“Todos têm direito à
educação e à cultura”
Artigo 73.º da constituição
da república portuguesa
Jane i r o
Sala Principal
Março
Sala Experimental
Sala Principal
Sala Experimental
10 Sáb Orq. Gulbenkian 21h30
01 Dom O pelicano 16h00
15 Qui Gata em telhado...21h30
04 Qua O pelicano 21h30
16 Sex Gata em telhado...21h30
05 Qui O pelicano 21h30
Moby-Dick 21h30
17 Sáb Gata em telhado...21h30
06 Sex O pelicano 21h30
Moby-Dick 21h30
18 Dom Gata em telhado...16h00
07 Sáb O pelicano 21h30
O som e a fúria 21h30
08 Dom O pelicano 16h00
O som e a fúria 16h00
23 Sex Kilimanjaro 21h30
24 Sáb Kilimanjaro 21h30
13 Sex Zoo 21h30
25 Dom Kilimanjaro 16h00
14 Sáb Oquestrada 21h30
28 Qua Kilimanjaro 21h30
20 Sex Fica no singelo 21h30
Radiografia... 21h30
29 Qui Kilimanjaro 21h30
21 Sáb
Radiografia... 21h30
27 Sex Mana solta a gata 21h30
Nossa Sra.... 21h30
30 Sex Kilimanjaro 21h30
Penicos de prata 21h30
31 Sáb Kilimanjaro 21h30
Penicos de prata 21h30
28 Sáb Coros de Zarzuelas 21h30 Nossa Sra.... 21h30
29 Dom
Nossa Sra.... 16h00
fever e i r o
Sala Principal
Abril
Sala Experimental
01 Dom Kilimanjaro 16h00
Sala Principal
04 Qua Kilimanjaro 21h30
Sala Experimental
03 Sex Concerto de Páscoa 21h30
05 Qui Kilimanjaro 21h30
O contrabaixo 21h30
06 Sex Kilimanjaro 21h30
O contrabaixo 21h30
07 Sáb Kilimanjaro 21h30
O contrabaixo 21h30
08 Dom Kilimanjaro 16h00
O contrabaixo 16h00
13 Sex Luís Represas 21h30
Longe do corpo 21h30
14 Sáb
Longe do corpo 21h30
15 Dom
Longe do corpo 16h00
20 Sex O pelicano 21h30
05 Dom Ballet Argentina 16h00
10 Sex
Misterman 21h30
11 Sáb O Cavaleiro das... 21h30
Misterman 21h30
12 Dom
Ciclo S. Carlos 16h00
18 Sáb
África fantasma 21h30
26 Dom
No alvo 16h00
21 Sáb O pelicano 21h30
22 Dom O pelicano 16h00
Maio
25 Qua O pelicano 21h30
Sala Principal
26 Qui O pelicano 21h30
27 Sex O pelicano 21h30
Europa 21h30
28 Sáb O pelicano 21h30
Europa 21h30
Sala Experimental
02 Sáb
Walt Whitman 21h30
03 Dom
Walt Whitman 16h00
07 Qui Mauser 21h30
08 Sex Mauser 21h30
09 Sáb Mauser 21h30
10 Dom Mauser 16h00
Ciclo S. Carlos 16h00
13 Qua Mauser 21h30
14 Qui Mauser 21h30
15 Sex Mauser 21h30
16 Sáb Mauser 21h30
17 Dom Mauser 16h00
Ciclo S. Carlos 16h00
Maio
Sala Principal
Novembro
(continuação)
Sala Experimental
Sala Principal
Sala Experimental
01 Dom Hamlet 16h00
20 Qua Mauser 21h30
21 Qui Mauser 21h30
04 Qua Hamlet 21h00
22 Sex Mauser 21h30
05 Qui Hamlet 21h00
23 Sáb Mauser 21h30
06 Sex Hamlet 21h00
Moscovo fica... 21h30
07 Sáb Hamlet 21h00
Moscovo fica... 21h30
08 Dom Hamlet 16h00
Moscovo fica... 16h00
29 Sex Mauser 21h30
11 Qua Hamlet 21h00
O Mandarim 15h00
30 Sáb Mauser 21h30
12 Qui Hamlet 21h00
O Mandarim 15h00
31 Dom Mauser 16h00
13 Sex Hamlet 21h00
O Mandarim 15h00 e 21h30
14 Sáb Hamlet 21h00
O Mandarim 16h00 e 21h30
15 Dom Hamlet 16h00
O Mandarim 16h00
17 Ter
O Mandarim 15h00
18 Qua
O Mandarim 15h00
19 Qui
O Mandarim 15h00
20 Sex
O Mandarim 15h00 e 21h30
21 Sáb
O Mandarim 16h00 e 21h30
22 Dom
O Mandarim 16h00
24 Dom Mauser 16h00
Ciclo S. Carlos 16h00
27 Qua Mauser 21h30
28 Qui Mauser 21h30
Ju nh o
Sala Principal
Sala Experimental
13 Sáb Trago-te na pele 21h30
Setem b r o
Sala Principal
Sala Experimental
19 Sáb Áurea 21h30
dezembro
26 Sáb Identidade... 21h30
27 Dom Identidade... 16h00
Sala Principal
A máquina...16h00
outub r o
Sala Principal
Sala Experimental
02 Sex António Zambujo 21h30
04 Dom
Lo raro es que... 16h00
10 Sáb À espera de Godot 21h30
Pastéis de nata... 16h00
06 Dom A tragédia... 16h00
Pastéis de nata... 11h00
08 Ter
09 Qua A tragédia... 21h30
Pastéis de nata... 16h00
11 Sex A tragédia... 21h30
12 Sáb A tragédia... 21h30
Pastéis de nata... 16h00
13 Dom A tragédia...16h00
Pastéis de nata... 11h00
18 Sex Unha corrente...21h30
19 Sáb
17 Sáb Misterio del Cristo... 21h30
Instantáneas 16h00
Caminham nus... 21h30
Pastéis de nata... 16h00
20 Dom Concerto de Natal 16h00 Pastéis de nata... 11h00
29 Ter
23 Sex Hamlet 21h00
24 Sáb Hamlet 21h00
05 Sáb A tragédia... 21h30
10 Qui A tragédia... 21h30
09 Sex À espera de Godot 21h30
18 Dom
Sala Experimental
04 Sex A tragédia... 21h30
CNB 21h30
30 Qua CNB 21h30
25 Dom Hamlet 16h00
28 Qua Hamlet 21h00
29 Qui Hamlet 21h00
30 Sex Hamlet 21h00
Hamlet talvez 21h30
31 Sáb Hamlet 21h00
Hamlet talvez 21h30
C a l e n d á rio 2015
Índic e
Uma programação de excelência Joaquim Estêvão Miguel Judas
4
Ideologia e revolução – ainda Rodrigo Francisco
5
Te a t r o
Kilimanjaro
O pelicano
Mauser
Hamlet
O mandarim
A tragédia optimista
Pastéis de nata para Bach
Gata em Telhado de Zinco Quente
O contrabaixo
Longe do corpo
Moby-Dick
O som e a fúria
Radiografia de um nevoeiro imperturbável
Mana solta a gata
Nossa Senhora da Açoteia
Misterman
África fantasma
No Alvo
Saudação a Walt Whitman
Trago-te na pele
A máquina do Mundo
À espera de Godot
Misterio del Cristo de los Gascones
Instantáneas
Caminham nus empoeirados
Hamlet Talvez
Moscovo fica mais para Norte
Unha corrente salvaxe
8
9
10
11
12
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25
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27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
Dança
38
Europa
Zoo
Fica no singelo
Ballet Nacional da Argentina
Identidade e multiplicidade
Lo raro es que estemos vivos
Companhia Nacional de Bailado
39
40
41
42
43
44
Música
Orquestra Gulbenkian
Penicos de prata
Luís Represas
Oquestrada
Coros de Zarzuelas Famosas
Concerto de Páscoa
O Cavaleiro das mãos irresistíveis
Ciclo S. Carlos
Áurea
António Zambujo
Concerto de Natal
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
A r t es P l á s t i c a s
Em casa do meu pai há muitas moradas
Grandpa was a rolling stone
Vitapop
Ping Pang Pong
58
59
60
61
I n f o r m a ç õ es e se r v i ç o s
Clube de Amigos
63
Espectáculos em digressão
65
Preçário
67
Informações úteis
68
Serviço educativo
70
Equipa do TMJB
71
Uma programação
de excelência!
U
ma das mais empolgantes conquistas da Revolução de Abril, fruto imediato da
Liberdade restaurada, foi a expressão do pensamento em voz alta sem restrições
e sem censura. Cada um de nós, e em coletivo!
Foi a libertação da expressão do pensamento – e do uso da palavra que o transporta e
traduz para o nosso quotidiano – que abriu as portas à disseminação cultural nas suas múltiplas vertentes: da criação e produção de bens culturais, à democratização do seu acesso e
usufruto a um número crescente de cidadãos, promovendo o enriquecimento do nosso património coletivo de saber e conhecimento.
Essa expressão livre do pensamento nas suas mais diversas vertentes, mas muito em especial naquilo que respeita ao Teatro – essa milenar arte de reproduzir em palco aquilo que a vida
nos oferece –, é hoje uma realidade muito presente e muito viva no dia-a-dia dos Almadenses.
Assim acontece há várias décadas, desde a Liberdade reconquistada. Assim queremos
que prossiga e se aprofunde, no presente e no futuro.
A programação anual que a Companhia de Teatro de Almada nos propõe para 2015,
na diversidade e multiplicidade de ofertas que encerra, constitui a reafirmação de uma opção
clara pela promoção do amplo acesso dos Almadenses à cultura, uma forma de conferir
expressão concreta aos valores e princípios fundadores da Democracia e da Liberdade reconquistadas em Abril.
A extraordinária capacidade de conceção, organização e trabalho da Companhia de Teatro de Almada está de novo bem presente na programação da nova temporada que agora
se nos apresenta.
Quarenta e seis produções, incluindo quatro novas criações próprias e três reposições,
passando por diferentes formas de dizer e contar o mundo – teatro, música e dança –, aprofundarão em 2015 a linha de coerência na promoção do gosto e usufruto de bens culturais, fundada
na permanente procura da qualidade que tão frutuosos resultados tem revelado na consolidação
de públicos fiéis e entusiásticos, e na mobilização, captação e fixação de novos públicos.
Vivemos tempos difíceis. Teimamos contudo, com determinação e entusiasmo, em contrapor a uma realidade que querem impor-nos cinzenta e deprimida, a força da criatividade, a
combatividade da esperança, a certeza de que a luta em defesa dos valores e dos princípios
que formaram e tornaram vitoriosa a Revolução de Abril terá mais força e será capaz de superar as dificuldades impostas.
À Companhia de Teatro de Almada, aos seus Trabalhadores incansáveis – técnicos das
mais diversas especialidades, atores, encenadores e diretores – quero expressar a convicção
de que a nova temporada que agora abraçam, com o profissionalismo e a dedicação de sempre, constituirá um novo êxito no percurso de permanente procura e difusão do saber e do
conhecimento, da cultura.
Aos Almadenses, a todos os amantes da arte, da cultura e em especial do Teatro, a todos quantos expressamente nos visitam – e são muitos milhares – para viver os espetáculos
oferecidos pela Companhia de Teatro de Almada, o desejo de que disfrutem plenamente da
programação de excelência que a Companhia nos propõe. Vai valer a pena!
Joaquim Estêvão Miguel Judas
Presidente da Câmara Municipal de Almada
Ideologia
e revolução – ainda
D
as quatro criações da Companhia de Teatro de Almada em 2015, duas abordam
a revolução russa de 1917: Matthias Langhoff dirige a Mauser, de Heiner Müller,
e em Dezembro revisitamos uma peça que Joaquim Benite chegou a começar a
ensaiar, nos idos anos 80: A tragédia optimista, de Vsevolod Vichnievski. São dois textos que
dialogam entre si, mas também, em grande medida, connosco. Que sentido fará ainda, neste
canto de uma Europa acomodada e tributável, pensar sobre acontecimentos ocorridos há
98 anos na longínqua Rússia?
Pela primeira vez, duas das companhias históricas da renovação do teatro português juntam-se numa co-produção: Luis Miguel Cintra dirigirá o Hamlet, com interpretação de alguns
dos actores ligados aos percursos do Teatro da Cornucópia e da Companhia de Teatro de
Almada. A tradução do texto, ainda por estrear, é de Sophia de Mello Breyner. Shakespeare,
Cintra, Sophia: a expectativa é legítima.
No fim do ano Teresa Gafeira voltará a provar que a música erudita pode agradar à infância, se nos servirmos da inteligência e da fantasia: Pastéis de nata para Bach é a sua próxima
dramaturgia, em colaboração com Pedro Proença. Em reportório, com apresentações em Almada e em digressão, mantemos três peças: Kilimanjaro (co-produção com o Teatro Nacional
D. Maria II), O pelicano (a encenação de Rogério de Carvalho que esgotou em 2013 e que nem
todos puderam ver) e O mandarim, a partir de Eça de Queiroz.
Os espectáculos de teatro acolhidos constituem mais de metade desta Programação,
tornando possível a apresentação em Almada de companhias vindas de Braga, Porto, Coimbra, Sintra, Torres Vedras, Lisboa, Setúbal e Faro – mas também de Almada, Segóvia e Santiago de Compostela. Jovens criadores partilham as nossas salas com directores consagrados.
As produções de dança, música e ópera deste ano obedecem à lógica de pluralidade
(conjugada com excelência) que rege os critérios de programação deste teatro. A meu ver,
trata-se de um acervo de propostas que integram, questionam e inquietam – e não os seus
contrários. A música clássica, o ballet e a música pop podem cruzar-se num mesmo palco ao
longo do ano? Em Almada, sim: se um teatro não dialoga com o meio que o envolve, facilmente redunda num instrumento de humilhação egotista.
Quanto às citações dos artigos 73.º e 78.º da Constituição da República Portuguesa,
elas integram este livro da Programação porque há quarenta anos houve uma revolução neste País, e a súmula daquilo que hoje somos, enquanto povo, vem daí. Tenho verificado que
alguns indivíduos lamentam este facto – e labutam para alterá-lo. Mas a Constituição, o texto
fundador da nossa democracia e seu garante, ainda não foi alterada.
Quando propomos ao nosso público que reflicta sobre conceitos como os de ideologia e
revolução, é no “ainda” da frase anterior que estamos a pensar, inquietos.
Rodrigo Francisco
Director artístico do TMJB
produções da Companhia
de Teatro de Almada
Incumbe ao Estado, em colaboração
com todos os agentes culturais:
a) Incentivar e assegurar o acesso
de todos os cidadãos aos meios e
instrumentos de acção cultural,
bem como corrigir as assimetrias
existentes no país em tal domínio.
