Ano X - N o 35
Ago/Out - 2005
Participe
dos debates sobre a
comercialização de
armas de fogo
EXERÇA SUA
CIDADANIA
TECNOLOGIAS
A SERVIÇO DA
COMUNIDADE
Associação Brasileira das Universidades Comunitárias
SEPN - Quadra 516, Conjunto D
(Prédio do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB)
CEP: 70 770-524 - Brasília-DF
Telefax: (61) 3349-3300 / 3347- 4951
Home page: www.abruc.org.br
DIRETORIA
PRESIDENTE
Aldo Vannucchi, Reitor da Uniso
1º VICE-PRESIDENTE
Luiz Augusto Costa a Campis, Reitor da UNISC
2º VICE-PRESIDENTE
Irmão Clemente Ivo Julliato, Reitor da PUC-PR
1º VOGAL
Pe. Jésus Hortal Sanchez, Reitor da PUC-Rio
2º VOGAL
Gustavo Jacques Dial Alvim, Reitor da UNIMEP
CONSELHO FISCAL
Baptista Gargione Filho, Reitor da UNIVAP
Luiz Antonio Rizzon, Reitor da UCS
Pe. Aloysio Bohnen, Reitor da UNISINOS
S UPLENTES
Marcio Rillo, Reitor do Centro Universitário da FEI
Pe. José Benedito de Almeida David, Reitor da PUC-Campinas
SECRETÁRIO -EXECUTIVO
José Carlos Aguilera
ASSESSORA DE IMPRENSA
Patrícia Goulart
CONSELHO EDITORIAL
○
Rosa Ana Bisinella
Coordenadora de Comunicação Social da UCS
Beatriz Elias
Assessora de Comunicação Social da UNIMEP
○
○
○
Júlio César Gonçalves
Assessor de Comunicação Social da UNISO
Robnaldo Fidalgo Salgado
Assessor de Imprensa da UNISANTOS
Maria Carmen Caprara Costamilan
Coordenadora da Assessoria de Comunicação e Marketing da UNISC
2
Agosto/Outubro - 2005
○
○
○
TIRAGEM
15 mil exemplares
○
○
○
○
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Licurgo S. Botelho
(61) 3349-5274
○
○
○
EDITORA-GERAL
Patrícia Goulart
Reg. Prof. no 1.126/83 - DF
○
○
○
E-mail: [email protected]
○
○
Home page: www.abruc.org.br
Eliane Borges
Assessora de Comunicação Social da UCG
○
Telefax: (61) 3349-3300 / 3347-4951
○
○
Comentário sobre o conteúdo editorial,
sugestões, críticas e releases.
○
○
REDAÇÃO
Carlos Alberto Carvalho
Coordenador de Comunicação Social da PUCRS
○
○
FALE CONOSCO
○
○
○
○
○
○
ASSESSORES ADMINISTRATIVOS
Hermes Nunes Lamotte
Patrícia de Paula Santos
As fotos utilizadas nesta edição foram cedidas
pelas instituições.
Ín d ice
7
ABRUC convoca associadas a promoverem
debates em torno do desarmamento
Desafios ambientais da urbanização
8 Pesquisadores apresentam tecnologia
para madeireiras
Gastronomia une
9 cozinha e arte
10
12
Pesquisa estuda relação entre anemia e
desempenho dos atletas
IX Encontro dos Assessores de
Comunicação das IES Comunitárias
4a 6
Alimentos fora de padrão ou da data de
validade podem ser consumidos
UniSantos inaugura Cátedra Paulo Freire
13
14
Parlamento universitário cria Rede
Universitária de Cidadãos Cristãos
Novo método para o diagnóstico
do HIV/Aids
Curso de Odontologia da Univille
é destaque nacional
Trabalhos Comunitários
16
19
Projeto divulga literatura e incentiva
a leitura em comunidades carentes
Robôs da FEI
jogam futebol na
Robótica 2005
10
Projeto da Unisc
recebe Prêmio Finep de
Inovação Tecnológica
11
Trabalho comunitário muda escala de
valores de universitários
Alunos dão aula de cidadania realizando
trabalho voluntário
20 Alfabetizadores solidários
de catadores de material
21 Formação
reciclável com apoio do Canadá
URI promove
cultura
indígena nas
Missões
15
22 Educação no berçário
23 Mutirão pela Inclusão Digital
ForExt – XII Encontro Nacional elege
nova Coordenação
24
FAUBAI – Fórum das Assessorias das
Universidades Brasileiras para Assuntos
Internacionais
25 Leitura Obrigatória
Em busca da
felicidade
18
Projeto Afinando
as Cordas
Agosto/Outubro - 2005
20
3
IX ENCONTRO DOS
ASSESSORES DE
COMUNICAÇÃO DAS
IES COMUNITÁRIAS
Profissionais debatem no Mackenzie a comunicação na avaliação
P
rofissionais de Comunicação das
Instituições de Ensino Superior
Comunitárias da ABRUC estiveram reunidos em São Paulo, nos dias 31 de agosto a 2 de setembro, para a realização do
IX Encontro dos Assessores de Comunicação das IES Comunitárias. O evento,
sediado e apoiado pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie, acontece
anualmente de forma itinerante e faz
parte do calendário da entidade.
ABERTURA – Durante a cerimônia de
abertura estiveram presentes o presidente da ABRUC e reitor da Universidade
de Sorocaba (Uniso), Aldo Vannucchi, e
o reitor do Mackenzie e presidente do
Conselho de Reitores das Universidades
Brasileiras (CRUB), Manassés Claudino
Fonteles, compondo a Mesa. Na ocasião,
Vannucchi, ao ressaltar a importância do
evento para a ABRUC, elencou as qualidades que os gestores das instituições
esperam de um profissional de comunicação. Ele realçou ainda a necessidade
do reconhecimento da missão comunitária por parte dos profissionais da área
para que se possa, então, trabalhar a
difusão do conceito.
Na ocasião, o reitor do Mackenzie
lembrou a importância da inclusão das
IES Comunitárias no último texto do
anteprojeto da Reforma da Educação
Superior como um terceiro segmento
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Agosto/Outubro - 2005
educacional, juntamente com as públicas
e as particulares. Segundo ele, é necessário agora divulgar esse feito, por meio da
produção de material que enfoque o
diferencial de uma instituição comunitária, além da qualidade no ensino, no trabalho de pesquisa e na extensão.
TRABALHO CONJUNTO – O evento
da ABRUC propicia a jornalistas, publicitários e profissionais de relações públicas
a oportunidade de aperfeiçoar seu trabalho por meio da troca de experiências
entre profissionais de IES em todo o país.
“O encontro oportuniza o desenvolvimento de ações conjuntas em prol da divulgação do conceito de universidade comunitária”, registra Eliane Borges, da Universidade Católica de Goiás (UCG).
AÇÕES – Dentre as ações previstas no
relatório final do encontro, denominado Carta de São Paulo, elaborado pelos
participantes, estão: o pleito junto às
reitorias de um percentual maior da
verba de divulgação institucional para a
TV e a Internet, meios considerados de
maior potencial de penetração no principal público-alvo das IES, que são os
estudantes do ensino médio, faixa etária
de 17 a 24 anos, sem desconsiderar
a utilização também dos demais veículos, como jornal, outdoor, rádio,
cinema e mecanismos alternativos de
O presidente da ABRUC, Aldo Vannucchi (Uniso
João José Curvello (UCB)
Ataíde Teruel (Mackenzie)
do ensino superior e novas ferramentas de trabalho
o), reitor Manassés Claudino (Mackenzie), Gilson Novaes e Pedro Ronzelli (Mackenzie)
Durante dois dias,
os participantes do
evento da ABRUC
puderam ouvir
palestras de um
elenco variado de
profissionais
Dilvo Ristoff (MEC)
divulgação. Segundo os participantes do
evento, é estratégica a elaboração, a
curto prazo, de um vídeo institucional
da ABRUC, a ser veiculado, inicialmente, em todos os canais universitários e
comunitários do país. Outro ponto discutido foi a “alimentação” do novo site
da entidade. Os participantes se comprometeram a enviar, diariamente, notícias das IES, para que o veículo possa
estar sempre atualizado. Ficou decidida
ainda a criação de um grupo de trabalho na web, denominado ComunicaAbruc, visando à troca permanente de
dados, planejamento, execução de ações
conjuntas de divulgação e definição da
pauta para a edição da revista Comunitárias.
NOVAS TECNOLOGIAS – Outro ponto bastante debatido no evento foi a
questão das novas tecnologias. Com relação ao assunto, ficou clara a necessi-
dade de atualização permanente do profissional de comunicação. Os debates
levaram às seguintes conclusões: o trabalho de comunicação e marketing deve
ser desenvolvido de forma integrada
pela IES; os canais de diálogo com a comunidade interna devem ser ampliados,
buscando, assim, o envolvimento nas
ações e nas campanhas de divulgação
institucional e, finalmente, devem ser realizadas pesquisas para o levantamento de
indicadores que possam respaldar as iniciativas de comunicação e marketing.
PALESTRAS
– Durante dois dias inteiros os participantes do encontro da
ABRUC puderam ouvir palestras com um
elenco variado de profissionais. No primeiro dia, Dilvo Ristoff, diretor de Estatísticas e Avaliação de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC),
falou sobre a recente inclusão da questão da comunicação no processo de avaliação do MEC, na palestra A Comunicação na Avaliação do Ensino Superior. De
forma simples e clara, Ristoff explicou
que a comunicação é essencial para que
se possa fazer justiça ao cenário da educação superior no momento da avaliação. “Hoje, jornalistas orientam os dados divulgados de forma a ranquear o
processo, coisa que o MEC não faz. Assim, o público molda sua opinião de
acordo com o que sai na mídia. Daí a
Agosto/Outubro - 2005
5
U
Vanderlei Dias de Sousa (Mackenzie)
Carlos Alberto (PUCRS) e
Roberto Mac Cracken (Mackenzie)
Mariza Reis (Mackenzie), Amália Fernández Gómez (UMESP) e Regina Célia (Mackenzie)
Sebastião Squirra (UMESP)
Gabriel Chalita (Secretário de Educação de SP)
e o Decano Ademar Pereira (Mackenzie)
No último dia, o tema Novas Tecnologias foi o ponto alto dos debates.
No encerramento do evento, Gabriel Chalita falou sobre Poder e Ética.
importância do profissional do setor conhecer o processo de avaliação. A agenda do jornalista não trabalha de acordo
com a agenda acadêmica, assim, vale a
interpretação”, declarou Ristoff, ao orientar os jornalistas para que rompam o
silêncio e abram canais. Desse modo, poderão realmente se comunicar. “Vocês
devem ter a percepção clara da importância do papel da mídia”, registrou.
“Vocês devem ter três formas de olhar:
uma sobre a instituição, outra sobre o
curso e uma última sobre o aluno. Devem propagar fielmente o que sua instituição oferece. E a instituição deve se
expandir com qualidade”, afirmou, para
acrescentar em seguida: “Nenhum país
pode aspirar ser desenvolvido sem um
forte sistema de educação”.
As Estratégias do Marketing Educacional também foram tema de palestra
proferida pelo diretor do curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Brasília, (UCB), João José Curvello.
Na oportunidade, Curvello discursou
sobre novas práticas, novos espaços e
novas alternativas. Segundo ele, uma
comunicação para ser considerada ex-
6
Agosto/Outubro - 2005
celente deve aproximar a imagem dos
discursos.
No último dia, o tema discorreu sobre novas tecnologias. O diretor da Faculdade de Comunicação Multimídia da
Universidade Metodista de São Paulo
(UMESP), jornalista Sebastião Squirra,
especializado em jornalismo on-line, falou sobre o mundo atual, que, segundo
ele está “tecnologizado”, com uma diferente forma de cultura.
Ataíde Teruel, responsável pelo
Departamento de Marketing, e o coordenador do curso de Jornalismo,
Vanderlei de Sousa, desenvolveram o case
A Comunicação no Mackenzie. Na ocasião, Teruel apresentou campanhas publicitárias trabalhadas pela instituição e
a nova proposta de comunicação desenvolvida com base em pesquisa com o
público interno e externo.
