CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES
ASSOCIADAS DE ENSINO – FAE
FÁBIO LUIS VILELA PEREIRA
O EXERCÍCIO FÍSICO COMO
TERAPIA DE APOIO PARA
PORTADORES DE HIV / AIDS
SÃO JOÃO DA BOA VISTA - SP
2008
FÁBIO LUIS VILELA PEREIRA
O EXERCÍCIO FÍSICO COMO
TERAPIA DE APOIO PARA
PORTADORES DE HIV / AIDS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
como avaliação final para obtenção do título de
Bacharel e Licenciatura em Educação Física,
do Centro Universitário das Faculdades
Associadas de Ensino – FAE, sob a orientação
do Professor Mestre Sebastião Álvaro Galdino.
SÃO JOÃO DA BOA VISTA - SP
2008
1
FÁBIO LUIS VILELA PEREIRA
O EXERCÍCIO FÍSICO COMO TERAPIA DE APOIO PARA
PORTADORES DE HIV / AIDS
Esta monografia foi apresentada como trabalho de conclusão de curso de Educação
Física do Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino – FAE, e foi avaliada
pela banca examinadora integrada pelos professores abaixo nomeados:
São João da Boa Vista / SP, ________de ______________________de 2008.
Professor Mestre Sebastião Álvaro Galdino
Coordenador de Monografia - FAE
Professor Mestre Guilherme Marson Junqueira
Coordenador do Curso de Educação Física - FAE
Professores que compuseram a banca examinadora:
___________________________________________
Prof (o) Sebastião Álvaro Galdino
Presidente
Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino – FAE
___________________________________________
Prof (a) Rita de Cássia Bonci Oliveira
Examinadora
Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino – FAE
____________________________________________
Prof (o) Paulo Renor Rosa Júnior
Examinador
Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino - FAE
2
Dedico este trabalho aos meus pais, Jair e
Luzia, fontes inesgotáveis de amor, apoio e
superação. Também dedico este trabalho aos
portadores de HIV atendidos pela ASPA e a
todas as pessoas que convivem com o HIV,
sem as quais esse trabalho não seria
possível.
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus pela força.
À minha família pelo imenso apoio e compreensão. Amo vocês.
À minha sempre menininha Alicia, com todo o amor de tio e padrinho.
Ao Walter pela companhia de sempre e pelas divertidas leituras para esse trabalho.
Aos meus amigos pelo apoio e por entenderem minha ausência nesses 4 anos de faculdade.
À professora Raquel Florence, cujo enorme carinho e incentivo me fizeram chegar até aqui.
Ao Prof. Sebastião Galdino, cuja dedicação, apoio e amizade tornaram esse trabalho possível.
À Profª Eunice Costa pelo imenso apoio e paciência.
Às professoras Betânia Dell’agli e Maria Carla Sorbello, pela atenção dispensada.
À Profª Sílvia Valota por acreditar nesse trabalho e apoiar minha pesquisa.
À Enfermeira Patrícia Beraldo, da ASPA, pelo imenso apoio e atenção.
Aos entrevistados da ASPA pela atenção dispensada a este trabalho.
Aos professores Aldarí de Souza, Fabiano Peres, Denise Cereja, Elizabeth Pilli, Érica Baciuk,
Guilherme Junqueira, Luís Cláudio Bossi, Paulo Renor, Rita Bonci, Rosa Serrano e Sérgio
Nassar, pelo apoio para a realização deste trabalho.
Aos professores Alzínia, Athos, Betinha, Chaim, Ditão, Luciana e Lurdinha, obrigado por
tudo.
À querida amiga Ana Paula Malheiros pelo apoio e compreensão.
Ao amigo Renato Alves (Renatão) e sua família pelo apoio no Abstract desse trabalho.
Ao amigo Vinícius Ponciano e aos professores Camilo Barbosa, Daniela Albano
(Fisioterapeuta), Daniela Leopoldino, Daniela Rubbo, Fátima Ribeiro, Maria Érica e Nilton
Queiroz, pelo apoio.
Aos inesquecíveis Luís Degani e Elizabeth Jesumary pelos mágicos anos que
compartilhamos.
Às “meninas” da secretaria: Madalena, Isabela e Marcela, pela dedicação e pelo apoio.
Às “meninas” da biblioteca: Eloísa, Jamilie e Sheila, pela paciência e atenção de sempre.
Ao amigo Márcio Ferrare pela força e coragem.
Aos amigos do IPEFAE: Fábio, Mariúcia, Raul e Marco Aurélio, pelo apoio de sempre.
Aos amigos da Informática: Pedro, Leite, Duda e Evandro, pelo apoio de sempre.
A todas as pessoas que me ajudaram a chegar ao final (ou início?) dessa jornada, pois sozinho
eu jamais conseguiria: amigos, parentes, colegas de sala, professores e funcionários do
UNIFAE. A todos vocês, o meu eterno muito obrigado!
4
EPÍGRAFE
Nós somos os campeões, meus amigos, e nós
continuaremos a lutar até o fim.
Freddie Mercury, 1977.
5
PEREIRA, F. L. V. O EXERCÍCIO FÍSICO COMO TERAPIA DE APOIO PARA
PORTADORES DE HIV/AIDS. 2008. 106p. Monografia (Graduação) – Faculdade de
Educação Física, Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino, São João da Boa
Vista, 2008.
RESUMO
O exercício físico é uma importante ferramenta terapêutica de apoio para indivíduos
portadores do vírus HIV e AIDS, com melhorias significativas da aptidão física relacionada à
saúde e nas condições psicológicas e sociais. Estudos indicam que os exercícios prescritos
para esses indivíduos devem ser os aeróbios de intensidade moderada. Este trabalho tem como
objetivo investigar a resposta imunológica mediante os exercícios físicos e seus efeitos para o
portador de HIV e AIDS. O método utilizado para este trabalho foi a revisão bibliográfica
pertinente ao tema abordado em livros, revistas, artigos e sites de internet, além de pesquisa
de campo com 34 portadores do vírus HIV / AIDS assistidos pela ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS, por meio de questionário contendo 16 questões que
abordam a visão e o comportamento dos indivíduos entrevistados em relação ao exercício
físico, além de outros aspectos envolvidos à sua condição física. Os resultados da pesquisa
demonstram que entre todos os entrevistados, 67,64% não se exercitam, 55,55% preferem a
caminhada, 66,66% exercitam-se por necessidade, 28,57% sentem-se tranqüilizados e
energizados com o exercício, 46,42% tem motivação para o exercício, 93,54% vêem o
exercício como importante para a saúde, 84,21% ficam com a saúde ótima após o exercício,
40% praticam exercícios há cinco anos ou mais, 54,54% desenvolveram infecções
oportunistas, 66,66% não encontram dificuldades em realizar atividades diárias, 58,33% não
sentem fadiga, indisposição geral ou dor durante o exercício, 19,04% sentem-se angustiados
após o diagnóstico de HIV positivo, 29,41% às vezes têm a condição física interferindo nas
ações cotidianas, 67,74% não apresentam efeitos colaterais do coquetel antiretroviral, 26,08%
têm a neuropatia como efeito colateral da terapia, 52,38% cansam-se pouco após o exercício,
76,47% têm disposição para momentos de lazer, 28,20% gostariam de praticar a natação. As
considerações finais sugerem que na pesquisa com os portadores de HIV e AIDS,
principalmente entre as mulheres, a prática do exercício físico ainda não tem a devida
atenção, porém percebe-se que eles têm consciência da importância do exercício em relação
aos benefícios para a sua saúde.
Palavras-chave: 1.HIV/AIDS 2.Exercício físico 3.Sistema imunológico
6
PEREIRA, F. L. V. PHYSICAL EXERCISE AS THERAPY FOR SUPPORT LIVING
WITH HIV/AIDS. 2008. 106p. Monograph (Graduate) – College of Physical Education,
Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino, São João da Boa Vista, 2008.
ABSTRACT
Physical activity is an important therapeutic tool to back individuals suffering from AIDS,
improving health, physical, psychological and social conditions. Studies indicate that
exercises for these individuals should be aerobics type and not strenuous. This paper aims to
investigate the immunologic response to physical activities and it effects concerning HIV and
AIDS patients. It was used for this paper bibliographic revision related to the theme from
books, magazines, articles, internet websites, as well as field research with 34 HIV/AIDS
patients assisted by ASPA – Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS. By using
questionaries with 16 questions, the patients were asked about their attitude towards physical
exercises and their physical condition. The research shows that 67,64% of all interviewed do
not get regular exercise, 55,55% prefer going for a walk, 66,66% get some exercise because
they need, 28,57% feel calm and not boosted when getting some exercise, 46,42% feel
motivated to do physical activity, 93,54% see physical activity as something important for
health condition after doing some exercise, 40% have done some physical activity for five
years or more, 54,54% have developed opportunist infection, 66,66% have found no
difficulties in getting physical activities daily, 58,33% do not have fatigue, general discomfort
or ache during the time they get some exercise, 19,04% have felt affliction after being
diagnosed with AIDS, 29,41% stated that the physical condition sometimes interferes with
their daily activities, 67,74% state there are no side effects taking the antiretroviral cocktail,
26,08% state that neuropathy is the only side effect that interferes with their physical capacity,
52,38% feel a little tired after getting some exercises, 76,47% say they feel like having leisure
activities, 28,20% have chosen swimming as a sport they would like to do. The results show
that among HIV/AIDS patients, mainly among women, physical activities are not highlighted,
however it is noticed that they are aware of the importance of doing exercises and their
benefits to their health.
Keywords: 1.HIV/AIDS 2.Physical activity 3.Immunologic system
7
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AGL: Ácidos Graxos Livres
AIDS: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
ATP: Adenosina trifosfato
AZT: Azidotimidina ou Zidovudina
CCD: Centro de Controle de Doenças
CD4 ou CD4+: Célula T tipo 4 ou Linfócito T4 auxiliar (helper)
DNA: Ácido desoxirribonucléico
DST: Doença sexualmente transmissível
EM: Índice metabólico
EROS: Espécie reativa de oxigênio
EUA: Estados Unidos da América
FCM: Frequência cardíaca máxima
FCR: Freqüência cardíaca de reserva
HAART: Terapia antiretroviral de alta atividade ou altamente ativa
HIV: Vírus da Imunodeficiência Humana
HSP70: Proteína de choque térmico
Lan: Limiar Anaeróbio
OMS: Organização Mundial da Saúde
RML: Resistência Muscular Localizada
RNA: Ácido ribonucléico
T4: Linfócito T4 auxiliar (helper) ou célula T tipo 4
VO2: Volume de oxigênio
8
LISTA DE TABELAS
TABELA 1: A prática de exercícios físicos............................................................................... 48
TABELA 2: Tipo de exercício físico praticado.......................................................................... 49
TABELA 3-A: Objetivo do exercício físico praticado ............................................................... 50
TABELA 3-B: Sensação proporcionada pelo exercício ............................................................. 51
TABELA 4: Motivação para realizar exercícios físicos ............................................................. 52
TABELA 5: Visão sobre os exercícios em relação aos benefícios para a saúde.......................... 53
TABELA 6: Estado de saúde após a prática do exercício físico ................................................. 54
TABELA 7: Tempo de prática de exercícios físicos .................................................................. 55
TABELA 8: Desenvolvimento de Infecções Oportunistas (IO).................................................. 56
TABELA 9: Dificuldades em realizar determinadas atividades diárias ...................................... 57
TABELA 10: Sensações de fadiga, indisposição geral ou dor na prática de exercícios físicos.... 58
TABELA 11: Sentimentos após o diagnóstico de portador de HIV............................................ 60
TABELA 12: Interferência da condição física nas ações cotidianas........................................... 61
TABELA 13-A: Ocorrência de efeitos colaterais do coquetel antiretroviral............................... 62
TABELA 13-B: Efeitos colaterais do coquetel antiretroviral ..................................................... 64
TABELA 14: Estado após o exercício físico ............................................................................. 65
TABELA 15: Disposição para desfrutar de momentos de lazer ................................................. 66
TABELA 16: Modalidade esportiva ou exercício físico pretendido ........................................... 68
9
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1: A prática de exercícios físicos ............................................................................. 70
GRÁFICO 2: Tipo de exercício físico praticado........................................................................ 71
GRÁFICO 3-A: Objetivo do exercício físico praticado ............................................................. 72
GRÁFICO 3-B: Sensação proporcionada pelo exercício............................................................ 73
GRÁFICO 4: Motivação para realizar exercícios físicos ........................................................... 74
GRÁFICO 5: Visão sobre os exercícios em relação aos benefícios para a saúde........................ 75
GRÁFICO 6: Estado de saúde após a prática do exercício físico ............................................... 76
GRÁFICO 7: Tempo de prática de exercícios físicos................................................................. 77
GRÁFICO 8: Desenvolvimento de Infecções Oportunistas (IO)................................................ 78
GRÁFICO 9: Dificuldades em realizar determinadas atividades diárias .................................... 79
GRÁFICO 10: Sensações de fadiga, indisposição geral ou dor na prática de exercícios físicos.. 81
GRÁFICO 11: Sentimentos após o diagnóstico de portador de HIV.......................................... 82
GRÁFICO 12: Interferência da condição física nas ações cotidianas ......................................... 83
GRÁFICO 13-A: Ocorrência de efeitos colaterais do coquetel antiretroviral ............................. 84
GRÁFICO 13-B: Efeitos colaterais do coquetel antiretroviral ................................................... 85
GRÁFICO 14: Estado após o exercício físico............................................................................ 86
GRÁFICO 15: Disposição para desfrutar de momentos de lazer................................................ 88
GRÁFICO 16: Modalidade esportiva ou exercício físico pretendido ......................................... 89
10
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................ 06
ABSTRACT ............................................................................................................................ 07
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................................. 08
LISTA DE TABELAS............................................................................................................. 09
LISTA DE GRÁFICOS .......................................................................................................... 10
INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 13
1. AIDS. ................................................................................................................................... 16
1.1 Histórico da AIDS .......................................................................................................... 18
1.2 O HIV ............................................................................................................................ 19
1.2.1 Formas de transmissão do HIV .................................................................................. 21
1.3 Infecções Oportunistas (IO)........................................................................................... 21
1.4 Terapia antiretroviral de alta atividade (HAART) ...................................................... 22
1.4.1 Efeitos colaterais da terapia antiretroviral de alta atividade (HAART) ........................ 23
1.5 A epidemia de AIDS no Brasil e no mundo................................................................... 24
2. O SISTEMA IMUNOLÓGICO HUMANO ...................................................................... 26
2.1 Aspectos imunológicos do exercício físico ..................................................................... 27
3. ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO................................................................. 28
3.1 Exercício físico aeróbio e anaeróbio .............................................................................. 29
3.1.1 Treinamento de resistência ........................................................................................ 31
3.1.2 Treinamento de força ................................................................................................. 32
3.1.3 Flexibilidade .............................................................................................................. 32
3.2 Aptidão física e condicionamento físico......................................................................... 33
3.3 Efeitos do exercício físico para o organismo humano .................................................. 35
4. EXERCÍCIO FÍSICO PARA O PORTADOR DE HIV / AIDS........................................ 37
4.1 Apoptose celular no exercício e a proteína HSP70 ....................................................... 38
4.2 Aspectos psicológicos e sociais do exercício físico ......................................................... 39
4.3 Riscos do exercício físico ao portador de HIV / AIDS ................................................. 41
4.4 Overtrainning e imunossupressão ................................................................................. 42
5. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 43
5.1 Objetivo Geral................................................................................................................ 43
5.2 Objetivos Específicos...................................................................................................... 43
5.3 Delimitação ..................................................................................................................... 43
11
5.4 Questões Norteadoras .................................................................................................... 43
6. MÉTODO............................................................................................................................ 45
6.1 Participantes................................................................................................................... 45
6.2 Dados Pessoais: Idade e Sexo ......................................................................................... 45
6.3 Material .......................................................................................................................... 46
6.4 Procedimento.................................................................................................................. 46
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES....................................................................................... 47
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 93
9. REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 94
10. APÊNDICE ....................................................................................................................... 99
12
INTRODUÇÃO
“A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é definida como a forma mais
grave de um contínuo de doenças associadas com a infecção pelo vírus da imunodeficiência
humana (HIV)” (SMELTZER e BARE, 1999, p. 1187). O vírus HIV age diretamente no
sistema imunológico humano, e segundo Auto (2002, p. 89), “o colapso do sistema imune é
um intrincado resultado da destruição das células CD4 e alteração da imunidade celular e
humoral”.
Para Smeltzer e Bare (1999), os efeitos da infecção pelo HIV no organismo podem ser
anormalidades leves na resposta imune, sem sinais e sintomas evidentes, e a imunossupressão
associada com várias infecções oportunistas.
Os tratamentos hoje disponíveis para o portador de HIV/AIDS são eficazes no controle
da doença, porém sua utilização pode levar a efeitos colaterais indesejáveis, que acarretam
distúrbios de ordem metabólica, física e psicológica. Segundo Palermo e Feijó (2003), a
terapia antiretroviral altamente ativa (HAART), também conhecida como coquetel anti-HIV,
trouxe uma nova preocupação terapêutica pela associação a distúrbios de ordem metabólica,
como a resistência à insulina, o aumento do colesterol e triglicérides e a lipodistrofia, todos
vinculados ao risco de doenças cardiovasculares. Outros distúrbios associados à terapia
antiretroviral foram relatados, como a osteopenia (perda de massa óssea) e a sarcopenia
(perda de massa muscular), além de distúrbios de ordem psicológica, como a depressão.
Os exercícios físicos para os portadores de HIV constituem-se de uma terapia
alternativa, pois auxiliam no controle de distúrbios e problemas que a doença e seu tratamento
acarretam ao organismo humano.
Junqueira (2002, p. 1), relata:
Os indivíduos infectados pelo HIV devem começar a se exercitar enquanto
estiverem saudáveis e adotarem estratégias que os ajudem a manter um programa
de exercício durante todo o processo da doença. Por intermédio da participação no
exercício podem desempenhar um importante papel no gerenciamento de sua
doença e ao mesmo tempo aprimorar sua qualidade de vida.
Para Ghorayeb e Barros Neto (1999), a AIDS, desencadeada pelo HIV, atinge
diretamente o sistema imunológico. Se o exercício físico tiver alguma influência sobre a
resposta imunitária, talvez possa existir a possibilidade de alteração da evolução da AIDS,
tanto para benefício como para agravamento.
13
Alguns estudos sugerem modificações significativas no sistema imunológico humano
através dos exercícios físicos, com alterações na quantidade de células que compõem esse
sistema. Eischner (1999 apud SANTOS et al., 2007), propõe que o exercício pode influenciar
no processo imunitário, sendo o nível da intensidade do exercício o fator que determina a
resposta imunológica.
Como bem relata Morini (1997, p. 67-68):
É verdade e está comprovado que as atividades físicas proporcionam ao portador de
HIV uma melhor qualidade de vida, não apenas pelo aprimoramento das condições
gerais de saúde, mas também por um aumento do número de Linfócitos no sangue.
A atividade física convencional proporciona benefícios psicológicos gerais, com a
diminuição dos índices de ansiedade, depressão e revolta, melhora da auto-estima e
a resposta ao tratamento médico. O aumento do número de linfócitos T CD4*** na
corrente sanguínea foi citado primeiramente por La Perriére (1.988). Mac Kinnon
(1.992) coloca que exercícios físicos tem mostrado melhoria na imunidade pela
modulação da atividade de diversos neuro-hormônios, particularmente
corticosteróides.
Os portadores de HIV/AIDS necessitam de atividades que proporcionem sensações de
prazer, que os façam sentir-se bem, como descreve Venâncio (1994 apud CARRARA, 2002,
p. 3):
Era preciso que se erguessem, que se pusessem de pé, literalmente, que resgatassem
o prazer do passo, do giro, do salto, do cumprimento ou do gesto banal de chutar
uma bola. Ora, qualquer exercício maçante serviria a isso. Ao contrário, o bom
humor, a descontração, a festa, a alegria do jogo, o prazer do toque, o relaxamento
e a sensação dos movimentos corporais seriam muito mais adequados ao que se
propunha fazer a Educação Física e as necessidades dos portadores.
O exercício físico deve ser um agente de apoio para o portador de HIV/AIDS, pelo
aprimoramento da capacidade cardiorrespiratória, da força, da massa óssea, dos aspectos
psicológicos e do controle metabólico da insulina, colesterol e triglicérides.
Um aspecto relevante a se considerar, segundo Palermo e Feijó (2003), entre a prática
de exercício físico e o soropositivo é que, talvez por razões sócio-discriminativas, muitos não
relatam sua condição para os profissionais de Educação Física, diferentemente do que fazem
os cardíacos, hipertensos e diabéticos. O profissional de Educação Física, por questões éticolegais evita argüir o aluno, impedindo uma abordagem mais eficaz e segura. Talvez esse seja
um dos grandes problemas da atividade física voltada para o portador de HIV e AIDS: seu
afastamento dos clubes e academias pelo medo da discriminação.
14
Ao desenvolver programas de aptidão física, o professor de educação física deve ter
consciência dos níveis iniciais de aptidão do aluno e selecionar as atividades de
acordo com esses níveis. Em todos os casos, o procedimento é começar devagar e
progredir gradualmente. Os alunos devem aprender a se aquecer antes do treino e
relaxar após o treino. O professor de educação física deve incentivá-los a buscar
níveis mais altos de aptidão física, fazendo registros, gráficos e estabelecendo
prêmios. A escolha de atividades agradáveis também ajuda a manter o interesse
pela aptidão física (WINNICK, 2004, p. 376).
Como ciência multidisciplinar, a Educação Física oferece recursos para ampliar a
saúde do indivíduo como um todo, não só no seu aspecto físico, mas também no psicológico e
social, adquirindo caráter de inclusão. Para tanto, Brito (1996, p. 46), teoriza em seu discurso:
[...] surge o questionamento se não seria importante uma visão mais holística no
contexto da Educação Física; e se, para tal, não seria necessário uma melhor
compreensão a respeito dos profundos inter-relacionamentos entre o corpo, a mente
e o espírito e a respeito das leis naturais que regem suas manifestações. Haja vista,
que a concepção holística considera a inter-relação e interdependência dos
fenômenos físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Ou seja, nesta
visão, as coisas não podem ser compreendidas quando vistas isoladamente.
