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Abril - 2015||||
Província Brasil São Paulo | ANO 2 - Abril de 2015 | N° 11
“Se Cristo não ressuscitou, então
é vã a nossa pregação, e vã a
vossa fé”.
1Cor. 15,14
FELIZ PÁSCOA!
Missão Dehoniana Juvenil .......................................................................................................
Abril - 2015||||
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Nesta Edição
Palavra da Coordenação
Jovens Missionários
Formação Dehoniana
Dehonianos, Coração de Jesus
Formação Bíblica
Lc. 17, 26-37
Espiritualidade
Misericordiosos no Senhor
Para refletir
Deus e o Super Homem
Formação dos Sacramentos
Reconciliação
Por: Padre Rodinei Eiselt, scj
Por: Padre Hélio Feuser, scj
Por: Dom Henrique Soares da Costa
Por: Frater Rarden Luis, scj
Por: Frater Márcio Júnior,scj
Por: Papa Francisco
11 Fique por dentro!
Agenda da MDJ
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Por: Coordenação MDJ
................................................................................................................ Missão Dehoniana Juvenil
Palavra da Coordenação
||||Boletim Formativo
Abril - 2015||||
Por: Padre Rodinei Eiselt, scj
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Jovens Missionarios
Queridos jovens,
Fazemos chegar a todos vocês o nosso terceiro
boletim deste ano. Leiam-no, por favor, nos grupos e
conversem sobre seu conteúdo. As reuniões da MDJ
supõe o conhecimento dele. Esperamos encontra-los
dispostos e animados. Continuem a formar-se,
individualmente e nos grupos, pela oração quotidiana, pela
Eucaristia dominical e pelas reuniões próprias da MDJ em
seu grupo local.
Relembramos, ainda, que cada jovem deve ter sua
Exortação Apostólica: A Alegria do Evangelho. Estudem-na
nos grupos, leiam-na e reflitam-na em relação a nossa
vocação e missão de jovens evangelizadores, pois “não
nos é pedido que sejamos imaculados, mas que não
cessemos de melhorar, vivamos o desejo profundo de
progredir no caminho do Evangelho, e não deixemos cair
os braços” (EG 151).
Com minha estima e bênção! Boa leitura a todos nós!
Missão Dehoniana Juvenil .......................................................................................................
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Formação Dehoniana
Abril - 2015||||
Por: Padre Hélio Feuser, scj
Dehonianos, Coraçao de Jesus
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Quando falamos da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, para entender
melhor, devemos nos reportar à França do século XVIII, quando Santa Margarida
Maria teve numa visão na qual Jesus lhe falava: “Eis o coração que tanto amou os homens e
por eles é tão pouco amado.” A partir daí a jovem religiosa começou a viver uma série de
graças místicas que marcaram a espiritualidade do Coração de Jesus, que depois tanto se
difundiria: o oferecimento do dia e das obras, a reparação às ofensas feitas ao Coração de Jesus.
Hoje talvez, esta espiritualidade, nesses termos, não fale muito aos nossos ouvidos e
sensibilidades pós-modernos. Mas não há como falar de uma espiritualidade do coração sem
referir-se a este órgão essencial para a vida. Coração é símbolo do amor e da doação. Palavra muito
presente em nosso vocabulário do dia a dia, às vezes com certo grau de banalização. “Isto é coisa do
coração, só faço o que manda o meu coração. Por tudo isso, é bom pensarmos neste mês dedicado ao
Coração de Jesus, refletir sobre o que implica esta espiritualidade. E fazê-lo a partir da Bíblia. Desde
o Antigo Testamento o homem bíblico entende o coração não como o órgão que bombeia sangue para
o resto do corpo ou o lugar da mera sensibilidade, mas sim como o centro de toda a pessoa. Por isso
quando o salmista diz “meu coração está em festa e minha alma dança de alegria” está falando de sua
pessoa inteira, desde o seu centro mais profundo, chegando a todas as extremidades e dimensões.