Carlos Alberto Carvalho, coordenador de Comunicação Social da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do
Sul (PUCRS), e Roberto Nussinkis Mac
Cracken, do Mackenzie, falaram sobre A
Utilização da TV Universitária como Instrumento de Comunicação. Mariza Reis,
coordenadora do Segmento das Universidade Comunitárias no Fórum de Assessores de Universidades Brasileiras para
Assuntos Internacionais, Regina Célia Faria Amaro Giora, decano de Extensão do
Mackenzie e Amália Fernández Gómez,
responsável pela Assessoria de Relações
Institucionais da UMESP, falaram sobre
Internacionalização do Trabalho Comunitário.
PODER E ÉTICA – Com esse tema, o
Secretário de Educação do Estado de São
Paulo, Gabriel Chalita, encerrou o IX Encontro dos Assessores de Comunicação
das IES Comunitárias. Ele não falou de
política e nem repetiu o discurso já tão
massificado pela mídia sobre corrupção.
Chalita filosofou a respeito da importância de se ter ética em todos os momentos da vida e enfatizou que essa qualidade deve ser exercitada a todo instante, para que o exemplo seja seguido.
Lembrou a necessidade da coerência no
discurso e nas atitudes e finalizou citando Drummond: “Cuidado por onde andas, porque é sobre meus sonhos que
caminhas”.
E m Pa u t a
DESARMAMENTO
ABRUC convoca associadas a
promoverem debates
C
om a pergunta “O comércio de
armas de fogo e munições deve
ser proibido no Brasil?”, será promovido, no próximo dia 23 de outubro, em
todo o território nacional, o referendo
popular, com mais de 122 milhões de
eleitores habilitados.
A resposta na urna eletrônica pode
ser, de acordo com a ordem estabelecida
pelo Tribunal Superior Eleitoral, (1) NÃO
ou (2) SIM.
Um exercício de cidadania previsto
na Constituição Federal, inciso II, art. 14,
o referendo é, portanto, uma forma de
consulta popular sobre matéria de acentuada relevância, na qual o povo manifesta-se sobre uma lei já constituída. Iremos, apenas, ratificá-la ou rejeitá-la. E
sobre que lei estaremos nos manifestando? Trata-se do art. 35 da Lei nº 10.826,
também conhecida como Estatuto do
Desarmamento, na qual consta que
“É proibida a comercialização de arma
de fogo e munição em
todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º
desta Lei”.
A cultura da paz em
nossa sociedade requer
uma prática cotidiana de
políticas públicas de inclusão na educação, saúde, habitação, cultura, lazer, segurança,
dentre outras, com a efetiva participação das organizações da sociedade civil
e conseqüente mobilização de cidadãos
e cidadãs. Portanto, mobilizar-se neste
momento é imperativo, um marco na
democracia participativa. Com a entrega e destruição de quase meio milhão
de armas durante campanha pelo desarmamento, verificamos, para além do caráter educativo que essa política teve, o
resultado expressivo, com base em pesquisa, da redução da mortalidade por
uso de arma de fogo em
ambiente doméstico:
bom sinal, preservamos
vidas!
Em tempo, a ABRUC
convoca e incentiva todas
as suas associadas a promoverem debates com a
comunidade acadêmica e
entorno, para mobilizar
amplamente a sociedade, de forma permanente, numa campanha contra a violência, seja ela qual for. Como bem escreveu D. Luciano Mendes, arcebispo de
Mariana (MG), “o mais importante no
debate sobre o desarmamento é a
mobilização contra a violência, é insistir
na educação para a cidadania, na valorização e respeito da vida, na promoção
da justiça social e na construção da cultura da paz”.
Aldo Vannucchi
Presidente da ABRUC e reitor da UNISO
O que é uma entidade de assistência social?
D
e acordo com o art. 3º da Lei
Orgânica de Assistência Social
(LOAS), “Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas
que prestam, sem fins lucrativos, atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta lei, bem
como as que atuam na defesa e garantia de seus direitos”. Para promover um
amplo debate sobre o tema, o Conselho
Nacional de Assistência Social (CNAS)
vem recebendo contribuições de entidades que atuam na política de assistência
social – quer sejam específicas de assistência social, ou mistas com educação
e/ou saúde, conforme prevê os Decretos
nº 752/93 e nº 2536/98, conjugado com
a Lei nº 8212/91 – para a realização de
um Seminário Nacional em Brasília.
O evento, marcado para acontecer
no dia 17 de outubro, contará com a
participação de entidades, conselheiros
e usuários da política de assistência social. Na ocasião, serão estimuladas discussões a respeito desses conceitos e do
cotidiano das entidades, em especial,
daquelas que executam ações em consonância com a política nacional de assistência social, como é o caso das IES
Comunitárias que atuam, inclusive, no
campo da educação e da saúde.
O Seminário discorrerá, também, a
respeito de entidade de “assessoramento
e defesa de direitos”, conceito pouco difundido e que conta hoje com um número expressivo de instituições atuando
de forma intensa no país. Regulamentar
o art. 3º com a participação dos envol-
vidos, como as entidades específicas e
mistas de assistência social e os usuários, é o caminho para assegurar a diretriz dada pela LOAS da efetiva “participação da população, por meio de organizações representativas na formulação
das políticas e no controle das ações em
todos os níveis”. Dessa forma, caminhamos rumo à concretização dos objetivos
da assistência social-LOAS de “realizar-se
de forma integrada às políticas setoriais,
visando ao enfrentamento da pobreza, à
garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender às contingências sociais e à universalização dos
direitos sociais.” Mais Informações no site
www.mds.gov.br
José Carlos Aguilera
Secretário-Executivo da ABRUC
Agosto/Outubro - 2005
7
Desafios ambientais da urbanização
ientistas e urbanistas de 26 países e de instituições internacionais ligadas ao planejamento urbano no
mundo se encontraram em Brasília para
o Congresso Internacional em Planejamento e Gestão Ambiental, realizado
entre os dias 11 e 15 de setembro. Promovido pela Universidade Católica de
Brasília em parceria com a Universidade
Técnica de Berlim, com o apoio de diversas instituições brasileiras e internacionais, o Congresso aconteceu no Hotel Nacional nos três turnos. O próximo
evento está marcado para 2007.
Questões – Na ocasião, foram discutidos os impactos sociais e ambientais das
grandes cidades, além de estabelecidos
novos padrões de gestão urbana para o
século XXI. O Congresso foi o primeiro
grande evento em âmbito mundial.
O presidente de honra do Congresso, Jorge Gravidia, abriu o evento falando sobre Os Desafios Ambientais Urbanos na Escala Global. Além da palestra,
foi lançada a exposição Brasília:
Patrimônio Cultural do Mundo, aberta
pela primeira-dama do Distrito Federal,
Weslian Roriz, com a presença do superintendente do Instituto do Patrimônio
C
Tecnologia. O terceiro
tema abordou Gestão
Ambiental Urbana na Prática: Experiências e Estudos de Casos, discutindo
políticas mais abrangentes em áreas como
transporte, saneamento,
qualidade do ar, gestão
da água, entre outros.
Propostas do ConAlfredo Gastão (IPHAN), Enio Dutra (GDF), Ivan Rocha
gresso – Uma das proposNeto (Pró-Reitor da UCB), Jorge Gravidia (Un-Habitat-ONU)
tas do Congresso é criar
e Hartmut Kenneweg (Universidade de Berlim, Alemanha)
uma Associação InternaHistórico e Artístico Nacional (Iphan), cional de Planejamento e Gestão
Alfredo Gastal.
Ambiental, por meio de uma rede de
Durante uma semana, três grandes trabalho que dará continuidade aos detemas foram apresentados. O primeiro bates propostos.
Outro ponto importante é a divulgaretratou as Transformações e o Impacto
Ambiental na Ásia, África, América-Lati- ção internacional de uma carta elaborana e Europa. Representantes dos quatro da pelos participantes, que servirá como
continentes enfocaram experiências reais diretriz para as políticas ambientais no
em planejamento e gestão ambiental ur- meio urbano do mundo. A primeira
bana. A temática Meio Ambiente, Ur- declaração sobre o urbanismo mundial,
banização e Inclusão Social foi discutida a carta de Atenas, foi escrita em 1933. O
em uma mesa-redonda com a presença documento de Brasília, que será assinado secretário de Ciência e Tecnologia do pelo arquiteto Oscar Niemeyer, marpara a Inclusão Social, Rodrigo cará o nascimento de um novo urbanisRollemberg, do Ministério de Ciência e mo que leva em conta a sustentabilidade.
PESQUISADORES APRESENTAM TECNOLOGIA PARA
A
Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) recebeu, no último mês de agosto, o professor Márcio
Pereira da Rocha, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), um dos criadores do projeto, para apresentar a
MaxiTora, um software, desenvolvido por
pesquisadores da UFPR, com a finalidade de otimizar procedimentos dentro de
uma serraria. Na ocasião, estiveram presentes estudantes, profissionais e empresários do setor madeireiro da região serrana e do Sul do país.
Rapidez na tomada de decisões –
Desenvolvido por profissionais experientes do setor florestal, o software MaxiTora
é um aliado da indústria de madeira serrada. Ele propicia um melhor aproveita-
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Agosto/Outubro - 2005
Gastronomia une
cozinha e arte
A
MADEIREIRAS
mento da matéria-prima oriunda de reflorestamentos. Provido de variadas ferramentas, o MaxiTora permite aos profissionais da indústria de madeira serrada a tomada de decisões rápidas e eficientes quanto à otimização do desdobro
de madeira reflorestada por classes
diamétricas.
Segundo Flávio José Simioni, coordenador do curso de Engenharia Industrial
Madeireira, “a avançada tecnologia do
MaxiTora está sendo apresentada em grandes centros universitários brasileiros e a
Uniplac foi uma das escolhidas por contar
com um excelente Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas e um dos cursos de Engenharia Industrial Madeireira de ponta
no país”, concluiu.
arte de cozinhar vai muito
além do tempero certo e do
sabor dos alimentos. O curso de
Tecnologia em Gastronomia da Universidade Metodista de São Paulo
(UMESP) foi criado no começo deste ano para aprofundar essa arte criativa. “Ele tem um enfoque artístico”,
disse a coordenadora, Daniela Maria Alves Chaud, que atuava como
coordenadora de Nutrição e vê o
novo curso como um desafio. Os alunos concordam com a professora.
Para o estudante André Savóia, “a
gastronomia tem um lado artístico
que nasce com a gente. É como cantar, apenas alguns têm talento. Busquei a UMESP para saber se tenho
esse dom”, falou.
Tanto professores quanto alunos
se surpreenderam com o mundo que
encontraram na gastronomia e se
sentem como “crianças que acabaram de ganhar um presente”, registram. O que chama mais a atenção
de André é o conhecimento adquirido. “O que me atrai é o turbilhão de
coisas que engloba a gastronomia.
Ela revela muito sobre hábitos de um
povo”, concluiu.
Diferentemente dos dois, o estudante Fernando Dottore acha que o
curso mostrou que nem tudo parece
o que realmente é. “Percebi que na
gastronomia nem tudo que parece
simples é. Para fazer um prato é preciso muito trabalho, tem que saber
o que faz”, ressaltou.
Histórias – André Savóia começou a fazer Farmácia. Fernando
Dottore terminou o curso de Engenharia de Produção Mecânica. Ambos entraram na primeira turma de
Tecnologia em Gastronomia da
Metodista no início de 2005.
André, que parou o curso de Farmácia por motivos financeiros, acredita que descobriu o que quer fazer.
“Não tenho a menor dúvida de que
achei a profissão que me faz feliz e é
isto que importa. Vou tirar o máximo daquilo que a universidade pode
me oferecer”, completou.
Mesmo tendo cursado Engenharia, Fernando resolveu entrar para a
área em que sua família trabalha há
10 anos. Hoje, ele é sócio de três
lojas do Habib’s e administra duas
delas. O Curso de Gastronomia veio
como forma de aperfeiçoamento
profissional. “Hoje em dia, o mercado é cada vez mais competitivo”,
disse. Mesmo trabalhando na parte
administrativa, Fernando acredita
que o curso pode ajudar muito. “Se
eu quiser cobrar ou ensinar alguma
coisa para alguém, preciso conhecer”, afirmou.
