isso, avaliando a necessidade de captar recursos ou aplicar
os excedentes de caixa.
No Fluxo de Caixa Real devem ser registradas todas as entradas e
saídas de dinheiro do caixa. Ele é uma ferramenta de comparação entre tudo o
que foi planejado e o que foi realizado.
O Fluxo de Caixa Planejado deve ser comparado com o Fluxo de Caixa
Real com a finalidade de observar se há diferenças entre ambos. Caso tenham
diferenças, é preciso detectar as causas dessas variações e aplicar as devidas
adequações.
É importante essa confrontação entre os dois fluxos de caixa
(planejado e real), primeiro para avaliar as fontes de informações
utilizadas e os critérios de planejamento e aprimorá-los, se preciso e
em segundo detectar falhas de comunicação entre áreas e falta de
envolvimento geral. (TÓFOLI, 2008, p. 79).
1.6.3 Tesouraria
Na hora de pensar em abrir o próprio negócio, independente do meio
comercial onde se pretenda atuar, o indivíduo deverá pensar em todos os
setores que deverão compor essa nova empresa, em todos os seus pequenos
34
detalhes e, mesmo que seja necessário um mesmo funcionário exercer mais de
uma função.
Dentre os setores mais importantes de uma companhia, com certeza,
encontra-se a tesouraria, justamente por ser o setor responsável por todo o
controle financeiro da empresa – daí a importância de se contratar uma pessoa
de extrema confiança e que tenha experiência comprovada para exercer essa
função.
A tesouraria de uma empresa pode funcionar em qualquer espaço, até
mesmo fora do espaço onde funciona todo o resto dos setores que compõem a
companhia, porém é muito importante que este local seja dedicado apenas
para esse fim e que igualmente seja um ambiente organizado e limpo, a fim de
poder facilitar o trabalho das pessoas que compõem este setor.
Esse controle financeiro é absolutamente primordial para que a empresa
possa diagnosticar problemas, estabelecer metas e buscar soluções. Uma
tesouraria eficiente exerce esse controle financeiro, gerenciando os recursos
financeiros da empresa, estabelecendo regras para o uso racional dos recursos
disponíveis e sugerindo formas de aumentar as receitas e diminuir as
despesas, inclusive com o investimento de recursos financeiros do caixa ou
com a captação de recursos no mercado para suprir déficits.
Os processos de controle financeiro exercidos pela tesouraria devem ser
transparentes e embasados em conhecimento técnico e atualizado, auxiliando
a gestão da empresa.
A tesouraria deve ser capaz de gerenciar de forma eficaz contas a
receber e contas a pagar, crédito, cobrança, controles bancários, conciliação
de caixa, controle de numerário, aplicações financeiras, empréstimos,
financiamentos e controle/acompanhamento de contratos, ou seja, ela é
responsável pela administração de todas as contas a receber e a pagar da
empresa.
De acordo com Tófoli (2008), a administração de valores a receber de
uma empresa, sob a rubrica de Duplicatas a Receber ou de clientes assume
papel importante na administração do capital de giro.
As contas a pagar representam os compromissos da empresa para com
terceiros, são aquelas resultantes de compras feitas junto aos fornecedores,
empréstimos e outras despesas a pagar.
35
A boa gestão de contas a pagar sugere que a empresa não pague
duplicata indevidamente, não quite a mesma dívida duas vezes,
realize pagamentos com cheques nominativos, contra-recibo
(duplicata, guia do tributo) e pague as contas no vencimento. Não
deve se influenciar com o crédito fácil e ter em mente o seu grau de
solvência, ao planejar qualquer endividamento. (TÓFOLI, 2008, p.89).
1.7
Custos
Os Custos são os recursos usados pela organização para fornecer
produtos ou serviços. É o gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na
produção de outros bens ou serviços, ou seja, são todos os gastos relativos à
produção, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da
utilização de fatores de produção (bens e serviços) para a fabricação de um
produto ou execução de um serviço.
“O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como
custo, no momento da utilização de fatores de produção (bens e serviços), para
a fabricação de um produto ou execução de um serviço”. (MARTINS, 2003,
p.18).
A Gestão Financeira é de fundamental importância no processo de
tomada de decisão. Nesse momento tem que se levar em consideração as
informações de todos os setores da organização.
Essas informações fornecidas pela Contabilidade Gerencial podem ser
entendidas como o equilíbrio entre os custos e os benefícios da Informação
Contábil.
“Tomada de decisão – a decisão com propósito de selecionar entre um
conjunto de cursos alternativos de ação projetados para atingir algum objetivo –
é o núcleo do processo de gestão”. (HORNGREN; SUNDEM; STRATTON,
2006, p.8).
O processo de gestão compreende uma série de atividades em um ciclo
de planejamento e controle. Outras informações de valor relevante no momento
de tomar uma decisão são os custos, pois a Contabilidade de Custos é um
fator essencial no processo gerencial de tomada de decisão.
A contabilidade de custos fornece informações tanto para a
36
contabilidade gerencial quanto para a financeira. Mede e relata
informações financeiras e não-financeiras relacionadas ao custo de
aquisição ou à utilização de recursos em uma organização; inclui
aquelas partes, tanto da contabilidade gerencial quanto da financeira,
em que as informações de custos são coletadas e analisadas
(HORNGREN; DATAR; FOSTER, 2008, p. 2).
É muito importante não confundir custos com despesas, pois enquanto
os custos são gastos relativos à produção, as despesas são os relativos à
administração, às vendas e aos financiamentos.
Conforme Martins (2003), despesa é um bem ou serviço consumido
direta ou indiretamente para a obtenção de receitas.
Segundo Atkinson et al. (2008), realizar as mesmas coisas com menos
recursos e, assim, reduzir os custos significa que a organização está tornandose mais eficiente.
A apropriação dos custos, além de ser importante para a tomada de
decisão, é fundamental para verificar a lucratividade da empresa.
De acordo com Horngren, Foster e Datar (2000), custos podem também
ser apropriados ao produto ou ao cliente para facilitar a análise de lucratividade
por produto ou por cliente.
1.7.1 Classificação dos Custos
Os Custos podem ser classificados em Custos Diretos e Custos Indiretos
e também como Custos Fixos e Custos Variáveis.
1.7.1.1
Custos Diretos e Custos Indiretos
Para classificar os custos é necessário saber quando eles têm um
relacionamento direto ou indireto com um determinado objeto de custo, que é o
produto ou serviço.
Os Custos Diretos são aqueles diretamente apropriados aos produtos,
37
como os custos de matérias – primas.
