CENÁRIO INTERNACIONAL – 3º TRIMESTRE 2014
Europa
Pela metodologia ESA
95, o Produto Interno Bruto –
PIB da zona do euro teve crescimento nulo no segundo
trimestre de 2014, comparado
ao trimestre anterior. Já a
União Europeia - UE cresceu
0,2%. Pela nova metodologia de
cálculo, ESA 2010, a zona do
euro cresceu 0,1%, de acordo
com a Eurostat, agência de
estatísticas da UE. Uma importante colaboração com esse
fraco desempenho foi a retração de 0,2% do PIB alemão. A
economia espanhola cresceu
0,6%, a francesa também ficou
estagnada e a italiana, com uma
contração de 0,2%, entrou em
recessão técnica, pela terceira
vez desde 2008. A taxa de
desemprego se estabilizou em
11,5% na zona do euro e diminuiu para 10,1% na UE. A
menor taxa observada foi a de
4,9% na Alemanha e a maior
24,4% na Espanha. Em agosto,
4,99 milhões de jovens abaixo
de 25 anos se encontravam
desempregados na zona do
euro e 3,33 milhões na União
Europeia.
Com a taxa anual de inflação de apenas 0,3% e a fraca
atividade econômica, o Banco
Central Europeu – BCE cortou a
taxa básica de juros de 0,15%
a.a. para 0,05% a.a., em sua
última reunião no início de
setembro. A taxa paga pelos
depósitos dos bancos comerciais no BCE ficou ainda mais
negativa, indo de -0,1%a.a. para
1
-0,2% a.a. A deflação continuou
representando um risco, sinal
de que os consumidores não
estão dispostos a gastar, provocando a queda dos preços. O
banco também anunciou a
compra de títulos lastreados em
crédito, os chamados ABS, cujos
leilões iniciais tiveram demanda
Desemprego na Europa
30,00%
25,00%
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
Fonte: www.tradingeconomics.com
menor que a expectativa.
EUA
A prévia do PIB norteamericano, referente ao segundo trimestre de 2014, apontou
um crescimento de 4,6%, em
base anual. Em comparação
com o mesmo período do ano
passado, o crescimento foi de
2,6%. As vendas de casas novas
atingiu, em agosto, o nível mais
alto desde 2008. A mediana dos
preços de venda de uma nova
moradia subiu 8% em relação
ao ano passado. Quanto à
produção industrial subiu 2,1%
em
agosto,
impulsionada,
principalmente, pelo crescimento das exportações e pelo
aumento da produtividade e do
emprego. No setor manufatureiro foi solida a criação de
postos de trabalho, tendo
ocorrido o maior crescimento
desde 2012. Já no mês de
setembro, foram criados nos
EUA 248 mil empregos, fora do
setor agrícola e assim a taxa de
desemprego recuou de 6,1% em
agosto, para 5,9% em setembro.
Em sua última reunião
neste ano, o comitê de política
monetária do banco central
americano, FED, manteve as
taxas de juros entre 0% e 0,25%
a.a. e reduziu novamente,
em US 10 bilhões, a compra de ativos no mercado
financeiro, ficando para
outubro a decisão de
zerar os US$ 15 bilhões
restantes. A inflação do
consumidor CPI continuou
abaixo do nível desejado pelo
FED, situando-se ao redor de
1,7%.
No lado fiscal, o déficit
para o exercício fiscal de 2014
encerrado em setembro, foi o
menor em seis anos. Foi de US$
483 bilhões, 29% menor que o
de 2013. Equivaleu a 2,8% do
PIB do país.
Ásia
Embora a economia
chinesa tenha crescido 7,5% no
segundo trimestre de 2014,
uma série de indicadores
econômicos referentes a agosto
mostraram desaceleração da
atividade,
com
resultados
piores que o esperado. A produção industrial avançou apenas 6,9% em relação ao mesmo
mês do ano anterior, depois de
ter crescido 9% em julho. O
setor imobiliário também gerou
preocupação, mostrando visível
arrefecimento. O índice de
CENÁRIO INTERNACIONAL – 3º TRIMESTRE 2014
preços ao consumidor da China,
IPC cresceu em setembro a uma
taxa anualizada de 1,6%, o
ritmo mais baixo em mais de
quatro anos. Já o índice de
preços ao produtor, PPI, que
voltou a registrar queda no mês
anterior, ficou em 1,8% anualizado. O indicador contabilizou
mais de 31 meses de retração,
seguidos, devido à queda da
demanda e dos preços de
matérias primas, assim como ao
excesso de capacidade da
indústria, principalmente da
siderúrgica. Nas exportações
houve uma grata surpresa, as
vendas ao exterior registraram
o maior crescimento em 19
meses.
No Japão, a atividade
despencou no segundo trimestre do ano, o PIB caiu 7,1% em
termos anuais, foi a maior
queda desde o primeiro trimestre de 2009. Houve um forte
recuo dos investimentos e do
consumo, sob o efeito da alta
do imposto sobre valor agregado, IVA, de 5% para 8% em
abril. Já o PIB da Índia subiu
5,7% nos três meses encerrados
em junho, na comparação com
o mesmo período de 2013. A
formação bruta de capital fixo
(investimentos) avançou 7%.