Na mentalidade bíblica Deus mesmo tem um coração. E seu coração, que é algumas
vezes equiparado às suas entranhas (rahamin), é misericordioso, apaixonado e estremece
de amor e de preocupação ao ver seu filho querido, o povo de Israel, em perigo de perder-se
ou extraviar-se. No Novo Testamento Jesus se revela como um Deus que tem coração, sente,
ama, chora e se compadece com os homens e mulheres necessitados. Por isso todos se
aproximavam de Jesus, buscavam n`Ele um coração confortador, acolhedor e compassivo.
De onde brota essa espiritualidade do coração? Da fonte mesma do Coração de Jesus,
aberto por nós e para nós. Portanto, não basta somente uma devoção ao Coração de Jesus; é
preciso tirar dele a prática que ilumina a vida. Do coração de Jesus brota o amor, a gratidão a um
Deus que nos ama apaixonadamente e continua a oferecer esse amor a todos que o procuram.
A vocação dehoniana, os padres do sagrado coração de Jesus, centrada no mistério
do Coração de Cristo, fonte da Igreja, situa os dehonianos no coração da própria Igreja como
“profetas do amor e servidores da reconciliação”. O Instituto é, por natureza, um Instituto
apostólico. Nesse sentido, seus membros colocam-se ao serviço da Igreja nas diferentes
tarefas pastorais. O seu autêntico serviço à Igreja baseia-se na vida de oração e na oblação e se
expressa particularmente nas atividades missionárias, na formação do clero, leigos e religiosos,
no ministério junto dos menores e humildes, no compromisso para instaurar o Reino de justiça
e de caridade cristã nas almas e na sociedade, na dedicação constante para que a comunidade
humana, santificada pelo Espírito Santo, se torne Povo de Deus e oblação agradável a Deus.
Hoje a Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus está presente em
quatro continentes: Europa, América, Ásia, África. Somos em 2300 membros e estamos
presentes em 40 países. Juridicamente, estamos organizados em Províncias, Regiões e Distritos. É
governada pelo Superior Geral e seu Conselho. A sede geral da congregação situa-se em Roma.
Nós Dehonianos, fiéis ao carisma deixado pelo nosso fundador P. João Leão Dehon,
levaremos avante a grande missão de tornar conhecido e amado o Coração de
Jesus, fonte inesgotável de amor. Que a nossa reparação possa fazer com que
muitos tenham a oportunidade de experimentar esta inesgotável misericórdia do seu coração.
................................................................................................................ Missão Dehoniana Juvenil
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Formação Bíblica
Abril - 2015||||
Por: Dom Henrique Soares da Costa
Lc. 17, 26-37
Jesus está falando do final dos tempos
1. Será como nos dias de Noé e de Ló: quando menos se esperar. O Senhor vem ao nosso encontro no
vai-e-vem da vida, no curso aparentemente banal da história. O Senhor não nos pedirá licença, não
consultará nossa agenda... É necessário, portanto, estar preparados; é preciso não enterrar o nariz e
o coração na cotidianidade. Ser atentos aos nossos projetos e compromissos, sim; mas, sem perder
de vista que estamos caminhando para o Senhor, para Aquele que vem! A vida não é nossa de modo
absoluto: não pedimos para nascer, não nos escolhemos e, tampouco, poderemos marcar o momento e o
modo do encontro com Aquele que é nosso Juízo e Sentido último do nosso existir. Vigiemos, portanto!
2. O Dia do Senhor virá com toda a sua urgência. Haverá de nos colher na situação de vida em
que nos encontrarmos. Por isso mesmo o Senhor nos exorta a que estejamos preparados! Não
haverá tempo para nos prepararmos, para voltar atrás! Aliás, quem põe a mão no arado e olha para
trás, não serve para o Reino. Neste sentido, é impressionante o exemplo da mulher delo: olhou
para trás e petrificou-se, virou estátua de sal, enrijeceu-se! Na vida, é necessário sempre olhar
para frente, para Aquele que vem no tempo e no modo que ele mesmo decidir soberanamente.