“Custos diretos de um objeto de custo são os custos que estão
relacionados a um determinado objeto de custo e que podem ser identificados
com este de maneira economicamente viável (custo efetivo)”. (HORNGREN;
FOSTER; DATAR, 2000, p. 20).
Os Custos Indiretos são aqueles que não oferecem condição de medir e
qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada. São os
custos que não estão ligados diretamente à produção, como por exemplo,o
aluguel.
“Custos indiretos de um objeto de custo são os custos que estão
relacionados a um determinado objeto de custo, mas não podem ser
identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo)”.
(HORNGREN; FOSTER; DATAR, 2000, p. 20).
1.7.1.2
Custos Fixos e Custos Variáveis
Além da classificação em custos diretos e indiretos, de acordo com
Martins (2003), outra classificação usual (e mais importante que todas as
demais) é a que leva em consideração a relação entre o valor total de um custo
e o volume de atividade numa unidade de tempo. Divide basicamente os
Custos em Fixos e Variáveis.
Os Custos Fixos são os que não mudam em função das oscilações na
atividade e os Custos Variáveis variam de acordo com essas oscilações.
Para Horngren; Foster e Datar (2000), um Custo Fixo é um Custo que
não se altera em montante, apesar de alterações num direcionador de custo.
Ainda de acordo com Horngren; Foster e Datar (2000), um Custo
Variável é um Custo que se altera em montante em proporção às alterações
num direcionador de custo.
38
CAPÍTULO II
TRANSERNESTOLIVER LTDA. - ME
2
HISTÓRICO DA EMPRESA TRANSERNESTOLIVER LTDA. - ME
A empresa Transernestoliver Ltda. – ME foi constituída em 17 de março
de 1994 pelos sócios Ernesto de Oliveira e Maria Ivete dos Santos de Oliveira.
O Sr. Ernesto de Oliveira possuía uma pequena propriedade agrícola,
precisava de mão-de-obra da zona urbana para trabalhar nela, daí surgiu a
ideia de fundar uma empresa de transporte de funcionários. Juntamente com
sua esposa Maria Ivete dos Santos de Oliveira constituiu a empresa
Transernestoliver Ltda. – ME.
A empresa está localizada na cidade de Júlio Mesquita – SP, na Rua Dr.
Horácio Sabino, nº 247, devidamente inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica sob nº 74.540.550/0001-30 e NIRE nº 35212160396.
Em 11 de junho de 2010 houve a alteração social nº 01 da sociedade
limitada, onde a sócia Maria Ivete dos Santos Oliveira, não desejando mais
permanecer na sociedade retirou-se da mesma, vendendo a quota que possuía
ao sócio remanescente, ficando o mesmo com a totalidade das quotas. A
sociedade tornou-se unipessoal, devendo recompor seu quadro societário no
prazo de 180 dias a contar a partir da data da alteração social. A partir desta
data, também, a sociedade que tinha por objeto a exploração do ramo de
atividade de comércio varejista de máquinas e equipamentos para o uso na
agropecuária, peças e acessórios passou para o ramo de prestação de
serviços de transporte rodoviário coletivo de passageiros em geral.
A sociedade é administrada somente pelo sócio Ernesto de Oliveira com
poderes e atribuições de representá-la junto aos órgãos Municipais, Estaduais
e Federais.
2.1
Setores da empresa
39
A estrutura física da empresa é constituída por um espaço dividido entre
a garagem que possui cerca de 500 m² e uma sala para desenvolver atividades
administrativas, sendo que sua administração conta com os seguintes
setores/bases de acompanhamento:
2.1.1 Setor administrativo
A gerência administrativa fica sob a responsabilidade do Sr. Ernesto de
Oliveira. Cabe a ele também a responsabilidade financeira e todos os demais
atos que se tornarem necessários para a mais ampla representação da
sociedade, tais como assinar cheques e contratos, saques e contratação de
funcionários e de créditos em geral.
O setor administrativo é responsável também pela gerência de
transporte, que inclui recursos humanos, segurança e manutenção da frota.
O quadro de recursos humanos conta com dois motoristas que
transportam funcionários do perímetro urbano para o perímetro rural de Júlio
Mesquita, através de duas linhas diárias nos seguintes horários: 06h15m e
16h45m.
Os motoristas da Transernestoliver Ltda. – ME possuem habilitação e
curso exigido pela legislação para transporte de passageiros e passaram por
treinamento na empresa Criativo Cursos Ltda., localizada na cidade de Marília
– SP.
2.1.2 Setor financeiro
O setor financeiro é composto pela contabilidade que é terceirizada e
realizada por um escritório contábil localizado na Praça Júlio Mesquita nº 545,
na cidade de Júlio Mesquita – SP, através da supervisão do contador
Aguinaldo Vicente Ferreira que é responsável por realizar o controle e a gestão
financeira da empresa.
40
2.2
Objetivos gerais da empresa
O proprietário da empresa trabalha com o objetivo de transportar os
passageiros com qualidade, segurança, pontualidade e respeito.
Possui como meta obter a satisfação dos clientes e o reconhecimento do
mercado e, assim, conquistar novos clientes e expandir sua atuação.
2.3
Frota
A frota da empresa é composta por dois ônibus, um ano 1996 e outro
ano 1998 e cada um deles possui quarenta lugares.
São ônibus que possuem banheiro com sanitário e caixa d’água, dando
ao usuário a privacidade e higiene adequada. Esses ônibus passam por
manutenção preventiva nos pneus e peças mecânicas, possuem kit de
primeiros socorros e extintores. Os ônibus da frota não possuem seguro.
A frota da empresa está adequada à norma NR 31 que especifica regras
quanto ao transporte de passageiros, ao Código de Trânsito Brasileiro e à
portaria SUP/DER nº17, do Estado de São Paulo.
Fonte: Transernestoliver Ltda. - ME.
Figura 2: Fotos da frota da empresa Transernestoliver Ltda. - ME.
41
2.3.1 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho, na
Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura (NR 31)
Essa norma regulamentadora tem por objetivo estabelecer os preceitos
a serem observados na organização e no ambiente de trabalho; de forma a
tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da
agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e agricultura com a
segurança, saúde e meio ambiente no trabalho. Essa lei entrou em vigor 90
dias após sua publicação (04/06/05).