Investimentos em Renda Fixa
mercado de renda fixa apresentou taxa de juros decrescentes
dos principais títulos governamentais. Na ata da sua última
reunião, o FED mostrou maior
preocupação com a evolução da
atividade em algumas das
principais economias do planeta. O desempenho mais favorável da economia americana em
relação às demais gera uma
valorização do dólar que pode
prejudicar a retomada da
inflação para o patamar desejável a longo prazo. Assim, com as
expectativas sobre o provável
momento da elevação dos juros
americanos postergada, os
títulos de 10 anos do governo
americano (Treasury Bonds),
que rendiam cerca de 2,75%
a.a. no final do primeiro trimestre de 2014, passaram a render
cerca de 2,40% a.a. no final do
segundo. Por sua vez, o rendimento dos títulos de 30 anos
caiu de cerca de 3,65% a.a. para
cerca de 3,30% a.a. Quanto aos
títulos corporativos, no caso das
empresas com grau de investimento (Investment Grade) o
rendimento caiu de cerca de
3,55% a.a. para cerca de 3,35%
a.a. e no caso das empresas
com maior grau de risco (High
Yield) o rendimento subiu de
cerca de 5,70% a.a. para cerca
de 6,10% a.a. Por sua vez,
o rendimento do título do
governo alemão de 10
anos, German Bund, ficou
abaixo de 1% a.a.
Depois do bom comportamento das ações no
segundo trimestre de 2014, no
terceiro houve piora. Enquanto
o índice FTSE 100 (GrãBretanha) caiu - 1,78% no
período, o Dax 30 (Alemanha)
caiu -3,65%, o CAC 40 (França)
caiu -0,15% e o RTS Index
(Rússia), refletindo ainda a crise
na Ucrânia e as sanções econômicas da OTAN, caiu -17,74%.
Nos EUA, depois de
atingirem novos recordes, os
índices da principal bolsa tiveram comportamento diverso. Se
o S&P 500 caiu - 1,69% no
primeiro trimestre, o Dow Jones
subiu 1,28%. O fato a ser destacado foi a histórica estreia do
grupo de comércio eletrônico
chinês Alibaba Group Holding,
na bolsa de Nova York, cuja
ação subiu 38% no dia, levando
o valor de mercado da companhia para cerca de US$ 230
bilhões. A oferta inicial de
ações, IPO, do Alibaba arrecadou US$ 21,7 bilhões e foi a
maior dos EUA até hoje.
Na Ásia, depois das
quedas no segundo trimestre, o
índice Shanghai SE Composite
(China) subiu 15,40%, o Nikkei
225 (Japão) 6,67% e o índice
BSE Sensex 30 (Índia), 4,79% no
S&P 500
2.100,00
1.900,00
1.700,00
Contrariando as expectativas que apontavam na
direção da alta dos juros, com o
fim do programa de estímulos
do banco central americano, o
2
1.500,00
1.300,00
1.100,00
Fonte: Yahoo Finance
900,00
Investimentos em
Renda Variável
700,00
500,00
02/01/2008
02/01/2009
02/01/2010
terceiro.
02/01/2011
02/01/2012
02/01/2013
02/01/2014
CENÁRIO INTERNACIONAL – PERSPECTIVAS 4º
TRIMESTRE
Europa
De acordo com a Organização de Cooperação e de
Desenvolvimento Econômico –
OECD, a zona do euro encerrará
o ano de 2014 crescendo 0,8% e
o de 2015, 1,1%. O PIB da
economia alemã deverá ter
evolução de 1,5% neste e no
próximo ano, o da França 0,4%
em 2014 e 1% em 2015, e o da
Itália retração de 0,4% e avanço
de
0,1%
respectivamente.
Dentro da União Europeia – UE,
o PIB do Reino Unido crescerá
3,1% e 2,8% em cada um dos
anos. Pode ser que as condições do mercado de trabalho
ainda piorem. O crescimento
dos salários permanece muito
fraco em muitos países, o que
impede a evolução necessária
dos gastos dos consumidores.
Enquanto governos da zona do
euro estão paralisados por
excessivas dívidas e déficits
fiscais, o Fundo Monetário
Internacional – FMI, os EUA e
outros membros do G20 têm
repetidamente convocado a
Alemanha a usar seu espaço de
manobra para elevar o consumo e sustentar o crescimento.
Apesar de resistências do banco
central alemão, medidas mais
drásticas de estímulo podem
ser adotadas pelo BCE, principalmente se a inflação permanecer tão baixa, agora também
influenciada pelo petróleo em
queda.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o BCE
3
está considerando também a
compra de bônus corporativos
no mercado secundário e pode
decidir sobre o assunto já em
dezembro. Se o conjunto de
medidas irá ser suficiente
devemos esperar para ver.
