A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
- ESTUDO DE CASO NA EMPRESA GRANDE RIO HONDA EM
PALMAS – TOCANTINS
Aldeano da Conceição¹
Leonardo Vogado Torres Coelho¹
Ronaldo Pereira Torres¹
Samio Pereira de Sousa¹
José Lopes Soares Neto²
PALMAS – TO
2011
¹Graduando do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental. E-mail: [email protected].
[email protected]²Professor Orientador José Lopes Soares Neto. E-mail: [email protected]
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A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
- ESTUDO DE CASO NA EMPRESA GRANDE RIO HONDA EM
PALMAS - TOCANTINS
Aldeano da Conceição¹
Leonardo Vogado Torres Coelho¹
Ronaldo Pereira Torres¹
Samio Pereira de Sousa¹
José Lopes Soares Neto²
RESUMO
Este trabalho objetivou mostrar a importância da implementação de um Sistema de
Gestão Ambiental (SGA) dentro de empresas, bem como realizar um estudo de caso
sobre a relevância do SGA, utilizando para tanto o modelo da concessionária Grande
Rio Honda na cidade de Palmas - Tocantins e propor melhorias. Tendo em vista que a
Gestão Ambiental está ganhando cada vez mais importância por parte das empresas,
foram realizadas pesquisas descritivas e exploratórias para garantir o sucesso deste
estudo. Foi levantado também o potencial em termos de periculosidade ao meio
ambiente. Este estudo contemplou um apanhado a nível de país, do histórico ambiental,
como começou a ser implantado o Sistema de Gestão Ambiental, seus benefícios e
adequação à norma ISO 14001, visando à minimização dos impactos causados ao meio
biótico, abiótico e antrópico e a sustentabilidade do planeta.
Palavras-Chaves: Sustentabilidade, Gestão Ambiental, Empresas.
ABSTRACT
This paper discusses the importance of implementing an Environmental Management
System (EMS) within companies as well as perform a case study on the relevance of the
EMS, using both the model of the Great River Honda dealership in Palmas - Tocantins
and propose improvements. Considering that the Environmental Management is
becoming increasingly important for companies, were descriptive and exploratory
investigations to ensure the success of this study. Was also raised in terms of the
potential hazard to the environment. This study includes an overview at the country
level, the historic environment, as it began to be deployed the Environmental
Management System, its benefits and suitability to ISO 14001, aiming at minimizing
the impacts to the biotic, abiotic and human environments and sustainability of planet.
Keywords: Sustainability, Environmental Management, Corporate.
3
1.0 INTRODUÇÃO
Durante todo o processo de industrialização em todo o mundo, os recursos
naturais foram explorados de forma desordenada, ocasionando efeitos negativos ao
meio ambiente e ao homem. Inicialmente foram constatados grandes problemas
ambientais e eventos nacionais para se discutir a questão ambiental (NASCIMENTO,
2008).
Segundo Moura (2008), na década de 60 ocorreu mortes de pássaros e outros
animais em uma fazenda, que teriam sido exterminados pelo uso do DDT (Diclorodifenil-tricloroetano), que posteriormente contribuiu para a proibição do DDT nos
Estados Unidos. Na década de 70 além de outros problemas ambientais no mundo,
ocorreram também grandes eventos como a Conferência das Nações Unidas para o
Meio Ambiente, em Estocolmo, que impulsionou a Educação Ambiental no mundo e
ampliaram a discussão sobre a questão ambiental.
Todos
esses
acontecimentos
contribuíram
significativamente
para
a
implementação sistematizada de processos de Gestão Ambiental, que tem sido uma das
respostas das empresas a este conjunto de pressões, em busca de uma industrialização
mais sustentável. A ocorrência de acidentes ambientais significativos foi decisiva para a
criação de legislações mais restritivas e de ações dentro das empresas, determinando um
maior controle sobre suas atividades potencialmente poluidoras (CERUTI E SILVA,
2009).
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) pode ser definido como um conjunto de
procedimentos para gerir ou administrar uma organização, de forma a obter o melhor
relacionamento com o meio ambiente (NASCIMENTO, 2008).
Objetivou-se com esse estudo mostrar a importância da implementação de um
Sistema de Gestão Ambiental dentro da empresa Grande Rio Honda em Palmas Estado
do Tocantins, avaliar a concessionária segundo os princípios da norma ISO 14001 e
propor ajustes no Sistema de Gestão Ambiental que foi implantado na empresa, visando
a minimização dos danos causados ao meio biótico, abiótico e antrópico e enfatizando
os benefícios relacionados à empresa e ao meio ambiente.