3. A Aparição gloriosa do Senhor, que é Juízo de cada um de nós e de toda a história humana, terá
um caráter discriminatório: uns serão levados com o Senhor, outros serão deixados fora, onde só
há choro e ranger de dentes! Não se pode invocar de modo leviano e irresponsável a misericórdia
de Deus: nós colheremos por toda a eternidade o que plantarmos nos dias de nossa existência
neste mundo. Será o fracasso absoluto da nossa vida ser deixado, tendo escutado do Senhor a pior
sentença: “Afastai-vos de mim! Não vos conheço!” Jesus é claro: uns serão levados e outros, deixados...
4. Assustados pela urgência e gravidade da palavra do Senhor, os discípulos perguntam pelos
sinais. Jesus dá um sinal feio – o mais feio do Evangelho! Ele que falou dos lírios dos campos
e das aves dos céus, das redes jogadas no mar, do pai do filho pródigo, agora fala em abutres
e em cadáver: “Onde estiver os abutres, aí estará o cadáver!” Ou seja: como a presença de
abutres é sinal da presença de algum cadáver, também os sinais indicados no evangelho de
ontem e de outros textos (perseguição aos cristãos e à Igreja, falsos messias, apostasia
generalizada, convulsões naturais e históricas, etc) são sinais da gravidade e proximidade da vinda do
Senhor. Aliás, sobre isso, veja o estudo bíblico-catequético da Liturgia da Palavra do próximo
Domingo, que coloquei mais abaixo e veja também, no site, a homilia para o Domingo vindouro...
Missão Dehoniana Juvenil .......................................................................................................
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Espiritualidade
Abril - 2015||||
Por: Frater Rarden Luis, scj
Misericordiosos no Senhor
A Sagrada Escritura, especialmente o Novo Testamento trata permanentemente o amor e a misericórdia de Deus pela boca de Jesus, Filho do Homem, que se
voltará constantemente para os pobres, excluídos, oprimidos e pequenos. Para nós,
a principal passagem acerca do tema configura-se na Bem-Aventurança sobre a
misericórdia: “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt.5,7),
não obstante retomada do profeta Oséias : “Porque é amor que eu quero e não
sacrifício, conhecimento de Deus mais do que holocaustos” (Os.6,6). Aqui temos a
teofania do resgate do ser humano em relação à lei judaica que também é apresentado em
Mateus, quando ao final proclamamos: “Com efeito, eu não vim chamar justos, mas
pecadores” (Mt.9,13). Zacarias ao entoar seu Benedictus recorda o atributo que Deus
dera a si mesmo no êxodo que encontramos em Lucas: “para fazer misericórdia com
nossos pais, lembrando de sua aliança sagrada. Graças ao misericordioso coração do
nosso Deus” (Lc.1,72.78). Maria em seu Magnificat também recorda a misericórdia de
Deus: “e sua misericórdia perdura de geração em geração para aquele que o temem”
(Lc.1,50). Portanto, concluímos que nossa misericórdia é totalmente inspirada no Pai.
Paulo também exorta os colossenses: “revesti-vos de sentimentos de
misericórdia”. (Cl.3,12), ele ainda apela para a ternura e misericórdia dos filipenses:
“Portanto, pelo conforto que há em Cristo, pela consolação que há no amor, pela
comunhão no Espírito, por toda ternura e compaixão” (Fl.2,1), inúmeras vezes ele fala
de um Deus rico em misericórdia: “Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande
amor com que nos amou, quando estávamos mortos em nossos delitos, nos vivificou
juntamente com Cristo – pela graça fostes salvos” (Ef.2,4-5). Em Hebreus nos é mostrado
que na pessoa de Jesus temos um sumo sacerdote misericordioso: “Convinha, por isso, que
em tudo se tornasse semelhante aos irmãos, para ser, em relação a Deus, Sumo Sacerdote
misericordioso e fiel, para expiar assim os pecados do povo” (Hb.2,17). Enfim, é necessário
considerar que a misericórdia e a piedade de Deus no Antigo Testamento se tornaram
ternura e mais ainda, o verdadeiro amor do Pai, por meio do Filho, no Novo Testamento.
