VERDADES & MITOS
Trabalho realizado em 20/11/1006 por :
• Ane C.S.Ferreira *
• Carolline A.S. Ferreira *
*Alunas do Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional do
ISEG - UTL
http://www.akatu.org.br/media/florestas_greenpeace.jpg
ECOSSISTEMAS BRASILEIROS
• Pantanal. 80%
•
•
•
•
•
preservado
Mata Atlântica:
7%
Cerrado: 20%
Caatinga:20%
Pampas: 63%
Costeiros
PERGUNTINHAS
QUAL É A PORCENTAGEM DA FLORESTA AMAZÔNICA EM RELAÇÃO
AO CONJUNTOS DAS FLORESTAS TROPICAIS NO MUNDO?
a) + 50%
b) +57%
c) +73%
D)+ 40%
Representa mais de 40% do que sobra das florestas tropicais do planeta
Terra.
QUAL É A PORCENTAGEM DA AMAZÔNIA CONTINENTAL NA
SUPERFÍCIE MUNDIAL?
a) 9%
b)1%
c)5%
d)12%
Com seus 7,9 milhões de Km², a Amazônia continental representa 5%
da superfície terrestre do globo.
QUAL É A PORCENTAGEM DA AMAZÔNIA NO TERRITÓRIO
BRASILEIRO?
a)1/3
b)3/5
c)2/5
d)1)2
Ocupa cerca de 3/5 do Brasil, sendo que o país possui 60% de toda a sua
extensão.
A AMAZÓNIA É A MAIOR PROVÍNCIA MINERALÓGICA DO PLANETA?
a) Sim
b) Não
Na Amazónia se localiza o maior banco genético e a mais vasta província
mineralógica planetária, na qual ocorrem, entre outras, abundantes jazidas de
ouro, cassiterita e de minérios estratégicos de terceira geração, como o urânio, o
titânio, o nióbio, etc.
MAIS ALGUMAS CURIOSIDADES
• Oitenta países possuem florestas tropicais. O Brasil detém 1/3 das florestas
tropicais que sobram no mundo.
• 1/5 das reservas mundiais de água doce (dentre os 30 maiores rios da terra, 15
localizam-se na região)
• A região amazônica está habitada por 22 milhões de habitantes, entre eles cerca de
um milhão são indígenas
• Países amazônicos: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e
Venezuela
• A floresta amazônica é considerada a região do planeta com a maior diversidade
biológica
•A mais vasta província mineralógica planetária, na qual ocorrem, entre outras,
abundantes jazidas de ouro, cassiterita e de minérios estratégicos de terceira
geração, como o urânio, o titânio, o nióbio, etc.
•Pelo menos 10 mil extratos vegetais continuam sendo contrabandeados da
Amazônia para os EUA, Europa e Japão.
Cinco mitos sobre a região amazônica
• O primeiro propaga que ela é ocupada por uma vasta e homogênea floresta
•
•
tropical úmida. Na Amazônia estão os pontos culminantes do país, existem
climas variados e as imagens de satélite mostram um mosaico de ecossistemas:
vários tipos de florestas, campos cerrados,lavrados, dunas, áreas inundadas,
montanhas, mangues, igapó etc.
O segundo mito apresenta a Amazônia como uma floresta intacta e o pulmão do
mundo. A produção de oxigênio da Amazônia equivale ao seu consumo. Os
oceanos são os verdadeiros pulmões do planeta. E a floresta não é tão original:
com 14 mil anos já variou muito de extensão e lugar, em função de climas mais
secos, úmidos, frios ou quentes ao longo do Quaternário. Os índios mudaram
muito a vegetação, em particular, ampliando a área dos cerrados pelo uso
constante do fogo, por exemplo.
O terceiro mito considera a Amazônia despovoada, um território praticamente
vazio. Hoje vivem mais de 20 milhões de pessoas na Amazônia, sendo 65% nas
cidades. O PIB da região cresce mais que a média do país e ali encontra-se a
maior taxa de urbanização da nação. Imagens de satélite mostram a presença
humana em toda a região, com um crescimento sem precedentes das vilas e
cidades que já constituem mais de 1000 núcleos urbanos.
• O quarto mito apregoa a necessidade de mais leis para preservar a
Amazônia. Cerca de 1/3 da região está protegida sob o estatuto de
parques nacionais e estaduais, estações ecológicas, florestas
nacionais, áreas de preservação permanente, reservas extrativistas,
territórios indígenas etc. Na região, um agricultor só pode usar 20%
de suas terras, o resto devendo ficar preservado. Falta é
cumprimento da lei e leis compatíveis com a dinâmica local.
