ESPORTE E VIOLÊNCIA
Fernando Marinho Mezzadri
UFPR - CEPELS
Resumo
Este estudo foi realizado com crianças da cidade de Curitiba praticantes de atividades esportivas. A pesquisa
foi executada em diversas regiões da cidade e analisa aspectos da violência física, violência simbólica,
utilização de drogas e suas relações com práticas esportivas. Evidenciarmos também a violência e suas
interfaces com o esporte, partindo das perspectivas da história do esporte, do desenvolvimento da sociedade,
sob a ótica da teoria da sociologia figuracional, de Norbert Elias.
Abstract
This study was performed with children form Curitiba outskirts that practice sporting activities. It was was
performed in several regions of the City and analyses aspects of physical violence, simbolic violence, drug
use and its relations with sporting practice. Violence and its interfaces with sport from the history of sports,
society development perspectives under the view of Norbert Elias’ figuracional sociology theory are also
evidenced.
Palavras Chaves: Esporte - Violência - Sociologia
Introdução
Este artigo apresentará a pesquisa realizada com crianças e adolescentes praticantes de
atividades esportivas no Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Paraná e nas Ruas da
Cidadania de Curitiba, centrada nos aspectos da violência física, da violência simbólica, da utilização de
drogas e suas interfaces com as configurações dos praticantes esportivos. A pesquisa foi realizada durante
aproximadamente 6 meses nos projetos de extensão desenvolvidos pelo Departamento de Educação Física,
Centro de Educação Física e Desportos da UFPR, os projetos da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer da
Prefeitura Municipal de Curitiba em 11 regionais (Ruas da Cidadania), entrevistou-se mais de 300 crianças e
adolescentes de 10 a 14 anos, contendo um questionário com 93 itens, separados em cinco blocos diferentes.
A fundamentação teórica utilizada para a análise dos dados coletados na pesquisa, foi respaldada na
sociologia figuracional de Norbert Elias. Entre os principais itens apresentados no texto, destaca-se o
comportamento dos indivíduos no seu processo de civilização, a formação do Estado e o controle da
violência, a violência na ocupação territorial; o monopólio da violência exercido pelo Estado; a inserção do
Esporte no controle e auto-controle das ações humanas. Estas definições ficam explícitas na obra “O
Processo Civilizador” volume 1: “Uma história dos costumes” e volume 2: “Formação do Estado e
Civilização”” A Busca da Excitação” . Nas obras citadas, verificou-se que um dos fatores preponderantes na
consolidação dos Estados Nação foi a monopolização do poder, principalmente no controle fiscal e no
controle da violência das pessoas. Na formação dos Estados Nacionais, o controle da violência interna e a
representação externa, ficava nas mãos dos militares, os verdadeiros representantes dos Estados para coibir a
violência física.
ESPORTE E VIOLÊNCIA
Fernando Marinho Mezzadri
UFPR - CEPELS
Resumo
Este estudo foi realizado com crianças da cidade de Curitiba praticantes de atividades
esportivas. A pesquisa foi executada em diversas regiões da cidade e analisa aspectos da
violência física, violência simbólica, utilização de drogas e suas relações com práticas
esportivas. Evidenciarmos também a violência e suas interfaces com o esporte, partindo das
perspectivas da história do esporte, do desenvolvimento da sociedade, sob a ótica da teoria
da sociologia figuracional, de Norbert Elias.
Abstract
This study was performed with children form Curitiba outskirts that practice sporting
activities. It was was performed in several regions of the City and analyses aspects of
physical violence, simbolic violence, drug use and its relations with sporting practice.
Violence and its interfaces with sport from the history of sports, society development
perspectives under the view of Norbert Elias’ figuracional sociology theory are also
evidenced.
