GABARITO COMENTADO SOBRE PSICOLOGIA SOCIAL
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1D- A psicologia social é uma área do conhecimento que apresenta inúmeras definições, abordagens teóricas, objetos de estudo.
Alguns autores a consideram uma subárea da psicologia, outros acreditam que ela é a interseção da psicologia com a sociologia. Há
ainda aqueles afirmam que o adjetivo “social” não delimita uma subdivisão temática ou conceitual, mas enfatiza a importância do
compromisso político que todo psicólogo deve ter. Uns baseiam-se nas leituras do materialismo histórico-dialético para estruturar
sua prática profissional. Outros preferem as leituras construcionistas ou ainda as da teoria das representações sociais. Há psicólogos
sociais cognitivistas que enfatizam o emprego de metodologia experimental para o teste de teorias.
2A- De acordo com a Teoria da Aprendizagem Social proposta por Bandura, aspectos sociais são importantes no processo de
aprendizagem. Neste caso, a aprendizagem por observação ou imitação ocorre quando as respostas de uma pessoa são
influenciadas pela observação de outros, que são chamados modelos.
3A- De acordo com Bandura, De acordo com Bandura, os quatro elementos envolvidos na aprendizagem por imitação são:1.
Atenção: Somos influenciados por modelos mais atraentes, repetidamente disponíveis, importante para nós ou semelhante a nós.
Prestamos atenção ao comportamento de uma outra pessoa e suas conseqüências. 2. Retenção: A influencia de um modelo
dependerá de quão bem o indivíduo lembra da ação na ausência do modelo. 3. Reprodução: Depois de ter visto um novo
comportamento no modelo, a observação deve ser convertida em ação. 4. Motivação: É improvável que haja reprodução de uma
resposta observada, a menos que exista motivação para fazê-lo. Depende de como se encara a situação e se acredita que a resposta
trará resultados positivos.
4D- O fenômeno de difusão de responsabilidade está relacionado com o fato de que quanto maior o grupo social menor o
sentimento de responsabilidade pessoal em relação a um determinado evento. Dessa forma, a probabilidade de uma pessoa
necessitada receber ajuda quando se encontra no meio de uma multidão é menor em relação a outra situação com menos pessoas.
5A- Por via de regra, pessoas tendem a emitir comportamentos que estão em conformidade com o grupo. Na verdade, o grupo
espera esse tipo de comportamwento do individuo. Conformidade é um tipo de influência social em que uma pessoa tende a mudar
seu comportamento para que ela esteja de acordo com as normas sociais existentes. Uma das principais demonstrações
experimentais do fenômeno da conformidade social foi realizada por Solomon Asch. Nesse estudo, um estudante recebeu a tarefa
simples que consistia em julgar o tamanho de algumas linhas. Entretanto alguns outros estudantes, que na realidade eram
cúmplices do experimentador, davam propositalmente uma reposta incorreta. Em face da resposta do grupo, o estudante se rendeu
ao grupo e também respondeu de forma incorreta a essa tarefa simples.
6A- De acordo com os achados de Solomon Asch, sobre conformidade social, as interações sociais que ocorrem dentro de um
grupo ocorrem dentro de um ponto de referência em comum, mesmo que este ponto de referência seja falso em relação a outro
grupo ou mesmo em termos absolutos.
7B- O conceito de dissonância cognitiva proposto por Festinger está relacionado a um estado psicológico de desconforto graças à
uma inconsistência entre o comportamento da pessoa e suas crenças. Por exemplo, uma pessoa afirma publicamente que ela irá
votar no candidato X. No entanto, essa pessoa sofre pressões de forma que vota realmente no candidato Y. Essa inconsistência
induz uma dissonância cognitiva. Nesse caso, a pessoa busca uma mudança em suas crenças com objetivo de restaurar seu
equilíbrio cognitivo (consonância cognitiva).