• O último mito foi aquele que anuncia o desaparecimento eminente
da floresta pelo desmatamento. Imagens de satélite mostram que, do
século XVI até hoje, 14% da floresta foi desmatada. Mantido o ritmo
atual seriam necessários dois séculos para eliminar a floresta. A área
desmatada é bem menor do que apregoa-se, sobretudo no exterior,
mas maior do que o necessário e desejado.O grande desafio na
Amazônia continua sendo o ordenamento territorial, cuja primeira
etapa é o tão esperado zoneamento ecológico-econômico.
Processo de Desertificação
• A Amazônia está agora enfrentando seu segundo ano sucessivo de seca, o
que leva à possibilidade de que ela possa começar a morrer no próximo ano.
• Segundo as conclusões de um recente Simpósio sobre o Rio Negro, o
aquecimento global e o desmatamento estam levando rapidamente a enorme
área florestal a seu “ponto limiar” ("tipping point"), para além do qual ela
começaria irreversivelmente a morrer.
• As águas dos rios da bacia amazônica baixam rotineiramente de 10 a 12
metros a mais que a maioria das marés do mundo, entre as estações úmidas e
secas. Mas no ano passado elas não pararam de baixar, na pior seca de que se
tem registro na história. Na Reserva Mamiraua, elas caíram 17 metros, 5 metros
abaixo do nível baixo usual e outras áreas foram afetadas ainda mais
intensamente .
• O desmatamento está secando a inteira floresta e associando-se às causas
dos furacões como os que assolaram os EUA e o Caribe.
•Até agora, algo como um quinto da floresta da Amazônia foi completamente
devastada. Outros 22% foram danificados pela ação das madeireiras, permitindo
ao sol atingir e secar o chão da floresta. A se somarem estes dois percentuais, o
total aproxima-se perigosamente dos 50%, número que os modelos
computacionais apontam como o “ponto limiar” ("tipping point") que marca a
morte da Amazônia.
Processo de Desertificação
As causas da estiagem na Amazônia dividiram a
comunidade científica.
• Houve cientistas que responsabilizaram a elevação da
temperatura dos oceanos, provocada pelo aquecimento
global, como origem da seca histórica. O fenômeno
também foi relacionado com os furacões de grande
intensidade que atingiram os Estados Unidos e a
América Central. O desmatamento também pode ter
contribuído para agravar a seca, porque a retirada das
árvores reduz a umidade do ar, por aumentar a
penetração da luz solar na vegetação.
• Outros cientistas dizem que secas severas são normais e
ocorrem em ciclos, independentemente do aquecimento
global.
Sempre o Dinheiro...
• O Grande Problema : Quem financiará os custos da preservação?
Os políticos brasileiros dizem que o país tem tantos outros
problemas prementes, que a destruição não será provavelmente
colocada sob controle, a menos que o mundo ajude a pagar pela
sobrevivência da floresta da qual ele também depende. Segundo os
cálculos de Hylton Philipson, um banqueiro britânico e ativista pelas
florestas tropicais, esta ajuda custará 60 bilhões de dólares (23 bilhões
de libras), menos de um terço do custo da guerra do Iraque.
A proposta do Brasil na 12ª Conferência das partes da Convenção
sobre Mudanças Climáticas (COP-12), a criação de um mecanismo de
incentivos para os países em desenvolvimento que reduzirem as
emissões de gases de efeito estufa provenientes da queima de
florestas. Segundo a proposta, os países que conseguirem reduzir
suas taxas abaixo do limite determinado, e por um certo período de
tempo, receberiam recursos internacionais proporcionais à redução
obtida.
Incêndios e Desmatamentos
• 1997 – Incêndio de Roraima, o pior já visto na região, cerca de 38-40 mil
quilômetros quadrados de área devastada.
Neste episódio, milhões de toneladas de gases do efeito estufa foram
liberadas para a atmosfera, aumentando a preocupação sobre a questão
do aquecimento global.
• Principais causas: A principal fonte para a ignição de grandes incêndios
na Amazônia é a pressão antrópica (humana) exercida nos ecossistemas
regionais, em especial os desmatamentos, para abertura de áreas
agrícolas, pastagens e exploração florestal por corte seletivo.
• Principal Problema atualmente: O cultivo da Soja está relacionado ao
aumento da demanda internacional pelo produto e às políticas estaduais
locais. O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), o maior
produtor de soja do mundo, é conhecido na região como o rei da soja.