Artigo 78.º da Constituição da República portuguesa
Co-produção: Teatro Nacional D. Maria II
Kilimanjaro
a partir De Ernest Hemingway
dramaturgia e encenação de Rodrigo Francisco
E
m As neves do Kilimanjaro, Ernest Hemingway imaginou o que teria sido a sua vida caso
tivesse cedido à tentação de uma existência ociosa. Harry Morgan, um alter-ego do
autor, está à beira da morte em África, na companhia da sua esposa, Helen. No tempo
que lhe resta, recorda episódios da sua vida e reflecte sobre como desperdiçou o seu
talento. Em Kilimanjaro, o conto de Hemingway serve de centro de gravidade a uma dramaturgia
que imagina o percurso de Harry através de um conjunto de outros contos e cartas do escritor
norte-americano – da adolescência à idade adulta, entre histórias de camaradagem, romances
falhados e guerras. África, Estados Unidos, Itália e Espanha são os países percorridos na peça,
numa busca existencial por um sentido que teima em escapar.
Ernest Hemingway (1899-1961) cresceu nos pacatos subúrbios de Chicago. Partiu para a Europa em 1917 e alistou-se como condutor de ambulâncias na Cruz Vermelha italiana, em plena I
Guerra Mundial. Em Paris, entrou no círculo de amigos de Gertrude Stein e conheceu alguns dos
maiores artistas da sua geração, entre os quais F. Scott Fitzgerald, Ezra Pound, James Joyce ou
Pablo Picasso. Esteve presente na Guerra Civil Espanhola e na II Guerra Mundial. Em 1953, ganhou o Pulitzer com O velho e o mar (1952). Um ano depois, em 1954, foi-lhe atribuído o Prémio
Nobel da Literatura.
Conversa com o público
Sáb 24 JAN às 18h00
23 Janeiro a 08 Fevereiro
Qua a Sáb às 21h30 | Dom às 16h00
Intérpretes Ana Cris, Duarte Guimarães, Elias Nazaré, João
Farraia, João Tempera, Luís Vicente, Pedro Lima, Pedro
Walter, Rita Loureiro e a participação especial de José Evaristo
Assistência de encenação Paulo Mendes
Voz-off Jorge Rebanda
Palco da Sala Principal | M/14 | 2H00
Cenário e figurinos Ana Paula Rocha
Luz Guilherme Frazão
Som Miguel Laureano
Selecção musical Levi Martins
Produção de guarda-roupa Elitsa Ivanova
O Pelicano
De August Strindberg
encenação de Rogério de Carvalho
N
a Idade Média, acreditava-se que o pelicano era uma das aves mais zelosas para com
a sua prole, dando-lhe de beber do seu próprio sangue quando a comida escasseava.
Nesta peça, Strindberg explora a ambivalência do mito, a fronteira ténue que este desenha entre a vida e a morte. Retrata, em palco, a vida caótica e disfuncional de uma família
que, no seguimento da morte do pai e do casamento da filha com o amante da progenitora, se
precipita para a tragédia. Uma mãe egoísta e manipuladora é a origem e o fim de todas as tensões,
nada fazendo, por exemplo, para contrariar o rumo desolador de um filho entregue ao álcool e de
uma filha que, por sua culpa, não conhece a felicidade conjugal.
August Strindberg (1849-1912) foi um importante dramaturgo, romancista e contista sueco. A sua
modernidade advém da forma como, em muitas peças, combinou o Naturalismo e a Psicologia,
dando origem a textos inovadores no contexto europeu e que hoje são considerados precursores
de correntes como o Expressionismo e o Surrealismo. Entre as suas obras mais importantes destacam-se O pai (1887), A menina Júlia (1888), Credores (1888) e A sonata dos espectros (1907).
Rogério de Carvalho (n. 1936) tem encenado nos principais teatros portugueses. Recentemente, a APCT distinguiu a sua encenação de O doente imaginário, de Molière, como o Melhor
Espectáculo de 2012. Em 2014, foi a vez do jornal Público considerar a sua encenação de As
confissões verdadeiras de um terrorista albino um dos melhores espectáculos do ano.
Conversa com o público
Sáb 21 FEV às 18h00
Intérpretes Adriano Carvalho, Joana Francampos,
Maria Frade, Pedro Walter e Teresa Gafeira
Tradução Gastão Cruz
Cenário José Manuel Castanheira
20 Fevereiro a 08 Março
Qua a Sáb às 21h30 | Dom às 16h00
Palco da Sala Principal | M/12 | 1h30
Figurinos Mariana Sá Nogueira
luz José Carlos Nascimento
Caracterização Sano de Perpessac
Voz e elocução Luís Madureira
c r ia ç ã o
Mauser
De Heiner Müller
encenação de Matthias Langhoff
M
auser é uma peça para jovens actores, segundo Langhoff, para quem tenha mais à
sua frente do que aquilo que já deixou para trás. Esta montagem do texto de Müller
não é uma mera ilustração do mesmo, mas sim um projecto para o Mundo em que
vivemos. Mauser é um poema cénico de contornos trágicos, no qual o indivíduo se
confronta com o colectivo, e vice-versa. Nele se questiona a fronteira entre o interesse de ambas
as partes, o limite a partir do qual o eu é levado à sua total dissolução no nós. Um dos mestres do
teatro europeu ainda em actividade estreia-se em Almada, com um elenco de jovens actores.
Heiner Müller (1929-1995) foi um dos mais influentes dramaturgos alemães depois de Brecht.
As suas peças são representadas um pouco por todo o Mundo, e incluem reflexões sobre a História da Alemanha, releituras de peças de Shakespeare e de tragédias gregas, bem como peças
que dialogam com as de Bertolt Brecht (das quais Mauser é um exemplo).
Matthias Langhoff (n. 1941) nasceu no exílio, em Zurique, tendo a sua família fugido ao regime
nazi. De regresso a Berlim, o seu pai assumiu a direcção do Deutsches Theater, onde Langhoff
começou a encenar peças de Brecht em 1963. Trabalhou com Heiner Müller, de quem foi amigo.
Dirigiu o Théâtre Vidy-Lausanne entre 1989 e 1991, assumindo depois o cargo de co-director do
Berliner Ensemble, entre 1992 e 1993. Desde então tem apresentado os seus espectáculos um
pouco por todo o Mundo.
Conversa com o público
Sáb 09 MAI às 18h00
Assistência de encenação Rodrigo Francisco
Tradução Sara Seruya
cenografia Matthias Langhoff
10
07 a 31 Maio
Qua a Sáb às 21h30 | Dom às 16h00
Palco da Sala Principal | M/12 | 1h15
Figurinos Ana Paula Rocha
luz Guilherme Frazão
Som Miguel Laureano
c r ia ç ã o
Co-produção: Teatro da Cornucópia
Hamlet
De William Shakespeare
encenação de Luis Miguel Cintra
E
m Hamlet, de William Shakespeare, coloca-se em cena o confronto entre duas gerações
com posturas distintas: a de Hamlet e das personagens mais jovens (Horácio, Laertes e
Ofélia), e a de sua mãe, a Rainha Gertrudes, e de seu tio, Cláudio. Os mais jovens têm
consciência dos valores que foram traídos pelos mais velhos, cujo cinismo se sobrepôs
a tudo, e a quem já só interessa o poder. Desta circunstância nasce a grande inquietação do
príncipe da Dinamarca: como repor a ordem sem perder o idealismo? Como fazer justiça sem
manchar de sangue as mãos? Resta o teatro, no entanto. É ao teatro que Hamlet recorre para
dar a ver essa grande traição.
William Shakespeare (1564-1616) é um dos mais influentes dramaturgos da História. Sobre
a sua vida existe muita especulação, embora não tenham sido encontrados documentos que
a consigam transformar em factos fidedignos. As suas peças de teatro continuam hoje a ser
representadas e estudadas em todo o Mundo. Entre as mais conhecidas encontram-se Hamlet,
Othello, Macbeth, Romeu e Julieta, A tempestade, Rei Lear, Júlio César e Titus Andronicus.
Luis Miguel Cintra (n. 1949) nasceu em Madrid. Estreou-se como actor e encenador no Grupo
de Teatro da Faculdade de Letras, no qual dirigiu Anfitrião, de António José da Silva. Fundou o
Teatro da Cornucópia em 1973, companhia na qual já encenou mais de 100 espectáculos. Foi
homenageado no Festival de Almada 2014.
Conversa com o público
Sáb 24 OUT às 18h00
Intérpretes Alberto Quaresma, Bernardo Souto,
Dinis Gomes, Duarte Guimarães, Guilherme Gomes,
Isac Graça, João Pedro Vaz, José Manuel Mendes,
Luís Lima Barreto, Luís Madureira, Luis Miguel Cintra,
Marques D’Arede, Nídia Roque, Paulo Pinto,
Rui Westerman, Sílvio Vieira, Teresa Gafeira e Tiago Matias
23 Outubro a 15 Novembro
Qua a Sáb às 21h00 | Dom às 16h00
Sala Principal | M/12
Assist. de encenação Rodrigo Francisco
Tradução Sophia de Mello Breyner Andresen
Cenografia e figurinos Cristina Reis
Voz e elocução Luís Madureira
Luz Cristina Reis, Luis Miguel Cintra
e Rui Seabra
11
O Mandarim
a partir De Eça de Queiroz
Dramaturgia de Pedro Proença e Teresa Gafeira
encenação de Teresa Gafeira
O
mandarim estreou em Novembro de 2014 e esgotou as 15 sessões que ao longo
desse mês se realizaram. Ficámos a conhecer a história de Teodoro, o amanuense do
Ministério do Reino que vê na morte de um mandarim decrépito a oportunidade de
satisfazer as ambições burguesas que alimenta. O Diabo tenta-o: para matar Ti Chin-Fu basta tocar a campainha, “como quem chama um criado” e sem que uma gota de sangue
suje vergonhosamente os punhos da camisa. Teodoro cede. Mas o que se prepara para viver está
longe da existência despreocupada e opulenta com que sonha.
Eça de Queiroz (1845-1900) é um dos maiores romancistas da nossa Literatura. Para além de
escritor, foi jornalista e diplomata, tendo sido cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Na
sua obra distinguem-se três fases: a primeira, de influência romântica (até 1870, com O mistério
da estrada de Sintra), a segunda, de afirmação do Realismo (1871-1880), e a terceira, aberta
ao experimentalismo e à conciliação de influências diversas (nomeadamente com A cidade e
as serras, publicada postumamente em 1901). O mandarim (1880) integra actualmente o Plano
Nacional de Leitura como obra recomendada para o 9.º ano de escolaridade.
11 a 22 NovEMBRO
Conversa com o público
Sáb 14 Nov às 18h00
Intérpretes André Alves, Catarina Campos Costa,
Celestino Silva, João Farraia, Maria Frade
e Pedro Walter
Cenário e figurinos Ana Paula Rocha
12
Ter a Qui às 15h00 | Sex às 15h00 e 21h30
Sáb às 16h00 e 21h30 | Dom às 16h00
Sala Experimental | M/12 | 1H15
luz José Carlos Nascimento
Som Miguel Laureano
Voz e elocução Luís Madureira
Projecções Pedro Proença
c r ia ç ã o
A tragédia optimista
De Vsevolod Vichnievski
encenação de Rodrigo Francisco
E
m plena Guerra Civil Russa, a tripulação anarquista de um navio que combatera na I
Grande Guerra recebe um comissário bolchevique, que tem como missão mobilizá-la
para a causa comunista. O comissário é, surpreendentemente, uma mulher, que muito
rapidamente tem de se impor entre marinheiros. Segue-se um intenso debate ideológico,
no qual se discutem os valores e os ideais da Revolução. E, pouco a pouco, de uma tripulação
anarquista começa a surgir uma vontade comum. A tragédia optimista confronta-nos com o
passado, num momento histórico em que importa voltar a pensar a relação entre o interesse
individual e o interesse colectivo. Que motivos haverá ainda para que nos unamos em torno de
uma causa?
Vsevolod Vichnievski (1900-1951) foi um dramaturgo e escritor russo que celebrou a revolução russa nas suas obras. Para além da sua carreira literária, também se distinguiu como militar,
tendo participado, por exemplo, no cerco a Leninegrado. Foi correspondente de guerra para
o jornal Pravda. A tragédia optimista é a sua obra mais conhecida, tendo sido levada à cena
por Alexander Tairov, em 1933, e adaptada para cinema por Samson Samsonov, em 1963. Em
França, esta obra suscitou o interesse de encenadores como Bernard Sobel, Clément Harari
ou Jean Jourdheuil.
04 a 13 Dezembro
Qua a Sáb às 21h30 | Dom às 16h00
Sala Principal | M/12
Intérpretes Adriano Carvalho, Ana Cris,
André Albuquerque, André Gomes, Carlos Pereira,
João Tempera, Manuel Mendonça, Marco Trindade,
Marinus Luyks, Miguel Eloy e Pedro Lima
Tradução António Pescada
Cenografia Manuel Graça Dias e Egas José Vieira
Figurinos Ana Paula Rocha
Luz Guilherme Frazão
Som Miguel Laureano
Movimento Catarina Câmara
13
c r ia ç ã o
Pastéis de nata para Bach
Dramaturgia de Pedro Proença e Teresa Gafeira
encenação de Teresa Gafeira
E
se a falta de açúcar aborrecesse Bach tanto quanto o aborreciam os bloqueios criativos e a dormência da inspiração? Bach foi um compositor brilhante, um instrumentista
virtuoso, muito admirado no seu tempo… E se escondesse um amor inconfessável por
doces? Sobretudo por pastéis de nata, a famosa iguaria portuguesa que teve o privilégio
de provar no Sacro Império Romano-Germânico, numa tarde longínqua do século XVIII?
Pastéis de nata para Bach é o novo espectáculo da CTA para a infância e procura, segundo Teresa Gafeira, “remar contra a vulgaridade que caracteriza muita da produção teatral e musical para
crianças”. Depois de O barbeiro de Sevilha, A flauta mágica e Verdi que te quero Verdi, a actriz
e encenadora continua assim o trabalho que tem vindo a desenvolver para aproximar os mais
novos da música clássica.
Teresa Gafeira fez parte, no início dos anos 70, do núcleo fundador do Grupo de Teatro de
Campolide, no qual também se estreou como actriz, na peça Vida de D. Quixote de La Mancha
e do gordo Sancho Pança, de António José da Silva. Encenou, em 1992, o seu primeiro espectáculo para a infância, Sopa de pedras. Desde então tem desenvolvido, a par da sua carreira de
actriz, um trabalho continuado na criação e adaptação de espectáculos dirigidos a um público
infanto-juvenil.
Sessões especiais para escolas
nos dias úteis, por marcação
entre 09 e 18 de Dezembro
Intérpretes André Alves, Catarina Campos Costa,
João Farraia e Pedro Walter
Cenário e figurinos Pedro Proença
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05 a 20 Dezembro
Sáb e TER 08 às 16h00
Dom às 11h00
Sala Experimental | M/3 | 00h50
luz José Carlos Nascimento
Som Miguel Laureano
produções acolhidas
Incumbe ao Estado, em colaboração
com todos os agentes culturais:
b) Apoiar as iniciativas que estimulem
a criação individual e colectiva, nas
suas múltiplas formas e expressões,
e uma maior circulação das obras
e dos bens culturais de qualidade.
