Este ano vai ser meu
sou um morcego que já te comeu!
sabes… eu estou a brincar
é o meu ano
e tu vais ajudar!
Vou alertar-te
a minha espécie está a desaparecer
mas neste momento,
sei que não vais esquecer
Sendo assim,
a minha história vou contar
prepara-te…
porque eu vou começar,…
Narrador:
Era uma vez um morcego pequenino. Foi crescendo e os seus pais decidiram falar com ele,
para o alertar dos perigos que corria: muitas vezes eram renegados pelos outros e a espécie
estava a desaparecer.
Assustado, o morceguito foi então falar com os seus amigos. Era importante pensar numa
estratégia para não desaparecerem. O morceguito e os seus amigos organizaram uma reunião
secreta, para verem o que podiam fazer para resolver o problema que se instalou na
comunidade dos morcegos.
Como eles eram muito novos, não sabiam o que podiam fazer para ajudar. Um dos amigos
teve a ideia de ir falar com o chefe Morcegão. Este era o irmão mais velho e, por esse motivo,
pensaram que assim seria mais fácil para eles conseguirem uma solução.
Foram todos falar com ele, confiando que este resolveria a situação. Mas ele, não quis saber,
respondeu de uma maneira forte e arrogante “NÃO QUERO SABER”.
Uma vez mais, o morceguito e todos os seus amigos ficaram sozinhos e não conseguiram
ajuda no combate à sua extinção.
O morcego mais novo estava com muito medo e não o conseguiu esconder. Começou a
chorar. Ficaram todos muito preocupados, pois não sabiam o que fazer.
O morceguito chegou-se ao pé dele e disse:
- Não fiques assim... tudo se vai resolver. Todos juntos iremos conseguir resolver este
problema.
O morcego mais novo disse, choramingando:
- Tenho medo... não só por mim, mas também pelos meus pais e por todos os meus irmãos.
Tenho medo que eles caiam numa armadilha e que sejam capturados.
- Isso não vai acontecer, nós vamos conseguir. Só temos que acreditar que há uma solução!
- Mas, e se não conseguirmos? E se nós acabarmos por cair em esquecimento? O teu irmão
não se interessou pelo facto de a nossa espécie estar a desaparecer! Não quero que pensem
que somos uma aberração, que fazemos mal às pessoas. Nós não somos assim! Oh, eu só
queria ser adorado por todos!
- Pois não! E por nós não sermos assim é que vamos conseguir superar tudo isto!
Após isso, o morceguito ficou mais tranquilizado, mas mesmo assim com receio de tudo o que
pudesse acontecer.
Foram dormir, pois o dia tinha sido muito cansativo e muito emocionante. (enquanto as alunas
se deitam no chão)
Começou a ouvir-se uns barulhos estranhos. O morcegão acordou e foi ver o que se passava.
Estavam lá fora a montar uma armadilha.
Atrapalhado e sem saber o que fazer, o morcegão começou a andar de um lado para o outro.
Todo aquele stress acabou por acordar o seu irmão mais novo.
- O que é que se passa, morcegão?
- Não é nada. Volta a dormir.
- O que foi? O que é que está a acontecer lá fora?
- Nada! Deita-te e volta a adormecer.
O morceguito mesmo assim levantou-se e foi ver o que se passava lá fora e disse:
- Estás a ver?! Estão a montar tudo aquilo para acabar connosco! Não querias saber, mas
agora tens de ver o que está a acontecer.
- Eu não queria isto, não queria! Que podemos fazer?
- Reagir!, respondeu o morceguito.
- Eles não se podem ficar a rir. Acorda todos os outros e vem comigo, vamos arranjar uma
solução. (enquanto levantam o resto dos morcegos)
-Estão lá fora a tentar acabar connosco, mas nós não queremos isso. Temos que reagir,
ninguém vai ficar a rir-se de nós!
- Que estás a pensar fazer, morceguito?
- Tive uma ideia... não vamos ter medo, vamos enfrentá-los e mostrar que podemos ser amigos
de todos! Nós somos bons animais. Vamos lá fora e vamos enfrentar tudo o que vier! Estão
comigo?
- Sim! Responderam todos em coro.
Saíram todos para a rua e depararam-se com o morcego Racinas (que estava a armadilhar).
Quando viu todo aquele grupo de morcegos a dirigir-se em direção dele, assustou-se! Queria
fugir, mas nem sabia para onde. Foi aí que o morceguito lhe disse:
- Com que então querias acabar com a minha raça, hum? Achas bonito? Sou tão ou melhor
que tu, sou um bom animal e um bom amigo de todos os meus. Não faço mal, apesar de
muitos acharem o contrário. Não acabes connosco, tenho a certeza que não ias gostar de estar
a passar por isto.
- Sim, é verdade. Não iria gostar, mas não gosto de vocês! São bichos feios e não me inspiram
confiança!
-Nós não somos assim, acredita. Deixas-me provar que estás enganado?
- Estou para ver !
O morceguito encheu-se de coragem… disse tudo de bom que lhe veio á cabeça:
- Nós somos os responsáveis por dispersar sementes de árvores e outras plantas a longa
distância, auxiliamos na reprodução de centenas de espécies de plantas, visitando as flores
como fazem, de dia, as abelhas e assim transportando o pólen de flor em flor, hummm…
comemos traças e , com isso, ajudamos na conservação dos livros, somos grandes
controladores de insetos, queres mais razões para nós sermos respeitados e mesmo adorados
?!
- Não te esqueças que somos responsáveis pela formação de florestas pois ao ingerir um fruto,
as sementes desse caem, podendo originar uma nova árvore ou planta ! – acrescentou o
Morcegão.
Racinas ficou sem palavras, pois diante destas constatações, já não sabia bem o porquê das
armadilhas… mas não cedeu imediatamente ! Pensou, pensou, olhou para os seus
companheiros e começou a olhar para todos os lados. Fez-se um período de silêncio até que
Racinas gritou:
- Desmontem tudo o que fizeram e vamos sair daqui ! Têm 10 minutos !
Morceguito e todos os outros pularam e gritaram de alegria! Finalmente conseguiram respeito e
acima de tudo, mentalizaram o mundo de que os morcegos fazem falta á natureza !
FIM
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