De acordo com a NR 31(31.16.1), o transporte coletivo de passageiros
deve observar os seguintes requisitos:
a) possuir autorização emitida pela autoridade de trânsito competente;
b) transportar todos os passageiros sentados;
c) ser conduzido por motorista habilitado e devidamente identificado;
d) possuir compartimento resistente e fixo para a guarda das
ferramentas e materiais, separado dos passageiros.
Quanto ao transporte de trabalhadores, também de acordo com a NR
31(31.16.2),
em
veículos
adaptados
somente
ocorrerá
em
situações
excepcionais, mediante autorização prévia da autoridade competente de
trânsito, devendo o veículo apresentar as seguintes condições mínimas de
segurança:
a) escada para acesso, com corrimão, posicionada em local de fácil
visualização pelo motorista;
b) carroceria com cobertura; barra de apoio para as mão;proteção
lateral rígida com dois metros e dez centímetros de altura livre, de
material de boa qualidade e resistência estrutural que evite o
esmagamento e a projeção de pessoas em caso de acidente com
veículo;
c) cabina e carroceria com sistemas de ventilação, garantida a
comunicação entre o motorista e os passageiros;
d) assentos revestidos de espuma, com encosto e cinto de segurança;
e) compartimento para materiais e ferramentas, mantido fechado e
separado dos passageiros.
42
2.3.2 Código de Trânsito Brasileiro
O Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/97) estabelece exigências
básicas relacionadas ao tipo e estado do veículo, existência de registrador
instantâneo de velocidade, bancos, portas e escada de acesso, compartimento
separado para ferramentas e a habilitação do motorista.
2.3.3 Portaria SUP/DER nº 17, do Estado de São Paulo
A Portaria SUP/DER nº 17, do Estado de São Paulo estabelece que todo
veículo utilizado no transporte rural de passageiros, para obter a licença, deve
ser submetido a pelo menos uma inspeção anual.
A inspeção deve ser transcrita em documento próprio que deve ser
acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida por
engenheiro. Para a demonstração de que o empregador atende às exigências,
devem existir veículos com as seguintes características e acessórios:
a) compartimento de passageiros coberto, com porta e escada de
acesso, assentos para todos os ocupantes e iluminação;
b) ferramentas sendo transportadas em compartimento separado dos
passageiros;
c) registrador instantâneo de velocidade;
d) bom estado físico e de funcionamento dos pneus, freios, sistema de
iluminação, sinalização e direção;
e) o motorista deve possuir habilitação categoria “D” e curso de
capacitação de condutor de veículo de transporte coletivo de
passageiros.
O empregador deve possuir ainda:
a) licença de transporte emitida pelo órgão competente, dentro do
período de validade;
b) documentação que demonstre o controle de inspeção e manutenção
periódica dos itens de verificação obrigatória;
43
c) relatório periódico com resumo de verificações dos equipamentos de
registro instantâneo de velocidade (tacógrafo ou computador de
bordo);
d) registro no prontuário de motoristas que infringiram as regras,
comprovando a tomada de medidas administrativas.
2.4
Parceiros
Os parceiros da empresa Transernestoliver Ltda. – ME são aquelas
empresas que prestam a ela algum tipo de serviço.
A empresa possui diversos parceiros, tais como Bradesco Leasing, o
posto de combustível Dias e Mira Ltda., onde abastece e a oficina Auto
Mecânica Guaimbê Ltda., onde faz a manutenção de sua frota.
2.4.1 Bradesco
A frota da empresa é financiada através do Leasing Bradesco. Neste tipo
de financiamento, a empresa escolheu o veículo e negociou com o fornecedor
um melhor preço de venda à vista.
O Bradesco Leasing (arrendador) adquiriu o bem e disponibilizou para o
uso da empresa por meio de contrato de arrendamento mercantil, com prazo e
condições de pagamento favoráveis. Após a quitação do contrato, será
realizada a transferência de propriedade à empresa Transernestoliver Ltda. –
ME.
2.4.2 Auto Posto Dias e Mira Ltda.
O Auto Posto Dias e Mira Ltda., localizado na cidade de Júlio Mesquita,
44
é responsável pelo abastecimento, troca de óleo e lubrificação, garantindo
qualidade, bom funcionamento e rendimento da frota.
2.4.3 Auto Mecânica Guaimbê Ltda.
A oficina Auto Mecânica Guaimbê Ltda., localizada na cidade de
Guaimbê – SP, que é de propriedade do Sr. Urbano Martins Garcia, presta
serviços à empresa Transernestoliver Ltda. – ME. Os serviços prestados são
preventivos, como verificar: o óleo de câmbio, óleo do diferencial, pastilha de
freio, nível do óleo do motor, ou seja, a oficina faz uma revisão completa nos
ônibus.
2.5
Clientes
Atualmente a empresa Transernestoliver Ltda. – ME presta serviço de
transporte de funcionários exclusivamente para a empresa Louis Dreyfus
Commodities Agroindustrial S/A.
Os clientes para os quais a empresa já prestou serviços são os
seguintes: José Abílio Baggio, Fazenda Cambará; Maria Cristina Marion,
Fazenda Santa Helena; ST Agrícola Ltda., Fazenda Chantembleb; Milton de
Assis, Chácara 4 Estrelas; Usina Equipav; Usina Paredão; Usina Guaricanga;
Coimbra Industrial S/A, Fazenda União; Coimbra Industrial S/A, Fazenda
Canãan e Coimbra Industrial S/A e Fazenda São Joaquim.
2.5.1 Louis Dreyfus Commodities S/A
A Louis Dreyfus Commodities S/A, empresa brasileira do grupo francês
Luis Dreyfus, de capital fechado e origem familiar desde sua fundação em
45
1851, atua no comércio, transporte, armazenagem, processamento e
exportação de commodities agrícolas.
A empresa está entre as líderes nos negócios em que atua e é uma das
maiores processadoras e comercializadoras globais de commodities e
derivados agrícolas. Presente em mais de 50 países, com mais de 75
escritórios no mundo, o grupo é mundialmente reconhecido e classificado como
um dos maiores negociadores de grãos e sementes oleaginosas, açúcar, café
e arroz.
A Louis Dreyfus Commodities S/A ocupa a primeira posição no ranking
mundial de comércio de algodão e é uma das maiores produtoras de suco de
laranja. Está presente no promissor mercado mundial de biocombustíveis e é
uma das líderes no mercado de açúcar e etanol brasileiro.
No Brasil, a Louis Dreyfus Commodities S/A também está entre as
maiores empresas exportadoras e atua nas principais regiões produtoras de
soja, milho, laranja, café, algodão e cana-de-açúcar.