2.0 REFERENCIAL TEÓRICO
4
2.1 Histórico Ambiental
Após a segunda guerra mundial, foi priorizada a reconstrução dos países que
sofreram grandes perdas e a consciência ecológica se torna incipiente. Já em 1972, em
Estocolmo na Suécia, ocorreu a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente,
que reuniu 113 países, foi também na década de 70 que surgiu o conceito de
“desenvolvimento sustentável”, que permite a utilização dos recursos naturais de que
temos necessidade hoje, para permitir uma boa qualidade de vida, porém sem
comprometermos a utilização desses mesmos recursos pelas gerações futuras (MOURA
2008).
Também na década de 70, passou a ser exigida, nos Estados Unidos a realização de
Estudos de Impacto Ambiental (EIA), como um pré-requisito à aprovação de
empreendimentos potencialmente poluidores. Trata-se de uma medida preventiva que
pode impedir a aprovação da construção desses empreendimentos.
Na década de 80 segundo Moura (2008) foi marcado como sendo aquela que
surgiram em grande parte dos países leis regulamentadora de atividades industriais
concernentes à poluição. Também nesta década teve o formalismo de Estudos de
Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto sobre o Meio Ambiente (EIA-RIMA), com
audiências públicas e aprovação de licenciamentos ambientais. No Brasil a Lei nº 6.938,
de 31 de agosto de 1981 que estabeleceu a Política Nacional para o Meio Ambiente,
entre as medidas adotadas está à exigência do estudo de impacto ambiental e o
respectivo relatório (EIA/RIMA) para a obtenção de licenciamento em qualquer
atividade modificadora do meio ambiente.
Nesta
década
de
80
ocorreram
muitos
acidentes
que
impactaram
representativamente o meio ambiente. Podem ser mencionados e historicamente
descritos: Acidente de Chernobyl, na União Soviética, hoje Ucrânia em 29 de Abril de
1986, ocorreu uma enorme explosão do reator quatro da Usina Nuclear de Chernobyl.
Outro acidente radioativo que ocorreu no Brasil, em setembro de 1987, em Goiânia,
uma fonte radioativa utilizada em uma clínica de tratamento de câncer (desativada), teve
destino um ferro-velho, onde o dono do ferro-velho expôs o material radioativo, Césio-
5
137. Ocorreu um vazamento de 11 milhões de petróleo cru do navio-petroleiro Exxon
Baldez no Alasca, em 24 de março de 1989.
Esses foram exemplos significantes para mostrar que de fato o mundo necessitava
de um modelo diferenciado de se trabalhar na indústria e de se ter cuidado com resíduos
sólidos sendo estes muitas vezes infectantes, indústrias sem a utilização de medidas
preventivas e resíduos descartados de formas inadequadas facilitam a contaminação de
nossos recursos naturais e a contaminação direta ou indireta dos seres vivos como um
todo.
Na década de 90, houve um grande impulso com relação à consciência ambiental.
Como um evento muito importante, cita-se a Conferencia das Nações Unidas sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de junho de 1992,
também como Cúpula da Terra, Rio 92, ou Eco 92. Segundo Junior (1998) a Rio 92
trouxe o compromisso com o desenvolvimento sustentável, o tratado da Biodiversidade
e o acordo para a eliminação gradual do CFC’s.
2.2 A Questão Ambiental na Empresa
Com a gestão ambiental ganhando importância, as empresas constataram que
demonstrar qualidade ambiental é um item considerado importante por seus clientes
sendo hoje as pessoas mais informadas e motivadas para o assunto. Como estudado no
histórico ambiental as empresas passou a se ter uma preocupação com a questão
ambiental, a partir de problemas ocasionados ao meio ambiente a sociedade passou a
cobrar mais competência e ética das organizações para minimizar danos à natureza, que
consequentemente afetava a coletividade.
De acordo com Donaire (1999), hoje a sociedade tem preocupações ecológicas, de
segurança, de proteção e defesa do consumidor, de defesa dos grupos minoritários, de
qualidade dos produtos, isso tem pressionado as organizações em seus procedimentos
administrativos e operacionais.
Uma vez entendida a evolução da questão ambiental, sua relação com o ramo
empresarial e os principais problemas que afetam a humanidade, pode-se definir “gestão
ambiental” segundo Junior (1998) como a forma em que uma organização administra as
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relações entre suas atividades e o meio ambiente que as abriga, observadas as
expectativas das partes interessadas.