Palavras Chaves: Esporte - Violência - Sociologia
Introdução
Este artigo apresentará uma pesquisa realizada com crianças e adolescentes
praticantes de atividades esportivas, da cidade de Curitiba. A pesquisa foi executada em
diversas regiões da cidade, no Departamento de Educação Física da Universidade Federal
do Paraná, centrada nos aspectos da violência física, da violência simbólica, da utilização
de drogas e suas interfaces com as configurações dos praticantes esportivos. Para tanto
foram entrevistados mais de 300 crianças e adolescentes da faixa etária de 10 a 14 anos.
A discussão sobre violência neste estudo, está fundamentada na ótica da
sociologia figuracional de Norbert Elias. Assim percorremos o seguinte caminho para a
elaboração do texto: a violência na ocupação territorial; o monopólio da violência exercido
pelo Estado; a inserção do Esporte no controle e auto-controle das ações humanas; e por
fim apresentaremos alguns dados sobre a pesquisa realizada com crianças praticantes de
atividades esportivas da cidade de Curitiba.
Desenvolvimento
A fundamentação teórica utilizada para a análise dos dados coletados na
pesquisa, foi respaldada na sociologia figuracional de Norbert Elias. Entre os principais
itens apresentados pelo autor, destaca-se o comportamento dos indivíduos no seu processo
de civilização, a formação do Estado e o controle da violência.
Com o passar dos séculos o eixo da violência se deslocou da luta contra os
animais, como meio de sobrevivência humana, para fixar-se entre os homens. Tornando o
confronto físico entre os homens, uma luta constate por mais espaços territoriais e por mais
poder na sociedade.
Uma das resultantes da violência exercida pelos homens na luta por mais
espaços territoriais, foi a delimitação dos Estados Nacionais. Para Norbert Elias a
constituição dos Estados nacionais, com sua monopolização do poder, da violência e a
mudança dos comportamentos das pessoas, formam as sustentações de sua teoria. Estas
definições ficam explícitas na obra “O Processo Civilizador” volume 1: “Uma história dos
costumes” e volume 2: “Formação do Estado e Civilização”.
Nas obras acima citadas, verifica-se que um dos fatores preponderantes na
consolidação do Estados Nação foi
a monopolização
do
poder, principalmente no
controle fiscal e no controle da violência das pessoas. Na formação destes Estados
Nacionais, o controle da violência interna e a representação externa, ficava nas mãos dos
militares, os verdadeiros representantes dos Estados para coibir a violência física. Nesta
perspectiva Norbert Elias escreve:
“A sociedade do que hoje denominamos dera moderna caracteriza-se,
acima de tudo no Ocidente, por certo nível de monopolização. O livre
emprego de armas militares é vedado ao indivíduo e reservado a uma
autoridade central, qualquer que seja seu tipo, e de igual modo a
tributação da propriedade ou renda de pessoas concentra-se nas suas
mãos. Os meios financeiros arrecadados pela autoridade sustenta-lhe o
monopólio da força militar, o que por seu lado, mantém o monopólio da
tributação. Nenhum dos dois tem, em qualquer sentido, precedência
sobre o outro, pois são dois lados do mesmo monopólio. Se um
desaparece, o outro segue-o automaticamente, embora o governo
monopolista possa ser, às vezes, abalado mais fortemente num lado do
que no outro.”1
A presença do Estado no cotidiano das pessoas foi sendo constituída de
forma lenta e gradual, passando também pelas relações sociais existentes entre os homens.
Não tem como separar a presença do Estado e o desenvolvimento social, eles constituem-se
em redes de interdependência. Sendo que a formação do Estado depende do grau de
complexidade nas suas estruturas, do estágio das relações humanas da sociedade e viceversa.
Com o processo de civilização avançando nas sociedades ocidentais, as
relações humanas tornaram-se gradativamente mais complexas, ampliando a disputa de
poder através do parlamento, do jogo2 e não mais por intermédio da violência física.