EUA
Para a OECD a economia americana crescerá 2,1%
em 2014 e
3,1%
em
2015. O setor
de construção
civil,
principalmente
o
residencial
deverá continuar a se recuperar
gradualmente e deverá dar
suporte ao crescimento econômico, na medida em que siga
melhorando o mercado de
trabalho e as condições do
crédito se normalizem. Já a
produção industrial segue firme
e em setembro apresentou um
ganho de 1%, em relação a
agosto, com a aceleração da
atividade das fábricas e diante
do grande salto da produção de
companhias de serviços públicos. O uso da capacidade instalada subiu para 79.3%. Por seu
turno, a confiança do consumidor americano atingiu o maior
nível desde julho de 2007,
conforme pesquisa da Thomson
Reuters/Universidade de Michigan. Para os americanos, a
recente queda nos preços do
petróleo dá uma contribuição
adicional para uma maior
disponibilidade de renda para o
consumo, sem elevar a preocupação com a inflação, ainda
baixa. Surpreendentemente, o
número de pedido de seguro
desemprego, no início de
outubro caiu para o menor
número dos últimos 14 anos, na
medida em que os empregadores estão evitando cortar empregos, mesmo com o cresci-
Fonte: www.tradingeconomics.com
mento global se enfraquecendo.
A grande dúvida que
permanece em relação aos EUA,
diz respeito ao momento em
que os juros subirão. Muitos
acreditam que o FED irá conduzir a sua política monetária sem
ameaçar o crescimento e de
forma a manter a inflação sob
controle, ajudado pelas commodities em queda. Outros
creem que a atividade econômica pode se fortalecer ainda
mais, passando a exigir maior
atenção do FED quanto à mudança da política monetária. Em
relação ao programa de estímulos (Q3) a expectativa é de que
se encerre, com o corte dos US$
15 bilhões remanescentes, na
reunião do FED no final de
outubro.
CENÁRIO INTERNACIONAL – PERSPECTIVAS 4º
TRIMESTRE
Ásia
sas tenham crescido em setembro no maior ritmo dos últimos
sete meses, devido às vendas
para a Ásia, uma série de dados
recentes, incluindo a queda da
produção industrial levou o
governo a cortar a sua avaliação
econômica provocando especulações de que pode adotar
novos estímulos quando decidir
sobre a segunda fase do aumento do imposto sobre vendas
em dezembro.
Para a China, a OECD
estima um crescimento de 7,4%
em 2014 e de 7,3% em 2015.
Recentemente, o ministro das
finanças declarou não haver a
intenção de se recorrer a novos
estímulos como resposta a
dados mais fracos. Fontes do
governo chinês, declararam à
agencia de notícias, Reuters,
que o banco central do país não
deve promover corte dos juros
Investimentos em Renpara estimular a economia. O
da Fixa
fato é que o PIB do terceiro
trimestre de 2014, há pouco
Com as taxas de juros
divulgado desacelerou a alta
dos títulos do governo americapara 7,3%, na comparação com
no em níveis muito baixos, os
o ano anterior, o ritmo mais
investidores deverão continuar
fraco desde a crise de 2008. O
buscando alternativas mais
maior peso recaiu sobre o
rentáveis em outros mercados e
mercado imobiliário. Por outro
retornando para essa aplicação
lado, os dados mais recentes
nos momentos em que a disposobre a produção industrial e
sição ao risco diminua. Tendosobre as vendas foram animase em mente uma elevação
dores, acima das expectativas
gradual dos juros nos EUA, o
do mercado. No entanto, há
mercado deverá privilegiar os
muito a se fazer para redirecioinvestimentos de curto prazo
nar os vetores do
crescimento para o
consumo interno, que
precisa se expandir
ainda mais. Para a
Índia a OECD espera
que o PIB cresça 5,7%
em 2014 e 5,9% em
em
2015 e para o Japão Fonte: www.tradingeconomics.com
0,9% e 1,1% respectivamente.
TREASURY BONDS 10Y
Embora as exportações japone.
JUROS
detrimento de
mais longos.
Investimentos em Renda Variável
Depois de recordes sucessivos, as bolsas americanas
sofreram uma realização de
lucros com a preocupação de
que a fraqueza europeia possa
atrapalhar a recuperação da
economia americana, com o fim
do programa de estímulos (Q3).
As condições para a evolução
do mercado só estarão mais
claras na medida em que a
divulgação dos dados americanos não demonstrem uma
inversão na direção positiva dos
indicadores e a fraqueza da
economia europeia não se
acentue.
Para as commodities de
uma forma geral, o momento é
ruim,
principalmente
pela
insegurança em relação ao
crescimento da China, sobretudo para o petróleo, cujas cotações caíram da casa dos US100
para a casa dos US$
80. Entretanto, os
dados chineses recentes indicam o
fortalecimento da
demanda por petróleo em setembro, o
nível mais alto dos
últimos sete meses.
BOLSA
DÓLAR
4
vencimentos
CENÁRIO NACIONAL – 3º TRIMESTRE 2014
Atividade Econômica
A divulgação da queda
de 0,6% do PIB brasileiro no
segundo trimestre de 2014 em
relação ao primeiro, no final de
agosto, confirmou a fraqueza da
economia brasileira. Em relação
ao segundo trimestre de 2013 a
queda foi ainda maior, -0,9%. E
para piorar, a expansão de 0,2%
do primeiro trimestre foi revisada para uma queda de -0,2%,
configurando o quadro que os
economistas definem como
recessão técnica. A última vez
que uma recessão técnica foi
registrada, foi com a queda do
PIB no último trimestre de 2008
e no primeiro de 2009, durante
a grave crise econômica mundial. Em valores correntes, o PIB
no segundo trimestre deste ano
atingiu R$ 1,27 trilhão.