Mercado em ascensão
Para a professora Daniela Chaud
a área está em alta porque as pessoas estão preocupadas tanto com a
qualidade de vida quanto com o
lazer. “A alimentação não é só biológica, mas social e psicológica também”. Uma das provas de que a
gastronomia está ganhando espaço
entre as pessoas são os inúmeros materiais voltados para a área. “Nas li-
vrarias, encontramos uma grande
quantidade de publicações de conteúdo moderno”, afirmou a professora.
Para Fernando Dottore, o mercado está em expansão e sempre aberto para quem é bom. “Sempre tem
lugar para quem quer desenvolver
um trabalho diferenciado e de qualidade”, disse.
Agosto/Outubro - 2005
9
Robôs da FEI jogam futebol na Robótica 2005
A
tual campeã brasileira, a equipe
de futebol de robôs do Centro
Universitário daFundação Educacional
Inaciana (FEI) agitou A Robótica 2005 Salão Internacional de Robótica e Inteligência Artificial, a primeira feira nacional de robôs e produtos inteligentes, que
aconteceu entre os dias 8 e 11 de setembro, no Pavilhão da Bienal, em São
Paulo. Sem qualquer participação humana, os robôs disputaram divertidas
partidas com mais três instituições de
ensino.
Comandados por um
software que roda em
tempo real num computador, os três jogadores, incluindo goleiro, têm formato de cubos e são controlados via radiofreqüência com recursos de inteligência artificial. As partidas
acontecem num campo de 150 x 130cm,
com uma câmera instalada no alto do
centro, responsável pela emissão de informações sobre a posição dos jogadores para o computador, que manipula
cada jogador de acordo com uma programação inteligente.
Inteligência artificial – Apesar de
se tratar de um encontro mercadológico,
os visitantes também podem conhecer
como os projetos estimulam o interesse
pela robótica e inteligência artificial, por
Estudantes vêem, na prática, a aplicação da inteligência artificial
meio do entretenimento das simulações entre
equipes de futebol de robôs. Para o engenheiro Flávio Tonidandel, professor
doutor do Departamento de Ciência da
Computação e responsável pelos projetos da FEI, os robôs atuam como laboratório de ensino e pesquisa aos alunos,
pois envolve aspectos complexos da ciência robótica. “Os estudantes vêem na
prática a vasta aplicação da inteligência
artificial”, afirma.
Atrelados aos cursos de Ciência da
Computação e Engenharias Elétrica e
Mecânica, os robôs visam despertar nos
alunos o interesse por projetos na área
de robótica, por meio do desenvolvimento da tecnologia necessária da montagem do hardware até a programação
do software. “Queremos, acima de tudo,
difundir o conhecimento sobre robótica
de forma a despertar cada vez mais o
interesse nas pesquisas”, afirma o engenheiro Tonidandel.
Além das partidas de futebol, os cerca de 25 mil visitantes também puderam conhecer, por meio de exposição,
produtos inteligentes, tecnologias avançadas e aplicações. Foram 60 expositores, entre empresas fabricantes, importadoras e distribuidoras de produtos inteligentes e tecnologias avançadas.
Pesquisa estuda relação entre
anemia e desempenho dos atletas
que realizam exercício aeróbico intenso.
Para coletar os dados, esses animais foram submetidos a sessões de 30 minutos de natação, com peso extra de 10%
do seu peso corporal, por um período
de oito semanas. O estudo tenta fazer
uma relação com atletas que treinam
muito durante a semana, como é o caso
dos fundistas que, muitas vezes, apresentam “anemia” em índices considerados doença, apesar de não ser. Entretanto, a deficiência de ferro no organismo, conhecida como “anemia do atleta”, pode ser, a longo prazo, prejudicial
à saúde, causando uma diminuição da
capacidade de trabalho do atleta.
N
o decorrer dos últimos anos, a
relação entre a anemia nos atletas e a sua capacidade de trabalho físico
é um tema que tem despertado interesse por parte de treinadores, médicos e
outros profissionais ligados ao esporte
de rendimento. Este é o tema central de
um estudo desenvolvido no Biotério Central da Universidade de Passo Fundo
(UPF) pelos professores Lílian Ribeiro e
Hugo Tourinho Filho, ambos da Facul-
10
Agosto/Outubro - 2005
dades de Educação Física e Fisioterapia
(FEFF), e Luciano Siqueira, do Instituto
de Ciências Biológicas (ICB), auxiliados
por alunos-bolsistas do curso de Educação Física (Probic-Fapergs e Pibic).
Com o título Respostas Hematológicas Agudas após Exercício Físico Intenso de Resistência Aeróbica em Ratas
Treinadas, a pesquisa tem como objetivo estudar o comportamento de variáveis hematológicas (sangue) e naquelas
Projeto da Unisc recebe Prêmio
Finep de Inovação Tecnológica
O
estudo Filtro para desfluoretação
de águas subterrâneas foi um dos
vencedores do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica 2005, na categoria Inovação Social. O projeto da Universidade
de Santa Cruz do Sul (Unisc) concorreu
com outros 44 trabalhos de instituições
de ensino e empresas de todo o país. A
pesquisa começou em 1996, especificamente na região do Vale do Rio Pardo.
Entre 1997 e 1999, professores e alunos do Departamento de Biologia e Farmácia observaram que em 10,6%, dos
500 poços pesquisados, a água apresentava concentrações excessivas de flúor.
Realidade – Água tratada, saída da
torneira, não é uma realidade em todos
os lares brasileiros. Em muitos municípios, particularmente nas localidades do
interior, comunidades utilizam água de
poços e fontes naturais. No entanto, ela
nem sempre apresenta condições de
consumo sem tratamento prévio, devido à características físicas ou químicas
apresentam valores em desacordo com
os padrões das normas técnicas de
potabilidade, particularmente quanto à
concentração de flúor. Para tornar essa
água adequada ao consumo humano, a
Universidade de Santa Cruz do Sul
(Unisc) desenvolveu o projeto. A
Aluno bolsista faz coletas para medir o
teor de flúor da água
premiação foi divulgada no início do mês
de agosto
O filtro serve para deixar a água dentro dos padrões normais. O equipamento é confeccionado com tubos de PVC e
carvão ativado. O carvão é o responsável por reduzir o índice de flúor na água.
Caso esse índice seja excessivo, ele pode
provocar conseqüências como a fluorose
dental e problemas nos ossos e articulações. Há um ano, a Unisc monitora oito
A professora Lílian utilizou na pesquisa ratas treinadas para nadar
Em esportes como a natação e a
maratona, existem perdas corporais habituais que, somadas às perdas produzi-
das pelo exercício físico intenso, resultam em quadros de astenia, dificuldade
para treinar e, em última instância, em
protótipos do filtro. Todos os resultados
indicaram a remoção do excesso de flúor.
Segundo um dos coordenadores da
pesquisa, Adilson Ben da Costa, os resultados do estudo e as formas de construção e operação do filtro serão encaminhadas à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para que o equipamento
possa ser disponibilizado às comunidades necessitadas. “O filtro tem baixo
custo e pode ser instalado pelo próprio
usuário”, observa o professor. Essas características foram observadas na
premiação da categoria Inovação
Social, em que puderam se inscrever trabalhos que promoviam a inclusão
social, a interação com a população e a
melhoria na qualidade de vida.
Como premiação pela participação,
o projeto receberá benefícios como um
selo alusivo ao prêmio, certificado de
participação, pedido de patente do produto e registro de marca, entre outros.
Participaram do desenvolvimento do trabalho os departamentos de Biologia e
Farmácia, de Química e Física, e de
Engenharia, Arquitetura e Ciências Agrárias, além do Pólo de Modernização
Tecnológica do Vale do Rio Pardo.
A previsão é de que a pesquisa seja
concluída no final deste ano. O projeto,
desde 2002, vem sendo mantido por
meio de um financiamento da Secretaria Estadual da Ciência e Tecnologia para
o Programa de Pólos de Modernização
Tecnológica.
uma clara queda do rendimento esportivo. Segundo a professora Lílian, que é
coordenadora do projeto de pesquisa,
“temos dificuldades em estudar alguns
parâmetros em humanos porque somente em animais se tem maior controle.
Assim, esperamos conseguir respostas
científicas consistentes que serão acrescentadas às já coletadas na literatura,
para podermos aprimorar mais o treinamento dos atletas, tentando minimizar
seus efeitos deletérios e melhorar seus
desempenhos físicos sem prejuízos para
a saúde”, afirma. Os resultados da pesquisa devem ser divulgados até o final
do mês de agosto.
Agosto/Outubro - 2005
11
Alimentos fora de padrão ou da data
de validade podem ser consumidos
D
ois estudos realizados na Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(Unisinos) esquentaram uma discussão
que poderá significar menos desperdício de alimentos e mais estômagos
cheios. Deve existir uma legislação específica para alimentos destinados à
doação? Para as engenheiras de Alimentos Samanta Saraiva dos Anjos e Roberta
Steffens, a resposta é sim.
A pesquisa de Samanta nasceu durante estágio no Banco de Alimentos da
Federação das Indústrias do Rio Grande
do Sul (Fiergs), parceira da universidade. A entidade recebeu cerca de quatro
mil latas amassadas, que a princípio deveriam ser descartadas. Curiosa em verificar se os alimentos estariam, de fato,
danificados, Samanta resolveu buscar a
resposta nos laboratórios da Unisinos.
Entre os enlatados, escolheu um alimento com maior risco de reagir com a embalagem: o extrato de tomate. Comprou
240 latas. Preservou 24, para formar o
grupo de controle, e colocou as restantes em cima de uma empilhadeira. Para
simular um acidente, derrubou-as de
uma altura de 2,7 metros. Nenhuma se
rompeu. Samanta, então, separou as latas em cinco grupos, de acordo com o
local amassado (na lateral, na costura,
na tampa, no fundo ou na tampa e no
fundo). A cada 50 dias, realizou análises para verificar se havia ocorrido contaminações microbiológicas de bolores
e leveduras, e físico-químicas de pH,
acidez, ferro e estanho. “Após 150 dias,
não consegui encontrar nada fora dos
limites aceitáveis pela legislação brasileira. A lata amassada é considerada fora
do padrão, mas ninguém se preocupa
em saber se o alimento foi afetado.
Hoje, há toda uma tecnologia avançada
em embalagens que preserva o alimento”, salienta Samanta, que trabalha
como laboratorista na Unisinos.
Já a engenheira de alimentos
Roberta Steffens investigou se a farinha
de trigo, um dos alimentos que mais
chegam para doação, mantinha-se den-
12
Agosto/Outubro - 2005
A pesquisadora Samanta dos Anjos
tro dos padrões mesmo depois de o
prazo de validade constante no rótulo
estar vencido. Após monitorar, durante
um ano, a temperatura e a umidade, ela
concluiu que as condições de armazenamento do banco de alimentos eram
boas. Nos laboratórios da Engenharia de
Alimentos, fez inúmeros testes para verificar a presença de microorganismos,
análises de pH, teor de umidade, de proteínas e sais minerais e a acidez graxa
das farinhas. Descobriu que, após o vencimento, o produto continuava dentro
dos parâmetros estipulados pela Agên-
cia de Vigilância Sanitária. “Pretendemos
desencadear uma discussão sobre a necessidade de se criar uma legislação específica para os bancos de alimentos. E
o trabalho mostrou que a discussão é válida”, pontua
Roberta.
A coordenadora do curso,
Janice da Silva, que orientou o
trabalho com a farinha de trigo, lembra que o assunto é
bastante delicado e envolve
questões de mercado, sociais e
éticas. “Nosso desejo é fornecer subsídios técnico-científicos
para, possivelmente, criar uma
legislação específica”, salienta.
Outros trabalhos deverão
ser realizados, com o objetivo
de ampliar o estudo.