As relações humanas através do jogo proporcionaram outro fator
importante na sociedade ocidental, o surgimento do Esporte moderno. A passagem do jogo
para o Esporte3 aconteceu na Inglaterra por ser um dos países mais organizado
socialmente, o comportamento das pessoas eram mais civilizados, a disputa de poder se
dava pelas regras do parlamento Inglês e não pela violência física. As regras que
começavam a se estabelecer na sociedade inglesa foi sendo incorporada aos jogos (práticas
corporais) e tornando-os paulatinamente em esportes, com suas regras pré – definidas.
Utilizando a mesma forma de análise na relação de poder estabelecida na
sociedade, como o fim da violência física e sua transposição para o jogo social, Norbert
Elias explica o surgimento do esporte moderno, fazendo a comparação entre as práticas de
luta na Grécia antiga com os esportes da atualidade. Entretanto o ponto central desta
análise novamente recaiu sobre o nível de violência socialmente permitido e com suas
relações de interdependência.
“A comparação entre o nível de violência verificado nos combates de
jogos da Grécia antiga, ou nos torneios e jogos populares da Idade
Média, e o que se revela nas provas de desporto atuais mostra
claramente o elemento específico do processo de civilização, mas o
estudo deste elemento integrante do aspecto civilizador das provas de
jogos permanece inadequado e incompleto se não o relacionarmos com
outros aspectos das sociedade de que estes confrontos de jogos são
manifestações. Em resumo, o nível variável de civilização nas
competições de jogos mantém-se incompreensível
se não for
relacionado, pelo menos, com o nível geral de violência socialmente
permitida, com o nível da organização do controle da violência e com as
correspondente formação da consciência em causa”4
1
Elias, Norbert. O Processo Civilizador Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1993 2v. Pg 97
Modelos de Jogos, termo utilizado por ELIAS, Norbert. em Introdução a sociologia. para explicar
a disputa de poder entre as pessoas.
3
Ver detalhadamente em Elias, Norbert. A génese do desporto: um problema sociológico. in A
Busca da Excitação Lisboa: DIFEL, 1992.
4
Elias, Norbert. A génese do desporto: um problema sociológico. in A Busca da Excitação Lisboa:
DIFEL, 1992. Pg 211
2
As relações de interdependências existentes mantém viva a proximidade
entre o nível de violência permitida na sociedade e as práticas esportivas. Contudo, o que
caracteriza o esporte moderno para Norbert Elias são as aplicações das regras, coibindo
toda e qualquer ação mais violenta. Mesmo em modalidades esportivas no qual o contato
físico é mais constante, o boxe, o jiu jitsu, as regras pré - determinam muitas das ações dos
praticante. Por exemplo, quando um atleta faz um boxeador não permitido pela regra, como
aplicar um golpe abaixo da linha da cintura, automaticamente o atleta é punido com perdas
de pontos. Para muitos o contato físico entre os praticantes caracteriza-se como ato
violento, mas é socialmento permitido, para outros trata
apenas de uma modalidade
esportiva.
Além desta relação entre a práticas esportivas e suas regras, observamos que
o nível, a forma da violência na atualidade toma outros rumos, principalmente se
considerarmos que a violência física está cada vez mais monopolizada pelo Estado. Em
contrapartida há um outro tipo de violência, a simbólica. Este tipo de violência não é física,
mas é de comportamento, podendo ser verbal, pelas ações das pessoas, ou ainda pela
discriminação racial, sexual ou religiosa que existe na sociedade. Trata-se de ações
abstratas de superioridade de uma pessoa ou grupo sobre o outro. Para tanto Eric Dunning
descreve:
“ 1) Se a violência é real ou simbólica, isto é, se apresenta a forma de
uma agressão física direta ou envolve simplesmente atitudes verbais
e/ou atitudes não verbais.