Artigo 78.º da Constituição da República portuguesa
15
Artistas Unidos (Lisboa)
Co-produção: Teatro Viriato, Fundação Centro Cultural de Belém e Teatro Nacional S. João
Gata em Telhado
de Zinco Quente
De Tennessee Williams
encenação de Jorge Silva Melo
Q
uando perguntavam a Tennessee Williams qual era, das que tinha escrito, a sua
peça preferida, este respondia: “elas são tantas que respondo sempre ‘a última’. Ou
então, cedo ao instinto de dizer a verdade e respondo: a versão escrita de Gata em
telhado de zinco quente”. Na peça que foi transformada num clássico do cinema
americano em 1958, com Elizabeth Taylor e Paul Newman nos principais papéis, Margaret e
Brick vivem um casamento destruído pelo álcool, pela ausência de filhos, pelos mistérios e
mentiras, num Sul imaginado por Williams, no qual “tudo se agita em volta do dinheiro”.
Tennessee Williams (1911-1983) nasceu em Columbus, Mississipi. O Sul dos Estados Unidos
inspirou uma parte considerável da sua obra – nomeadamente Um eléctrico chamado desejo
(1947), o texto com que venceu o seu primeiro Pulitzer. Algumas das suas peças foram adaptadas para cinema e transformaram-se em verdadeiros clássicos. Gata em telhado de zinco quente
estreou em 1955 e valeu a Williams o seu segundo Pulitzer.
Jorge Silva Melo (n. 1948) foi co-fundador do Teatro da Cornucópia, com Luis Miguel Cintra,
com quem partilhou a direcção da companhia até 1979. Estagiou em Berlim, com Peter Stein, e
em Milão, com Giorgio Strehler. Ao longo da sua carreira tem trabalhado como encenador, realizador, actor, dramaturgo, crítico, professor e programador. Fundou os Artistas Unidos em 1995.
15 a 18 Janeiro
Qui a Sáb às 21h30 | Dom às 16h00
Sala Principal | M/16 | 2h00
Intérpretes Américo Silva, Catarina Wallenstein,
Isabel Muñoz Cardoso, João Meireles, João Vaz,
Rafael Barreto, Rúben Gomes, Tiago Matias, Vânia Rodrigues
e as estagiárias da ESTC Inês Laranjeira e Margarida Correia
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Assist. de encenação Leonor Carpinteiro
Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves
Luz Pedro Domingos
Som André Pires O Teatrão (coimbra)
Co-produção: Conservatório de Música de Coimbra
O contrabaixo
De Patrick Süskind
encenação de Antonio Mercado
E
m O contrabaixo, António Fonseca interpreta um músico que nos fala das suas mais
intensas paixões: a música e uma cantora de ópera. Este contrabaixista é um homem
“sem rosto e sem nome, no meio da multidão”, que carrega consigo o peso de uma vida
de trabalho árduo e inglório, não deixando, porém, de trazer dentro de si “um universo
inquietante de sonhos, de frustrações, de injustiças, de alegrias e paixões”. No seu interior cresce
também uma fúria – aquela fúria contida dos que são ignorados, desprezados, injustamente preteridos, relegados à massa informe, obrigados a submeterem-se à rigidez das hierarquias. “Uma
fúria pulsante que a qualquer momento pode explodir num improvável grito de libertação”.
Patrick Süskind (n. 1949) estudou História Moderna e Medieval na Universidade de Munique e
em Aix-en-Provence, em França. Foi com O perfume (1985) que atingiu o reconhecimento internacional. O contrabaixo foi outra das obras que mais contribuiu para o seu sucesso, sendo uma
das mais encenadas de sempre na Europa.
Antonio Mercado (n. 1945) é um encenador, dramaturgo, tradutor e professor de teatro, de nacionalidade brasileira. Iniciou o seu percurso no TUCA, que fundou e dirigiu. No Brasil levou à cena
textos de Bertolt Brecht, Molière, Michael Bennett e Oduvaldo Vianna Filho, entre outros. Actualmente reside em Coimbra, onde tem colaborado com O Teatrão desde a fundação do grupo.
Conversa com o público
Sáb 07 FEV às 18h00
Intérprete António Fonseca
Dramaturgia Antonio Mercado
Desenho de Luz Alexandre Mestre
05 a 08 Fevereiro
Qui a Sáb às 21h30 | Dom às 16h00
Sala Experimental | M/12 | 1h00
Sonoplastia Rui Capitão
Apoio Musical Rui Pereira (Conservatório
de Música de Coimbra) e Romeu Santos
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Mundo Razoável (Porto)
Longe do corpo
Texto e encenação de Marta Freitas
C
arlota vive aprisionada num corpo que não lhe pertence. Nasceu homem, mas sente-se mulher, o que ainda é imperdoável numa terra onde toda a gente se conhece. Só
o Padre parecia entendê-la, mas esse era “um homem com um pensamento grande
demais para as pessoas da terra”. No caminho para passar para “o outro lado do espelho”, cruza-se com Rogério, que a leva numa viagem onde “o amor e o corpo não têm forma”.
Longe do corpo é uma reflexão em torno do tema da transexualidade, num mundo em que,
segundo Marta Freitas, “somos bem mais do que homens ou mulheres: somos, acima de tudo,
pessoas”.
Marta Freitas (n. 1976) é actriz, dramaturga, encenadora e docente no ensino artístico. Como
dramaturga, tem vindo a desenvolver um trabalho regular: Cego de amor (2005), Lucki e as Baibies (2007), Falha (2008), Danos colaterais (2009), Cem lamentos (2010), Imundação (2011), Diz-lhes que não falarei nem que me matem (2012). Como actriz, tem participado em espectáculos
de criadores como Ricardo Pais, António Durães, Nuno Carinhas ou Nuno M. Cardoso.
Conversa com o público
Sáb 14 FEV às 18h00
INTéRPRETes Paulo Moura Lopes, Pedro Mendonça
e Vítor Fernandes
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL Natasha Semmynova
LUZ Bruno Santos
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13 a 15 Fevereiro
Sex e Sáb às 21h30 | Dom às 16h00
Sala Experimental | M/14 | 1h15
SONOPLASTIA, MÚSICA ORIGINAL E PARTICIPAÇÃO AO
VIVO Vítor Rua e Ricardo Raimundo
VÍDEO Marta Freitas e Pedro Almendra
CENOGRAFIA E FIGURINOS Catarina Barros
Teatromosca (Sintra)
Moby-Dick
a partir de Herman Melville
encenação de Pedro Alves
U
ma perseguição obsessiva a uma baleia branca, em busca de vingança. É esta a missão
que o capitão Ahab empreende em Moby-Dick, comandando o Pequod contra tudo e
contra todos. Ismael é a testemunha, o narrador dessa viagem que atravessa os mares
naquela que é considerada “uma narrativa de aventuras para alguns, epopeia metafísica
para outros”. “Ahab é descrito como uma personagem monomaníaca, figura satânica, guiada por
um único objectivo, capaz de vergar tudo e todos pela paixão que lhe arde no peito: a sede de
vingança, a vontade de destruir Moby-Dick”. Em 2013, o Expresso elegeu Moby-Dick como um
dos melhores espectáculos do ano.
Herman Melville (1819-1891) foi um escritor, poeta e ensaísta norte-americano. Passou uma
parte considerável da sua vida no mar, o que influenciou muitas das suas obras. Embora este
romance seja hoje considerado um clássico da Literatura mundial, na época foi mal recebido pela
crítica e pelos leitores. Em vida, Melville não teve sucesso enquanto escritor.
Pedro Alves (1979) é co-fundador e director artístico do Teatromosca, onde tem desempenhado funções de actor, produtor e encenador. Dirigiu, entre outros, os espectáculos Dog Art,
Kip, As três vidas de Lucie Cabrol (Prémio Especial do Júri do Festival Les Eurotopiques, em
Lille), Europa e Tróia.
Conversa com o público
Sáb 07 mar às 18h00
Intérpretes Pedro Mendes (actor) e Ruben Jacinto (músico)
Adaptação Tiago Patrício
Assistência de encenação Mário Trigo
05 e 06 Março
Qui e Sex às 21h30
Sala Experimental | M/12 | 1h45
Cenografia Pedro Silva
Direcção técnica Carlos Arroja
Vídeo Raul Talukder
19
Teatromosca (Sintra)
Co-produção: Quorum Ballet, Theatro Circo, Embaixada dos E.U.A. e Art Institute
O som e a fúria
A partir de William Faulkner
encenação de Pedro Alves
A
ruína dos Compton, uma família de antigos aristocratas do Sul dos Estados Unidos, está
no centro de O som e a fúria. O romance de William Faulkner é construído a partir de três
pontos de vista: o de Benjy, jovem adulto com problemas mentais; o de Quentin, o irmão
que se suicidou; e o de Jason, o irmão normal. Para Pedro Alves, trata-se de uma obra
sobre o tempo, “um tempo que no presente é sempre passado, e do qual o futuro está ausente”.
Com este espectáculo, a companhia Teatromosca continua “uma investigação em torno dos Estados Unidos como pilar da cultura ocidental em frágil terreno, em terreno pantanoso”.
William Faulkner (1897-1962) é considerado, juntamente com Mark Twain, Flannery O’Connor,
Truman Capote, Harper Lee e Tennessee Williams, um dos mais importantes escritores da literatura sulista dos EUA. Em 1949, recebeu o Prémio Nobel da Literatura. Utilizando a técnica do “fluxo
de consciência” consagrada por James Joyce, Virginia Woolf, Marcel Proust e Thomas Mann,
Faulkner narrou a decadência do Sul dos EUA, interiorizando-a nas suas personagens, a maioria
delas vivendo situações desesperantes.
Conversa com o público
Sáb 07 mar às 18h00
Intérpretes Filipe Araújo, João Cabral
e Ruben Chama (actores), Catarina Correia,
Inês Pedruco e Margarida Costa (bailarinas)
e Ruben Jacinto (músico)
Assist. de encenação Maria Carneiro e Mário Trigo
20
07 e 08 Março
Sáb às 21h30 | Dom às 16h00
Sala Experimental | M/14 | 2h00
Adaptação Alexandre Sarrazola
Cenografia Pedro Silva
Figurinos Carlos Coxo
Direcção técnica Carlos Arroja
Vídeo Ricardo Reis
Teatro do Vão (Lisboa)
Co-produção: Teatro do Vão e Teatro Nacional D. Maria II
Radiografia de um
nevoeiro imperturbável
A partir de Fernando Augusto
encenação de Daniel Gorjão
P
ríncipe Bão, uma das peças de teatro de Fernando Augusto, foi o ponto de partida para
este espectáculo. “É a história de amor de D. Sebastião por Luís da Silva, um pajem”,
esclarece Daniel Gorjão, cujo trabalho de encenação dá particular importância ao corpo e ao movimento. “Teatro coreografado” é, aliás, uma das expressões utilizadas pela
imprensa para descrever este trabalho do Teatro do Vão. O dispositivo cenográfico permite aos
espectadores assistir ao espectáculo de diferentes ângulos, para que “nos encaremos como aquilo que somos”.
Fernando Augusto (1947-2003) foi dramaturgo, encenador e professor. Das suas peças destacam-se Solário (Prémio Eça de Queiroz 1992), Príncipe Bão (Prémio Baltazar Dias 1995), Pastéis
de nata para a avó (Prémio do Concurso Dramatúrgico Nacional A Barraca) e A última batalha
(Grande Prémio de Teatro SPA/Novo Grupo), todas elas levadas à cena.
Daniel Gorjão (n. 1984) frequentou o curso de Formação de Actores da Universidade Moderna e a
ESTC. A partir de 2003 integrou produções do Teatro Politeama, onde foi dirigido por Filipe La Féria.
Em 2010 criou e dirigiu Um dia dancei só um dia dancei, com o qual venceu o prémio Emergentes
(TNDMII/Festival de Almada). Fundou o Teatro do Vão em 2012, do qual é director artístico.
20 e 21 Março
Sex e Sáb às 21h30
Sala Experimental | M/12 | 1h00
Intérpretes André Patrício, Cátia Terrinca,
João Duarte Costa, João Villas-Boas, Miguel Raposo,
Teresa Tavares e Ana Rita Rosa, André Delgado,
Fernanda Azougado, Filipe Freitas, Inês Cruz e João Reis
Dramaturgia Cátia Terrinca e Ricardo Boléo
Espaço cénico Daniel Gorjão e Bruno Terra Da Motta
luz Miguel Cruz
som Sara Vicente
Apoio ao movimento Maria Azevedo Carvalho
Apoio à voz Luís Moreira
Guarda-roupa Ricardo Aço
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Teatro do bairro (Lisboa)
Mana solta a gata
a partir de Adília Lopes
encenação de António Pires
A
ntónio Pires desejava há muito trabalhar os textos de Adília Lopes, por considerar que a
sua obra permite uma “identificação imediata”. O estilo da poetisa, aparentemente coloquial e naïf, está repleto de jogos fonéticos, associações livres e rimas infantis. Em Mana
solta a gata, Pires criou uma “coreografia hiper-realista” na qual duas mulheres gordas,
interpretadas por dois homens, andam e dizem o que Adília Lopes escreveu. No entanto, “nada
disto é grotesco. Nem o movimento, nem a actuação”.
Adília Lopes (n. 1960) é o pseudónimo literário de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira,
poetisa, cronista e tradutora. As suas principais influências literárias são Sophia de Mello Breyner
Andresen e Ruy Belo, mas também a Condessa de Ségur, Emily Brönte, Enid Blyton, Roland
Barthes ou Nuno Bragança. Colaborou com poemas, artigos ou poemas traduzidos, em diversos
jornais e revistas, nacionais e estrangeiros.
António Pires tem vindo a desenvolver, desde 1990, um trabalho que poderá ser descrito como
teatro coreográfico, onde o texto e as imagens se fundem. Ao longo do seu percurso artístico,
tem apresentado trabalhos a convite de várias entidades, como o Teatro da Cornucópia, o São
Luiz Teatro Municipal e o Maria Matos Teatro Municipal, entre outros. Também foi impulsionador
de projectos como o do Teatro do Bairro, cuja direcção artística partilha com Alexandre Oliveira.
dia mundial do teatro:
Entrada livre
Intérpretes Hugo Mestre Amaro, João Araújo
e Rafael Fonseca
Assistência de encenação Tomás Nolasco
Adapt., dramaturgia e concepção cénica António Pires
Figurinos Luís Mesquita
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27 Março
Sex às 21h30
Sala Principal | M/14 | 1h10
luz Vasco Letria
Apoio coreográfico Paula Careto
Costureira Rosário Balbi
Adereços Carla Freire
Ilustração Joana Vilaverde
ACTA — A Companhia de Teatro do Algarve (Faro)
Nossa Senhora da Açoteia
De Luís Campião
encenação de Luís Vicente
L
uís Vicente encena e interpreta Nossa Senhora da Açoteia, um monólogo de Luís Campião que venceu, em 2012, o Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da
Silva. A acção desenrola-se numa aldeia do Algarve litoral, “quando ainda eram pujantes
a faina da pesca e a indústria de conserva de peixe, e os homens e mulheres viviam do
mar e para o mar”, como explica o autor do texto. Uma mulher conta a sua história, bem como a
das gerações que a precederam. Entre o risível e o trágico, a paixão e a morte, Nossa Senhora da
Açoteia trata de “envenenamentos; bruxarias; um esquartejamento; violência física e psicológica
extrema ao longo de três gerações...”.
