José Alberto Azeredo Lopes
Ministro da Defesa Nacional
Intervenção do Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, na chegada
da Fragata D. Francisco de Almeida, após seis meses de comando da Standing Nato
Maritime Group One
Lisboa, 20 de dezembro de 2015
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Só serão válidas as palavras proferidas pelo orador
Excelentíssimo Senhor General Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas,
General Pina Monteiro,
Excelentíssimo Senhor Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante
Macieira Fragoso,
Excelentíssimos Senhores Oficiais Generais
Demais Oficiais, Senhores Jornalistas e membros da comunicação social,
Oficiais, sargentos e praças do NRP Dom Francisco de Almeida,
Minhas Senhoras e meus Senhores,
Chega hoje a Lisboa o Navio da República Portuguesa (NRP) “D. Francisco de Almeida”,
após cumprir uma missão no quadro do apoio à acção de política externa. Este é um
dia de celebração e de festa. Por conseguinte, tanto como Português como na
qualidade de Ministro da Defesa Nacional, deixem-me que comece por exprimir a
minha satisfação por poder testemunhar este momento, carregado de significado e
simbolismo.
Como Ministro da Defesa Nacional, é-me muito grato receber uma Força Nacional
Destacada que terminou a sua Missão, neste caso por além mares, em missões, tarefas
e exercícios, os mais vários. Mas sobretudo, porque desempenhou bem a sua missão,
com competência, brio e grande visibilidade para o nosso País.
Foi, de facto, uma missão importante. Durante mais de seis meses, e no quadro
concreto de uma aliança privilegiada, assegurou-se a participação com um navio de
guerra taticamente relevante; e, bem assim, assumiu-se o Comando da Standing NATO
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Maritime Group One (SNMG1). Não será com certeza necessário, ao que suponho, que
me alongue na demonstração da relevância e da honra que representa este comando.
Esta Força Naval garante à NATO a manutenção de uma capacidade marítima
permanente, para ser empregue em operações e outras atividades, quer em tempo de
paz, quer em períodos de crise ou até de conflito. Esta Força teve como navioalmirante a Fragata D. Francisco de Almeida, a quem coube albergar o respetivo
comando e estado-maior.
Ao longo deste período, a Força realizou uma exigente série de exercícios de alta
intensidade, do Mar Negro ao Báltico, passando pelo Mediterrâneo e pelo Atlântico,
culminando no Trident Jucture 2015 – o maior e mais ambicioso exercício da NATO
realizado neste século. Durante este período, e não menos importante, treinou-se e
testou-se a NATO Response Force. Finalmente, através da participação na Operação
“Active Endeavour”, no Mediterrâneo Oriental, por distintos períodos temporais,
demos um contributo importante para o esforço internacional na luta contra o
terrorismo.
Desta forma, Portugal posiciona-se entre os que, através da sua capacidade de
intervenção externa, se assumem como país capaz de apoiar a sua política marítima e
contribuir de forma relevante nos desafios estratégicos globais de todos conhecidos.
Através das suas Forças Armadas, e insisto no ponto por ser de elementar justiça, mais
uma vez Portugal se afirma no plano da garantia da segurança internacional e marca
de forma indelével a sua posição como Aliado capaz, confiável e competente.
Por outro lado, esta missão refletiu sobejamente a operacionalidade das nossas Forças
Armadas, porquanto foram cumpridas, cabalmente, todas as tarefas atribuídas mas,
também, vendo reconhecido o elevado profissionalismo e os muito meritórios
contributos de todos os militares que nela participaram.
Este desempenho, e daí também o justo agradecimento, permitiu prosseguir um dos
objetivos prioritários da Defesa Nacional – manter uma resposta eficaz às exigências
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do quadro estratégico de alianças em que nos encontramos integrados e, porventura
a título principal, no seio da NATO.
Compreender-se-á, a esta luz, que sejam devidas algumas palavras mais concretas. Em
primeiro lugar, quero por isso exprimir uma palavra de apreço do Governo de Portugal
ao senhor Contra-almirante Silvestre Correia, pela forma notável como desempenhou
o Comando da Standing NATO Maritime Group One. Destaco a sua liderança
clarividente, assim como a determinação muito acima do comum para a prossecução
plena dos objectivos da missão. Tal permitiu ao seu staff apoiá-lo técnica e
profissionalmente, assim se assegurando que a SNMG 1 estivesse sempre pronta e
disponível para as tarefas operacionais que lhe cabiam.
Ao Comandante e guarnição do NRP “D. Francisco de Almeida”, manifesto os meus
votos de apreço; e felicito-os vivamente por esta missão tão bem sucedida. O exigente
exercício do Comando desta Força Naval foi desenvolvido com mérito, face ao vosso
excelente desempenho e à relevante participação do NRP “D. Francisco de Almeida” –
como navio-almirante e à forma eficiente e eficaz como o plano de operações definido
foi conduzido. Honraram, por isso, o nome de D. Francisco de Almeida, honraram-nos,
honraram Portugal, reforçaram o nosso prestígio na estrutura da NATO.
À Marinha, na pessoa do Senhor Almirante CEMA, agradeço também. Agradeço a
preparação, o aprontamento e a sustentação desta Força, com a proficiência e o nível
operacional demonstrados. Estou certo de que continuarão nesta senda de qualidade
e peço-lhe, Senhor Almirante, que transmita a todos os seus colaboradores o meu
sincero reconhecimento pelos seus serviços.
Ao Sr. General CEMGFA, agradeço o comando sensato e sabedor, nomeadamente
através do apoio de planeamento e labor incansável do seu Comando Conjunto para
as Operações. O êxito desta Força e, em geral, os sucessos de outras FND reforçam a
confiança do Governo e dos Portugueses nas suas Forças Armadas. E, deixo-o claro, a
confiança nas Forças Armadas é muito importante em democracia, e é além disso
importante porque valoriza justamente quem, com não muito, muitíssimo tem feito.
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O meu reconhecimento fica assim expresso também relativamente a todos os seus
colaboradores pelo bom trabalho de condução operacional evidenciado.
Deixem-me que termine com um outro agradecimento. Deixo-o para o fim mas
gostaria que o sentissem no topo. Porque agradeço às vossas famílias o apoio
caloroso, permanente e prestimoso que, tantas vezes com saudade e sofrimento,
apesar da distância, vos fizeram chegar. Foram longos meses, tanto para aqueles que
por longe andaram a servir Portugal como, decerto que por vezes em circunstâncias
pouco fáceis, para aqueles e aquelas que aqui esperaram.
Desejo por isso a todos um bom e meritório regresso a casa, em paz e segurança e um
feliz reencontro com as famílias, sobretudo nesta época em que, de forma tão especial,
se festeja a família.
Bem hajam.
Muito obrigado.
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Discurso do MDN na receção à Fragata D