O Banco de Alimentos havia solicitado ao Instituto de Tecnologia
de Alimentos (ITAL), de São Paulo, um
dos mais bem conceituados do país, um
trabalho nessa mesma linha. A pesquisadora paulista elogiou o trabalho realizado pela Unisinos e encontrou resultados similares, o que fortaleceu ainda
mais a tese de que é preciso rever as leis
atuais. “Dá para mudar tudo o que está
aí e resolver o problema da fome, desde que o trabalho seja acompanhado por
profissionais capacitados”, destacou o
presidente da entidade, Paulo René
Bernhard.
UNISANTOS INAUGURA CÁTEDRA
O
Centro de Ciências da Educação da Universidade Católica
de Santos (UniSantos) instalou no último mês de junho a Cátedra Paulo
Freire. Formada por um grupo que
segue as idéias de Paulo Freire, tem
como objetivo manter vivo o ideário
Freiriano, além de fazer com que o
educador seja estudado de forma intensa. O local não foi criado para fazer com que os alunos virem seguidores de Freire, mas sim para que eles
possam conhecer uma maneira diferente de pensar. Segundo o professor
Dráuzio da Costa Pires de Campos,
diretor do Centro de Ciências da Educação, a Cátedra se destina a uma reflexão. Ela é ligada ao projeto Centro Cidadão, que existe há dois anos e tem
como objetivo resgatar a cidadania pelo
conhecimento. No local, são desenvolvidos inúmeros projetos com alunos dos
ensinos fundamental e médio.
Presente durante a instalação, o presidente o instituto freiriano, professor
Jason Mafra, falou da importância de
uma Cátedra dentro da universidade e
do seu papel perante os alunos. Mafra
registrou que com o projeto, a UniSantos
torna-se mais uma parceira do instituto,
Parlamento universitário cria Rede
Universitária de Cidadãos Cristãos
T
rês estudantes da Universidade
Católica de Petrópolis (UCP) estavam entre os cinco brasileiros que participaram, entre os dias 31 de agosto e
2 de setembro, do I Parlamento Universitário Latino-Americano, realizado na
Universidade Católica da Argentina, em
Buenos Aires. O evento, que reuniu mais
de 200 estudantes de 28 universidades
de países da América Latina, marcou o
início da união dos jovens em busca de
uma sociedade mais justa e foi encerrado com a primeira ação prática do grupo: a criação de um portal na Internet
que vai reunir universitários cristãos que
queiram trabalhar por melhores condições de vida em seus países.
Segundo os estudantes Marcos Júnior
Teixeira de Oliveira, João Gabriel
Medeiros e Rafael Otávio de Britto, que
representaram a UCP no Parlamento, o
encontro teve como objetivo principal
reunir estudantes universitários da América Latina para discutirem diferentes aspectos da realidade de seus países. Ao
todo, 10 temas foram debatidos e, para
cada um deles, foi formatado um documento com as principais propostas de
ação. A intenção é que cada estudante,
de volta a seu país, busque apoio do go-
Estudantes da América Latina debatem diferentes aspectos de seus países
verno para a implementação das idéias.
“Nós da UCP, junto com os estudantes
da Pontifícia Universidade Católica de
Campinas (PUC-Campinas), que também
participaram do encontro, vamos formular um documento com as principais propostas do parlamento para entregar ao
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Queremos conseguir apoio do governo”, explica Marcos. Segundo ele, o comitê
organizador do Parlamento reunirá as
propostas aprovadas em um livreto, que
será entregue às principais autoridades
dos países da América Latina e de outros que também apoiaram o evento. “O
Papa Bento XVI também receberá. Ele
enviou mensagem de apoio aos participantes do encontro”, revela.
Os estudantes da UCP participaram
de grupos de discussão sobre os temas
“A América Latina diante da Ordem Internacional”, “Democracia e Participação” e “Tráfico de Entorpecentes e Dependência de Drogas”. Entre as principais propostas da primeira mesa de discussão estão a cobrança de mais
integração entre os países da América
Latina e de mais responsabilidade em
relação aos direitos humanos. Os integrantes da segunda mesa pediram lideranças para comunidades educativas e
campanhas de conscientização sobre a
importância da democracia e da participação popular. Na terceira mesa, propostas mais práticas: aumentar a oferta
de cursos profissionalizantes para jovens
carentes, criar programas de fortalecimento da família e aumentar a fiscalização nas principais entradas e saídas dos
países participantes do evento.
PAULO FREIRE
o direito à “palavra”. A parseguindo a ideologia e os pensamentos de Paulo Freire. “A
tir dessa prática, Freire criou
comunidade freiriana constio método que o tornaria cotui-se num conjunto de pesnhecido no mundo, fundasoas e instituições que, por
mentado no princípio de
afinidade e prática políticoque o processo educacional
educacionais, se encontram
deve partir da realidade
ligadas ao legado freiriano”, Jason Mafra falou da importância de uma Cátedra dentro da
que cerca o educando.
universidade e do seu papel perante os alunos
acrescentou.
As primeiras experiênPara melhor cumprir essa finalidade, conhecer o instituto basta acessar o site cias com o método tiveram início em
1963, quando 300 trabalhadores foram
ou seja, sua missão institucional, o Insti- www.paulofreire.org
Pensamento freiriano – O pensa- alfabetizados em 45 dias. Um ponto netuto busca desenvolver pesquisas, para
formular e implementar planos, progra- mento freiriano teve início no Nordeste gativo foi o golpe militar que interrommas e projetos nos campos da educa- na década de 60, com Paulo Freire, que peu os trabalhos bem no início e reprição, da cultura e da comunicação. Para considerava que as crianças deveriam ter miu a mobilização.
Agosto/Outubro - 2005
13
Novo método para o diagnóstico do HIV/Aids
U
ma nova técnica para atestar se
o paciente tem o vírus HIV foi
desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Caxias do Sul (UCS). O estudo avalia a “testagem por amostra seca
em papel-filtro” como forma de realizar
o diagnóstico, analisando uma pequena
amostra de sangue, coletada a partir de
uma picada no dedo e aplicada a um
papel. A pesquisa, financiada pelo Programa Nacional de DST/Aids e pela
Unesco, foi aprovada pelo Ministério da
Saúde, que autorizou a continuação dos
trabalhos.
Democratizar o acesso – De acordo com o chefe do Laboratório de Pesquisa em HIV/ Aids da UCS, Ricardo da
Silva de Souza, a validação comprovou
que o papel-filtro tem a mesma eficácia
da coleta via punção venosa. Ainda segundo ele, a idéia é acessar áreas remotas e sem estrutura laboratorial. “Os resultados da primeira fase da pesquisa
foram positivos”, avalia. “ Essa forma de
amostragem possui outras vantagens,
além da facilidade na coleta, como o
armazenamento, a necessidade de pouca estrutura e recursos humanos, o custo mais baixo e a praticidade na obtenção de respostas, via Internet e Correios”,
enumera o pesquisador.
Resultados – O médico explica também que foram analisadas 309 amostras durante o período de 3 de dezembro de 2004 a 3 de janeiro de 2005,
coletadas no ambulatório de Pré-Natal
e HIV/Aids do Hospital Nossa Senhora
Método facilita a coleta e o
amazenamento das amostras
da Conceição, de Porto Alegre, e testadas em diferentes condições de temperatura e umidade, comparadas, posteriormente, com as de outras capitais brasileiras. “Conseguimos mostrar que o
teste em papel-filtro funciona e adaptase à temperatura ambiente. Constatamos
que as amostras de outras regiões podem ser avaliadas aqui no Sul”, ressaltou. No trabalho realizado, as amostras
permaneceram 35 dias sem condições
especiais de armazenagem, o que comprova a estabilidade do processo. No
método de coleta via punção venosa, o
sangue precisa ser processado logo após
a coleta, do contrário fica inutilizado.
A fase dois da pesquisa deverá iniciar-se neste semestre. Com a validação
do método, o próximo passo é realizar
novos testes em trabalho de campo e
implantar o sistema de devolução dos
resultados pela Internet e Correios.
Pré-natal mais completo – O estudo deve continuar sendo realizado com
gestantes. “A meta é aumentar a cobertura e diminuir o número de crianças
infectadas”, observa Souza. Segundo ele,
no Brasil existem 17,2 mil gestantes por
ano com o vírus HIV ou Aids e somente
38,5% dos casos são diagnosticados no
início da gestação. Entre os anos de 2000
e 2003, aproximadamente quatro mil
bebês nasceram infectados. Por isso, destaca, a idéia é ter acesso às gestantes de
áreas distantes. “Medicamentos existem,
mas o controle é maior na área urbana;
nas áreas rurais, no Nordeste e Norte
do país, ainda é difícil o diagnóstico”,
enfatiza.
O Laboratório de Pesquisa em HIV/
Aids da UCS iniciou suas atividades no
final de 2002 e é o único credenciado,
no Brasil, para a coleta por meio de papel-filtro. Nessa pesquisa, além do médico Ricardo da Silva Souza, atuam o
professor Marcelo Bertelli e os farmacêutico-bioquímicos Luiz Gustavo dos Anjos Borges e Leonardo Motta. O objetivo é que a UCS seja um centro de referência em pesquisa e treinamento para
profissionais de outros estados nessa
área.
Os professores que atuam no Laboratório desenvolvem, também, duas pesquisas financiadas por instituições norte-americanas.
Curso de Odontologia da Univille é destaque nacional
O
trabalho de pesquisa de alunas
do curso de Odontologia da Universidade da Região de Joinville
(Univille) foi o único selecionado, na
categoria Pesquisador Iniciante (PIO), do
estado de Santa Catarina, para ser apresentado no maior evento nacional sobre pesquisa odontológica, a 22ª Reu-
14
Agosto/Outubro - 2005
nião Anual da Sociedade Brasileira de
Pesquisa Odontológica. O evento foi
realizado no último mês de agosto, em
Águas de Lindóia (SP). A pesquisa de
título Avaliação do Nível de Conhecimento dos Escolares do Distrito do
Saí (São Francisco do Sul/SC, Brasil) em
Relação à dieta Cariogênica e Higiene
Bucal foi desenvolvida pelas acadêmicas Aline Raquel Kruger, Caroline Fabre
e pelos professores Célia Maria Condeixa
de França, Paulo Henrique Condeixa de
França e Edward Werner Schubert, no
programa de extensão do curso de Odontologia Sorria Vila da Glória, que atua
com ensino, pesquisa e extensão.
Tr a b a l h o s C o m u n i t á r i o s
Índios fazem apresentação no lançamento do projeto apoiado pela Unesco
URI promove cultura
indígena nas Missões
A
reitora da Universidade Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Mara Regina Rösler, anunciou que a instituição vai desenvolver um
projeto de inclusão cultural indígena
num programa que conta com a parceria da Rede Globo e da Unesco.
Aumentar o diálogo e a prática
intercultural na região das Missões é a
meta do projeto da universidade, que
vai distribuir material divulgando a
milenar cultura indígena para 50 escolas públicas da região em 2006. O projeto foi um dos 40 selecionados este ano
pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco) para receber recursos do Programa Criança Esperança, da Rede Globo. “O objetivo é iniciar um diálogo hoje
e utilizar a educação formal do ensino
fundamental para discutir a questão das
culturas M’bya Guarani e Kaingang, sob
a perspectiva do indígena. Temos escolas que ainda falam da cultura indígena
na perspectiva do século 16, quando ela
estava totalmente separada da civiliza-
ção ocidental. Por isso, estamos consultando os indígenas. Só será publicado o
que deixarem”, diz Antônio Dari Ramos,
coordenador do projeto e dos cursos de
história e geografia da universidade.
Estrutura – A URI já recebeu metade dos R$ 100 mil destinados ao projeto pela Unesco. O dinheiro foi aplicado
na montagem da estrutura. Os professores querem produzir material étnicohistórico multidisciplinar para valorizar
o patrimônio e a cultura indígena. O
material deve ficar pronto em julho de
2006 e poderá ser trabalhado nas licenciaturas de História, Geografia, Letras e
Biologia. A meta é atender cerca de 3,5
mil alunos de 50 escolas de ensino fundamental da rede pública da região, que
abrange 40 municípios.