Enquanto o setor industrial apresentou queda de 1,5%, o de serviços recuou 0,5% e o agropecuário subiu
0,2%. Pela ótica do consumo, o
das famílias cresceu 0,3% e o do
governo caiu -0,7%. A chamada
Formação Bruta de Capital Fixo
(investimentos) caiu -5,3% em
relação aos três primeiros
meses do ano, a quarta queda
consecutiva. Comparada ao
mesmo período do ano passado
a queda atingiu -11.2%. A taxa
de investimento foi de 16,5%,
quase a mesma verificada em
2006. Já a taxa de poupança
ficou em 14,1%, quase a mesma
verificada em 2001.
5
Quanto ao setor externo, as exportações de bens e
serviços cresceram 2,8%, enquanto as importações tiveram
queda de 2,1% em relação ao
Fonte: www.tradingeconomics.com
primeiro trimestre de 2014.
Por conta do resultado
negativo do crescimento do PIB
a agencia de rating Moody’s
rebaixou, em setembro, a
perspectiva do rating Baa2 do
Brasil de estável para negativo.
Ele só não foi rebaixado para
apenas um grau acima do
“investment grade”, dada a
resistência continua da economia brasileira a choques financeiros externos, dado o seu
colchão de reservas internacionais.
Emprego e Renda
Divulgada em setembro
último, a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios – Pnad,
do IBGE, revelou que a taxa de
desemprego no Brasil teve, em
2013 o primeiro aumento desde
2009. Do total da população
ativa, 6,5% estavam desempregados no ano passado, enquanto em 2012 a taxa era de 6,1%.
A renda média do trabalhador,
no entanto, subiu de R$
1.600,00 em 2012, para R$
1.681,00 e, 2013, uma alta de
5% já descontada a inflação.
Medida através da Pesquisa Mensal de Emprego –
PME, a
taxa de
desemprego no
Brasil,
que era
de 4,9%
em julho, avançou para 5% em agosto. Na indústria, pelo quinto
mês consecutivo o emprego
caiu -0,4% em relação a julho,
em consequência da menor
confiança dos empresários do
setor e da crise por que ele
passa. Em relação a 2013 a
queda foi de -3,6%.
Já no mês de setembro,
de acordo com o Ministério do
Trabalho, o Brasil criou 123.785
empregos com carteira assinada, o pior resultado para um
mês de setembro desde 2001.
O número representa uma
queda de -41,35% frente ao
mesmo período de 2013. De
janeiro a agosto de 2014 foram
criados 904.913 empregos
formais, com uma queda de 31,6% em relação ao ano passado. O pior resultado para os
oito primeiros meses do ano,
desde 2004, quando começou a
ser apurada a série histórica. O
que chama a atenção é a contínua desaceleração em setores
intensivos no uso de mão de
obra, como o comércio e a
indústria. O quadro revela uma
CENÁRIO NACIONAL – 3º TRIMESTRE 2014
situação generalizada de deterioração no mercado de trabalho.
Setor Público
Com a divulgação das
contas do setor público consolidado (governo central, estados,
municípios e empresas estatais,
exceto Petrobrás e Eletrobrás)
em agosto, um déficit primário
de R$ 14,46 bilhões, foram
batidos vários recordes negativos. O déficit de agosto foi o
maior para o mês da história, o
maior desde dezembro de 2008
e fez que, pela primeira vez,
houvesse quatro meses seguidos de saldo negativo. O déficit
acumulado no ano e o percentual em relação ao PIB também
foram os piores já verificados. A
maior colaboração para o
resultado de agosto veio do
governo central, com um déficit
de R$ 11,95 bilhões, seguido
dos governos regionais com um
déficit de R$ 2,34 bilhões,
enquanto o das estatais foi de
R$ 173 milhões. A entrada da
receita extraordinária de R$
7,13 bilhões do Refis, evitou
uma situação ainda pior. Assim,
o superávit primário dos oito
primeiros meses do ano foi de
R$ 10,20 bilhões, enquanto no
ano passado foi de R$ 54,01
bilhões no mesmo período. O
esforço fiscal acumulado no ano
foi realizado com a ajuda de R$
1,52 bilhões do governo central
(0,05% do PIB) e de R$ 9,12
bilhões dos governos regionais
(0,27% do PIB), apesar do
déficit de R$ 440 milhões das
empresas estatais (0,01% do
PIB). Em 12 meses o superávit
primário consolidado foi de R$
47,49 bilhões, o equivalente a
0,94% do PIB. É importante
lembrarmos que a meta de
superávit primário definida pelo
Ministério da Fazenda para
2014 é de R$ 99 bilhões ou
1,9% do PIB. São R$ 80,80
bilhões do governo central, ou
1,55% do PIB e outros R$ 18,20
bilhões de estados e municípios, ou 0,35% do PIB.