Porto de Santarém
O desmatamento adentrou profundamente a floresta,
depois que a multinacional americana Cargill construiu há três
anos um gigantesco porto para o escoamento da soja em
Santarém, a 400 milhas (650 kms) de Manaus. Isto encorajou os
empresários
a
cortar
a
floresta
para
plantar
soja.
O Simpósio deslocou-se em massa para inspecionar o
dano causado por este porto: vastos campos de grãos destinados
a alimentar o gigantesco mercado de frangos na Europa,
avançando sobre áreas onde até recentemente havia floresta
virgem.
AQUECIMENTO GLOBAL
- 12ª Conferência das Partes da Convenção sobre Mudanças
Climáticas da ONU (COP-12)
06/12/06
•Estudos divulgados nos últimos dias pela ONU e pelo governo
britânico mostram que as emissões de gases provocadores do
efeito estufa voltaram a crescer
•O cenário político multilateral, no entanto, é sombrio. Além dos
vilões ambientais Austrália e Estados Unidos, que não assinaram o
Protocolo, agora também o Canadá abandonou na prática a busca
pelas metas estabelecidas. A posição desses governos faz com que
os setores mais à direita da política na União Européia e no Japão,
que assinam o Protocolo, pressionem para que seus países
também abandonem o acordo, pois estariam prejudicando seu
desenvolvimento econômico.
•A necessidade de se criar mecanismos que estimulem os países
mais pobres a cumprir efetivamente as metas do Protocolo é
encarada como urgência na COP-12.
PONTOS PRINCIPAIS DO COP-12
Fracos e Fortes - A localização da reunião influencia as
conferências. Os problemas que países vulneráveis, como os
africanos e as pequenas ilhas, enfrentarão devido à mudança
climática - e como os países ricos podem e devem ajudar entrarão na pauta.
Gigante Vermelho - A China promete divulgar uma proposta para
resolver sua principal fonte de emissão de gases do efeito estufa: a
monumental produção de energia baseada no carvão. Como é de
praxe no que se refere ao país, nenhum detalhe vazou até agora.
Primeiro Tempo - A primeira fase do Protocolo de Kyoto, quando
os países ricos devem diminuir em média 5,2% suas emissões de
gases do efeito estufa em relação ao índice de 1990, começa em
2008. Uma avaliação das Nações Unidas mostra que a emissão
cresceu entre 2000 e 2004, indicativo do árduo trabalho a ser feito.
Segundo Tempo - Ações mais restritivas para conter as emissões
devem ser tomadas na segunda fase do protocolo, que começa em
2013. Os debates ainda são informais, porém enérgicos. Além
disso, alguns países e, em especial, a União Européia, querem que
as nações em desenvolvimento, como Brasil e China, assumam
metas para redução de suas emissões. Hoje a carga de
responsabilidade sobre elas é mais leve.
Criação verde-e-amarela - A proposta de um mecanismo de
compensação por redução de desmatamento, que será
apresentado pelo Brasil, pode gerar interesse.
Exposição - O sucesso do documentário Uma Verdade
Inconveniente, do americano Al Gore, e a repercussão global do
relatório britânico sobre impactos econômicos do aquecimento
global põe a questão no centro das atenções. (Cristina Amorim/
Estadão Online)
PROPOSTA BRASILEIRA
• Compensação financeira para os países em
desenvolvimento que obtiveram redução no
desmatamento das florestas tropicais. Isso traria
recursos financeiros dos países ricos para nações,
como é o caso do próprio Brasil, que registrarem
reduções no desflorestamento. E, com isso,
criarem alternativas de desenvolvimento que não
causem a destruição das florestas e possam conter
o desmatamento a longo prazo.
INTERNACIONALIZAÇÃO DA
AMAZÔNIA
Em 1745, foi publicado um mapa, de autoria de um cientista francês,
que dava aos franceses de Caiena, uma extensa área do território
nacional amazônico.
Em 1845, foi patenteado o método de vulcanização da borracha,
iniciando-se o importante "ciclo da borracha", o que fez recrudescer a
cobiça norte-americana e européia, pois éramos o único país produtor
daquele precioso bem. Por isso, os EUA pretendiam incrementar o livre
comércio, a colonização e a imigração para a Amazônia.
Em 1861, Napoleão III, da França, propôs aos Estados Unidos, a venda
da Guiana Francesa (incluindo o Amapá) por 8 milhões de dólares,
transação recusada por aquele país, em face da Guerra da Secessão,
que preferiu a negociação do Alasca, comprado da Rússia, em 1867.
Em 1876, grande carga de sementes de seringueira foi-nos roubada
pelo inglês Henry Wickmann, e embarcada, clandestinamente, para a
Inglaterra.