Oficinas – Após finalizar o projeto,
a universidade pretende realizar oficinas
pedagógicas e minicursos de formação
de professores, além de um simpósio nacional sobre educação formal e inclusão
indígena para que a comunidade e pesquisadores aprofundem a discussão so-
bre as políticas pró-educação indígena.
O MEC, que edita material produzido pelos indígenas, aprova a iniciativa. “O projeto é interessante porque vai permitir o
diálogo intercultural em uma região com
muitos sítios arqueológicos, com a produção de um material de qualidade que
vai renovar as concepções e mentalidades das culturas Kaingang e M’bya
Guarani”, afirma Susana Guimarães, consultora da Coordenação-Geral de Educação Escolar Indígena, da Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade (Secad/MEC).
Comunitárias – De acordo com a
reitora Mara Regina Rösler, trabalhar num
programa que conta com o apoio da
Unesco e da Rede Globo “dará um diferencial não só à URI, mas reafirma o compromisso da universidade comunitária
que busca ser sempre solidária e reafirmar seu diálogo e compromisso social”.
Segundo a reitora, o papel das comunitárias no país é claro ao defender e
proporcionar o desenvolvimento regional e a inclusão social, como pode ser
atestado outra vez por meio de um projeto como este sobre os indígenas das
Missões. Ela observa que as universidades comunitárias aguardam por programas de capacitação de seus docentes
para oferecer uma educação cada vez de
melhor qualidade.
Agosto/Outubro - 2005
15
Tr a b a l h o s
Comunitários
Projeto divulga literatura
e incentiva a leitura em
comunidades carentes
Oficinas de leitura já beneficiaram mais de 900 crianças
L
evar conhecimentos sobre literatura infantil e cultura a crianças
carentes, por meio de oficinas diárias.
Isto ocorre há nove anos no projeto do
Centro de Literatura Interativa da Comunidade (Clic), idealizado pelo Programa
de Pós-Graduação da Faculdade de Letras (Fale) da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
A iniciativa, implantada no Campus
Aproximado da Universidade na Vila
Nossa Senhora de Fátima, em Porto Alegre, já recebeu mais de 900 crianças de
7 a 14 anos.
Baseado em oficinas ministradas por
alunos de graduação e pós-graduação da
Fale, o Clic tem a função de incentivar a
leitura e o contato com obras literárias.
Para isso, os pequenos são divididos em
grupos de 10 alunos, com aulas pela
manhã e à tarde, de segunda a sextafeira, totalizando, aproximadamente,
cem crianças atendidas por ciclo. Segundo a coordenadora do projeto e professora do Programa de Pós-Graduação da
Fale, Vera Aguiar, o foco dos encontros
é o livro de literatura. “A partir de uma
obra infantil, os participantes fazem
peças de teatro, músicas, contam histórias, desenham utilizando sucatas e usam
o computador, dentre outras atividades”,
enumera.
O Clic conta ainda com uma biblioteca com cerca de mil exemplares, que
são utilizados para os trabalhos. Uma vez
por mês são realizados encontros culturais, nos quais autores, ilustradores, cineastas, músicos e outros profissionais
Inclusão social por meio da leitura e outras...
da arte participam das atividades, falam
de suas experiências e interagem com
as crianças. Já participaram do projeto
o cineasta Carlos Gerbase, o cartunista
Rodrigo Rosa e a escritora Sissa Jacoby,
dentre outros.
Ganham as crianças e os alunos Para Vera, a iniciativa tem sua impor-
TRABALHO COMUNITÁRIO MUDA ESCALA DE
E
strategicamente, a partir de 2002,
todos os alunos de graduação da
Pontifícia Universidade Católica do
Paraná (PUCPR), atualmente 20.721, só
podem colar grau após cumprirem, de
forma sistematizada, 36 horas de trabalho comunitário, executado de conformidade com abordagens científicas e
competência técnica. O eixo condutor
são a solução de problemas regionais, a
formação da cidadania e a ampliação da
visão pessoal e pública. “Ao participarmos do Projeto Comunitário, aplicamos
os conhecimentos adquiridos, mesmo
quando escolhemos atividades que não
fazem parte do nosso estudo específico,
isso porque a PUCPR, com a finalidade
16
Agosto/Outubro - 2005
de nos tornar profissionais competentes,
ensina a ser cidadão solidário comprometido com a vida e o progresso igualitário da sociedade”, testemunha Josney
Rodrigues Lara, do 8º período de Bacharelado em Sistema de Informação.
Tendo desenvolvido o Projeto Comunitário no Hospital Psiquiátrico Nossa
Senhora da Luz, de Curitiba, Vera Lúcia
do Rosário, 10º período de Direito, salienta que a convivência com pacientes
contribuiu para seu crescimento pessoal
e serviu para refletir sobre valores, saúde e partilha. “Nós, alunos, estamos
desenvolvendo espírito solidário, suprindo carências e construindo uma sociedade mais justa. A violência, a exclusão
social e a falta de condições mínimas de
sobrevivência são processos perversos e
realidades assustadoras”, ressalta Vera.
E prossegue: “Por isso, a formação universitária não visa apenas à realização
pessoal e profissional, mas, fundamentalmente, contribuir para o desenvolvimento da sociedade justa, humana e
sem violência. Só se constrói essa sociedade a partir da contribuição de todos”.
Experiência inesquecível - Claudino
Gilz, do 8º período de Pedagogia, realizou o Projeto Comunitário na Escola Municipal Margarida Orso Dalagassa, destinada a crianças de 1ª a 4ª séries. “A
alegria da meninada em participar de
atividades propostas, a simpatia e o abra-
...manifestações culturais
tância duplicada, pois beneficia ao mesmo tempo os estudantes da Fale e as
crianças. Por outro lado, oferece uma
inclusão social por meios da leitura e
outras manifestações culturais. A
monitora do projeto e acadêmica do
sexto semestre da Letras Giovana Camillo
ressalta a importância do Clic para a sua
formação. “Aprendi a trabalhar com as
diferenças. O que a gente vê na faculdade são pessoas de um nível social muito
diferente, você tem de vir para o Clic
livre dos seus problemas, para que possa dar a eles o melhor de você”, adianta. Giovana destaca que muitas crianças
têm somente nas aulas um canal de acesso à cultura. “Os vemos despertando
para a cultura, dizendo que viram na TV
um escritor que trabalhamos. São gratificantes as respostas que eles dão para
o pouquinho que oferecemos.”
Para as crianças, o projeto é muito
mais do que uma oficina de leitura. É
uma oportunidade de entrar em contato com o mundo cultural e também de
aprender valores humanos, como a solidariedade e o respeito com o próximo.
“Gosto muito das aulas. Aqui eu aprendi a mexer no computador, a respeitar
mais os meus colegas”, conta Tamires
Redivo, 12 anos. Para Kevin Pinto, de
11 anos, os três anos no Clic ensinaram
muito mais do que literatura. “Eu aprendi a ter educação, não brigar com os
colegas, ter respeito e gostar de ler”,
conta.
Luís Pedro Fraga, responsável pela
seleção das crianças da comunidade,
ressalta a importância para a vila: “Hoje,
eu vejo o Clic como um serviço, uma
necessidade da comunidade e não mais
como um projeto”. Ele acompanha a
iniciativa desde o início e nota a evolução no aprendizado dos participantes:
“Há crianças que chegam com dificuldade de leitura e saem lendo”.
Mas o Clic não é privilégio somente
dos pequenos da comunidade. Mediante o grande interesse das famílias, há dois
anos foi criada a Mala de Leitura, em
que são depositados livros de literatura
infantil, infanto-juvenil, adulta e revistas. “Saio visitando as casas para eles poderem escolher os livros que gostariam
de ler. Caso não sejam alfabetizados, eu
mesmo conto as histórias. Dessa forma,
a comunidade também tem acesso à
leitura”, conta Fraga.
O Clic recebeu, em 2004, menção
honrosa do 9º concurso, promovido pela
Fundação Nacional de Livro Infantil e
Juvenil, que premiou os melhores programas de incentivo à leitura junto a crianças e jovens de todo o país. Sediada
no Rio de Janeiro, a Fundação é a principal entidade não-governamental brasileira de incentivo à literatura infantil e
juvenil.
VALORES DE UNIVERSITÁRIOS
ço de gratidão de cada criança ficarão
para sempre em minha lembrança. Foi
uma experiência maravilhosa e inesquecível. Só o amor pela educação e pelo
voluntariado pode proporcionar tamanha realização humana e profissional”,
fundamenta.
Segundo ele, o Projeto Comunitário
coloca os conhecimentos acadêmicos a
serviço da edificação de uma sociedade
fraterna e pacífica. “O testemunho pessoal dessa iniciativa é fundamental. Estou convicto de que a educação é, essencialmente, ato de cidadania e promoção humana. A PUCPR nos oferece
orientação e possibilidades de minimizar
o sofrimento de quem passa fome de
pão, fome de sentido para a vida e fome
de oportunidades mais básicas de subsistência”, aponta frei Claudino Gilz.
Larley de Souza, diplomada em Educação Física, em 29 de julho de 2005,
realizou o Projeto Comunitário ensinando crianças a brincar, a não brigar, a não
dizer palavrões, bem como a respeitarem-se. “Por meio de oficina da palavra,
as crianças foram percebendo que nada
se constrói sozinho. Com isso, começou
haver colaboração, amizade, participação
e respeito. Foi nesse momento que começamos a fazer os jogos de estafetas,
intelectivos, imitativos e recreativos. Isso
me trouxe alegria e realização. A maior
recompensa que podemos ter em nossa
vida de estudantes e na profissão é a possibilidade de transformar a vida de outras pessoas, como essas crianças, que
necessitavam de carinho, amizade, compreensão e apoio para sonhar, ouvir e
contar história, correr, pular, brincar, dançar sorrir, chorar e,também, saber de seus
limites”, destaca Larley. E complementa:
“O Projeto Comunitário e as entidades
beneficiadas têm proporcionado aos acadêmicos essa oportunidade de crescimento como seres humanos íntegros.
Graças a essa iniciativa, cresce o número
de ex-alunos da PUCPR participando de
projetos voluntários em asilos, orfanatos, associações, ONGs, casas de repouso e instituições de caridade.
Agosto/Outubro - 2005
17
Tr a b a l h o s
Comunitários
Cerca de 1,8 mil alunos já passaram pela Universidade da 3a Idade da PUC-Campinas
Em busca da felicidade
erca de 1,8 mil alunos já passaram pela Universidade da 3ª Idade da Pontifícia Universidade Católica de
Campinas (PUC-Campinas), em seus 15
anos de atuação. O serviço, pioneiro em
todo o país, é modelo para, pelo menos, outros 200 projetos universitários
semelhantes, dos quais 50 somente no
estado de São Paulo.
Segundo a coordenação do curso, as
pessoas mudam a partir do momento em
que passam a acompanhar os cursos e
atividades oferecidas. Primeiro, no âmbito pessoal, com a melhora da autoestima. Segundo os professores, muitos
sofrem de depressão logo após a aposentadoria e vivem à custa de medicamentos. Ao freqüentar o serviço, descobrem novas perspectivas de vida e tornam-se pessoas dinâmicas, participativas, reduzindo inclusive o uso de remédios.
Trabalho para pesquisadores – Ainda segundo a coordenação, as atividades da Universidade da 3a Idade não se
limitam à extensão. Hoje, o serviço é
também campo de trabalho para pesquisadores e para a capacitação de novos profissionais das diferentes áreas.
Desde a criação da Lei nº 8.842, que
C
18
Agosto/Outubro - 2005
estabeleceu a política nacional do idoso
e a criação dos Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais do Idoso, até a
aprovação do Estatuto do Idoso, em setembro de 2003, os profissionais que
atuam no serviço vêm desempenhando
papel fundamental nas discussões sobre
a terceira idade no país.
Qualificação - A necessidade de profissionais capacitados para atender às
demandas da população da terceira idade tende a crescer na região. Segundo o
censo 2000 do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), dos quase
15 milhões de idosos brasileiros, em torno de 100 mil vivem em Campinas. O
que representa cerca de 10% da população do município. Em 2025, a previsão é de que o Brasil possa abrigar 34
milhões de idosos.