Barbanti et al. (2002, p. 113), sugere que:
A Educação Física é geralmente classificada como sendo parte das Ciências da
Saúde. O profissional dessa área, igualmente, é reconhecido como um agente
importante na promoção da saúde da população. Assim, definir e caracterizar saúde
contribui para que a Educação Física torne-se adequada e consolidada em suas
atividades acadêmicas e profissionais.
Para este trabalho, realizou-se uma pesquisa de campo com 34 portadores de
HIV/AIDS da ASPA – Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS, que investiga o
conceito e o comportamento dos entrevistados em relação à prática do exercício físico. Os
resultados obtidos sugerem que a atividade física ainda não tem a devida consideração por
parte dos portadores de HIV/AIDS, apesar de demonstrar que os entrevistados têm
consciência do impacto positivo da atividade física para a saúde através dos benefícios
alcançados com a sua prática.
15
1. AIDS
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS (ou SIDA), é uma doença
infecciosa que se caracteriza pela destruição do sistema imunológico, tendo como agente
causador um vírus específico, o HIV. Quando se desenvolve no organismo humano, a AIDS
provoca um enorme dano ao sistema imunológico (imunossupressão), pela destruição de um
tipo específico de célula, o linfócito CD4+ ou T4 auxiliar (helper). Com isso, há um bloqueio
na resposta imunológica, o que facilita o aparecimento de inúmeras infecções oportunistas
sérias e malignidades raras que ameaçam a vida.
“As manifestações da AIDS são disseminadas, e podem afetar virtualmente qualquer
órgão do sistema” (SMELTZER e BARE, 1999, p. 1188).
No início da infecção, os sintomas da doença são bem comuns de um indivíduo para
outro, podendo apresentar febre alta, diarréia, tosse, dores musculares, perda de peso e apetite,
insônia, lesões na pele, linfedema e mal estar generalizado.
Diversos patógenos oportunistas e cânceres podem matar os pacientes com AIDS.
As infecções são as principais causas de morte na AIDS, sendo a mais importante a
infecção respiratória por Pneumocystis carinii e micobactérias. A maioria desses
patógenos requer a ativação efetiva dos macrófagos pelas células T CD4 ou células
T citotóxicas efetivas para a defesa do hospedeiro. Os patógenos oportunistas estão
presentes no ambiente normal, mas causam doença severa primariamente em
hospedeiros imunocomprometidos, como os portadores de AIDS e pacientes com
câncer. Os pacientes com AIDS também são suscetíveis a diversos cânceres raros,
como o sarcoma de Kaposi e vários linfomas, sugerindo que a vigilância imune
pelas células T normalmente pode prevenir esses tumores (JANEWAY et al., 2000,
p. 452).
Segundo Batista e Gomes (2001, p. 14):
Os primeiros casos foram notificados a partir de 1981 pelo Centers for Disease
Control and Prevention (CDC) de Atlanta, Estados Unidos, um órgão americano
que se empenha no controle e investigação de novas e já conhecidas doenças que
acometem a população. Começou-se a observar uma série de casos e óbitos por
pneumocistose (um tipo de pneumonia) em jovens homossexuais masculinos, na
cidade de Los Angeles. Em junho deste mesmo ano, o CDC publicou um artigo
intitulado “Pneumonia por Pneumocystis, Los Angeles”, no qual são relatados
cinco casos de adoecimento. Logo depois, se notou a ocorrência de um tumor até
então raro, o sarcoma de Kaposi, em pacientes homossexuais masculinos jovens,
alguns dos quais também vitimados pela pneumocistose.
Os indivíduos infectados com o vírus HIV são denominados por alguns termos
específicos como portadores de HIV, soropositivos ou HIV+, e não mais por títulos
16
pejorativos e preconceituosos, como o termo aidético, usado para referenciar os doentes de
AIDS primeiramente relatado por uma importante publicação brasileira na década de 1980.
A AIDS desconfigura o indivíduo acometido em vários aspectos de sua vida, além da
degradação física, envolvendo também questões psicológicas e sociais. O preconceito gerado
pela doença muitas vezes provoca a morte social do indivíduo, antecedendo a morte física.
Pode-se dizer, num sentido de abrangência, que a AIDS é uma doença social que pode
atingir qualquer indivíduo, não importando a classe, o sexo, a etnia, a idade, o credo e a
nacionalidade. Personalidades do mundo das artes, cinema, música, moda, esporte e política,
entre outros, sucumbiram à doença publicamente, ampliando a conscientização pública em
relação à prevenção da AIDS. Nesse sentido, um grande exemplo de coragem é o jogador de
basquete norte-americano Magic Johnson. Em novembro de 1991, Johnson tornou pública sua
condição de soropositivo colaborando para a conscientização do problema da AIDS.
A AIDS levou muitos países atingidos a reverem conceitos acerca dos aspectos social,
moral e religioso, envolvendo questões como a economia, a ética, a educação sexual e
programas de saúde e prevenção.
Há de se considerar que nunca na história da humanidade se avançou tão rápido no
combate a uma epidemia de proporções tão devastadoras. Durante anos, e até séculos, muitas
doenças hoje tratáveis e curáveis dizimaram milhares de pessoas. Apesar de a AIDS ainda ser
incurável, os indivíduos com HIV hoje tem uma sobrevida de qualidade graças aos avançados
tratamentos disponíveis e pelos programas de assistência voltados para o soropositivo, além
de pesquisas e estudos que buscam o melhor gerenciamento da infecção e da sobrevida dos
pacientes.
Soares (2001), relata que em 2001, a OMS estimava em 15 mil o número de infecções
diárias pelo HIV. Muitas vacinas para a prevenção da doença ainda estão em fase de teste,
principalmente nos países desenvolvidos. Essas vacinas, porém, somente beneficiariam quem
não é portador do HIV, impedindo a infecção pelo vírus, e aos indivíduos já infectados a
atenção está voltada para os tratamentos que evitam o desenvolvimento da AIDS.
A AIDS hoje adquiriu o status de pandemia, tamanho o número de países atingidos
pela doença, e considerando-se o número de óbitos e o número de infectados, caminha para se
tornar a maior epidemia que a humanidade já conheceu.
Portanto, a cura da AIDS, pelo menos por enquanto, só pode ser definida por uma
única expressão: a prevenção.
17
1.1 Histórico da AIDS
Não se sabe exatamente quando a AIDS atingiu os seres humanos, mas Soares (2001),
relata que as pesquisas mais recentes levantam a hipótese de que essa transmissão tenha
acontecido na África há aproximadamente um século, por volta da década de 1900. O
primeiro caso de AIDS cientificamente comprovado aconteceu em 1959 no então CongoZaire, também na África. Algumas espécies de macacos africanos são portadoras de retrovírus
capazes de infectar seres humanos, como os macacos-verdes-africanos e os macacosmangabey-fuligentos, que são portadores do SIV, vírus geneticamente idêntico ao HIV. O
contágio do vírus para o homem pode ter acontecido no manuseio com esses animais, seja
para consumo de sua carne ou no hábito de se domesticar os primatas.
Segundo Trindade e Bruns (2003), no início da década de 1980, uma estranha doença
estava atacando homossexuais em Los Angeles e Nova York, relacionando-se com diarréias,
pneumonias e certas formas de câncer (sarcoma de Kaposi), e com incrível rapidez começou a
se espalhar pelos Estados Unidos. Logo a seguir, com os mesmos sintomas dessa nova
doença, heterossexuais usuários de drogas começaram a adoecer e, finalmente, imigrantes do
Haiti, hemofílicos e hemotransfundidos passaram a sofrer do mesmo mal. No Brasil, o
primeiro caso confirmado de AIDS foi o de um fotógrafo na cidade de São Paulo em 1980.
Essa nova doença, por até então atingir predominantemente homossexuais, recebeu
denominações estigmatizadas, como GRID (imunodeficiência relacionada aos gays), câncer
gay, peste gay e peste cor de rosa. Em algumas regiões da África, porém, a AIDS já era uma
doença endêmica, mas sem que a ciência sequer desconfiasse de sua existência.
O CCD – Centro de Controle de Doenças (do inglês CDC – Center For Disease
Control), em Atlanta, nos Estados Unidos, investigou que, apesar de não ser o primeiro caso
notificado, o paciente zero da AIDS foi identificado em 1984, o canadense Gaetan Dugas,
comissário de bordo homossexual. De acordo com as investigações do CCD, Gaetan teria
transmitido a doença a centenas de outros homens homossexuais, confirmando assim a
hipótese de que a doença seria transmitida por via sexual. Já se sabia da existência de
retrovírus que infectavam humanos, como o HTLV (vírus da leucemia de células T humano),
descoberto em 1980 pelo cientista americano Dr. Robert Gallo, que também participou das
pesquisas sobre o HIV e que por muito tempo declarou ser o descobridor do vírus da AIDS.
Em 1983, no Instituto Pasteur de Paris, a equipe composta pelo Dr. Luc Montagnier, Drª
Françoise Barré-Sinoussi e Dr. Jean-Claude Chermann, através da amostra de tecido de um
18
linfonodo retirado de um paciente com sintomas de AIDS, finalmente foi identificado o vírus
HIV (SOARES, 2001).
Em 1986, foi identificada uma nova espécie de HIV, denominado HIV-2, restrito a
algumas regiões da África. Nos primeiros anos da epidemia de AIDS, o grupo mais atingido
era o dos homossexuais masculinos, seguidos dos usuários de drogas, prostitutas, hemofílicos
e hemotransfundidos. Erroneamente, criou-se o termo grupos de risco para designar as
pessoas que estariam mais suscetíveis à contaminação com o HIV e posterior progressão para
AIDS, como os homossexuais, os usuários de drogas e outras pessoas com maiores taxas de
exposição ao vírus. Percebeu-se, anos depois, que o termo grupo de risco acabou por
estigmatizar ainda mais esses grupos, gerando enorme preconceito por parte da sociedade,
aterrorizada com a epidemia que atingia proporções globais.
A partir de 1987, com a descoberta do AZT (azidotimidina ou zidovudina), os
portadores de HIV passaram a contar com um inibidor de transcriptase reversa que trazia
alguns benefícios, mas mostrou-se ineficaz a longo prazo. Com o passar dos anos, outros
medicamentos foram desenvolvidos, na mesma classe dos inibidores de transcriptase reversa,
ampliando o ataque ao HIV, até que em 1995 uma nova classe de medicamentos, os inibidores
de protease, entraram em cena e mudaram radicalmente a abordagem terapêutica dos doentes
de AIDS, oferecendo uma sobrevida de qualidade e trazendo perspectivas e esperança para os
infectados.
Auto (2002, p.90), descreve:
As tendências terapêuticas atuais, em função dos novos conhecimentos
fisiopatológicos, sugerem que a estratégia mais racional se baseia na tentativa de
diminuir a replicação viral da forma mais eficaz possível, pelo maior período de
tempo, para que não haja deterioração rápida do sistema imune e mutações virais,
onde podem emergir cepas mais citopáticas, cepas resistentes aos anti-retrovirais.
1.2 O HIV
O vírus da imunodeficiência humana, o HIV, pertence a uma família de vírus
conhecida como retrovírus, que recebem essa classificação pelo fato de seu genoma ser
copiado de forma reversa (RNA para DNA) à forma conduzida dentro das células (DNA para
RNA) (SOARES, 2001). Os vírus são microorganismos muito menores do que as células
humanas, e precisam infectar outras células para sua replicação.
De acordo com Batista e Gomes (2001, p. 22):
19
O HIV destrói as células T CD4+ e, quando o número destas atinge determinados
níveis, devido à progressão da infecção, o sistema imunológico torna-se débil.
Como resultado, microorganismos (micróbios) como fungos, vírus, bactérias e
parasitas podem atuar com maior facilidade, ocasionando doenças graves, o que
não ocorreria se os mecanismos de defesa estivessem íntegros.
Existem dois tipos de HIV, o HIV-1 e o HIV-2, sendo o tipo 1 o mais agressivo em
termos de patogenicidade, e é este tipo o responsável pela pandemia catastrófica ao redor do
globo, sendo o HIV-2 endêmico em algumas regiões da África ocidental, como em GuinéBissau, Costa do Marfim, Senegal e Libéria, além da Europa ibérica e França (SOARES,
2001).
Assim, como outros vírus, o HIV realiza mutações genéticas, criando diferentes vírus
(ou cepas), variando de um indivíduo para outro. Essa alta variabilidade do HIV é responsável
pela rápida resistência às drogas antiretrovirais e, consequentemente, à falha no tratamento
(JANEWAY et al., 2000). Isso deve ser levado em consideração no caso de infecção cruzada,
ou seja, um indivíduo HIV+ é infectado por outro indivíduo HIV+, recebendo um novo tipo
de vírus que pode desestruturar e dificultar o seu tratamento. As terapias antiretrovirais são
combinadas para que as drogas consigam atingir o HIV em algumas etapas da replicação viral
e com isso obter êxito no tratamento.
Para Janeway et al. (2000), o diagnóstico precoce da infecção pelo HIV e seu
tratamento se faz necessário para evitar que o vírus acumule mutações necessárias para resistir
ao coquetel antiretroviral inteiro.
A maioria dos pacientes infectados pelo HIV desenvolvem AIDS após um período de
latência clínica ou período assintomático do vírus no organismo humano, conforme descreve
Janeway et al. (2000). No entanto, mesmo sem talvez nunca desenvolverem a AIDS, os
portadores do vírus podem infectar outras pessoas normalmente, já que o vírus se replica
diariamente no organismo. Classificam-se os indivíduos com HIV como assintomáticos (sem
sintomas) ou sintomáticos (com sintomas).
Muitas pessoas não sabem que são portadoras do HIV, e o intervalo da infecção pelo
vírus até a sua detecção em exames pode levar de 3 a 6 meses, sendo que nesse período,
conhecido como janela imunológica, o indivíduo pode infectar outras pessoas. Algumas
pessoas são naturalmente imunes ao HIV, como o caso das prostitutas quenianas e alguns
homossexuais americanos, e a ciência atualmente investiga esses casos para se estabelecer o
20
motivo da não soroconversão, apesar de intensa exposição ao vírus, e com isso tentar
descobrir a cura da AIDS.
1.2.1 Formas de transmissão do HIV
De acordo com Batista e Gomes (2001), o vírus HIV pode ser transmitido de um
indivíduo para o outro (transmissão horizontal) através de relações sexuais heterossexuais ou
homossexuais sem o uso de preservativos, contato de mucosas com sangue contaminado,
transfusão de sangue (apesar do controle na infecção por essa via), por via parenteral no
manuseio e compartilhamento de materiais perfuro-cortantes contaminados, como agulhas e
bisturis, de mãe para filho durante a gestação (transmissão vertical) e no aleitamento materno.
As doenças sexualmente transmissíveis (DST) aumentam consideravelmente o risco de
transmissão do HIV.
O HIV não é transmitido através do ar, roupas, utensílios domésticos, saliva, suor,
urina, fezes, contato físico como abraços, aperto de mão e beijo. Soares (2001) relata que o
sangue e os fluídos sexuais como o sêmen e a secreção vaginal estão entre as mais eficientes
vias de transmissão do HIV, pelas altas taxas virais encontradas nessas substâncias. A via
sexual, portanto, continua sendo o mais importante meio de contaminação pelo HIV.
Auto (2002, p.88), relata:
A infecção pelo HIV é geralmente adquirida através de relação sexual, exposição a
sangue contaminado ou transmissão perinatal. A categoria indeterminada representa
cerca de 4% dos casos notificados. A transmissão nas relações sexuais é
bidirecional tanto nas relações heterossexuais como homossexuais.
1.3 Infecções Oportunistas (IO)
As infecções oportunistas (IO) são patologias que, como o nome sugere, se aproveitam
da falha no sistema imunológico para desenvolver algum tipo de infecção. Muitas dessas
infecções não se desenvolveriam em indivíduos imunocompetentes, mas em indivíduos
imunocomprometidos elas podem desencadear patologias sérias com risco de óbito. Existem
mais de cem patógenos (vírus, bactérias, protozoários etc.) identificados capazes de produzir
graves infecções em indivíduos com AIDS, além de malignidades raras que ameaçam a vida,
21
como o sarcoma de Kaposi, um tipo de câncer raro, mas muito comum entre as manifestações
clínicas da AIDS (BATISTA e GOMES, 2001).
Segundo Auto (2002), com o avanço da imunossupressão, o paciente pode
desenvolver manifestações de doenças específicas como a pneumocistose pulmonar, a
candidíase, a leucoplasia oral pilosa, úlceras aftosas, herpes simples, salmonelose,
criptosporidiose, microsporidiose, isosporíase, ciclosporidiose, estrongiloidíase, leishmaniose
visceral, toxoplasmose cerebral, citomegalovirose, leucoencefalopatia multifocal progressiva,
criptococose e infecção por mycobacterium tuberculosis. As manifestações sistêmicas da
AIDS incluem as micobactérias do Complexo Avium, histoplasmose, doenças bacterianas
respiratórias, sífilis, câncer cervical, sarcoma de Kaposi, linfoma e trombocitopenias como a
púrpura trombocitopênica.
1.4 Terapia antiretroviral de alta atividade (HAART)
Popularmente conhecida como coquetel anti-AIDS ou anti-HIV, a terapia
antiretroviral altamente ativa é uma combinação de drogas inibidoras que bloqueiam a ação de
enzimas do HIV necessárias para suas etapas de replicação. Soares (2001, p.71), descreve a
HAART (do inglês highly antiretroviral therapy) como “um tipo de tratamento combinado de
três drogas de duas ou mais diferentes classes.” Os medicamentos dividem-se, basicamente,
em inibidores de transcriptase reversa e inibidores de protease. Há outras classes de inibidores
em fase de estudo e ensaios clínicos, como os inibidores de fusão, inibidores de co-receptores
e os inibidores de integrase, com resultados animadores. Outros experimentos, como as
1
células T assassinas, estão em fase de testes.
Janeway et al. (2000, p. 449) relata que “os inibidores dessas enzimas impedem o
estabelecimento de infecção subseqüente em células não-infectadas, embora as células que já
estejam infectadas possam continuar a produzir vírus.”
Auto (2002, p. 104) relata que:
Embora nenhuma terapêutica seja curativa, inúmeros estudos comprovam o
aumento do tempo e da qualidade de vida dos pacientes infectados pelo HIV após a
introdução dos anti-retrovirais e no emprego rotineiro de profilaxia das infecções
oportunistas.
1
CIENTISTAS CRIAM CÉLULAS ASSASSINAS PARA COMBATER HIV. Disponível
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/11/10/ult4432u1801.jhtm. Acesso em 10 nov. 2008.
em:
22
A terapia antiretroviral, segundo Batista e Gomes (2001), desde que utilizada
corretamente, causa uma redução drástica no número de partículas virais preservando a
imunidade e impedindo o desenvolvimento da AIDS, sendo esses benefícios variáveis de um
indivíduo para outro.
Sobre a adesão à terapia antiretroviral, Auto (2002), sugere que esta deve ser realizada
antes de ocorrer dano irreversível ao sistema imunológico, pois quanto maior a carga viral,
maior o risco de progressão, independente da contagem dos linfócitos T CD4+. O que se
pretende com a rápida adesão à terapia medicamentosa é um tratamento precoce e agressivo,
suprindo totalmente o avanço da carga viral, diminuindo o aparecimento de cepas resistentes.
1.4.1 Efeitos colaterais da terapia antiretroviral de alta atividade (HAART)
Segundo relato de Bock e Tarantino (2001), devido à sua toxicidade, a terapia
antiretroviral apresenta alguns indesejáveis efeitos colaterais, identificando-se as drogas que
atuam na fase inicial de reprodução do HIV (inibidores de transcriptase reversa) e na fase
final de reprodução do vírus (inibidores de protease). Na fase inicial, entre os efeitos
colaterais mais brandos estão o vômito, diarréia, dor abdominal, risco de desidratação; entre
os mais fortes, estão as neuropatias e dificuldade de movimento, cefaléia, amnésia, depressão,
mau humor e ansiedade, pele ressecada, coceiras e irritações, problemas hepáticos associados
com as hepatites B e C e surgimento de cálculos renais.
Na fase final, entre os efeitos colaterais mais brandos relata-se a osteoporose, varizes e
outros problemas vasculares, alergias de pele, alteração do perfil lipídico, hipercolesterolemia,
diabetes, infarto, alterações na aparência devido à lipodistrofia com perda de gordura em
regiões como o rosto, ombro, braços, nádegas e pernas e o acúmulo na base do pescoço, no
abdome e nos seios.
Eidam et al (2005) e Palermo e Feijó (2003), também relatam alguns dos possíveis
efeitos colaterais que podem se manifestar nos indivíduos HIV+ em terapia com
antiretrovirais, como a perda involuntária de massa corporal, anemia, sarcopenia, osteopenia e
a lipoatrofia periférica.
23
1.5 A epidemia de AIDS no Brasil e no mundo
Segundo 2Collucci (2008, p. C1):
[...] mesmo onde a epidemia está estabilizada, como no Brasil, a AIDS continua
sendo “um problema gravíssimo de saúde pública”. Há 1,6 milhão de pessoas
infectadas na América Latina, das quais 660 mil estão no Brasil. A transmissão
homossexual foi superada pela heterossexual no país. Em 2006, 27,9% dos casos de
AIDS entre homens se deram por transmissão sexual homossexual, contra 42,6% de
transmissão heterossexual.
Soares (2001), relata que até o final de 2007 a AIDS ceifou cerca de 30 milhões de
vidas humanas em todo o mundo, com 20 milhões de crianças órfãs com menos de 15 anos de
idade. Estima-se que o número de pessoas vivendo com o HIV até fevereiro de 2008 chegou a
33,2 milhões, entre homens, mulheres e crianças, assintomáticos ou em algum estágio de
desenvolvimento da doença. O número de pessoas infectadas pode chegar a 36 milhões até o
final de 2008.
A situação atinge proporções catastróficas na África, principalmente na região subsaariana. Infelizmente, a maioria dos países desse continente vive em situação de miséria,
muitos em guerra civil, e dadas as precárias condições básicas para a sobrevivência humana,
como programas de saúde, moradia, alimentação, saneamento básico, recursos financeiros e
educação, a epidemia de AIDS atinge níveis alarmantes, sequer imaginada em outras áreas do
globo.