A empresa Transernestoliver Ltda. – ME presta serviço de transporte
levando os funcionários da zona urbana da cidade de Júlio Mesquita para a
fazenda da Louis Dreyfus Commodities, também em Júlio Mesquita.
2.6
Concorrentes
A concorrência no transporte terceirizado de passageiros é muito
grande, por isso as empresas precisam possuir qualidade, comprometimento,
segurança e respeito aos usuários para se destacar nesse segmento.
Existem diversas empresas que atuam no ramo de transporte de
passageiros, inclusive na região onde está localizada a Transernestoliver Ltda.
– ME. Seus principais concorrentes são: Aparecido Pereira da Silva Locação
de Automóveis – ME (Guaimbê/SP), Massami Ibaraki (Júlio Mesquita/SP),
Edvaldo Estrubi Transportes (Alvinlândia/SP), Oliver Tur (Uru/SP), Ovidio de
Freitas Reboio Transportes – ME (Pirajuí/SP), José Daniel Soares (Álvaro de
Carvalho/SP) e
Maria
de
Lourdes
Soares
(Álvaro
de
Carvalho/SP).
46
CAPÍTULO III
A GESTÃO FINANCEIRA E A EMPRESA TRANSERNESTOLIVER LTDA. ME
3
INTRODUÇÃO
Com o objetivo de demonstrar a influência da implantação de uma
gestão financeira em uma empresa de pequeno porte, foi realizada uma
pesquisa de campo na empresa Transernestoliver Ltda. – ME, localizada na
rua Dr. Horácio Sabino, nº 247, da cidade de Júlio Mesquita – SP, no período
de fevereiro a novembro de 2010.
A empresa Transernestoliver Ltda. – ME é uma empresa que tem por
objetivo a prestação de serviços de transporte rodoviário coletivo de
passageiros em geral, com qualidade, segurança, pontualidade e respeito.
Sua meta é satisfazer os clientes e, com isso, ser reconhecida no
mercado, conquistando novos clientes e expandindo sua atuação.
A empresa possui uma gestão financeira em fase de implantação. O
proprietário entende a necessidade do controle financeiro, gestão de contratos,
controle de custos e trabalha para sua implantação, com o objetivo de
demonstrar os benefícios econômicos e financeiros que esses controles
gerenciais, através da gestão financeira, podem proporcionar à empresa
Transernestoliver Ltda. – ME.
Atualmente implantam na empresa os seguintes controles contábeis:
a) controle de despesa;
b) controle de custos;
c) controle de contratos;
d) acompanhamento de manutenção;
e) fluxo de caixa.
Para que a pesquisa fosse realizada dentro dos padrões científicos,
utilizaram-se os seguintes métodos:
47
a) estudo de caso: foi realizado estudo de caso na empresa
Transernestoliver Ltda. – ME, localizada na Rua Dr. Horácio Sabino,
nº 247, na cidade de Júlio Mesquita – SP, analisando aspectos
voltados à gestão financeira a ser implantada na empresa; Método de
Observação
Sistemática:
foram
observados,
analisados
e
acompanhados os procedimentos aplicados na prestação de serviços
de transporte realizados pela empresa Transernestoliver Ltda. – ME,
como suporte para desenvolvimento do estudo de caso;
b) método histórico: foram observados os dados e a evolução histórica
da
gestão
financeira
na
empresa,
como
suporte
para
desenvolvimento do estudo de caso.
As técnicas utilizadas foram:
a) Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A);
b) Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B);
c) Roteiro do Histórico da Empresa (Apêndice C);
d) Roteiro
de
Entrevista
com
o
proprietário
da
empresa
Transernestoliver Ltda - ME (Apêndice D);
e) Roteiro de Entrevista com o contador (Apêndice E).
3.1
Gestão financeira da Transernestoliver Ltda. – Me
A empresa Transernestoliver Ltda. – ME está em fase de implantação de
um sistema de gestão financeira e, para isso, está desenvolvendo ferramentas
de
controles
gerenciais
com
objetivo
de
ter
maior
eficiência
no
acompanhamento das informações contábeis e financeiras da empresa para
alcançar melhores resultados e avaliar os benefícios econômicos que uma
gestão financeira pode proporcionar a ela.
Os controles gerenciais que estão sendo desenvolvidos na empresa são:
controle
de
receitas,
controle
de
despesas,
controle
de
custos,
acompanhamento de manutenção, controle de contratos e fluxo de caixa.
A gestão financeira tem como função principal assegurar que a empresa
saiba de quanto dinheiro vai necessitar, como obter o dinheiro de que necessita
48
e como empregar esse dinheiro de uma forma responsável e lucrativa.
3.1.1 Controle de despesas da Transernestoliver Ltda. – ME
As despesas representam o consumo de bens ou serviços no processo
de obtenção de receitas.
O controle de despesas que está sendo implantado na empresa
Transernestoliver Ltda. – ME tem como objetivo mensurar o quanto esta gasta
no processo para obter receitas. Este controle leva em consideração, para
calcular as despesas por Km rodado, despesas como impostos: ISS, PIS,
COFINS e INSS, despesas operacionais e com pessoal,como: telefone,
energia elétrica, despesas com materiais de limpeza e pró-labore.
DESPESAS
DESPESAS
Ônibus 1996
Ônibus 1998
ISS
R$
110,00
ISS
R$
110,00
PIS
R$
28,60
PIS
R$
28,60
COFINS
R$
132,00
COFINS
R$
132,00
Telefone
R$
83,77
Telefone
R$
83,77
Energia Elétrica
R$
5,15
Energia Elétrica
R$
5,15
Despesas com Materiais de Limpeza
R$
70,00
Despesas com Materiais de Limpeza
R$
70,00
Pró-labore
R$
465,00
INSS
R$
93,00
TOTAL
R$
987,52
KM RODADO / MÊS
DESPESA DO KM RODADO
670
R$
1,47
Pró-labore
R$
465,00
INSS
R$
93,00
TOTAL
R$
987,52
R$
1,45
KM RODADO / MÊS
DESPESA DO KM RODADO
680
Fonte: Transernestoliver Ltda. – ME, 2010.
Quadro 3: Quadro de controle de despesas
A inexistência deste controle gera uma série de problemas financeiros,
como por exemplo, não saber corretamente o valor das despesas fixas e
variáveis da empresa, por não fazer separação adequada das despesas
pessoais dos sócios em relação às despesas da empresa, ou seja, deixa de
levar em conta o princípio da entidade.