Já o déficit nominal de
agosto, que inclui o pagamento
de juros, ficou em R$ 31,48
bilhões, enquanto a dívida
pública representou 35,9% do
PIB. No acumulado do ano o
déficit nominal foi de R$ 155,05
bilhões e o pagamento de juros
de R$ 165,26 bilhões. Em 12
meses o déficit nominal foi de
R$ 203,26 bilhões, ou 4,03% do
PIB, sendo que foram gastos R$
250,76 bilhões em juros, ou
4,97% do PIB.
Juros
Em sua última reunião,
no início de setembro, o Comitê
de Política Monetária do Banco
Central, o Copom, decidiu,
conforme as expectativas,
manter inalterada a taxa básica
de juros, Selic em 11% a.a. No
comunicado após a decisão,
sinalizou a manutenção da taxa,
em compasso de espera até que
haja maior definição da atividade econômica e do conjunto de
políticas a serem adotadas em
2015, inclusive no âmbito fiscal.
Inflação
Cambio e Setor Externo
A inflação medida pelo
Índice de Preços ao Consumidor
Amplo – IPCA, no mês de setembro foi de 0,57%. A alta,
acima das expectativas do
mercado, teve nos preços livres,
especialmente nos dos alimentos e do vestuário, as maiores
colaborações. A inflação acuIPCA
1,00%
0,90%
0,80%
0,70%
0,60%
0,50%
0,40%
Fonte:
IBGE
0,30%
0,20%
6
mulada no ano ficou em 4,61%
e a dos últimos 12 meses em
6,75%. Acima do teto da meta
do Banco Central que é 6,50%.
A taxa de difusão da inflação
ficou em 56,89%.
Já o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor – INPC
subiu 0,49% em setembro,
acumulando uma alta de 4,62%
em 2014 e de 5,59% nos últimos 12 meses.
0,10%
0,00%
A taxa de cambio dólar
x real, denominada P-Tax 800,
encerrou o terceiro trimestre
do ano cotada a R$ 2,45. Por
sua vez, a taxa do dólar comercial, por conta do cenário
político local e dada a valorização do dólar internacionalmente chegou a ser
cotada, durante o
trimestre, próxima
de R$ 2,50. Com a
pressão sobre o
CENÁRIO NACIONAL – 3º TRIMESTRE 2014
real, o Banco Central decidiu
dobrar a sua intervenção diária
no mercado de cambio, que
vinha sendo de US$ 500 milhões, através da oferta de
swap cambial.
Um fator que também
acaba sendo levado em conta
pelo mercado e pelo exportador, diz respeito à inflação que
acaba corroendo a valorização
da cotação do dólar. Com o
aumento dos preços internos, o
Brasil permaneceu caro em
relação a outros países que
também sofreram desvalorizações cambiais, mas tiveram
uma inflação mais baixa. Em
quatro anos, desde julho de
2010, a perda de valor nominal
do real em relação ao dólar foi
de 26%, mas se descontada a
inflação do período, a valorização do dólar foi de apenas 8%.
Já a balança comercial
brasileira teve em setembro o
pior resultado para o mês desde
1998. As importações superaram as exportações em US$ 939
milhões. As vendas ao exterior
somaram US$ 19,61 bilhões e as
importações US$ 20,55 bilhões.
Lideraram as exportações os
produtos básicos, seguidos dos
manufaturados e as maiores
importações foram de combustíveis e lubrificantes. No acumulado do ano até setembro, foi
contabilizado um déficit de US$
690 milhões, fruto de exportações de US$ 173,63 bilhões e
importações de US$ 174,32
bilhões.
Como a pauta de exportações do país tem nos produ-
7
tos básicos a maior participaro país com a maior dívida
ção, o atual preço das commoexterna, atrás da Espanha e dos
dities agrícolas, os menores dos
Estados Unidos. Por outro lado,
últimos quatro anos, juntamenno final de setembro, as reserte com a queda na venda de
vas internacionais brasileiras
manufaturados, principalmente
somavam US$ 376,11 bilhões.
para a Argentina, acabam por
enfraquecer as contas externas
Investimentos em Rendo Brasil.
da Fixa
Em relação à Balança de
Transações Correntes, que
Eleições e cenário exreflete o resultado de todas as
terno foram os principais indutransações do país com o
tores do comportamento do
exterior, o resultado também
mercado de renda fixa no
não foi animador. No mês de
terceiro trimestre de 2014.
agosto, o Brasil continuou
Diante de tantas incertezas
tendo mais saídas que entradas
quanto ao rumo das taxas de
de recursos e o déficit em
juros praticadas no mercado,
transações correntes ficou em
uma parcela significativa de
US$ 5,5 bilhões. Nos oito priinvestidores optou por aplicameiros meses do ano atingiu
ções pós- fixadas. O governo,
US$ 54,80 bilhões ou o equivaque normalmente limita a
lente a 3,66% do PIB. Já nos
oferta de Letras Financeiras do
últimos 12 meses o saldo está
Tesouro, as LFT, dobrou as
negativo em US$ 78,40 bilhões
vendas entre agosto e setemou 3,47% do PIB.
bro, de R$ 6,3 bilhões para R$
De acordo com o Banco
12,6 bilhões. Como o título é
Central,
os
investimentos
indexado pela taxa Selic, foi
estrangeiros diretos, IED, somauma forma de oferecer ao
ram US$ 42 bilhões até agosto e
investidor segurança e rentabiUS$ 67 bilhões em 12 meses. O
lidade, além de poder evitar a
suficiente para financiar cerca
alta volatilidade das taxas
de 80% do déficit em transaRendimento dos Títulos Públicos em 2014 - até setembro
ções correntes. O restante foi
financiado pelos voláteis Títulos / Rendimento (%) Títulos / Rendimento (%)
Vencimento
Vencimento
investimentos estrangeiros
Prefixados
Indexados ao IPCA
em carteira (renda fixa e LTN 2015
8,15
NTN-B 2015
9,55
9,04
NTN-B 2017
10,77
ações) que totalizou US$ LTN 2016
NTN-F 2017
9,20
NTN-B 2020
11,47
32,54 bilhões.