Conforme descreve Martins (2001, p. 60):
Tem um continente inteiro morrendo de AIDS. A doença já ceifou 17 milhões de
africanos, um quinto deles crianças. Em alguns países, como Botsuana, mais de um
terço da população adulta está infectada pelo vírus HIV. Como a população
produtiva está morrendo, esses países, antes miseráveis, estão ficando ainda mais
pobres. Sete em cada dez ocorrências de AIDS no mundo se concentram no
continente africano – especialmente na metade sul. Pior: a tendência é que a doença
continue avançando. Não há tratamento médico que faça frente à epidemia, nem
remédios para tratar os doentes, nem esperança para aliviar o sofrimento de quem
fica.
Citando apenas um exemplo, só a Suazilândia conta com 25,9% da população adulta
infectada pelo vírus HIV, ou seja, ¼ de sua população (SOARES, 2001).
2
COLLUCCI, C. OMS agora descarta epidemia de AIDS entre heterossexuais. Folha de São Paulo, São Paulo:
10 jun. 2008, Caderno cotidiano, p. C1.
24
Segatto (2003), relata que em países como o Brasil, na última década, a epidemia de
AIDS avançou sobre os idosos, uma parcela da população fragilizada e de abordagem mais
complexa, e também entre os heterossexuais, principalmente as mulheres, muitas vezes
vítimas da infidelidade de seus parceiros. 3Pesquisas revelam que de 1995 a 2006 observou-se
uma tendência no crescimento da epidemia de AIDS entre pessoas com mais de 50 anos.
Há cerca de uma década, conforme relato de Gusmão (1999), a AIDS entrava em sua
terceira fase, a da vida com qualidade, bem diferente da primeira fase da doença, marcada
pela alta taxa de mortalidade, e a segunda, marcada pela sobrevida sofrível à custa do AZT,
medicamento de efeitos colaterais devastadores. Essa nova fase permitia aos portadores do
vírus, através da terapêutica mais eficiente, uma sobrevida com mais qualidade, quase tão
normal quanto a de qualquer outra pessoa não portadora de HIV.
A questão que preocupa os especialistas agora é outra, já que os pacientes podem
controlar melhor o desenvolvimento da AIDS, mas estão adoecendo pelos efeitos colaterais da
rigorosa terapia antiretroviral.
3
AIDS NO BRASIL. Disponível em: http://www.cantao.net/index_arquivos/AidsNoBrasil.htm. Acesso em 16
maio 2008.
25
2. O SISTEMA IMUNOLÓGICO HUMANO
Segundo Guyton (2002), o corpo humano tem a capacidade de resistir a quase todos os
tipos de microorganismos ou toxinas que tendem a danificar os tecidos e os órgãos, sendo
essa capacidade denominada imunidade. Grande parte da imunidade é constituída pela
imunidade adquirida, que só se desenvolve depois do primeiro ataque ao corpo, por doença
bacteriana ou por toxina, sendo, freqüentemente, necessário período de semanas ou meses
para o desenvolvimento. Outra parte suplementar da imunidade resulta de processos gerais, e
não de processos dirigidos contra microorganismos infecciosos específicos, denominada
imunidade inata.
O sistema imunológico se divide em dois tipos: o sistema imunológico celular e o
sistema imunológico humoral, podendo ser melhor conceituado por Guyton (1988, p. 329):
Dois tipos básicos, intimamente relacionados, de imunidade estão presentes no
corpo. Em um deles, o corpo forma anticorpos circulantes, que são moléculas de
globulinas, capazes de atacar o agente invasor. Esse tipo de imunidade é a
imunidade humoral. O segundo tipo de imunidade é conseguida pela formação de
grande número de linfócitos altamente especializados que são sensibilizados, de
forma específica, contra o agente estranho. Esses linfócitos sensibilizados possuem
a capacidade especial de se fixarem ao agente estranho e de destruí-lo. Esse tipo de
imunidade é chamado de imunidade celular ou, algumas vezes, de imunidade
linfocítica.
Para Mello e Tufik (2004), o sistema imunológico adaptativo caracteriza-se pela
resposta ao antígeno de modo específico (com memória) e é composto por neutrófilos,
basófilos, eosinófilos, monócitos e células natural killer. O sistema imunológico inato
responde aos estímulos de maneira não-específica, composto pelos linfócitos T e B e fatores
humorais (imunoglobulinas). O vírus HIV invade e destrói basicamente o linfócito T CD4+,
fundamental na sinalização de outras células no caso de infecção. Como as células do sistema
imunológico dependem umas das outras para a resposta efetiva, a depleção em qualquer
dessas células leva à falha do sistema imunológico.
Batista e Gomes (2001), relatam que os linfócitos T CD4+, também chamados de
células brancas do sangue, são importantes na coordenação e orientação das defesas do
organismo (sistema imunológico), sendo considerados os estrategistas no combate aos
agressores com os quais entramos em contato, sendo esses agressores os microorganismos,
como fungos, vírus e bactérias.
26
2.1 Aspectos imunológicos do exercício físico
A prática regular de exercícios físicos promove alterações positivas no sistema
imunológico, aumentando a resistência contra infecções bacterianas e virais, além de reduzir
a incidência de neoplasias.
Conforme Nieman e Pedersen (1999 apud SANTOS et al., 2007), o sistema
imunológico é influenciado agudamente e em menor extensão cronicamente pelo exercício,
com dados experimentais e epidemiológicos de recente pesquisa sugerindo que o exercício
moderado melhora a imunidade e a proteção contra infecções do trato respiratório superior,
enquanto o exercício realizado por atletas de endurance conduz a um estado de
imunossupressão transitória e ao risco aumentado de infecção.
Para Mello e Tufik (2004, p. 109), “o número de linfócitos T supressor / citotóxico
(CD8+) apresenta aumento de 50 a 100%, após o exercício agudo, enquanto aquele de
linfócitos T auxiliador / indutor (CD4+) e linfócitos B mostram poucas alterações”.
Weineck (2003, p. 72), relata:
As modalidades esportivas de resistência com intensidades moderadas provaram ser
as principais para o fortalecimento do sistema imunológico. Caminhar, correr,
caminhar nas montanhas, nadar, andar de bicicleta e esquiar aumentam o número e
melhoram a função de muitas células de defesa – contanto que você pratique sua
modalidade esportiva adaptada individualmente, de forma regular e com um
volume suficiente.
Os estudos indicam que o exercício melhora a função imune, porém, para Nieman e
Pedersen (1999, apud SANTOS et al., 2007), as pesquisas sugerem que o exercício crônico
moderado parece exercer pouco efeito sobre a função imune de repouso, porém pode
aprimorá-la. Em contrapartida, períodos prolongados de treinamento com exercícios intensos
podem induzir a uma ligeira supressão de vários parâmetros imunes, podendo contribuir para
o aparecimento de algumas infecções como as do trato respiratório superior.
Eidam et al (2005), sugerem que:
Embora haja controvérsias entre os estudos, de um modo geral, o exercício físico
traz inúmeros benefícios, dentre os quais, pode aumentar a contagem de linfócitos
T CD4+, controlar alguns efeitos colaterais dos antiretrovirais, melhorar a
composição corporal e a aptidão física dos soropositivos.
27
3. ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO
A diferença entre atividade física e exercício físico é alvo de grandes discussões, com
conceitos por vezes dissociados na sua abordagem. Quando se fala em atividade física, logo
se pensa em esportes, exercícios e outros tipos de atividades. O exercício físico deve ser
entendido como um segmento da atividade física.
Para Winnick (2004), a atividade física pode influenciar o desenvolvimento da aptidão
física relacionada à saúde, além de influir no estado de saúde. Barbanti (1994, p. 25),
conceitua a atividade física como “todo movimento corporal, produzido por músculos
esqueléticos, que provoca um gasto de energia.”
Robergs e Roberts (2002), descrevem a atividade física como uma atividade realizada
pelo corpo com objetivos diferentes do desenvolvimento específico de aptidão física.
Nassar (2006), afirma que a atividade física é uma resposta intencional do organismo a
um estímulo que gera força para uma movimentação do corpo, que originará a capacidade de
rendimento nas atividades diárias que um indivíduo pode desenvolver de uma forma saudável
ou não.
A atividade física é uma expressão genérica que pode ser definida como qualquer
movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulta em gasto
energético maior do que os níveis de repouso, sendo o exercício físico (um dos seus
principais componentes) uma atividade planejada, estruturada e repetitiva que tem
como objetivo final, ou intermediário, aumentar ou manter a saúde / aptidão física.
(CASPERSEN et al., 1985 apud OLIVEIRA, 2005, p. 20).
Powers e Howley (2000, p. 286), definem a atividade física como “qualquer forma de
atividade muscular, resultando no gasto de energia proporcional ao trabalho muscular, estando
relacionada ao condicionamento físico.” Os mesmos autores sugerem que o exercício físico
representa um subgrupo da atividade física, planejado com o objetivo de melhorar ou manter
o condicionamento.
Para Ghorayeb e Barros Neto (1999, p. 252), o exercício é toda atividade muscular
capaz de promover um aumento do consumo energético de repouso. Esse aumento da
demanda de energia provoca uma série de efeitos cardiovasculares, respiratórios e
metabólicos, denominados efeitos agudos ou respostas ao exercício.
Essencial para o aumento da aptidão física relacionada à saúde e ao rendimento, o
exercício físico pode ser entendido, na visão de Barbanti (1994, p. 118), com a seguinte
concepção:
28
[...] exercício físico é uma seqüência planejada de movimentos repetidos
sistematicamente com o objetivo de elevar o rendimento. O exercício físico
constitui uma exigência básica para o desenvolvimento adequado do corpo. A falta
dele tende a produzir uma flacidez dos músculos, o acúmulo excessivo de gorduras,
a eliminação insuficiente dos produtos de excreção do organismo e ainda uma
lentidão do processo digestivo, podendo levar às chamadas doenças hipocinéticas.
Os exercícios físicos que são apropriados para o desenvolvimento de certos
aspectos da condição física são descritos por termos como exercícios de resistência,
exercícios de força, exercícios de velocidade, etc.
Bossi (2001) relata que o indivíduo pode realizar atividade física por vários motivos,
mas deve sempre preocupar-se em melhorar a saúde como um todo. “Exercício é uma
atividade realizada com o objetivo de melhorar, manter ou expressar um tipo específico de
aptidão física” (ROBERGS e ROBERTS, 2000, p. 3).
3.1 Exercício físico aeróbio e anaeróbio
O exercício praticado pode ser classificado, dependendo da via metabólica
predominante, em aeróbio, anaeróbio lático ou anaeróbio alático (os termos aeróbico e
anaeróbico também são considerados). O exercício aeróbio geralmente é realizado com baixa
ou média intensidade e longa duração; o anaeróbio alático é realizado com grande intensidade
e curtíssima duração, e o anaeróbio lático é realizado com grande intensidade e curta duração.
Levando-se em consideração a via metabólica para a utilização do substrato
energético, Weineck (2000, p. 156), teoriza:
Sob o ponto de vista da obtenção de energia muscular, diferenciamos ainda a
resistência aeróbica e anaeróbica. Na resistência aeróbica, há oxigênio suficiente à
disposição para a queima oxidativa dos portadores de energia; na resistência
anaeróbica, o abastecimento do oxigênio, devido à grande intensidade da carga –
seja através de uma alta freqüência de movimentos ou através de uma maior
mobilização de força – é insuficiente para a queima oxidativa, e a energia é obtida
anoxidativamente.
Para Dantas (1998), a primeira via energética utilizada nos exercícios é a via
metabólica anaeróbia alática, ou fonte anaeróbia alática de ATP, que utiliza como substrato as
reservas de ATP imediatas disponíveis nas células musculares, não exigindo a presença de
oxigênio e nem provocando o surgimento de ácido lático. A segunda via, anaeróbia lática ou
glicólise anaeróbia, é composta de 12 reações químicas para sua concretização e utiliza como
substrato energético a glicose, armazenada no músculo e no fígado sob a forma de glicogênio,
29
também não exigindo a presença do oxigênio e tem como produto final o ácido lático. A
terceira e última via é a aeróbia ou sistema oxidativo, constituindo-se de diversas reações
químicas, onde na presença do oxigênio 1 mol de glicose pode produzir 39 ATP através do
processo de beta-oxidação, que ocorre pelo Ciclo de Krebs na mitocôndria celular. Esse
sistema utiliza os ácidos graxos (AGL, lipídios, triglicérides ou gordura), glicose
(carboidratos) e proteínas como substrato, porém sem a glicose o Ciclo de Krebs não
funciona, pois a gordura queima na chama dos carboidratos.
Para se determinar a intensidade do exercício, em geral é usada a porcentagem do VO2
máximo, previamente determinada ou da frequência cardíaca máxima (FCM), sendo que para
exercícios aeróbios a intensidade moderada varia de 50-74% do VO2 máximo ou da FCM,
sendo também utilizada para uma visão mais simples, a percepção subjetiva de esforço (escala
de Borg), recomendando-se um valor de 12-13 para manutenção do condicionamento aeróbio,
segundo relato de Matsudo (2001).
Powers e Howley (2000), relatam que a intensidade do exercício descreve a sobrecarga
sobre o sistema cardiovascular necessária para gerar um efeito do treinamento, que pode ser
observada através da porcentagem do VO2 máximo, e para que se obtenha melhorias na
função cardiorrespiratória, a intensidade do exercício aplicada deve estar entre 50 a 85% do
VO2 máximo, sendo que para a maioria das pessoas, 60 a 80% do VO2 máximo parece ser
uma faixa suficiente para se atingir os objetivos da função cardiorrespiratória.
Mello e Tufik (2004), descrevem o VO2 máximo como a capacidade do indivíduo de
captar, transportar e utilizar o oxigênio, sendo o índice fisiológico mais utilizado para se
identificar a capacidade dos sistemas cardiovascular, respiratório e muscular. Outros índices
fisiológicos também são utilizados para se determinar a intensidade do exercício, como o LAn
(ou limiar anaeróbio) e o EM (índice metabólico), que reflete o custo energético.
Para Winnick (2004, p. 367):
Função aeróbia designa o componente da aptidão física que permite ao indivíduo
sustentar uma atividade de grandes grupos musculares, dinâmica, de intensidade
entre moderada e alta, por períodos prolongados. Pode-se estimar a função aeróbia
pela medida da capacidade aeróbia (um índice de saúde fisiológica) ou do
comportamento aeróbio (índice de saúde funcional). A capacidade aeróbia designa
a maior taxa de oxigênio que pode ser consumida pelo exercício. Normalmente,
essa taxa é a medida de função aeróbia mais usada.
30
3.1.1 Treinamento de resistência
Treinamento é a repetição sistemática de tensões musculares dirigidas, com fenômenos
de adaptação funcional e morfológica, visando a melhora do desempenho (HOLLMANN e
HETTINGER, 1980 apud WEINECK, 2000).
Dantas (1998, p. 94), apresenta uma definição de resistência:
É a qualidade física que permite ao corpo suportar um esforço de determinada
intensidade durante um certo tempo. A resistência apresenta-se de três formas:
resistência aeróbica, resistência anaeróbica e resistência muscular localizada
(RML). Resistência aeróbica: é aquela cuja principal característica é apresentar uma
intensidade pequena e um volume grande, ou seja, um longo tempo de execução da
atividade. É de manifestação global no organismo. Resistência anaeróbica: é aquela
observada na realização de exercícios de alta intensidade e, por conseqüência, de
pequena duração. Ocorre também de forma sistêmica. Resistência muscular
localizada (RML): observa-se ao nível muscular ou de grupo muscular e refere-se à
capacidade deste grupo ou músculo de suportar repetidas contrações.
Para Hollmann e Hettinger (1980 apud WEINECK, 2000, p. 15):
Com o treinamento regular de resistência, ocorrem alterações funcionais e agora
também morfológicas do sistema respiratório. O treinamento leva a uma otimização
da regulação respiratória e com isto a uma economia da respiração.
Do ponto de vista preventivo, quase que só é de importância o treinamento de
resistência ou endurance adequado a cada habilidade de desempenho; treinamento de força e
de velocidade não causam ao sistema circulatório manifestações de adaptação que tenham
relevância para a saúde, no sentido de prevenção das doenças degenerativas da circulação, de
acordo com Hollmann e Hettinger (1980 apud WEINECK, 2000).
Weineck (2003, p. 73-80), descreve alguns objetivos propostos pelo treinamento de
resistência:
Otimização da capacidade de recuperação, aumento da capacidade psíquica,
redução do medo, redução de estados depressivos, regulação de distúrbios do sono,
melhora da circulação sanguínea cerebral, aumento da capacidade de concentração,
aumento da capacidade de memorização, prevenção de doenças do sistema
cardiovascular, diminuição do risco de cálculo biliar, manutenção do convívio
social e manutenção da autonomia nas atividades cotidianas.
31
3.1.2 Treinamento de força
Goldspink (1992 apud BOSSI, 2008), relata que força é a capacidade do músculo de
produzir tensão.
A força muscular pode ser definida por Zatsiorsky (1999) como a força produzida por
um músculo que resulta da atividade das subunidades musculares (sarcômero, miofibrila, fibra
muscular). O exercício de força pode aumentar o número de miofibrilas por fibra muscular e a
densidade de filamentos por área; assim existe um aumento tanto nas células musculares
como no tamanho da força. A atividade mais indicada para o aumento da força é a
musculação.
Dantas (1998, p. 94), define força:
Força é a qualidade que permite a um músculo ou grupo muscular opor-se a uma
resistência. Possui três tipos distintos: Força dinâmica: tipo de qualidade na qual a
força muscular se diferencia da resistência produzindo movimento. Força estática:
ocorre quando a força muscular se iguala à resistência não havendo, portanto,
movimento. Força explosiva (ou potência): é a conjugação da força com a
velocidade; pode-se apresentar com predominância de força ou com preponderância
de velocidade.Tem uma participação tão importante nos desportos que a habilita a
ser considerada dentre as qualidades da forma física.
Zatsiorsky (1999, p. 118), conceitua a força muscular em 3 tipos e manifestações
diferentes, dependendo do estímulo dado: “Tipos de força: força estática (ou, simplesmente
força), força dinâmica, força excêntrica. Manifestação: ações concêntricas e isométricas
lentas, movimentos concêntricos rápidos, ações excêntricas.”
McArdle, Katch e Katch (2003), propõem que o aumento na tensão muscular (força)
proporciona o estímulo primário para dar início ao crescimento do músculo esquelético pelo
treinamento com exercícios, sendo esse crescimento conhecido como hipertrofia.
Matsudo (2001), relata que o fortalecimento da musculatura incrementa a massa
muscular, e por conseguinte, a força muscular, sendo que a massa muscular é o principal
estímulo para incrementar a densidade óssea.
3.1.3 Flexibilidade
Para Winnick (2004, p. 369), “a flexibilidade é definida como a amplitude de
movimento possível, em várias articulações, ao realizar um movimento funcional. O exercício
32
de sentar e alcançar, com proteção para as costas, e extensão do ombro são medidas de
flexibilidade.“
Segundo Foss e Keteyian (2000), existem dois tipos de flexibilidade, a estática, que é a
amplitude de movimento ao redor de uma articulação, e a dinâmica, que é a oposição ou a
resistência de uma articulação ao movimento.
Mello e Tufik (2004, p. 121), conceituam:
O termo flexibilidade está ligado à amplitude máxima de movimento através do
qual os membros são capazes de mover-se. Uma boa flexibilidade é importante não
só para o meio esportivo, mas também para qualquer indivíduo durante suas
atividades cotidianas.
A flexibilidade, segundo Dantas (1998, p. 94), é “[...] a qualidade física expressa pela
maior amplitude possível do movimento voluntário de uma articulação ou combinações de
articulações num determinado sentido, dentro dos limites morfológicos, e sem provocar
lesão.”
A flexibilidade pode ser desenvolvida por meio de técnicas de alongamento, como o
alongamento estático, o alongamento dinâmico e o alongamento com facilitação neuronal
proprioceptiva (FNP) (MELLO e TUFIK, 2004).
3.2 Aptidão física e condicionamento físico
A aptidão física refere-se a estar apto para a realização de movimentos de uma forma
geral, além de estar relacionada à saúde.
Entre seus elementos fundamentais, pode-se relacionar:
Força muscular: capacidade dos músculos em produzir força durante as contrações.
Potência muscular: capacidade dos músculos em produzir força durante contrações
rápidas. Resistência muscular: capacidade dos músculos esqueléticos para sustentar
contrações repetidas. Resistência cardiorrespiratória: capacidade do pulmão em
trocar gases, e do coração e vasos sanguíneos de circular o sangue pelo corpo.
Flexibilidade: capacidade de maximizar a amplitude articular do movimento.
Composição corporal: proporções do corpo incluindo a gordura, minerais, proteína
e água. A maioria dos laboratórios quantifica a massa em magra (proteína, minerais
e água) e componentes de gordura. Agilidade: capacidade de mudar de direção
rapidamente durante o movimento.
(ROBERGS e ROBERTS, 2002, p. 4)
33
Weineck (2000, p. 17), propõe que “sob o aspecto da biologia do esporte, a condição
física pode ser entendida como o estado da capacidade psicofísica de desempenho, do ponto
de vista esportivo e da saúde.”
Barbanti (1994, p. 22), oferece uma definição de aptidão física:
Também chamada Aptidão Motora. Nos Esportes e na Educação Física a dimensão
da aptidão física ou motora tem significado especial. Dependendo da situação e dos
valores (como saúde, rendimento, bem-estar, jovialidade, beleza, etc) e de vários
contextos (ocupação, lazer), diferentes conceitos foram desenvolvidos. Todos esses
conceitos são baseados nos princípios gerais da capacidade de rendimento físico ou
da performance motora, mas eles se diferem na ênfase dos fatores que determinam
o rendimento (resistência, força, etc).
Para Weineck (2003, p. 19), “aptidão física significa, de uma forma geral, a
capacidade e o estado de rendimento do ser humano, assim como a disposição atual para uma
determinada área de atuação.”
Segundo Guyton (2002), múltiplos estudos demonstraram que as pessoas que
preservam aptidão corporal apropriada utilizando esquemas criteriosos de exercício e de
controle ponderal, conseguem o benefício adicional de vida prolongada. A aptidão corporal e
o controle do peso reduzem de maneira significativa, a incidência de doença cardiovascular.