3.1.2 Controle de custos da Transernestoliver Ltda. – ME
49
O custo representa o que foi usado direta ou indiretamente na produção
ou prestação de serviço (material, recursos humanos).
O controle de custos é um sistema que permite a formação de um preço
de venda e de prestação de serviço com maior exatidão.
A empresa Transernestoliver Ltda.– ME pretende, com a implantação de
um sistema de controle de custos, gerar informações necessárias para
identificar eventuais ineficiências, desperdícios e excessos, tendo com isso
uma redução de custos e, consequentemente, aumento de lucratividade.
Tem como objetivo satisfazer os clientes enquanto continuam reduzindo
e controlando os custos.
Na elaboração da planilha de controle de custos, levam-se em
consideração todos os custos ligados diretamente à prestação de serviços,
como financiamentos e custos de manutenção dos veículos. O custo é
calculado mensalmente por KM rodado como demonstra a planilha a seguir.
CUSTOS
CUSTOS
Ônibus 1996
Ônibus 1998
Financiamento
R$
1.765,34
Despesas Operacionais
R$
716,92
Financiamentos
R$
1.843,88
Despesas Operacionais
R$
716,93
Consórcio Pneu
R$
112,57
Consórcio Pneu
R$
112,57
Combustível
R$
463,35
Combustível
R$
412,54
Borracharia
R$
25,00
Borracharia
R$
20,00
Lubrificantes
R$
18,00
Lubrificantes
R$
18,00
Material de Uso e Consumo
R$
9,15
TOTAL
R$
3.133,07
Material de Uso e Consumo
R$
10,30
TOTAL
R$
3.111,48
KM RODADO / MÊS
CUSTO DO KM RODADO
670
R$
KM RODADO / MÊS
4,64
CUSTO DO KM RODADO
680
R$
4,61
Fonte: Transernestoliver Ltda. – ME, 2010.
Quadro 4: Quadro de controle de custos
3.1.2.1
Acompanhamento de custos de manutenção
A manutenção é essencial para um controle de custos eficaz.
Nos veículos utilizados para prestação de serviços da empresa
Transernestoliver Ltda. – ME ela tem como objetivo manter a frota em
50
condições e dentro das especificações necessárias para prestação de serviços
de transporte de passageiros, além de evitar a deteriorização e falhas no
transporte, principalmente aquelas ocultas.
Para isso, utiliza-se a planilha para Requisição de Troca de óleos/filtros,
apêndice F, que tem como objetivo acompanhar a manutenção e o controle de
gastos.
3.1.3 Controle de receitas da empresa Transernestoliver Ltda. – ME
Considera-se como receita de uma empresa o dinheiro que esta recebe
ou tem direito a receber, proveniente da venda de produtos ou prestação de
serviços.
As receitas da empresa Transernestoliver Ltda. – ME são originadas da
prestação de serviços de transporte de passageiros realizadas através de dois
ônibus pertencentes a ela.
O controle de receitas implantado, na empresa, é feito através do cálculo
das mesmas por Km rodado por viagem, como especificado no quadro abaixo.
RECEITAS
Ônibus 1996
Prestação de Serviços - 22
Viagem
RECEITAS
R$
KM RODADO / VIAGEM
RECEITA POR KM RODADO
4.400,00
30,4
R$
Ônibus 1998
Prestação de Serviços - 22
Viagem
R$
KM RODADO / VIAGEM
6,58
RECEITA POR KM RODADO
4.400,00
30,9
R$
6,47
Fonte: Transernestoliver Ltda. – ME, 2010.
Quadro 5: Quadro de controle de receitas
A implantação de um controle de despesas, custos e receitas na
empresa faz com que se calcule com precisão a receita líquida por Km rodado
mensalmente e, a partir daí, a empresa pode utilizar-se destes dados para
planejar o que precisa ser feito para melhorar e também elaborar as
demonstrações financeiras, que são essenciais na implantação de uma gestão
financeira.
51
RECEITA LIQUIDA POR KM RODADO
RECEITA LIQUIDA POR KM RODADO
Ônibus 1996
Ônibus 1998
Receitas (+)
R$
6,58
Receitas (+)
R$
Custos (-)
R$
4,64
Custos (-)
R$
4,61
Despesas (-)
R$
1,47
Despesas (-)
R$
1,45
Receita Liquida por KM Rodado (=)
R$
0,46
Receita Liquida por Viagem (=)
R$
14,02
Receita Liquida por Mês (=)
22 – Viagens
R$
308,34
6,47
Receita Liquida por KM Rodado (=)
R$
0,41
Receita Liquida por Viagem (=)
R$
12,76
Receita Liquida por Mês (=)
22 – Viagens
R$
280,62
Fonte: Transernestoliver Ltda. – ME, 2010.
Quadro 6: Quadro de controle da receita líquida
3.1.4 Controle de contratos da Transernestoliver Ltda. – ME
O controle de contratos visa amparar a empresa no controle dos
contratos firmados, garantindo o acesso rápido e seguro às informações
contratuais, para a tomada de decisões e total controle nos prazos de vigência,
cláusulas de rescisão, obrigações, direitos e valores contratuais.
O
sistema
de
controle
de
contratos
a
ser
implantado
na
Transernestoliver Ltda. - ME tem como objetivos:
a) aumentar o controle sobre o relacionamento contratante e contratado;
b) cadastrar os contratos de prestação de serviço com os clientes;
c) definição de data de início, de fim e valor do contrato;
d) definir as ordens de serviços referentes aos contratos;
e) comparar o valor total do contrato, com o que já foi faturado com esse
contrato, informando, assim, o que resta a ser faturado por este contrato.
Assim, o controle de contratos é uma ferramenta de gestão financeira de
fundamental importância para o planejamento e desenvolvimento da empresa
e, consequentemente, essencial para o surgimento de novos contratos.
3.1.5 Controle de segurança da empresa Transernestoliver Ltda. – ME
A segurança do trabalho são conjuntos de medidas adotadas com o
52
objetivo de minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem
como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
A empresa Transernestoliver Ltda. – ME, com o objetivo de ter mais
controle e segurança em suas operações, planeja a implantação de uma ficha
de inspeções de ônibus agrícola.
Esta ficha contém dados do proprietário e do motorista, dados do
veículo, como por exemplo, ano de fabricação e placa.
Nela estão contidos também dados a respeito da condição do veículo,
capacidade do ônibus, se o laudo de inspeção mecânica está dentro do prazo,
dentre outros.
As informações contidas na ficha de inspeções de ônibus agrícola são
de extrema importância para um controle de segurança na empresa.