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................................................................................................................ Missão Dehoniana Juvenil
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Abril - 2015||||
O papa Francisco manifestou ao mundo o ano da Misericórdia. Ele mesmo
já afirmou que a mensagem mais forte do Senhor é a misericórdia. Muitas vezes no
processo de santificação de nossas vidas, somos como o povo que, por um lado, quer
ouvir a boa nova de Jesus, mas gosta de criticar ou condenar os outros. Não é fácil
para a condição humana entregar-se radicalmente à misericórdia do Senhor, porque
é um abismo incompreensível, mas que todos nós devemos fazê-lo. Jesus garantiu que
perdoa os pecados e tem a capacidade de esquecê-los: “Não te condeno, vai e não peques
mais” (Jo.8,1-11). Muitas vezes somos nós mesmos que não nos perdoamos. E mesmo
que, se porventura voltarmos depois de um mês e lhe contarmos novos pecados, o
Senhor não se cansará de perdoar. Somos nós que nos cansamos de Lhe pedir perdão.
A misericórdia não apaga os nossos pecados, porque quem o faz é o perdão de Deus,
mas este é o modo, a maneira como Deus perdoa. A misericórdia transforma a vida
de todo cristão, de tal modo, que o pecado é colocado à parte. A misericórdia é uma
grande luz de amor e de ternura, como afirma Francisco. Deus perdoa não com um
decreto, mas com um carinho de Pai, acariciando as feridas do pecado de cada cristão.
Deus nunca se cansa de acolher e de perdoar. Somos nós que sempre necessitamos do
seu perdão. Sejamos nós também misericordiosos, como nosso Pai que está nos céus
é misericordioso, tanto com o próximo, como conosco. (Cf. Lc.6,36; Mt.5,48) Desse
modo, fortificados por nossa marca de filhos de Deus e alicerçados no amor que brota
do coração misericordioso e que não se cansa de amar perdoamos o próximo e a nós.
Assim, o papa Francisco, no dia 13 de março, durante celebração da penitência, na
Basílica de São Pedro, no Vaticano convocou a Igreja para o Ano Santo da Misericórdia
dizendo: “Pensei muitas vezes no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua
missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversão
espiritual; e devemos fazer este caminho. Por isso decidi proclamar um Jubileu Extraordinário que tenha no seu centro a misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia”.
Aproveitando o ensejo do Tempo Pascal que estamos vivenciando, podemos
refletir acerca de nossa própria conversão espiritual ao ressuscitado, não como
alguém que se culpa, mas fundamentado na misericórdia que nasce do amor
do Pai por cada um de nós. Mergulhemos nesse período forte de oração no
nosso coração. Afinal, o Pai é a fonte da misericórdia, Jesus é o modelo e o
Espírito Santo é a força que nos impulsiona para beber da fonte e imitar o exemplo.
O mundo necessita de mergulhar profundamente no mistério da
misericórdia de Deus, que não se esgota, isto é, a fonte que nunca seca, para assim não
deixar a misericórdia das relações interpessoais secarem. O coração do ser
humano deve transbordar cada vez mais o amor misericordioso de Deus, para
que assim, consiga perdoar até “setenta vezes sete” e não caia na globalização da
indiferença, citada por Francisco na sua Mensagem para a Quaresma, mas viva
e como discípulo da misericórdia anuncie fortemente a “cultura do encontro”.
Missão Dehoniana Juvenil .......................................................................................................
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Para refletir
Abril - 2015||||
Por: Frater Márcio Júnior,scj
Deus e o Super Homem
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Quem já assistiu ao seriado ou o filme do “Super-Men” sabe do que estou falando, mas se
não…se liga nesta relação bacana que ajudará a refletirmos sobre o nosso relacionamento com Deus.