NTN-F 2021
12,20
NTN-B 2024
13,03
De acordo com o NTN-F 2023
13,08
NTN-B 2035
13,32
Indexados
ao
IGP-M
NTN-B
2045
13,84
Fundo Monetário InternacioNTN-C 2017
8,69
NTN-B 2050
14,94
nal – FMI, a dívida externa NTN-C 2021
10,53
Indexados a SELIC
13,06
LFT 2015
7,98
brasileira total atingiu US$ NTN-C 2031
LFT 2017
7,99
750 bilhões, ou 33,4% do PIB.
Fonte: IBGE
O Brasil passou a ser o terceiprefixadas no período.
CENÁRIO NACIONAL – 3º TRIMESTRE 2014
Outro fator importante
que afetou o mercado foi o
ingresso de capital estrangeiro
no país, o chamado investimento em carteira, que já alcançou
a cifra cerca de US$ 21 bilhões
neste ano aplicados em renda
fixa, objetivando as altas taxas
de juros pagas no Brasil, em
detrimento das pagas no exte*até 30/09/2014
Fonte: IBGE
rior. O que ajuda a explicar as
rentabilidades oferecidas pelas
NTN-B, o papel preferido.
Na tabela abaixo, apresentamos o desempenho dos
principais indicadores de renda
fixa em 2014, até setembro,
bem como o da meta atuarial.
Rentabilidade dos Indicadores
8
Indicadores
2014*
12M
IPCA + 6% a.a.
INPC + 6% a.a.
IRF-M 1
IRF-M 1+
IRF-M Total
IMA-B 5
IMA-B 5+
IMA-B Total
IDKA 2 (IPCA)
CDI
POUPANÇA
9,28%
9,29%
7,80%
9,60%
8,95%
9,41%
13,86%
11,99%
9,44%
7,83%
5,19%
13,15%
12,98%
10,28%
10,20%
10,19%
11,23%
9,78%
10,38%
11,74%
10,33%
6,32%
Investimentos em Renda Variável
Assim como o mercado
de renda fixa, o de renda variável evoluiu sob as mesmas
circunstancias, com a diferença
que o desempenho das ações
das empresas com controle
estatal ou influenciadas pela
alternância de poder imprimiram um ritmo também volátil
ao Ibovespa. O principal índice
da bolsa paulista subiu 1,78%
no trimestre, 5,07% no acumulado do ano, até setembro e
0,70% nos últimos 12 meses.
Enquanto no próprio mês de
setembro o índice caiu -11,70%,
já no início já de outubro subiu
4,72%, em um
único pregão, a
2013
maior alta em 27
12,27%
meses.
11,90%
Outro fator
7,44%
0,36%
determinante para
2,61%
o desempenho da
2,78%
-17,07%
bolsa foi o forte
-10,02%
4,21%
8,07%
6,85%
ingresso de capital estrangeiro
no ano, cerca de US$ 10 bilhões, em consequência da alta
liquidez no mercado internacional, que privilegiou os mercados
emergentes, enquanto o banco
central norte americano não
muda a política monetária.
CENÁRIO NACIONAL – PERSPECTIVAS 4º
TRIMESTRE
Atividade Econômica
Conforme o Relatório
de Mercado Focus, elaborado
pelo Banco Central, os economistas que militam no mercado
financeiro acreditam que o PIB
do Brasil crescerá apenas 0,27%
em 2014 e 1% em 2015. Para o
FMI será 0,30% neste ano e
1,4% no próximo,” fruto de uma
competitividade frágil, baixa
confiança dos empresários e
condições financeiras mais
ajustadas, com a inflação elevada e com o aumento das taxas
de juros, que restringem o
investimento”. O consumo
poderá continuar a se desacelerar em função da moderação na
criação de empregos e na
concessão de crédito. Parece
inevitável que, qualquer governo que assuma as rédeas do
país em 2015, terá que adotar
medidas corretivas dolorosas
para que o Brasil possa voltar a
crescer com vigor. Terá que
haver realismo no combate à
inflação, ajustados os preços
administrados, disciplina fiscal,
melhoria da infraestrutura e
rediscussão da carga de impostos, através de reforma tributária, para que a credibilidade
possa ser restabelecida e o
indispensável
investimento
privado retorne.
Para o Ministro Mantega as diretrizes da política
econômica serão mantidas no
próximo ano e para o talvez
ministro Armínio Fraga é preci-
9
so arrumar a casa, antes da
economia voltar a crescer.