8C- A teoria da dissonância cognitiva prediz que uma mudança de atitude deve ocorrer quando a pessoa se engaja em um
comportamento por livre escolha inconsistente com suas atitudes. Quando esse comportamento não tem nenhuma recompensa ou
coerção, então pode ocorrer uma reavaliação da atitude original e uma mudança em direção a uma consistência maior entre a
atitude e o comportamento. Ou seja, a pessoa está sempre buscando uma consonância entre seu comportamento e suas atitudes.
Uma dissonância entre comportamento e atitude, sem uma explicação convincente (recompensa ou coerção) leva a uma mudança
de atitude e ao término da dissonância cognitiva.
9C- Quando nossas ações contradizem nossas crenças ocorre um processo de dissonância cognitiva. Esse estado de dissonância
gera mal estar e desconforto. Com objetivo de eliminar esse estado de dissonância, o sistema de crenças sofre uma alteração de
forma a justificar essas ações, gerando assim um estado de consonância cognitiva.
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10D- Milgran estava interessado em estudar como as pessoas podem ser induzidas a realizar atos que estejam totalmente contra
seus princípios morais. Seus resultados indicaram que a obediência à uma autoridade pode induzir tais comportamentos, inclusive
a execução de tortura e assassinatos, caso a figura de autoridade assuma todas as responsabilidades pelos atos.
11E- Embora conceito de beleza possa variar de cultura para cultura, algumas características da atração física são comuns. Dentre
elas está o fato de pessoas mais atrativas apresentarem características corporais médias, tais como peso, altura, tamanho do nariz,
da boca e da boca. Rostos jovens também são mais atrativos. Finalmente, a simetria da face é um dos fatores que determina sua
maior atração.
12C- Comportamentos pró-sociais são ações que beneficia uma ou várias pessoas de um grupo sem que necessariamente a pessoa
responsável por esta ação tenha algum benefício. O altruísmo é um exemplo de comportamento pró-social.
13B- Preconceito é uma atitude ou comportamento negativo em relação a uma pessoa ou um grupo de pessoas, calcado em
julgamentos prévios que sem mantém s despeito de qualquer evidência em contrário. Existem dados mostrando que uma fonte do
preconceito é a competição econômica entre grupos. Várias evidências indicam que o contato e a interação social entre membros
de diferentes grupos sociais tende a reduzir o preconceito entre estes indivíduos.
14C- Os estereótipos são um conjunto de crenças que dão uma imagem simplificada das características dos grupos, que se
generalizam a todos membros. Alguns exemplos: “os velhos são conservadores”, “os homens são uns machões”. São determinadas
características que generalizamos. Entretanto, tais generalizações podem estar erradas, por exemplo, nem todos os homens são
machões, apenas pegamos em características que lhes são comuns e generalizamos (categorização estereotipada). Uma vez
interiorizada, o estereótipo é aplicado de forma automática, podendo constituir um preconceito.
15D- Coesão pode ser definida como a quantidade de pressão exercida sobre os integrantes de um grupo a fim de que continuem
nele. .É a resultante das forças que agem sobre um membro para que ele permaneça no grupo.. Inúmeras são as razões que podem
levar uma pessoa a fazer parte de um grupo. Uma delas pode ser a atração pelo grupo ou por seus integrantes. Outra seria a forma
de obter algum interesse através da filiação ao grupo. A coesão grupal não gera apenas vantagens, pois os grupos altamente coesos
estão sujeitos ao pensamento grupal o que pode fazer com que o grupo tome decisões desastradas. A união entre os participantes é
tamanha que eles se tornam pouco críticos, podendo apresentar distorções
da realidade social.
16B Embora Freud nunca tenha trabalhado com grupos, ele escreveu algumas obras sobre o assunto, tais como “Totem e tabu
(1913)”, “Psicologia de grupo e análise de ego (1921)”, “O futuro de uma ilusão (1927)” e “Mal-estar na civilização (1931)” No
texto de 1921, Freud destaca a importância do amor como fator agregador e civilizador, possibilitando a vida em grupo.
