ISSN 2176-6983
IMPACTOS AMBIENTAIS NO MANGUEZAL DO BAIRRO TREZE
DE JULHO
Kaio Eduardo de Jesus Oliveira
Graduando em Geografia, Universidade Tiradentes, GPSEHM/CNPq
[email protected]
Auro de Jesus Rodrigues
Mestre em Geografia, Universidade Federal de Sergipe, GPSEHM/CNPq
[email protected]
Eixo Temático 1 - Conflitos sócioambientais no litoral brasileiro
Resumo
A discussão sobre a relação homem X natureza é relativamente nova, quando se
considera o processo de apropriação da natureza pelas sociedades humanas um processo
que envolve centenas de anos, seja a partir do sedentarismo das primeiras sociedades
com técnicas arcaicas primitivas até as sociedades mais modernas com todo o
desenvolvimento tecnológico a disposição. Nesse contexto, analisar a relação homem
natureza é uma tarefa que deve ser constante no cotidiano das sociedades
contemporâneas, visto o grau de importância dos ecossistemas e o alto grau de
apropriação e consequentemente transformação provocada pela ação antrópica. Sendo
assim, o presente trabalho tem como objetivo geral analisar os impactos
socioambientais no manguezal do Bairro Treze de Julho, Aracaju-SE.
Palavras-Chave: Impactos socioambientais; Manguezal; Bairro Treze de Julho
introdução
Ao longo do tempo o homem sempre tem sido destruidor, com a velocidade de
um raio, e tem sido cuidadoso o suficiente para garantir que os meios de destruição
disponíveis se tornem cada dez mais eficazes. Os manguezais dentro desse contexto,
naturalmente, não foram poupados, e a ganância foi a primeira causa da degradação.
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Com o desenvolvimento principalmente da revolução industrial e da revolução
verde todo esse processo de degradação e devastação dos ecossistemas se
intensificaram. Pois a técnicas de apropriação do meio natural foram alteradas, novas
técnicas agrícolas, mecanização do campo foram desenvolvidas, a industrialização
acelerada, etc.
Em Aracaju, como em todo o estado de Sergipe, o crescimento populacional,
gera fatores de desequilíbrio em escala concentrada, destruindo as cadeias naturais de
reprodução dos recursos e diminui a capacidade dos ambientes naturais de construir
novas formas de equilíbrio.
Dentro desse contexto os manguezais tem sido alvo de um intenso processo de
degradação ambiental, seja pelo crescimento urbano desordenado ou pela falta de
conscientização quanto à importância deste ecossistema
.
Visto a notoriedade e importância do Bairro Treze de Julho para o município de
Aracaju é importante compreender seu processo de organização espacial tendo em vista
os ecossistemas que o rodeiam. Sendo assim esta pesquisa tem como objetivo geral
analisar os impactos ambientais no manguezal do bairro Treze de Julho.
Dentro desse contexto, questiona-se: quais as origens dos impactos ambientais
no manguezal do Bairro Treze de Julho? Quais as conseqüências dessa degradação para
o ecossistema.
Para esta pesquisa os procedimentos metodológicos utilizados foram pesquisa de
análises fundamentadas na bibliografia de livros revistas e artigos além de acervo da
internet referentes à temática, pesquisa de campo com informações obtidas em órgãos
públicos locais e principalmente analise empírica. Assim, constitui-se numa pesquisa
descritiva, com análise e interpretação dos dados coletados na pesquisa bibliográfica.
Breve Historico Sobre Impactos Ambientais
A Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente e conceitua, em seu art. 3º, inciso I, o meio ambiente
como:
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Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I – meio
ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida
em todas as suas formas.
Sendo assim, o meio ambiente vem a ser tudo o que está relacionado com a vida
de um ser ou de um grupo de seres vivos. De acordo com Fontes, Agra e Santana (2009,
p. 22), o meio ambiente é como algo que começa dentro de cada um de nós, alcançando
tudo que nos cerca e as relações que estabelecemos com o universo.