Em 1940, Nelson Rockfeller criou um órgão de cunho
filantrópico, a "American International Association for
Economy and Social Development (AIA)" que enviou
diversas e suspeitas "missões religiosas" para a
Amazônia.
Em 1948, a UNESCO propôs a criação do Instituto
Internacional da Hiléia Amazônica, com o viso de orientar,
apoiar e difundir pesquisas científicas na região, sendo
previstas grandes desapropriações de terras, com a
conseqüente perda da jurisdição brasileira sobre elas. O
Congresso Nacional rejeitou, pela atuação do Deputado e
ex-Presidente Arthur Bernardes, o Tratado já firmado pelo
Brasil, pois o mesmo se constituía em mais uma tentativa
de ingerência estrangeira na Amazônia, para a
internacionalização
da
área.
Em 1975, foi proposta pelo então Secretário de Estado norte-americano, Henry Kissinger,
a criação de um "Banco Mundial de Matérias-Primas" para o controle global das mesmas.
Tal proposição foi rejeitada por vários países, inclusive o Brasil.
Em 1981, o "Conselho Mundial de Igrejas Cristãs", sediado na Europa, advogava a
transformação de tribos em "nações indígenas" e questionava a soberania do Brasil sobre
a Amazônia, tida como "patrimônio da humanidade". Tal Conselho ainda se faz atuante na
área, por intermédio de integrantes de missões religiosas, fiéis seguidores das idéias
internacionalistas por ele apregoadas.
Em 1989, uma comissão de parlamentares dos Estados Unidos veio ao Brasil para sugerir
a troca de parte de nossa dívida externa por projetos ecológicos ao encargo de ONGs
daquele país e da Europa. À época, o tema "ecologia" se alastrou pelo mundo, sendo
defendido por gradas autoridades dos países mais desenvolvidos, mesmo que em
detrimento da soberania de nações periféricas, detentoras de florestas tropicais, como o
Brasil, considerado sem competência para administrar e garantir a soberania nacional na
Amazônia.
Em 1991, o governo Collor, sob fortíssimas pressões internacionais, criou a Reserva
Indígena Ianomami. A Reserva envolve enorme faixa fronteiriça com a Venezuela, havendo
sérias preocupações pela formação de outra semelhante no lado venezuelano, sendo certa
a existência de tribos também da etnia ianomami, do outro lado da fronteira, as quais, se
interligadas, constituiriam um único e poderoso grupo étnico, com força para postular a
sua autonomia. Esta é desejada por estrangeiros, mercê, basicamente, das ricas
províncias mineralógicas que o subsolo da Reserva contém...
Em 1993, a "The Nature Conservancy", uma ONG norte-americana, desenvolveu
uma ampla campanha, de âmbito internacional, com o objetivo de angariar
fundos para a compra de terras na Amazônia e Pantanal brasileiros.
Em 1996, o governo brasileiro homologou contrato com a empresa americana
Raytheon Corporation para a implementação do SIVAM (Sistema de Vigilância
Aérea da Amazônia), após acirrada disputa com outra firma, de origem
francesa. É preciso, neste caso já concretizado, muita atenção para que tal
benemérito projeto seja, de fato, controlado pelo Brasil e não se torne para
estrangeiros, um meio de devassa de nosso potencial mineralógico, por
exemplo. Relembre-se que o SIVAM é um megaprojeto, com a finalidade de
permanente controle do tráfego aéreo amazônico, de vigilância das extensas
fronteiras, de combate ao narcotráfico e ao contrabando, de mapeamento de
recursos naturais (com vistas a um desenvolvimento racional e sustentável) e
de proteção ambiental.
Ainda em 1996, o governo sancionou lei que reformou o Código de Propriedade
Industrial e o Registro de Patentes. Entendidos do assunto alertaram e
continuam alertando para a ambição internacional, pois corremos o risco de
nos tornar dependentes de empresas transacionais que já vêm explorando a
biodiversidade amazônica, pela biopirataria, com grande prejuízo e
desnacionalização de nossas indústrias farmacêutica e agroquímica. Aduza-se
que da rica Amazônia provêm 25% de todas as essências farmacêuticas a
serem industrializadas no mundo inteiro...
Invasão Norte-Americana
• Nos dias atuais, bases dos EUA cercam a
Amazônia e o Pantanal, através de bases
nos países fronteiriços.
•Existem 20 guarnições norte-americanas,
tais guarnições ("forward bases"), num
total de quinze mil homens, são divididas
em bases aéreas e de radar e distribuídas
do Equador ao Paraguai.