2) Se a violência apresenta a forma de um jogo ou simulação ou se ela
é série ou real. Esta dimensão pode também ser apreendida através
da distinção entre violência ritual ou não ritual, embora se tenha de
assinalar que, com o devido respeito a Marsh5 e aos seus colegas,
ritual o jogo podem possuir um conteúdo violento.
3) Se uma arma ou armas são utilizadas ou não.
4) No caso de as armas serem utilizadas, se os atacantes chegaram a
estabelecer contato direto.
5) Se a violência é intencional ou a conseqüência acidental de uma
seqüência de ações que, no início, não tinha a intenção de ser
violenta.
5
Elias, Norbert. A génese do desporto: um problema sociológico. in A Busca da Excitação Lisboa:
DIFEL, 1992. Pg 196
6) Se se considerar a violência iniciada sem provocação ou como
sendo uma resposta, retaliação a um ato intencionalmente violento, ou
sem a intenção de o ser.
7) Se a violência é legitima no sentido de estar de acordo com as
regras, normas e valores socialmente prescritos ou se não é normativa
ou ilegítima no sentido de envolver uma infração dos padrões sociais
aceites.
8) Se a violência toma uma forma racional ou afetiva, isto é, se é
escolhida de modo racional como um meio de assegurar a realização
de um objetivo dado, ou subordinada a um fim em si mesmo
emocionalmente satisfatório e agradável. Outra forma de
conceitualizar esta diferença seria distinguir a violência nas suas
formas instrumentais e expressivas.”6
Esta compreensão sobre percepção atual da violência na sociedade escrita
por Eric Dunning, reproduz as relações entre as ações corporais das práticas esportivas e o
estágio da violência socialmente permitido.
Partindo deste referencial teórico, demonstraremos a seguir a pesquisa
realizada com crianças de 10 a 14 anos de Curitiba, que praticam atividades esportivas no
Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Paraná e nas Ruas da
Cidadania.
Durante aproximadamente 6 meses percorreu-se os projetos de extensão
desenvolvidos pelo Departamento de Educação Física, Centro de Educação Física e
Desportos da UFPR, os projetos da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer da Prefeitura
Municipal de Curitiba nas suas 11 regionais (Ruas da Cidadania), realizando uma pesquisa
com crianças de 10 a 14 praticantes de atividades esportivas regularmente. A pesquisa foi
realizada com mais de 300 crianças e adolescentes, contendo um questionário com 93 itens,
separados em cinco blocos diferentes.
No primeiro bloco tratou-se sobre a situação familiar da criança, como renda
salarial, com quem mora, condições de moradia, de emprego e grau de estudo dos pais. No
segundo bloco verificou-se a relação entre a escola e a violência, com destaque para a
agressões verbais, discriminação social, sexual e racial. O bloco terceiro tratou sobre a
relação entre a família e a violência, com aprofundamento sobre as questões de agressões
físicas e verbais entre os membros da família. O quarto bloco destinou-se a saber quais
6
Dunning, Eric. As ligações sociais e a violência no desporto . in A Busca da Excitação Lisboa:
DIFEL, 1992. Pg 330
eram as atividades realizadas nas horas livres e o envolvimento com drogas e bebidas
alcóolicas. Por fim, no último bloco da pesquisa relacionamos o esporte com a violência,
destacando as agressões físicas, verbais, as possíveis discriminações sociais que ocorrem
durante uma atividade esportiva.
Para não ficar apenas apresentando dados numéricos, estaremos discutindo
algumas das possíveis relações entre as práticas esportivas e os níveis de violência inseridos
nessas atividades.
Um dos pontos que pode-se fazer associações trata da idade dos pesquisados
com seus comportamentos. A pesquisa mostrou que quanto mais velho for o adolescente
mais ações violentas ele realiza. Neste caso, é normal entre eles as discussões, agressões
verbais durante as práticas esportivas, ou seja a violência simbólica. O que deixa
transparecer no comportamento existente entre eles é a naturalidade com que tratam as
discussões e as agressões verbais e físicas. Aparentemente esse tipo de comportamento está
incorporado na sociedade e se reproduz na prática esportiva.