Muitos estudantes dos cursos da
PUC-Campinas têm despertado interesse pela área, o que permite a aproximação entre as gerações e, inclusive,
definição de orientação profissional. De
acordo com a coordenação, já foram
elaborados mais de 400 estudos de alunos de graduação sobre o assunto e
muitos dos que passaram pelos estágios
do serviço estão atuando em entidades
e serviços públicos de atendimento a
idosos.
A professora Sandra Forster Joanini,
especialista da Faculdade de Serviço Social da PUC-Campinas, ressalta que a
universidade tem contribuído não só
com a qualificação de novos profissionais como também oferece capacitação
para entidades especializadas e trabalha para que a legislação existente seja
cumprida. De acordo com Sandra, somente a partir da década de 80 a sociedade brasileira passou a dar maior atenção aos idosos, com a implementação
de leis e diretrizes para uma política
nacional direcionada à terceira idade.
“Mas ainda há muita discriminação e
preconceito. O desafio é trabalhar pela
implementação das leis no dia-a-dia da
comunidade, garantindo proteção, inclusão e participação social aos idosos”,
observa.
A reinserção social dos idosos na região foi o tema da dissertação da professora Maria Lúcia Olivetti Borini, da
Faculdade de Terapia Ocupacional da
PUC-Campinas, defendida na Faculdade
de Ciências Médicas da Unicamp e
publicada na última edição da Revista
Brasileira de Enfermagem.
Alunos dão aula de cidadania
realizando trabalho voluntário
O
perfil comunitário que caracteriza a Universidade Católica de
Santos (UniSantos) pode ser refletido na
atitude dos alunos. Um exemplo são os
estudantes do 6º semestre do curso de
Direito (manhã), que fundaram uma
ONG (Organização Não- Governamental)
para realizar trabalho voluntário em hospitais, unidades de ensino e comunidades carentes. Eles querem ir além e
pretendem instituir cooperativas nesses
bairros. O objetivo é a confecção de
uniforme industrial com plástico de
garrafa pet. Tudo começou com um
“empurrãozinho” da aluna Idalina
Galdino Xavier e com o direcionamento
de professores da instituição.
Quando Idalina iniciou o Curso de
Direito, em 2002, não imaginava que
iria ser escolhida pelos colegas como
representante de classe. Voluntária desde o início da década de 80, viu a chance
de unir pessoas. “Perdi a vergonha de
entrar em contato com tanta gente”,
conta a então representante, que já no
início de sua gestão convidou os colegas
de classe para visitar lares infantis beneficentes durante o Natal.
Em 2004, com a ajuda dos novos
voluntários, sonhou mais alto e quis
levar alegria a crianças internadas em
hospitais da cidade. “Li uma tese de
doutorado da Unicamp que provou que
o riso pode bloquear a dor”. Foi, então,
conversando com o professor Júlio
Ogasawara que descobriu que, para
realizar o trabalho, o projeto deveria
ser registrado oficialmente. Com a ajuda do professor doutor Luciano Prates,
do Mestrado em Gestão de Negócios,
Na UniSantos, alunos e funcionários se
na formação das cooperativas
aprendeu a elaborar o estatuto que oficializou, a partir de outubro daquele ano,
a Associação Alegria Solidariedade e
Cidadania (A.A.S Cidadania), da qual
tornou-se coordenadora.
A partir daí, a ONG teve suas ações
ampliadas para solucionar questões de
cidadania e meio ambiente. Alguns voluntários transformaram-se em “Doutores do Riso” para levar alegria a crianças
nos leitos de hospitais e, também, educação ambiental e informações sobre os
direitos e deveres contidos na Constituição Federal, para escolas e orfanatos.
Além disso, o grupo passou a realizar
mensalmente o “Dia da Cidadania Ativa”, atendendo a comunidades carentes com serviços como orientação jurídica, expedição de certidão de identidade, corte
de cabelo, dentre outros.
Desde então, o número de voluntários (20
alunos do curso de Direito) ampliou-se com alunos de outros cursos da
Universidade, formandos
e até funcionários. De
acordo com Idalina, a Associação desenvolve essas atividades com um
único objetivo: aproximar-se das comunidades
unem
carentes da região para
formar as cooperativas.
“O mais difícil é levantar o dinheiro
para o custeio das máquinas de
reciclagem e costura, pois com a venda
dos uniformes a cooperativa se auto-sustentará, trazendo renda salarial e benefícios para os cooperados da comunidade”, acredita. Além de levar o projeto
para as comunidades, a ONG prestará
todo o auxílio jurídico para os participantes.
Atualmente, a A.A.S Cidadania conta com a ajuda de 65 voluntários e, para
realizar as atividades rotineiras ou o projeto da cooperativa, está aceitando qualquer colaboração, seja pessoal ou financeira. Os interessados devem entrar
em contato com Idalina, pelos telefones (13) 3019-8243 e (13) 9139-5466.
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19
Tr a b a l h o s
Comunitários
Projeto Afinando as Cordas
Incentivando jovens na música e na computação
Projeto Afinando as Cordas, que
atende à cerca de 300 jovens da
cidade, conta agora com apoio do Centro Universitário da Fundação de Ensino
Octávio Bastos (UNIFEOB) para projeto
pioneiro de aprendizagem de música
com utilização do computador.
No último mês de julho, os alunos
do projeto e da ONG Ser Solidário, estrearam um novo instrumento para a
aprendizagem de música e partituras.
Além dos violões, os
estudantes de música
poderão, agora, contar com o computador
para o aprendizado.
O maestro e professor João Batista
Rodrigues Júnior, que
conduz o projeto, deverá dar parte de suas aulas nos laboratórios de informática da UNIFEOB, às
O
Projeto atende cerca de
sextas-feiras e sábados,
com recursos nunca antes utilizados.
Para a viabilização
da proposta, UNIFEOB e o Projeto Afinando as cordas contaram com o apoio
da Elfusa, que doou os fones de ouvidos
para o uso dos alunos. Monitores de
informática instalaram os programas e
placas, necessários para o uso dos
computadores. “Este
é mais um projeto
em que a UNIFEOB
está ajudando, cumprindo sua missão de
educar gerações”, registra o maestro.
Parceria - Para a
presidente da ONG
Ser Solidário, Regina
Célia Mazeo, a parceria é muito importante, porque testa uma
tecnologia nova no
ensino da música. “O
maestro tem o estu300 jovens
do pronto, mas não
tínhamos, até então, laboratório para a
prática. Num segundo momento, há um
fortalecimento no trabalho de inclusão
social, com a abertura do espaço universitário para os alunos, que, em sua
maioria, vêm da periferia”, explica.
Alfabetizadores solidários
P
arceira do Programa Alfabetização Solidária desde 1998, o Centro Universitário Univates, de Lajeado/
RS, é também uma porta aberta para a
troca de experiências, novas vivências e
oportunidades para alfabetizadores e
alunos da instituição. De 15 a 24 de julho, o Centro Universitário recebeu um
grupo de 23 voluntários dos municípios
alagoanos de Porto Real do Colégio e
Olho d’Água Grande, que participaram
de capacitação ministrada por estagiárias do curso de Pedagogia.
Ao mesmo tempo em que a
Univates atua na realidade social, contribuindo para a diminuição do analfabetismo no país, proporciona aos seus
alunos e visitantes o contato com diferentes realidades. Na programação desenvolvida em julho, também se inte-
20
Agosto/Outubro - 2005
graram ao projeto alunos do curso
Gastronomia Gaúcha, oferecido desde
fevereiro de 2004, e que, neste período, já exportou profissionais do mais
tradicional prato típico do Rio Grande
do Sul para atuarem em restaurantes e
churrascarias do Brasil e exterior. Foi
deles a responsabilidade pelo preparo
de um suculento churrasco durante um
momento de integração, quando ficaram evidenciadas a hospitalidade e a
cultura gaúchas.
Dentro do Programa Alfabetização
Solidária, a Univates já atuou em municípios da Paraíba, Roraima, Espírito Santo, Piauí e Alagoas, atendendo aproximadamente 230 turmas de alunos. Atualmente está em funcionamento o
Módulo 18, cujas atividades compreendem o acompanhamento e a seleção dos
Parceria é uma porta aberta para a troca de...
alfabetizadores, planejamento e capacitação no início e durante a execução de
cada módulo, planejamento das atividades realizadas pelos alfabetizadores em
seus municípios, visitas às turmas nos municípios (podem ser mensais ou bimensais), articulação do Programa para que
os egressos dêem continuidade aos estu-
Vitória, garantidas em mão-de-obra
especializada.
A meta do Programa Gestão Sustentável e Sustentável de Resíduos Sólidos
é atingir 400 lideranças de catadores
de lixo ao longo de cinco anos, em São
Paulo, Santo André, Diadema e Ribeirão Pires, em parceria com o Fórum
questão da reciclagem de lixo é
Recicla São Paulo (asuma preocupação mundial que
sociação de catadodepende principalmente da atuação dos
res), Rede Mulher de
chamados “catadores”. No Brasil, eles
Educação, Fundacensão uma realidade, mas o trabalho nem
tro, Senac, Instituto
sempre é valorizado. Porém, mesmo em
GEA, SOS Mata Atlânpaíses ricos, como o Canadá, o probletica e outros represenma existe e demanda investimentos, intantes de movimentos
clusive na capacitação dos trabalhadode catadores.
res envolvidos com a reciclagem.
Dentre as lições esCapacitação - Um projeto focado
tão: melhor aproveitanesse objetivo está sendo formalizado
mento do material
em Santo André (SP), entre duas instireciclado, segurança,
tuições de ensino que vêm se dedicanqualidade de vida, ordo à questão da capacitação dos Meta é atingir 400 lideranças de catadores em cinco anos ganização e noções
catadores de lixo: a Universidade de Vide defesa ao meio amtória, no Canadá, e a Fundação Santo International Development Agency biente. Segundo Odair Bermelho, reitor
André, no Brasil. A iniciativa terá recur- (Cida), com as contrapartidas da Funda- do Centro Universitário FSA, além da
sos de R$ 2 milhões, vindos da Canadian ção Santo André e da Universidade de capacitação técnica, o projeto lida com
uma questão fundamental, que é a necessidade de elevar a auto-estima dos
catadores. “A valorização desse pessoal
é importante para que ele não se sinta
marginalizado”, afirmou.
Em 2003, projeto semelhante desenvolvido pelos parceiros entre as primeiras centrais de Triagem do Programa de
Coleta Seletiva Solidária de São Paulo
qualificou 100 catadores, todos
multiplicadores de opinião entre suas
comunidades.
Objetivo - A intenção do projeto é
que a experiência obtida no Brasil possa
ser desenvolvida em outros países. Na
América do Norte, por exemplo, a atividade dos catadores é conhecida como
...experiências, novas vivências e oportunidades
binning ou dumpster diving e já envolve milhares de pessoas.
dos no programa de Educação de Jovens churrascarias. Com 340 horas/aula,
e Adultos (EJA) e incentivo à participa- oferece disciplinas que se relacionem
“Há problemas similares de exclusão
ção em concursos de redação.
aos aspectos organizacionais da prosocial e pobreza no Canadá, especialGastronomia – O curso de fissão, numa visão empreendedora
mente em cidades grandes como Vangastronomia gaúcha da Univates enfoca e criativa suficiente para acompanhar
couver”, diz Gutberlet. “Governos de
os principais aspectos da cultura rio- a ágil evolução e globalização do
todos os lugares deveriam procurar sograndense, técnicas de preparo dos ali- mercado de churrascarias nacional e
luções criativas para lidar com o problementos e a prestação de serviços em internacional.
ma”, completa.
Formação de catadores
de material reciclável
com apoio do Canadá
A
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21
Tr a b a l h o s
Comunitários
Educação no berçário
ça freqüentar a escola é de zero a dois
anos.