3.1.6 Fluxo de caixa da empresa Transernestoliver Ltda. – ME
O fluxo de caixa é um instrumento que possibilita o planejamento e o
controle dos recursos financeiros de uma empresa, o que o torna indispensável
para um eficaz modelo de gestão financeira.
O fluxo de caixa implantado na empresa Transernestoliver Ltda. – ME é
um instrumento essencial para que ela possa adquirir controle sobre o dinheiro
disponível ou que tem a receber e aplicá-lo corretamente, promovendo, assim,
redução das despesas financeiras e, consequentemente, maiores lucros.
É de fundamental importância no controle dos recursos financeiros da
empresa, na medida em que possibilita um planejamento mais eficaz para o
próximo período, além de controlar o fluxo de entradas (recebimentos) e saídas
(pagamentos).
Para Yoshitake e Hoji (1997), o fluxo de caixa é um esquema que
representa os benefícios e os dispêndios ao longo do tempo. Sua gestão visa
fundamentalmente manter certo nível de liquidez imediata para fazer frente à
incerteza associada ao fluxo de recebimento e pagamento.
Com a implantação do fluxo de caixa, a empresa visa em curto prazo
adquirir mais controle, agilidade e segurança em suas atividades financeiras.
53
FLUXO DE CAIXA - EMPRESA: TRANSERNESTOLIVER LTDA. – ME
SEMANA 1 E 2
SEMANA 3 E 4
SEMANA 5
JUNHO / 2010
Saldo Inicial de
Caixa
Duplicatas a Receber
Total de Entrada (S)
P
R
P
R
P
R
TOTAL / MÊS
P
R
0,00
847,85
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
847,85
8.800,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
8.800,00
0,00
8.800,00
847,85
0,00
0,00
0,00
0,00
8.800,00
847,85
60,00
71,45
60,00
45,00
30,00
23,55
150,00
140,00
13,00
10,30
0,00
0,00
0,00
0,00
13,00
10,30
0,00
0,00
150,00
167,55
0,00
0,00
150,00
167,55
73,00
81,75
210,00
212,55
30,00
23,55
313,00
317,85
8.727,00
766,10
(210,00)
(212,55)
(30,00)
(23,55)
8.487,00
530,00
8.727,00
1.613,95
(210,00)
(212,55)
(30,00)
(23,55)
(8.487,00)
530,00
Despesas com Mat.
de Limpeza
Luz
Luz
Telefone
Telefone
Total de Saída (S)
Saldo Operacional
Saldo Final
* P = Previsto
** R = Realizado
Fonte: Transernestoliver Ltda. – ME, 2010.
Figura 3: Fluxo de caixa
3.1.7 Demonstrações contábeis da empresa Transernestoliver Ltda. – ME
As demonstrações contábeis são relatórios extraídos da contabilidade,
após o registro de todos os documentos que fizeram parte do sistema contábil
da empresa em um determinado período. Servem para expressar a situação
patrimonial da empresa, auxiliando os diversos usuários no processo de
tomada de decisão.
As demonstrações contábeis deverão obedecer aos critérios e formas
expostas na lei 6404/76, onde estão estabelecidas quais as demonstrações
que deverão ser elaboradas pelas empresas, sejam de capital aberto ou não.
As demonstrações exigidas para as empresas são:
a) Balanço Patrimonial;
b) Demonstração do Resultado do Exercício;
c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
Não existindo elaboração das demonstrações contábeis na empresa
Transernestoliver Ltda. – ME foram elaboradas as seguintes: balanço
patrimonial e demonstração do resultado do exercício.
54
3.1.7.1 Balanço Patrimonial da empresa Transernestoliver Ltda. – ME
Segundo Iudícibus; Martins e Gelbcke (2003), o balanço tem por
finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em
determinada data, representando, portanto, uma posição estática.
De acordo com Tófoli (2008), balanço patrimonial é a demonstração
contábil que apresenta todos os bens e direitos da empresa (ativo) e suas
obrigações (passivo), em determinada data. O Balanço Patrimonial na empresa
Transernestoliver Ltda. – ME tem como finalidade apresentar a situação
patrimonial – financeira da empresa.
Com a elaboração do Balanço Patrimonial, a empresa pretende
comparar o ativo circulante com o passivo circulante, visualizando, assim, qual
e sua situação líquida. Tem a possibilidade de fazer uma relação dos recursos
disponíveis em curto prazo com as dívidas que precisam ser sanadas, também
pode fazer esta relação entre o que a pagar e a receber em longo prazo.
É de fundamental importância para o desenvolvimento de uma eficaz
gestão financeira na medida em que demonstra a situação patrimonial da
empresa, se esta tiver dificuldades em quitar suas dívidas ou se a situação
financeira for favorável.
BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA TRANSERNESTOLIVER LTDA. - ME - SEGUNDO TRIMESTRE/2010
ATIVO
30/06/2010
Circulante
PASSIVO
30/06/2010
Circulante
Disponível
Caixa
Banco Conta
Movimento
R$
530,00
R$
2.390,15
Créditos
Duplicatas a receber
R$
17.600,00
Consórcio de Pneus
R$
450,30
Fornecedores
Pró- Labore a
Pagar
R$
6.730,00
R$
930,00
INSS a recolher
R$
186,00
Cofins a recolher
R$
264,00
Pis a Recolher
R$
57,20
Financiamentos
R$
21.655,34
Exigível a Longo Prazo
Permanente Imobilizado
Financiamentos
R$ 107.944,68
PATRIMôNIO LÍQUIDO
Terreno
Móveis e
utensílios
R$
45.000,00
R$
1.000,00
Veículos
Equipamentos e
Ferramentas
R$ 116.300,00
Lucros/Prejuízos Acumulados
R$
Lucro Acumulado
R$
11.628,28
( - ) Lucro do Período
R$
(5.005,05)
( - ) Depreciação Acumulada
( - ) Depreciação
Acumulada
TOTAL ATIVO
R$
37.000,00
R$
(11.830,00)
R$ 181.390,45
Fonte: Transernestoliver Ltda. – ME, 2010.
Quadro 7: Balanço Patrimonial
9.950,00
Capital Subscrito
TOTAL PASSIVO
R$ 181.390,45
55
3.1.7.2 Demonstração
do
Resultado
do
Exercício
da
empresa
Transernestoliver Ltda. - ME
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) serve para informar
aos usuários da informação como foi que a empresa obteve seu resultado
(lucro ou prejuízo) em um determinado período.