Luís Campião (n. 1974) é actor, encenador, professor e dramaturgo. Iniciou a sua formação em
1995 na Escola de Formação Teatral do CENDREV. É licenciado em Teatro pela ESMAE. Escreveu as peças A cova dos ladrões (2010), Parabéns (2012), Nossa Senhora da Açoteia (2012) e O
menino da burra (2013).
Luís Vicente (n. 1953) estudou Engenharia Mecânica, Psicologia e Expressão Dramática. Assumiu
diversas funções em projectos de teatro, cinema e televisão em Portugal, Espanha, França, Angola,
Bélgica, Itália, Alemanha, Luxemburgo e Brasil. Foi em várias ocasiões e sob diferentes pretextos
distinguido e premiado em Portugal e no estrangeiro. É, desde 1999, director artístico da ACTA.
Conversa com o público
Sáb 28 mar às 18h00
Intérprete Luís Vicente
Execução cénica Tó Quintas
27 a 29 Março
Sex e Sáb às 21h30 | Dom às 16h00
Sala Experimental | M/12 | 1h00
luz Octávio Oliveira
Operação de luz Nuno Silvestre
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Culturproject (Lisboa)
Co-produção: Artistas Unidos
Misterman
De Enda Walsh
encenação de Elmano Sancho
M
isterman centra-se na figura de Thomas, um homem de 33 anos que vive com a mãe
incapacitada numa aldeia chamada Inishfree. Este homem, que tem “a presunção
de ser bom, de ser superior aos outros, de ter uma ligação especial com Deus”,
sai todos os dias de casa para inspeccionar o comportamento dos habitantes da
sua aldeia e assegurar o cumprimento dos valores morais e éticos. Elmano Sancho estreia-se
na encenação com uma peça que é considerada “uma prima afastada” de A última gravação de
Krapp, de Samuel Beckett.
Enda Walsh (n. 1967) nasceu em Dublin. Mudou-se para Cork, onde colaborou com o encenador Pat Kiernan. À primeira peça original de Enda Walsh, The Ginger-ale Boy (1995), seguiram-se
Disco Pigs (1996) e Misterman (1999). Acamarrados (2000) foi a primeira peça de Enda Walsh a
ser dirigida pelo próprio, que também tem escrito para rádio e cinema – nomeadamente o argumento de Hunger, de Steve McQueen.
Elmano Sancho (n. 1979) tem trabalhado como actor em Portugal, França e Espanha. Já foi dirigido por encenadores como Emmanuel Demarcy-Mota, Rogério de Carvalho, Jorge Silva Melo,
Ana Tamen, Miguel Abreu, Maria João Miguel e Paulo Alexandre Lage.
Conversa com o público
Sáb 11 Abr às 18h00
Intérprete Elmano Sancho
Assistência de encenação Luciana Ribeiro
Vozes Andreia Bento, António Simão, Filipa Duarte,
João Meireles, Jorge Silva Melo, Luciana Ribeiro, Mirró
Pereira, Mónica Cunha, Nuno Miranda e Pedro Carraca
24
10 e 11 Abril
Sex e Sáb às 21h30
Sala Experimental | M/16 | 2h00
Tradução Nuno Ventura Barbosa
Apoio vocal Natália de Matos
Cenário e figurinos Rita Lopes Alves
Espaço sonoro Pedro Costa
Luz Alexandre Coelho
João Samões (Almada)
África fantasma
a partir de Frantz Fanon, Aimé Césaire,
Julião Quintinha e Langston Hughes
encenação de João Samões
N
o início do século XX, Pablo Picasso viu máscaras africanas numa exposição etnográfica no Museu do Trocadéro, em Paris. A impressão que lhe causaram foi tão intensa
que, entre 1907 e 1909, procurou trabalhar novas possibilidades de representação
do corpo na arte ocidental – o Período Africano. África tornava-se “um lugar de representações imaginárias, um imenso território onde se projectam todas as fantasias e fantasmas”,
refere João Samões. Para o encenador, África fantasma é uma “peça-exorcismo dos traumas e
fantasmas do colonialismo, onde se coloca em cena a denúncia do racismo e da violência do
nosso (incompleto) humanismo ocidental”.
João Samões (n. 1970) é encenador, dramaturgo, performer e pintor. Estudou Antropologia,
Pintura e Artes Performativas. Trabalhou em projectos nacionais e internacionais de teatro,
performance, improvisação e dança contemporânea. Criou as peças: 18 Minutos, Zonas de
ruidosa influência, O labirinto a morte e o público, Blackout e O papagaio de Céline.
18 Abril
Sáb às 21h30
Sala Experimental | M/12 | 0h45
Intérprete Joana Bárcia
Dramaturgia e espaço cénico João Samões
Vídeo João Dias
25
Companhia de Teatro de Braga
No Alvo
De Thomas Bernhard
encenação de Rui Madeira
M
ãe e filha vivem juntas num apartamento, na cidade. O falecido marido, e pai, tinha
sido o bem-sucedido proprietário de uma fábrica. Há décadas que mãe e filha fazem
a mesma viagem no Verão, tendo como destino uma casa junto ao mar. Este ano, porém, convidam um jovem dramaturgo para as acompanhar durante as férias. Na sua
companhia, a mãe procura encontrar um sentido para o seu passado, recordando a sua relação
com o marido, que “detestava tanto como adorava ouvi-lo dizer a despropósito que tudo está
bem quando acaba bem”. Recorda também o filho que lhes morreu muito novo, ainda no berço,
e que não suportaria que fosse “conspurcado pela imundície das outras pessoas. Uma imundície
que prolifera em tudo, no teatro, nos operários, na fábrica…”.
Thomas Bernhard (1931-1989), romancista, dramaturgo e poeta austríaco, nasceu na Holanda.
Passou a adolescência em casa dos avós maternos, na Áustria. Entre 1955-57 estudou Teatro
no Mozarteum de Salzburgo. O estilo irónico e mordaz que usava para caracterizar o próprio país
valeu-lhe uma relação de amor/ódio com o povo austríaco. Quando morreu, em 1989, deixou
expressa a proibição de que as suas peças fossem representadas na Áustria.
Rui Madeira (n. 1955) é actor e encenador profissional desde 1975. Em 1980 foi um dos fundadores, no Porto, da CENA, o grupo que daria origem em 1984 à Companhia de Teatro de Braga, onde
ocupa o cargo de director artístico. Foi administrador executivo do Theatro Circo, em Braga, e integrou o secretariado organizador do 1º FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica).
26 Abril
Dom às 16h00
Sala Experimental | M/12 | 2h00
Intérpretes André Laires/Frederico Bustorff,
Sílvia Brito, Solange Sá e Thamara Thais
Tradução Anabela Mendes
Cenografia Alberto Péssimo e Jorge Gonçalves
26
Figurinos Manuela Bronze
Criação vídeo Frederico Bustorff
Criação sonora Pedro Pinto
Teatro Estúdio Fontenova (Setúbal)
Saudação a Walt Whitman
A partir de Fernando Pessoa, Federico Garcia Lorca e Walt Whitman
criação colectiva
S
audação a Walt Whitman é a segunda parte – primeira a ser apresentada, no entanto
– de uma trilogia que, na sua génese, “tinha o ritmo marcado pelos escritos de Federico
Garcia Lorca”. Foi de Lorca, justamente, que surgiu o nome de Walt Whitman, já que o
espanhol dedicou alguns versos ao poeta norte-americano, na sua Ode a Walt Whitman.
Pessoa, com a sua Saudação, veio completar esta tríade de poetas desencontrados no tempo
e na geografia. A admiração que os poetas ibéricos tinham por Whitman está bem manifesta em
várias passagens dos poemas que lhe dedicaram.
Walt Whitman (1819-1892) é considerado um dos mais importantes poetas norte-americanos.
Da sua obra destaca-se Folhas de erva, volume que foi publicado pela primeira vez em 1855 com
doze poemas sem título e um prefácio, e que foi depois reeditado por Whitman várias vezes ao
longo da sua vida, tendo chegado, na sua forma derradeira, a conter 400 poemas.
O Teatro Estúdio Fontenova é uma associação cultural fundada em Setúbal em 1985. Para
além das produções que apresenta, dinamiza também formações e colóquios, e é responsável
pela organização do Festival Internacional de Teatro de Setúbal, que em Agosto de 2015 terá a
sua 17.ª edição.
02 e 03 Maio
Sáb às 21h30 | Dom às 16h00
Sala Experimental | M/16 | 1h00
Intérpretes Eduardo Dias e Wagner Borges (actores),
Filipe Oliveira (músico)
Espaço cénico e luz José Maria Dias
Apoio ao movimento Tiago Boto
Música original Filipe Oliveira com a
participação especial de Davide Fournier
Realização, videomapping e fotografia
Leonardo Silva
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Cine-Teatro Constantino Nery / Câmara municipal de matosinhos
Co-produção: casa das artes de famalicão
Trago-te na pele
De Marta Freitas
encenação de Luisa Pinto
D
uas narrativas, dois casais, duas relações. Duas perspectivas diferentes sobre o mesmo
tema: o amor. Um casal de escritores aparecerá em projecção vídeo, outro casal, de
artistas plásticos, no palco. Duas realidades distintas que acabam por se intersectar.
Cada uma das relações é, simultaneamente, de interdependência e rivalidade, de influência mútua e de competição. A partir de uma ideia original de Luisa Pinto, que convidou Marta
Freitas a escrever um texto especialmente para este projecto, Trago-te na pele joga-se na hibridez
entre o palco e a tela, transpondo “barreiras entre o real e o imaginário”.
Luisa Pinto (n. 1965) é encenadora e professora na Escola Superior Artística do Porto, onde
também concluiu um mestrado em Teatro e Encenação. Directora artística do Cine-Teatro Constantino Nery desde 2007, tem privilegiado, no seu trabalho, textos de autores de língua portuguesa
e mantido uma relação estreita com o Brasil. Desenvolve desde 2006 um projecto de reinserção
social que reúne reclusos e actores profissionais.
13 Junho
Sáb às 21h30
Sala Principal | M/14 | 1h15 (Aprox.)
Intérpretes isabel carvalho e Pedro Almendra
Realização vídeo, cenografia e figurinos Luisa Pinto
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Desenho de luz Bruno Santos
Ambientes sonoros Carlos Tê
Companhia de Teatro de Braga
Co-produção: Nondual Productions
A máquina do Mundo
De Alexej Schipenko e Juri Sternburg
encenação de Alexej Schipenko
O
que move o nosso Mundo? Este projecto nasce da vontade de criar uma “arte ‘usável’,
que estimule um processo de mudança social; uma arte que cria menos ‘um produto’
e aposta mais na participação cultural”. Como A máquina do Mundo põe em contacto
artistas portugueses e alemães, vai dar “especial atenção à diferente percepção da
crise no país mais pobre e no mais rico”.
Alexej Schipenko (n. 1961) é um escritor, dramaturgo, realizador e músico russo. Estudou Arte
Dramática em Moscovo. As suas peças de teatro foram representadas em países como a Rússia,
a Suíça, a Alemanha, o Luxemburgo, a França, o Reino Unido ou os Estados Unidos da América.
Juri Sternburg (n. 1983) é um graffiter, street artist, jornalista e dramaturgo alemão. Trabalhou no
Maxim Gorki Theater, em Berlim, e no Teatro Alemão em Almaty, no Cazaquistão. A sua primeira
peça, 6 quadratmeter chrom, estreou em 2007 no Festival Trockenschwimmer, em Berlim.
27 Setembro
Dom às 16h00
Sala Experimental | M/12 | 2h00 (Aprox.)
Intérpretes André Laires, Andrij Kritenko, Attila Manju,
Carlos Feio, Dorte Lyssewski, Frederico Bustorff,
Rogério Boane, Rui Madeira, Sílvia Brito, Solange Sá,
Stipe Ercegs, Thamara Thais e Tójó
Dramaturgia Anna Langhoff
29
ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve (Faro)
À espera de Godot
De Samuel Beckett
encenação de Luís Vicente
V
ladimir e Estragon são os dois anti-heróis tragicómicos de Beckett que esperam por esse
alguém que nunca aparece: Godot. No texto original, os protagonistas estão no limite
da subsistência: são vagabundos, quase completamente despojados de bens materiais.
Nesta versão, Vladimir e Estragon são deliberadamente deslocados para a classe média:
“Interessa-nos mostrar aquele homem que vive a sua ‘vidinha’, que cumpre com as formalidades
institucionais, inerentes à sua sobrevivência nos planos social, familiar e íntimo”. A espera, essa,
mantém-se inalterada.
Samuel Beckett (1906-1989) nasceu em Dublin, na Irlanda. Acerca da sua infância dizia que
sempre teve “pouco talento para a felicidade”. Em 1928 rumou a Paris, onde foi discípulo de James Joyce. O seu período mais prolífico veio depois da II Grande Guerra, quando escreveu Molloy
(1951), Malone está a morrer (1951), À espera de Godot (1952), O inominável (1953) e Novelas e
textos para nada (1955). Foi agraciado com o Prémio Nobel da Literatura em 1969.
09 e 10 Outubro
Sex e Sáb às 21h30
Sala Principal | M/12 | 2h00 (c/interv.)
Intérpretes Manuel Cavaco, Pedro Laginha,
Pedro Lima, René Barbosa e Tânia da Silva
30
Dramaturgia Ana Clara Santos
Cenografia Jean-Guy Lecat
Nao D’Amores (Segóvia)
co-apresentação: Mostra espanha 2015
Misterio del Cristo
de los Gascones
Dramaturgia e encenação de Ana Zamora
C
risto de los Gascones, uma escultura de Cristo em madeira, com braços articulados, é
o único testemunho de uma cerimónia litúrgica que se realizava na Igreja de San Justo, em Segóvia, no século XV. Prosseguindo a sua investigação em torno da relação
entre o teatro e os ritos religiosos, a companhia espanhola Nao d’amores propõe uma
recriação livre e contemporânea dessa cerimónia. Misterio del Cristo de los Gascones não é uma
reconstituição histórica, mas sim uma reinterpretação de uma cerimónia que nos confronta com
“perguntas universais, para as quais, mesmo depois de vários séculos, continuamos a não ter
respostas”.
Ana Zamora é licenciada em Encenação e Dramaturgia pela RESAD. Em 2001 fundou a companhia Nao d’amores, com a qual desenvolve um trabalho de investigação e de formação em torno
do teatro pré-barroco. Já levou à cena peças como Comedia llamada Metamorfosea, de Joaquín
de Cepeda (2001), Auto de la Sibila Casandra (2003) e Auto de los cuatro tiempos (2004), ambos
de Gil Vicente, Auto de los Reyes Magos (2008), Dança da morte (2010) e Penal de Ocaña (2013),
apresentada no 31.º Festival de Almada.