Isso fica mais evidente quando comparamos duas perguntas, uma sobre a
ação do praticante no momento do jogo, a segunda o que ele faria quando estivesse jogando
e recebesse uma falta mais violenta. Inicialmente perguntamos se já tivera envolvido em
situações de agressões físicas, discussões, ameaças verbais ou algum tipo de discriminação
durante uma prática esportiva. Quase a totalidade dos adolescentes responderam que as
vezes se envolvem em discussões, alguns chegam a ameaças verbais e agressões físicas, já
no caso de algum tipo de discriminação isso raramente ocorre. Na questão seguinte
perguntamos o que ele faria caso o adversário fizesse uma falta violenta, nesta questão a
metade dos entrevistados responderam que ficariam quietos e a outra metade destacam que
reclamariam com o colega. Percebe-se com as respostas que fora da ação do jogo existe um
certo controle das ações, ou seja, um controle da violência física e simbólica, mas na
situação de jogo a ação do praticante é da violência, com discussões, ameaças verbais ou
ainda agressões físicas. Neste caso avaliamos que o auto-controle dos adolescentes na
prática esportiva nem sempre ocorre de maneira mais adequada. Pois as discussões e
ameaças verbais fazem parte da configuração destes praticantes.
Em outra situação do questionário foi perguntado aos entrevistados o que
habitualmente ele faz nas horas livres e ele pertence a algum grupo social. Muitos
adolescentes responderam que fazem parte de torcidas organizadas de clubes de futebol de
Curitiba. Quando os adolescentes fazem parte de torcidas organizadas, percebe-se na
pesquisa que os freqüentadores delas, na maioria das vezes, já experimentaram bebidas
alcóolicas, cigarro e as suas ações durante a prática esportiva são mais violentas se
compararmos com os demais entrevistados. Observa-se com as respostas obtidas que as
ações da violência simbólica realizada no interior das torcidas organizadas, se transfere nas
ações durante as práticas esportivas com discussões, agressões verbais e físicas.
Perguntou-se também aos adolescentes quais atividades esportivas eles
consideravam violentas. Na quase totalidade das respostas as práticas como futebol,
basquetebol, voleibol, não eram consideradas violentas, entretanto, as modalidades
esportivas de contado físico mais intenso como boxe, jiu-jitsi, judô e karatê são
consideradas ações violentas. Mesmo que todas as modalidades esportivas sejam movidas
por regras institucionalizadas, esse resultado demonstra que não há uma separação entre a
modalidade esportiva, a ação do movimento que é permitida nestas práticas esportivas e a
violência socialmente controlada. Entretanto se considerarmos o boxe, jiu jitsu, karatê ,
judô modalidades esportivas , devemos compreender que apenas os gestos são de contato
físico mais intenso, mas as regras coíbem muitas ações violentas, como em outras
modalidades esportivas, por isso a violência não está na modalidade esportiva mas sim nos
gestos executados pelos praticantes.
Considerações Finais
Não pretende-se fazer um conclusão definitiva da questão, mas levantar
alguns subsídios para novas análises e aprofundamento da temática.
A pesquisa mostrou que a violência ocorrida entre as crianças, os
adolescentes durante as práticas esportivas em Curitiba é uma reprodução da violência
instaurada na sociedade. A relação de interdependência entre o estágio atual da violência
em nossa sociedade com as práticas esportivas ficou explícita nas respostas obtidas junto
aos entrevistados. Portanto, verificou-se na pesquisa que o esporte isoladamente não coíbe a
violência social representada na configuração dos praticantes esportivo, podendo sim.
Assim a rede de interdependência deve ser compreendida na sua totalidade,
não pode-se entender apenas as ações dos praticantes esportivos separadamente de outras
ações sociais, principalmente no que se refere a violência física e simbólica.
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