A implementação sistematizada de processos de Gestão Ambiental tem uma das
respostas das empresas a este conjunto de pressões. Donaire p. 23 (1999) cita:
“A preocupação de muitas organizações com o problema da poluição tem
feito com que elas reavaliem o processo produtivo, buscando a obtenção de
tecnologias limpas e o reaproveitamento dos resíduos. Isso tem propiciado
vultosas economias, que não teriam sido obtidas se elas não tivessem
enfocado este problema”.
Diante disso, muitas organizações passaram gradualmente a incluir na gestão de
seus negócios a dimensão ecológica. Neste contexto destaca-se segundo Donaire (1999)
benefícios econômicos e estratégicos nos processos de Gestão Ambiental empresarial.
Benefícios Econômicos
Economia de custos
• Economias devido à redução do consumo de água, energia e outros insumos.
• Economia devida à reciclagem venda e aproveitamento de resíduos e diminuição
de efluentes.
• Redução de multas e penalidades por poluição.
Incremento de receitas
•
Aumento da contribuição marginal de “produtos verdes” que podem ser
vendidos a preços mais altos.
•
Aumento da participação no mercado devido à inovação dos produtos e menos
concorrência.
•
Linhas de novos produtos e para novos mercados.
Benefícios Estratégicos
•
Melhoria da imagem institucional.
7
•
Renovação do “portfólio” de produtos.
•
Aumento da produtividade.
•
Alto comprometimento do pessoal.
•
Melhoria nas relações de trabalho.
•
Melhoria e criatividade para novos desafios.
•
Melhoria das relações com os órgãos governamentais, comunidade e grupos
ambientalistas.
•
Acesso assegurado ao mercado externo.
•
Melhor adequação aos padrões ambientais.
2.3 ISO 14001 - Sistema de Gestão Ambiental
Tendo como finalidade a prevenção dos danos ambientais em razão dos processos
produtivos e dos produtos colocados no mercado, a empresa parte em busca de sua
certificação na norma ISO 14001, através de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA).
A Norma ISO 14001, de acordo com Silva et al especifica requisitos relacionados ao
SGA, permitindo que a empresa formule sua política ambiental e elabore seus objetivos
e metas ambientais, levando em consideração os requisitos legais e as informações
referentes aos seus impactos ambientais significativos que podem ser controlados.
As empresas com objetivos específicos de controle de poluição, minimização de
impactos ao meio ambiente, bem como a otimização do uso de recursos naturais,
controle do uso da água, energia dentre outros insumos. Uma das melhores formas de
gerenciamento ambiental tem sido a implementação de um Sistema de Gestão
Ambiental, segundo as normas internacionais da Série ISO 14000, visando certificação,
NICOLELLA (2004).
Historicamente a Norma ISO 14000, foi fortemente inspirada na norma inglesa
BRITISH STANDARD 7750, Specification for Environmental Management Systems
(Especificação para Sistemas de Gerenciamento Ambiental), lançada em caráter
8
experimental em 1992 e teve sua edição definitiva publicada em 1994 e ao ser emitido a
ISO 14001 a BS 7750 foi cancelada, Moura (2008).
Para a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental segundo Nicolella
(2004) o primeiro passo deve a formalização por parte da direção da empresa, perante
sua corporação do deseja da organização adotar um SGA, deixando claro suas intenções
e enfatizando seus benefícios.
De acordo com Nicolella (2004) as etapas de implantação de um SGA seguem:
Princípio 1. Política Ambiental
Nada mais é do que a declaração da organização, expondo suas intenções e
princípios em relação ao seu desempenho ambiental global, que provê uma estrutura
para a ação e definição dos seus objetivos e metas ambientais.
Princípio 2. Planejamento
A Série ISO 14001 recomenda que a organização formule um plano para cumprir
sua Política Ambiental. Este plano deve incluir os seguintes tópicos: aspectos
ambientais, requisitos legais e outros requisitos, objetivos e metas; e programas de
gestão ambiental.
1) Aspectos Ambientais
O objetivo desse item é a empresa fazer um levantamento de todos os impactos
ambientais significativos, reais e potenciais relacionados com suas atividades, produtos
e serviços.