Conversa com o público
Sáb 17 out às 18h00
Intérpretes Alejandro Sigüenza, David Faraco, Elvira
Cuadrupani e Nati Vera (actores) e Alicia Lázaro,
Elvira Pancorbo, Isabel Zamora
e Sofia Alegre/Alba Fresno (músicos)
Arranjos e direcção musical Alicia Lázaro
Títeres David Faraco
17 Outubro
Sáb às 21h30
Sala Principal | M/12 | 1h00
Desenho e construção do Cristo David
Faraco, Miguel Ángel Coso e Sofie Krog
Cenografia Richard Cenier
Figurinos Deborah Macías
Luz Miguel Ángel Camacho
Coreografia Lieven Baert
31
Teatro Nova Europa (Porto)
co-apresentação: Mostra espanha 2015
Instantáneas
De Antonio Cremades
encenação de Luís Mestre
P
edro e Helena, os protagonistas de Instantáneas, são duas personagens com concepções do Mundo totalmente opostas. Enquanto Pedro quer parar o tempo, imobilizar
cada instante como quando tira uma fotografia, Helena assume uma busca constante.
“Só há dois tipos de pessoas: as que se dedicam a procurar e as que esperam”, diz
Pedro no início da peça. Antonio Cremades confronta-nos com a história da relação entre dois
amantes que se aproximam e afastam de acordo com os seus diferentes pontos de vista sobre
a vida. A procura e a espera são, afinal, caminhos que inevitavelmente se cruzam, mesmo que
apenas por um instante.
Antonio Cremades (n. 1960) é um dramaturgo espanhol. Frequentou oficinas de escrita de
autores como Sergi Belbel, Paloma Pedrero, Juan Mayorga, Itziar Pascual e Antonio Oneti. Da
sua obra constam já mais de 20 peças de teatro, com as quais venceu vários prémios, designadamente o Prémio Calderón de la Barca.
Luís Mestre (n. 1974) é dramaturgo, encenador, professor e actor. Do seu trabalho como dramaturgo destacam-se Numa certa noite (2008), Num dia qualquer (2009), Agora sou Medeia (2010),
A manhã, a tarde e a noite (2010, peça vencedora do Concurso INATEL/Teatro Novos Textos) e
Perder a noite (2011). É director artístico do Teatro Nova Europa desde 2004.
18 Outubro
Dom às 16h00
Sala Experimental | M/12 | 1h15
Intérpretes Luís Mestre e Piedad Montero
Desenho de luz Joana Oliveira
32
Cenografia Ana Gormicho
Figurinos Teatro nova europa
Cine-Teatro Constantino Nery / Câmara municipal de matosinhos
Caminham nus empoeirados
De Gero Camilo
encenação de Luisa Pinto e Gero Camilo
D
ois actores decidem romper com a vida pacífica que tinham tido até então e partem
em busca do espectáculo que sonham encenar. Caminham nus empoeirados é uma
história de sobrevivência, companheirismo e amor – o amor que estes actores descobrem sentir um pelo outro, mas também o amor que partilham pelo teatro e pela arte.
Caminham nus empoeirados promete levar-nos por um percurso de encontros e desencontros,
numa história que nos fala também do poder transformador do teatro.
Gero Camilo (n. 1970) é um actor, dramaturgo e encenador brasileiro. Estreou-se no teatro
profissional com Cândida Erêndira e sua avó desalmada, de Gabriel García Marquez e, em seguida, escreveu, dirigiu e protagonizou o monólogo A procissão (1998). O primeiro filme em que
participou como actor foi Cronicamente inviável (2000), realizado por Sérgio Bianchi. Mais tarde,
fez parte do elenco de filmes como Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles, e Homem em
fúria (2004), de Tony Scott.
24 Outubro
Sáb às 21h30
Sala Experimental | M/16 | 1h15
Intérpretes João Costa e Victor Mendes
Cenografia e figurinos Luisa Pinto
Desenho de luz Bruno Santos
33
Companhia João Garcia Miguel (Torres Vedras)
Co-produção: Câmara Municipal de Torres Vedras e Teatro-Cine de Torres Vedras
Hamlet talvez
a partir de William Shakespeare
encenação de João Garcia Miguel
D
epois de Burgher King Lear (2006), Romeu & Julieta (2011) e Open Hamlet (2013), João
Garcia Miguel continua o seu diálogo com William Shakespeare com este Hamlet talvez.
Para Garcia Miguel, Hamlet “impõe-se como uma dúvida fracturante, uma espécie de
entidade oracular e fantasmagórica que anuncia, avant la lettre, o sujeito moderno e as
suas ramificações na direcção do sujeito contemporâneo”. O talvez no título indicia que o caminho a percorrer não será o mais convencional.
João Garcia Miguel (n. 1961) iniciou a sua carreira profissional na década de 80. Foi um dos
fundadores dos colectivos Canibalismo Cósmico, Galeria Zé dos Bois e OLHO – Associação
Teatral, que dirigiu entre 1991 e 2002. Em 2003 fundou a Companhia João Garcia Miguel e, em
2008, tornou-se director artístico do Teatro-Cine de Torres Vedras. Em 2014 foi distinguido com
o Prémio SPA para Melhor Espectáculo de Teatro, com Yerma.
30 e 31 OutUBRO
Sex e Sáb às 21h30
Sala Experimental | M/12 | 1h15 (aprox.)
Intérpretes José Wallenstein, Miguel Borges
e Sara Ribeiro (distribuição em curso)
Tradução e adaptação João Garcia Miguel
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Figurinos Ana Luena
Desenho de luz João Garcia Miguel
Apoio à dramaturgia Mário Verino Rosado
O Teatrão (Coimbra)
Moscovo fica
mais para Norte
a partir de Anton Tchecov
encenação de Marco António Rodrigues
E
m As três irmãs, Tchecov colocava em cena Olga, Masha e Irina, cada qual com uma
postura diferente em relação a um hipotético regresso a Moscovo. Em qualquer dos casos, a grande cidade representava um ponto de referência e a promessa de mudança. A
proposta de Moscovo fica mais para Norte é a de adaptar o clássico russo ao Portugal
do século XXI, um país integrado numa Europa que passou os últimos anos em queda. Na base
deste trabalho está um documentário, que será utilizado por uma das irmãs “como forma de
inventariar as relações entre o Estado e o cidadão, a memória e o presente, o passado generoso
e revolucionário, e o futuro a ser reinventado a partir de uma perspectiva humanista”.
Marco António Rodrigues (n. 1955) é encenador desde 1984. Fundador do Folias d’Arte, de
São Paulo, já encenou textos de Ésquilo, Sófocles, Brecht, Shakespeare, Büchner, Sarah Kane,
Peter Weiss, Elizabeth Hauptmann, Nelson Rodrigues ou Plínio de Marcos. Alguns dos seus espectáculos foram distinguidos com os prémios APCA, Qualidade Brasil, Prémio Mambembe,
Shell e Prémio Villanueva de Cuba, como os melhores dos respectivos anos.
Conversa com o público
Sáb 07 nov às 18h00
Intérpretes Inês Mourão, Isabel Craveiro,
João Santos, Margarida Sousa e Nuno Carvalho
Direcção musical Rui Lúcio
Desenho de luz Alexandre Mestre
06 a 08 Novembro
Sex e Sáb às 21h30 | Dom às 16h00
sala experimental | M/12 | 1h45 (aprox.)
Apoio ao movimento Joana Mattei
Cenário e figurinos Filipa Malva
Documentário Centro de Estudos
Cinematográficos
35
Centro Dramático Galego (Santiago de Compostela)
Unha corrente sAlvaxe
De Raúl Dans
encenação de Manuel Guede OLIVA
U
nha corrente salvaxe centra-se em Ana, uma mulher que vive com um homem que
não ama, e que nunca conseguiu esquecer o seu primeiro amor: o pai da sua filha
adolescente. Raúl Dans combina elementos das tragédias da Antiguidade Clássica
com a dramaturgia mais contemporânea para expressar a angústia e infelicidade desta
mãe, que mantém com a filha uma relação atribulada. No início da peça a protagonista recorda o
passado para contextualizar o presente.
Raúl Dans (n. 1964) é um dramaturgo, argumentista e actor espanhol. Considerado um dos autores de destaque da Geração dos 90, ou Geração Bradomín, Dans venceu com as suas obras
dois dos mais importantes prémios atribuídos na Galiza: o Prémio Álvaro Cunqueiro (em 1994 e
2010) e o Prémio Rafael Dieste (1993). Foi também vencedor do Prémio Born com a peça Derrota
(1997) e com Unha corrente salvaxe (2012).
Manuel Guede Oliva (n. 1956) nasceu na Venezuela, embora há muito esteja radicado na Galiza,
onde tem desenvolvido a maior parte da sua actividade como dramaturgo, tradutor, actor e encenador. Fez parte das companhias de teatro Grupo Histrión 70 e Agrupación Auriense. Foi director
do Centro Dramático Galego entre 1991 e 2005, cargo a que regressou em 2012. Ganhou os
prémios Álvaro Cunqueiro e Rafael Dieste com o seu texto La función del tequila.
18 DezEmbro
Sex às 21h30
Sala Principal | M/12 | 1h45
36
dança
Incumbe ao Estado, em colaboração
com todos os agentes culturais:
c) Promover a salvaguarda e a
valorização do património cultural,
tornando-o elemento vivificador
da identidade cultural comum.
Artigo 78.º da Constituição da República portuguesa
37
Útero associação cultural (Guimarães)
Co-produção: Centro Cultural Vila Flor, Cine-Teatro de Estarreja,
Companhia João Garcia Miguel, Teatro Aveirense, Teatro O Bando,
Teatro-Cine de Torres Vedras, Teatro Académico Gil Vicente e Teatro Virgínia
Europa
Direcção de Miguel Moreira e Romeu Runa
E
uropa procura reflectir sobre a actual condição do Velho Continente, tendo em conta a
sua identidade e a sua história. Inspira-se na obra de Javier Nuñez Gasco, o artista plástico que, em 2009, se filmou a desenhar o actual mapa da União Europeia a golpes de
faca na parede de um convento do século XVI. O processo tortuoso que definiu as suas
fronteiras, os conflitos que por conta delas se travaram, a sensação de segurança que muitas
vezes faltou e que hoje continua a preocupar os cidadãos europeus explicam, por outro lado, o
lugar simbólico dos cobertores neste espectáculo.
Miguel Moreira formou-se em Artes Performativas, no Chapitô. A sua actividade estende-se ao
teatro (e à colaboração com encenadores como João Brites, João Garcia Miguel, Paulo Castro e
Emmanuel Demarcy-Mota), à dança e ao cinema (participando em diversos filmes, nomeadamente
de João Botelho e Paulo Rocha). Em 1997 fundou a Útero Associação Cultural.
Romeu Runa iniciou a sua formação em dança no Conservatório de Lisboa. Integrou o Ballet Gulbenkian até à sua extinção, em 2005. Começou depois a trabalhar em diversas estruturas e com
vários criadores, entre os quais se destacam Rui Horta, Paulo Ribeiro, Clara Andermatt, Olga Roriz,
Berlinde de Bruyckere e Alain Platel. É actualmente co-director da Útero Associação Cultural.
Conversa com o público
Sáb 28 fev às 18h00
Intérpretes Catarina Félix, Marta Cerqueira
e Beatriz Dias, Sandra Rosado e Vânia Rovisco
38
27 e 28 Fevereiro
Sex e Sáb às 21h30
Sala Experimental | M/12 | 0h50
Música Pedro Carneiro
Luz João Garcia Miguel
Nome Próprio – Associação Cultural (Porto)
Co-produção: Maria Matos Teatro Municipal,
Centro Cultural Vila Flor e Teatro Nacional S. João
Zoo
Coreografia de Victor Hugo Pontes
Z
oo é a nova criação de Victor Hugo Pontes e toma como ponto de partida as reflexões
de John Berger e o seu livro de ensaios Why Look at Animals?. Debruça-se sobretudo
sobre o paradoxo que torna possível identificar um “companheirismo inominável” e ancestral a unir homens e animais e, ao mesmo tempo, descobrir nos jardins zoológicos
“um monumento à impossibilidade do encontro” entre ambos, uma dolorosa traição à natureza,
um meio potente de entorpecer os instintos. Zoo reflecte sobre esse processo como experiência
estética e tenta reabilitar os instintos pelo movimento livre dos intérpretes.
Victor Hugo Pontes (n. 1978) é licenciado em Pintura. Completou a sua formação com vários
cursos de Teatro, com o curso de Pesquisa e Criação Coreográfica do Fórum Dança e com o
curso de Encenação da Fundação Calouste Gulbenkian. No estrangeiro, frequentou a Norwich
School of Art & Design e o Project Thierry Salmon – La Nouvelle École des Maîtres. Trabalha actualmente como actor, cenógrafo, professor, coreógrafo e encenador.
13 Março
Sex às 21h30
sala Principal | M/12 | 1H00
Intérpretes Diletta Bindi, Joana Castro,
Marco da Silva Ferreira, Paulo Mota,
Pedro Rosa, Valter Fernandes
e Vítor Kpez
Cenografia F. Ribeiro
Desenho de luz Wilma Moutinho
Música original Rui Lima e Sérgio Martins
Apoio dramatúrgico Madalena Alfaia
Construção cenográfica Maia & Rocha
Produção executiva Joana Ventura
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Companhia Clara Andermatt (Lisboa)
Co-produção: Culturgest, Teatro Nacional S. João,
Teatro Viriato e Centro Cultural Vila Flor
Fica no singelo
direcção e Coreografia de Clara Andermatt
F
ica no singelo foi considerado pela crítica Luísa Roubaud o Melhor Espectáculo de Dança de 2014. A distinção aplaudia a corajosa incursão num domínio tão pouco explorado
como o do folclore português, e congratulava-se com a reconfiguração contemporânea
de danças tradicionais como a chamarrita, a gota, o fandango, o corridinho ou a muinheira. De facto, o diálogo estabelece-se entre a trepidação urbana dos dias que correm e o ritmo
de um outro tempo, vinculado aos ciclos da Natureza. Um tempo onde a dança era o centro de
rituais, de celebrações, de práticas de convívio e de trabalho e onde “as cadências repetitivas
atenuavam o cansaço, estimulavam o fôlego e apaziguavam a solidão”. No final, um baile aberto
ao público permitirá experimentar algumas das danças tradicionais que inspiraram a peça.
Clara Andermatt (n. 1963) é considerada uma das pioneiras da Nova Dança Portuguesa – um
movimento que, na segunda metade dos anos 80, assumiu uma linha estética de ruptura com as
linguagens canónicas do passado. Iniciou a sua formação com a mãe, Luna Andermatt, e concluiu os estudos de dança em Inglaterra e nos EUA, como bolseira. Foi bailarina da Companhia de
Dança de Lisboa e da companhia catalã Metros. Em 1991 criou a sua própria companhia.
20 Março
Sex às 21h30
Sala Principal | M/6 | 1h15
Intérpretes André Cabral, Bruno Alves, Catarina Moura,
Francisca Pinto, Joana Lopes, Linora Dinga, Luís Peixoto,
Quiné Teles e Sergio Cobos
Direcção musical Clara Andermatt e Luís Pedro Madeira
40
Composição Luís Pedro Madeira
Desenho de luz José Álvaro Correia
Figurinos José António Tenente
Paisagem sonora electrónica Jonas Runa
Ballet Nacional da Argentina (Buenos Aires)
Chopiniana, O corsário, A morte do cisne,
Clair de luna e Birthday Offering
F
undada em Janeiro de 2014 por iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Social, a
primeira companhia nacional de bailado da Argentina passará por Almada na digressão
com que se estreia na Península Ibérica, apresentando um conjunto de cinco peças:
Chopiniana, a partir da música de Frédéric Chopin; o curto bailado A morte do cisne,
imortalizado pela bailarina russa Anna Pavlova no início do século XX; Clair de luna, a partir de
Claude Debussy; e, finalmente, Birthday Offering, o bailado de Frederick Ashton apresentado em
1956 para comemorar o 25º aniversário do The Royal Ballet de Londres.
