Acessibilidade de pessoas com
deficiência aos serviços de saúde
Shamyr S de Castro
Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM
Origens
• Financiamento
– Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) – proc.: 409724/2006-8
• R$32.193,00
– Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(FAPESP) – proc.: 2006/59655-2
– Escritório Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) e
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) – proc.: 290006/2008-2
II Seminário “Inquéritos de Saúde no Município de São Paulo – ISA – Capital 2003 e 2008”.
Publicações
Fase I
Fase II
II Seminário “Inquéritos de Saúde no Município de São Paulo – ISA – Capital 2003 e 2008”.
II Seminário “Inquéritos de Saúde no Município de São Paulo – ISA – Capital 2003 e 2008”.
Objetivo – Fase I
• Analisar as dificuldades de acessibilidade aos
serviços de saúde vividas por pessoas com
deficiência
II Seminário “Inquéritos de Saúde no Município de São Paulo – ISA – Capital 2003 e 2008”.
Métodos – Fase I
• Pesquisa qualitativa de natureza exploratória
• Amostra
– Amostra intencional de 25 indivíduos com algum
tipo de deficiência (visual, auditiva ou física).
• Origem dos dados
– Lista de pessoas com deficiência – ISA – Capital –
2003
• Coleta dos dados
– Entrevistas abertas (abordagem qualitativa)
II Seminário “Inquéritos de Saúde no Município de São Paulo – ISA – Capital 2003 e 2008”.
Métodos – Fase I
• Método de análise: Discurso do Sujeito Coletivo – DSC
– “uma forma não-matemática nem metalinguística de representar
(e de produzir), de modo rigoroso, o pensamento de uma
coletividade, o que se faz mediante uma série de operações sobre
os depoimentos, que culmina em discursos-síntese que reúnem
respostas de diferentes indivíduos, com conteúdos discursivos de
sentido semelhante” (LEFEVRE e LEFEVRE, 2005)
• Temas:
– Deslocamento ao serviço de saúde
– Acessibilidade aos serviços de saúde
• Idéias centrais
• DSC
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Resultados – Fase I
• Resultados
– Deslocamento ao serviço de saúde
• [DSC 1.1] Eu vou de transporte coletivo; normalmente
não preciso de ninguém para me acompanhar e não
demora para chegar porque é perto.
• [DSC 1.2] Tenho que ir acompanhado, uso carro
particular e não demora para chegar.
• [DSC 1.3] Vou acompanhado, uso transporte coletivo e
demora para chegar ao serviço de saúde.
• [DSC 1.4] Tenho que ir de ambulância porque não
posso me sentar e tenho que ter companhia; é difícil vir
médico na minha casa.
II Seminário “Inquéritos de Saúde no Município de São Paulo – ISA – Capital 2003 e 2008”.
Resultados – Fase I
• Resultados
– Acessibilidade aos serviços de saúde
• [DSC 2.1] Eu sempre fui bem atendido, tem estacionamento, rampa,
corrimão, elevador, sinalização, banheiro especial e sala de espera.
• [DSC 2.2] Há uma certa demora no atendimento porque sempre
tem uma fila de espera. Se marcam para as 10h tem que chegar às
6h; tem que chegar bem cedo.
• [DSC 2.3] Não tem estacionamento, então tem que parar na rua
mesmo
• [DSC 2.4] Não tem rampa no serviço de saúde. Já chamaram 3 vezes
mas não tenho como levar porque não tem rampa para entrar; e
quando tem rampa não tem corrimão.
• [DSC 2.5] Não tem lugar para todo mundo esperar, então às vezes
esperam no chão e algumas salas não tem como um deficiente
entrar.
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II Seminário “Inquéritos de Saúde no Município de São Paulo – ISA – Capital 2003 e 2008”.
Objetivos
• Estudar a relação entre variáveis sóciodemográficas e dependência (AVDs e para
deslocamento até o serviço de saúde) com a
ocorrência de problemas de acessibilidade aos
serviços de saúde reportados por pessoas com
deficiência
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Métodos – Fase II
• Desenho de estudo - estudo de corte
transversal
• Áreas de estudo
– ISA-SP (2002) – Itapecerica da Serra, Embu e
Taboão da Serra
– ISA-Capital (2003) – São Paulo
• Sujeitos
– Pessoas que relataram alguma deficiência
II Seminário “Inquéritos de Saúde no Município de São Paulo – ISA – Capital 2003 e 2008”.
Métodos – Fase II
• Amostra
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Métodos – Fase II
• Metodologia
– Sujeitos: 333
– Coleta dos dados: entrevista domiciliar com
questionário fechado
– Análise: frequência, percentagens, χ2, χ2 de
tendência, Razão de Prevalência (RP brutas e
ajustadas)
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Resultados – Fase II
%
Necessidade de ajuda para ir ao serviço de saúde
49,00
29,70
Necessidade de ajuda (AVDs)
12,30
Uso do serviço de saúde nos 12 meses anteriores
6,50
Renda do chefe da família 2 a 4,99 sm
22,70
Renda do chefe da família >8 sm
10,13
Idade (78 a 97 anos)
19,75
Idade (70 a 77 anos)
16,00
Problema de acessibilidade
0
10
20
30
40
50
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Resultados – Fase II
• Resultados
– Pessoas com deficiências múltiplas (RP=2,8) ou
paralisia ou amputação (RP=3,0) relataram mais
dificuldades de acessibilidade que as com deficiência
auditiva
– Pessoas com deficiência com idade de 14 a 54 anos
(RP=2,3); de 55 a 69 anos (RP=2,4); e de 70 a 77 anos
(RP=2,2) reportaram mais problemas
– Pessoas que precisavam de ajuda, por causa da
deficiência, para ir ao serviços de saúde tiveram mais
problemas de acessibilidade (RP=3,0) que as pessoas
que iam ao serviço de saúde desacompanhadas
II Seminário “Inquéritos de Saúde no Município de São Paulo – ISA – Capital 2003 e 2008”.
Obrigado!
A verdadeira deficiência é aquela que prende o ser humano por
dentro e não por fora, pois até os incapacitados de andar podem ser
livres para voar. (Thaís Moraes)
Fotos: http://www.who.int/features/galleries/disabilities/index.html