Tem gente que confunde Deus com o super-homem! Zoeira? Nem um pouco. Tem um
terremoto ou um tufão como no estado de Santa Catarina e já se perguntam: “Onde estava Deus que
não impediu ou que Deus é esse que deixa essas coisas acontecerem?” Acontece alguma morte e
logo nossa resposta de consolação é de que “foi vontade de Deus…” é como se Ele estivesse
comendo um Big-Mac, ou uma esfirra aberta na esquina e “resolvesse” não agir e deixar o sujeito bater
as botas, ou sofrer com um câncer ou se afundar nas drogas. Não, nosso relacionamento com Deus
não pode ser assim.
Pense bem meu caro Jovem dehoniano, você se relaciona com Deus ou com o superhomem?
“Hommer Simpson” da famosa série “Os Simpsons” em um dos episódios, num momento de
desespero olha para o céu estrelado e diz: “Eu sei que eu nunca fui um sujeito muito religioso, mas
caso você exista, ME AJUDE SUPERMAN!”. É isso, disse o que muita gente pensa e não diz.
Quantas vezes pedi pra Deus resolver isso ou aquilo, agir assim ou assado, fazer o que eu achava
correto! Estava conversando com o super-homem e não sabia. Afinal, surgir e dar uma mãozinha
fazendo “o bem” e desaparecer nos céus no mesmo instante, só o super-homem mesmo. Vida fácil,
sem compromisso e comprometimento. Deus, ao contrário exige compromisso e presença, e até
perpetuou-se pelos sacramentos. Por isso muita gente rompeu com o todo-poderoso, querem vida
facil! Quantos jovens como você e eu empolgado com a MDJ abraçaram a causa vestiram a camisa e
disseram que fariam acontecer, mas quando surgiu os primeiros problemas e desafios e quando a vida
que se prega não era a vida que se vivia, começaram a questionar ao “Deus Super-Homem” se Ele é
todo-poderoso, “Poxa, eu ajudei tanto na Missão, fui de casa em casa na calorenta Barretos e agora
que eu preciso Ele não me ajuda?”
Dentre estes questionamentos eu me pergunto porque nunca vi ninguém convidar o superhomem
pra uma pizza depois de ser salvo por ele? Porque eu só quero usar os seus serviços… óbvio.
Será que não fazemos isso com Deus? E quando fazemos de Deus um vidente de quinta categoria?
Senhor, vou me dar bem nesse emprego? Com quem eu devo fazer sociedade? Qual o número da
mega-sena? Caso ou compro um Iphone? Por que Deus não me responde????
Claro, não queremos ficar sem nosso direito de escolha, o famoso livre-arbítrio, mas
queremos que Deus nos dê opções aceitáveis, suportáveis, vantajosas, aí a gente escolhe e Ele se
encarrega de concretizar tudo. Se não faz, não é Deus coisíssima nenhuma. Talvez em outra religião
tem um Deus melhorzinho, mais “acessível”.
Taí a kriptonita de Deus! Como o super-homem é impotente contra a pedra de Kripton, Deus é
impotente em corações de pedra! Bate, pede licença, mas só quebra a pedra se deixarmos…
Você está com Deus porque acha que ele pode quebrar os seus galhos?
Ou está disposto a construir uma relação com Ele e ser dócil mesmo quando não lhe
“convém”? Mesmo quando parece difícil acreditar ou suportar?
Relação é assim: eu falo, mas também escuto, dou minha opinião, mas nem sempre ela é
aceita, estou junto, mas nem sempre “me dou bem”… Construir uma relação com Deus leva tempo e
trabalho, bem ao contrário de utilizar os super-poderes do super-homem. E você? Anda conversando
com Deus ou com o super-homem? Falar com Deus é repetir um chavão dehoniano que está na boca
e nos corações de muitos padres, fratres Missionarios e leigos “Um coração que escuta, aprende e
anuncia.”