Iñaki Urlezaga concluiu os seus estudos no Instituto Superior de Arte do Teatro Colón, de Buenos Aires, e na The School of American Ballet. Como primeiro bailarino ou solista convidado, pisou alguns dos mais importantes palcos do Mundo, entre os quais se destacam o Covent Garden
de Londres, o Het Muziektheater de Amesterdão, o Bolshoi de Moscovo e o Metropolitan de Nova
Iorque. Tornou-se, em 2014, director artístico do Ballet Nacional da Argentina.
05 Abril
Dom às 16h00
Sala Principal | M/4 | 1H50 (c/interv.)
Direcção artística Iñaki Urlezaga
Solistas Celeste Losa, Eliana Figueroa Valdivia,
Gabriela Alberti e Matias Laconiani
41
c r ia ç ã o
Companhia de dança de almada
Identidade e multiplicidade
Coreografias de Barbara Griggi e Nuno Gomes
A
Companhia de Dança de Almada faz 25 anos. Para comemorar, apresenta “um programa em que a tradição está presente como forma de afirmação da contemporaneidade e
em que a diversidade dos criadores representa a identidade da companhia”. A celebração do futuro passará por uma colaboração inédita com Barbara Griggi, a coreógrafa e
bailarina italiana radicada em Portugal desde que, em 1985, ingressou no Ballet Gulbenkian.
Barbara Griggi iniciou a sua formação em dança em Turim, na escola da mãe e na companhia
I balletti di Susanna Egri. Frequentou a Academia Nacional de Budapeste e a Academia Internacional de Dança de Cannes e de Monte Carlo. Actuou nas mais prestigiadas companhias italianas,
sob a direcção de Micha Von Hoech e Amedeo Amodio. A convite de Jorge Salavisa integrou, em
1985, o Ballet Gulbenkian, onde permaneceu como bailarina principal até à sua extinção.
Nuno Gomes iniciou os estudos de dança em 1998. Trabalhou com a Companhia de Dança do
Tejo, a Companhia de Bailado da Madeira, o Centro Coreográfico de Valência e o Lisboa Ballet
Contemporâneo. Colaborou com diversos coreógrafos, como Maria Palmeirim, José Grave, Patrick de Bana, Thomas Noone e Benvindo Fonseca. Como coreógrafo, é autor de Dancing for
pleasure, Entre a necessidade e o medo (2008), Olhares (2010) e Jogos de letras (2012).
26 e 27 Setembro
Sáb às 21h30 | Dom às 16h00
Sala Principal | M/6 | 1h15
Intérpretes Beatriz Rousseau, Bruno Duarte,
Daniela Andana, Joana Puntel, Luís Malaquias,
Mariana Romão, Miguel Santos e Nuno Gomes
42
Mercat de les Flors (barcelona)
co-apresentação: Mostra espanha 2015
lo raro es que estemos vivos
Coreografia de Patricia Caballero
L
o raro es que estemos vivos é uma celebração, possível naquele instante único e irrepetível
em que única coisa capaz de morrer é a morte. É um momento de graça e de gratidão
com contornos experimentais e aparência de auto-retrato. No entanto, embora pareça
ter a leveza das obras por fazer que não se querem acabadas, Lo raro es que estemos
vivos corresponde à segunda etapa de um percurso iniciado por Patricia Caballero em 2010, que
culminou, no ano seguinte, na apresentação de Aqui gloria y después paz e que se nutre de uma
intensa actividade de investigação sobre tradições religiosas, filosóficas, artísticas e populares
ancestrais, de âmbito oriental e ocidental.
Patricia Caballero (n. 1987) iniciou o seu percurso na dança e nas artes plásticas com Sonia
Petrova, em 1992. Depois de passar por várias escolas espanholas e portuguesas, licenciou-se
em Coreografia no Instituto do Teatro de Barcelona. Entre os seus trabalhos destacam-se 50 Hz
(2006), Chronoscopio (2010) e Aqui gloria y después paz (2011). Actualmente colabora com o
bailarino de flamenco Israel Galván.
04 Outubro
Dom às 16h00
Sala Experimental | M/12 | 1h00
Intérprete Patricia Caballero
Colaboração artística Lipi Hernández,
Rui Catalão e Sonia Sánchez
Luz Candela Brown e Mateo Duvai
Figurinos Isabel López e Regla Caballero
Gravações documentais de música Alan Lomax,
Gonzalo Pérez Trascasa e Manuel García Matos
43
Companhia Nacional de Bailado
Espectáculo a anunciar
P
restes a celebrar 40 anos de existência, a Companhia Nacional de Bailado tem apresentado, nos mais importantes palcos do País, peças do repertório clássico e criações
contemporâneas, de origem nacional e estrangeira. Sob a sucessiva direcção artística de
Armando Jorge, Isabel Santa Rosa, Jorge Salavisa, Luísa Taveira, Marc Jonker, Mehmer
Balkan e Vasco Wellenkamp (a quem sucedeu, em 2010, a actual directora, Luísa Taveira) e com
peças como Cinderela, Romeu e Julieta, Lago dos cisnes, Orfeu e Eurídice e Giselle, a CNB tem
contribuído decisivamente para qualificar intérpretes e criadores e para formar um público de
dança crítico e entusiasta. Tem também desenvolvido parcerias com outras estruturas de criação
(trabalhando, por exemplo, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa e a Orquestra Metropolitana
de Lisboa) e com diversos músicos e maestros portugueses.
29 e 30 Dezembro
Ter e Qua às 21h30
Sala Principal | M/6
44
música
Incumbe ao Estado, em colaboração
com todos os agentes culturais:
d) Desenvolver as relações culturais
com todos os povos, especialmente os
de língua portuguesa, e assegurar
a defesa e a promoção da cultura
portuguesa no estrangeiro.
Artigo 78.º da Constituição da República portuguesa
45
Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa)
Orquestra Gulbenkian
Direcção musical de David Afkham
Obras De Anton Bruckner e Claude Debussy
A
Sinfonia n.º 5, de Bruckner, marca um momento de maturidade criativa e de consagração do compositor no meio musical vienense, pela monumentalidade da sua escala e
pela complexidade da escrita envolvida, que oferecem uma audição fluida e elucidativa
dos eventos musicais em jogo. Já Prélude à l’après-midi d’un faune, uma das páginas
orquestrais mais célebres de Debussy, revela a presença de elementos da natureza na praxis criativa do compositor, bem como a influência da literatura, consistindo numa evocação do poema de
Stéphane Mallarmé Prélude, interludes et paraphrase finale pour l’après-midi d’un faune.
Anton Bruckner (1824-1896) foi um importante compositor austríaco de música sacra e secular,
sendo particularmente conhecido pelas suas sinfonias e pela influência de Wagner na sua obra.
Paralelamente, foi organista e professor de Harmonia e Contraponto no Conservatório e na Universidade de Viena.
Claude Debussy (1862-1918) foi um compositor francês cuja obra é frequentemente associada
à corrente impressionista e simbolista. Clair de lune (1890-1905), Prélude à l’après-midi d’un
faune (1894), a ópera Pelléas et Mélisande (1902) e La mer (1905) são algumas das suas obras
mais célebres.
O pianista e maestro alemão David Afkham (n. 1983) formou-se na Universidade de Música
de Friburgo e na Escola Superior de Música Franz Liszt, em Weimar. Foi maestro assistente da
Orquestra Sinfónica de Londres durante dois anos, colaborando regularmente com outras formações, como a Orquestra Sinfónica de Chicago, a Orquestra do Real Concertgebouw, a Orquestra
Juvenil Gustav Mahler e a Filarmónica de Los Angeles. É também membro da Associação Richard
Wagner de Bayreuth e do Fórum de Maestros do Conselho Alemão de Música.
10 Janeiro
Sáb às 21h30
Sala Principal | M/6 | 1h30
46
Seiva Bruta (Lisboa)
Penicos
de
prata
Música e poesia erótica satírica portuguesa
O
s Penicos de prata compõem música para poemas de cariz erótico e satírico. Depois
de se terem debruçado sobre alguns dos poemas incluídos na Antologia de poesia
portuguesa erótica e satírica, organizada e publicada por Natália Correia em 1966 (e
logo apreendida pelas estruturas competentes do Estado Novo), a formação alargou
o leque de autores portugueses a que recorre, integrando, por exemplo, contributos de António
Botto, Fernando Pessoa, Liberto Cruz e Adília Lopes. Com um contrabaixo, um violoncelo, um
ukelele e uma guitarra, os Penicos de prata aliam a poesia à música e associam-lhe a teatralidade presente na sua postura em palco e na utilização da voz. Fazem-no, no entender de Liberto
Cruz, “astuciosa e inteligentemente”, “sem rodeios, rodriguinhos ou subterfúgios”, encontrando
no acompanhamento musical uma forma de reforçar o carácter desconcertante e transgressor
dos textos literários, invariavelmente irónico e hilariante.
Os Penicos de prata nasceram em 2002, em Almada, quando André Louro foi convidado por
João Lima a musicar poemas eróticos de Natália Correia. O projecto transformou-se entretanto
num quarteto de voz e cordas e é mantido em paralelo com as carreiras artísticas dos seus
membros: André Louro e Catarina Santana são actores, Eduardo Jordão e André Pontífice são
músicos de formação clássica.
30 e 31 Janeiro
Sex e Sáb às 21h30
Sala Experimental | M/12 | 1h00
47
Luís Represas
P
restes a comemorar 39 anos de carreira, Luís Represas apresenta o seu último álbum,
Cores. Depois de seis anos sem gravar a solo, este é o seu trabalho mais pessoal, por
ser aquele em que aposta mais em si para compor letras e arranjos e para transmitir uma
mensagem optimista, através da qual teimosamente contraria aqueles que “querem fazer
parecer que há só cinzento e que é tudo igual”. Para além de Tomara e Ela quer, singles do novo
álbum, Luís Represas não esquecerá, em Almada, todos os êxitos que marcaram uma carreira
longa, cujo início remonta à fundação dos Trovante, em 1976.
Luís Represas (n. 1956) iniciou a sua carreira a solo em 1992. Desde então editou três discos
ao vivo e seis álbuns de originais: Represas, Cumplicidades, A hora do lobo, Código verde, Fora
de mão, Olhos nos olhos, Luís Represas e João Gil e Cores. Grande parte dos seus trabalhos
discográficos inclui colaborações com outros artistas, designadamente com Bernardo Sassetti,
Davy Spillane, Pablo Milanés, Miguel Nuñez e Pedro Guerra.
13 Fevereiro
Sex às 21h30
Sala Principal | M/12 | 1H15
48
Oquestrada
A
tlanticBeat mad’in Portugal é o nome do segundo álbum dos Oquestrada, que se afirma
cada vez mais como um caso de sucesso e de originalidade na cena musical portuguesa e estrangeira, contando já com centenas de actuações nos melhores festivais do
Mundo e em salas de renome internacional – inclusivamente na cerimónia de atribuição
do Prémio Nobel da Paz de 2012. Musicando poemas de Amália Rodrigues e Fernando Pessoa, interpretando um tema inédito de António Variações e apostando na sonoridade da guitarra
portuguesa e no protagonismo da célebre “contrabacia” (um instrumento formado por um balde
de plástico, o cabo de uma vassoura e uma corda), os Oquestrada continuam concentrados no
movimento de reinvenção e divulgação da música popular portuguesa, para a qual criaram um
swing único e cosmopolita.
Os Oquestrada nasceram em 2001, em Almada. Até 2009, ano de lançamento do seu álbum de
estreia, actuaram pelo país inteiro, em busca de uma sonoridade própria e das raízes da música
popular portuguesa. Com o lançamento de Tasca Beat o sonho português, obtiveram o reconhecimento da crítica nacional e estrangeira: o disco alcançou a platina e foi considerado pelo Le
monde um dos melhores na área de World Pop.
14 Março
Sáb às 21h30
Sala Principal | M/12 | 1h30
49
Coro Juvenil de Lisboa
Coros de
Zarzuelas Famosas
piano e Direcção musical de Nuno Margarido Lopes
O
tipo de representação teatral e musical que dá pelo nome de zarzuela nasceu num
palacete mandado erigir pelo Cardeal Infante D. Fernando, irmão de Filipe IV, nos arredores de Madrid. Assim, durante o século XVII, la zarzuela foi, para além de residência
temporária da família real e da corte espanhola, palco de espectáculos que associavam a declamação, o canto, os momentos musicais e dialogados, onde muitos descobrem
os antecedentes da ópera. Posteriormente, estas representações assumiram um carácter mais
popular, transformando os temas épicos e mitológicos originais em quadros que retratam os
costumes do povo. Sob a direcção do maestro Nuno Margarido Lopes, o Coro Juvenil de Lisboa
interpretará algumas das mais emblemáticas partituras corais do repertório da zarzuela, transportando o público para o ambiente dos bairros antigos, repletos de pregões, vizinhos e pátios
de lanterna, e para a atmosfera das calorosas tabernas espanholas, onde se dançam mazurcas,
sevilhanas e seguidilhas.
Nuno Margarido Lopes (n. 1975) estudou no Instituto Gregoriano de Lisboa e na Escola Profissional de Arcos do Estoril, tendo completado o Curso de Composição e Piano no Moscow
Piano Quartet. Em 1997 foi convidado pelo maestro João Paulo Santos para ser seu assistente
no Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, onde exerce actualmente funções de maestro co-repetidor, trabalhando também com a Orquestra Sinfónica Portuguesa. Criou, em Janeiro de 2011, o
Coro Juvenil de Lisboa, um projecto que investe na formação de jovens cantores, dando-lhes a
oportunidade de colaborar com diversas orquestras, maestros e solistas. Este é o coro residente
do Teatro Nacional de S. Carlos.
28 Março
Sáb às 21h30
Sala Principal | M/6 | 1H00
50
Orquestra de Câmara Portuguesa (Lisboa)
Concerto de Páscoa
Direcção musical de Pedro Carneiro
Obras de Robert Schumann e Johannes Brahms
A
cada nova temporada a Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP) escolhe um espírito
para a inspirar. O espírito costuma ter nome de compositor e denunciar, desde logo,
as obras que estarão no centro dos concertos dados nesse ano. No entanto, o lema
da formação para 2015 é “OCP: Espírito radical!”, pelo que o programa se definiu em
função da atitude original e inconformista que os nomes de Schumann e Brahms personificam.
Para o primeiro, o momento de inspiração era “a centelha absoluta da criação artística” e compor
exigia combinar partes idênticas de caos e de disciplina (o que, no seu caso, implicou até escrever
música durante episódios maníacos). Brahms é, por sua vez, o exemplo de um espírito aberto a
todas as ideias, que almeja a universalidade e uma arquitectura musical perfeita e refinada. A OCP
apresenta as segundas sinfonias de ambos, na esperança de contagiar toda a família com a emoção e a energia que têm em comum com os concertos dirigidos pelo maestro Pedro Carneiro.