Isso resulta da manutenção de pressão arterial moderadamente mais baixa e de níveis
sanguíneos reduzidos de colesterol e de lipoproteínas de baixa densidade, juntamente com
níveis mais altos das lipoproteínas de alta densidade.
Como já assinalado, essas alterações trabalham todas em conjunto, reduzindo o
número de ataques cardíacos e de acidentes vasculares cerebrais. Igualmente importante, a
pessoa atleticamente apta tem mais reservas corporais com as quais pode contar quando
adoece.
Barbanti (1994, p. 56), define condicionamento físico:
Ato ou efeito de condicionar o corpo, tornando-o apto para a realização de tarefas
motoras específicas. O condicionamento físico é dirigido para o desenvolvimento
equilibrado de todas as capacidades relacionadas à condição física.
Algumas orientações gerais acerca do aprimoramento da condição física podem ser
observadas em Powers e Howley (2000, p. 289):
34
Nos indivíduos previamente sedentários, pequenas alterações da atividade física
acarretam grandes benefícios à saúde somente com um risco mínimo. O exercício
vigoroso aumenta o risco de um infarto do miocárdio durante a atividade, mas
reduz o risco global (repouso + exercício) dessa patologia. Os níveis moderado e
alto de função cardiorrespiratória reduzem o risco geral de morte.
3.3 Efeitos do exercício físico para o organismo humano
O exercício físico, mais precisamente o aeróbio, promove alterações benéficas para o
organismo humano em diversos níveis. Entre essas vantagens fisiológicas, incluem-se (Fox e
Keteyan, 2000), o aprimoramento do sistema circulatório, respiratório e musculoesquelético,
o metabolismo da glicose, a função hormonal, a composição corporal, o perfil lipídico, a
pressão arterial e a aclimatação ao calor. Os benefícios conseguidos com a prática do
exercício físico podem ser classificados em benefícios biológicos e benefícios psicológicos.
Entre os benefícios biológicos, além dos já citados, incluem-se o aumento da densidade óssea,
a melhora da mobilidade articular, o controle do peso ponderal e a melhora da resistência
física.
Entre os benefícios psicológicos, pode-se considerar o aumento da auto-estima, a
diminuição da depressão, a manutenção da autonomia, a redução do isolamento social, o
aumento do bem-estar, e a melhora da auto-imagem.
A prática do exercício físico é equivalente à terapêutica medicamentosa, já que o
exercício também trabalha de acordo com a dose aplicada, fornecendo respostas adequadas
mediante a estimulação. Powers e Howley (2000, p. 288), descrevem os padrões de respostas
nas semanas que sucedem ao início de uma dose de exercício:
Repostas agudas: ocorrem com uma ou várias sessões de exercício, mas não
aumentam mais. Respostas rápidas: os benefícios ocorrem precocemente e
estabilizam. Resposta linear: os ganhos são contínuos no decorrer do tempo.
Resposta retardada: ocorre somente após semanas de treinamento.
Para a promoção da saúde, o tipo de atividade física geralmente recomendado é o de
longa duração, ou aeróbia, de intensidade moderada, duração de pelo menos 30 minutos
diários, realizados em cinco dias ou mais por semana e de ação contínua ou acumulada. A
maneira que a atividade física afeta a saúde e a longevidade é sempre focalizada na melhoria
da funcionalidade do sistema cardiovascular e, mais recentemente, na diminuição dos riscos
35
de câncer e elevação do consumo de substâncias anti-oxidantes (DIPLOCK et al., 1998 apud
BARBANTI, 2002).
Fox e Keteyan (2000, p. 281), descrevem os efeitos fisiológicos do treinamento
aeróbio:
Alterações bioquímicas: maior conteúdo de mioglobinas, melhor oxidação dos
carboidratos (glicogênio), melhor oxidação da gordura. Alterações
cardiorrespiratórias (sistêmicas): maior tamanho do coração, redução na freqüência
cardíaca, maior volume de ejeção, aumento no volume sanguíneo e na concentração
de hemoglobina, maior densidade capilar e hipertrofia do músculo esquelético.
Weinberg (2001), relata que o exercício aeróbio é a atividade física que aumenta a
atividade dos sistemas pulmonar e cardiovascular, sendo que para a maioria dos adultos obter
benefícios cardiovasculares do exercício, este deve ser realizado por pelo menos 20 a 30
minutos (duração), de 3 a 5 vezes por semana (frequência) a 60 a 90% da capacidade cardíaca
máxima (intensidade).
36
4. EXERCÍCIO FÍSICO PARA O PORTADOR DE HIV/AIDS
Ettinger (1996 apud MATSUDO, 2001), relata que existem dois tipos de prescrição de
atividade física, a forma tradicional, voltada para a melhora da aptidão física e a nova,
dirigida à promoção da saúde da população.
A prescrição e execução do exercício físico para portadores do vírus HIV e AIDS
devem considerar o estado físico do indivíduo e os aspectos relacionados a imunossupressão.
Portanto, de acordo com o American College Sports and Medicine (2000 apud EIDAM et al.,
2005, p. 85), as prescrições de exercícios físicos para o portador de HIV são as seguintes:
Quanto à intensidade: deve ser moderada, oscilando entre 55/65% a 90% da
freqüência cardíaca máxima (FCmax), ou ente 40/50% a 85% do consumo de
oxigênio de reserva (VO2R) ou frequência cardíaca de reserva (FCR). Intensidades
mais baixas, isto é 40-49% do VO2R ou FCR e 55-64% da FCmax são mais
aplicadas para indivíduos que apresentam baixos níveis de aptidão física, como
sedentários, obesos e em situações especiais. Quanto à freqüência: por, pelo menos,
três vezes por semana. Quanto à duração: 20 a 60 minutos. Quanto ao modo:
exercícios aeróbios são os mais recomendados. Quanto ao tipo de exercício: que
envolva grandes grupamentos musculares, que possa ser mantido continuamente
em ritmo aeróbio.
Garrett Jr. e Kirkendall (2003), relatam que a prescrição de exercícios para portadores
de HIV/AIDS deve enfatizar os componentes do treinamento cardiovascular e esquelético.
Eidam et al (2005), enfatizam que o programa para desenvolver e manter a aptidão
física relacionada à saúde deve envolver os componentes da aptidão cardiorrespiratória, força
e resistência muscular localizada, flexibilidade e composição corporal, conseguindo-se assim
uma melhoria desses componentes.
Segundo McArdle, Katch e Katch (2003), para homens com infecção pelo HIV a
combinação de exercícios de resistência com tratamento farmacológico com testosterona, ou
com cada um deles isoladamente, mostra-se uma alternativa relativamente barata e segura
contra a perda de peso que acompanha os baixos níveis de testosterona e os déficits na massa
muscular. Alguns aspectos a se considerar acerca do exercício para portadores de HIV e AIDS
devem ser analisadas, segundo o relato de Eidam et al. (2005), como a preservação do sistema
imunológico, o que pode ser monitorado através de exames bioquímicos do sangue como
hemograma completo, contagem de linfócitos CD4+ e carga viral. Outros aspectos
importantes a se considerar são os exames bioquímicos de triglicerídeos, colesterol, enzimas
37
hepáticas e glicemia, e também a avaliação física, incluindo o peso (massa corporal), estatura
e a ingesta alimentar para manter um bom estado nutricional e a aptidão física.
A ginástica localizada apresenta-se como uma alternativa eficiente, com resultados
satisfatórios, pois Fernandes (2001), descreve que os exercícios feitos na ginástica localizada
melhoram o tônus muscular, a compleição e a aparência estética do corpo, de modo geral,
além de auxiliarem na eficiência cardíaca, tônus muscular, postura, compleição da pele e
outros fatores positivos.
Calabrese e LaPerriere (1993 apud PALERMO e FEIJÓ, 2008), relatam que para
pacientes assintomáticos não há restrições quanto ao exercício, incluindo atividades
competitivas de alta intensidade, e para indivíduos que já apresentaram algum sintoma da
AIDS, somente devem ser evitados esforços intensos ou exaustivos.
Segundo a 4Revista EF (2008), os exercícios físicos indicados para os portadores de
HIV/AIDS, de um modo geral, devem ser os aeróbicos e de resistência muscular localizada.
Os benefícios da atividade física para o soropositivo se classificam, de acordo com os
objetivos, em físicos e psico-sociais. Entre os benefícios físicos conseguidos com o exercício
destaca-se o ganho de força muscular com o aumento da massa magra, aumento do apetite e
consequente melhora da digestão, melhora nos padrões de sono, melhora na aptidão
cardiovascular, combate a síndrome da lipodistrofia e o fortalecimento do sistema
imunológico. Já os benefícios psico-sociais compõem-se da melhora da auto-estima, melhora
da auto-imagem, diminuição dos níveis de ansiedade e stress, desenvolvimento de uma atitude
positiva, facilitação da integração social e aquisição de hábitos saudáveis.
Segundo Garrett Jr. e Kirkendall (2003), a aplicação de testes para detecção do HIV
em atletas antes de competição é impraticável, não–ética e irrealista.
4.1 Apoptose celular no exercício e a proteína HSP70
Existem dois tipos de morte celular: a morte por apoptose e a morte por necrose. A
apoptose celular (morte celular programada) é um processo normal que ocorre no organismo
humano durante toda a vida. Em doenças severas como a AIDS, o Alzheimer e problemas
4
AIDS E ATIVIDADE FÍSICA. Revista EF. Rio de Janeiro, nº.28, p.20-22, jun 2008.
38
cardíacos relacionados com o envelhecimento, a apoptose celular ocorre com maior
aceleração.
Em recente estudo, Voltarelli, Mello e Duarte (2008), sugerem que a apoptose após o
exercício é um processo regulatório normal, auxiliando na remoção de fibras danificadas e
células lesionadas com ausência de resposta inflamatória. Com isto, a apoptose induzida pelo
exercício moderado contribui para a otimização das funções do organismo, e a apoptose após
o exercício intenso ou exaustivo é danosa aos tecidos.
Outra hipótese investigada na mesma pesquisa é a de que o exercício induz à liberação
da proteína HSP70 (uma proteína de choque térmico, induzida por meio de estresses como a
hipertermia, distúrbios do pH e estresse oxidativo), dependendo da via modulada pela
mitocôndria, com efeito anti-apoptótica, ou seja, controla a apoptose celular. Seria um
benefício a mais junto aos já conhecidos efeitos do exercício à saúde, de sentido ainda mais
expressivo quando se trata de portadores de HIV / AIDS.
4.2 Aspectos psicológicos e sociais do exercício físico
O exercício físico melhora diversos aspectos psicológicos do indivíduo (MATSUDO,
2001), como a melhora da auto-imagem, auto-conceito, auto-estima, humor, imagem corporal,
diminuição do estresse e da ansiedade, melhora das funções cognitivas e da socialização.
Um dos aspectos psicológicos fundamentais da atividade física é a motivação.
O atleta passa por dois tipos de motivação, a “intrínseca”, que parte do próprio
indivíduo em caminho da aquisição de boas atitudes, da prática pela prática, da
saúde e da sensibilidade; e a “extrínseca” que vem de fora para dentro, é a
motivação que é adquirida pelo salário, pela medalha, pelo troféu, enfim é o prêmio
por conseguir realizar as boas atitudes da motivação “intrínseca”. A motivação não
encontra respaldo apenas do técnico, mas também dos pais, do próprio atleta, dos
demais profissionais que trabalham no clube e principalmente da sociedade local.
Um técnico deve fazer de tudo para que o seu atleta tenha boas maneiras e obedeça
a um bom e sadio protocolo. Motivar significa, primeiramente, estar motivado!
Ninguém motiva se não gosta do que está fazendo e se não sente prazer pela
profissão (GALDINO, 2008, p. 3-A).
Segundo Godoy (2002), o exercício físico tem efeito antidepressivo por estimular o
aumento de três neurotransmissores: a serotonina, a dopamina e a norepinefrina, sendo a
endorfina (ou adrenalina) responsável pela redução da dor.
39
Martinsen (1994 apud MELLO e TUFIK, 2004), relata que vários estudos de
indivíduos deprimidos submetidos ao exercício físico aeróbio e também ao anaeróbio
apresentaram respostas positivas no quadro clínico da depressão.
Para Weinberg (2001), a inatividade física está relacionada a níveis mais altos de
depressão, sendo que alguns fatores parecem maximizar a efetividade do exercício sobre a
depressão, como uma atividade física prazerosa e divertida, a respiração aeróbia ou rítmica,
ausência de competição interpessoal, um ambiente fechado, previsível e espacialmente fixo
(como a corrida), intensidade moderada, duração de pelo menos 20 a 30 minutos e a inclusão
regular no programa semanal.
Para Ghorayeb e Barros Neto (1999, p. 264):
A prática de uma atividade física regular permite que a carga energética acumulada
no nosso interior, em decorrência das tensões às quais diariamente nos submetemos,
descarregue-se pelas vias normais, ou seja, através da atuação da musculatura
esquelética. Encontrando a via adequada de descarga, reduz-se o dano causado à
saúde e ao bem-estar das pessoas pelo acúmulo da tensão e das reações de estresse.
Acresça-se que o bem estar emocional resultante da atividade física não se limita ao
adequado alívio das tensões. Há, ainda, o papel, por certo relevante, das endorfinas na
nossa sensação de bem estar e a relação direta que há entre a concentração sérica de
endorfina e a prática do exercício físico. Embora a relação entre a imunorreatividade
das endorfinas, em especial da beta-endorfina, e a prática de exercícios isotônicos de
resistência seja objeto de controvérsias, parece claro o efeito agudo benéfico, do
exercício físico sobre o humor das pessoas e a sensação de bem estar. Há, ainda, duas
outras razões pelas quais a atividade física regular resulta benéfica para a saúde
emocional das pessoas: o reforço à auto-estima relacionado a melhor imagem
corporal e também à sensação de estar vivendo um estilo de vida mais saudável e,
ainda, um grau maior de mobilidade física, o que, em alguns casos significa maior
autonomia.
Mello e Tufik (2004), relatam que em estudos realizados nos EUA em um grupo de
policiais submetidos a 16 semanas de treinamento resistido, observou-se importantes
benefícios psicológicos como a redução do estresse, depressão, ansiedade e hostilidade.
De acordo com Vilas Boas (1999), a sensação de alegria estimula a liberação de
endorfina no cérebro, o que gera benefícios ao sistema imunológico pela ativação dos
linfócitos T4.
No caso de portadores de HIV e AIDS, a infecção pelo HIV geralmente é associada a
transtornos psiquiátricos como a ansiedade, sendo mais prevalente a depressão, e a transtornos
sociais, como o isolamento. Em relação aos aspectos psicológicos, o exercício físico diminui
o nível de estresse, ansiedade e depressão, com a melhoria da auto-estima e da percepção do
próprio corpo, ao passo que no aspecto social, o portador de HIV cuida de importantes
40
aspectos relacionados à doença enquanto mantém boa qualidade de vida e volta a se
sociabilizar (EIDAM et al., 2005).
Weinberg (2001, p. 391), conclui que:
O exercício pode ser uma modalidade terapêutica capaz de intensificar os
componentes de bem-estar subjetivo; portanto, ele deve ser considerado uma
terapia complementar para tratar as manifestações psicológicas e emocionais
associadas com um diagnóstico de HIV-positivo.
4.3 Riscos do exercício físico para o portador de HIV
Para Garrett Jr. e Kirkendall (2003), existem situações onde a transmissão do HIV é
preocupante no meio esportivo, como o boxe e a luta greco-romana, e em outros esportes de
contato, como o basquetebol, o beisebol e o futebol americano. Entre os esportes olímpicos
que apresentam maiores riscos de transmissão do HIV estão o boxe, tae-kwon-do e luta grecoromana; entre os esportes com risco moderado, estão o futebol, o judô, o basquetebol, o
handebol e o hóquei de gelo e grama.
Para o portador de HIV e AIDS, a preservação de seu sistema imunológico é de
fundamental importância. Atividades intensas ou esforços exaustivos podem levar à depleção
do sistema imunológico, agravando o estado de saúde e acelerando o desenvolvimento da
AIDS.
Conforme descreve Weineck (2003, p. 71), “quando muitos fatores de sobrecarga se
encontram, sobretudo de forma brutal e acentuada, eles podem piorar nitidamente o
rendimento da nossa defesa imunológica.”
Segundo Garrett Jr. e Kirkendall (2003), o treinamento excessivo está associado com
as enfermidades frequentes, principalmente de origem viral, e pode suprir a função imune
imediatamente após uma única sessão e por muito tempo durante períodos de intenso
treinamento.
Barbanti (2002), relata que no exercício intenso ou extenuante há liberação de Eros,
espécie de radical livre que pode lesar oxidativamente biomoléculas como o DNA, lipídios e
proteínas, danificando enzimas, membranas celulares, mitocôndrias e o DNA nuclear, levando
a conclusão de que qualquer tipo de lesão celular provocada pelo exercício em indivíduos
com HIV/AIDS pode ser muito prejudicial.
41
A 5Revista EF (2008), sugere que para portadores de HIV deve-se evitar apenas a
prática de esportes que possam mais facilmente provocar lesões, cortes e traumatismos, pois
qualquer acidente é sempre arriscado para o soropositivo.
4.4 Overtrainning e imunossupressão
O overtrainning é resultado de sessões de exercício ou treinamento exaustivos,
afetando negativamente múltiplos sistemas orgânicos. Entre as alterações mais freqüentes
estão as alterações imunológicas, psicológicas, fisiológicas, bioquímicas, hormonais e
hematológicas.
Segundo Kent (1994 apud MELLO e TUFIK, 2004, p. 95):
[...] overtrainning é uma síndrome complexa, descrita como uma combinação de
sinais e sintomas que, tipicamente, provocam fadiga mental na ausência de fadiga
física e provocam deterioração do desempenho. A taxa metabólica basal do
indivíduo está elevada, ocorre normalmente uma perda de peso corporal associado
com o balanço nitrogenado negativo, além de um retardo do retorno da freqüência
cardíaca aos valores de repouso. A síndrome de overtrainning envolve alterações
nos sistemas nervoso e endócrino, particularmente no hipotálamo.
O sistema imunológico pode ser afetado no overtrainning, com redução nas células de
defesa. Após sessões agudas de exercício de endurance prolongado, a resposta imune é
reduzida por algumas horas, no período conhecido como janela aberta, aumentando o risco de
infecções do trato respiratório (MELLO e TUFIK, 2004). Em indivíduos com HIV, deve-se
redobrar a atenção para evitar o overtrainning, já que a redução do comprometido sistema
imunológico pode acelerar o desenvolvimento da AIDS.
5
AIDS E ATIVIDADE FÍSICA. Revista EF. Rio de Janeiro, nº.28, p.20-22, jun 2008.
42
5. OBJETIVOS
5.1 Objetivo Geral
Demonstrar as vantagens do exercício físico e como sua aplicação para o portador de
HIV pode ser benéfica, não apenas na questão da saúde física, mas na saúde como um todo,
ou seja, bem estar físico, mental e social.
5.2 Objetivos Específicos

Analisar, por meio de pesquisa, a percepção e o comportamento do portador de
HIV/AIDS a respeito da prática do exercício físico.

Analisar os benefícios do exercício físico para o portador de HIV/AIDS.

Identificar os processos físicos da imunodeficiência (AIDS) e os efeitos colaterais da
terapia antiretroviral que comprometem a saúde dos portadores de HIV.

Demonstrar que o exercício físico pode melhorar não apenas a saúde física, mas
também os aspectos psicológicos e sociais do portador de HIV/AIDS.
5.3 Delimitação
As questões propostas nesta monografia ficarão restritas às declarações dos portadores
de HIV/AIDS que responderão ao questionário.
Serão analisadas as ações físicas mais apropriadas ao portador do vírus HIV, a
melhora da qualidade de vida pelos benefícios alcançados com os exercícios e a adesão ou
não dos portadores de HIV/AIDS a algum tipo de atividade física.
5.4 Questões Norteadoras

Qual a relação existente entre as respostas dos portadores de HIV/AIDS do sexo
masculino e feminino com as possíveis atividades realizadas?
43

O que pensam os portadores de HIV/AIDS sobre a realização de exercícios físicos
para a melhora da saúde e da qualidade de vida?
44
6. MÉTODO
6.1 Participantes
Para a realização desta pesquisa foram consultados 50 voluntários da ASPA –
Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS, sendo que 34 portadores de HIV responderam
ao questionário e 16 não responderam e não justificaram o motivo, sendo 18 portadores de
HIV do sexo masculino (52,94%) e 16 portadoras de HIV do sexo feminino (47,05%).
6.2 Dados Pessoais: Idade e Sexo
Os participantes apresentaram a média de idade de 42,05 anos, com mediana de 40,5
anos, amplitude de 35 anos e variação de 27 a 62 anos. Em se tratando do estado civil,
61,11% são solteiros, 27,77% são casados e com a mesma freqüência de 5,55% ficaram os
divorciados e os que não definiram o estado civil. Em relação ao grau de escolaridade
percebe-se que 38,88% possuem Ensino Médio completo, sendo que 5,55% possuem Ensino
Médio incompleto, 11,11% possuem Ensino Fundamental completo, 22,22% possuem Ensino
Fundamental incompleto, com a mesma freqüência de 11,11% ficaram as alternativas Ensino
Superior completo e Ensino Superior incompleto. Devido ao sigilo da pesquisa, não foi
possível identificar se todos os participantes residem em São João da Boa Vista.
As participantes apresentaram a média de idade de 38,06 anos, com mediana de 37,5
anos, amplitude de 27 anos e variação de 26 a 53 anos. Em se tratando do estado civil, 50%
são casadas, 25% são solteiras e 25% não definiram o estado civil. Em relação ao grau de
escolaridade nota-se que 62,50% das participantes concluíram o Ensino Médio, com a mesma
freqüência de 12,5% ficaram as participantes que não concluíram o Ensino Médio e as que
não concluíram o Ensino Fundamental, com a mesma freqüência de 6,25% ficaram as
participantes que não concluíram o Ensino Superior e as que não estudaram. Devido ao sigilo
da pesquisa, não foi possível identificar se todas as participantes residem em São João da Boa
Vista.
