Uso de ferramentas de comunicação para colaboração
entre pares e resolução de dúvidas clínicas:
explorando o WhatsApp
Felipe de Oliveira Lopes Cavalcanti
Raquel Vaz Cardoso
CBMFC
Belém, 29 de maio de 2013.
OBJETIVOS DA RODA DE CONVERSA
• Conhecer experiências de uso de Smartphones na
comunicação interprofissional na prática clínica da
atenção básica;
• Promover troca de experiências entre os atores;
• Reconhecer as necessidades, potencialidades e
desafios do uso de tal ferramenta no apoio à gestão
da clínica;
• Agregar profissionais para constituir um projeto
piloto na atenção básica;
PANORAMA
• O que temos?
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Telessaúde;
Portal de saúde baseado em evidências;
Comunidade de práticas – troca de experiências;
Materiais instrucionais (EAD, publicações, videoaulas, etc.);
Outros – google, etc.;
• O que não temos?
• Disponibilidade de resposta direcionada e em ato;
• Espaços de conversa entre pares;
• Recomendações específicas.
PANORAMA
• Uso crescente de Smartphones em serviços de saúde:
disponibilização de ferramentas de apoio à decisão clínica
(referências, planilhas, calculadoras, etc) e uso para
comunicação inter-profissional (PUTZER; PARK, 2012)
• Uso mais frequente: lembretes, mensagens de “mão única”
(encorajar consultas de seguimento e adoção de
comportamentos) e acesso a fontes de dados (KALLANDER,
2013)
• Acesso a fontes de dados (guidelines, periódicos, etc) para
tomada de decisão clínica principalmente acerca de
Tratamento, Diagnóstico, Prevenção (SAVI; SILVA, 2009)
FONTE: KÄLLANDER et al, 2013
FONTE: KÄLLANDER et al, 2013
FONTE: SAVI; SILVA, 2009
PANORAMA
• Estudos insuficientes para evidenciar os resultados das
iniciativas;
• Poucas publicações no uso para comunicação interprofissional, particularmente na atenção básica – exceto
Telessaúde;
• Uso informal de SMS, WhatsApp, Msn, Google Talk na
comunicação entre médicos residentes e preceptores e
entre profissionais de uma mesma equipe;
• Uso de e-mail e registros no prontuário eletrônico para
comunicação entre MFC e especialistas de referência.
Algumas necessidades
• Mais ferramentas de troca de informações para
apoiar em questões clínicas e organizacionais:
- Diagnóstico e Prognóstico;
- Terapêutica e Manejo clínico;
- Prevenção;
- Referência qualificada;
- Redefinição do processo de trabalho;
- Casos complexos (conjugam todas as acima).
Algumas Potencialidades
• Comunicação entre profissionais:
• Mesma categoria ou categorias diferentes;
• Serviços diferentes;
• De um mesmo serviço;
• Apoios Matricial e Institucional;
• Coordenação do cuidado em rede:
• Explorar a rede de saúde, conhecer os fluxos e
coordenar o cuidado por meio de troca de
informações com outros pontos da rede.
“Imediatamente é preciso reconhecer um regime de
regulação fundamental para a constituição e
funcionamento do SUS e que poderíamos denominar
de regime de regulação profissional, ou seja, aquele
feito pelos trabalhadores de saúde, muito em
particular pelos médicos, via contatos pessoais,
relações de conhecimento e confiança...
é um regime de regulação que pode ser altamente
cuidador, se soubermos incorporá-lo às nossas
estratégias gerenciais...”
(Cecílio, 2012)
Alguns desafios
• Excesso de informação:
– Dimensionamento do grupo para troca de
informações (8 a 12 é um mantra?);
• Informação confiável:
– Rede de confiança;
– Horizontalidade: autonomia e responsabilidade;
• Questões tecnológicas e éticas:
– Disponibilidade de internet e aparelhos;
– Segurança da informação.
• Singularidades do território
PROPOSTA
• Compor um Grupo de Trabalho;
– Projeto piloto, experimental;
– Entre 30 e 40 pessoas;
– Produção de conhecimento sobre modelo
comunicacional:
• Identificar conjuntamente necessidades e
potencialidades de um projeto como esse;
• Analisar contribuição de uma ferramenta desse tipo;
• Embasar (ou não) o desenvolvimento de App próprio;
PROPOSTA
• Para o piloto: WhatsApp;
– Mensagens multimídia
– Comunicação fácil, rápida, entre muitos;
– Software privado, sem segurança na troca de
informações;
Referências
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SAVI, MGM & SILVA, L. O fluxo da informação na prática clínica dos médicos
residentes: análise na perspectiva da medicina baseada em evidências .
Ci. Inf., Brasília, DF, v. 38, n. 3, p.177-191, set./dez., 2009.
Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ci/v38n3/v38n3a12.pdf Acesso em 26/05/13.
KÄLLANDER, K. et al. Mobile Health (mHealth) Approaches and Lessons for Increased
Performance and Retention of Community Health Workers in Low- and MiddleIncome Countries: A Review. J Med Internet Res. 2013 January; 15(1): e17.
Disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3636306/?report=classic
Acesso em 26/05/13
PUTZER, GJ & PARK, T. Are Physicians Likely to Adopt Emerging Mobile Technologies?
Attitudes and Innovation Factors Affecting Smartphone Use in the Southeastern
United States. Perspect Health Inf Manag. 2012 Spring; 9(Spring): 1b. Disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3329206/
Acesso em 26/05/13.
CECILIO, LCL. Escolhas para Inovarmos na Produção do Cuidado, das Práticas e do
Conhecimento: como não fazermos “mais do mesmo”? Saúde Soc. São Paulo, v.21,
n.2, p.280-289, 2012
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Felipe Cavalcanti