................................................................................................................ Missão Dehoniana Juvenil
Formação Sacramentos
Abril - 2015||||
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Por: Papa Francisco
Reconciliação
Através dos Sacramentos da iniciação cristã, o Batismo, a Confirmação e a
Eucaristia, o homem recebe a vida nova em Cristo. Agora, todos sabemos
disso, nós levamos essa vida “em vasos de barro” (2 Cor 4, 7), ainda
estamos sujeitos à tentação, ao sofrimento, à morte e, por causa do pecado,
podemos até mesmo perder a nova vida. Por isto o Senhor Jesus quis que a Igreja
continuasse a sua obra de salvação também através dos próprios membros,
em particular o Sacramento da reconciliação e aquele da Unção dos enfermos,
que podem ser unidos sob o nome de “Sacramentos da cura”. O Sacramento
da Reconciliação é um Sacramento de cura. Quando eu vou confessar-me é
para curar-me, curar a minha alma, curar o coração e algo que fiz e não foi bom.
O ícone bíblico que o exprime melhor, em sua profunda ligação, é o episódio
do perdão e da cura do paralítico, onde o Senhor Jesus se revela ao mesmo
tempo médico das almas e dos corpos (cfr Mc 2,1-12 // Mt 9,1-8; Lc 5,17-26).
1. O Sacramento da Penitência e da Reconciliação surge diretamente do
mistério pascal. De fato, na própria noite de Páscoa, o Senhor aparece aos
discípulos, fechados no cenáculo, e depois de ter dirigido a eles a saudação “A paz
esteja convosco”, soprou sobre eles e disse: “Recebeis o Espírito Santo.
Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados” (Jo 20,21-23). Esta
passagem nos revela a dinâmica mais profunda que está contida neste
Sacramento. Antes de tudo, o fato de que o perdão dos nossos pecados não
é algo que podemos dar a nós mesmos. Eu não posso dizer: perdoo os meus
pecados. O perdão se pede, se pede a uma outra pessoa e na Confissão pedimos
o perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas é um presente,
é um dom do Espírito Santo, que nos enche com a misericórdia e a graça que
surge incessantemente do coração aberto de Cristo crucificado e ressuscitado.
Em segundo lugar, recorda-nos que somente se nos deixamos reconciliar no
Senhor Jesus com o Pai e com os irmãos podemos estar verdadeiramente na paz.
E todos sentimos isso no coração quando vamos confessar-nos, com um peso na
alma, um pouco de tristeza; e quando recebemos o perdão de Jesus estamos em
paz, com aquela paz da alma tão bela que somente Jesus pode dar, somente Ele.
Missão Dehoniana Juvenil .......................................................................................................
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Abril - 2015||||
2. No tempo, a celebração deste Sacramento passou de uma forma pública – porque
no início se fazia publicamente – àquela pessoal, à forma reservada da Confissão. Isto, porém, não deve fazer perder a matriz eclesial, que constitui o contexto
vital. De fato, é a comunidade cristã o lugar no qual se torna presente o Espírito, o
qual renova os corações no amor de Deus e faz de todos os irmãos uma só coisa,
em Cristo Jesus. Eis então porque não basta pedir perdão ao Senhor na própria
mente e no próprio coração, mas é necessário confessar humildemente e com
confiança os próprios pecados ao ministro da Igreja. Na celebração deste Sacramento, o
sacerdote não representa somente Deus, mas toda a comunidade, que se reconhece
na fragilidade de cada um de seus membros, que escuta comovida o seu arrependimento, que se reconcilia com ele, que o encoraja e o acompanha no caminho de
conversão e amadurecimento cristão. Alguém pode dizer: eu me confesso somente
com Deus. Sim, você pode dizer a Deus “perdoa-me”, e dizer os teus pecados,