17D- A desindividuação ocorre quando os indivíduos perdem o senso de responsabilidade quando estão em um grupo. Em um
grupo, as pessoas se sentem mais anônimas e assim menos responsáveis por suas ações. Essa perda da individualidade tem se
mostrado como a causa de comportamentos anti-sociais e violentos geralmente observado em grupos de grandes cidades.
18E – Papel social é um modelo normativo composto por um conjunto de ações que um grupo espera de um indivíduo em função
do estatuto que o sujeito ocupa no seu meio. O papel social, por via de regra, facilita a organização e a comunicação dos vários
indivíduos que compõem um grupo.
19C - A teoria de campo psicológico foi desenvolvida por Kurt Lewin. Esse conceito é uma analogia à teoria de eletricidade e
campo eletromagnético. A noção de campo psicológico enfatiza o fato do comportamento ser dependente de uma interação entre as
várias forças que compõem o campo psicológico.
20B - A teoria de campo psicológico sustenta que todas as forças capazes de influenciar um determinado comportamento estão
presentes em um campo psicológico e dessa forma dependem do contexto em que elas fazem parte.
21A- Representação social é um conjunto de informações, opiniões, atitudes e crenças organizadas em torno de uma significação
central. Assim, toda representação está organizada num duplo sistema (central e periférico). O núcleo é o responsável pela
significação do conteúdo e organização da estrutura interna da representação e é a base comum propriamente social e coletiva.
Define a homogeneidade de um grupo, tem papel imprescindível na estabilidade e na coerência da representação. Em torno dele
organizam-se os elementos periféricos, os quais são mais flexíveis e permitem certa heterogeneidade de comportamentos e de
conteúdo. Este sistema possui elementos mais próximos do núcleo central (primeira periferia) e elementos mais distantes da
centralidade (segunda periferia).
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22C- Os elementos periféricos da representação social são mais flexíveis em relação ao elemento central e podem mudar com mais
facilidade
23E- Representação social são sistemas de interpretação ou crenças que regem a relação do individuo com o seu meio social
regulando seu comportamento e forma de pensar. As representações sociais são dinâmicas, produzidas através da interação social e
da conversação, bem como modificadas ou adaptadas à medida que são incorporadas pelo indivíduo na sua concepção de mundo
24A- Representação social é um conceito desenvolvido e articulado por Moscovici e representa uma das principais contribuições
ao grupo de teorias conhecidas como Psicologia Social Europeia. Este conceito está associado com crenças partilhadas e adotadas
por grupos de pessoas com objetivo de explicar a experiência social. As representações sociais podem variar desde crenças
ideológicas partilhadas em grande escala por uma sociedade em geral até crenças adotadas em menor escala por membros de um
grupo social específico. No entanto, apesar da sua natureza compartilhada, as representações sociais são dinâmicas, produzidas
através da interação social e da conversação, bem como modificadas ou adaptadas à medida que são incorporadas pelo indivíduo
na sua concepção de mundo.
25A- As representações sociais são construídas e difundidas por meio da interação pública entre atores sociais, em práticas de
comunicação do cotidiano. De acordo com Moscovici, a interação de atores sociais através da mídia pode dar-se através de três
sistemas distintos de comunicação: 1. Propaganda, sistema caracterizado por temas ordenados sistematicamente e bem definidos
em antagonismos, com intenção persuasiva. 2. Propagação, estabelecido por membros de um grupo que possuem uma visão de
mundo organizada em torno de uma crença a propagar. 3. Difusão, direcionado a um grupo social com identidade difusa, é
moderada pela própria audiência tendo em vista que a informação aqui se constitui em produto, isto é, o objetivo é de
simplesmente informar, o que contribui para a formação do saber comum.
26C - A concepção qualitativa da pesquisa em psicologia propõe que é impossível estudar fenômenos sociais de forma objetiva,
uma vez que o próprio cientista social é um ator social que participa do fenômeno de estudo. A objetivação do fenômeno social
destrói o sentido subjetivo, descaracterizando assim o que há de mais essencial do fenômeno. Dessa forma, o fenômeno social a ser
interpretado de forma subjetiva, sujeito a contradições inerentes à própria natureza humana.