Setor Público
No final de setembro, o
Banco Central reconheceu que
o governo não irá cumprir a
meta de economizar 1,9% do
PIB ou cerca de R$ 99 bilhões, o
chamado superávit primário,
para pagar as despesas com
juros ao longo de 2014. Ou seja,
a política fiscal do governo será
expansionista e continuará
pressionando a inflação. A
verdade é que não há mais
espaços para renuncias fiscais,
como a isenção do PIS e Cofins
para produtos de informática,
ou como a redução do Imposto
de Renda sobre o lucro no
exterior de empresas brasileiras. Por sua vez a dívida do
Tesouro com o FGTS, que já
supera os R$ 16 bilhões, não
poderá ser aumentada e nem
os repasses do Tesouro para o
BNDES, que já atingem R$ 450
bilhões e oneram diretamente a
dívida pública.
adesão ao Refis ou reforçar o
caixa vendendo ações do Banco
do Brasil, pouco irá ajudar as
contas do governo neste ano.
Se de um lado o rombo na
Previdência Social deve superar
a previsão oficial de R$ 40,1
bilhões e chegar a R$ 55 bilhões, de outro a venda de
licenças para serviços de quarta
geração de telefonia móvel
gerou recursos muito abaixo
das expectativas. Novas despesas sem a redução necessária
dos gastos pode, no futuro
próximo, exigir mais impostos.
Inflação
Conforme o Relatório
Focus, a expectativa do mercado financeiro é a de que o IPCA
fique, em 2014, em 6,45% e
6,30% em 2015. Para o Banco
Central ele só se aproximará
mais da meta em 2016. O IPC-S
divulgado no início de outubro
de 0,51%, já acelerou o ritmo
em relação a setembro, que foi
de 0,49%. A maior pressão
voltou a ser dos
SUPERAVIT PRIMÁRIO - BRASIL
preços
dos
6,00%
alimentos. Itens
5,00%
como hortifrú4,00%
tis e produtos
3,00%
pecuários fo2,00%
ram afetados
1,00%
por causa da
0,00%
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014(e)
estiagem, nuFonte: Tesouro Nacional
ma situação de demanda aqueUsar R$ 3,5 bilhões do
cida. Recentemente, o preço da
Fundo Soberano Brasil para
arroba do boi gordo, calculado
pagar parte dos juros da dívida
pela BM&FBovespa fechou no
pública, reabrir o prazo para
maior valor da série, iniciada
CENÁRIO NACIONAL – PERSPECTIVAS 4º
TRIMESTRE
em 1994. Embora o preço atual
da gasolina esteja em linha com
o preço do petróleo, depois das
recentes quedas, o governo já
anunciou que ele irá aumentar.
Uma importante pressão sobre
os preços em geral, tem origem
na cotação maior do dólar, já
que é alta a participação dos
itens importados entre os que
são consumidos. Pressão que
será reforçada quando os
preços administrados, como o
da energia elétrica, tiverem que
subir. Permanece intacto o ciclo
vicioso da inflação, em uma
economia ainda indexada.
Juros
Para o mercado financeiro a taxa Selic permanecerá
em 11% a.a. até o final de 2014
e será de 11,88% no final de
2015. Pelo que sugere a ata da
última reunião do Copom,
nenhuma alteração deverá
ocorrer no futuro próximo. A
única razão para que ela permaneça onde está, ou caia,
reside na fraqueza da atividade
econômica. Mesmo assim os
preços só cairão se a oferta de
Fonte: www.advfn.com
produtos aumentar ou a demanda cair. Ainda assim restará
10
a indexação e a pressão do
dólar. Historicamente, a inflação só regrediu no Brasil quando houve disciplina fiscal combinada com uma política monetária adequada.
Cambio e Setor Externo
Conforme o Relatório
Focus, o mercado estima que o
dólar estará em R$ 2,40 no final
de 2014 e R$ 2,50 no final de
2015. Esta é a média das opiniões. No entanto, o topo das
estimativas considera o dólar ao
redor de R$ 2,55 no final de
2014 e R$ 2,70 em 2015. Os
principais motivos são os fundamentos da economia brasileira e a valorização do dólar
perante outras moedas, no
mercado internacional. Para
tentar estabilizar as cotações o
Banco Central já ofereceu ao
mercado
mais de US$
100 bilhões
em
swap
cambial.
Teve sucesso, porém a
sua margem
de manobra
vai se reduzindo e há dúvida sobre a
continuidade do programa em
2015.
Para a Balança Comercial, o Relatório Focus prevê um
superávit de US$ 2,29 bilhões
em 2014 e de US$ 7,65 bilhões
em 2015. O maior problema
para as exportações do país, no
momento, reside na queda dos
preços das commodities. Os
produtos básicos representam
praticamente a metade do que
o Brasil exporta. O preço do
petróleo, por exemplo, já caiu
mais de 20% na bolsa de Londres e o da soja mais de 25%
em Chicago. De acordo com
estudos dos bancos Itaú e
Bradesco, o Brasil pode perder
cerca de US$ 11 bilhões em
2015, com as quedas das cotações.