As atividades de cuidado e educação,
como ensinar a sentar, a segurar o
Projeto de extensão em instituições de educação infantil
pescoço, por meio do estímulo do desenvolvimento glocoordenadora do curso de Terabal, estão sendo paspia Ocupacional da Universidasadas às berçaristas
de do Sagrado Coração (USC), de Bauru
por meio de aulas
(SP), Fabiana de Vitta, começou uma
teóricas, realizadas
nova etapa do projeto de extensão em
uma vez por mês. A
parceria com a Secretaria Municipal de
atividade pretende
Educação com a finalidade de capacitar
fazer com que o enprofissionais dos berçários, das creches
tendimento do demunicipais da cidade, para o uso de
senvolvimento como
metodologias educativas em seu dia-aum todo - motor, sendia de trabalho.
sorial, cognitivo e sóDe Vitta é doutora pela Universidacio-emocional - faça
de Federal de São Carlos (UFSCar) em
parte do trabalho
Educação Especial, com a tese “Cuidadiário das funcionádo e Educação nas Atividades do Berrias do berçário. “Se
çário e suas Implicações na Atuação Proeu dou banho com a
fissional para o Desenvolvimento e Incriança deitada, eu
clusão da Criança de Zero a 18 Meses”.
não estou ensinandoO projeto dá continuidade a um trabaa a se sentar. Mas o
lho já realizado no período de seu douque eu preciso fazer
torado.
na hora do banho
A iniciativa conta com a ajuda de
para que ela se senduas alunas da graduação, Daniele
te? Colocar figuras na
Bustamante e Ana Luíza
parede para ela ir
Lanza, e uma da pós-graAluna simula exercícios com boneco e
com a mãozinha, deiduação, Alexandra SanFabiana De Vitta, coordenadora do programa
xar o chuveirinho na
tos, que cursa Aperfeiçoque o convívio, somado a mão dela e estimular sua curiosidade e
amento em Desenvolviuma série de atividades, participação”, explica a coordenadora,
mento Infantil na Terapia
não é possível em casa dando ênfase às formas metodológicas
Ocupacional. O trabalho
de aprendizagem.
apenas com os pais.
é realizado em forma de
“Eu não defendo que coloque proA importância em
capacitação dos profiseducar desde os primeiros fessor no berçário, mas que trabalhe com
sionais que atuam nos
meses de vida também quem está lá”, afirma De Vitta, relacioberçários das instituições
pode ser exemplificada nando a importância de ensinar os prode educação infantil da
pelo fato de as crianças fissionais do bercário sobre como eduSecretaria Municipal de
Educação. Também são realizadas ati- normais de zero a dois anos e as com car uma criança nesta faixa etária. Para
vidades de assessorias na promoção deficiências leves, como a Síndrome de ela, os profissionais de educação não têm
do desenvolvimento infantil por meio Down, por exemplo, serem iguais nes- preparo para atuar nos berçários pela
do planejamento e do oferecimento sa faixa etária. Esse fator faz com que característica das atividades.
A metodologia utilizada no curso de
de atividades que envolvem cuidar e seja necessário trabalhar tanto as crianças normais, para que se tenham pes- formação e capacitação das berçaristas
educar.
Segundo De Vitta, a importância do soas críticas no futuro, quanto aquelas é dividida em etapas. A primeira consisprojeto se dá quando a criança, com com deficiência para que o problema te na parte teórica; a segunda, na prátiaproximadamente seis meses, tem a pos- seja trabalhado desde o nascimento. ca com interferência nos berçários, junsibilidade de freqüentar a escola, fica Essa ação pode ser fundamental para tamente com o levantamento de dados
propensa a ser educada formalmente e sua inteligência futura, já que, segun- sobre as condições físicas dos locais e
se desenvolver melhor em sociedade, já do De Vitta, a melhor fase para a crian- suas necessidades materiais.
A
22
Agosto/Outubro - 2005
C
omputador, internet e todas as
ferramentas da área da computação eram novas para Tainara da Rosa,
quando ela começou a participar do
Mutirão pela Inclusão Digital da Universidade de Passo Fundo/RS (UPF). “Valeu
a pena ir às aulas. O aprendizado vai ser
importante para a vida”, afirmou, na
solenidade de formatura e entrega de
certificados, no último mês de julho.
Durante todo o primeiro semestre de
2005, um total de 136 alunos foram
atendidos. Dentre eles, portadores de
necessidades visuais, surdos, estudantes,
cadeirantes e internos do Centro de Atendimento Sócio-Educativo (Case).
Cidadania – O Mutirão pela Inclusão Digital surgiu em 2004 com a finalidade de aproximar o mundo virtual da
população que não tem acesso a essa
Foto: Cristiane Sossella
Mutirão pela Inclusão Digital
Portadores de necessidades especiais
receberam o certificado
tecnologia, através das oficinas de
informática e de cidadania. Desenvolvido pelo curso de Ciência da Computação, o projeto realiza encontros sema-
nais, no Laboratório Central
de Informática (LCI) e na UPF
Idiomas. A iniciativa conta
com a participação de professores, monitores e parceiros de
apoio. Ao todo, desde o início
das atividades, 270 pessoas já
foram beneficiadas.
Necessidade de qualificação – Para receber pessoas
especiais, a UPF investiu em
equipamentos e na preparação
de recursos humanos. Nas aulas destinadas aos portadores
de necessidades visuais, por
exemplo, o aprendizado foi
proporcionado por meio do programa
DosVox, único aplicativo em português,
todo em áudio, que permite a interação
com os alunos.
Jogos
Sinônimo de diversão, entretenimento e aprendizado, os jogos de computador estão cada vez mais presentes na vida
de crianças, adolescentes e adultos. Eles
surgiram praticamente na mesma época
da computação e acompanharam as novas tecnologias. Sua qualidade, jogabilidade e desafios têm melhorado ao
longo dos anos, tornando-os mais realistas e complexos. Além disso, o mercado
de jogos é lucrativo e nos últimos cinco
anos passou a ocupar fatias cada vez
maiores do tempo, que antes era dedicado às opções tradicionais de lazer, como
cinema, televisão e música.
Sabendo dessa realidade, o acadêmico do curso de Ciência da Computação
da UPF, Daniel Merkel, em uma iniciativa
inédita na instituição, desenvolveu um
jogo computacional. Como trabalho de
conclusão (monografia), ele apresentou
o protótipo para uma banca, tendo alcançado a nota máxima. Segundo Merkel,
foram cerca de oito meses, desde a pesquisa de viabilidade, escolha do método
e desenvolvimento do protótipo. “Para
chegar ao resultado final, utilizei conhecimentos técnicos como programação, in-
foi um desafio, uma experiência
válida e que deu certo”, considerou.
Como funciona – O jogo é
de ação e aventura, ambientado dentro da UPF, mais
precisamente no Instituto de
Ciências Exatas e Geociências
(Iceg). Merkel recriou digitalmente o Iceg e simulou uma invasão por seqüestradores, que
mantinham como reféns os proCena do jogo desenvolvido por Daniel Merkel
fessores e alunos. O jogador, no
caso, é o “mocinho”, que deve
teligência artificial, computação gráfica, salvar os seqüestrados.
lógica, cálculo e trabalhar habilidades arNa opinião do orientador do trabatísticas”, enfatizou, destacando a impor- lho, professor Evandro Luís Viapiana, apetância do embasamento teórico e das prá- sar de ser uma área relativamente nova
ticas realizadas durante o curso. Para ele, no Brasil, o computador está sendo conembora considerados, em sua grande par- siderado o centro do entretenimento na
te, apenas uma forma de entretenimen- casa, pois consegue congregar som, vídeo,
to, já estão comprovados os benefícios dos imagem, interação e movimento. “A área
jogos no desenvolvimento da coordena- de jogos movimenta hoje mais dinheiro no
ção motora, auxílio na alfabetização de mundo do que o próprio cinema, por isso,
crianças, treinamento em áreas como En- acredito que seja de fundamental imporgenharia e Medicina, bem como no trei- tância acompanharmos a evolução”, afirnamento de soldados e pilotos em simu- mou. Para ele, o primeiro passo foi dado.
ladores específicos. “Desenvolver o jogo “Agora é só continuar investindo na área”.
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23
ForExt
Fórum Nacional de Extensão e Ação Comunitária das
Universidades e Instituições de Ensino Superior Comunitárias
XII Encontro Nacional elege nova Coordenação
E
ntre os dias 24 e 26 de agosto foi realizado na Universidade de Passo Fundo (UPF), no Rio Grande do Sul, o XII Encontro Nacional de Extensão e Ação Comunitária, a VII Assembléia
e a II Mostra Nacional do Fórum Nacional de Extensão e Ação
Comunitária das Universidades e Instituições de Ensino Superior
Comunitárias (ForExt).
Cerca de 80 representantes de diversas Instituições de Ensino
Superior (IES) Comunitárias de todo o país estiveram presentes.
Tema – O tema geral do evento foi A Institucionalização da Extensão, que resultou no documento A Extensão nas Universidades
e Instituições de Ensino Superior Comunitárias: Referenciais Teórico e Metodológico. Na ocasião, foi aprovada também a Carta de
Passo Fundo referente à conjuntura educacional e social brasileira.
O evento, um dos mais representativos já promovidos pelo
Fórum, traduziu-se na consolidação da caminhada do ForExt até o
presente momento.
COORDENAÇÃO NACIONAL PARA O PERÍODO 2005-2006
Flaviano Agostinho de Lima – Presidente
Universidade de Sorocaba (Uniso)
Pedro Floriano dos Santos – Vice-Coordenador
Universidade do Vale do Itajaí (Univali)
Marisa Pontiens Zilio – Vice-Presidente
Eugênio Daniel – Coordenador da Câmara Sudeste
da Câmara do Nordeste
Centro Universitário de João Pessoa (Unipe)
Universidade de Passo Fundo (UPF)
Centro Universitário Claretiano (Ceuclar)
Inez Maria Fornari de Souza – Vice-Coordenadora
Luciane Pinho de Almeida – Secretária-Geral
Evandro Luis Amaral Ribeiro – Vice-Coordenador
Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE)
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
Universidade São Francisco (USF)
Alcivam Paulo de Oliveira – Assessor Executivo
Sandra de Faria – Coordenadora da Câmara do
Universidade Católica de Pernambuco (Unicap)
Centro-Oeste
Universidade Católica de Goiânia (UCG)
Carmem Lúcia de Lima Helfer – Coordenadora da
Câmara Sul
Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc)
Everaldo Peixoto de Vasconcelos – Coordenador
CONSELHO CONSULTIVO
Jorge Hamilton Sampaio
Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep)
Pe José Romualdo Degasperi – Vice-Coordenador
Luiz Síveres
Universidade Católica de Brasília (UCB)
Universidade Católica de Brasília (UCB)
FAUBAI – Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais
U
ma das principais ferramentas para o estímulo do processo de internacionalização nas instituições de ensino
superior é a organização de unidades especializadas e capacitadas para a promoção e gestão das ações de cooperação internacional.
Reconhecendo a importância desta estratégia para a inserção
da educação brasileira no cenário da educação internacional e a
qualificação dos programas institucionais de ensino, pesquisa, extensão e gestão, em 1998, é criado o Fórum das Assessorias das
Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais (FAUBAI).
Como fórum permanente com representatividade nacional e
com sede no Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras
(Brasília), o FAUBAI atua no fortalecimento das ações de
internacionalização do ensino superior no país, congregando
gestores ou responsáveis por assuntos internacionais das instituições de ensino superior brasileiras.
Com reconhecimento no Brasil e no exterior, o FAUBAI tem
se afirmado como interlocutor privilegiado para a discussão de
temas ligados às relações acadêmicas internacionais junto a importantes organismos e agências de fomento nacionais - como
Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, Ministério da
Educação, Ministério de Relações Exteriores, CAPES, CNPq, dentre outros - e internacionais, participando de associações
congêneres, programas e eventos ligados à cooperação internacional e mantendo relações permanentes com agências de fomento internacionais e representações diplomáticas, como a Embaixada e os Consulados da França, o Cendotec e a Edufrance.
