VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013
Florianópolis - Santa Catarina - Brasil
AMAMENTAÇÃO: INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E/OU PROFISSIONAIS
Fernanda Aparecida Soares Malveira1
Camila Augusta da Silva2
Ilana Barros Gomes3
Akemi Iwata Monteiro4
Introdução: a preocupação com os efeitos deletérios do desmame precoce, como
também, por ser um problema em que a intervenção da família e dos profissionais atuam
de forma a incentivar ou desencorajar a prática do aleitamento materno, motivou a
realização deste trabalho. Objetivo: analisar as evidências científicas acerca das
influências da família e profissionais na amamentação. Método: utilizou-se uma revisão
integrativa da literatura, tendo como norteadora a seguinte questão: Quais as influências
da família e profissionais na amamentação? A busca bibliográfica deu-se nas bases de
dados SCOPUS, LILACS, PUBMED e CINAHL, utilizando para o levantamento dos
artigos o agrupamento dos seguintes descritores cadastrados no DECS/MESH: “Nursing”,
“Breast Feeding” e “Family”. A amostra foi composta de 20 artigos, selecionados através
dos seguintes critérios de inclusão: artigos completos publicados em inglês, português ou
espanhol, com dimensão temporal entre 2002 a 2012 e que abordassem a temática deste
estudo. Para a extração dos dados da amostra selecionada para a revisão elaborou-se
um instrumento que foi avaliado por dois professores experts da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte. Resultados: constatou-se 40% dos artigos são de autoria de
enfermeiros. Em relação ao ano de publicação, a maior concentração sobre a temática se
deu nos anos de 2006 e 2008, com quatro artigos em cada ano (20%). Dentre os 20
1
Enfermeira, mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN). E-mail: [email protected].
2
Enfermeira, mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN). E-mail: [email protected].
3
Enfermeira, mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN). E-mail: [email protected].
4
Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora associado III do Departamento e Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. E-mail: [email protected].
artigos, quatro foram realizados e publicados no Brasil. O apoio da avó ou parceiro
aumentaram as taxas de AM até os seis meses. Todavia, em determinados momentos,
estas avós desencorajam a amamentação em público e que podem influenciar na
execução de práticas incorretas, não proporcionando a ajuda adequada devido a falta de
conhecimento atual sobre as melhores técnicas para o sucesso da amamentação. Quanto
a presença do parceiro, determinadas atitudes podem proporcionar conflitos que
desestimulam a lactante, tendo em vista sentimentos como ciúme pela maior
aproximação emocional e física entre mãe-filho e pelo pai não se sentir participante ativo
no processo de amamentação. Em contrapartida, a confiança das mulheres é elevada ao
detectar um parente ou amigo com sucesso na amamentação, o que leva a concluir que
demonstrações práticas das habilidades no aleitamento são valorizadas, emergindo o
sucesso para sua prática. No que se refere à prática profissional, as informações
advindas dos profissionais mais compromissados, envolvidos com ações em prol da
amamentação e que possuíam relação com a área física abordada melhorou a confiança
das nutrizes, aumentando as taxas de aleitamento. Conclusão: este estudo pode
oferecer subsídios para o planejamento, orientação e elaboração de ações que visem à
atenção integral à saúde da criança e da mulher, tendo em vista a atuação do profissional
enfermeiro de fundamental importância nesta área. Nesse sentido, reitera-se a relevância
da escuta ativa sobre dúvidas, ansiedades e receios da mulher, não apenas à
amamentação, mas em todos os fatores que podem interferir na sua qualidade de vida,
respeitando, assim, o princípio da integralidade da assistência.
Descritores: Enfermagem, Aleitamento materno, Família.
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