A elaboração da DRE na empresa Transernestoliver Ltda. – ME
pretende demonstrar o seu desempenho econômico e, com isso, identificar as
variações do patrimônio líquido demonstrado no balanço patrimonial. Também
é essencial no desenvolvimento da gestão financeira da empresa, pois através
dele pode-se verificar se a empresa teve lucro ou prejuízo e, com isso, planejar
as decisões a serem tomadas no próximo período.
O DRE apresentado refere-se ao segundo trimestre de 2010 e, através
dele, verifica-se que a empresa teve um valor de receitas operacionais menor
que o valor das despesas operacionais, portanto, teve prejuízo no período
demonstrado.
DRE - Segundo Trimestre/2010
Receitas Operacionais
Prestação de Serviços
( - ) ISS
( - ) Pis sobre faturamento
( - ) Cofins sobre faturamento
Lucros operacionais bruto
R$ 8.800,00
R$ (220,00)
R$
(57,20)
R$ (264,00)
R$ 8.258,80
Despesas Operacionais
Telefone
Energia Elétrica
Despesas com Materiais de Limpeza
Pró-labore
INSS
Despesas com Depreciações
Total das despesas operacionais
R$
167,55
R$
10,30
R$
140,00
R$
930,00
R$
186,00
R$ 11.830,00
R$ 13.263,85
Receitas Operacionais ->->->
R$8.258,80
Despesas Operacionais ->->->
R$13.263,85
Prejuízo do Período ->->->
R$(5.005,05)
Fonte: Transernestoliver Ltda. – ME, 2010
Quadro 8: Demonstração do Resultado do Exercício
56
3.1.8 Parecer final sobre o caso
A empresa não possuía relatórios financeiros, o que dificultava a
visualização e o controle dos recursos utilizados por ela.
Com a implantação de um sistema de gestão financeira passou-se a ter
uma visão real da situação da empresa.
Com base nos pressupostos teóricos e práticos desenvolvidos neste
trabalho, conclui-se que a gestão financeira é de fundamental importância no
controle financeiro e no desenvolvimento da empresa Transernestoliver Ltda.ME.
57
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Com
a
pesquisa
desenvolvida
e
a
aplicação
na
empresa
Transernestoliver Ltda.- ME, propõe-se que a empresa adote o controle de
custos do Km rodado, que leva em consideração todos os custos ligados à
prestação de serviços.
A adoção deste controle gerencial gera informações necessárias,
evitando desperdícios e excessos, tendo com isso redução de custos. Fica
mais fácil para a empresa visualizar como irá utilizar os recursos financeiros de
forma responsável e lucrativa.
58
CONCLUSÃO
A utilização de um sistema de gestão financeira, através de ferramentas
de gestão, como por exemplo, planilha de controle de despesas, planilha de
controle de custos e elaboração de fluxo de caixa podem identificar
antecipadamente as necessidades da empresa, bem como prever os
resultados financeiros da mesma.
A gestão financeira proporciona o controle eficaz da entrada e saída de
recursos financeiros, o planejamento de despesas e custos visando ao
desenvolvimento e lucratividade da empresa.
O trabalho realizado na empresa Transernestoliver Ltda. - ME, a
implantação de um sistema de gestão financeira voltada às necessidades da
empresa, reafirma a importância do desenvolvimento dos controles financeiros.
Os controles permitem ao gestor planejar e controlar os recursos
financeiros, facilitando a tomada de decisões futuras, assim como novos
investimentos.
A utilização dos controles dá condições ao gestor de eliminar
dificuldades financeiras e a visualização dos valores de custos e despesas,
bem como os valores das entradas e das saídas, permitindo a correta alocação
dos recursos.
Conclui-se, portanto, que a utilização correta das ferramentas de
controle proporcionará à empresa melhor utilização de seus recursos, de forma
mais consciente.
Diante da realização da pesquisa, a pergunta problema foi respondida e
foi registrado como resultado da pesquisa os benefícios seguintes: mensuração
de quanto realmente a empresa gasta no processo de obter receitas; geração
de
informações
necessárias
para
identificar
eventuais
ineficiências,
desperdícios e excessos, reduzindo assim os custos e, consequentemente,
aumentando a lucratividade e controle de recursos financeiros.
O presente trabalho não deve ser considerado como encerrado,
podendo ser utilizado como referência em pesquisas futuras para quem deseja
ter maior conhecimento sobre o assunto, podendo ser adaptado às
necessidades de outra empresa e melhorado ao longo do tempo.
59
REFERÊNCIAS
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(Curso de Pós-graduação em “Lato Sensu” em Contabilidade, Finanças e
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financeiro. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
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ASSAF NETO, A.; SILVA, C.A.T. Administração do capital de giro. 2.ed. São
Paulo: Atlas, 1997.
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Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9503.htm>.Acesso
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CONTAS
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receber,
3
jul.
2008.
Disponível
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tomada de riscos empresariais. Tradução Félix Nonnenmacher. Porto alegre:
Bookman, 2009.
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instrumento fundamental para gerenciamento do negócio. São Paulo: Atlas,
1997.
60
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11.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
HORNGREN, C. T.; SUNDEM, G. L.; STRATTON, W. O. Contabilidade
Gerencial. 12.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
HUSEIN, H. P.; PERON, M.A.R.A. A influência do fluxo de caixa como
ferramenta para gestão financeira no processo decisório empresarial,
2004. Monografia. (Curso de Pós-graduação “Lato Sensu” em Contabilidade,
Finanças e Auditoria) – Faculdades Salesianas de Lins, Lins.
MARCELINO, C. G.; TEIXEIRA, J. F. A influência da controladoria no
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Sensu” em Contabilidade, Finanças e Auditoria) – Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium, Lins.
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sociedades por ações: aplicável as demais sociedades. 6.ed. São Paulo:
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rural e termos afins. Disponível em: <http://www.administracaoegestao.com.
br/administracao-rural/modelo-de-fluxo-de-caixa-mensal/>. Acesso em: 22 set.
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estratégica. São Paulo: Atlas, 2002.
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______. Controladoria estratégica. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de
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SÃO PAULO. Portaria SUP/DER Nº 17, DE 9 de abril de 2003. Disponível em:
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SOBRAL, F.; PECI, A. ADMINISTRAÇÃO: teoria e prática no contexto
brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
TESOURARIA.
Administradores,
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TÓFOLI, I. Administração financeira empresarial: uma tratativa prática.
Campinas: Arte Brasil, 2008.
YOSHITAKE, M.; HOJI, M. Gestão de tesouraria: controle e análise de
transações financeiras em moeda forte. São Paulo: Atlas, 1997.