24
Agosto/Outubro - 2005
Com uma Direção Nacional, representações por região e tipo
de instituição, e um Conselho Deliberativo, o FAUBAI reúne atualmente 130 gestores de assuntos internacionais de instituições
de ensino superior brasileiras, distribuídas em todo o território
nacional.
O FAUBAI apóia a inserção de instituições de ensino superior
brasileiras no contexto internacional e o intercâmbio com instituições estrangeiras, por meio da(o):
• presença de sua network em todas as parte do mundo
• promoção da diversidade e das potencialidades do sistema
de educação superior brasileiro
• promoção da cooperação interinstitucional e do intercâmbio
com instituições e organismos nacionais e estrangeiros
• estabelecimento de redes de contatos nacionais e internacionais
• participação ativa junto a agências e organizações nacionais e
estrangeiras para a promoção da cooperação internacional
• consultorias técnico-acadêmicas e apoio informativo às
agências e organismos nacionais e estrangeiros
• qualificação dos gestores de cooperação internacional
• promoção de seminários, conferências, cursos, oficinas,
encontros regionais, nacionais e internacionais
• divulgação de oportunidades, experiências, informações e
conhecimentos técnicos e acadêmicos
• gerenciamento de bancos de dados sobre internacionalização
da educação superior.
Leitura
Obrigatória
Plano de marketing é tema de livro lançado em agosto
Eder Polizei
Editora Thomson Learning
F
azer com que o leitor se familiarize
com as etapas necessárias à elaboração de um plano de marketing e suas
implicações para o mercado, para a empresa e principalmente para o consumidor. Esse
é o objetivo do livro Plano de Marketing, editado pela Thomson Learning. A publicação,
de autoria do professor de pós-graduação da
Universidade Metodista de São Paulo
(Umesp) Eder Polizei, que já pode ser encontrado nas livrarias e teve seu lançamento
oficial no dia 11 de agosto, em São Paulo.
É natural que um empreendedor, principalmente no Brasil, utilize-se somente da
sua experiência e intuição para definir novos negócios a explorar. O autor afirma que
tais qualidades devem ser destacadas, mas
melhor aproveitadas. Além de experiência
e intuição, o plano necessita de planificação, estrutura, análise e, finalmente, de
mensuração dos dados levantados.
O livro auxiliará o empreendedor a destacar melhor os pontos cruciais que lhe per-
mitam diminuir o risco de fracasso em um
novo negócio e também organizá-los melhor para maximizar o retorno sobre o investimento do planejador.
A idéia do livro surgiu da dificuldade que
o autor identificou nos últimos 10 anos, ora
ministrando disciplinas dos cursos de
Marketing que incluem a elaboração de
um plano de negócio, ora prestando consultoria sobre o assunto, dos envolvidos
(alunos e empreendedores) em entender e
operacionalizar a definição de um novo negócio no mercado.
O livro visa ser um manual prático, objetivo e descomplicado, recheado de exemplos
e aplicações. Ao final do mesmo, um exemplo prático é apresentado em todos os detalhes: um bar sofisticado localizado no bairro
do Itaim em São Paulo.
A publicação é indicada para disciplinas como Introdução ao Marketing, Planejamento de Marketing Estratégico, Administração Mercadológica, trabalhos de conclusão de curso (TCC - graduação e pós-graduação), Plano de Negócio, nos cursos de
Administração, Gestão Empresarial, Gestão
de Serviços e Negócios, Comunicação
Mercadológica, Administração Mercadológica e Marketing, Publicidade e Propaganda, entre outros. Recomendado também
para pequenos e médios empresários e profissionais das áreas de marketing, estratégia e negócios.
E-mail e Carta Comercial
Bioética – Uma Visão Panorâmica
Normélio Zanotto
EDUSC
Joaquim Clotet, Anamaria Feijó e Marília Gerhardt de Oliveira (Coordenadores)
P
ublicado em regime de co-edição com a
editora carioca Lucerna, a obra é um estudo contrastivo de gênero textual. Analisa o e-mail
como gênero textual emergente e sucedâneo da
carta comercial, mostrando com clareza como a
língua pode assumir relevância social e profissional. Originalmente, a obra foi apresentada como
tese de doutorado na Universidad del Salvador,
em Buenos Aires. Sobre ela escreveu o professor
Jayme Paviani: “Raramente um estudo científico,
nesta área, revela uma união tão significativa entre atualidade, cientificidade e praticidade”.
Ao escrever sobre a obra, de 176 páginas, a
professora Alicia Sisca, da Universidad del Salvador, enfatiza que o professor Zanotto aborda, com
rigor científico e base na experiência, um tema de
ordem prática: o estudo do e-mail, “novo gênero
de texto inserido no discurso empresarial, sem
desconsiderar sua relação com a pessoa humana
e seus valores espirituais”.
obra reúne artigos
de participantes das
várias edições do Curso de Inverno de Bioética, que vem
sendo realizado pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (PUCRS) desde
1999. Integrando-se ao paradigma da formação permanente, o curso consolida sua relevância pela atualidade, pertinência e validade dos temas,
definidos para atender aos interesses de leitores das mais
diferentes áreas. A leitura do
livro estimula a reflexão sobre
problemas éticos decorrentes
do progresso científico e tecnológico das ciências da vida como
reprodução assistida, lei de biossegurança, relação entre bioética e
direito, ambiente, odontologia, psicologia e estética, ensino e
pesquisa em animais, importância dos comitês de ética e bioética.
A
Agosto/Outubro - 2005
25
L eitura
Obrigatória
EDUCS lança Criação
e Poéticas Digitais
A
s professoras Diana Domingues, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), e Suzete
Venturelli, da Universidade de Brasília (UnB), lançaram,
no último dia 10 de agosto, em São Paulo, a obra
“Criação e Poéticas Digitais”, do qual são organizadoras.
Os textos da obra buscam ampliar e estimular a discussão sobre a relação entre a arte, a comunicação, a ciência e a tecnologia. Além de ser o título do livro, “Criação
e Poéticas Digitais é também o nome de um dos grupos
de trabalho da Associação de Programas de Pós-Graduação em Comunicação do Brasil. Nesse grupo – do qual faz parte a pesquisadora Diana
Domingues – muitos artistas, comunicólogos, teóricos e pesquisadores universitários se apresentaram e trouxeram importantes contribuições para a formação de uma consciência
interdisciplinar que funde várias áreas de conhecimento.
Desde a relação entre a poesia e a comunicação, passando pelo desenvolvimento de sistemas de visualização de imagens panorâmicas, às imersões em mundos virtuais até a interação
com dispositivos móveis, os textos marcam um momento da história da arte e comunicação,
em que os grupos de pesquisa no Brasil se consolidam e multiplicam suas ações em congressos, exposições e apresentações.
Estudos sobre 3ª Idade
specialistas brasileiros de diferentes
áreas que atuam com questões relacionadas aos idosos lançaram, no último mês de
agosto, o primeiro livro da série Conversas em
Tempo de Envelhecer, da editora da Pontifícia
Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). O volume inaugural tem como título
Tempo – Rio que Arrebata.
A publicação reúne produções científicas de
40 profissionais, entre sociólogos, médicos, arquitetos e gerontólogos. Numa linguagem acessível, de interesse tanto dos estudiosos quanto
do próprio público da terceira idade, traz temas
diversos como alterações corporais, cidadania,
educação, cultura, lazer, acessibilidade, convivência, entre outros assuntos.
E
26
Agosto/Outubro - 2005
Max Scheler e a Ética
obra, escrita por Karol Wojtyla – Papa
João Paulo II, foi traduzida do espanhol para o português por Diva Toledo Piza.
Motivado para estudar os laços que vinculam
o sistema de Scheler à ética cristã, o livro analisa as premissas fundamentais e as teses do
sistema scheleriano. Constrói um sistema partindo de análise crítica da ética de Emmanuel
Kant, objetivando a elaboração de um sistema ético próprio dos valores materiais. Em
seu sistema, Scheler acentua a importância
do amor pela pessoa e o papel do seguimento
de um modelo ético para o conjunto da vida
moral. Editora Champagnat da PUCPR.
A
Editora Unisul
apresenta seus
livros em
Florianópolis
Feira do Livro tem
relançamento de obra de
Salim Miguel
A
Editora da Universidade do Sul de
Santa Catarina (Unisul) terá participação garantida na 20a Feira do Livro
de Florianópolis, que acontecerá de 1o a
11 de novembro, no Beiramar Shopping,
em Florianópolis. Dois livros lançados recentemente serão apresentados: Velhice
e Outros Contos, de Salim Miguel, o mais
premiado dos escritores catarinenses, na
verdade um relançamento 53 anos depois,
com ilustrações de Rodrigo de Haro, e
A Região Costeira Meridional de Santa
Catarina, de autoria do ex-governador
Colombo Machado Salles, que também foi
professor da Unisul.
O estande da editora Unisul (B16)
na Feira do Livro de Florianópolis tem outras atrações, como as sessões de
autógrafos de quatro outros livros. A promoção do evento é da Câmara Catarinense do Livro.
No dia 4, Silvia Andreis autografará o
livro infantil Brincando com Portinari, que
conta a experiência de uma turminha em
férias. Ao descobrir a obra de Cândido
Portinari, o grupo se encanta e a revive
em inúmeras vivências. O livro tem também reproduções do pintor: Futebol, de
1935; Meninos Soltando Pipas, de 1943;
Palhacinhos na Gangorra, de 1957; Meninos no Balanço, de 1960; Meninos com
Estilingue, de 1958; e Circo, de 1957.
Dia 6 haverá a sessão de autógrafo
do professor Walter Felix Cardoso Júnior,
autor do livro Inteligência Empresarial Estratégica. Dia 8, César do Canto Machado
autografa Tubarão 1974 - Fatos e Relatos
da Grande Enchente, sobre a enchente de
Tubarão há mais de 30 anos. Dia 9 haverá
a sessão de autógrafos do livro Índios,
Baleeiros e Imigrantes, a Aventura Histórica Catarinense, de Mariléia Leal Caruso
e Raimundo Caruso.
INSTITUIÇÕES FILIADAS
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ)
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Universidade Católica de Brasília (UCB)
Universidade Católica de Goiás (UCG)
Universidade Católica de Pelotas (UCPeL)
Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
(19)
(31)
(11)
(41)
(21)
(51)
(61)
(62)
(53)
(81)
3756-7000
3319-4144
3670-8000
3271-1515
3114-1001
3320-3500
3356-9000
227-1000
3284-8000
3216-4000
Universidade Católica de Petrópolis (UCP)
(24)
2244-4000
Universidade Católica do Salvador (UCSaL)
Universidade Católica de Santos (UNISANTOS)
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
Universidade da Região da Campanha (URCAMP)
Universidade de Caxias do Sul (UCS)
Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ)
Universidade de Passo Fundo (UPF)
Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)
Universidade de Sorocaba (UNISO)
Universidade do Sagrado Coração (USC)
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP)
Universidade Reg. do Noroeste do Est. do Rio G. do Sul (UNIJUÍ)
Universidade Reg. Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)
Universidade Santa Úrsula (USU)
Universidade São Francisco (USF)
Centro Universitário Metodista Bennett (UniBENNETT)
Universidade Metodista de São Paulo (UMESP)
Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP)
Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ)
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações (UNINCOR)
Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE)
Centro Universitário São Camilo (São Camilo)
Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
Centro Universitário da FEI
Centro Universitário Fundação Santo André (FSA)
Centro Universitário UNIVATES (UNIVATES)
Centro Universitário FEEVALE (FEEVALE)
Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL)
Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB)
Centro Universitário La Salle (UNILASALLE)
Universidade Comunitária Regional de Chapecó (UNOCHAPECÓ)
Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC)
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)
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(19)
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(49)
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(47)
(55)
3324-7500
3205-5555
312-3800
242-8244
218-2100
3321-1500
316-8100
3717-7300
2101-7000
3235-7000
591-1122
3124-1515
3332-0200
522-1255
2554-2500
4034-8000
2557-1001
4366-5600
3947-1000
216-9200
3236-8766
3239-1000
461-9000
6169-4000
431-2500
621-3000
4353-2900
4979-3300
3714-7000
586-8800
3471-9700
3634-3300
476-8500
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341-7500
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