Desde tempos remotos o homem se utiliza dos recursos naturais para sua
sobrevivência e assim, acaba transformando o meio ambiente, ao ser caçador ou coletor
ele interferiu em algumas cadeias alimentares, visando somente o seu consumo, ou seja,
no início o ser humano fazia parte do ambiente natural e sua atuação gerava danos
pequenos, assim que o homem passou a utilizar os recursos naturais para sua
sobrevivência e, posteriormente, para fins econômicos, ele deixou de fazer parte daquele
meio natural e se transformou em agente modificador. Para ARAÚJO (2006, p.1),
“A partir de então, alguns impactos sobre o meio ambiente já
começaram a se fazer notar: alterações em algumas cadeias
alimentares, como resultado da extinção de espécies animais e
vegetais; erosão do solo, como resultado de práticas agrícolas
impróprias; poluição do ar, em alguns lugares, pela queima das
florestas e da lenha; poluição do solo e da água, em pontos
localizados, por excesso de matéria orgânica.”
Desde o surgimento da agricultura até os dias atuais passaram-se cerca de 10 mil
anos e nesse período o mundo passou por diversas transformações tanto no aspecto
social quanto econômico. A partir desse surgimento e, consequentemente o
sedentarismo, o homem passa a criar lugares artificiais para o cultivo de plantas e
criação de animais, protegendo esses de outros animais selvagens e tornando-se
proprietário do espaço do terreno, surgindo à propriedade privada. Assim, surgem as
cidades, lugar de aglomeração humana, que desenvolvida sem planejamento interfere no
ponto de vista ambiental. Assim,
As concentrações urbanas, ao destruírem o ambiente natural, e
recriarem um ambiente propício ao homem, provocam também a
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adaptação dos organismos que existiam nos ambientes naturais,
os quais passam a conviver no espaço humano como pragas, que
se multiplicam quase sem controle, além de inúmeros
microorganismos que transmitem doenças. Assim, durante
séculos tivemos notícias de grandes epidemias que assolaram as
cidades, trazidas por animais que passaram a viver no ambiente
humano (DIAS, 2009, p. 5).
A Revolução Industrial é um exemplo de como foi modificado totalmente a
relação homem-natureza, permitindo maior exploração de meio natural, objetivando o
lucro e impulsionando o crescimento das cidades. Sendo assim,
As aglomerações urbanas e os impactos ambientais negativos são
resultados de um número de processos históricos e econômicos,
incluindo a super-concentração de indústrias devido aos modelos de
desenvolvimento combinada com uma inadequada estrutura de posse
de terra, técnicas não apropriadas de agricultura crescimento da
população rural. (FONTES, AGRA, SANTANA apud LEFF, 2006, p.
20).
A industrialização gera a mecanização do campo, que junto com a distribuição
desigual de terra, entre outros fatores contribuem para migração do homem para as
cidades, aumento consideravelmente da população dos centros urbanos, causando
impactos negativos no ar, no solo e na água. Com o crescimento acelerado das cidades,
a ocupação dos espaços naturais aumentou, intensificando a destruição ambiental, daí
surgem vários conceitos dado para impacto ambiental, contudo ele vem ser uma
alteração no meio ambiente provocada por uma ação antrópica ou por acidentes
naturais, porém os impactos causados pelo homem merecem maior destaque por serem
mais agressivos ao ambiente. De acordo com o Art. 1 da Resolução CONAMA nº 001
de 23/01/1986,
Art. 1o Para efeito desta Resolução, considera-se impacto
ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas
e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta
ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.
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É a partir dos anos 60, com o crescimento econômico mundial, que se agravam
os problemas ambientais e começam a surgir com maior intensidade para grande parte
da população, principalmente nos países desenvolvidos, por serem os primeiros a serem
prejudicados pelos danos causados pela Revolução Industrial.
Em abril de 1968, em Roma na Itália, foi realizado o 1º dos três encontros e nele
nasceu o Clube de Roma “suas finalidades eram promover o entendimento dos
componentes variados, mas interdependentes – econômicos, políticos, naturais e sociais
–, que formam o sistema global” (DIAS, 2009, p.13). Nesse mesmo ano é decidido que
iria ocorrer em 1972, em Estocolmo, na Suécia, a Conferência Mundial sobre o Meio
Ambiente. Além desse, também podemos destacar, já em 1998, o Protocolo de Kyoto
que, de acordo com Fontes (2009, p. 120) tinha como alvo a redução de gases poluentes,
os quais são responsáveis pelo efeito estufa e o aquecimento global.