2) Requisitos legais e outros requisitos
Destacam-se o atendimento a legislação, normas ambientais aplicáveis e outros
requisitos ambientais. Nesta etapa, são definidos critérios para o cadastramento e a
divulgação da legislação ambiental, dos códigos de conduta aplicáveis a situações
específicas da empresa, e dos compromissos ambientais assumidos pela corporação.
3) Objetivos e metas
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Esta etapa está relacionada aos objetivos e metas a serem alcançados em um
determinado período de tempo além de seguir criteriosamente as fases do
planejamento.
4) Programas de Gestão Ambiental
Deve ser entendido pela empresa como um roteiro para implantar e manter um
sistema de gestão ambiental que permita alcançar os objetivos e metas previamente
definido. Deve conter cronograma de execução, recursos financeiros, definição de
responsabilidade e prazo para o alcance de objetivos e metas.
Princípio 3. Implementação e Operação
Esse princípio recomenda que para que haja uma efetiva implantação da Série ISO
14001 é necessário atender o que está previsto em sua política, metas e objetivos.
1) Estrutura Organizacional e Responsabilidade
Esse sistema é definido pelas funções, responsabilidades e autoridades que devem
ser definidas, documentadas e comunicadas, a fim de facilitar uma gestão ambiental
eficaz. A administração deve fornecer recursos humanos, logísticos, tecnológicos e
financeiros. Essenciais para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental.
2) Treinamento, Conscientização e Competência
A empresa deve proporcionar aos seus empregados a conscientização da
importância e responsabilidade de atingir a conformidade com a política ambiental, em
avaliar os impactos ambientais reais e potenciais, os benefícios ao meio ambiente e ao
trabalhador.
3) Comunicação
A empresa deve manter procedimentos de comunicação interna e externa. A
empresa deve receber documentar e responder toda documentação recebida pela parte
externa interessantes no aspecto ambiental e no sistema de gestão ambiental. A
documentação
interna
deve
ser
em
comunicação
dos
funcionários
sobre
questionamentos, sugestões, ou reclamações sobre aspectos ambientais. Quanto a
10
comunicação externa é de extrema importância que o procedimento especifique como a
documentação é recebida (por quem, o que é feito, quando, onde), como as informações
são repassadas (por quem, para quem, em que prazo), quem prepara e quem envia a
resposta aos questionamentos das partes interessadas. Junior (1998).
4) Documentação do Sistema de Gestão Ambiental
A documentação deve ser compreendida pelo público interno e externo, na qual a
empresa mantém relações. Recomenda-se que a empresa defina os vários tipos de
documentos, estabeleça e especifique os procedimentos e controle a eles associados.
5) Controle de Documentos
Os documentos devem obedecer a procedimentos para seu controle, de maneira que
toda a documentação possa ser localizada, analisada e periodicamente atualizada quanto
à conformidade com os regulamentos, leis e outros critérios ambientais assumidos pela
empresa.
6) Controle Operacional
No Controle operacional a empresa deve identificar as operações e atividades
potencialmente poluidoras. Esse controle visa garantir o desempenho ambiental da
empresa, deve ser realizado abordando as principais atividades que impliquem em
controle ambiental: resíduo, efluente líquidos, emissões atmosféricas, consumo de água
e energia.
7) Preparação e atendimento a emergências
A organização deve manter mecanismos que possam ser acionados em caso de
emergência e eventos não controlados. Isso implica em identificar as possíveis situações
emergenciais, definir formas de mitigar impactos ambientais e treinar periodicamente
uma brigada de emergência.
Princípio 4. Verificação e Ação Corretiva
Este item da norma cria condições para verificar se a empresa está de acordo com o
programa de gestão ambiental previamente definido, trata as medida preventivas,
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identifica aspectos não desejáveis e mitiga quaisquer impactos negativos. A Verificação
e Ação Corretiva são orientadas por quatro etapas do processo de gestão ambiental:
Monitoramento e Medição, Não-conformidade e Ações Corretivas e Preventivas,
Registros e Auditoria do SGA.
1) Monitoramento e Medição
O sistema deve prevê as ações de monitoramento e controle para verificar a
existência de problemas e formas de corrigi-los. O estabelecimento de medidas e o
acompanhamento do desempenho ambiental da empresa são ferramentas úteis no
sentido de gerenciar as atividades ambientais, principalmente aquelas consideradas
estratégicas.
2) Não-conformidade e Ações Corretivas e Preventivas
Não-conformidade significa qualquer evidência que foge dos padrões estabelecidos
com base nos aspectos legais. Ações Corretivas são procedimentos que possibilitem a
eliminação da não-conformidade e sua não reincidência. Ações Preventivas apóia-se na
possibilidade de ocorrência da não-conformidade, estabelecendo procedimentos para
verificação de suas causas potenciais.