Criada em 2007 por Pedro Carneiro, Teresa Simas, José Augusto Carneiro e Alexandre Dias, a
Orquestra de Câmara Portuguesa procurou afirmar-se como um ensemble de excelência e
uma plataforma de lançamento para novos intérpretes. Oito anos depois, é já uma formação de
referência no panorama musical português, sendo uma presença assídua nos Dias da Música de
Belém e, desde 2008, a orquestra residente do CCB. Tem conquistado prestígio internacional
através da colaboração com compositores e solistas estrangeiros e das actuações em palcos
internacionais. Pedro Carneiro (n. 1975), seu director artístico e maestro titular, foi distinguido,
em 2011, com o Prémio Gulbenkian Arte.
03 Abril
Sex às 21h30
Sala Principal | M/6 | 1H30 (c/interv.)
51
Ensemble MPMP – Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa (Porto)
O Cavaleiro das
mãos irresistíveis
Duas óperas breves com música de Ruy Coelho e Daniel Moreira
a partir da obra homónima de Eugénio de Castro
Direcção musical de Jan Wierzba | Encenação de António Durães
D.
Sancho, um misterioso fidalgo espanhol com pouco mais de vinte anos, é recolhido
por D. Guterre Lopes, depois de sofrer um acidente em Coimbra, enquanto cavalgava. Corre o boato de que as mãos do cavaleiro possuem um poder maligno, mas
nada impede o jovem de se aproximar da filha do seu protector, D. Beatriz. Partindo
do poema de Eugénio de Castro (1869-1944) que narrava a história do forasteiro, Ruy Coelho
(1889-1986) compôs, em 1927, a ópera O cavaleiro das mãos irresistíveis, apresentada em Portugal e Espanha e calorosamente aclamada pelo público e pela crítica de ambos os países. No
espectáculo que agora se apresenta no TMJB, a trama insólita é complementada por um episódio
lírico da autoria do jovem compositor Daniel Moreira (n. 1983), que recupera e desenvolve aspectos da narrativa original, deixados de fora do libreto de Ruy Coelho.
O Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa é uma associação dedicada à divulgação
de música de tradição erudita ocidental. Publica, desde 2010, a revista glosas, a única publicação
do Mundo exclusivamente dedicada à divulgação da música clássica de países de língua portuguesa, para além de diversos livros e partituras. Parceiro da Biblioteca Nacional, da Orquestra
Metropolitana de Lisboa e do Museu da Música, o MPMP já apresentou, desde a sua fundação,
mais de uma centena de espectáculos, promovendo alguns dos nomes mais promissores da
nova geração de instrumentistas portugueses.
11 Abril
Sáb às 21h30
Sala Principal | M/12 | 1h20
52
Teatro Nacional de S. Carlos (Lisboa)
Ciclo
S.
Carlos:
Os compositores portugueses
da geração de 70 à Segunda Guerra
Direcção musical de João Paulo Santos
O
Teatro Nacional de S. Carlos organiza, em 2015, um ciclo de quatro concertos comentados, através dos quais se procura traçar o panorama da música portuguesa erudita
entre o último quartel do século XIX e a segunda metade do século XX. Serão quatro os
temas versados no âmbito deste ciclo (Novidades, As sociedades de concerto, A modernidade e Novos valores), ilustrados por dezenas de obras vocais e de câmara, da autoria de
dezoito compositores portugueses. À frente dos trabalhos estará o maestro João Paulo Santos,
que, para além de conduzir a conversa com o público, acompanhará ao piano os cantores convidados. O primeiro concerto reflectirá, assim, sobre as características do meio musical finissecular,
sucedendo-lhe aquele que abordará o movimento de difusão da música de câmara no País, por
intermédio das sociedades de concerto de Lisboa e do Porto. No terceiro encontro, o advento
da Modernidade e a introdução de novas linguagens na composição e na prática instrumental
estarão no centro da reflexão, reservando-se para o último concerto uma viagem pelos estilos
distintos das várias personalidades que surgiram nesta área, no período entre as duas guerras.
João Paulo Santos (n. 1959), pianista e maestro, concluiu o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional de Lisboa. Há 34 anos ligado ao TNSC, é actualmente Director de Estudos
Musicais, Director Musical de Cena e Coordenador do Estúdio de Ópera nessa instituição. O seu
percurso artístico abrange fundamentalmente três áreas: a direcção musical, o piano, e a recuperação do património musical nacional.
12 Abril | 10, 17 e 24 Maio
Dom às 16h00
Sala Experimental | M/6 | 1H20 (aprox.)
53
Áurea
A
voz de Áurea surgiu nas rádios nacionais há pouco mais de quatro anos, quando, em
Setembro de 2010, lançou o seu álbum de estreia. Áurea esteve 28 semanas consecutivas nos cinco primeiros lugares da tabela de vendas portuguesa e atingiu a marca
de dupla platina. No ano seguinte, valeu à intérprete uma nomeação para o Globo de
Ouro de Melhor Intérprete Individual e outra para o Best Portuguese Act, nos MTV Europe Music
Awards. Actualmente é considerada uma jovem diva da soul music, cujas digressões ultrapassam
já as fronteiras nacionais, chegando, por exemplo, a Macau, Hungria e Brasil. Em Novembro de
2012, editou o seu segundo álbum de originais, Soul Notes, que inclui os êxitos Scratch my Back
e Nothing Left to Say. Com ele, venceu pela segunda vez o Best Portuguese Act da MTV.
Áurea (n. 1987) frequentava o curso de Teatro da Universidade de Évora quando a sua voz foi
descoberta por Rui Ribeiro, o músico que a convenceu a gravar um tema e a enviá-lo para a Blim
Records. O interesse da produtora fê-la lançar, em 2010, o seu primeiro álbum, homónimo, e, em
2012, Soul Notes. Entre as suas actuações, destaca-se o concerto dado em 2011 no Coliseu dos
Recreios de Lisboa e duas participações no Rock in Rio.
19 Setembro
Sáb às 21h30
Sala Principal | M/12 | 1h20 (aprox.)
54
António Zambujo
F
oram os seus últimos álbuns e, sobretudo, os temas Flagrante e Lambreta que trouxeram a António Zambujo o reconhecimento em grande escala. No entanto, há mais de
dez anos que o cantor procura o som que o representa e que resume todas as suas
influências musicais. Define-o como “um fado que mescla o jazz e a música popular
brasileira” e onde também estão presentes as suas origens alentejanas. Entre aqueles que
saúdam a sua originalidade, destaca-se Caetano Veloso: “O que se ouve em Zambujo é algo
que vai mais fundo. É um jovem cantor de fado que, intensificando mais a tradição do que
muitos dos seus contemporâneos, faz pensar em João Gilberto e em tudo que veio à música
brasileira por causa dele”. António Zambujo acaba de lançar Rua da Emenda, o disco que
vem apresentar a Almada.
António Zambujo (n. 1975) estudou clarinete durante dez anos no Conservatório do Baixo
Alentejo. Em 2000 mudou-se para Lisboa e integrou o elenco de Amália, o musical de Filipe La
Féria. Depois de actuar em várias casas de fado, lançou o seu primeiro disco, O mesmo fado,
em 2002. Seguiram-se Por meu cante (2004), Outro sentido (2007), Guia (2010), Quinto (2012)
e Rua da Emenda (2014). Em 2006 recebeu o Prémio Amália Rodrigues para Melhor Intérprete
Masculino de Fado.
02 Outubro
Sex às 21h30
Sala Principal | m/12 | 1h15 (aprox.)
55
Orquesta Filarmónica Mediterránea (Madrid)
Concerto de Natal
Direcção musical de Sergio Kuhlmann
D
a banda sonora do próximo Natal farão parte temas extraídos de peças orquestrais e de
óperas compostas por autores tão diversos como Johann Strauss, Giacomo Puccini,
Offenbach, Georges Bizet, Leroy Anderson, Léo Delibes e Giuseppe Verdi. Um conjunto
de vilancetes anónimos, de carácter popular, também figurará no programa. Para a
estreia natalícia, a Orquestra Filarmónica Mediterrânea traz consigo um tenor, um soprano e dois
bailarinos profissionais: as vozes dos primeiros e o movimento dos segundos ilustrarão composições sem idade, capazes de encantar toda a família.
Sergio Kuhlmann é natural de São Paulo, no Brasil. Estudou direcção de orquestra com Mario
Tavares. No início da sua carreira, foi maestro nos Teatros Municipais de São Paulo e do Rio de
Janeiro e director da Orquestra Filarmónica do estado brasileiro de Goiás. Em 2003 partiu para
Espanha, para seguir o curso Música em Compostela, no âmbito do qual foi distinguido com o
Prémio Andrés Segovia. Desde então assumiu diversas funções em instituições do país vizinho:
foi director do coro Orfeón Filarmónico de Madrid (2004-2007), colaborador do programa El conciertazo da RTVE e director de várias temporadas líricas do Teatro de Madrid.
20 Dezembro
Dom às 16h00
Sala Principal | M/6 | 2H00 (c/interv.)
56
artes
Plásticas
Incumbe ao Estado, em colaboração
com todos os agentes culturais:
e) Articular a política cultural
e as demais políticas sectoriais.
Artigo 78.º da Constituição da República portuguesa
57
FOTOGRAFIA
Em casa do meu Pai
há muitas moradas
Exposição de Carlota Mantero
N
um primeiro relance, somos tentados a olhar para estas fotografias como recriações
de paisagens atmosféricas – céus pesados de nuvens, desenhando abstracções no
espaço. Em alguns casos, as imagens sugerem a existência de um limbo entre o céu
e a terra, territórios sobrepostos que se diferenciam apenas pela densidade e grau da
turbulência atmosférica. Mas elas são também o resultado visível de um aturado caminho de
aprendizagem e aperfeiçoamento interiores, de que cada imagem é o espelho possível. São, à sua
maneira, exercícios espirituais. Gostaria de enfatizar dois aspectos: a interioridade dos ambientes
atmosféricos, diáfanos, escatológicos retratados e a utilização das técnicas da fotografia digital
como meio para alcançar uma qualidade plástica em tudo diferente da função representativa que
é comum associarmos à fotografia. O que vemos são fotografias, mas também são pintura, desenho... Ou, citando Rui Chafes, no seu livro Entre o céu e a terra: “Não é a escultura, o desenho, a
pintura, a fotografia... É a alma. A arte é o duro trabalho da nossa alma”.
José Sousa Machado
Carlota Mantero frequentou o curso de fotografia da Ar.Co. Participou em várias exposições
individuais e colectivas de fotografia, entre as quais se destaca Atrás-dos-Montes, realizada em
1998 para os Encontros de Fotografia de Braga. Foi fotógrafa residente na revista Artes & Leilões
(1994-96) e na revista Arte Ibérica (1996-2000), que fundou. No quadro da sua colaboração com
esta última publicação, assumiu também a direcção artística e as funções de coordenadora de
imagem, tal como na Agenda Cultural da Câmara Municipal de Lisboa. Posteriormente dirigiu a revista Aprender a olhar (2002-2004) e foi responsável pela publicação de Evangelhos comentados.
17 Janeiro a 31 MARÇO
Qui a Sáb das 19h00 às 21h30
Dom das 15h00 às 19h30
Galeria | M/6
58
Em dias de espectáculo a galeria está aberta a partir das 19h00
FOTOGRAFIA
Grandpa was a rolling stone
Exposição de José de Almeida
F
loriano queria terminar o pavimento em redor da casa onde passa férias e alguns fins-desemana ao longo do ano. É uma casa rústica e típica situada em pleno Baixo Alentejo,
numa região despovoada e remota de Portugal. Na metade que falta concluir, há uma
parte que tem pedras, mas que, por não estarem cimentadas, estão perigosamente
soltas. E há outra parte que não tem nem pedras nem cimento, e que se enlameia com a chuva.
Floriano queria continuar a obra, mas precisava de mais pedras. Registei toda a epopeia tirando
cerca de 4500 fotografias. Deixei sobreviver menos de 300 e, destas, seleccionei 71 fotografias
para contarem toda a história. Mas as fotografias não revelam a verdadeira razão de tudo isto.
O que Floriano realmente queria era impressionar o neto, Guilherme, que ia nascer dali a poucos
meses. Ele, o grandpa Floriano, era a pedra rolante que ia fazer com que pudesse correr feliz à
volta de toda a casa sem tropeçar, e até andar por ali de bicicleta ou de patins. E isto ia ser muito,
mas muito mais, do que na canção dos The Temptations.
José De Almeida
José De Almeida (n. 1964) frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio. Aí realizou
a sua primeira exposição individual, tornando-se também membro do Grupo de Acção Cultural
e co-fundador do Atelier Livre. Frequentou ainda o curso de Iniciação à Gravura da Galeria Quadrum, leccionado por David de Almeida. Realizou várias exposições individuais e colectivas, entre
as quais se destacam Papel como suporte (1982), Lagos‘82, Lagos‘84 e Novos novos (1984).
Como designer gráfico, foi autor dos primeiros softwares multimédia desenvolvidos em Portugal.
Colabora há mais de 15 anos com a Fundação Calouste Gulbenkian no design de vários sites.
11 Abril a 21 JUNHO
Qui a Sáb das 19h00 às 21h30
Dom das 15h00 às 19h30
Galeria | M/6
Em dias de espectáculo a galeria está aberta a partir das 19h00
59
PINTURA
Vitapop
Exposição de Pedro Almeida
P
artindo de uma selecção criteriosa de figuras populares da banda desenhada e recorrendo à ideia do poster que faz propaganda ao medicamento, criei um grupo de pinturas
onde é evidente a ligação entre o mundo real do medicamento e o mundo não-real da
banda desenhada. As pinturas executadas, reflectindo essa ideia, apresentam figuras
com elevado grau de satisfação e de humor, levando-nos a acreditar no efeito benéfico que os
medicamentos inventados por mim produzem no seu organismo. A toma dos medicamentos por
estas figuras parece mantê-las saudáveis, bonitas e vigorosas, criando uma ideia de necessidade
de manutenção. Ao fazerem publicidade ao medicamento, as personagens da BD criam uma
relação de proximidade com a doença e a morte, transformando-se em personagens temporais
e efémeras.
Pedro Almeida
Pedro Almeida (n. 1966) é licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Lisboa.
Posteriormente concluiu uma licenciatura e um mestrado em Pintura na Faculdade de Belas Artes
da mesma universidade. Expõe regularmente desde 2010, situando o seu trabalho entre a Pintura
e a Instalação, e está representado em várias colecções particulares e públicas. Integra, desde
2014, os artistas residentes da Galeria [CINCO] Contemporary Art, em Cascais, com a exposição
individual The Tongue Project. Nesse ano, apresentou também The Effects of the Green Kriptonyte no Museu Geológico em Lisboa e a exposição Flesh and Steel. A sua obra foi já distinguida
com duas menções honrosas: em 2010, no Concurso das Artes do Inatel e, em 2004, no Salão
de Artes Plásticas de Coruche.
