ANO SANTO DA REDENÇÃO
Este Ano Santo da Redenção, foi um ano de excepcional manifestação de Paz e de
bem, oferecidos por Jesus a todos os homens..
Um ano, durante o qual todos foram convidados a acolher a Sua obra de reconciliação
entre Deus e os homens.
Um ano em que todos os homens foram convidados de maneira mais instante a
reconhecerem-se filhos do mesmo Pai, a esquecerem todas as divisões e lutarem pela
reconciliação fraterna na liberdade, na justiça e no respeito mútuo.
A imprensa anunciou:
«O Papa abriu em 25 de Março, a "Porta Santa", da Basílica de São Pedro no
Vaticano, dando início ao Ano Santo comemorativo dos 1950 anos decorridos sobre a morte
de Jesus Cristo.(1983-1984).
É a segunda vez na história da Igreja que a morte de Cristo é comemorada com um
Ano Santo.
A primeira comemoração da Redenção foi decretada pelo Papa Pio XI em 1933,
décimo nono centenário da morte de Cristo.
Isto não significa - salienta-se nos circuitos religiosos de Roma - que Pio XI em 1933,
ou João Paulo II, este ano de 1983, pretendam tomar partido quanto à discussão que se
trava há séculos sobre a tradição cristã quanto à idade que Cristo teria quando foi
crucificado.
O que importa, do ponto de vista do Vaticano, não é a data exacta da Redenção mas a Redenção em si mesma, o acontecimento que se evoca : a morte e ressurreição de
Jesus.
A cerimónia de abertura do Ano Santo é extremamente simples :
O papa abre a "Porta Santa" da Basílica vaticana, uma porta que está sempre
fechada e só se abre nos Anos Santos.
Foi anunciado em Roma que esta cerimónia seria filmada, para a televisão do mundo
inteiro, por Franco Zeffreli, que dirigiu as filmagens, de Jesus de Nazaré.
O "Ano Santo" - que se iniciou no passado dia 25 de Março e se prolonga até
Domingo de Páscoa de 1984 - terá uma característica muito especial, porque será universal.
Quer isto dizer que o seu objectivo religioso - como de qualquer Ano Santo - é a
obtenção da indulgência plenária, o grande perdão de todas as penas temporais atraídas
sobre o homem pelo pecado.
Mas na sua bula de Janeiro último, instituindo o Ano Santo da Redenção, João Paulo
II indica que este será "universal".
Ou seja : que as graças espirituais deste Ano Santo podem ser obtidas em qualquer
das dioceses do mundo - o que o torna acessível a todos os católicos, onde quer que vivam,
mesmo aqueles que, por suas condições de vida, não possam efectuar a romagem ao túmulo
do Apóstolo São Pedro, em Roma, romagem que sempre foi uma das condições fundamentais
para a obtenção da Indulgência plenária dos anos jubilares.
Causou certa surpresa a infinita abertura assim marcada pelo pontífice na
proclamação do Ano Santo da Redenção.
Mas, em círculos próximos do Vaticano, salienta-se que mal se compreende essa
surpresa, uma vez que a decisão de João Paulo II é perfeitamente coerente com a linha
orientadora de todo o seu pontificado.
E recorda-se a propósito, o apelo lançado pelo Papa à humanidade inteira logo nos
primeiros momentos depois de ter ascendido ao trono pontifício :
"Abri as portas ao Redentor".
O Papa indicou quais as principais directrizes deste Ano Santo de Redenção. Disse
que quer que ele seja "universal, ecuménico e pastoral".
* Universal - porque celebrado simultaneamente e com idênticos benefícios
espirituais, em todas as dioceses.
Assim, por exemplo, a visita imposta aos diocesanos de Lisboa é à Sé Catedral, em
Almada é ao Santuário de Cristo-Rei, em Leiria ao Santuário de Fátima, e assim por diante :
substitui-se a visita ao túmulo do apóstolo São Pedro em Roma por uma visita ao santuário
principal de cada diocese.
* Ecuménico - porque a Redenção, verdade central da fé cristã, é um polo unificante
entre os cristãos, ainda divididos.
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* Pastoral - porque oferece ao mundo actual uma mensagem de fé e coloca
efectivamente os benefícios espirituais do perdão e da graça ao alcance do mundo inteiro.
Este Ano é um convite dirigido a todos os fiéis para que "vivam a verdade e
promovam a justiça". E todos os outros homens, mesmo os não-crentes, são também
convidados a olhar, "com olhos novos", a imagem de Cristo - "fonte de salvação universal".
O Ano Santo inscreve-se, assim, no processo de purificação e de renovação que,
vinte anos volvidos sobre o Concílio Vaticano II, e ao aproximar-se o terceiro milénio da
nossa era, a Igreja de Cristo está vivendo - salienta-se na Santa Sé
Condições para obter a Indulgência Plenária no Ano Santo :
* Participação numa celebração, organizada para o Jubileu :
a)- Em Roma : Numa das quatro Basílicas Patriarcais ou nas Catacumbas, ou
na Basílica de Santa Cruz de Jerusalém, ou na Audiência Geral de quarta-feira.
b)- Nas Dioceses : Nos lugares indicados pelo Ordinário lugar.
* Ou então, visita feita individualmente ou com a própria família a um dos lugares
sagrados supramencionados, ali permanecendo em devota meditação sobre o mistério da
Redenção, recitando o Credo e o Pai Nosso.
É desejável que a celebração seja acompanhada, quanto possível, de uma obra de
misericórdia.
* Confissão habitual e Comunhão Sacramental, a serem feitas dentro de um período
de vinte dias antes ou depois do acto jubilar na mesma Igreja onde se faz a visita ou numa
outra.
* Para cada Indulgência é exigida a Santa Comunhão, mas é suficiente uma só
Confissão para obter mais Indulgências Plenárias, em dias distintos.
* Oração segundo as intenções do Sumo Pontífice, (por exemplo o Glória ao Pai...
Ave Maria, etc.)
A Indulgência Plenária pode ser obtida uma só vez no dia, para si ou para os fiéis
defuntos, à maneira de sufrágio.
*******
Os doentes que não podem dirigir-se a uma das Igrejas estabelecidas, poderão
receber o dom da Indulgência na própria Paróquia.
Os enfermos impedidos de fazer a visita e os internados em casa de repouso,
poderão unir-se espiritualmente a visitas jubilares realizadas pelos familiares ou a Paróquia
oferecendo a Deus os seus sofrimentos.
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