27E- Uma análise diacrônica leva em consideração as transformações que o fenômeno sofre ao longo do tempo. Em oposição, uma
abordagem sincrônica analisa o fenômeno sem levar em conta possíveis ações que o tempo pode exercer sobre ele. A abordagem
sócio-histórica sempre entende o fenômeno de forma diacrônica, uma vez que essa abordagem entende que qualquer fenômeno
social é dinâmico e está em constante mudança.
28E- Em organizações formais, os papéis são fixos e pré-definidos por um regimento em que, por via de regra, pessoas em cargos
mais elevados detêm o poder para iniciar o processo de comunicação. Par um bom funcionamento, espera-se que os papeis sociais
tenham um caráter dinâmico.
29D- O processo de Desenvolvimento Organizacional é um movimento que visa conhecer para diagnosticar e atuar (agir). Uma de
suas principais características é a de aglutinar forças provocando o comprometimento de pessoas interessadas nesse processo.
30D- O termo deficiência física está relacionado com uma desvantagem corporal que pode levar a barreiras impostas pela
sociedade e assim prejudicar sua integração social. Atualmente a sociedade vem desenvolvendo medidas que possam remover
essas barreiras. Nesse sentido, a deficiência não é encarada como uma desvantagem, mas como uma diferença que deve ser
respeitada. A integração social é garantida através do acesso as mesmas oportunidades de educação, saúde, trabalho e lazer que as
outras pessoas que não apresentam essas necessidades especiais.
31C- Embora a proposta de transformação psicossocial englobe também ações que permitam avaliar o sucesso de uma ação proposta,
ela não está relacionada com as características de personalidade dos membros dos grupos.
32A- Para se compreender um fenômeno social deve-se levar em conta aspectos culturais e históricos específicos de uma
determinada época.
33D- Cada grupo apresenta seus símbolos que expressa algumas de suas características. Este é o caso da cruz para os católicos ou
da suástica para os nazistas. A forma pela qual nos vestimos pode também representar um símbolo de certos grupos, por exemplo,
o uso de certas grifes. Entre adolescentes, o vestuário representa um símbolo importante pela qual ele se insere em um determinado
grupo ou cultura coletiva.
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34C- Par se compreender as relações que existem dentro de um grupo ou entre grupos é necessário ter como base a históricas desse
grupo que busca estabelecer relações de poder, impondo seus símbolos e significados. Grupos diferentes, que não se identificam
com este conjunto de símbolos determinam sistema de inserção ou exclusão social
35A- Símbolo é qualquer elemento que tenha algum significado. A cultura é que é composta por vários símbolos que aprendemos
ao longo da vida e que orientam o comportamento das pessoas que fazem parte dessa cultura. Finalmente grande parte desses
símbolos possui um significado dinâmico, ou seja, mudam ao longo da história do grupo.
36A- Uma das características da relação entre grupo é a tentativa de um grupo impor suas normas para os demais grupos, numa
tentativa de homogeneizar a sociedade inibindo a pluralidade e diferenças sociais.
37B- Todo grupo social possui suas normas de funcionamento e apresentam grandes receio a mudança. Entretanto, algumas
características de movimentos que questionam o status quo de um sistema tende a ser incorporados, Com objetivo de eliminar a
ameaça do novo.
38A- De acordo com a perspectiva psicossosial a atuação do psicólogo no SUS deve sempre levar em consideração a as diferentes
forças que determinas as relações dentro e entre grupos sociais.
39B- O fracasso escolar pode ser compreendido como uma espécie de exclusão social, onde determinados grupos, geralmente de
camadas sociais populares, ao entrarem na escola apresentam um padrão cultural distinto daquele que prevalece na escola.
40B- Em psicologia social, autonomia é a capacidade que o indivíduo tem em gerar normas independentes de grupos hegemônicos
presentes em uma sociedade.
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