06 JULHO a 11 outubro
Qui a Sáb das 19h00 às 21h30
Dom das 15h00 às 19h30
Galeria | M/6
60
Em dias de espectáculo a galeria está aberta a partir das 19h00
FOTOGRAFIA
Ping Pang Pong
Exposição de AA
AA descobriu recentemente a fotografia, ou melhor, o registo fotográfico. Porque quando AA olha,
não está a pensar em enquadramentos, em composições visuais. O que intenta não é fotografar,
mas sim continuar uma procura antiga, que sempre a acompanhou desde as mesas do laboratório na universidade. O interesse pelo close up, para do extremamente perto extrapolar o longe,
é constante no olhar de AA. Da célula ao fio de cabelo, da pata da carocha aos olhos da mosca,
do pequeno brinco à coroa dum santo, da perna dum boneco de cerâmica a alguma baixela
em casquinha, dum ramo partido ao líquen no lado escuro de uma árvore, das suas queridas
magnólias à estranha gynco biloba: o olhar de AA parece demorar-se nos pequenos detalhes
que, na realidade do dia-a-dia, suspendem a relação imediata com o visível. É essa empatia que
a faz disparar o iphone. Recentemente deu-se conta de que havia afinidades entre algumas das
suas imagens. Quase que podia eleger séries, agrupar momentos. Passou a dar títulos aos seus
posts no Facebook. Esta é uma exposição que revela a singularidade do extremamente pessoal.
Entramos num universo desconhecido pela mão de um olhar revelador de intimidades.
PC
AA nasceu em Bragança, mas vive em Lisboa. A sua formação científica (em Biologia) determinou um modo de olhar que se prende hoje em tudo aquilo que a emociona. Durante vários anos,
deu continuidade à prática laboratorial liceal e universitária, com os alunos das escolas onde
leccionou. Quando há poucos anos iniciou o registo sistemático das suas actividades, nas aulas
e clubes de ciências, não supunha estar a formar um olhar que se autonomizaria em fotografias
emolduradas na parede de uma sala de exposições. Fará a sua estreia na Galeria do TMJB.
17 outubro a 31 dezembro
Qui a Sáb das 19h00 às 21h30
Dom das 15h00 às 19h30
Galeria | M/6
Em dias de espectáculo a galeria está aberta a partir das 19h00
61
in f o r m a ç ões
e serviços
62
O Clube de Amigos do Teatro Municipal Joaquim Benite foi criado em 1988,
aquando da inauguração do antigo Teatro Municipal, em Maio desse ano. A
ligação intensa do Teatro à comunidade acentuou-se com a inauguração do
novo TMA. O Clube de Amigos é o núcleo central dos nossos espectadores.
O cartão anual do Clube de Amigos tem as seguintes modalidades:
BENEMÉRITO
mínimo 100 €
GERAL
40 €
JOVEM (até 25 anos)
25 €
SÉNIOR (maiores de 65 anos)
30 €
63
Clube de Amigos do
GERAL 40€
TELEMÓVEL
CÓDIGO POSTAL
à ordem de Companhia de Teatro de Almada
Vale Postal
PROFISSÃO
SÉNIOR 30€
Nib: 0033 0000 0568 0262 5615 3
Comprovativo de transferência bancária
E-MAIL
JOVEM 25€
Desejo pertencer ao CLUBE DE AMIGOS do Teatro Municipal Joaquim Benite,
de acordo com as condições da modalidade:
Benemérito
NOME
DATA DE NASCIMENTO
MORADA
LOCALIDADE
TELEFONE
Junto envio Cheque
No valor de
Teatro Municipal Joaquim Benite Av. Prof. Egas Moniz 2804-503 | Tel.: 21 273 93 60 | www.ctalmada.pt
64
informações
e serviços
Espectáculos
em digressão
Um dia os réus
serão vocês
Dramaturgia de Rodrigo Francisco
a partir de uma ideia original de Joaquim Benite
Intérpretes Luís Vicente e João Farraia, Joaquim
do Carmo, Manuel Mendonça e Mariana Monteiro
Luís Vicente protagoniza a dramatização do texto da defesa que Álvaro Cunhal apresentou de si mesmo no célebre
julgamento de 1950, e que consistiu numa corajosa e contundente condenação do regime fascista.
Canções de Brecht
De Bertolt Brecht | Tradução de Yvette K. Centeno
Intérpretes Luís Madureira e Teresa Gafeira (voz)
e Jeff Cohen ou Francisco Sassetti (piano)
A actriz Teresa Gafeira, o tenor Luís Madureira e Jeff
Cohen ou Francisco Sassetti, ao piano, empreendem – em
português – uma viagem músico-dramática pela poesia
de Brecht, musicada por compositores como Kurt Weill,
Hans Eisler, Paul Dessau, Kurt Schawen, Franz Bruinier e
Theodor Adorno.
O mandarim
A partir de Eça de Queiroz
Dramaturgia de Pedro Proença e Teresa Gafeira
Encenação de Teresa Gafeira
Intérpretes André Alves, Catarina Campos Costa,
Celestino Silva, João Farraia, Maria Frade
e Pedro Walter
Teresa Gafeira leva à cena a história de Teodoro, o protagonista da novela queirosiana que, depois de assassinar
um mandarim para satisfazer as suas ambições burguesas, se vê a braços com uma crise de consciência.
verdi que te
quero verdi
Encenação de Teresa Gafeira
Intérpretes André Alves, Catarina Campos Costa,
João Farraia e Pedro Walter
Quatro desastrados cozinheiros que cantam, dançam e manipulam marionetas, introduzem os mais novos no universo
musical do grande compositor italiano Giuseppe Verdi.
65
Menu ALMOÇO 6€
Prato do dia + bebida + café
Menu JANTAR 9€
Pão + sopa + prato do dia + bebida + sobremesa + café
MENU TEATRO 14€
Refeição Menu Jantar + Espectáculo CTA
Menu Clube de Amigos 7.5 €
Pão + sopa + prato do dia + bebida + sobremesa + café
Festas de convívio, aniversários e grupos
66
informações
e serviços
Preçário
produções
na sala Principal
CLUBE de AMIGOS
bilheteira
GRUPOS
membro
Acompanhante
ADULTO
JOVEM
SÉNIOR
–
6€
13 €
6€
7€
6€
6.50 €
7€
13 €
6€
8€
8€
cine-teatro constantino nery
5€
6€
10 €
6€
7€
7€
companhia de teatro do algarve
5€
6€
10 €
6€
7€
7€
Nao d’Amores
5€
6€
10 €
6€
7€
7€
Centro dramático galego
5€
6€
10 €
6€
7€
7€
Victor Hugo Pontes
5€
6€
10 €
6€
7€
7€
Clara Andermatt
5€
6€
10 €
6€
7€
7€
6.50 €
7€
13 €
6€
8€
8€
Companhia de dança de almada
5€
6€
10 €
6€
7€
7€
Companhia nacional de bailado
6.50 €
7€
13 €
6€
8€
8€
6€
10 €
15 €
12 €
12 €
10 €
Luís Represas
8.50 €
10 €
17 €
10 €
12 €
12 €
Oquestrada
7.50 €
10 €
15 €
10 €
12 €
12 €
5€
6€
10 €
6€
7€
7€
6.50 €
7€
13 €
6€
8€
8€
5€
6€
10 €
6€
7€
7€
Áurea
10 €
12 €
20 €
15 €
15 €
15 €
António Zambujo
10 €
12 €
20 €
15 €
15 €
15 €
Concerto de natal
7.50 €
10 €
15 €
10 €
12 €
12 €
t e at r o
companhia de teatro de almada
Artistas unidos
dança
Ballet Nacional da Argentina
Música
orquestra gulbenkian
Coro Juvenil de Lisboa
Concerto de Páscoa
cavaleiro das mãos irresistíveis
produções
na sala experimental
CLUBE DE AMIGOS
bilheteira
GRUPOS
membro
acompanhante
ADULTO
JOVEM
SÉNIOR
O mandarim
–
5€
10 €
6€
7€
6€
Pastéis de Nata para Bach
–
6€
7€
6€
7€
6€
5€
6€
10 €
6€
7€
7€
Produções acolhidas
67
informações
e serviços
Informações úteis
Venda de bilhetes e reservas
Horário da Bilheteira
Terça a Sábado das 14h30 às 22h30
Domingo das 14h30 às 19h30
Nos espectáculos acolhidos, o levantamento dos bilhetes terá de ser feito até sete dias antes da sessão. As reservas são válidas durante 15 dias.
Nos espectáculos da CTA, as reservas dos bilhetes são respeitadas até 24h antes do início da sessão.
Os bilhetes adquiridos não são reembolsáveis.
Contactos
Morada: Teatro Municipal Joaquim Benite | Av. Prof. Egas Moniz | 2804-503 Almada
Tel.: 21 273 93 60 | Fax: 21 273 93 67
E-mail: [email protected]
GPS: Latitude 38.676238, Longitude -9.160173
Sítio da Companhia de Teatro de Almada: www.ctalmada.pt
Facebook: www.facebook.com/TeatroMunicipalAlmada
Cafetaria e bar
O Bar do Teatro Municipal Joaquim Benite está aberto de Terça a Sábado,
das 14h30 às 22h30, e Domingos, das 14h30 às 19h30,
prolongando o período de funcionamento nos dias de espectáculo.
Acesso de pessoas condicionadas
O TMJB está preparado para receber, nas suas salas, espectadores condicionados fisicamente, que tenham de deslocar-se em cadeiras de rodas. Há equipamentos especiais para
acolher quem deles necessitar.
68
informações
e serviços
Horários dos
autocarros (TST)
Horários dos comboios
(Fertagus)
Horário dos barcos
(Transtejo e Soflusa)
Carreira 152 – Pç.ª de Espanha /
Pç.ª S. João Baptista (Almada)
Lisboa (Areeiro) >> Pragal
Partidas Cais do Sodré
Partidas de Lisboa | Almada
Todos os dias entre 06H30
e as 00H45.
Partidas de Almada | Lisboa
Todos os dias entre 05H50
e as 00H15.
Carreira 160 – Pç.ª do Areeiro /
Pç.ª S. João Baptista
Partidas de Lisboa | Almada
Todos os dias entre as 07H00
e as 21H30.
Partidas de Almada | Lisboa
Todos os dias entre as 05H50
e as 20H45.
Carreira 176 – Cidade Universitária /
Pç.ª S. João Baptista
Partidas de Lisboa
Dias úteis
Entre as 08H10 e as 20H20.
Sábados, Domingos e feriados
Entre as 15H00 e as 18H00.
Partidas de Almada
Dias úteis
Entre as 06H45 e as 19H30.
Sábados, Domingos e feriados
Entre as 14H15 e as 17H15.
Dias úteis
Entre as 05H43 e as 01H28
Três últimos comboios às 23H58,
00H43 e 01H28.
Sábados, Domingos e feriados entre as
06H43 e as 00H43
com intervalos de 30 minutos.
Pragal >> Lisboa
Dias úteis
Entre as 05H49 e as 00H59
Três últimos comboios às 22H59,
23H59 e 00H59.
Sábados, Domingos e feriados
Entre as 05H49 e as 00H09
com intervalos de 30 minutos.
Todos os dias
Entre as 05H35 e a 01H40
Três últimos barcos às 00H20, 01H00
e 01H40.
Partidas Cacilhas
Todos os dias
Entre as 05H20 e a 01H20
Três últimos barcos às 00H05, 00H40
e 01H20.
Horário do metro (MTS)
Todos os dias
Entre as 05H00 e as 02H00
Setúbal >> Pragal
Dias úteis
Entre as 05H48 e as 00H18
Três últimos comboios às 22H18,
23H18 e 00H18.
Sábados, Domingos e feriados
Entre as 05H58 e as 22H58
com intervalos de 1 hora.
Pragal >> Setúbal
Dias úteis
Entre as 06H00 e a 01H00
Três últimos comboios às 23h30,
00H15 e 01H00.
Sábados, Domingos e feriados
Entre as 07H00 e a 01H00
com intervalos de 30 minutos,
só até ao Pinhal Novo.
69
informações
e serviços
Serviço educativo
Ao abrigo de um protocolo estabelecido com a Fundação Share, o TMJB dispõe
de condições especiais para a vinda ao teatro de estudantes carenciados.
Vindas colectivas
de estudantes
Durante todo o período de funcionamento
do teatro desenvolve‑se um programa de
colaboração com os estabelecimentos de
ensino, que facilita aos estudantes a assistência aos espectáculos a preços especiais.
Este programa inclui ainda a organização de
colóquios e acções de colaboração com as
escolas, nomeadamente através do apoio
técnico e artístico a grupos de teatro.
Atelier
de tempos livres
O Teatro dispõe de um espaço de ATL que dinamiza um conjunto de ateliers de expressão
artística para crianças dos 4 aos 12 anos.
Horário: Terça a Sexta das 18h às 20h.
Aos Domingos o ATL funciona durante os
espectáculos. Em dias de espectáculo o
atelier permanece em funcionamento até
ao final da sessão.
Visitas guiadas
para grupos
As visitas guiadas para grupos (estudantes,
empresas, etc.) podem ser efectuadas todas
as manhãs, de Terça a Sexta-feira, entre as
10h00 e as 13h00. Esta actividade é gra-
tuita e tem a duração aproximada de uma
hora. Número máximo de visitantes por
sessão: 25 pessoas. As visitas devem ser
marcadas com pelo menos uma semana
de antecedência.
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Companhia de Teatro
de Almada CRL
DIRECTOR ARTÍSTICO Rodrigo Francisco
DIRECTOR FINANCEIRO Carlos Galvão
CONSULTORES TÉCNICOS José Carlos Nascimento e Jean-Guy Lecat
CONSULTOR DE ARTE André Gomes
ASSESSOR JURÍDICO Maria de Lurdes Bessa Monteiro
DIRECTOR TÉCNICO Guilherme Frazão
SECRETÁRIA DA DIRECÇÃO Ana Patrícia Santos
PRODUÇÃO Paulo Mendes
ADERECISTA Paulo Horta
TÉCNICOS António Antunes, João Martins, Miguel Laureano
Guarda-roupa Rodica Alexe e Rosa Poeira
DIRECÇÃO DE CENA João Farraia
GESTÃO FINANCEIRA Susana Fernandes
TÉCNICo OFICIAL DE CONTAS Conta Oculta
CONTABILIDADE Sofia Trindade
EDIÇÕES Ângela Pardelha e Levi Martins
COMUNICAÇÃO Levi Martins
DESIGN João Gaspar
AUDIOVISUAIS e SITE Cristina Antunes e Jorge Freire
FOTOGRAFIA Rui Carlos Mateus
SERVIÇO DE PÚBLICO Carina Verdasca, Miguel Martins e Pedro Walter
SERVIÇO EDUCATIVO Carla Saragaço e Teresa Gafeira
BILHETEIRA Ana Carriço
COORDENADOR DE FRENTES DE SALA Joaquim Silva
BAR Isabel Galvão
RESTAURANTE Firmina Albasini, Rosângela Vervloet, Diana Alexe e Sónia Freire
RECEPÇÃO André Couto, João Brito e Tiago Fernandes
LIMPEZA Valdmira Neto
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Textos
Ângela Pardelha
Levi Martins
Revisão
Ana Carriço
Miguel Martins
Paulo Mendes
Grafismo
João Gaspar
Produção
Ana Patrícia Santos
Impressão
Irisgráfica
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“Todos têm direito à educação e à cultura”