3) Registros
A empresa deve estabelecer procedimentos para registro de atividades do SGA,
incluindo informações de treinamentos realizados, estes registros devem ser claros
quanto ao seu conteúdo, mantidos em ambientes seguros, estarem prontos para consulta.
4) Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental
Entende-se por auditoria o procedimento de verificação dos cumprimentos das
etapas de implementação e manutenção do Sistema de Gestão Ambiental, devem ser
periódicas e recomendam-se duas auditorias internas por ano.
Princípio 5. Análise Crítica
É o momento em que a administração após a auditoria identifica a necessidade de
possíveis alterações na Política Ambiental, nos seus objetivos e metas, ou em outros
12
itens do sistema, aqui o processo de gestão é revisado, bem como o processo de
melhoria contínua exercitado.
2.4 Sistema de Gestão Ambiental Grande Rio Honda
A Honda estabelece metas de redução voluntária de geração de CO2 e
desenvolve mecanismos para neutralizar o dióxido de carbono decorrente de suas
atividades. Esse esforço inclui a utilização de um sistema de avaliação de ciclo de vida,
que mede, avalia e analisa o impacto ambiental dos produtos desde a fabricação até o
descarte, envolvendo todos os tipos de energia consumidos nas fábricas (energia
elétrica, querosene, gás natural etc.).
Desde 2006, as fábricas de automóveis e motocicletas deixaram de utilizar
metais pesados em peças e corantes aplicados às matérias-primas e aos acabamentos,
como o cromohexavalente, o mercúrio, o cádmio, o chumbo e o bromato. A suspensão
do uso desses componentes evita que eles se integrem ao meio ambiente durante o
processo de decomposição e causem danos à saúde do ser humano.
No gerenciamento de resíduos a empresa investe na melhoria de processos e no
reaproveitamento e na reciclagem de materiais, assim como em métodos inovadores
para reduzir ou eliminar embalagens. O aperfeiçoamento no processo de estampagem
das chapas metálicas reduziu o volume de resíduos metálicos e os retalhos que sobram
são utilizados para fabricação de componentes de menor tamanho.
É feita a coleta seletiva na empresa, os locais são corretamente separados, os
funcionários contribuem com a coleta seletiva. O óleo das atividades de mecânica é
devidamente separado e doado a uma empresa de lubrificantes, contudo a Honda possui
sua licença de operação concedida pela prefeitura.
3.0 METODOLOGIA
Inicialmente foi feita pesquisa exploratória, sendo este um dos primeiros
contatos com o tema, aproximando do assunto e obtendo harmonia, coerência e clareza
sobre o estudo proposto, este conhecimento foi adquirido em fontes diversas de
informação como livros, revistas, artigos científicos da biblioteca da Faculdade Católica
13
do Tocantins, trabalhos de conclusão de curso, faz-se parte deste estudo o conhecimento
empírico, também se utilizou à legislação.
Foi aplicado um questionário com 22, sendo 10 perguntas abertas e 12 fechadas
à empresa de veículos Grande Rio Honda, em Palmas, localizada na quadra 101 Sul, o
questionário se inclui na metodologia cientifica como pesquisa descritiva que foi feita
de acordo com os cinco princípios para a implantação do Sistema de Gestão Ambiental
definidos pela ISO 14001 como diz o estudo de Nicolella (2004), a averiguação do
atendimento a cada Principio foi realizada por meio de questões específicas, ou seja,
verificou-se o atendimento do princípio na sua totalidade.
4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO
No estudo feito na Concessionária Grande Rio Honda em Palmas, utilizou-se
perguntas baseadas nos princípios para a implantação de um Sistema de Gestão
Ambiental conforme a norma ISO 14001. Na análise dos dados, todas as políticas
ambientais, objetivo e metas são oriundas da matriz da Honda, que atende ao princípio
(1 Política Ambiental), sendo todas as filiais sujeitas a seguir e a implantar todos os
projetos ambientais, melhorando assim a qualidade de vida da sociedade como um todo.
Na empresa foi feito um levantamento dos impactos ambientais significativos,
reais e potenciais o que está de acordo com o segundo princípio (2 Aspectos Ambientais
da norma ISO 14001). Foi verificada a legislação ambiental pertinente, prova disso é a
Licença de Operação do Município que na qual a empresa disponibilizou, princípio (2
Requisitos Legais e outros Requisitos). Existe todo um roteiro que permite alcançar
todos os objetivos e metas da empresa o que também esta de acordo com o princípio( 2
Objetivos e Metas).