Manguezais
Os estudos a cerca de manguezais são muito escassos, considerando a
importância que esses ecossistemas desempenham em muitas regiões, tanto nos
aspectos ecológicos quanto nos aspectos econômicos e sociais. Os manguezais são
ecossistemas que constituem um ambiente alagado e concentra uma diversidade vegetal
resistente a salinidade das águas presentes. Segundo Miranda e Nobrega (1990, p. 9):
Os Manguezais são ecossistemas costeiros que ocorrem em regiões
tropicais e subtropicais. Apresentam um solo lamacento e sujeito a
influencia das marés onde se desenvolve uma vegetação característica
– os mangues - e uma fauna bastante diversificada, composta por
espécies de origem terrestre e aquática.
A existência do ecossistema manguezal está articulada a uma série de
características que são peculiares ao seu desenvolvimento, principalmente a fauna que
depende diretamente desse ambiente como habitat. Portanto para a existência dos
manguezais é necessário algumas condições ambientais favoráveis, visto que:
Os manguezais só se desenvolvem em locais que apresentam
temperaturas quentes e elevadas taxas de umidade. Como ecossistema
costeiro, os manguezais ocorrem em locais onde existe água salobra,
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formada pela mistura de água doce dos rios com a água salgada que
penetra no continente através das marés. Os limites das marés altas
geralmente determinam os limites dos manguezais. A presença de
solos aluviais onde predominam os lodos finos e ricos em matéria
orgânica é importante para o melhor desenvolvimento da vegetação de
mangue. Esse tipo de solo é formado pela decomposição do material
em suspensão proveniente da drenagem terrestre, das descargas
fluviais e das correntes de marés. A morfologia costeira também pode
determinar a ocorrência dos manguezais. As áreas litorâneas planas e
calmas, protegidas do impacto das ondas, oferecem boas condições
para o desenvolvimento dos mangues. (MIRANDA; NOBREGA,
1990, p. 9).
Como a existência dos manguezais é dependente de algumas características que
possibilitam seu desenvolvimento, sua existência está limitada a algumas regiões do
planeta, assim eles estão presentes na América, África, Ásia e Oceania.
O Brasil tem uma das maiores extensões de manguezal do mundo, eles ocorrem
desde o Amapá até Santa Catarina, sendo a região Norte do País a que apresenta as
maiores áreas de manguezais. Segundo Santos (2011, p. 1) no Brasil, os manguezais
ocorrem desde o Cabo Orange, no Amapá, até a cidade de Laguna, em Santa Catarina.
Ao contrário de outros ecossistemas, os manguezais não são ricos em espécies,
porém destacam-se pela grande diversidade de populações que nele habitam. Por isso
pode ser considerado como berçário natural.
A flora dos manguezais é composta por poucas espécies, visto que:
Três árvores constituem as florestas de mangue: o mangue vermelho
ou bravo, o mangue branco e o mangue seriba ou siriúba. Vivem na
zona das marés, apresentando uma série de adaptações: raízes
respiratórias (que abastecem com oxigênio as outras raízes enterradas
e diminuem o impacto das ondas da maré), capacidade de ultra
filtragem da água salobra e desenvolvimento das plântulas na planta
materna, para serem posteriormente dispersas pela água do mar. A
flora do manguezal pode ser acrescida de poucas espécies, como a
samambaia do mangue, a gramínea Spartina, a bromélia Tillandsia
usneoides, o líquen Usnea barbata (as duas últimas conhecidas como
barba de velho e muito semelhantes entre si) e o hibisco. (SANTOS,
2011, p. 4).
A vegetação dos manguezais está submetida a uma série de fatores adversos que
justificam o reduzido número de espécies vegetais que ocorrem nesses ambientes, tais
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como altas taxas de salinidade, aeração deficiente e grande mobilidade dos solos
lamacentos.
