RABDOMIÓLISE – RELATO DE CASO
Salomón Soriano Ordinola Rojas, Viviane Cordeiro Veiga, Júlio César de
Carvalho, Andréa Marchesini, Elaine Aparecida Morais, Erica Cristina Alves
Santos, Luis Enrique Campodônico, Fabrizio Assis
Tema livre oral - X COPATI - Congresso Paulista de Terapia Intensiva - Campos
do Jordão - setembro de 2007.
Paciente de 66 anos, deu entrada no Pronto Socorro, com quadro de mialgia
relacionada aos esforços físicos, acompanhada de retenção urinária e obstipação
intestinal. Relatava início de atividade física há uma semana. Fazia uso regular de
benzodiazepínicos e diuréticos (não sabia referir qual classe). À admissão
apresentava-se clinicamente estável. Nos exames de admissão: potássio sérico 1,6mEq/l, sódio – 137 mEq/l, creatinofosfoquinase (CPK) – 20274,
creatinofosfoquinase – fração MB (CKMB) – 203, uréia – 84, creatinina – 3,4,
sendo feito o diagnóstico de rabdomiólise e transferida para a unidade de terapia
intensiva.
Evoluiu com diminuição nos níveis de CPK e CKMB, com
valores de 12900 e 100, respectivamente, e potássio sérico de 3,3 mEq/l no 3º dia
de internação. No 4º dia, evolui com insuficiência respiratória aguda, necessitando
de ventilação mecânica e instabilidade hemodinâmica, necessitando do uso de
drogas vasoativas. Apresentava CPK de 16245 e CKMB de 149, potássio sérico
de 3,4mEq/l, creatinina de 3,2 e uréia de 81. À radiografia de tórax apresentava
sinais de congestão pulmonar. Indicado hemodiálise devido piora da função renal,
acompanhada de baixo débito urinário e congestão pulmonar. No 9º dia, a
paciente encontrava-se hemodinamicamente estável, sem drogas vasoativas,
sendo suspensa a sedação e iniciado desmame da ventilação mecânica, com
desentubação no 11º dia, onde apresentava creatinina sérica de 2,0, potássio
sérico de 3,5mEq/l. Evoluiu clinicamente estável, recebendo alta da UTI no 18º dia
de internação com normalização dos níveis de CPK e CKMB e recuperação da
insuficiência renal. Recebeu alta hospitalar sem queixas. Conclusão: A
rabdomiólise é uma condição a ser investigada em pacientes com quadro de
mialgia associada ao uso de determinados medicamentos e/ou à realização de
atividade física.
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RABDOMIÓLISE – RELATO DE CASO Salomón Soriano