62
APÊNDICES
63
APÊNDICE A – Roteiro de estudo de caso
1
INTRODUÇÃO
Serão descritos os estudos de caso, os métodos e técnicas de pesquisa,
as dificuldades e facilidades encontradas no levantamento dos dados. Serão
enfocados os métodos utilizados na gestão financeira da empresa.
1.1
Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado
1.1.1 Serão analisados o desenvolvimento da gestão econômica e as
ferramentas utilizadas, sua aplicação prática e sua cooperação para o
desenvolvimento econômico da empresa.
1.1.2 Depoimento do contador
1.2
Discussão
Será realizado um confronto entre a teoria e a prática utilizada na
empresa estudada.
1.3
Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou
modificações de procedimentos
Serão discutidos e sugeridos à empresa Ernesto de Oliveira Companhia
64
Ltda. métodos e ferramentas de gestão econômica, visando proporcionar
benefícios econômicos.
65
Apêndice B – Roteiro de observação sistemática
I
IDENTIFICAÇÃO
1
Empresa: ....................................................................................................
2
Localização: ...............................................................................................
3
Cidade:.............................................. Estado: ............................................
4
Atividade Econômica: .................................................................................
5
Porte:..........................................................................................................
II
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1
Histórico da empresa: ................................................................................
2
Estrutura organizacional:............................................................................
3
Identificação dos procedimentos aplicáveis na gestão econômica: ...........
4
Aplicação prática da gestão econômica: ....................................................
5
Relação entre a controladoria e a gestão econômica: ...............................
6
Utilização de relatórios contábeis na tomada de decisões: ........................
66
APÊNDICE C – Roteiro do histórico
I
IDENTIFICAÇÃO
1
Empresa: ....................................................................................................
2
Localização: ...............................................................................................
3
Atividade Econômica: .................................................................................
4
Proprietários: ..............................................................................................
II
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1
Origem da empresa: ..................................................................................
2
Histórico de desenvolvimento: ...................................................................
3
Cenário atual da empresa: .........................................................................
67
APÊNDICE D – Roteiro de entrevista com o proprietário
I
IDENTIFICAÇÃO
1
Formação: ..................................................................................................
2
Tempo de atuação na área: .......................................................................
3
Profissão: ...................................................................................................
II
PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1 Quais os maiores obstáculos que a empresa identifica na prestação de
serviços a seus clientes?
..............................................................................................................................
..............................................................................................................................
2 Como a empresa mantém controle das informações contábeis?
..............................................................................................................................
..............................................................................................................................
3 Quais as perspectivas futuras que a empresa possui em relação ao
mercado?
..............................................................................................................................
..............................................................................................................................
68
APÊNDICE E – Roteiro de entrevista para o contador
I
IDENTIFICAÇÃO
1
Formação: ..................................................................................................
2
Experiência na área ...................................................................................
II
PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1
Qual a importância da gestão financeira para a empresa?
..............................................................................................................................
..............................................................................................................................
2
Quais os métodos de gestão financeira que a empresa utiliza?
..............................................................................................................................
..............................................................................................................................
3
Na sua opinião, a gestão financeira tem gerado o resultado esperado?
..............................................................................................................................
..............................................................................................................................
69
ANEXOS
70
ANEXOI A – Requisição para troca de óleos/filtros
REQUISIÇÃO PARA TROCA DE OLEOS/FILTROS
Nº
_________________
DATA::=> __________________________________________________________
FROTA::=> ____________________________________________________________________________________
DESCRIÇÃO ÔNIBUS::=> ________________________________________________________________________
KM::=>________________________________________________________________________________________
RESPONSÁVEL PELA TROCA::=>__________________________________________________________________
Material Utilizado
Qtde
Preço
Valor Total
Motorista
Observações
Óleo SAE15W40
Óleo SAE 30
Óleo SAE 68
Óleo SAE 90
Óleo SAE 100
Óleo SAE 140
Óleo HY-Gard
Fluído Freio
Fluído Radiador
Aditivo Radiador TY16034
Filtro CAV 796
Filtro RE62419
Filtro T19044
Filtro Ar AT171854
Filtro Ar AT171853
Filtro RE45864
Filtro DQ59139
Filtro RE62418
Filtro Ar Segurança CF 600
Óleo SAE 85W90 CQM10020
Óleo SAE A 85W140
Óleo SAE 15W40 CQM 13030
Filtro 940/18
Óleo SAE 80W140
Filtro RE59754
Filtro RE60021
Outros (especificar)
R$
TOTAL::=>
-
______________________________
___________________
________________________
Assinatura Mecânico
Assinatura Motorista
Aprovação Gerência
71
ANEXO B – Inspeção de ônibus agrícola
Legenda: S (Sim); S (Não)
INSPEÇÃO DE ÔNIBUS AGRÍCOLA
Proprietário do Veículo: TransErnestOliver LTDA.
Nome do Motorista:
Itinerário resumido (cidade e/ou bairros) e quilometragem percorrida por dia (ida e
volta):
Identificação do Veículo
S/N/
Num.
Anotações para cada item
S/N/
Num.
Anotações para cada item
S/N/
Num.
Anotações para cada item
Ano de Fabricação:
Placa:
Possui autorização do DER? (S/N)
Fixada no parabrisa? (S/N)
N. Autorização:
Identificação do Motorista
N. Habilitação (CNH)
Categoria:
Possui curso de capacitação de transporte coletivo (S/N)
N. Autorização:
Condições do veículo
Capacidade do ônibus (passageiros sentados):
Possui laudo de inspeção mecânica dentro do prazo? (S/N)
Ferramentas transportadas em local apropriado (bagageiro)? (S/N)
Possui assentos almofadados? (S/N)
Os assentos estão em boas condições de uso? (S/N)
Possui cintos de segurança em condições adequadas de uso em todos os
assentos? (S/N)
Pneus em condições adequadas de uso (incluindo estepe)? (S/N)
Possui extintor de incêndio dentro da validade? (S/N)
Interior do veículo está limpo e sem material indevido? (S/N)
Luz de ré em funcionamento? (S/N)
Sirene de ré em funcionamento? (S/N)
Freios em funcionamento? (S/N)
Faróis e lanternas em funcionamento? (S/N)
Setas de direção em funcionamento? (S/N)
Luz de freio em funcionamento? (S/N)
Outras observações:
Data da Inspeção:
Nome do Inspetor:
Assinatura:
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GESTÃO FINANCEIRA EM UMA EMPRESA DE