Em relação às transações correntes, o Banco Central
prevê um déficit de US$ 80
bilhões em 2014 e um investimento estrangeiro direto de
US$ 63 bilhões. Para os investimentos estrangeiros em renda
fixa a previsão é de US$ 23
bilhões e para o investimento
em ações é de US$ 12 bilhões.
Investimentos em Renda Fixa
Inflação alta e podendo
subir mais, eleições, cotação do
dólar e cenário externo são os
principais fatores que influenciarão o comportamento das
taxas de juros e portanto das
aplicações prefixadas em renda
fixa. Diante de um quadro com
variáveis voláteis, o mais prudente é realizar alocações em
produtos cujos títulos que
integram as carteiras tenham
prazo de vencimento mais
curtos ou pós-fixados. Para os
CLASSSE DE ATIVO
ALOCAÇÃO
IMA-B 5+ / IDKA 20A
0%
IMA-B / IMA-G
0%
IMA-B 5 / IRF-M 1+
10%
IDKA 2A / IRF-M
20%
IRF-M1
10%
DI
20%
FIDC / CRÉDITO PRIVADO
15%
MULTIMERCADOS
5%
AÇÕES
10%
FIP
5%
FII
5%
CENÁRIO NACIONAL – PERSPECTIVAS 4º
TRIMESTRE
50.000
45.000
40.000
35.000
30.000
ra das cotações quando compaFonte: BM&F
radas aos referenciais internacionais. A relação preço x lucro
11
09/2012
07/2012
05/2012
03/2012
01/2012
11/2011
09/2011
07/2011
05/2011
03/2011
01/2011
11/2010
09/2010
07/2010
05/2010
03/2010
01/2010
11/2009
09/2009
07/2009
05/2009
03/2009
01/2009
11/2008
09/2008
07/2008
05/2008
03/2008
01/2008
25.000
09/2014
55.000
07/2014
60.000
05/2014
65.000
03/2014
70.000
01/2014
Ibovespa
75.000
11/2013
Para as bolsas o futuro
é
absolutamente
incerto,
independentemente de quem
vencer as eleições. Com os
fundamentos da economia
ruins, fica difícil, de uma maneira geral, para as empresas
negociadas em bolsa entregarem resultados animadores
para os seus acionistas. Dependendo da política econômica a
ser adotada no próximo ano,
haverá espaço para uma melho-
09/2013
Investimentos em Renda Variável
07/2013
IMA-B
05/2013
TAXA PRÉ-FIXADA
03/2013
JUROS
01/2013
INFLAÇÃO
da Bovespa projetada para 2015
se situa ao redor de 11. Nem
tão cara e nem tão barata para
a realidade atual.
Há também que se monitorar o comportamento do
investidor estrangeiro, que já é
responsável por quase 50% do
volume
negociado
na
BM&FBovespa.
Conforme
cálculo do Bank of America
Merril Lynch (BofA), cerca de
US$ 100 bilhões saíram das
ações brasileiras através de
fundos locais ou globais, nos
últimos anos. Para que retornem o próximo governo precisa
dar sinais inequívocos de que
vai promover as reformas
necessárias, como a previdenciária e a tributária, por exemplo
e fazer os ajustes necessários
para que o crescimento econômico seja retomado, os gastos
públicos sejam reduzidos e a
inflação controlada.
Um dos sinais de confiança na melhora da bolsa são as
operações de abertura de
capital das empresas, conhecidas
como
IPO’s. A única
empresa
a
realizar um IPO
no Brasil neste
ano foi a Ouro
Fino
Saúde
Animal,
que
ofereceu
ao
público ações, já no mês de
outubro. Empresas brasileiras
de tecnologia já cogitam operações desse tipo para 2015,
11/2012
RPPS, tendo-se em mente a
diversificação das aplicações e a
preservação patrimonial, sugerimos a alocação de seus investimentos conforme a tabela
abaixo:
tanto nas bolsas americanas
quanto no Brasil. Conforme
matéria publicada em setembro, no jornal O Estado de São
Paulo, empresas como a Decolar.com e como a Bebê Store,
que comprou a concorrente
Baby.com, estão analisando as
possibilidades. No início do ano
a Netshoes chegou perto de um
IPO, mas as condições desfavoráveis no mercado impediram a
operação.
Em relação aos demais
produtos de renda variável,
lembramos aos RPPS que no
BOLSA
DÓLAR
esforço de diversificação das
aplicações, devem ser continuadamente avaliados os fundos
multimercados, fundos imobiliários e os fundos de participações.
Renan Foglia Calamia
Economista CPA-20
CORECON 34.308
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mobiliário ou instrumento financeiro, esta é apenas também uma OPINIÃO que reflete o momento da análise e são consubstanciadas em
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estando, portanto, sujeitas a mudanças.
As informações deste Relatório procuram estar em consonância com o regulamento dos produtos mencionados, mas não substituem seus
materiais regulatórios, como regulamentos e prospectos de distribuição. É recomendada a leitura cuidadosa tanto do prospecto quanto do
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como às disposições do prospecto e do regulamento que tratam dos fatoras de risco a que o fundo está exposto. Todas as informações
sobre os produtos aqui mencionados, bem como o regulamento e o prospecto, podem ser obtidas com seu gerente, com o responsável pela
distribuição ou em seu site na internet.
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