mas os nossos pecados são também contra os irmãos, contra a Igreja. Por isto é
necessário pedir perdão à Igreja, aos irmãos, na pessoa do sacerdote. “Mas, padre, eu me envergonho…”. Também a vergonha é boa, é saudável ter um pouco de
vergonha, porque envergonhar-se é saudável. Quando uma pessoa não tem vergonha, no meu país dizemos que é um “sem vergonha”: um “sin verguenza”. Mas
também a vergonha faz bem, porque nos faz mais humildes e o sacerdote recebe
com amor e com ternura esta confissão e em nome de Deus perdoa. Também do
ponto de vista humano, para desabafar, é bom falar com o irmão e dizer ao sacerdote
estas coisas, que são tão pesadas no meu coração. E alguém sente que desabafa
diante de Deus, com a Igreja, com o irmão. Não ter medo da Confissão! Alguém,
quando está na fila para confessar-se, sente todas estas coisas, também a vergonha,
mas depois quando termina a Confissão sai livre, grande, belo, perdoado, purificado,
feliz. É este o bonito da Confissão! Eu gostaria de perguntar-vos – mas não digam
em voz alta, cada um responda no seu coração – quando foi a última vez que você
se confessou? Cada um pense… São dois dias, duas semanas, dois anos, vinte
anos, quarenta anos? Cada um faça as contas, mas cada um diga a si mesmo:
quando foi a última vez que eu me confessei? E se passou tanto tempo, não perder
um dia a mais, vá, que o sacerdote será bom. É Jesus ali, e Jesus é o melhor dos
sacerdotes, Jesus te recebe, recebe-te com tanto amor. Seja corajoso e vá à Confissão!
3. Queridos amigos, celebrar o Sacramento da Reconciliação significa ser envolvido
em um abraço caloroso: é o abraço da infinita misericórdia do Pai. Recordemos aquela
bela, bela parábola do filho que foi embora de sua casa com o seu dinheiro da herança;
gastou todo o dinheiro e depois quando não tinha mais nada decidiu voltar pra casa,
não como filho, mas como servo. Tanta culpa tinha em seu coração e tanta vergonha.
A surpresa foi que quando começou a falar, a pedir perdão, o pai não o deixou falar,
abraçou-o, beijou-o e fez festa. Mas eu vos digo: toda vez que nós nos confessamos,
Deus nos abraça, Deus faz festa! Vamos adiante neste caminho. Que Deus vos abençoe!
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Fique por dentro!
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REGIONAL MDJ
Data: 24/7, Sexta às 18h e vai até 26/7, domingo às 13h30
Local: Casa do ECC (Antigo Sem. Diocesano), Cidade de
Maria - Barretos - SP
Estilo: Acampamento. Levar barraca e o documento: A
alegria do Evangelho do Papa Francisco
Inscrição: R$ 20,00
Limite: 100 jovens
ENVIO DO ÁUDIO/VÍDEO
Com a música do grupo
Enviar a letra, áudio/vídeo e cifra da música,
juntamente com o nome dos compositores
para o e-mail do Fr. Júnior
[email protected]
MEMORIAL MDJ
Querido JOVEM DEHONIANO, nós da coordenação gostaríamos de
confeccionar um memorial da MDJ contando a história desses 25 anos
durante o Regional em Barretos-SP. Porém, necessitamos de sua ajuda e
colaboração. Por isso, junte todas as fotos, vídeos, objetos, camisas, etc,
que você possua sobre a MDJ para ser enviado para a Coordenação.
Aguardamos a sua colaboração!!!
Vamos contar nossa história juntos!!!
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Abril - 2015||||
DEHONIANOS
Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus
Província Brasil São Paulo
Missão Dehoniana Juvenil
Organizador e Coordenador: Frater Rarden Luis Reis Pedrosa,scj e Fr. Antônio Maria Resende Pereira,scj
Revisão: Frater Rarden Luis Reis Pedrosa,scj, Fr. Antônio Maria Resende Pereira,scj e Fr. Márcio Júnior,scj
Informações:
E-mail: [email protected]
Facebook: www.facebook.com/MDJProvinciaBSP
Fone: (12) 98224-4549
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