Pode-se observar que nos dados acima a média de idade dos participantes com 42,05
anos é maior que das participantes com 38,06 anos. Também a mediana dos participantes com
40,5 anos são maiores que das participantes com 37,5 anos. Já em relação à variação, os
45
participantes, com a idade de 27 a 62 anos e as participantes com 26 a 53 anos, aparece a
amplitude de oito anos de diferença.
Com estes dados nota-se que a participação dos homens (52,94%) é maior que a das
mulheres (47,05%) tanto na prática do exercício físico quanto nas pesquisas.
6.3 Material
Utilizou-se como instrumento, um questionário sobre a visão, a prática e os benefícios
do exercício físico para os portadores de HIV/AIDS assistidos pela ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS de São João da Boa Vista, elaborado especialmente para
este fim. O questionário foi convalidado pelo Professor Ms. Sebastião Álvaro Galdino e pela
Professora Drª Drª Betânia Alves Veiga Dell’agli. Os dados sobre correspondência do
questionário proposto foram de 1 questão aberta, 7 fechadas e 8 mistas, totalizando 16
questões, das quais todas foram utilizadas para um tratamento estatístico mais aprofundado.
6.4 Procedimento
Em primeiro momento foi contatada a Diretora do Departamento Municipal de Saúde
de São João da Boa Vista, Senhora Sílvia Maria Rodrigues Teixeira Valota, que após tomar
conhecimento do objetivo do trabalho, autorizou a aplicação dos questionários na ASPA –
Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS de São João da Boa Vista, que submeteu os
questionários aos portadores de HIV/AIDS assistidos por esta Instituição. Os participantes
foram contatados por intermédio da enfermeira chefe da ASPA, Senhora Patrícia Maria Galli
Lourenço Beraldo Belão, que recebeu os questionários envelopados para que o sigilo fosse
absoluto. Junto ao questionário foi anexado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Após terem conhecimento do objetivo do trabalho, os participantes tiveram vinte e cinco dias
de prazo para a entrega dos questionários respondidos e recolhidos posteriormente.
46
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Qui-Quadrado e Correlação de Spearman
Para análise estatística, recorreu-se ao Teste de Qui-Quadrado e de correlação de
postos de Spearman, sendo que na primeira prova, utilizaram-se as percentagens como base
de cálculo, fato este que levou a um maior cuidado na generalização dos resultados deste
estudo. Além de ter-se desconsiderado, para fins de cálculo intragrupal, as respostas que
obtiveram freqüência igual a zero. O nível de significância adotada foi de 0,05, ideal para o
tipo de variável mensurada (SPIEGEL, 1985 apud GALDINO, 2001).
Definição de χ²
k
χ² = ∑ (oj - ej)²
j=1
ej
 oj = freqüência observada
 ej = freqüência esperada
 k = número de respostas
Deve-se observar que o v = k-1 (número de graus de liberdade, também conhecido
como n.g.l.)
Definição da Correlação de Spearman
Rc = 1-6 (X – Y)²
N (N²-1)
47
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
SIM
7
38,88
4
25
11
32,35
NÃO
11
61,11
12
75
23
67,64
TOTAL
18
99,99
16
100
34
99,99
Tabela 1 – A prática de exercícios físicos
Os dados da tabela 1 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
61,11% a alternativa escolhida “NÃO” e com 38,88% ficou a alternativa “SIM”. Já em
relação ao feminino apareceu com 75% a alternativa “NÃO”, e com 25% ficou a alternativa
“SIM”. Percebe-se no total com 67,64% que a escolha recaiu sobre a alternativa “NÃO” e
com 32,35% ficou a alternativa “SIM”. Dois respondentes afirmaram que a prática do
exercício físico é realizada sem o acompanhamento de um profissional da área de Educação
Física. Uma das respondentes afirmou que a prática do exercício físico é realizada com
acompanhamento de um profissional, porém sem especificar de que área.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 12,45, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma porcentagem alta na
resposta “Não pratico Exercícios Físicos”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi
igual a 4,93, valor que também levou Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05),
indicando uma concentração na alternativa “Não pratico Exercícios Físicos”. Na avaliação
intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 25, valor que levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l
= 1, n.sig. = 0,05), indicando também uma concentração na alternativa “Não pratico
Exercícios Físicos”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto à prática de exercícios físicos (rc = 0,75,
n. = 5, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir correlação entre as respostas dos
participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação Sanjoanense de Prevenção à
AIDS.
48
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
CAMINHADA
8
50
2
100
10
55,55
CORRIDA
2
12,50
-
-
2
11,11
MUSCULAÇÃO
2
12,50
-
-
2
11,11
GINÁSTICA
1
6,25
-
-
1
5,55
ESPORTE
3
18,75
-
-
3
16,66
TOTAL
16
100
2
100
18
99,98
Tabela 2 – Tipo de exercício físico praticado
Os dados da tabela 2 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
50% a alternativa escolhida “CAMINHADA”, com 18,75% ficou a alternativa
“ESPORTE”,
com
a
mesma
freqüência
de
12,50%
ficaram
as
alternativas
“MUSCULAÇÃO” e “CORRIDA” e com 6,25% ficou a alternativa “GINÁSTICA”. Já em
relação ao feminino apareceu com 100% a alternativa “CAMINHADA”. Percebe-se no total
com 55,55% que a escolha recaiu sobre a alternativa “CAMINHADA”, com 16,66% ficou a
alternativa “ESPORTE”, com a mesma freqüência de 11,11% ficaram as alternativas
“MUSCULAÇÃO” e “CORRIDA” e com 5,55% ficou a alternativa “GINÁSTICA”.
Uma das respondentes afirmou que o tipo de exercício físico praticado é hidroginástica
e terapia, e 13 das participantes não responderam a questão. Entre os participantes, 13 não
responderam a questão.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 82,21, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 9,49, n.g.l = 4, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma porcentagem alta na
resposta “Caminhada”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 60,14, valor
que também levou Ho à rejeição (χ²c = 9,49, n.g.l = 4, n.sig. = 0,05), indicando uma
concentração na alternativa “Caminhada”. No feminino o χ² foi 0, pois, somente duas
participantes escolheram a alternativa “Caminhada”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0, 77
sugerindo uma tendência favorável, porém não significativa, quanto ao tipo de exercício físico
praticado (rc = 0,75, n. = 5, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir correlação entre as
49
respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação Sanjoanense de
Prevenção à AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
PRAZER
4
36,36
1
25
5
33,33
NECESSIDADE
7
63,63
3
75
10
66,66
TOTAL
11
99,99
4
100
15
99,99
Tabela 3-A - Objetivo do exercício físico praticado
Os dados da tabela 3-A mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
63,63% a alternativa escolhida “NECESSIDADE” e com 36,36% ficou a alternativa
“PRAZER”. Já em relação ao feminino apareceu com 75% a alternativa “NECESSIDADE”,
e com 25% ficou a alternativa “PRAZER”. Percebe-se no total com 66,66% que a escolha
recaiu sobre a alternativa “NECESSIDADE” e com 33,33% ficou a alternativa “PRAZER”.
Entre as participantes, 12 não responderam a questão, e entre os participantes 08 não
responderam a questão. Percebe-se, comparando a tabela 1 - A prática de exercícios físicos,
com a tabela 3-A Objetivo do exercício físico praticado, que apesar de 67,64% do total de
pessoas entrevistadas não praticarem exercício físico, 66,66% afirmaram que praticam por
necessidade.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 11,10, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma porcentagem alta na
resposta “Necessidade, é necessário praticar Exercícios Físicos”. Na avaliação intragrupos, no
masculino o χ²o foi igual a 7,43, valor que também levou Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1,
n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa “Necessidade, é necessário praticar
Exercícios Físicos”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 25, valor que
levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando também uma
concentração na alternativa “Necessidade, é necessário praticar Exercícios Físicos”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto ao objetivo do exercício físico (rc =
0,99, n. = 5, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir correlação entre as respostas dos
50
participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação Sanjoanense de Prevenção à
AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
FELICIDADE
3
25
-
-
3
21,42
TRANQUILIDADE
3
25
1
50
4
28,57
ENERGIZAÇÃO
3
25
1
50
4
28,57
NORMAL
3
25
-
-
3
21,42
TOTAL
12
100
2
100
14
99,98
Tabela 3-B - Sensação proporcionada pelo exercício
Os dados da tabela 3-B mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
a mesma freqüência de 25% as alternativas “FELICIDADE”, “TRANQUILIDADE”,
“ENERGIZAÇÃO” e “NORMAL”. Já em relação ao feminino, com a mesma freqüência de
50% ficaram as alternativas “TRANQUILIDADE” e “ENERGIZAÇÃO”. Percebe-se no
total com a mesma freqüência de 28,57% que as escolhas recaíram sobre as alternativas
“TRANQUILIDADE” e “ENERGIZAÇÃO”, e com a mesma freqüência de 21,42%
ficaram as alternativas “FELICIDADE” e “NORMAL”. Entre os participantes, 06 não
responderam a questão, e entre as participantes 14 não responderam a questão.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 2,04, valor que não levou Ho
à rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma ótima distribuição nas
respostas das “Sensações proporcionadas pelo Exercício Físico”. Na avaliação intragrupos, no
masculino o χ²o foi igual a 0, valor que também não levou Ho à rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3,
n.sig. = 0,05), indicando uma boa distribuição nas alternativas das “Sensações proporcionadas
pelo Exercício Físico”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 25, valor que
levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando também uma ótima
distribuição nas alternativas das “Sensações proporcionadas pelo Exercício Físico”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,8 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto a sensação proporcionada pelo exercício
físico (rc = 0,81, n. = 4, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir baixa ou mínima
51
correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
SIM
7
46,66
6
46,15
13
46,42
NÃO
4
26,66
2
15,38
6
21,42
ÀS VEZES
4
26,66
5
38,46
9
32,14
TOTAL
15
99,98
13
99,99
28
99,98
Tabela 4 – Motivação para realizar exercícios físicos
Os dados da tabela 4 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
46,66% a alternativa escolhida “SIM” e com a mesma freqüência de 26,66% ficaram as
alternativas “NÃO” e “ÀS VEZES”. Já em relação ao feminino apareceu com 46,15% a
alternativa “SIM”, com 38,46% ficou a alternativa “ÀS VEZES” e com 15,38% ficou a
alternativa “NÃO”. Percebe-se no total com 46,42% que a escolha recaiu sobre a alternativa
“SIM”, com 32,14% ficou a alternativa “ÀS VEZES” e com 21,42% ficou a alternativa
“NÃO”.
Um dos respondentes afirmou que é de costume sentir-se motivado e outro afirmou
que se sente motivado porque o exercício físico faz bem para a saúde; 03 voluntários não
responderam a questão. Uma das respondentes afirmou que, por falta de tempo, somente às
vezes se sente motivada para realizar exercícios físicos. Outra respondente afirmou que o
exercício físico lhe faz bem, mas é preguiçosa, e por isso somente às vezes se sente motivada
para realizar exercícios físicos e 03 voluntárias não responderam a questão.
Percebe-se, comparando a tabela 1 - A prática de exercício físico, com a tabela 4 –
Motivação para realizar exercícios físicos, que apesar de 67,64% do total de pessoas
entrevistadas não praticarem exercício físico, 46,42% afirmaram que se sentem motivadas
para realizar exercícios físicos. Em comparação aos dados da tabela 3-A - Objetivo do
exercício físico praticado, onde 66,66% do total de pessoas entrevistadas afirmaram praticar
exercícios físicos por necessidade, pode-se deduzir que a motivação para a prática pode vir
justamente dessa necessidade em se praticar exercícios físicos.
52
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 9,44, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 5,99, n.g.l = 2, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma porcentagem alta na
resposta “Sim, me sinto motivado para praticar exercícios físicos”. Na avaliação intragrupos,
no masculino o χ²o foi igual a 8, valor que também levou Ho à rejeição (χ²c = 5,99, n.g.l = 2,
n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa “Sim, me sinto motivado para
praticar exercícios físicos”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 15,37,
valor que levou o Ho à rejeição (χ²c = 5,99, n.g.l = 2, n.sig. = 0,05), indicando também uma
concentração na alternativa “Sim, me sinto motivada para praticar exercícios físicos”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,87
sugerindo uma tendência favorável, porém significativa, quanto a motivação para realizar
exercícios físicos (rc = 0,87, n. = 3, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir uma
altíssima correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA –
Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
IMPORTANTE
15
93,75
14
93,33
29
93,54
POUCO IMPORTANTE
-
-
1
6,66
1
*3,22
INDIFERENTE
1
6,25
-
-
1
*3,22
TOTAL
16
100
15
99,99
31
99,98
Tabela 5 – Visão sobre o exercício em relação aos benefícios para a saúde (as alternativas
Pouco Importante e Indiferente foram excluídas do total para não haver distorções na
estatística).
Os dados da tabela 5 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
93,75% a alternativa escolhida “IMPORTANTE” e com 6,25% ficou a alternativa
“INDIFERENTE”. Já em relação ao feminino apareceu com 93,33% a alternativa
“IMPORTANTE”, e com 6,66% ficou a alternativa “POUCO IMPORTANTE”. Percebese no total com 93,54% que a escolha recaiu sobre a alternativa “IMPORTANTE” e com a
mesma freqüência de 3,22% ficaram as alternativas “POUCO IMPORTANTE” e
53
“INDIFERENTE”. Entre os participantes, 02 não responderam a questão, e 01 das
participantes não respondeu a questão.
Percebe-se, comparando a tabela 1 - A prática de exercícios físicos, com a tabela 5 –
Visão sobre o exercício em relação aos benefícios para a saúde, que apesar de 67,64% do total
de pessoas entrevistadas não praticarem exercício físico, 93,54% afirmaram que na sua visão
o exercício é importante em relação aos benefícios para a saúde.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos não foi realizado devido à altíssima
concentração na alternativa “Importante”. Na avaliação intragrupos, no masculino e no
feminino também houve uma alta concentração na alternativa “Importante”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,5 sugerindo
uma tendência não favorável, porém significativa, quanto a visão sobre o exercício físico em
relação aos benefícios para a saúde (rc = 0,87, n. = 3, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem
não existir correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA –
Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
ÓTIMA
10
76,92
6
100
16
84,21
REGULAR
3
23,07
-
-
3
15,78
TOTAL
13
99,99
6
100
19
99,99
Tabela 6 – Estado de saúde após a prática do exercício físico
Os dados da tabela 6 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
76,92% a alternativa escolhida “ÓTIMA” e com 23,07% ficou a alternativa “REGULAR”.
Já em relação ao feminino apareceu com 100% a alternativa “ÓTIMA”. Percebe-se no total
com 84,21% que a escolha recaiu sobre a alternativa “ÓTIMA” e com 15,78% ficou a
alternativa “REGULAR”. Entre os participantes, 06 não responderam a questão e 01 das
participantes não respondeu a questão.
Percebe-se, comparando a tabela 1 - A prática de exercícios físicos, com a tabela 6 –
Estado de saúde após a prática do exercício físico, que apesar de 67,64% do total de pessoas
54
entrevistadas não praticarem exercício físico, 84,21% afirmaram ter a percepção de que sua
saúde fica ótima após a prática do exercício físico.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 46,83, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma porcentagem alta na
resposta, “Ótima”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 28,99, valor que
também levou Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração
na alternativa, “Ótima”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 0, valor que
não levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando que houve 100% na
alternativa “Ótima”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto ao estado de saúde após a prática do
exercício físico (rc = 0,95, n. = 2, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir correlação
entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
SEIS MESES
4
33,33
1
33,33
5
33,33
MAIS DE UM ANO
1
8,33
2
66,66
3
20
MAIS DE DOIS ANOS
1
8,33
-
-
1
6,66
CINCO ANOS OU MAIS
6
50
-
-
6
40
TOTAL
12
99,99
3
99,99
15
99,99
Tabela 7 – Tempo de prática de exercícios físicos
Os dados da tabela 7 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
50% a alternativa escolhida “CINCO ANOS OU MAIS”, com 33,33% ficou a alternativa
“SEIS MESES” e com a mesma freqüência de 8,33% ficaram as alternativas “MAIS DE
UM ANO” e “MAIS DE DOIS ANOS”. Já em relação ao feminino apareceu com 66,66% a
alternativa “MAIS DE UM ANO” e com 33,33% ficou a alternativa “SEIS MESES”.
Percebe-se no total com 40% que a escolha recaiu sobre a alternativa “CINCO ANOS OU
MAIS”, com 33,33% ficou a alternativa “SEIS MESES”, com 20% ficou a alternativa
55
“MAIS DE UM ANO” e com 6,66% apareceu a alternativa “MAIS DE DOIS ANOS”.
Entre os participantes, 08 não responderam a questão, e 15 das participantes não responderam
a questão.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 26,22, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma concentração na resposta
“Cinco anos ou mais”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 50,01, valor
que também levou Ho à rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), indicando uma
concentração na alternativa “Cinco anos ou mais”. Na avaliação intragrupos, no feminino o
χ²o foi igual a 11,10, valor que levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05),
indicando também uma altíssima concentração na alternativa das “Mais de um ano”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = -0,25
sugerindo uma tendência inversa, porém não significativa, quanto ao tempo de prática de
exercícios físicos (rc = 0,81, n. = 4, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem não existir
correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
SIM
10
55,55
8
53,33
18
54,54
NÃO
8
44,44
7
46,66
15
45,45
TOTAL
18
99,99
15
100
33
99,99
Tabela 8 – Desenvolvimento de Infecções Oportunistas (IO)
Os dados da tabela 8 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
55,55% a alternativa escolhida “SIM” e com 44,44% ficou a alternativa “NÃO”. Já em
relação ao feminino apareceu com 53,33% a alternativa “SIM”, e com 46,66% ficou a
alternativa “NÃO”. Percebe-se no total com 54,54% que a escolha recaiu sobre a alternativa
“SIM” e com 45,45% ficou a alternativa “NÃO”. Uma das participantes não respondeu a
questão.
Percebe-se, comparando a tabela 12 – Interferência da condição física nas ações
cotidianas com a tabela 8 – Desenvolvimento de Infecções Oportunistas (IO), que apesar de
56
54,54% do total de pessoas entrevistadas já terem desenvolvido Infecções Oportunistas,
29,41% afirmam que somente às vezes a sua condição física interfere em suas ações
cotidianas. Diante desse quadro, não deveria ser descartada a hipótese de que as Infecções
Oportunistas não estariam interferindo diretamente na condição física de uma forma geral,
não sendo, portanto, o motivo para a não adesão a um programa de exercícios físicos.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 0,82, valor que não levou Ho
à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma ótima distribuição nas
respostas sobre “Desenvolvimento de Infecções Oportunistas”. Na avaliação intragrupos, no
masculino o χ²o foi igual a 1,22, valor que também não levou Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l =
1,
n.sig.
= 0,05),
indicando
uma distribuição
unânime
nas alternativas
sobre
“Desenvolvimento de Infecções Oportunistas”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o
foi igual a 0,44, valor que não levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05),
indicando também uma ótima distribuição nas alternativas sobre “Desenvolvimento de
Infecções Oportunistas”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto ao Desenvolvimento de Infecções
Oportunistas (rc = 0,95, n. = 2, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir correlação
entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
SIM
5
27,77
6
40
11
33,33
NÃO
13
72,22
9
60
22
66,66
TOTAL
18
99,99
15
100
33
99,99
Tabela 9 – Dificuldades em realizar determinadas atividades diárias
Os dados da tabela 9 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
72,22% a alternativa escolhida “NÃO” e com 27,77% ficou a alternativa “SIM”. Já em
relação ao feminino apareceu com 40% a alternativa “SIM”, e com 60% ficou a alternativa
57
“NÃO”. Percebe-se no total com 66,66% que a escolha recaiu sobre a alternativa “NÃO” e
com 33,33% ficou a alternativa “SIM”.
Um dos respondentes afirmou ter falta de ar na realização de determinadas atividades
diárias; outro afirmou ter falta de vontade e outro afirmou ter dificuldade para a caminhada.
Uma das respondentes afirmou ter dificuldades quando se esforça um pouco mais; outra
afirmou sentir dificuldades em, andar e abaixar e outra afirmou sentir falta de ar e uma não
respondeu a questão.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 0,82, valor que não levou Ho
à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma ótima distribuição nas
respostas sobre “Dificuldades em realizar determinadas atividades diárias”. Na avaliação
intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 19,75, valor que levou Ho à rejeição (χ²c = 3,84,
n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa “Não, não tem
dificuldades em realizar determinadas atividades diárias”. Na avaliação intragrupos, no
feminino o χ²o foi igual a 4, valor que não levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. =
0,05), indicando uma ótima distribuição nas alternativas sobre as “Dificuldades em realizar
determinadas atividades diárias”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto as dificuldades em realizar
determinadas atividades diárias (rc = 0,95, n. = 2, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem
existir correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA –
Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
SIM
6
40
4
44,44
10
41,66
NÃO
9
60
5
55,55
14
58,33
TOTAL
15
100
9
99,99
24
99,99
Tabela 10 – Sensações de fadiga, indisposição geral ou dor na prática de exercícios
físicos
Os dados da tabela 10 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
60% a alternativa escolhida “NÃO” e com 40% ficou a alternativa “SIM”. Já em relação ao
58
feminino apareceu com 55,55% a alternativa “NÃO”, e com 44,44% ficou a alternativa
“SIM”. Percebe-se no total com 58,33% que a escolha recaiu sobre a alternativa “NÃO” e
com 41,66% ficou a alternativa “SIM”. Entre os participantes, 03 não responderam a questão
e 07 das participantes não responderam a questão.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 2,77, valor que não levou Ho
à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma ótima distribuição nas
respostas sobre “Sensações de fadiga, indisposição geral ou dor na prática de exercícios
físicos”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 4, valor que não levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma distribuição nas alternativas sobre
“Sensações de fadiga, indisposição geral ou dor na prática de exercícios físicos”. Na avaliação
intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 1,22, valor que não levou o Ho à rejeição (χ²c =
3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma ótima distribuição nas alternativas sobre as
“Sensações de fadiga, indisposição geral ou dor na prática de exercícios físicos”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto as sensações de fadiga, indisposição
geral ou dor na prática de exercícios físicos (rc = 0,95, n. = 2, n.sig. = 0,05). Esses resultados
sugerem existir correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da
ASPA – Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
59
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
ÓDIO
2
4,87
5
7,81
7
6,66
ANSIEDADE
7
17,07
9
14,06
16
15,23
DEPRESSÃO
8
19,51
10
15,62
18
17,14
SOLIDÃO
4
9,75
8
12,5
12
11,42
ANGÚSTIA
8
19,51
12
18,75
20
19,04
DESÂNIMO
7
17,07
10
15,62
17
16,19
ESTRESSE
5
12,19
10
15,62
15
14,28
TOTAL
41
99,97
64
99,98
105
99,96
Tabela 11 – Sentimentos após o diagnóstico de portador de HIV
Os dados da tabela 11 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
a mesma freqüência de 19,51% as alternativas escolhidas “DEPRESSÃO” e “ANGÚSTIA”,
com a mesma freqüência de 17,07% ficaram as alternativas “ANSIEDADE” e
“DESÂNIMO”, com 12,19% ficou a alternativa “ESTRESSE”, com 9,75% ficou a
alternativa “SOLIDÃO” e com 4,87% ficou a alternativa “ÓDIO”. Já em relação ao
feminino apareceu com 18,75% a alternativa “ANGÚSTIA”, com a mesma freqüência de
15,62% ficaram as alternativas “DEPRESSÃO”, “DESÂNIMO” e “ESTRESSE”, com
14,06% ficou a alternativa “ANSIEDADE”, com 12,5% ficou a alternativa “SOLIDÃO” e
com 7,81% ficou a alternativa “ÓDIO”. Percebe-se no total com 19,04% que a escolha recaiu
sobre a alternativa “ANGÚSTIA”, com 17,14% ficou a alternativa “DEPRESSÃO”, com
16,19% ficou a alternativa “DESÂNIMO”, com 15,23% ficou a alternativa “ANSIEDADE”,
com 14,28% ficou a alternativa “ESTRESSE”, com 11,42% ficou a alternativa “SOLIDÃO”
e com 6,66% ficou a alternativa “ÓDIO”.