De acordo com Miranda e Nóbrega (1990, p. 10) as espécies que constituem os
manguezais apresentam características morfológicas distintas que favorecem seu
desenvolvimento:
A Rhizophora mangle L, (mangue vermelho) possui um complexo
sistema de raízes aéreas que se desenvolvem a partir dos troncos e dos
ramos laterais e penetram no solo proporcionando a planta uma
capacidade de sustentação maior. Avicenia shaueriana (mangue
siriúba) possuem raízes especiais chamadas pneumatóforas, que
afloram do solo e são capazes de captar o ar atmosférico. Já a
Lagunculária racemosa (mangue branco) possui raízes do tipo
pneumatóforo, embora em menor tamanho e em menor número de que
os do mangue siriúba. (MIRANDA; NÓBREGA, 1990, p. 10).
Em relação à fauna, de um modo geral, os manguezais possuem uma diversidade
de espécies, formada por aves que geralmente não são típicas desse ambiente,
mamíferos que visitam o manguezal para se proteger ou se alimentar, peixes de água
doce e de água salgada, e moluscos que se destacam como componentes da fauna dos
manguezais, pois necessitam das raízes do mangue para se desenvolver.
Outros animais como microrganismo podem compor este ambiente e depender
diretamente de suas condições e assim desempenhar papel de grande importância no
funcionamento da dinâmica ambiental. Contudo para Miranda e Nobrega (1990, p. 12):
O que caracteriza a fauna dos manguezais, são os crustáceos
decápodes, principalmente o caranguejo-uçá, o gaiamum, o aratu, os
siris, etc..[...]. Esses animais fragmentam as folhas que caem das
arvores facilitando sua utilização por parte de outros organismos
menores. Servem ainda de alimento para o homem, diversos peixes e
aves. Dessa forma desempenham um importante papel na manutenção
da dinâmica do manguezal.
Apesar de possuir grande importância e contribuição para o desenvolvimento
das populações, não só humanas, mas também nativas desse ecossistema. Atualmente, a
importância dos manguezais sem duvida foi alterada, visto que:
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Vastas áreas de manguezais foram recentemente convertidas ou
transformadas para outros usos. As áreas costeiras tropicais onde
crescem os manguezais mais luxuriantes são as que sofrem maior
pressão para o ‘desenvolvimento’’. Na ânsia por lucros rápidos, para
gerar empregos para o maior número de possível de pessoas, para
obter dinheiro rapidamente e lucros em termos do que geralmente é
identificado como ‘benefícios econômicos’. (VANUCCI, 2002, p.
148).
Os benefícios naturais que são fornecidos espontaneamente pelo ecossistema
manguezal, têm sido convenientemente esquecidos, devido à necessidade ou obsessão
por lucros rápidos e desenvolvimento econômico, assim, o resultado tem sido uma
impressionante destruição da riqueza permanente dos manguezais.
Tendo em vista o grau de importância e complexidade dos manguezais é
necessário consciência quanto ao seu uso, principalmente, na relação direta com o
espaço urbano. O manguezal consiste num ecossistema frágil e requer um tratamento
cuidadoso para que não se perca a sua riqueza e os seus benefícios para o homem e os
seres vivos que o habitam
Manguezal Do Bairro Treze De Julho
O bairro 13 de Julho está situado próximo ao encontro do rio Poxim com o rio
Sergipe. Por sua localização estratégica em relação às outras áreas da cidade e por
possuir uma das mais belas vistas da cidade a região concentra os mais nobres e
luxuosos empreendimentos imobiliários de Aracaju.
Originalmente o bairro era conhecido por Praia Formosa, em virtude da praia
existente às margens dos rios Sergipe e Poxim, posteriormente passou a se chamar praia
13 de julho.
Com o grande crescimento de Aracaju, sem o devido planejamento e
saneamento básico, ocorreu grande despejo de material orgânico que provocou a
substituição da praia por um imenso mangue entre a Avenida Beira-Mar.
Atualmente encontra-se uma infra-estrutura que foi desenvolvida a partir da
construção do calçadão e que possui diversos atrativos turísticos, além de ciclovia,
quadras, mirante e pequenos bares, todos margeando um uma faixa de manguezal de
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aproximadamente 1 km de extensão relativamente desenvolvida entre os estuários do rio
Sergipe e Poxim, onde é possível encontrar algumas espécies típicas desse ecossistema.