O cronograma de execução dos projetos vem da matriz da empresa, as
definições, funções e responsabilidades são documentadas e comunicadas princípio (2
Programa de Gestão Ambiental). Existem recursos humanos logísticos e financeiros
para a implantação dos programas de Gestão Ambiental princípio (3 Estrutura
Organizacional e Responsabilidade).
14
Foi feita conscientização dos funcionários atende ao princípio (3 Treinamento,
Conscientização e Competência). Não há comunicação interna e externa sobre a
implantação o que segundo o princípio (3 Comunicação) deveria ser feito.
As documentações podem ser compreendidas pelo público interno e externo,
atende ao princípio (3 Documentação do Sistema de Gestão Ambiental). Há todo um
controle desta documentação, princípio (3 Controle de Documentos). Os funcionários
utilizam EPI’s, que está de acordo com o princípio (3 Preparação e atendimento a
emergências).
Há um monitoramento e controle para verificar problemas e formas de corrigilos, princípio (4 Monitoramento e Medição). Existe o levantamento das nãoconformidades e logo a sua correção princípio (4 Não-conformidade e Ações Corretivas
e Preventivas). A empresa não tem registro de Sistema de Gestão Ambiental princípio
(4 Registros), no entanto tem sua licença de operação e faz programas que assemelham
aos princípios propostos pelo SGA.
Não é feita auditora de Sistema de Gestão Ambiental, mas a empresa faz
auditoria interna trimestralmente, para verificar todos os aspectos da empresa, inclusive
o ambiental princípio (4 Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental). Também há uma
revisão da política ambiental para verificar se todos os princípios estão sendo
corretamente considerados atende ao Princípio 5 Análise Crítica.
5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo permitiu concluir que a implantação de um Sistema de Gestão
Ambiental em empresas é de extrema relevância, pois se trata de um diferencial para o
mercado concorrente e consumidor, bem como para o bem estar das populações
envolvidas.
Foram agregados valores a empresa como a redução da utilização da água,
energia e outros insumos, redução de multas e penalidades por poluição, melhoria da
imagem institucional, facilidade no mercado exterior, menos concorrência, aumento da
produtividade dentre outros benefícios mencionados durante a pesquisa.
15
A empresa Grande Rio Honda faz um trabalho excelente no quesito ambiental,
segue a maioria dos princípios propostos pela norma ISO 14001, faz coleta seletiva, é
licenciada, trabalha a conscientização ambiental dos funcionários, se faz a separação do
óleo e destina corretamente, o que pode ser percebido na empresa de negativo é que não
tem interesse em obter a ISO no momento, mas independente de certificação faz seus
programas ambientais que colaboram com a sociedade e minimizam impactos negativos
ao meio ambiente.
6.0 REFERÊNCIAS
CERUTI, Fabiane Cristina, SILVA, Marlon Luiz Neves. Dificuldades De Implantação
de Sistema de Gestão Ambiental (SGA) em Empresas. Revista Acadêmica de Ciências
Agrárias e Ambientais, Curitiba 2009.
DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa. 2ª Ed. – São Paulo: Atlas, 1999.
JUNIOR, Viterbo Ênio. Sistema Integrado de Gestão Ambiental. São Paulo:
Aquariana, 1998.
MOURA, Luiz Antônio Abdalla de. Qualidade e Gestão Ambiental – 5ª Ed. – São
Paulo: Editora Juarex de Oliveira, 2008.
NASCIMENTO, Luiz Felipe. Gestão Ambiental e Sustentabilidade. Sistema
Universidade Aberta do Brasil, 2008.
NICOLELLA, Gilberto. Sistema de Gestão Ambiental: aspectos teóricos e análise de
um conjunto de empresas da região de Campina – SP / Gilberto Nicolella, João
Fernandes Marques, Ladislau Araújo Skorupa. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente,
2004.
SILVA, Aparecida Meny, JUNIOR, Luiz das Graças do Carmo, SAINT’YVES, João
Evangelista de Almeida. Implementação do Sistema de Gestão Ambiental na Empresa
FL Brasil Ltda – Estudo de Caso. Belo Horizonte.
Norma ISO 14001.
Download

a importância do sistema de gestão ambiental (sga)