Dois respondentes afirmaram não ter tido nenhum sentimento após o diagnóstico de
portador de HIV; outro afirmou sentir medo e outro não ter sentido absolutamente nada. Uma
das respondentes afirmou ter tido preconceito consigo mesma após o diagnóstico de portadora
de HIV; outra afirmou ter tido vontade de viver, dar a volta por cima, e outra afirmou ter tido
vontade de morrer.
60
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 7,09, valor que não levou Ho
à rejeição (χ²c = 12,6, n.g.l = 6, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma ótima distribuição nas
respostas sobre “Sentimentos após o diagnóstico de portador de HIV”. Na avaliação
intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 12,83, valor que não levou Ho à rejeição (χ²c =
12,6, n.g.l = 6, n.sig. = 0,05), indicando uma distribuição nas alternativas sobre “Sentimentos
após o diagnóstico de portador de HIV”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual
a 4,90, valor que não levou o Ho à rejeição (χ²c = 12,6, n.g.l = 6, n.sig. = 0,05), indicando
uma ótima distribuição nas alternativas sobre aos “Sentimentos após o diagnóstico de
portadora de HIV”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,9 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto aos sentimentos após o diagnóstico de
portador de HIV, (rc = 0,66, n. = 7, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir correlação
entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
MUITO
4
22,22
5
31,25
9
26,47
POUCO
2
11,11
4
25
6
17,64
NUNCA
8
44,44
1
6,25
9
26,47
ÀS VEZES
4
22,22
6
37,5
10
29,41
TOTAL
18
99,99
16
100
34
99,99
Tabela 12 – Interferência da condição física nas ações cotidianas
Os dados da tabela 12 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
44,44% a alternativa escolhida “NUNCA” e com a mesma freqüência de 22,22% ficaram as
alternativas “MUITO” e “ÀS VEZES” e com 11,11% ficou a alternativa “POUCO”. Já em
relação ao feminino apareceu com 37,5% a alternativa “ÀS VEZES”, com 31,25% ficou a
alternativa “MUITO”, com 25% ficou a alternativa “POUCO” e com 6,25% ficou a
alternativa “NUNCA”. Percebe-se no total com 29,41% que a escolha recaiu sobre a
61
alternativa “ÀS VEZES”, com a mesma freqüência de 26,47% ficaram as alternativas
“MUITO” e “NUNCA” e com 17,64% ficou a alternativa “POUCO”.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 3,10, valor que não levou Ho
à rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma ótima distribuição nas
respostas sobre “Interferência da condição física nas ações cotidianas”. Na avaliação
intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 23,43, valor que levou Ho à rejeição (χ²c = 7,81,
n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa “Nunca”. Na avaliação
intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 4,90, valor que levou o Ho à rejeição (χ²c = 7,81,
n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa “Às vezes”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = - 0,15
sugerindo uma tendência inversa, porém significativa, quanto à interferência da condição
física nas ações cotidianas (rc = 0,81, n. = 4, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem não
existir correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA –
Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
SIM
5
31,25
5
33,33
10
32,25
NÃO
11
68,75
10
66,66
21
67,74
TOTAL
16
100
15
99,99
31
99,99
Tabela 13-A – Ocorrência de efeitos colaterais do coquetel antiretroviral
Os dados da tabela 13-A mostram, em relação aos participantes do sexo masculino,
com 68,75% a alternativa escolhida “NÃO” e com 31,25% ficou a alternativa “SIM”. Já em
relação ao feminino apareceu com 66,66% a alternativa “NÃO”, e com 33,33% ficou a
alternativa “SIM”. Percebe-se no total com 67,74% que a escolha recaiu sobre a alternativa
“NÃO” e com 32,25% ficou a alternativa “SIM”.
Um dos participantes não respondeu a questão, outro afirmou não fazer uso do
coquetel antiretroviral e uma das participantes afirmou não fazer uso do coquetel
antiretroviral.
62
Percebe-se, comparando a tabela 1 – A prática do exercício físico com a tabela 13-A –
Ocorrência de efeitos colaterais do coquetel antiretroviral, que apesar de 67,64% do total de
pessoas entrevistadas não praticarem exercício físico, 67,74% afirmaram que o coquetel
antiretroviral não apresenta efeitos colaterais que interfiram na capacidade de praticar
exercícios físicos ou qualquer outra tarefa, o que levanta a hipótese de que a inatividade física
não seria em decorrência dos efeitos colaterais do coquetel antiretroviral.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 12,59, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma concentração na resposta
“Não”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 14,06, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa
“Não”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 11,10, valor que levou o Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa
“Não”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto às ocorrências de efeitos colaterais do
coquetel antiretroviral (rc = 0,95, n. = 2, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir
correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
63
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
SARCOPENIA
2
25
2
13,33
4
17,39
LIPODISTROFIA
1
12,5
4
26,66
5
21,73
HIPERLIPIDEMIA
1
12,5
4
26,66
5
21,73
NEUROPATIA
3
37,5
3
20
6
26,08
DIABETES
-
-
1
6,66
1
4,34
OSTEOPOROSE
1
12,5
1
6,66
2
8,69
TOTAL
8
100
15
99,97
23
99,96
Tabela 13-B – Efeitos colaterais do coquetel antiretroviral
Os dados da tabela 13-B mostram, em relação aos participantes do sexo masculino,
com 37,5% a alternativa escolhida “NEUROPATIA”, com 25% ficou a alternativa
“SARCOPENIA” e com a mesma freqüência de 12,5% ficaram as alternativas
“LIPODISTROFIA”, “HIPERLIPIDEMIA” e “OSTEOPOROSE”. Já em relação ao
feminino
apareceram
“LIPODISTROFIA”
com
e
a
mesma
freqüência
“HIPERLIPIDEMIA”,
com
de
26,66%
20%
ficou
as
a
alternativas
alternativa
“NEUROPATIA”, com 13,33% ficou a alternativa “SARCOPENIA” e com a mesma
freqüência de 6,66% ficaram as alternativas “DIABETES” e “OSTEOPOROSE”. Percebese no total com 26,08% que a escolha recaiu sobre a alternativa “NEUROPATIA”, com a
mesma
freqüência
de
21,73%
ficaram
as
alternativas
“LIPODISTROFIA”
e
“HIPERLIPIDEMIA”, com 17,39% ficou a alternativa “SARCOPENIA”, com 8,69%
ficou a alternativa “OSTEOPOROSE” e com 4,34% ficou a alternativa “DIABETES”.
Uma das respondentes afirmou que, em virtude dos efeitos colaterais do coquetel
antiretroviral, sente dificuldades para a caminhada, pular cordas e outras atividades e outra
afirmou sentir muita dor nos braços e nas pernas.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 21,35, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 11,1, n.g.l = 5, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma concentração na resposta
“Neuropatia”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 35,99, valor que levou
Ho à rejeição (χ²c = 9,49, n.g.l = 4, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa
64
“Neuropatia”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 25,32, valor que levou o
Ho à rejeição (χ²c = 11,1, n.g.l = 5, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração nas
alternativas “Lipodistrofia e Hiperlipidemia”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,68
sugerindo uma tendência favorável, porém significativa, quanto aos efeitos colaterais do
coquetel antiretroviral (rc = 0,70, n. = 6, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem não existir
correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
POUCO CANSADO
7
50
4
57,14
11
52,38
CANSADO
3
21,42
-
-
3
14,28
MUITO CANSADO
3
21,42
1
14,28
4
19,04
EXAUSTO
1
7,14
2
28,57
3
14,28
TOTAL
14
99,98
7
100
21
99,98
Tabela 14 – Estado após o exercício físico
Os dados da tabela 14 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
50% a alternativa escolhida “POUCO CANSADO”, com a mesma freqüência de 21,42%
ficaram as alternativas “CANSADO” e “MUITO CANSADO”, com 7,14% ficou a
alternativa “EXAUSTO”. Já em relação ao feminino apareceu com 57,14% a alternativa
“POUCO CANSADO”, com 28,57% ficou a alternativa “EXAUSTO” e com 14,28% ficou
a alternativa “MUITO CANSADO”. Percebe-se no total com 52,38% que a escolha recaiu
sobre a alternativa “POUCO CANSADO”, com 19,04% ficou a alternativa “MUITO
CANSADO” e com a mesma freqüência de 14,28% ficaram as alternativas “CANSADO” e
“EXAUSTO”.
Entre os participantes, 04 não responderam a questão e 09 das participantes não
responderam a questão.
Percebe-se, comparando o gráfico 1 – A prática do exercício físico com o gráfico 14 –
Estado de saúde após o exercício físico, que apesar de 67,64% do total de pessoas
65
entrevistadas não praticarem exercício físico, 52,38% afirmaram que ficam pouco cansados
após o exercício físico, levando à hipótese de que o cansaço físico não seria o único motivo
para a não realização de exercícios físicos.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 40,61, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma concentração na resposta,
“Pouco cansado”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 38,80, valor que
levou Ho à rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na
alternativa, “Pouco cansado”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 28,55,
valor que levou o Ho à rejeição (χ²c = 5,99, n.g.l = 2, n.sig. = 0,05), indicando uma
concentração na alternativa, “Pouco cansado”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,65
sugerindo uma tendência favorável, porém significativa, ao estado após o exercício físico (rc
= 0,81, n. = 4, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem não existir correlação entre as
respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação Sanjoanense de
Prevenção à AIDS.
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
SIM
15
83,33
11
68,75
26
76,47
NÃO
3
16,66
5
31,25
8
23,52
TOTAL
18
99,99
16
100
34
99,99
Tabela 15 – Disposição para desfrutar de momentos de lazer
Os dados da tabela 15 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
83,33% a alternativa escolhida “SIM” e com 16,66% ficou a alternativa “NÃO”. Já em
relação ao feminino apareceu com 68,75% a alternativa “SIM”, e com 31,25% ficou a
alternativa “NÃO”. Percebe-se no total com 76,47% que a escolha recaiu sobre a alternativa
“SIM” e com 23,52% ficou a alternativa “NÃO”. A alternativa teatro, cinema, esporte,
dança, shows musicais, apresentações, eventos de lazer etc. foi escolhida por 11 participantes
do sexo masculino e 07 participantes do sexo feminino.
66
Percebe-se, comparando as tabelas 6 – Estado de saúde após a prática do exercício
físico e a tabela 12 – Interferência da condição física nas ações cotidianas, com a tabela 15 –
Disposição para desfrutar de momentos de lazer, que apesar de 84,21% do total de pessoas
entrevistadas afirmarem que seu estado de saúde após a prática do exercício físico fica ótima,
29,41% afirmarem que somente às vezes a sua condição física interfere em suas ações
cotidianas e 83,33% afirmarem que têm disposição para desfrutar de momentos de lazer, é de
se pensar o motivo que leva 67,64% das pessoas entrevistadas a não terem o hábito de praticar
exercícios físicos conforme mostram os dados da tabela 1 – A prática do exercício físico.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 28,03, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma concentração na resposta
“Sim”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 44,45, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa
“Sim”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 14,08, valor que levou o Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração nas alternativas
sobre as “Sim”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto à disposição para desfrutar de
momentos de lazer (rc = 0,95, n. = 2, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir
correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
67
MUNICÍPIO S.J.B.V.
MASCULINO FEMININO
TOTAL
F
F
%
F
%
%
ALTERNATIVAS
MUSCULAÇÃO
3
16,66
1
4,76
4
10,25
FUTEBOL
3
16,66
-
-
3
7,69
NATAÇÃO
6
33,33
5
23,80
11
28,20
GINÁSTICA
2
11,11
5
23,80
7
17,94
CAMINHADA
1
5,55
3
14,28
4
10,25
VOLEIBOL
1
5,55
2
9,52
3
7,69
CICLISMO
1
5,55
-
-
1
2,56
DANÇA
-
-
4
19,04
4
10,25
NENHUMA
1
5,55
1
4,76
2
5,12
TOTAL
18
99,97
21
99,96
39
99,95
Tabela 16 – Modalidade esportiva ou exercício físico pretendido
Os dados da tabela 16 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
33,33% a alternativa escolhida “NATAÇÃO”, com a mesma freqüência de 16,66% ficaram
as alternativas “MUSCULAÇÃO” e “FUTEBOL”, com 11,11% ficou a alternativa
“GINÁSTICA” e com a mesma freqüência de 5,55% ficaram as alternativas
“CAMINHADA”, “VOLEIBOL”, “CICLISMO” e “NENHUMA”.
Já em relação ao
feminino apareceram com a mesma freqüência de 23,80% as alternativas “NATAÇÃO” e
“GINÁSTICA”, com 19,04% ficou a alternativa “DANÇA”, com 14,28% ficou a alternativa
“CAMINHADA”, com 9,52% ficou a alternativa “VOLEIBOL”, com a mesma freqüência
de 4,76% ficaram as alternativas “MUSCULAÇÃO” e “NENHUMA”. Percebe-se no total
com 28,20% que a escolha recaiu sobre a alternativa “NATAÇÃO”, com 17,94% ficou a
alternativa “GINÁSTICA”, com a mesma freqüência de 10,25% ficaram as alternativas,
“CAMINHADA”, “MUSCULAÇÃO” e “DANÇA”, com a mesma freqüência de 7,69%
ficaram as alternativas “FUTEBOL” e “VOLEIBOL”, com 5,12% ficou a alternativa
“NENHUMA” e com 2,56% ficou a alternativa “CICLISMO”. Entre os participantes, 02
não responderam a questão e 01 das participantes não respondeu a questão.
68
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 31,35, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 14,1, n.g.l = 7, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma concentração na resposta
“Natação”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 53,10, valor que levou Ho
à rejeição (χ²c = 14,1, n.g.l = 7, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa
“Natação”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 28,52, valor que levou o
Ho à rejeição (χ²c = 12,6, n.g.l = 6, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração nas
alternativas “Natação e Ginástica”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,64
sugerindo uma tendência favorável, porém significativa, quanto à modalidade esportiva ou
exercício físico pretendido (rc = 0,60, n. = 9, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir
correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
69
80
70
60
50
MASCULINO
40
FEMININO
30
20
10
0
SIM
NÃO
Gráfico 1 – A prática do exercício físico
Os dados do gráfico 1 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
61,11% a alternativa escolhida “NÃO” e com 38,88% ficou a alternativa “SIM”. Já em
relação ao feminino apareceu com 75% a alternativa “NÃO”, e com 25% ficou a alternativa
“SIM”. Percebe-se no total com 67,64% que a escolha recaiu sobre a alternativa “NÃO” e
com 32,35% ficou a alternativa “SIM”. Dois respondentes afirmaram que a prática do
exercício físico é realizada sem o acompanhamento de um profissional da área de Educação
Física. Uma das respondentes afirmou que a prática do exercício físico é realizada com
acompanhamento de um profissional, porém sem especificar de que área.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 12,45, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma porcentagem alta na
resposta “Não pratico exercícios físicos”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi
igual a 4,93, valor que também levou Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05),
indicando uma concentração na alternativa “Não pratico exercícios físicos”. Na avaliação
intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 25, valor que levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l
= 1, n.sig. = 0,05), indicando também uma concentração na alternativa “Não pratico
exercícios físicos”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto à prática de exercícios físicos (rc = 0,75,
n. = 5, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir correlação entre as respostas dos
participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação Sanjoanense de Prevenção à
AIDS.
70
120
100
80
MASCULINO
60
FEMININO
40
20
0
A
A
DA
TE
ÃO
IC
ID
A
R
Ç
T
R
H
R
LA
ÁS
PO
IN
U
S
IN
CO
M
C
E
G
CA
US
M
Gráfico 2 – Tipo de exercício físico praticado
Os dados do gráfico 2 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
50% a alternativa escolhida “CAMINHADA”, com 18,75% ficou a alternativa
“ESPORTE”,
com
a
mesma
freqüência
de
12,50%
ficaram
as
alternativas
“MUSCULAÇÃO” e “CORRIDA” e com 6,25% ficou a alternativa “GINÁSTICA”. Já em
relação ao feminino apareceu com 100% a alternativa “CAMINHADA”. Percebe-se no total
com 55,55% que a escolha recaiu sobre a alternativa “CAMINHADA”, com 16,66% ficou a
alternativa “ESPORTE”, com a mesma freqüência de 11,11% ficaram as alternativas
“MUSCULAÇÃO” e “CORRIDA” e com 5,55% ficou a alternativa “GINÁSTICA”.
Uma das respondentes afirmou que o tipo de exercício físico praticado é hidroginástica
e terapia, e 13 das participantes não responderam a questão. Entre os participantes, 13 não
responderam a questão.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 82,21, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 9,49, n.g.l = 4, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma porcentagem alta na
resposta “Caminhada”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 60,14, valor
que também levou Ho à rejeição (χ²c = 9,49, n.g.l = 4, n.sig. = 0,05), indicando uma
concentração na alternativa “Caminhada”. No feminino o χ² foi 0, pois, somente duas
participantes escolheram a alternativa “Caminhada”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0, 77
sugerindo uma tendência favorável, porém não significativa, quanto ao tipo de exercício físico
praticado (rc = 0,75, n. = 5, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir correlação entre as
respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação Sanjoanense de
Prevenção à AIDS.
71
80
70
60
50
MASCULINO
40
FEMININO
30
20
10
0
PRAZER
NECESSIDADE
Gráfico 3-A – Objetivo do exercício físico praticado
Os dados do gráfico 3-A mostram, em relação aos participantes do sexo masculino,
com 63,63% a alternativa escolhida “NECESSIDADE” e com 36,36% ficou a alternativa
“PRAZER”. Já em relação ao feminino apareceu com 75% a alternativa “NECESSIDADE”,
e com 25% ficou a alternativa “PRAZER”. Percebe-se no total com 66,66% que a escolha
recaiu sobre a alternativa “NECESSIDADE” e com 33,33% ficou a alternativa “PRAZER”.
Entre as participantes, 12 não responderam a questão, e entre os participantes 08 não
responderam a questão.
Percebe-se, comparando o gráfico 1 - A prática de exercícios físicos, com o gráfico 3A Objetivo do exercício físico praticado, que apesar de 67,64% do total de pessoas
entrevistadas não praticarem exercício físico, 66,66% afirmaram que praticam por
necessidade.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 11,10, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma porcentagem alta na
resposta “Necessidade, é necessário praticar exercícios físicos”. Na avaliação intragrupos, no
masculino o χ²o foi igual a 7,43, valor que também levou Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1,
n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa “Necessidade, é necessário praticar
exercícios físicos”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 25, valor que levou
o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando também uma concentração na
alternativa “Necessidade, é necessário praticar exercícios físicos”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto ao objetivo do exercício físico (rc =
72
0,99, n. = 5, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem não existir correlação entre as respostas
dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação Sanjoanense de Prevenção à
AIDS.
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50
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MASCULINO
30
FEMININO
20
10
0
E
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DE
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D
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IZ
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G
L
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F
E
AN
EN
TR
NO
RM
AL
Gráfico 3-B – Sensação proporcionada pelo exercício
Os dados do gráfico 3-B mostram, em relação aos participantes do sexo masculino,
com a mesma freqüência de 25% as alternativas “FELICIDADE”, “TRANQUILIDADE”,
“ENERGIZAÇÃO” e “NORMAL”. Já em relação ao feminino, com a mesma freqüência de
50% ficaram as alternativas “TRANQUILIDADE” e “ENERGIZAÇÃO”. Percebe-se no
total com a mesma freqüência de 28,57% que as escolhas recaíram sobre as alternativas
“TRANQUILIDADE” e “ENERGIZAÇÃO”, e com a mesma freqüência de 21,42%
ficaram as alternativas “FELICIDADE” e “NORMAL”. Entre os participantes, 06 não
responderam a questão, e entre as participantes 14 não responderam a questão.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 2,04, valor que não levou Ho
à rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma ótima distribuição nas
respostas das “Sensações proporcionadas pelo exercício físico”. Na avaliação intragrupos, no
masculino o χ²o foi igual a 0, valor que também não levou Ho à rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3,
n.sig. = 0,05), indicando uma boa distribuição nas alternativas das “Sensações proporcionadas
pelo exercício físico”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 25, valor que
levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando também uma ótima
distribuição nas alternativas das “Sensações proporcionadas pelo exercício físico”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,8 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto à sensação proporcionada pelo exercício
73
físico (rc = 0,81, n. = 4, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir baixa ou mínima
correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
50
45
40
35
30
MASCULINO
25
FEMININO
20
15
10
5
0
SIM
NÃO
ÀS VEZES
Gráfico 4 – Motivação para realizar exercícios físicos
Os dados do gráfico 4 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
46,66% a alternativa escolhida “SIM” e com a mesma freqüência de 26,66% ficaram as
alternativas “NÃO” e “ÀS VEZES”. Já em relação ao feminino apareceu com 46,15% a
alternativa “SIM”, com 38,46% ficou a alternativa “ÀS VEZES” e com 15,38% ficou a
alternativa “NÃO”. Percebe-se no total com 46,42% que a escolha recaiu sobre a alternativa
“SIM”, com 32,14% ficou a alternativa “ÀS VEZES” e com 21,42% ficou a alternativa
“NÃO”.