BIOPIRATARIA
• A Biopirataria não é apenas o contrabando de diversas formas de
vida da flora e fauna mas principalmente, a apropriação e
monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais
no que se refere ao uso dos recursos naturais.
• registros de patentes e marcas recentes, ainda pouco conhecidos,
tais como Cupuaçu, Açaí, Andiroba, Ayahuasca e Copaíba que
consideramos preocupantes no tocante aos impactos negativos
tanto para as comunidades tradicionais que querem comercializar
seus produtos, quanto para as propostas de políticas públicas
pautadas no desenvolvimento sustentável da região Amazônica.
O caso Cupuaçu
• O Cupuacu (Theobroma Grandiflorum) é uma árvore de porte pequeno a
médio que pertence à mesma família do Cacau e pode alcançar até 20 metros
em altura. A fruta de Cupuaçu foi uma fonte primária de alimento na floresta
Amazônica tanto para as populações indígenas, quanto para os animais. Essa
fruta tornou-se conhecida por sua polpa cremosa de sabor exótico. A polpa é
usada no Brasil inteiro e no Peru para fazer sucos, cremes de sorvete, geléia e
tortas. Amadurece nos meses chuvosos de janeiro a abril e é considerada uma
delicadeza na culinária de cidades sul americanas onde a demanda ultrapassa
o estoque.
Cupulate - Invenção de empresas Japonesas e Americanas?
Existem várias patentes sobre a extração do óleo da semente do
cupuaçu e a produção do chocolate de cupuaçu .
Quase todas as patentes registradas pela empresa ASAHI Foods Co.,
Ltd. De Kyoto, Japão.
O suposto inventor, Sr. Nagasawa Makoto é ao mesmo tempo diretor da
Asahi Foods e titular da empresa americana "Cupuacu International
Inc.", que possui outra patente mundial sobre a semente do Cupuaçu.
BIOPIRATARIA NA AMAZÔNIA – LINKS
GRAIN (Ação Internacional pelos Recursos Geneticos) (espanhol/francês/inglês)
Biodiversidad en América Latina (espanhol)
RAFI / etcgroup (Action Group on Erosion, Technology and Concentration)
(inglês/espanhol)
CIEL (Centro de Direito Ambiental Internacional) (inglês)
Declaração de Berna (espanhol/inglês)
IPBN (Indigenous Peoples Biodiversity Information Network) (inglês)
Third World Network (inglês)
Trade observatory (inglês)
CIPR (Comission on intellectual property rights) (inglês)
Convenção sobre Diversidade Biologica (espanhol/inglês)
COICA (Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica) (espanhol)
Com Ciencia - revista electrônica de Jornalismo Científico
Pagina da Senadora Marina Silva
Marina Silva:Biodiversidade - Oportunidade e Dilema (inclui a Carta de São Luis do
Maranhão )
Homepage do Workshop "Cultivando Diversidade" - maio 2002, Rio Branco AC
Espacenet - banco de dados sobre patentes (inglês/ alemão/françês/italiano)
OMPI - Organisação mundial da Propriedade intelectual (epanhol/inglês...)
OAMI - marcas registradas na União Européia (espanhol/francês/inglês/italiano)
USPTO - marcas registradas nos EUA (inglês)
INPI Instituto Nacional da Propriedade industrial (português)
Resposta de Cristóvão Buarque
Fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da
Amazônia, durante um debate, nos Estados Unidos. O jovem introduziu
sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não
de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a
ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha. De
fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a
internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse
patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o
risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a
sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem
importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada,
internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.
O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a
Amazônia é para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas
sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e
subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar
esse imenso patrimônio da humanidade.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres
humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de
um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado
pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos
deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros
na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de
todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer
apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas
peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse
patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, possa ser
manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro
de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido
internacionalizado.
Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas
reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram
dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.
Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas,
deveria ser internacionalizada.
Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade.
Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro,
Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua
história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os
EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la
nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais
nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são
capazes de usar essas armas, provocando uma destruição
milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas
feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA
têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais
do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida
para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de
ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não
importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece
cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia.
Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um
patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem
quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a
Amazônia seja nossa. Só nossa.
BIBLIOGRAFIA
www.ibama.gov.br
http://agenciacartamaior.uol.com.br
http://www.amazoniabrasil.org.br
http://www.herbario.com.br/
http://www.ibama.gov.br/
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http://www.embrapa.gov.br/
http://www.rainforestcoalition.org/
http://www.gta.org.br/
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AMAZÔNIA - Adelino Torres