O manguezal da Treze de Julho possui uma flora relativamente diversificada,
onde se constituem as espécies, Rhisophora mangle, o mangue vermelho caracterizado
pelas suas complexas raízes que se desenvolvem a partir do tronco e penetram o solo,
laguncularia racemosa o mangue branco e a Avicennia também conhecida como
mangue siriúba ou mangue preto predominante dessa área. (foto 1)
A fauna presente não apresenta grande numero de espécies, possivelmente
devido à grande urbanização da área, porém, ainda é possível perceber a esporádica
presença de caranguejos, siris e algumas aves que rodeiam a área.
A presença do manguezal preservado pelos órgãos públicos naquela extensão
mascara a não existência da diversidade biológica natural desse impressionante
berçário, que, contudo é um esconderijo natural de diversos e complexos sistemas de
esgotos que constantemente despejam seus resíduos naquele local.
Sem precisar de um olhar mais aguçado é possível perceber entre a vegetação,
mais especificamente dentro da faixa de manguezal, o acumulo de resíduos sólidos,
possivelmente jogados pela população ou também carreados pelos rios Sergipe e Poxim,
além do incessante mau cheiro que exala do material despejado pelas tubulações.
Diante de tantos fatores adversos, o equilíbrio ecológico desse ecossistema tem
sido alterado seja pela diminuição do numero de espécies presentes ou pela grande
concentração de efluentes domésticos.
Contudo, é importante enfatizar as mudanças no mangue (vegetação), pois o
mesmo encontra-se numa constante processo de degradação, nítida na mudança de cor,
sendo que a flora do manguezal em todas as estações do ano possui a cor verde e boa
porção da faixa do mangue manguezal da área estudada as folhas estão com sua cor
natural alterada.
No entanto pode-se atribuir não somente a impactos ambientais de origem
antrópica mas a ocorrência de uma degradação natural da região pela grande
concentração sedimentar arenosa carreada pelos rios Poxim e Sergipe, visto que o
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ambiente constituição ideal para a formação do solo do manguezal e a partir de
sedimentos leves como o silte e a argila.
Considerações Finais
Dentro desse contexto o crescimento urbano está vinculada à questão da
degradação ambiental, que vem se agravando nos últimos anos, dentre os quais se
destaca a degradação do ecossistema manguezal.
Apesar de se constituir em um dos locais mais bem freqüentados e mais caros da
cidade de Aracaju e de ser aparentemente protegida a faixa de manguezal que se
constitui no Bairro Treze de julho tem sido alvo de uma significante degradação.
Contudo a degradação do manguezal do bairro Treze de Julho tem acontecido
não somente pela especulação imobiliária ou crescimento urbano, mas principalmente,
pela ação desenfreada e devastadora do homem. Sendo no despejo de efluentes
domésticos, no despejo direto de lixo ou principalmente na falta de consciência
ambiental.
Referências
ARAÚJO JUNIOR, Arlindo Matos de. Geografia: impactos ambientais. 2006.
Disponível em:
<http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/arlindojunior/geografia036.asp>
Acesso em: 27 ago. 2011.
DIAS, Reinaldo, Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade.
São Paulo: Atlas, 2009.
FONTES, Aracy Losano; AGRA, Leonilde Gomes; SANTANA, Jose Wagner
Costa de, Meio ambiente e sociedade. Aracaju: Gutemberg, 2009.
LEI Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Publicado no DOU de 02 de
setembro
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1981.
Disponível
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ago. 2011.
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MIRANDA, Paulo Tarso de Castro; NOBREGA, Regia Maria Nanuta de
Andrade. O que é manguezal. Fortaleza: SEMACE, 1990
RESOLUÇÃO CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986 Publicada no DOU, de
17 de fevereiro de 1986, Seção 1, páginas 2548-2549. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=23>. Acesso em: 27 ago.
2011.
SANTOS,
Janaiana.
Manguezais.
Disponível
http://www.moisesneto.com.br/janainamanguezal.pdf> Acesso em: 13 set. 2011.
VANUCCI, Marta. Os manguezais e nós. 2. ed. São Paulo: EdUSP, 2002.
em:<
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