Um dos respondentes afirmou que é de costume sentir-se motivado e outro afirmou
que se sente motivado porque o exercício físico faz bem para a saúde; 03 voluntários não
responderam a questão. Uma das respondentes afirmou que, por falta de tempo, somente às
vezes se sente motivada para realizar exercícios físicos. Outra respondente afirmou que o
exercício físico lhe faz bem, mas é preguiçosa, e por isso somente às vezes se sente motivada
para realizar exercícios físicos e 03 voluntárias não responderam a questão.
Percebe-se, comparando o gráfico 1 - A prática de exercício físicos, com o gráfico 4 –
Motivação para realizar exercícios físicos, que apesar de 67,64% do total de pessoas
entrevistadas não praticarem exercício físico, 46,42% afirmaram que sentem-se motivadas
para realizar exercícios físicos. Em comparação aos dados do gráfico 3-A - Objetivo do
exercício físico praticado, onde 66,66% do total de pessoas entrevistadas afirmaram praticar
74
exercícios físicos por necessidade, pode-se deduzir que a motivação para a prática pode vir
justamente dessa necessidade em se praticar exercícios físicos.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 9,44, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 5,99, n.g.l = 2, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma porcentagem alta na
resposta “Sim, me sinto motivado para praticar exercícios físicos”. Na avaliação intragrupos,
no masculino o χ²o foi igual a 8, valor que também levou Ho à rejeição (χ²c = 5,99, n.g.l = 2,
n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa “Sim, me sinto motivado para
praticar exercícios físicos”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 15,37,
valor que levou o Ho à rejeição (χ²c = 5,99, n.g.l = 2, n.sig. = 0,05), indicando também uma
concentração na alternativa “Sim, me sinto motivada para praticar exercícios físicos”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,87
sugerindo uma tendência favorável, porém significativa, quanto à motivação para realizar
exercícios físicos (rc = 0,87, n. = 3, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir uma
altíssima correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA –
Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
100
90
80
70
60
50
40
30
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10
0
MASCULINO
FEMININO
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O
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A
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FE
I
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Gráfico 5 – Visão sobre o exercício em relação aos benefícios para a saúde
Os dados do gráfico 5 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
93,75% a alternativa escolhida “IMPORTANTE” e com 6,25% ficou a alternativa
“INDIFERENTE”. Já em relação ao feminino apareceu com 93,33% a alternativa
“IMPORTANTE”, e com 6,66% ficou a alternativa “POUCO IMPORTANTE”. Percebese no total com 93,54% que a escolha recaiu sobre a alternativa “IMPORTANTE” e com a
mesma freqüência de 3,22% ficaram as alternativas “POUCO IMPORTANTE” e
75
“INDIFERENTE”. Entre os participantes, 02 não responderam a questão, e 01 das
participantes não respondeu a questão.
Percebe-se, comparando o gráfico 1 - A prática de exercício físicos, com o gráfico 5 –
Visão sobre o exercício em relação aos benefícios para a saúde, que apesar de 67,64% do total
de pessoas entrevistadas não praticarem exercício físico, 93,54% afirmaram que na sua visão
o exercício é importante em relação aos benefícios para a saúde.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos não foi realizado devido à altíssima
concentração na alternativa “Importante”. Na avaliação intragrupos, no masculino e no
feminino também houve uma alta concentração na alternativa “Importante”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,5 sugerindo
uma tendência não favorável, porém significativa, quanto à visão sobre o exercício físico em
relação aos benefícios para a saúde (rc = 0,87, n. = 3, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem
não existir correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA –
Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
120
100
80
MASCULINO
60
FEMININO
40
20
0
ÓTIMA
REGULAR
Gráfico 6 – Estado de saúde após a prática do exercício físico
Os dados do gráfico 6 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
76,92% a alternativa escolhida “ÓTIMA” e com 23,07% ficou a alternativa “REGULAR”.
Já em relação ao feminino apareceu com 100% a alternativa “ÓTIMA”. Percebe-se no total
com 84,21% que a escolha recaiu sobre a alternativa “ÓTIMA” e com 15,78% ficou a
alternativa “REGULAR”. Entre os participantes, 06 não responderam a questão e 01 das
participantes não respondeu a questão.
Percebe-se, comparando o gráfico 1 - A prática de exercício físicos, com o gráfico 6 –
Estado de saúde após a prática do exercício físico, que apesar de 67,64% do total de pessoas
76
entrevistadas não praticarem exercício físico, 84,21% afirmaram ter a percepção de que sua
saúde fica ótima após a prática do exercício físico.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 46,83, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma porcentagem alta na
resposta, “Ótima”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 28,99, valor que
também levou Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração
na alternativa, “Ótima”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 0, valor que
não levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando que houve 100% na
alternativa “Ótima”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto ao estado de saúde após a prática do
exercício físico (rc = 0,95, n. = 2, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir correlação
entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
70
60
50
40
MASCULINO
30
FEMININO
20
10
0
SEIS
MESES
MAIS DE UM MAIS DE
ANO
DOIS ANOS
CINCO
ANOS OU
MAIS
Gráfico 7 – Tempo de prática de exercícios físicos
Os dados do gráfico 7 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
50% a alternativa escolhida “CINCO ANOS OU MAIS”, com 33,33% ficou a alternativa
“SEIS MESES” e com a mesma freqüência de 8,33% ficaram as alternativas “MAIS DE
UM ANO” e “MAIS DE DOIS ANOS”. Já em relação ao feminino apareceu com 66,66% a
alternativa “MAIS DE UM ANO” e com 33,33% ficou a alternativa “SEIS MESES”.
Percebe-se no total com 40% que a escolha recaiu sobre a alternativa “CINCO ANOS OU
MAIS”, com 33,33% ficou a alternativa “SEIS MESES”, com 20% ficou a alternativa
“MAIS DE UM ANO” e com 6,66% apareceu a alternativa “MAIS DE DOIS ANOS”.
77
Entre os participantes, 08 não responderam a questão, e 15 das participantes não responderam
a questão.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 26,22, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma concentração na resposta
“Cinco anos ou mais”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 50,01, valor
que também levou Ho à rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), indicando uma
concentração na alternativa “Cinco anos ou mais”. Na avaliação intragrupos, no feminino o
χ²o foi igual a 11,10, valor que levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05),
indicando também uma altíssima concentração na alternativa das “Mais de um ano”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = -0,25
sugerindo uma tendência inversa, porém não significativa, quanto ao tempo de prática de
exercícios físicos (rc = 0,81, n. = 4, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem não existir
correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
60
50
40
MASCULINO
30
FEMININO
20
10
0
SIM
NÃO
Gráfico 8 – Desenvolvimento de Infecções Oportunistas (IO)
Os dados do gráfico 8 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
55,55% a alternativa escolhida “SIM” e com 44,44% ficou a alternativa “NÃO”. Já em
relação ao feminino apareceu com 53,33% a alternativa “SIM”, e com 46,66% ficou a
alternativa “NÃO”. Percebe-se no total com 54,54% que a escolha recaiu sobre a alternativa
“SIM” e com 45,45% ficou a alternativa “NÃO”. Uma das participantes não respondeu a
questão.
Percebe-se, comparando o gráfico 12 – Interferência da condição física nas ações
cotidianas com o gráfico 8 – Desenvolvimento de Infecções Oportunistas (IO), que apesar de
78
54,54% do total de pessoas entrevistadas já terem desenvolvido Infecções Oportunistas,
29,41% afirmam que somente às vezes a sua condição física interfere em suas ações
cotidianas. Diante desse quadro, não deveria ser descartada a hipótese de que as Infecções
Oportunistas não estariam interferindo diretamente na condição física de uma forma geral,
não sendo, portanto, o motivo para a não adesão a um programa de exercícios físicos.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 0,82, valor que não levou Ho
à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma ótima distribuição nas
respostas sobre “Desenvolvimento de Infecções Oportunistas”. Na avaliação intragrupos, no
masculino o χ²o foi igual a 1,22, valor que também não levou Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l =
1,
n.sig.
= 0,05),
indicando
uma distribuição
unânime
nas alternativas
sobre
“Desenvolvimento de Infecções Oportunistas”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o
foi igual a 0,44, valor que não levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05),
indicando também uma ótima distribuição nas alternativas sobre “Desenvolvimento de
Infecções Oportunistas”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto ao Desenvolvimento de Infecções
Oportunistas (rc = 0,95, n. = 2, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir correlação
entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
80
70
60
50
MASCULINO
40
FEMININO
30
20
10
0
SIM
NÃO
Gráfico 9 – Dificuldades em realizar determinadas atividades diárias
Os dados da tabela 9 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
72,22% a alternativa escolhida “NÃO” e com 27,77% ficou a alternativa “SIM”. Já em
relação ao feminino apareceu com 40% a alternativa “SIM”, e com 60% ficou a alternativa
79
“NÃO”. Percebe-se no total com 66,66% que a escolha recaiu sobre a alternativa “NÃO” e
com 33,33% ficou a alternativa “SIM”.
Um dos respondentes afirmou ter falta de ar na realização de determinadas atividades
diárias; outro afirmou ter falta de vontade e outro afirmou ter dificuldade para a caminhada.
Uma das respondentes afirmou ter dificuldades quando se esforça um pouco mais; outra
afirmou sentir dificuldades em andar e abaixar e outra afirmou sentir falta de ar e uma não
respondeu a questão.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 0,82, valor que não levou Ho
à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma ótima distribuição nas
respostas sobre “Dificuldades em realizar determinadas atividades diárias”. Na avaliação
intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 19,75, valor que levou Ho à rejeição (χ²c = 3,84,
n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa “Não, não tem
dificuldades em realizar determinadas atividades diárias”. Na avaliação intragrupos, no
feminino o χ²o foi igual a 4, valor que não levou o Ho à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. =
0,05), indicando uma ótima distribuição nas alternativas sobre as “Dificuldades em realizar
determinadas atividades diárias”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto às dificuldades em realizar
determinadas atividades diárias (rc = 0,95, n. = 2, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem
existir correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA –
Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
80
70
60
50
40
MASCULINO
30
FEMININO
20
10
0
SIM
NÃO
Gráfico 10 – Sensações de fadiga, indisposição geral ou dor na prática de exercícios
físicos
Os dados do gráfico 10 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
60% a alternativa escolhida “NÃO” e com 40% ficou a alternativa “SIM”. Já em relação ao
feminino apareceu com 55,55% a alternativa “NÃO”, e com 44,44% ficou a alternativa
“SIM”. Percebe-se no total com 58,33% que a escolha recaiu sobre a alternativa “NÃO” e
com 41,66% ficou a alternativa “SIM”. Entre os participantes, 03 não responderam a questão
e 07 das participantes não responderam a questão.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 2,77, valor que não levou Ho
à rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma ótima distribuição nas
respostas sobre “Sensações de fadiga, indisposição geral ou dor na prática de exercícios
físicos”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 4, valor que não levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma distribuição nas alternativas sobre
“Sensações de fadiga, indisposição geral ou dor na prática de exercícios físicos”. Na avaliação
intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 1,22, valor que não levou o Ho à rejeição (χ²c =
3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma ótima distribuição nas alternativas sobre as
“Sensações de fadiga, indisposição geral ou dor na prática de exercícios físicos”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto às sensações de fadiga, indisposição
geral ou dor na prática de exercícios físicos (rc = 0,95, n. = 2, n.sig. = 0,05). Esses resultados
sugerem existir correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da
ASPA – Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
81
25
20
15
MASCULINO
FEMININO
10
5
0
D
Ó
IO
E
SI
AN
DA
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E
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D
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Gráfico 11 – Sentimentos após o diagnóstico de portador de HIV
Os dados do gráfico 11 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
a mesma freqüência de 19,51% as alternativas escolhidas “DEPRESSÃO” e “ANGÚSTIA”,
com a mesma freqüência de 17,07% ficaram as alternativas “ANSIEDADE” e
“DESÂNIMO”, com 12,19% ficou a alternativa “ESTRESSE”, com 9,75% ficou a
alternativa “SOLIDÃO” e com 4,87% ficou a alternativa “ÓDIO”. Já em relação ao
feminino apareceu com 18,75% a alternativa “ANGÚSTIA”, com a mesma freqüência de
15,62% ficaram as alternativas “DEPRESSÃO”, “DESÂNIMO” e “ESTRESSE”, com
14,06% ficou a alternativa “ANSIEDADE”, com 12,5% ficou a alternativa “SOLIDÃO” e
com 7,81% ficou a alternativa “ÓDIO”. Percebe-se no total com 19,04% que a escolha recaiu
sobre a alternativa “ANGÚSTIA”, com 17,14% ficou a alternativa “DEPRESSÃO”, com
16,19% ficou a alternativa “DESÂNIMO”, com 15,23% ficou a alternativa “ANSIEDADE”,
com 14,28% ficou a alternativa “ESTRESSE”, com 11,42% ficou a alternativa “SOLIDÃO”
e com 6,66% ficou a alternativa “ÓDIO”.
Dois respondentes afirmaram não ter tido nenhum sentimento após o diagnóstico de
portador de HIV; outro afirmou sentir medo e outro não ter sentido absolutamente nada. Uma
das respondentes afirmou ter tido preconceito consigo mesma após o diagnóstico de portadora
de HIV; outra afirmou ter tido vontade de viver, dar a volta por cima, e outra afirmou ter tido
vontade de morrer.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 7,09, valor que não levou Ho
à rejeição (χ²c = 12,6, n.g.l = 6, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma ótima distribuição nas
respostas sobre “Sentimentos após o diagnóstico de portador de HIV”. Na avaliação
intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 12,83, valor que não levou Ho à rejeição (χ²c =
12,6, n.g.l = 6, n.sig. = 0,05), indicando uma distribuição nas alternativas sobre “Sentimentos
82
após o diagnóstico de portador de HIV”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual
a 4,90, valor que não levou o Ho à rejeição (χ²c = 12,6, n.g.l = 6, n.sig. = 0,05), indicando
uma ótima distribuição nas alternativas sobre aos “Sentimentos após o diagnóstico de
portadora de HIV”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,9 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto aos sentimentos após o diagnóstico de
portador de HIV (rc = 0,66, n. = 7, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir correlação
entre as respostas dos praticantes masculinos e femininos da ASPA – Associação Sanjoanense
de Prevenção à AIDS.
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Gráfico 12 – Interferência da condição física nas ações cotidianas
Os dados do gráfico 12 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
44,44% a alternativa escolhida “NUNCA” e com a mesma freqüência de 22,22% ficaram as
alternativas “MUITO” e “ÀS VEZES” e com 11,11% ficou a alternativa “POUCO”. Já em
relação ao feminino apareceu com 37,5% a alternativa “ÀS VEZES”, com 31,25% ficou a
alternativa “MUITO”, com 25% ficou a alternativa “POUCO” e com 6,25% ficou a
alternativa “NUNCA”. Percebe-se no total com 29,41% que a escolha recaiu sobre a
alternativa “ÀS VEZES”, com a mesma freqüência de 26,47% ficaram as alternativas
“MUITO” e “NUNCA” e com 17,64% ficou a alternativa “POUCO”.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 3,10, valor que não levou Ho
à rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma ótima distribuição nas
respostas sobre “Interferência da condição física nas ações cotidianas”. Na avaliação
intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 23,43, valor que levou Ho à rejeição (χ²c = 7,81,
n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa “Nunca”. Na avaliação
83
intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 4,90, valor que levou o Ho à rejeição (χ²c = 7,81,
n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa “Às vezes”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = - 0,15
sugerindo uma tendência inversa, porém significativa, quanto à interferência da condição
física nas ações cotidianas (rc = 0,81, n. = 4, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem não
existir correlação entre as respostas dos praticantes masculinos e femininos da ASPA –
Associação Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
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Gráfico 13-A – Ocorrência de efeitos colaterais do coquetel antiretroviral
Os dados do gráfico 13-A mostram, em relação aos participantes do sexo masculino,
com 68,75% a alternativa escolhida “NÃO” e com 31,25% ficou a alternativa “SIM”. Já em
relação ao feminino apareceu com 66,66% a alternativa “NÃO”, e com 33,33% ficou a
alternativa “SIM”. Percebe-se no total com 67,74% que a escolha recaiu sobre a alternativa
“NÃO” e com 32,25% ficou a alternativa “SIM”.
Um dos participantes não respondeu a questão, outro afirmou não fazer uso do
coquetel antiretroviral e uma das participantes afirmou não fazer uso do coquetel
antiretroviral.
Percebe-se, comparando o gráfico 1 – A prática do exercício físico com o gráfico 13-A
– Ocorrência de efeitos colaterais do coquetel antiretroviral, que apesar de 67,64% do total de
pessoas entrevistadas não praticarem exercício físico, 67,74% afirmaram que o coquetel
antiretroviral não apresenta efeitos colaterais que interfiram na capacidade de praticar
exercícios físicos ou qualquer outra tarefa, o que levanta a hipótese de que a inatividade física
não seria em decorrência dos efeitos colaterais do coquetel antiretroviral.
84
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 12,59, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma concentração na resposta
“Não”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 14,06, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa
“Não”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 11,10, valor que levou o Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração nas alternativas
sobre as “Não”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto às ocorrências de efeitos colaterais do
coquetel antiretroviral (rc = 0,95, n. = 2, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir
correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
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Gráfico 13-B – Efeitos colaterais do coquetel antiretroviral
Os dados do gráfico 13-B mostram, em relação aos participantes do sexo masculino,
com 37,5% a alternativa escolhida “NEUROPATIA”, com 25% ficou a alternativa
“SARCOPENIA” e com a mesma freqüência de 12,5% ficaram as alternativas
“LIPODISTROFIA”, “HIPERLIPIDEMIA” e “OSTEOPOROSE”. Já em relação ao
feminino
apareceram
“LIPODISTROFIA”
com
e
a
mesma
freqüência
“HIPERLIPIDEMIA”,
com
de
26,66%
20%
ficou
as
a
alternativas
alternativa
“NEUROPATIA”, com 13,33% ficou a alternativa “SARCOPENIA” e com a mesma
freqüência de 6,66% ficaram as alternativas “DIABETES” e “OSTEOPOROSE”. Percebese no total com 26,08% que a escolha recaiu sobre a alternativa “NEUROPATIA”, com a
85
mesma
freqüência
de
21,73%
ficaram
as
alternativas
“LIPODISTROFIA”
e
“HIPERLIPIDEMIA”, com 17,39% ficou a alternativa “SARCOPENIA”, com 8,69%
ficou a alternativa “OSTEOPOROSE” e com 4,34% ficou a alternativa “DIABETES”.
Uma das respondentes afirmou que, em virtude dos efeitos colaterais do coquetel
antiretroviral, sente dificuldades para a caminhada, pular cordas e outras atividades e outra
afirmou sentir muita dor nos braços e nas pernas.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 21,35, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 11,1, n.g.l = 5, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma concentração na resposta
“Neuropatia”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 35,99, valor que levou
Ho à rejeição (χ²c = 9,49, n.g.l = 4, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa
“Neuropatia”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 25,32, valor que levou o
Ho à rejeição (χ²c = 11,1, n.g.l = 5, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração nas
alternativas “Lipodistrofia e Hiperlipidemia”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,68
sugerindo uma tendência favorável, porém significativa, quanto aos efeitos colaterais do
coquetel antiretroviral (rc = 0,70, n. = 6, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem não existir
correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
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Gráfico 14 – Estado após o exercício físico
Os dados do gráfico 14 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
50% a alternativa escolhida “POUCO CANSADO”, com a mesma freqüência de 21,42%
ficaram as alternativas “CANSADO” e “MUITO CANSADO”, com 7,14% ficou a
alternativa “EXAUSTO”. Já em relação ao feminino apareceu com 57,14% a alternativa
86
“POUCO CANSADO”, com 28,57% ficou a alternativa “EXAUSTO” e com 14,28% ficou
a alternativa “MUITO CANSADO”. Percebe-se no total com 52,38% que a escolha recaiu
sobre a alternativa “POUCO CANSADO”, com 19,04% ficou a alternativa “MUITO
CANSADO” e com a mesma freqüência de 14,28% ficaram as alternativas “CANSADO” e
“EXAUSTO”.
Entre os participantes, 04 não responderam a questão e 09 das participantes não
responderam a questão.
Percebe-se, comparando o gráfico 1 – A prática do exercício físico com o gráfico 14 –
Estado de saúde após o exercício físico, que apesar de 67,64% do total de pessoas
entrevistadas não praticarem exercício físico, 52,38% afirmaram que ficam pouco cansados
após o exercício físico, levando à hipótese de que o cansaço físico não seria o único motivo
para a não realização de exercícios físicos.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 40,61, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma concentração na resposta,
“Pouco cansado”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 38,80, valor que
levou Ho à rejeição (χ²c = 7,81, n.g.l = 3, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na
alternativa, “Pouco cansado”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 28,55,
valor que levou o Ho à rejeição (χ²c = 5,99, n.g.l = 2, n.sig. = 0,05), indicando uma
concentração na alternativa, “Pouco cansado”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,65
sugerindo uma tendência favorável, porém significativa, ao estado após o exercício físico (rc
= 0,81, n. = 4, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem não existir correlação entre as
respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação Sanjoanense de
Prevenção à AIDS.
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Gráfico 15 – Disposição para desfrutar de momentos de lazer
Os dados do gráfico 15 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
83,33% a alternativa escolhida “SIM” e com 16,66% ficou a alternativa “NÃO”. Já em
relação ao feminino apareceu com 68,75% a alternativa “SIM”, e com 31,25% ficou a
alternativa “NÃO”. Percebe-se no total com 76,47% que a escolha recaiu sobre a alternativa
“SIM” e com 23,52% ficou a alternativa “NÃO”. A alternativa teatro, cinema, esporte,
dança, shows musicais, apresentações, eventos de lazer etc. foi escolhida por 11 participantes
do sexo masculino e 07 participantes do sexo feminino.
Percebe-se, comparando o gráfico 6 – Estado de saúde após a prática do exercício
físico e o gráfico 12 – Interferência da condição física nas ações cotidianas, com o gráfico 15
– Disposição para desfrutar de momentos de lazer, que apesar de 84,21% do total de pessoas
entrevistadas afirmarem que seu estado de saúde após a prática do exercício físico fica ótima,
29,41% afirmarem que somente às vezes a sua condição física interfere em suas ações
cotidianas e 83,33% afirmarem que têm disposição para desfrutar de momentos de lazer, é de
se pensar o motivo que leva 67,64% das pessoas entrevistadas a não terem o hábito de praticar
exercícios físicos conforme mostram os dados do gráfico 1 – A prática do exercício físico.
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 28,03, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma concentração na resposta
“Sim”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 44,45, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa
“Sim”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 14,08, valor que levou o Ho à
rejeição (χ²c = 3,84, n.g.l = 1, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração nas alternativas
sobre as “Sim”.
88
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 1 sugerindo
uma tendência favorável, porém significativa, quanto à disposição para desfrutar de
momentos de lazer (rc = 0,95, n. = 2, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir
correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
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Gráfico 16 – Modalidade esportiva ou exercício físico pretendido
Os dados do gráfico 16 mostram, em relação aos participantes do sexo masculino, com
33,33% a alternativa escolhida “NATAÇÃO”, com a mesma freqüência de 16,66% ficaram
as alternativas “MUSCULAÇÃO” e “FUTEBOL”, com 11,11% ficou a alternativa
“GINÁSTICA” e com a mesma freqüência de 5,55% ficaram as alternativas
“CAMINHADA”, “VOLEIBOL”, “CICLISMO” e “NENHUMA”.
Já em relação ao
feminino apareceram com a mesma freqüência de 23,80% as alternativas “NATAÇÃO” e
“GINÁSTICA”, com 19,04% ficou a alternativa “DANÇA”, com 14,28% ficou a alternativa
“CAMINHADA”, com 9,52% ficou a alternativa “VOLEIBOL”, com a mesma freqüência
de 4,76% ficaram as alternativas “MUSCULAÇÃO” e “NENHUMA”. Percebe-se no total
com 28,20% que a escolha recaiu sobre a alternativa “NATAÇÃO”, com 17,94% ficou a
alternativa “GINÁSTICA”, com a mesma freqüência de 10,25% ficaram as alternativas
“CAMINHADA”, “MUSCULAÇÃO” e “DANÇA”, com a mesma freqüência de 7,69%
ficaram as alternativas “FUTEBOL” e “VOLEIBOL”, com 5,12% ficou a alternativa
“NENHUMA” e com 2,56% ficou a alternativa “CICLISMO”. Entre os participantes, 02
não responderam a questão e 01 das participantes não respondeu a questão.
89
Em relação ao χ², na avaliação intergrupos χ²o foi igual a 31,35, valor que levou Ho à
rejeição (χ²c = 14,1, n.g.l = 7, n.sig. = 0,05), isto por que houve uma concentração na resposta
“Natação”. Na avaliação intragrupos, no masculino o χ²o foi igual a 53,10, valor que levou Ho
à rejeição (χ²c = 14,1, n.g.l = 7, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração na alternativa
“Natação”. Na avaliação intragrupos, no feminino o χ²o foi igual a 28,52, valor que levou o
Ho à rejeição (χ²c = 12,6, n.g.l = 6, n.sig. = 0,05), indicando uma concentração nas
alternativas “Natação e Ginástica”.
No cálculo da correlação de Spearman o resultado observado foi de ro = 0,64
sugerindo uma tendência favorável, porém significativa, quanto à modalidade esportiva ou
exercício físico pretendido (rc = 0,60, n. = 9, n.sig. = 0,05). Esses resultados sugerem existir
correlação entre as respostas dos participantes masculinos e femininos da ASPA – Associação
Sanjoanense de Prevenção à AIDS.
Em relação aos objetivos pontuados no item 1, que propunham analisar a percepção e
o comportamento dos portadores de HIV e AIDS a respeito da prática do exercício físico,
ficou demonstrado, conforme a pesquisa realizada, que a prática do exercício físico ainda não
recebe a devida atenção por parte dos entrevistados, já que apenas 32,35% afirmaram praticar
exercícios físicos, como demonstra o gráfico 1. Apesar disso, o gráfico 5 mostra que o
exercício, na visão dos entrevistados, é importante para se obter benefícios à saúde, com
93,54% dos participantes confirmando essa questão.
Sugere-se, então, que os portadores de HIV e AIDS adotem práticas positivas e
concretas em relação ao exercício físico, pois conforme o relato de Calabrese e LaPerriere
(1993 apud PALERMO e FEIJÓ, 2008), para pacientes assintomáticos não há restrições
quanto ao exercício, incluindo atividades competitivas de alta intensidade, e para indivíduos
que já apresentaram algum sintoma da AIDS, somente devem ser evitados esforços intensos
ou exaustivos.
Em relação aos objetivos específicos pontuados no item 2, os benefícios do exercício
físico para o portador de HIV e AIDS podem ser percebidos conforme o relato da 6Revista EF
(2008): entre os benefícios físicos conseguidos com o exercício destaca-se o ganho de força
muscular com o aumento da massa magra, aumento do apetite e consequente melhora da
digestão, melhora nos padrões de sono, melhora na aptidão cardiovascular, combate a
síndrome da lipodistrofia e o fortalecimento do sistema imunológico. Os resultados da
6
AIDS E ATIVIDADE FÍSICA. Revista EF. Rio de Janeiro, nº.28, p.20-22, jun 2008.
90
pesquisa mostram que, com a prática do exercício físico, 84,21% dos entrevistados ficam com
a saúde ótima.
Em relação aos objetivos específicos pontuados no item 3, identificou-se os processos
físicos da imunodeficiência (AIDS) e os efeitos colaterais da terapia antiretroviral que
comprometem a saúde dos portadores de HIV. De acordo com a pesquisa, 55,55% dos
entrevistados afirmam a ocorrência de infecções oportunistas (IO) pelo desenvolvimento da
AIDS, 32,25% afirmam que o coquetel antiretroviral já causou efeitos colaterais e 26,08%
afirmam que a neuropatia é o efeito colateral mais ocorrente.
Para Smeltzer e Bare (1999), os efeitos da infecção pelo HIV no organismo podem ser
anormalidades leves na resposta imune, sem sinais e sintomas evidentes, e a imunossupressão
associada com várias infecções oportunistas.
Segundo Palermo e Feijó (2003), a terapia antiretroviral altamente ativa (HAART),
também conhecida como coquetel anti-HIV, trouxe uma nova preocupação terapêutica pela
associação a distúrbios de ordem metabólica, como a resistência à insulina, o aumento do
colesterol e triglicérides e a lipodistrofia, todos vinculados ao risco de doenças
cardiovasculares. Outros distúrbios associados à terapia antiretroviral foram relatados, como a
osteopenia (perda de massa óssea) e a sarcopenia (perda de massa muscular), além de
distúrbios de ordem psicológica, como a depressão.
Em relação aos objetivos específicos pontuados no item 4, o exercício físico pode
melhorar não só a saúde física, mas também os aspectos psicológicos e sociais do portador de
HIV e AIDS, pois Weinberg (2001, p. 391) define o exercício como “uma modalidade
terapêutica capaz de intensificar os componentes de bem-estar subjetivo; portanto, ele deve
ser considerado uma terapia complementar para tratar as manifestações psicológicas e
emocionais associadas com um diagnóstico de HIV-positivo.”
O exercício físico é um agente facilitador de diversos aspectos psicológicos do
indivíduo (MATSUDO, 2001), como a melhora da auto-imagem, auto-conceito, auto-estima,
humor, imagem corporal, diminuição do estresse e da ansiedade, melhora das funções
cognitivas e da socialização.
A pesquisa mostra que, após o diagnóstico de HIV positivo, os entrevistados
desenvolveram sentimentos e estados psicológicos alterados, como a angústia (19,04%), a
depressão (17,14%), a ansiedade (15,23%) e o estresse (14,28%). De acordo com os
resultados da pesquisa, com a prática do exercício físico 28,57% dos entrevistados sentem-se
tranqüilos, 28,57% sentem-se energizados e 21,42% sentem-se felizes.
91
Especialmente entre as participantes da pesquisa, a inatividade física mostrou-se ainda
mais preocupante, necessitando de uma maior investigação maior acerca dos motivos que
levam a essa postura. Falta de tempo, preguiça e desmotivação foram alguns dos motivos
relatados na pesquisa para a não adesão a um programa de atividade física.
Embora tenham uma visão positiva em relação ao exercício físico, a sua prática parece
ainda não ser prioridade entre os portadores de HIV e AIDS. Algumas intervenções eficazes
poderiam ser realizadas, erradicando possíveis interferências negativas que impeçam a prática
do exercício físico. Programas de atividade física poderiam ser aplicados aos portadores de
HIV e AIDS assistidos pela ASPA, bem como a inserção de uma abordagem mais ampla dos
efeitos do exercício físico para o sistema imunológico e AIDS na disciplina de Atividade
Física para Grupos Especiais.
Nas palavras de Barbanti et al. (2002, p. 113):
A Educação Física é geralmente classificada como sendo parte das Ciências da
Saúde. O profissional dessa área, igualmente, é reconhecido como um agente
importante na promoção da saúde da população. Assim, definir e caracterizar saúde
contribui para que a Educação Física torne-se adequada e consolidada em suas
atividades acadêmicas e profissionais.
92
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho levou a algumas observações frente aos resultados obtidos através da
pesquisa e da revisão de literatura, sugerindo hipóteses a respeito da aplicação do exercício
físico para portadores de HIV e AIDS.
A prática de exercícios físicos ainda não é habitual entre os portadores de HIV e
AIDS, sobretudo entre as mulheres.
O sistema imunológico pode ser estimulado através da prática do exercício físico
moderado, com benefícios positivos para sua integridade.
Conclui-se que a infecção pelo HIV/AIDS constitui-se de séria questão de saúde
pública, e que o exercício físico é poderosa ferramenta terapêutica de apoio para portadores de
HIV e AIDS, devendo ser seriamente abordado como terapia de apoio, resgatando e mantendo
a saúde em todos os níveis (física, psicológica e social), sendo a Educação Física uma ciência
multidisciplinar que oferece recursos suficientes para a promoção da saúde através da
atividade física.
93
9. REFERÊNCIAS
AIDS E ATIVIDADE FÍSICA. Revista EF. Rio de Janeiro, nº.28, p.20-22, jun. 2008.
AIDS
NO
BRASIL.
Disponível
http://www.cantao.net/index_arquivos/AidsNoBrasil.htm. Acesso em 16 maio 2008.
em:
AUTO, H. J. F. Doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro: Revinter, 2002.
BARBANTI, V. J. Dicionário de educação física e do esporte. São Paulo: Manole, 1994.
BARBANTI, V. J. et al. Esporte e atividade física: interação entre rendimento e qualidade
de vida. Barueri: Manole, 2002.
BARBANTI, V. J. Treinamento físico: bases científicas. 3 ed. São Paulo: CLR Balieiro,
1996.
BATISTA, R. S.; GOMES, A. P. AIDS: conhecer é transformar. Petrópolis: Vozes, 2001.
BOCK, L.; TARANTINO, M. Os novos desafios. Revista Isto É. São Paulo, nº.1637, p.4850, 14 fev. 2001.
BOSSI, L. C. P. Ensinando musculação: exercícios resistidos. 2 ed. São Paulo: Ícone, 2001.
BOSSI, L. C. Musculação para o voleibol. São Paulo: Phorte, 2008.
BRITO, C. L. C. Consciência corporal: repensando a educação física. Rio de Janeiro: Sprint,
1996.
94
CARRARA, T. B. Importância da atividade física para portadores do vírus HIV. 2002.
35p. Monografia (Graduação) - Faculdade de Educação Física, Faculdade do Clube Náutico
Mogiano, Mogi das Cruzes, 2002.
CIENTISTAS CRIAM CÉLULAS ASSASSINAS PARA COMBATER HIV. Disponível em:
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/11/10/ult4432u1801.jhtm. Acesso em 10 nov.
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98
APÊNDICE - A
São João da Boa Vista, 19 de agosto de 2008.
CONVALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
Eu, professora Drª. Betânia Alves Veiga Dell’agli (Psicóloga), CRP número
06/51214-3, RG número MG 6.253.475, venho por intermédio do presente convalidar o
questionário do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), do aluno Fábio Luis Vilela Pereira,
RA número 13433-3, do Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino – FAE.
Por ser verdade firmo a presente convalidação.
________________________________________
Professora Drª Betânia Alves Veiga Dell’agli
99
APÊNDICE - B
CARTA DE AUTORIZAÇÃO PARA APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO
São João da Boa Vista, 27 de agosto de 2008.
Prezado Senhora,
Sílvia Maria Rodrigues Teixeira Valota
Diretora Municipal de Saúde de São João da Boa Vista
Venho por intermédio do presente solicitar a autorização de V.Sª. para a realização de
uma pesquisa de campo com os pacientes soropositivos desta conceituada Instituição. Informo
que a pesquisa obedecerá sigilo absoluto, principalmente por se tratar de um trabalho de
conclusão de curso – monografia, mesmo porque o nível universitário requer essa exigência.
É importante ressaltar que sou aluno do Centro Universitário das Faculdades Associadas de
Ensino – UNIFAE, do 4º ano diurno, com o tema O EXERCÍCIO FÍSICO COMO TERAPIA
DE APOIO PARA PORTADORES DE HIV/AIDS, sob a orientação e responsabilidade do
Professor Mestre Sebastião Álvaro Galdino. O resultado final dessa pesquisa poderá ser
divulgado na forma de artigo científico, sendo em jornal ou revista científica, além de
apresentação em congressos específicos da área da saúde.
Sem mais nada para o momento e esperando contar com o apoio de Vossa Senhoria,
deixamos aqui as nossas cordiais saudações.
Atenciosamente,
________________________________
Fábio Luis Vilela Pereira
Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino - UNIFAE
Largo Engenheiro Paulo de Almeida Sandeville, s/n.
São João da Boa Vista - SP
Tel: (19) 3623-3022 / 0800-173022
100
APÊNDICE – C
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
O EXERCÍCIO FÍSICO COMO TERAPIA DE APOIO PARA PORTADORES DE
HIV/AIDS
Objetivo: demonstrar as vantagens do exercício físico e como sua aplicação para o portador
de HIV pode ser benéfica, não apenas na questão da saúde física, mas na saúde como um
todo, ou seja, bem estar físico, mental e social.
Descrição dos procedimentos: após aplicado e devidamente respondido, o questionário será
tabulado com o propósito de se analisar a visão e o comportamento dos entrevistados em
relação à prática ou não de exercícios físicos, sendo este procedimento de caráter
investigativo.
Benefícios para o participante: não há benefício direto para o participante. Trata-se de
estudo experimental testando a hipótese de que o exercício físico é benéfico para o
entrevistado. Somente no final do estudo poderemos concluir a presença ou não de algum
benefício para os entrevistados.
Garantia de acesso: em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos profissionais
responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. O principal investigador
é o Professor Mestre Sebastião Álvaro Galdino, que pode ser encontrado no UNIFAE - Largo
Eng. Paulo de Almeida Sandeville, 15, telefone(s) 19-3623-3022 ou 0800-173022. Se você
tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) – Largo Eng. Paulo de Almeida Sandeville, 15 – Santo
André - São João da Boa Vista-SP – Telefone: 0800 17 30 22 – E-mail: [email protected].
É garantida a liberdade da retirada de consentimento: a qualquer momento e deixar de
participar do estudo, sem qualquer prejuízo à continuidade de seu tratamento na Instituição
(ASPA).
Direito de confidencialidade: as informações obtidas no questionário serão analisadas em
conjunto com outros questionários de outros pacientes, não sendo divulgada a identificação de
nenhum paciente.
Direito de ser mantido atualizado: sobre os resultados parciais das pesquisas, quando em
estudos abertos, ou de resultados que sejam do conhecimento dos pesquisadores.
Despesas e compensações: não há despesas pessoais para o participante em qualquer fase do
estudo, incluindo exames e consultas. Também não há compensação financeira relacionada à
sua participação.
Em caso de dano pessoal diretamente causado pelo procedimento o participante tem direito à
indenização legalmente estabelecida.
Compromisso do pesquisador de utilizar os dados coletados somente para esta pesquisa.
101
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que foram
lidas para mim, descrevendo o estudo O EXERCÍCIO FÍSICO COMO TERAPIA DE APOIO
PARA PORTADORES DE HIV/AIDS.
Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem
realizados, seus riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.
Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas. Concordo voluntariamente
em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes
ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu
possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste Serviço.
_____________________________________
Rubrica do paciente / representante legal
Data
____/____/____
Data
____/____/____
_____________________________________
Assinatura da testemunha
(para casos de pacientes menores de 18 anos, analfabetos, semi-analfabetos ou portadores de
deficiência auditiva ou visual).
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido
deste paciente ou representante legal para a participação neste estudo.
____________________________________
Assinatura do responsável pelo estudo
Data
____/____/____
102
APÊNDICE - D
QUESTIONÁRIO
O EXERCÍCIO FÍSICO COMO TERAPIA DE APOIO PARA PORTADORES DE
HIV/AIDS
Informamos ao respondente que será mantido sigilo absoluto quanto à resposta e ao
tratamento estatístico. Solicitamos a sua colaboração para o preenchimento deste questionário,
para que seja obtida uma pesquisa de campo para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso)
do aluno Fábio Luis Vilela Pereira, do 4º ano de Educação Física do Centro Universitário
UNIFAE, podendo ser interrompido quando se fizer necessário.
ATENÇÃO:

Não escreva seu nome no questionário.

Ficará garantido o seu anonimato nas respostas.

Suas respostas devem ser as mais verdadeiras e espontâneas possíveis.
Identificação
Sexo:
( ) Feminino ( ) Masculino
Idade: ____________ anos
Estado Civil:
( ) Casado(a) ( ) Solteiro(a)
( ) Divorciado(a)
( ) Viúvo(a) ( ) Outros
Grau de escolaridade:
( ) Não estudou
( ) Fundamental completo
( ) Fundamental incompleto
( ) Ensino Médio completo ( ) Ensino Médio incompleto
( ) Superior completo
( ) Superior incompleto
Outros:________________________
103
1 – Você pratica exercícios físicos?
( ) Sim
( ) Não
Com
o
auxílio
de
qual
profissional?_________________________________________________________________
Caso você não pratique, favor não responder as questões de número 2, 3, 6, 7, 10 e 14 .
2 – Que tipo de exercício físico você pratica?
( ) Caminhada
( ) Corrida
( ) Musculação
( ) Ginástica (aeróbica, localizada etc.)
( ) Esporte (futebol, voleibol, basquetebol, natação etc.)
Outros:_____________________________________________________________________
3 – Você pratica exercícios físicos por:
( ) Prazer
( ) Necessidade
E qual a sensação que o exercício lhe proporciona?
( ) Felicidade
( ) Tranqüilidade
( ) Energização
( ) Normal
4 – Você se sente motivado para realizar exercícios físicos?
( ) Sim
( ) Não
( ) Às vezes
Por quê?___________________________________
5 – Qual a sua visão sobre o exercício físico em relação aos benefícios para a sua saúde?
( ) Importante
( ) Pouco importante
( ) Não importante
(
) Indiferente
6 – Após a prática do exercício físico, você percebe que a sua saúde fica:
( ) Ótima
( ) Regular
( ) Ruim
( ) Não altera
104
7 – Há quanto tempo você pratica exercícios físicos?
( ) Seis meses
( ) Um ano
( ) Mais de um ano
( ) Mais de dois anos
( ) Cinco anos ou mais
8 – Você já desenvolveu Infecções Oportunistas (IO)?
( ) Sim
( ) Não
9 – Você percebe dificuldades em realizar determinadas atividades diárias?
( ) Sim
( ) Não Quais?___________________________________________________
10 – Você sente fadiga, indisposição geral ou dor quando pratica exercícios físicos?
( ) Sim
( ) Não
11 – Quais desses sentimentos você tem ou teve após saber que era portador de HIV?
Obs: você poderá escolher mais de uma alternativa.
( ) Ódio
( ) Ansiedade
( ) Depressão
( ) Solidão
( ) Angústia
( ) Desânimo
( ) Estresse
Outro:______________________________________________________________________
12 – A sua condição física interfere em suas ações cotidianas?
( ) Muito
( ) Pouco
( ) Nunca
( ) Às vezes
105
13 – O coquetel antiretroviral apresenta efeitos colaterais que interferem na sua capacidade de
praticar exercícios físicos ou qualquer outra tarefa?
( ) Sim
( ) Não
Quais?
( ) Sarcopenia (perda de massa muscular)
( ) Lipodistrofia (desvio anormal de gordura corporal)
( ) Hiperlipidemia (aumento da gordura corporal – colesterol e triglicérides)
( ) Neuropatia (doença do sistema nervoso – formigamento ou dormência de braços e pernas)
( ) Diabetes (aumento da glicose no sangue)
( ) Osteoporose (degeneração óssea)
Outros:_____________________________________________________________________
14 – Após o exercício físico, você fica:
( ) Pouco cansado
( ) Cansado
( ) Muito cansado
( ) Exausto
Outros:_____________________________________________________________________
15 –Você tem disposição para desfrutar de momentos de lazer?
( ) Sim
( ) Não
( ) Teatro, cinema, esporte, dança, shows musicais, apresentações, eventos de lazer etc.
Outros:_____________________________________________________________________
16 – Qual modalidade esportiva ou exercício físico que você gostaria de fazer?
Resposta:___________________________________________________________________
Muito obrigado por participar de minha pesquisa!
Fábio Luis Vilela Pereira
4º Educação Física – UNIFAE 2008
106
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o exercício físico como terapia de apoio para